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CONCURSO COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DO ESTADO

DA BAHIA – CONDER 2013 - APOSTILA DIGITAL EDUC LINE

CONHECIMENTOS BÁSICOS (NÍVEL SUPERIOR)

LÍNGUA PORTUGUESA
Leitura, compreensão e interpretação de textos. Estruturação do texto e dos parágrafos.
Articulação do texto: pronomes e expressões referenciais, nexos, operadores
sequenciais. Significação contextual de palavras e expressões. Equivalência e
transformação de estruturas. Sintaxe: processos de coordenação e subordinação.
Emprego de tempos e modos verbais. Pontuação. Estrutura e formação de palavras.
Funções das classes de palavras. Flexão nominal e verbal. Pronomes: emprego, formas
de tratamento e colocação. Concordância nominal e verbal. Regência nominal e verbal.
Ortografia oficial. Acentuação gráfica.

Leitura, compreensão e interpretação de textos.

A compreensão de um texto é um processo que se caracteriza pela utilização de


conhecimento prévio: o leitor utiliza na leitura o que ele já sabe, o conhecimento
adquirido ao longo de sua vida. É mediante a interação de diversos níveis de
conhecimento, como o conhecimento linguístico, o textual e o conhecimento de mundo,
que o leitor consegue construir o sentido do texto.

E porque o leitor utiliza justamente diversos níveis de conhecimento que interagem


entre si, a leitura é considerada um processo interativo. Pode-se dizer com segurança
que sem o engajamento do conhecimento prévio do leitor não haverá compreensão.

São vários os níveis de conhecimento que entram em jogo durante a leitura.


Começaremos esta apresentação com o conhecimento linguístico, isto é, aquele
conhecimento implícito, não verbalizado, nem verbalizável na grande maioria das
vezes, que faz com que falemos português como falantes nativos. Este conhecimento
abrange desde o conhecimento sobre como pronunciar português, passando pelo
conhecimento do vocabulário e regras da língua, chegando até o conhecimento sobre o
uso da língua.

O conhecimento linguístico, então, é um componente do chamado conhecimento prévio,


sem o qual a compreensão não é possível.

Também o conjunto de noções e conceitos sobre o texto, que chamaremos de


conhecimento textual, faz parte do conhecimento prévio e desempenha um papel
importante na compreensão de textos.

A pouca familiaridade com um determinado assunto pode causar incompreensão. Nesse


caso, a incompreensão se deve a falhas no chamado conhecimento do mundo ou
conhecimento enciclopédico, o que pode ser adquirido tanto formal como
informalmente. O conhecimento de mundo abrange desde o domínio que um físico tem
sobre sua especialidade até o conhecimento de fatos como “o gato é um mamífero”,
“Angola está na África” etc.

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O conhecimento linguístico, o conhecimento textual e o conhecimento de mundo devem
ser ativados durante a leitura para poder chegar ao momento da compreensão; esse
momento que passa despercebido, em que as partes discretas se juntam para fazer um
significado. O mero passar de olhos pela linha não é leitura, pois leitura implica uma
atividade de procura pelo leitor, no seu passado de lembranças e conhecimentos,
daqueles que são relevantes à compreensão de um texto que fornece pistas e sugere
caminhos.

Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finalidade a identificação


de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve compreender os níveis estruturais da
língua por meio da lógica, além de necessitar de um bom léxico internalizado.

As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que estão


inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes
que compõem o texto.

Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por trás do texto e as


inferências a que ele remete. Este procedimento justifica-se por um texto ser sempre
produto de uma postura ideológica do autor diante de uma temática qualquer.

Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de leitura:

Informativa e de reconhecimento; Interpretativa.


A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto,
extraindo-se informações e se preparando para a leitura interpretativa.
Durante a interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma
palavra à idéia-central de cada parágrafo.
A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas e opções de respostas.
Marque palavras com não, exceto, respectivamente, etc, pois fazem diferença na escolha
adequada.
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior
para ter ideia do sentido global proposto pelo autor.

Organização do texto e ideia central

Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias seletas e organizadas, através
dos parágrafos que é composto pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e
a conclusão do texto. Pode-se, desenvolver um parágrafo de várias formas:

a) Declaração inicial;
b) Definição;
c) Divisão;
d) Alusão histórica.

Serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista os diversos enfoques.
Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da mudança de linha e um
espaçamento da margem esquerda.

Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a ideia central
extraída de maneira clara e resumida.

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Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, assegura-se um caminho que nos
levará à compreensão do texto.

A textualidade
É um conjunto de características que fazem com que um texto seja considerado como
tal, e não apenas uma sequência de palavras e frases, ou seja, qualidade ou condição
daquilo que é textual ou, fielmente reproduzido.

Meaugrande e Dressler (1983) apontam sete fatores responsáveis pela textualidade de


um discurso qualquer: a coesão e a coerência, que se relacionam com o material
conceitual e linguístico do texto, a intencionalidade, a aceitabilidade, a situacionalidade,
a informatividade e a intertextualidade, que tem a ver com os fatores pragmáticos
envolvidos no processo sociocomunicativo.

