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Cadernos PDE
AVALIAÇÃO
REFLEXÃO/AÇÃO
PROFª PDE
LUCIANE CRISTINE SANTOS DE OLIVEIRA
Produção de Caderno Temático apresentada à Secretaria de Estado da
Educação do Paraná, Departamento de políticas e Programas
Educacionais, Coordenação do PDE, para o cumprimento do segundo
período do Plano Integrado de Formação Continuada.
PONTA GROSSA
2013/2014
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 6
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 8
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 34
FICHA PARA CATÁLOGO
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
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AVALIAR COM QUALIDADE O PROCESSO ENSINO- APRENDIZAGEM
(Paulo Freire)
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APRESENTAÇÃO
Foi nesta busca por novas compreensões que senti aumentar o desejo de
ler, e de compartilhar as descobertas com os meus colegas professores, então
passei a esquematizar os resumos com as informações relevantes para a atuação
pedagógica em torno do assunto avaliação, com o intuito de preparar textos
apropriados para aproximar os educadores, de forma sucinta, das aprendizagens
que este período de PDE me proporcionou.
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Ao preparar os resumos, refleti e passei articular as experiências pelas quais
passei, dotando-os de significado, identificando escolhas, bem como permitirei criar
ou recriar sua concepção de avaliação.
Optei por organizar o texto em três seções teóricas que julguei representar
etapas significativas no meu percurso de estudos formativo como docente; não
para julgar e classificar o caminho percorrido mas para favorecer a evolução da
prática da avaliação da aprendizagem.
Desejo que a leitura seja tão produtiva para vocês quanto foi para mim.
Luciane
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INTRODUÇÃO
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Um Olhar Crítico sobre os Documentos Norteadores da Avaliação da
Aprendizagem
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1. REFLEXÕES e ORIENTAÇÕES SOBRE O PROCESSO AVALIATIVO
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Quadro 2. Compreendendo o Ato de Avaliar. (LUCKESI, 2011, págs.276 a 294)
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Figura 1. O processo de avaliação escolar e suas relações interdependentes
no sentido horário com outros elementos (PERRENOUD, 1999, p.146)
Verifica-se que, desde o final do século XX, esses autores e outros educadores
buscam apresentar a avaliação como uma ação inerente ao processo de
aprendizagem, com participação ativa do aprendiz e do docente, com efeitos de
retroalimentação e com a finalidade maior de proporcionar conhecimento para os
sujeitos envolvidos.
Pode-se dizer que avaliação é a ação de considerar a prática (seja do aluno,
seja do professor) como fato para averiguar o conhecimento adquirido e
internalizado em relação ao conhecimento prévio de cada um.
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1.2 (AMPLI) AÇÃO PEDAGÓGICA
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Quadro 4. Intervenção Pedagógica, investindo na heterogeneidade
LUCKESI (2011.p.136) HOFFMANN (2008.p. 25)
“Haverá uma diversidade de “Uma turma de estudantes nunca irá
assimilações em virtude dos recursos prosseguir de forma homogênea em
que cada um traz de sua história de relação a um tema em estudo,
vida, mas com certeza todos poderão compreendendo todos do mesmo jeito,
ser tocados e transformados” ao mesmo tempo, utilizando-se das
mesmas estratégias cognitivas. A
grande aventura do educador consiste
em prosseguir na diversidade,
valorizando a multiplicidade de
caminhos percorridos pelos vários
alunos, investindo na heterogeneidade
ao invés de buscar homogeneidade”
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evolução do aluno em sua aprendizagem, o educador poderá, propor aos alunos,
gradativos desafios e tarefas articuladas (e complementares) às etapas anteriores,
frequentemente ao longo do processo.
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da educação a ser oferecida ao cidadão depende dos valores e da ética que a
sociedade na qual ele está inserido preconiza.
Somente com um olhar subjetivo e intencional voltado para identificar os
obstáculos a serem vencidos pelo aluno com dificuldades de aprendizagem, bem
como, um olhar apurado para detectar progressivamente os avanços atingidos,
mesmo que de forma lenta; as situações de dificuldades poderão ser superadas.
