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Prédio verde já tem a preferência em vendas e locações

23 de novembro de 2017 Construção Sustentável , Sustentabilidade

Empreendimentos corporativos com certificação sustentável começam a se tornar tendência na cidade de São Paulo e se
espalham pelo país

As empresas que compram e alugam lajes em edifícios corporativos


estão optando por prédios verdes. As edificações com certificação de
sustentabilidade registraram taxa de vacância de 20,6% no terceiro
trimestre de 2017 (julho, agosto e setembro) contra 32% dos edifícios
convencionais. Em quatro anos, a curva sofreu uma drástica
inversão. Até 2013, os prédios de escritórios A e A+ (alto e altíssimo
padrão) mas que não possuíam selos verdes, registravam vacância
de 11,4%.

Até 2020, prédios verdes serão maioria entre os


A razão desta guinada a favor dos edifícios sustentáveis é a
empreendimentos corporativos na cidade de São Paulo economia. Não está relacionada apenas com o impacto da crise
econômica, mas com o desejo das corporações em gerar
economia com a logística que envolve seus negócios. Um exemplo:
prédios verdes têm taxas de condomínio que custam entre 15% e 25% a menos que os valores cobrados por edifícios
convencionais. Os dados foram apurados pela Engebanc Real Estate, com base em dados levantados em uma pesquisa
condominial na cidade de São Paulo-SP.

Apesar de abranger lajes corporativas na capital paulista, o levantamento reflete uma tendência nacional: a de que os projetos para
prédios corporativos estão preferindo buscar os selos de sustentabilidade para ganhar mercado. O motivo é que as empresas
multinacionais, que são as que mais compram ou alugam lajes, estão preferindo os empreendimentos com certificação. É uma
tendência que cresceu sobremaneira nesta década. Conectadas com essa preferência dos locatários, as construtoras estão optando
por erguer prédios verdes.

Segundo o levantamento da Engebanc Real Estate, atualmente na cidade de São Paulo 72% dos edifícios construídos a partir de
2012, ou em construção, têm certificação de sustentabilidade. Quando todos os empreendimentos forem concluídos, o que deve
ocorrer até 2020, a capital paulista terá mais prédios verdes do que edifícios convencionais nas novas regiões corporativas da
cidade, que englobam Pinheiros, Faria Lima, Avenida Paulista, Jardins, Jardim Paulistano, Itaim Bibi, Vila Olímpia, Berrini, Roque
Petroni, Santo Amaro, Chácara Santo Antônio e Morumbi.

Sustentabilidade ainda é mito

Nestas localidades há 138 imóveis comerciais, dos quais 63 já possuem certificação sustentável. Para 2018, o estudo da
Engebanc Real Estate estima que a oferta de lajes novas em prédios verdes crescerá mais 11%. Nas regiões pesquisadas, há
mais seis edifícios em fase final de construção, e que possuem selos de sustentabilidade, o que vai acrescentar mais 150 mil m2 a
favor dos empreendimentos certificados. “Essa movimentação aconteceu por uma tendência mundial e, principalmente,
pela necessidade das empresas estrangeiras que, ao vir para o Brasil, trazem a premissa de ocupar prédios com essas
características, por um posicionamento já consolidado lá fora”, destaca Leandro Angelino, gerente de inteligência de mercado e
marketing da Engebanc Real Estate.

A projeção é que em dez anos o m2 dos edifícios sustentáveis esteja igual ou até mais barato que dos edifícios convencionais.
Hoje, as construções com certificação têm custo 10% maior. Para Angelino, o encarecimento ainda se deve ao fato de que a
sustentabilidade ainda é muito subjetiva na hora de precificar uma obra. “Conforme ela (a sustentabilidade) for deixada de ser
tratada como mito, e incorporada ao dia a dia das pessoas, os custos tendem a diminuir”, avalia.

Entrevistado
Engebanc Real Estate (via assessoria de imprensa)

Contato: escritorios@engebanc.com.br
Crédito Foto: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

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