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SOORETAMA
2018
ALTAMIRO MILANEZ FERREIRA

CLÁSUSULAS ABUSIVAS NO CONTRATO DE ADESÃO

Projeto apresentado ao Curso de Direito da Instituição Faculdade Pitágoras.

Orientador: Mariana Souto.

Sooretama
2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4

1.1 O PROBLEMA 5

2 OBJETIVOS 5

2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO 5

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS 6

3 JUSTIFICATIVA 7

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8

5 METODOLOGIA 12

6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO 13

REFERÊNCIAS 14
1 INTRODUÇÃO

O presente projeto de pesquisa, visa o aprofundamento do estudo,


relacionado as chamadas práticas abusivas contidas no contrato de adesão, uma
vez que o mesmo é utilizado para regulamentar as chamadas grandes massas, que
são caracterizados como os contratos de energia, planos de saúde, dentre outras
espécies. Desta forma, o direito civil regulamenta as cláusulas abusivas, mas é o
direito consumerista que dedica um capítulo inteiro para combater o já precitado
tema.
Outro fato notório a ser abordado no presente projeto de pesquisa é a
relação entre consumidor e fornecedor, haja vista que para se ter um contratado de
adesão é preciso ter as referidas partes. O Código de Defesa do Consumidor foi
muito feliz ao classificar os dois institutos, deixando poucas dúvidas para serem
dissipadas pela doutrina e a jurisprudência.
Analisa-se em contexto amplo, que a boa-fé, é um dos requisitos
indispensáveis para a celebração dos contratos de adesão, haja vista que a boa-fé é
requisito primordial na relação jurídica. Desta forma o Código de Defesa do
Consumidor deixa expressamente claro que, havendo cláusulas abusivas, estas
serão nulas de pleno direito, ou seja, não há o que se falar em prejuízo para o
contrato, haja vista que se neste conter uma clausula abusiva, a precitada clausula
será declarada invalida e por consequência será extinta do contrato, mantendo em
vigor o precitado contrato.
Entende-se portanto que este projeto visa elucidar quais são os tipos de
cláusulas abusivas. Bem como quais são as mais utilizadas nos contratos de
adesão, haja vista que por se tratar de um contrato não negociável gera para uma
possível má-fé. Por fim o projeto visa esclarecer quais garantias de defesa tem o
consumidor ao se depara com essa desagradável situação, bem como qual será a
consequência que esse contrato terá frente a relação contratual.
1.1 O PROBLEMA
Quais são cláusulas abusivas nos contratos de adesão sob a luz do Direito
do Consumidor?

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO

Descrever quais são as principais cláusulas abusivas utilizados no contrato de


adesão
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS

Comum
● Compreender a função do contrato de adesão.
● Compreender a relação entre Fornecedor e consumidor.
● Analisar o que são práticas abusivas
3 JUSTIFICATIVA

O direito do consumidor, é o ramo jurídico que regula a relação de consumo


entre fornecedores ou empresários e o consumidor haja vista que, sob o foco da Lei
8,078/1990 ou Código de Defesa do Consumidor, é a parte hipossuficiente da
relação consumerista. Por outro lado, com o aumento da população surgiram os
chamados contratos de adesão, são aqueles que não se tem o poder de negociar as
cláusulas contratuais contidas no mesmo, o consumidor apenas manifesta sua
vontade de aceitar ou não, esse tipo de contrato é bastante utilizado por empresas
de telefonia, planos de saúde e seguros automotivos dentre outras espécies.
Entende-se que para se firmar um contrato a boa–fé é requisito primordial
para reger a precitada relação jurídica, o que algumas vezes não ocorre nos
contratos de adesão, partindo desse pressuposto, surgem as chamadas cláusulas
abusivas que nada mais é que uma clausula que coloca o consumidor em posição
de desvantagem na relação jurídica. Seguindo esse raciocínio o presente projeto de
pesquisa visa elucidar quais são estas clausulas uma vez que o CDC trata como um
rol exemplificativo nos seus artigos ou seja, existindo várias outras hipóteses para o
surgimento de outros mecanismos abusivos. Por outro lado o projeto visa constatar
qual será o tratamento desta clausula a mesma pode ser considerada nula ou não,
frente as demais clausulas contidas nos chamados contratos de adesão, será que irá
invalidar todo o contrato ou parte dele.
Ao fim e ao cabo, o presente projeto de pesquisa se torna útil ao elucidar
como surgem as chamadas cláusulas abusivas bem como, os meios para se
combatê-las. Desta forma também será possível desvendar quais outras práticas
abusivas existem nos contratos, haja vista que por se tratar de um rol
exemplificativo, existe outras possibilidades além das elencadas no Código de
Defesa do Consumidor.
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo Carlos Roberto Gonçalves (2018, pag. 21) “O contrato é a mais