Com esta postura, não estamos reduzindo a responsabilidade do aluno nesse
processo, nem mesmo estamos colocando apenas nos ombros do professor a
responsabilidade da aprendizagem. Sobretudo, queremos enfatizar o
comportamento ético como mediador da aprendizagem, enfatizando os princípios
do cuidado, do respeito, da responsabilidade e da solidariedade para que o aluno
receba uma educação para a autonomia e torne-se um cidadão com esses mesmos
princípios.
Para realizar aprendizagem qualitativa segundo Hoffmann (2008), as
reflexões devem ser feitas com base em três planos, conforme indicamos no
quadro 5
Vasconcellos (2005) indicou três ordens para efetivar a análise qualitativa da
aprendizagem (Quadro 6).
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Quadro 6. Mudança de Postura do Professor frente a uma nova concepção de
avaliação
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na busca por autonomia, e permitindo-se criar e recriar conceitos. O primeiro
aprendiz desse educador será ele próprio.
Vasconcellos (2005) quanto Luckesi (2011), corroboram o processo ensino-
aprendizagem como ativos. (Quadro 7)
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A escolarização da população tornou-se mais acessível ao longo dos
tempos, mas ainda desconsidera a diversidade de sujeitos, com suas variadas
características e individualidades. Para isso, será necessário apurar os valores
subjetivos do ser humano, sem supervalorizar o quantitativo, é preciso encontrar o
equilíbrio entre os critérios quantitativos e qualitativos. O desempenho do aprendiz
pode e deve ser analisado sob os aspectos subjetivos, como criatividade,
espontaneidade, superação, empenho, capricho, emoção, entre outros, que
somente com o contato humano podem ser concretizados. Além disso, em uma
sociedade na qual o acesso as informações científicas tem se intensificado e
tornam-se cada vez mais rápidas, também é preciso repensar a necessidade de
avaliar a memorização dessas informações técnicas, como sendo o alicerce do
aprendizado.
Avaliar o outro com qualidade sob seu avanço no processo de ensino-
aprendizagem depende da disponibilidade do educador em interpretar a realidade
na qual está inserido e acolhê-la, fazendo a escolha adequada da conduta, do
conteúdo informativo e da teoria que irão guiar sua prática pedagógica e norteará a
elaboração de seus instrumentos avaliativos como etapa processual e respeitando
individualidade e diversidade, ou seja, a inclusão.
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2. UM OLHAR CRÍTICO SOBRE OS DOCUMENTOS NORTEADORES DA
AVALIAÇÃO APRENDIZAGEM
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Quadro 8. Aspectos do Projeto Político Pedagógico
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Projeto Político-Pedagógico da ação – da Teoria – que oferece os contornos de
nosso ato avaliativo.”
Neste sentido, entende-se que o Projeto Político-Pedagógico é parte da
práxis, ou seja, é ação docente que deve ser reflexivo sobre sua própria conduta.
Adorno nos adverte: a práxis é a fonte de onde a teoria extrai suas forças,
mas não é recomendada por esta. Sugiro, então, orientações
metodológicas na busca da articulação reflexiva da teoria crítica com a
práxis educativa (PUCCI, 2007, p.2)
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“Um posicionamento fundamental quando se fala de avaliação é
relativamente aos objetivos da educação, pois deles é que derivarão os
critérios de análise do aproveitamento. A avaliação escolar está
relacionada a uma concepção de homem, de sociedade (que tipo de
homem e de sociedade queremos formar), ao Projeto Político-Pedagógico
da instituição. É justamente aqui que encontraremos uma distorção: de
modo geral, não se percebe a discrepância entre a proposta de educação
e a prática efetiva. Em parte, isto ocorre em função de uma prática de
planejamento meramente formal, levando a que os professores
simplesmente “esqueçam” quais foram os objetivos propostos. Temos que
superar esta contradição através da reflexão crítica e coletiva sobre a
prática”. (VASCONCELLOS, 2005.p.56)
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Os documentos como Projeto Político Pedagógico da escola e o Plano de
Trabalho Docente são elementos burocráticos do sistema escolar, cuja finalidade é
direcionar as ações do docente para efetivar o processo de aprendizagem do aluno.