Denotação e Conotação

Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expressão gráfica, palavra)
e significado, por esta ligação representar uma convenção. É baseado neste conceito de
signo linguístico (significante + significado) que se constroem as noções de denotação e
conotação.

O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, o chamado


sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a atribuição de um sentido
figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, depende do contexto. Sendo assim,
estabelece-se, numa determinada construção frasal, uma nova relação entre significante
e significado.

Os textos literários exploram bastante as construções de base conotativa, numa tentativa


de extrapolar o espaço do texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores.

Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polissemia (que tem
muitas significações). Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos
significados, como, por exemplo, a palavra ponto: ponto de ônibus, ponto de vista,
ponto final, ponto de cruz ... Neste caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à
palavra ponto, e sim ampliando sua significação através de expressões que lhe
completem e esclareçam o sentido.

Como Ler e Entender Bem um Texto

Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e de


reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser
o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extraem-se informações sobre o
conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a interpretação
propriamente dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar
uma palavra para resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento
aguça a memória visual, favorecendo o entendimento.

Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, há limites. A


preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às

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interpretações que a banca considerou como pertinentes.

No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras
formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu.
Se não houver esta visão global dos momentos literários e dos escritores, a interpretação
pode ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar as dicas que aparecem na
referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor.

A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui


são fundamentais marcações de palavras como não, exceto, errada, respectivamente
etc. que fazem diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-
se com o conceito do "mais adequado", isto é, o que responde melhor ao
questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder à
pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma
outra alternativa mais completa.

Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito
para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente
pareça ser perda de tempo. A descontextualização de palavras ou frases, certas vezes,
são também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a
posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta
será mais consciente e segura.

A compreensão e a interpretação dos textos devem ser a base dos estudos, tendo em
vista que o desempenho da leitura interfere na aprendizagem de todas as outras
matérias, além de promover a socialização e a cidadania do candidato-leitor. O bom
leitor sabe selecionar o que deve ler e que efetivamente pode contribuir para sua
compreensão sobre a complexidade do mundo atual.

Interpretar é criar sentido, pois toda interpretação provoca a criação de “outro texto”.
Cada leitor é um sujeito singular, que utiliza diferentes estratégias (sua experiência
prévia, suas crenças, seus conflitos, suas expectativas e suas relações com o mundo)
para dar sentido ao que lê, sem, no entanto, eliminar o sentido original do texto. Cabe,
porém, ressaltar que é quase impossível determinar o grau de fidelidade de um leitor em
relação ao texto original.

O ato de interpretar possibilita a construção de novos conhecimentos a partir daqueles


que existem previamente na memória do leitor. Esses conhecimentos são ativados e
confrontados com as informações do texto, permitindo-lhe atribuir coerência àquilo que
está lendo.

Procedimentos para uma leitura eficaz:


1. Leia todo o texto, com atenção, procurando entender o seu sentido geral.
2. Identifique as ideias o texto (cada parágrafo contém uma ideia central e outras
secundárias), estabelecendo as relações entre as partes.
3. Procure compreender todos os vocábulos e expressões. Muitas vezes, o próprio texto
já fornece o significado da palavra. Mas, na medida do possível, use o dicionário
sempre que estiver lendo, pois com isso aumentará os seus conhecimentos e ampliará o
seu vocabulário. Lembre-se de que é bastante frequente a cobrança do significado (tanto
literal quanto contextual) das palavras nessas provas.

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4. Leia atentamente as instruções para a resolução das questões – analise com cuidado o
que cada enunciado pede. Muitas vezes, o erro é proveniente do descuido (da pressa) na
hora de ler as questões (principalmente se quando se subestima as informações
dos comandos).

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS

TEXTO NARRATIVO
 As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes ou não, forças naturais ou
fatores ambientais, que desempenham papel no desenrolar dos fatos.

Toda narrativa tem um protagonista que é a figura central, o herói ou heroína,


personagem principal da história.

O personagem, pessoa ou objeto, que se opõe aos designos do protagonista, chama-se


antagonista, e é com ele que a personagem principal contracena em primeiro plano.

As personagens secundárias, que são chamadas também de comparsas, são os figurantes


de influencia menor, indireta, não decisiva na narração.

O narrador que está a contar a história também é uma personagem, pode ser o
protagonista ou uma das outras personagens de menor importância, ou ainda uma
pessoa estranha à história.

Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de personagem: as planas:
que são definidas por um traço característico, elas não alteram seu comportamento
durante o desenrolar dos acontecimentos e tendem à caricatura; as redondas: são mais
complexas tendo uma dimensão psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as
suas reações perante os acontecimentos.

