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CASO CLINÍCO

Jovem de 26 anos foi levada a UPA de Porto Velho, apresentando os seguintes


sinais e sintomas, fadiga, febre, mal-estar, perda de apetite, suor noturno, perda de peso
e fraqueza, dor de cabeça e inchaço nos gânglios, diarreia, náuseas e vômitos, relatou que
era usuária de drogas injetáveis a alguns anos, as vezes compartilhava seringas e agulhas,
o médico de plantão suspeitou dos sintomas e solicitou teste rápido para HIV e pediu
exames complementares de urinálise, coprocultura e hemograma.

No teste rápido o resultado foi reagente para HIV. O médico então solicitou
exames confirmatórios.
O pedido e a amostra de soro foram encaminhados ao laboratório onde o
biomédico / técnico responsável realizou o teste de Elisa Sanduíche ou (imunométrico),
sendo detectado HIV positivo.

ELISA SANDUÍCHE

(a) (b) (d)


(c)

Nessa variaçaõ do teste de ELISA, um antiǵ eno, cuja concentraçaõ se deseja


conhecer, liga-se a dois anticorpos diferentes e a ligaçaõ ocorre em epit́ opos diferentes
do antiǵ eno. Por isso, a analogia a um sanduić he.
Inicialmente, uma quantidade conhecida de anticorpo é adicionada a um meio
sólido ao qual deve se aderir. Esse meio pode ser placa de poliestireno ou tiras plásticas
de microtitulaçaõ . Após uma lavagem para retirar os anticorpos naõ ligados, adiciona-se
uma amostra contendo antiǵ enos em concentraçaõ desconhecida. Depois de um tempo de
incubaçaõ , a placa é lavada novamente para eliminar os antígenos que naõ se ligaram aos
anticorpos fixados no meio sólido. Em seguida, outra soluçaõ é adicionada à placa
contendo agora anticorpos marcados e especif́ icos para o antígeno.
Assim como acontece no teste de ELISA indireto, no teste ELISA sanduíche a
marcaçaõ do anticorpo é feita pela enzima fosfatase alcalina ou pela peroxidase, a qual,
ao converter um substrato, produz uma substância que emite luz.
Como o antiǵ eno nesse teste atua como uma ponte entre os dois anticorpos, quanto
mais antiǵ enos estiverem presentes na soluçaõ , maior será a quantidade de anticorpos
marcados que se ligam aos antiǵ enos. Consequentemente, mais intensa é a luminosidade
emitida pelo produto enzimático.
Com os resultados obtidos nesse teste, é possiv́ el construir um gráfico
relacionando a concentraçaõ de antiǵ eno à ligaçaõ do anticorpo marcado. A curva obtida
nesse gráfico fornece informações da quantidade de antígeno na amostra usada no teste.
A sensibilidade do teste de ELISA é da ordem de nanogramas (ng) ou picogramas
(pg).

PASSO A PASSO

1) Inicialmente, o Ag é adicionado à placa e se adere à superfície dos poços;


2) Em seguida, são realizadas lavagens para a retirada do Ag livre nos poços;
3) A solução a ser pesquisada é adicionada. Caso contenha Acs específicos contra os Ags
presentes na placa, estes se ligarão aos Ags;
4) Uma nova série de lavagens é realizada para retirar os Acs que não se ligaram aos Ags;
5) É então adicionado o conjugado, que se liga aos Acs;
6) Uma nova lavagem retira o conjugado livre;
7) O cromógeno e o substrato são adicionados, e se o cromógeno for oxidado pela ação
da reação enzimática, haverá desenvolvimento de cor;

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