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Dicas Pedagógicas
Fonte: RECORTE DA REVISTA NOVA ESCOLA, dezembro, 2009 p. 44 e 45
Reportagem de Beatriz Santomauro
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5) Compartilhe os Erros e os Acertos
6) Na hora de Avaliar
Note três aspectos: o avanço de todo o grupo, as mudanças de cada
estudante e o aprendizado dele em relação à turma.” (LINO DE MACEDO,
professor do Instituto de Psicologia da universidade de São Paulo (USP)
apud Revista Escola, 2009 )
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Avaliação Diagnóstica
- Determina a presença ou ausência de habilidades e/ou pré-requisitos dos
alunos;
- Analisa o comportamento cognitivo e psicomotor do aluno;
- Deve ser aplicada sempre no início de um conteúdo, ou durante o ensino
quando o professor reconhece ineficiência no processo de ensino;
- Instrumentos para coleta de dados: teste diagnóstico, ficha de
observação, ou qualquer outro instrumento elaborado pelo professor.
Avaliação Formativa
- Informar ao professor e ao aluno sobre o rendimento da aprendizagem
durante o desenvolvimento das atividades escolares;
- Localizar deficiências na organização do ensino de modo a possibilitar
reformulações no mesmo e aplicação de técnicas de recuperação para o aluno;
- Analisar comportamento cognitivo, afetivo e psicomotor do estudante;
- Deve ser aplicada em meio às ações de ensino;
- Instrumentos para a coleta de dados: especificamente planejados de
acordo com os objetivos propostos; podem ser qualitativos (diário, relatórios) ou
quantitativos (registro de cumprimento total ou parcial das tarefas, registro de
comportamento e atitudes)
Avaliação Classificatória
- Classificar os alunos ao fim de um semestre, ano ou curso, segundo
níveis de aproveitamento;
- Analisar geralmente comportamento cognitivo;
- Aplica-se ao final de um semestre, do ano letivo ou do curso;
- Instrumentos de coleta de dados: são exames, prova ou teste final;
geralmente instrumentos apenas quantitativos.
Para Moreira (2005): “É conveniente aqui fazer distinção entre três
tipos gerais de aprendizagem: cognitiva, afetiva e psicomotora”
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Frente aos resultados coletados, por meio dos instrumentos
avaliativos, para que reconheçamos, se houve privilégio dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos é necessário compreendermos que a qualificação ocorre por
comparação entre a realidade descrita e o critério de qualificação.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
“Reencontrar o Sentido e o
Sabor dos Saberes Escolares”
“Aprender”
PARÓDIA
Adriana
www.slidesare.net Mohr,
(música de Gonzaguinha)
Fernando Pires
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O embasamento teórico se faz necessário em cada
capítulo, visto que as mudanças não ocorrem
APROFUNDANDO espontaneamente, ao acaso, ao contrário, surge de uma
O TEMA intencionalidade. Vários autores têm se dedicado à
pesquisa e ao estudo das questões relacionadas a
“Avaliação da Aprendizagem” e apresentam sugestões
para um intervenção para quando ela não se efetiva.
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ANÁLISE DOCUMENTAL
Comparação, individualmente, do
Plano de Trabalho Docente com as
ANÁLISE 2
informações coletadas do Projeto Político
Pedagógico, a fim de promover uma
reflexão sobre a atuação.
Analisar, coletivamente, os
instrumentos e critérios e comparar com os
ANÁLISE 3 critérios elaborados e impostos no P.P.P,
retratando desta forma o panorama
pedagógico, da escola.
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DEFININDO AÇÕES, COLETIVAS
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Os registros das conclusões, destas atividades será
CONCLUSÕES socializada junto à comunidade escolar de diferentes
maneiras; aqui vai algumas sugestões, pois será escolhida
pelos envolvidos:
Mesa redonda
Exposição
Seminários
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ANEXOS
TEXTOS
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REFERÊNCIAS
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