 Sequencia dos fatos (enredo): Enredo é a sequencia dos fatos, a trama dos
acontecimentos e das ações dos personagens. No enredo podemos distinguir, com maior
ou menor nitidez, três ou quatro estágios progressivos: a exposição (nem sempre
ocorre), a complicação, o clímax, o desenlace ou desfecho.

Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente, as personagens e


certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre, na maioria das vezes,
principalmente nos textos literários mais recentes, a história começa a ser narrada no
meio dos acontecimentos (“in média”), ou seja, no estágio da complicação quando
ocorre e conflito, choque de interesses entre as personagens.

O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior tensão do conflito


entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho, ou seja, a conclusão da
história com a resolução dos conflitos.
 Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens participam. Da natureza
dos acontecimentos apresentados decorre o gênero do texto. Por exemplo o relato de um
acontecimento cotidiano constitui uma crônica, o relato de um drama social é um
romance social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato central, que estabelece

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o caráter do texto, e há os fatos secundários, relacionados ao principal.
 Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lugares, ou mesmo
em um só lugar. O texto narrativo precisa conter informações sobre o espaço, onde os
fatos acontecem. Muitas vezes, principalmente nos textos literários, essas informações
são extensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos textos narrativo.
 Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvolvem-se num determinado
tempo, que consiste na identificação do momento, dia, mês, ano ou época em que
ocorre o fato. A temporalidade salienta as relações passado/presente/futuro do texto,
essas relações podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cronológica dos fatos, ou sofre
inversões, quando o narrador nos diz que antes de um fato que aconteceu depois.

O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronológico é o tempo material em que


se desenrola à ação, isto é, aquele que é medido pela natureza ou pelo relógio. O
psicológico não é mensurável pelos padrões fixos, porque é aquele que ocorre no
interior da personagem, depende da sua percepção da realidade, da duração de um dado
acontecimento no seu espírito.

 Narrador: observador e personagem: O narrador, como já dissemos, é a


personagem que está a contar a história. A posição em que se coloca o narrador para
contar a história constitui o foco, o aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode
ser caracterizado por :
- visão “por detrás” : o narrador conhece tudo o que diz respeito às personagens e
à história, tendo uma visão panorâmica dos acontecimentos e a narração é feita em 3 a
pessoa.
- visão “com”: o narrador é personagem e ocupa o centro da narrativa que é feito
em 1a pessoa.
- visão “de fora”: o narrador descreve e narra apenas o que vê, aquilo que é
observável exteriormente no comportamento da personagem, sem ter acesso a sua
interioridade, neste caso o narrador é um observador e a narrativa é feita em 3a pessoa.
 Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de apresentar um foco
narrativo, isto é, o ponto de vista através do qual a história está sendo contada. Como já
vimos, a narração é feita em 1a pessoa ou 3a pessoa.

Formas de apresentação da fala das personagens


Como já sabemos, nas histórias, as personagens agem e falam. Há três maneiras de
comunicar as falas das personagens.

 Discurso Direto: É a representação da fala das personagens através do diálogo.


Exemplo:
“Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo é dono da verdade. Vem a
polícia e começa a falar em ordem pública. No carnaval a cidade é do povo e de
ninguém mais”.

No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locução ou descendi: dizer, falar,
acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de travessões. Porém,

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quando as falas das personagens são curtas ou rápidas os verbos de locução podem ser
omitidos.

 Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas próprias palavras,


o pensamento ou a fala das personagens. Exemplo:
“Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passados, os meus
primeiros passos em liberdade, a fraternidade que nos reunia naquele momento, a
minha literatura e os menos sombrios por vir”.

 Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se mistura à fala


do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração. Exemplo:
“Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando alto. Quando me
viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles lugares, deram-me bons-dias
desconfiados. Talvez pensassem que estivesse doido. Como poderia andar um homem
àquela hora , sem fazer nada de cabeça no tempo, um branco de pés no chão como
eles? Só sendo doido mesmo”.
(José Lins do Rego)

TEXTO DESCRITIVO
Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais característicos de um
objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc.

As perspectivas que o observador tem do objeto são muito importantes, tanto na


descrição literária quanto na descrição técnica. É esta atitude que vai determinar a
ordem na enumeração dos traços característicos para que o leitor possa combinar suas
impressões isoladas formando uma imagem unificada.

Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressivamente, variando as partes


focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a pouco.

Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra técnica. Passaremos
a falar um pouco sobre cada uma delas:
 Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é transmitir a
impressão que a coisa vista desperta em nossa mente através do sentidos. Daí decorrem
dois tipos de descrição: a subjetiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas
preferências, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e não o que vê realmente;
já a objetiva traduz a realidade do mundo objetivo, fenomênico, ela é exata e
dimensional.
 Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das personagens, pela
acumulação de traços físicos e psicológicos, pela enumeração de seus hábitos, gestos,
aptidões e temperamento, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural,
social e econômico .
 Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o observador

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abrange de uma só vez a globalidade do panorama, para depois aos poucos, em ordem
de proximidade, abranger as partes mais típicas desse todo.
 Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos ambientes em que
ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma visualização das suas particularidades, de
seus traços distintivos e típicos.
 Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada, que se desenvolve
progressivamente no tempo. É a descrição de um incêndio, de uma briga, de um
naufrágio.
 Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características gerais da literatura,
com a distinção de que nela se utiliza um vocabulário mais preciso, salientando-se com
exatidão os pormenores. É predominantemente denotativa tendo como objetivo
esclarecer convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanismos, a
fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc.

