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Aras de Palavra- N° Ol - Venbol 96 - UNAMA Eneida entrevista Dalcidio Eneida de Moraes *Transcisdo da entrevista publicada norma FolhadoNore em 23/1060 Depois de algum tempo de auséncia, Eneida e Dalcidio Jurandir estéo novamente em Belém. Atendendo a um pedido nosso, a reporter literdria do “Didrio de Noticias” entrevistou o autor de “Chove nos Cam~ pos de Cachoeira”. A entrevista em aprego tem o seguinte teor: Diga alguma coisa acerca da sua obra. R.:-Todaa série de romances que estou escrevendo nfio 6 nada mais que © desenvolvimento dos temas apre- sentados ou esbogados em Chove nos ‘Campos de Cachoeira, aparecido em 1941. © plano da obra, ja no sexto volume, e que deve ir ao décimo, & lum pensamento da mocidade. A pri- f meira versio do Chove, foi feita aos 20 anos. Marajé é dos meus 24 anos, reeserito aos 32, no Rio. Trés Casas e um Rio, foi escrito em 1948, sete anos sem editor. Em 1955, foi levado por Jorge Amado e José de Barros Martins que aceitou o risco e me estimulou trabalho, agora ininterrupto. Fiz ainda, entre 1951 ¢ 55, 0 Linka do Parque, sobre trabalhadores da cidade do Rio Grande, ‘onde passei umas temporadas, livro de muito amor € de uma definigio, em termos de romance, que marca, ‘sem rodeios ¢ creio que por todo o resto de minha vida, ‘© meu pensamento como escritor e como romancista. ‘Ha mais de trinta anos venho recolhendo e acumu- lando experiéncias, anotagées, estudos, pesquisas, me~ méria, imaginagdo, indagagbes, 0 fago ou nfo fago, no sentido da obra, Para um eseritor pobre, que vende de mil a mil e quinhentos exemplares, sem vagares ¢ éci- (05 remunerados, o esforyo é, as vezes de desesperar, de ‘iio bragal e to de graga, mas é ao mesmo tempo uma

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