comum e a mais importante fonte de obrigação, devido às múltiplas formas e
inúmeras repercussões no mundo jurídico”. Desta forma fica evidente que a relação
contratual, é a mais comum nas relações jurídicas, haja vista que o contrato é uma
das formas para serem realizados os negócios jurídicos.
Partindo desse pressuposto os contratos tem por sua natureza serem
unilaterais ou bilaterais, ou seja os unilaterais geram obrigações para apenas uma
das partes, enquanto os bilaterais constituem obrigações para as duas partes.
Contudo, com o aumento da população, passou-se a ser exigido uma
demanda mais célere na realização dos atos jurídicos, desta forma surgiu o contrato
de adesão, que também é chamado de contrato de grandes massas, essa espécie
de contrato é caracterizado pela indisponibilidade de negociação das cláusulas
contratuais, ou seja o contratante apenas diz se aceita ou não as cláusulas
contratuais. Nas palavras de Carlos Roberto Gonçalves.
O outro adere ao modelo de contrato previamente confeccionado, não
podendo modifica-las: aceita-as ou rejeita-as, de forma pura e simples e em
blocos, afastada qualquer alternativa de discursão. São exemplos dessa
espécie dentre outros, os contratos de seguro, de consórcios de transporte
os celebrados com as concessionárias de serviços públicos (fornecedoras
de agua, energia elétrica etc.). (GONÇALVES, 2018, pág. 100).
Muito embora os contrato de adesão tenham uma relação com o âmbito
civilista. É possível notar, que o contrato de adesão tem em sua essência
regulamentar relações de cunho consumeristas em grande escala. Nesse enfoque
tanto o Código Civil quanto o Código de Defesa do Consumidor fazem menções.
Porém é o CDC que dedica a conceituação bem como uma clara aplicação sobre o
tema.
O art. 54 do CDC (BRASIL, 1990) dispõe que o contrato de adesão é aquele
cujas clausulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou
estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o
consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo, bem como o
art. 47 do aludido diploma consumerista dispõe que, as cláusulas contratuais serão
interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor, (BRASIL, 1990).
Portanto fica claro que, em sua alma o contrato de adesão não é possível a
previa negociação, porem o Código de Defesa do Consumidor norteia uma conduta
totalmente favorável ao consumidor que de alguma maneira adquire algum serviço
mediante esse tipo de contrato.
Outro ponto que se faz mister para a compreensão do presente projeto de
pesquisa é, como se dá a relação entre consumidor e fornecedor, haja vista que,
para se ter uma relação contratual obrigatoriamente é necessário pelo menos duas
partes. Partindo desse pressuposto (Nunes, 2017) o legislador ao elaborar o CDC
teve por opção definir o conceito de consumidor ao invés de deixar tal ato para a
doutrina e a jurisprudência, porem tal conceituação foi bem elaborada restando
poucos obstáculos a serem separados.
Desta forma seguindo o Código de Defesa do Consumidor em seu art. 2°
(BRASIL, 1990) nos diz que consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire
ou utilize produto ou serviço como destinatário final, bem como o parágrafo único do
mesmo artigo prescreve que equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas,
ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
Nesse contexto fica cristalino que o legislador foi extremamente preciso na
conceituação de tal matéria, obviamente ficou algumas dúvidas que foram sanadas
pela doutrina ou complementados por artigos subsequentes como o consumidor por
equiparação no que tangem a possíveis danos com produtos.
Outro fato que deve ser compreendido na relação consumerista é o conceito
de fornecedor, que novamente o legislador acertou em sua conceituação como
prescreve o art. 3° do CDC (BRASIL, 1990) “Fornecedor é toda pessoa física ou
jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação,
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização
de produtos ou prestação de serviços”. Desta forma é possível notar que existe um
rol exemplificativo na conceituação de fornecedor, restando apenas saber o que
seria atividade de produção nesse sentido o professor Flavio Tartuci (2018, pag. 81)
esclarece que “atividade não é ato mas sim um conjunto de atos”.
Portanto fica claro e cristalino a caracterização da relação entre consumidor
e fornecedor haja vista que, a presente relação foi muito bem explicada pela lei
8.078/1990, deixando poucas lacunas para serem preenchidas por parte da doutrina
e jurisprudência.
Por fim resta saber o que são práticas ou cláusulas abusivas, que a grosso
modo são atos que deixam o consumidor na posição hipossuficiente na relação
consumerista ou seja ele fica em desvantagem frente a outra parte. Como é sabido,
em todo o âmbito do direito o Princípio da boa-fé rege as relações contratuais.
Nesse sentindo o Código de Defesa do Consumidor traz um rol em seu 51,
 (BRASIL 1990) “​São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais
 relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: ​impossibilitem, exonerem ou
atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos
produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações
de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização
poderá ser limitada, em situações justificáveis”.
 Existe várias outras clausulas contidas elencadas no art.51 da Lei
8.078/1990, porem mais uma vez o precitado art. 51, caracterizou um rol
exemplificativo, nesse sentindo surgem vários outras cláusulas abusivas, haja vista
que para se ter uma clausula abusa, basta apenas que o consumidor sofra uma
disparidade na interpretação contratual adesiva.
Contudo o Código de Defesa do Consumidor é claro ao dizer que as
cláusulas são nulas de pleno direito, nesse sentido (KHOURI, 2013, pag. 114) nos
ensina que a fácil a constatação que a nulidade descrita no art.51 do CDC é
absoluta e não relativa, nesse sentido o magistrado fica mais que autorizado a
excluir a clausula invalida do contrato sem esta produzir efeitos ao contratante.
Portanto, nota-se que as cláusulas que forem abusivas e estivem contidas no
contrato de adesão serão absolutamente invalidas, e no que se falar ao contrato
estipulado, o mesmo continuará valendo mas sem a clausula que for considerada
abusiva, como prescreve o parágrafo segundo do já precitado artigo 51 (BRASIL,
1990) §2° “a nulidade de uma clausula contratual abusiva não invalida o contrato,
exceto quando a de sua ausência, apesar dos esforços de integração decorrer ônus
excessivo a qualquer das partes.”
5 METODOLOGIA