TEXTO DISSERTATIVO
Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação consta de uma série
de juízos a respeito de um determinado assunto ou questão, e pressupõe um exame
critico do assunto sobre o qual se vai escrever com clareza, coerência e objetividade.

A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir o leitor a respeito
dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como finalidade dar a conhecer ou
explicar certo modo de ver qualquer questão.

A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfatizando o contexto.

Quanto à forma, ela pode ser tripartida em :


 Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados fundamentais do assunto
que está tratando. É a enunciação direta e objetiva da definição do ponto de vista do
autor.
 Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias colocadas na
introdução serão definidas com os dados mais relevantes. Todo desenvolvimento deve
estruturar-se em blocos de ideias articuladas entre si, de forma que a sucessão deles
resulte num conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e desencadeia a
conclusão.
 Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da ideia central. Na
conclusão o autor reforça sua opinião, retomando a introdução e os fatos resumidos do
desenvolvimento do texto. Para haver maior entendimento dos procedimentos que
podem ocorrer em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre fatos, hipótese e
opinião.
- Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; é a obra ou ação
que realmente se praticou.
- Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou não, e de que se
tiram diversas conclusões; é uma afirmação sobre o desconhecido, feita com base no
que já é conhecido.
- Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação ou desaprovação
pessoal diante de acontecimentos, pessoas e objetos descritos, é um parecer particular,

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um sentimento que se tem a respeito de algo.

O TEXTO ARGUMENTATIVO

A linguagem é capaz de criar e representar realidades, sendo caracterizada pela


identificação de um elemento de constituição de sentidos. Os discursos verbais podem
ser formados de várias maneiras, para dissertar ou argumentar, descrever ou narrar,
colocamos em práticas um conjunto de referências codificadas há muito tempo e dadas
como estruturadoras do tipo de texto solicitado.

Para se persuadir por meio de muitos recursos da língua é necessário que um texto
possua um caráter argumentativo/descritivo. A construção de um ponto de vista de
alguma pessoa sobre algo, varia de acordo com a sua análise e esta dar-se-á a partir do
momento em que a compreensão do conteúdo, ou daquilo que fora tratado seja
concretado.
A formação discursiva é responsável pelo emassamento do conteúdo que se deseja
transmitir, ou persuadir, e nele teremos a formação do ponto de vista do sujeito, suas
análises das coisas e suas opiniões. Nelas, as opiniões o que fazemos é soltar
concepções que tendem a ser orientadas no meio em que o indivíduo viva. Vemos que o
sujeito lança suas opiniões com o simples e decisivo intuito de persuadir e fazer suas
explanações renderem o convencimento do ponto de vista de algo/alguém.

Na escrita, o que fazemos é buscar intenções de sermos entendidos e desejamos


estabelecer um contato verbal com os ouvintes e leitores, e todas as frases ou palavras
articuladas produzem significações dotadas de intencionalidade, criando assim unidades
textuais ou discursivas. Dentro deste contexto da escrita, temos que levar em conta que
a coerência é de relevada importância para a produção textual, pois nela se dará uma
sequencia das ideias e da progressão de argumentos a serem explanadas. Sendo a
argumentação o procedimento que tornará a tese aceitável, a apresentação de
argumentos atingirá os seus interlocutores em seus objetivos; isto se dará através do
convencimento da persuasão. Os mecanismos da coesão e da coerência serão então
responsáveis pela unidade da formação textual.

Dentro dos mecanismos coesivos, podem realizar-se em contextos verbais mais amplos,
como por jogos de elipses, por força semântica, por recorrências lexicais, por estratégias
de substituição de enunciados.

Um mecanismo mais fácil de fazer a comunicação entre as pessoas é a linguagem,


quando ela é em forma da escrita e após a leitura, (o que ocorre agora), podemos dizer
que há de ter alguém que transmita algo, e outro que o receba. Nesta brincadeira é que
entra a formação de argumentos com o intuito de persuadir para se qualificar a
comunicação; nisto, estes argumentos explanados serão o germe de futuras tentativas da
comunicação ser objetiva e dotada de intencionalidade, (ver Linguagem e Persuasão).

Sabe-se que a leitura e escrita, ou seja, ler e escrever; não tem em sua unidade a mono
característica da dominação do idioma/língua, e sim o propósito de executar a interação
do meio e cultura de cada indivíduo. As relações intertextuais são de grande valia para
fazer de um texto uma alusão à outros textos, isto proporciona que a imersão que os
argumentos dão tornem esta produção altamente evocativa.

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A paráfrase é também outro recurso bastante utilizado para trazer a um texto um aspecto
dinâmico e com intento. Juntamente com a paródia, a paráfrase utiliza-se de textos já
escritos, por alguém, e que tornam-se algo espetacularmente incrível. A diferença é que
muitas vezes a paráfrase não possui a necessidade de persuadir as pessoas com a
repetição de argumentos, e sim de esquematizar novas formas de textos, sendo estes
diferentes. A criação de um texto requer bem mais do que simplesmente a junção de
palavras a uma frase, requer algo mais que isto. É necessário ter na escolha das palavras
e do vocabulário o cuidado de se requisitá-las, bem como para se adotá-las. Um texto
não é totalmente auto-explicativo, daí vem a necessidade de que o leitor tenha um
emassado em seu histórico uma relação interdiscursiva e intertextual.

As metáforas, metomínias, onomatopeias ou figuras de linguagem, entram em ação


inseridos num texto como um conjunto de estratégias capazes de contribuir para os
efeitos persuasivos dele. A ironia também é muito utilizada para causar este efeito,
umas de suas características salientes, é que a ironia dá ênfase à gozação, além de
desvalorizar ideias, valores da oposição, tudo isto em forma de piada.

Uma das últimas, porém não menos importantes, formas de persuadir através de
argumentos, é a Alusão ("Ler não é apenas reconhecer o dito, mais também o não-
dito"). Nela, o escritor trabalha com valores, ideias ou conceitos pré estabelecidos, sem
porém com objetivos de forma clara e concisa. O que acontece é a formação de um
ambiente poético e sugerível, capaz de evocar nos leitores algo, digamos, uma
sensação... Texto Base: CITELLI, Adilson; “O Texto Argumentativo” São Paulo SP,
Editora ..Scipione, 1994 - 6ª edição

Estruturação do texto e dos parágrafos.


Os textos são estruturados geralmente em unidades menores, os parágrafos,
identificados por um ligeiro afastamento de sua primeira linha em relação à margem
esquerda da folha.

Possuem extensão variada: há parágrafos longos e parágrafos curtos. O que vai


determinar sua extensão é a unidade temática, já que cada ideia exposta no texto deve
corresponder a um parágrafo.

"O parágrafo é uma unidade de composição constituída por um ou mais de um período,


em que se desenvolve determinada ideia central ou nuclear, a que se agregam outras,
secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela."

Assim Othon Garcia define o parágrafo, e por assim dizer, exerce o parágrafo a
coordenação das partes de uma composição. Esta para comunicar-se plenamente,
depende da eficácia daquele, o que se nota quando há ordenação do raciocínio. Tal
ordenação independe da rigidez na aplicação do conceito estabelecido, visto poder ser o
parágrafo estruturado de maneiras diversas, dependentes de variáveis quanto ao assunto,
composição, propósito, autor e até mesmo do leitor a que se destina. Contudo, o
chamado parágrafo-padrão, é modelo consagrado de eficácia para todo escritor.

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O parágrafo é identificado no texto pelo seu início afastado da margem do papel, o
que facilita, tanto ao escritor como ao leitor, percebê-lo de forma isolada para que de
modo analítico, capte as ideias principais do texto e posteriormente, sintetizá-las
compreendendo então o texto num todo. Assim, é o parágrafo de essencial importância
na composição.

Tal como a sua estrutura, a extensão de um parágrafo também diversificada, e


dependente das mesmas variáveis que a estrutura, contanto que pela sua pequenez ou
grandeza de extensão, não deixe de transmitir integralmente a mensagem, nem torne
confuso ou até mesmo impossível a compreensão desta.

Parágrafo é a unidade redacional que divide o texto em partes menores, cada uma
responsável por um novo enfoque ou abordagem sobre o mesmo assunto que tem em
vista atingir um objetivo. A gramática formal conceitua parágrafo como aquele que está
marcado pela mudança de linha e de um afastamento da margem esquerda, mas sua
finalidade vai além desses conceitos gramaticais.

A compreensão do texto depende de uma estrutura organizacional adequada do


parágrafo, pois o mesmo é resultado de um conjunto de ideias que se inter-relacionam
naturalmente, espontaneamente, consistentemente.

A estrutura organizacional do texto deve-se primeiramente estabelecer uma


ideia capaz de orientá-lo inteiramente, distribuindo-se em introdução, desenvolvimento
e conclusão de forma adequada e assim atingir o objetivo desejado pelo autor. É
importante destacar outros aspectos do texto, selecionar ideias relevantes e manifestar
características de coerência, ou seja, o pensamento deve desenvolver-se de forma lógica,
espontânea e natural. Finalmente, o texto deve ser claro e conciso, ou seja, sem excesso
de pormenores, de explicações desnecessárias, sem repetição de ideias e palavras. É
necessário que o próprio assunto do texto seja restrito proporcionando profundidade de
forma a atrair a atenção do leitor.