No presente projeto de pesquisa adotaremos o método de pesquisa


bibliográfica bem como será exploratória. A presente análise dos dados serão
baseados em legislações, doutrinas, jurisprudência sobre o tema cláusulas abusivas
no contrato de adesão.
Os principais autores que contribuíram para essa pesquisa foram Carlos
Roberto Gonçalves, Flavio Tartuce, Paulo Roberto Roque Antônio Khouri e Rizzatto
Nunes, bem como a legislação em análise será a Constituição Federal, o Código de
Defesa do Consumidor o Código Civil dentre outras leis.
As palavras chaves a serem averiguadas serão: Cláusulas Abusivas,
Contrato de Adesão, e Direito do Consumidor.
O período que será averiguado na presente pesquisa sera desde a
promulgação da Constituição Federal de 1988 bem como a promulgação da Lei
8.078/90 Código de Defesa do Consumidor
6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

Quadro 1 – Cronograma de execução das atividades do Projeto e do Trabalho de


Conclusão de Curso​.

2018 2019 2019


ATIVIDADES JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOVI DEZ
Escolha do tema.
Definição do problema
X X X X
de pesquisa
Definição dos objetivos, X X X X
justificativa.
Definição da
metodologia. X X
Pesquisa bibliográfica e
elaboração da
X X
fundamentação teórica.
Entrega da primeira
versão do projeto. X
Entrega da versão final
do projeto. X X
Revisão das
referências para
elaboração do TCC. X X X X X X X X X X X X
Elaboração do Capítulo
1. X X X X X X X X X X X X
Revisão e
reestruturação do
Capítulo 1 e
elaboração do Capítulo X X X X X X X X X X X X
2.
Revisão e
reestruturação dos
Capítulos 1 e 2.
Elaboração do Capítulo X X X X X X X X X X X X
3.
Elaboração das
considerações finais.
Revisão da Introdução. X X X X X X X X X X X X
Reestruturação e
revisão de todo o texto.
Verificação das X X X X X X X X X X X X
referências utilizadas.
Elaboração de todos os
elementos pré e X X X X X X X X X X X X
pós-textuais.
Entrega da monografia. X X X X X X X X X X X X
Defesa da monografia. X X X X X X X X X X X X

REFERÊNCIAS

BRASIL. ​Lei n° 8.078 de 11 de setembro de 1990 institui o Código de Defesa do


Consumidor​. Diário Oficial da União, Brasília DF, 11 de setembro de 1990.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm> acessado em
25 outubro de 2018

GONÇALVES, Carlos Roberto. ​Direito civil brasileiro 3 – Contratos e atos unilaterais,


15th edição​. Editora Saraiva, 2018. [Minha Biblioteca].

TARTUCE, Flávio, NEVES, Daniel Assumpção. ​Manual de Direito do Consumidor -


Volume Único, 7ª edição.​ Método, 01/2018. [Minha Biblioteca].

NUNES, Rizzatto. ​Curso de direito do consumidor, 11ª edição., 11th edição​. Editora
Saraiva, 2017. [Minha Biblioteca].

Khouri, Paulo Roberto Roque Antônio Direito do consumidor: contratos,


responsabilidade civil e defesa do consumidor em juízo, 6ª edição. Atlas, 10/2013.
[Minha Biblioteca].

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