O parágrafo é iniciado por uma idéia-núcleo apresentada de forma clara e


concisa que encerra uma ideia básica, que constitui ó tópico frasal. Este indica ao
autor os limites das ideias que pode explanar no parágrafo. O elemento relacionador
é opcional, mas geralmente presente a partir do segundo parágrafo, servindo de
“ponte” entre o parágrafo em si e o tópico que o antecede.

Vale lembrar que o homem ao construir algo, um texto, por exemplo, procura
ou deve fazê-lo seguindo de maneira a esmerar-se pela perfeição, pois, tratando-se
de texto, deve construí-lo como um objeto aberto, plural, dialogante e ligado ao
contexto verbal, estrutural entre o este e a situação em que ele ocorre. Texto extraído
de: MEDEIROS, João Bosco. Português Instrumental. São Paulo: Atlas, 2000

Estrutura do parágrafo

A Estrutura do parágrafo é um processo em construção que deve ser organizado em


partes, ou seja, o texto ao ser construído deve ser moldado em parágrafos, os quais
deverão ser aumentados ou diminuídos. Isto é, variando de tamanho, de forma a
alcançar o que nos diz Medeiros (2009) “a regra geral para determinar o tamanho é o
bom senso”. A afinal o contexto é quem define o texto através do uso da linguagem.

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O tamanho do parágrafo

Os parágrafos são moldáveis como a argila e, podem ser aumentados ou


diminuídos, conforme o tipo de redação e o veículo de comunicação onde o texto vai
ser divulgado. Se o escritor souber variar o tamanho dos parágrafos, dará colorido
especial ao texto, captando a atenção do leitor, do começo ao fim. Em princípio, o
parágrafo é mais longo que o período e menor que uma página impressa no livro, e
a regra geral para determinar o tamanho é o bom senso.

Parágrafos curtos: próprios para textos pequenos, fabricados para leitores de


pouca formação cultural. A exemplo: A notícia possui parágrafos curtos em colunas
estreitas; artigos e editoriais costumam ter parágrafos mais longos. Revistas populares,
livros didáticos destinados a alunos iniciantes, geralmente, apresentam parágrafos
curtos.Quando o parágrafo é muito longo, o escritor deve dividi-lo em parágrafos
menores, seguindo critério claro e definido a fim de enfatizar uma ideia.

Parágrafos médios - comuns em revistas e livros didáticos destinados a um leitor


de nível médio (2º grau). Cada parágrafo médio construído com três períodos que
ocupam de 50 a 150 palavras. Em cada página de livro cabem cerca de três
parágrafos médios.

Parágrafos longos - em geral, as obras científicas e acadêmicas possuem longos


parágrafos, por três razões: os textos são grandes e consomem muitas páginas; as
explicações são complexas e exigem várias ideias e especificações, ocupando mais
espaço; os leitores possuem capacidade e fôlego para acompanhá-los. Esse conjunto de
características apresentadas na construção dos parágrafos, acompanhados da coesão e
coerência, ajudam a fazer com que um texto não seja uma sequência de palavras e
frases, dando condição àquilo que é textual, ou seja, fielmente reproduzido.

Se você até hoje detestou textos, talvez não tenha entendido que eles falam uns com os
outros através, não somente da moldagem dos parágrafos, mas também de outros
fatores. Bem, este é o princípio básico do sétimo fator, a intertextualidade:

o conversar entre textos distintos, ou seja, qualquer discurso tem a ver com os fatores
pragmáticos envolvidos no processo sociocomunicativo. Fica assim entendido que os
elementos que concorrem para a textualidade numa relação coerente entre as ideias, são:

Fatores semântico/formal (coesão e coerência);


Fatores pragmáticos (intencionalidade, aceitabilidade, situacionabilidade,
informatividade e intertextualidade).

Tópico Frasal

Constituído habitualmente por um ou dois períodos curtos iniciais, o tópico frasal, que é
a introdução da unidade de composição, nos fornece o tema a ser desenvolvido. Tal
consideração é também feita de forma generalizada, pois o tópico frasal pode não ser
inicial, mas sem dúvida, este é o tipo mais usado por consagrados escritores e
recomendado para os principiantes.

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Considerando a recomendação de iniciar o parágrafo com o tópico frasal, este pode


assumir aspectos diferenciados, a saber: declaração inicial - quando primariamente se
afirma ou nega algo, para na sequencia justificar a sentença, desta forma o primeiro
período poderia servir de título para o parágrafo; definição - neste aspecto o tópico
frasal assume um conceito do objeto, material ou imaterial, em questão; divisão -
Buscando objetividade e clareza, apresenta-se o tópico frasal sob a forma de divisão do
objeto em foco. O tópico frasal pode estar inserido em outra parte do texto, ou pode
também estar diluído neste e até mesmo implícito, o que requer muita perspicácia do
escritor e é claro para o leitor.

Iniciando o parágrafo

Vimos o conceito e algumas características do tópico frasal. Este é utilizado pela


maioria dos escritores para iniciar o parágrafo, porém, outros modos podem ser
utilizados como: alusão histórica - introdução com dados históricos que chamem a
atenção do leitor; omissão de identificadores - omitir a identificação de personagens,
ativando a curiosidade do leitor; interrogação - fazendo uma pergunta, que logicamente
exigirá do leitor maior atenção.

I - DESENVOLVENDO O PARÁGRAFO

Desenvolver o parágrafo é expor de forma pormenorizada a ideia principal deste. Tal


desenvolvimento pode se dar por diversas maneiras.

1.0 -Enumerando ou descrevendo detalhes


Desta forma o autor enumera e detalha a ideia apresentada; é muito usada e,
preferencialmente nos parágrafos iniciados pelo tópico frasal.

1.1 - Confrontando, fazendo analogia ou comparando


No confronto, o autor utiliza o artifício de contrapor ideias, seres, coisas, fatos ou
fenômenos. Tal confronto tanto pode ser de contrastes como de semelhanças. Analogia
e comparação, são também espécies de confronto: a primeira trata de semelhança
primária sugerindo uma afinidade completa entre os dados; a segunda mostra
semelhanças reais e visíveis, valendo-se para isto do uso de conectivos de comparação.

1.2 - Definindo, dividindo e citando exemplos


Ao definir, o autor, de forma clara e concisa, conceitua o objeto, ser, fato ou
fenômeno apresentado, esta, pode envolver ou não a divisão e citação de exemplos,
estas por sua vez, podem acompanhar uma definição ou serem usadas isoladamente
desta e uma da outra.
Quando divide, o autor explora as ideias em cadeia, ou seja, após apresentar a temática
no tópico frasal, divide-a e explana-a em períodos seguintes, sempre de forma a manter
a cadeia de desenvolvimento.
Ao exemplificar, o autor tanto pode estar esclarecendo o assunto proposto quanto
comprovando-o.

1.3 - Mostrando causa, motivo ou razão; consequência ou efeito


Desenvolve-se assim o parágrafo, esclarecendo a causa, motivo ou razão, bem como a
consequência ou efeito do acontecimento ou fato apresentado como ideia principal.

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Quando se trata de fenômenos físicos, empregamos os termos causa e efeito; se
humanos usamos os termos motivo, razão e consequência.

II - PARÁGRAFO DESCRITIVO E PARÁGRAFO NARRATIVO

1.0 - Parágrafo descritivo

É aquele que descreve o objeto, ser, coisa, paisagem ou até mesmo um sentimento.
Tal descrição se dá pela apresentação das características predominantes e pelo
detalhamento destas. É portanto o objeto matéria da descrição.

Uma descrição perfeitamente realizada, não se mostra pelas minúcias descritivas do


objeto e sim pela compreensão deste através da imagem reproduzida pela rica
imaginação e pela utilização correta dos recursos de expressão, apresentando traços
específicos do objeto da descrição, sem se preocupar com os supérfluos.

A descrição deve apresentar o ponto de vista do observador, ou seja, o ângulo do qual


será feita a descrição, não só o físico, mas também a atitude da observação.
Quanto ao objeto a ser descrito, deve o autor, apresentar o posicionamento físico
deste, de forma a permitir ao leitor a firme criação do cenário em sua mente. Esta
apresentação se da pela disposição ordenada dos detalhes, o que cria uma cadeia de
ideias que será absorvida pelo leitor.

O posicionamento psicológico é outro ponto a ser apresentado. Este direciona a


descrição para caminhos diversos: o do subjetivismo, quando o autor deixa transparecer
o seu estado de espírito, suas preferências e opiniões, assim descrevendo não apenas o
que vê, mas o que pensa ver, usando para tal, expressões carregadas de conotação; a
descrição pode ser também direcionada para o objetivismo, que é a pura descrição,
fidelíssima ao que se vê, retratando exatamente o quadro contemplado, e desta forma,
com a pura utilização da linguagem denotativa.

Os personagens devem também ser descritos, e esta, reveste-se de maior


complexidade pois, a simples enumeração de características tornaria o personagem
desinteressante. Deve então o autor, valendo-se dos recursos de linguagem, formar uma
representação viva do objeto descrito, transmitindo além das características físicas, o
retrato psicológico do personagem.

A descrição deve abranger também a paisagem ou ambiente, e não como resultado de


mera observação, mas como de um contágio efetivo da natureza ou ambiente sobre o
autor, o que o integra ao quadro e permite maior dinâmica a descrição. Ao descrever
paisagem ou ambiente, cuidados especiais devem ser tomados para que não se valorize
em demasia aspectos secundários, deixando à parte os principais.

1.1 - O parágrafo narrativo


O parágrafo narrativo deve transmitir fielmente a intenção da narração. Esta tem como
matéria o fato, ou seja, qualquer acontecimento de que o homem participe direta ou
indiretamente.

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O relato de um episódio é composto por elementos definidos, a saber: o enredo, os
personagens, a ação, o tempo, o espaço, a causa, a consequência, o foco narrativo, o
clímax e o desfecho. Estes podem aparecer em sua totalidade ou parcialmente dentro de
um parágrafo narrativo.
O enredo é o entrelaçamento dos fatos de uma narração. Os personagens são: o
protagonista, aquele que pratica a ação, normalmente o "mocinho" e personagem
principal da história; e o antagonista, aquele que sofre a ação, o opositor do personagem
principal. Tem-se ainda personagens secundários que são os figurantes da narração. O
tempo, pode ser o cronológico, tempo mensurável do acontecimento ou o psicológico
,imensurável e só conhecido pelo personagem.

O espaço é o local dos acontecimentos. Causa e consequência são respectivamente, o


motivo e o resultado da ação narrada. O foco narrativo é o angulo de vista do narrador,
que pode ser de mero observador, narrando os fatos na terceira pessoa ou, de
personagem, quando usará então a primeira pessoa. O clímax e o desfecho são
respectivamente, o momento de expectativa, de tensão e o fechamento da narração.

É certo que todos os elementos nem sempre estarão contidos em um só parágrafo,


sendo assim presentes em outras unidades da narração, contudo, há a possibilidade
destes serem observados num mesmo parágrafo, devido a capacidade do autor e sua
perícia na utilização dos recursos de linguagem a ele disponibilizados. O fato narrado
pode ser real, como a história da humanidade, a biografia de alguém, a autobiografia,
uma reportagem, ou pode ser também fictício, como novelas, romances, contos e
anedotas.

O parágrafo narrativo tem como núcleo o incidente, o fato ocorrido, nele também,
geralmente, não se tem o tópico frasal explícito, pois este, esta diluído implicitamente
no ordenamento da narração.

A dicotomia primária, apresentada entre os parágrafos narrativo e descritivo é a


dinâmica dos personagens existente no primeiro e a ausência da mesma no segundo.

III - QUALIDADES DO PARÁGRAFO E DA FRASE EM GERAL

O parágrafo e a frase, possuem qualidades em comum, as quais podemos definir de


maneira superficial da seguinte forma: correção - o respeito as normas e princípios do
idioma; clareza - a expressão clara e objetiva da ideia; concisão - a apresentação da
ideia usando o menor número possível de palavras; coesão - expor de forma ordenada as
ideias, uma de cada vez; coerência - a ligação perfeitamente inteligível das partes de um
texto com o seu todo; ênfase - realçar através de mecanismos próprios a ideia
apresentada, e finalmente, argumentação - a exposição dos fundamentos da ideia, de
forma a torná-la suscetível de aceitação.

Devido a intenção deste trabalho, nos deteremos em três destas qualidades, a saber:
coesão, coerência e argumentação.

Das qualidades do parágrafo e da frase, coesão e coerência, dificultam as suas


definições pois muito se confundem quando da ausência, pois, a falta de uma, redunda
na impossibilidade de existência da outra, isto de forma generalizada. São portanto
responsáveis por garantir ao texto uma unidade de significados encadeados.

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1.0 - Coesão
Coesão ou unidade, consiste no resultado do emprego correto dos termos conectivos
da linguagem, o que permite expressar uma coisa de cada vez, omitindo o desnecessário
e prendendo-se às relações existentes entre as ideias, principal e secundárias. Tal
resultado em muito se deve ao correto emprego do tópico frasal.

Na língua portuguesa, muitos recursos garantem a coesão, são eles: a referência - o


uso dos pronomes, advérbios e artigos; a elipse - a omissão de um termo a fim de evitar
sua repetição; o lexical - o uso de sinônimos que evitam a repetição de termos; a
substituição - abreviação de sentenças inteiras, substituindo-as por um expressão de
significado equivalente; a oposição - emprego de termos com valor de oposição, como:
mas, contudo, todavia, porém, entretanto etc.; a concessão - uso de termos como:
embora, ainda que, se bem que, apesar de etc.; a causa - utilização de termos que
indicam a causa do fato: porque, pois, como, já que, visto que etc.; a condição - a
imposição de termos condicionais, tais como: caso, se, a menos que etc.; a finalidade -
mostrar o fim do fato através do emprego de termos como: para que, para, a fim de, com
o objetivo de etc.;

Além dos recursos acima citados, que proporcionam coesão, evitando pormenores
impertinentes, acumulações e redundâncias, outros recursos redacionais proporcionam
coesão ao parágrafo, e podemos citar alguns como: O emprego, sempre que possível do
tópico frasal explícito; o desenvolvimento da idéia-núcleo em um mesmo parágrafo, a
busca da não utilização de frases entrecortadas.

1.1 - Coerência
Valendo-nos da definição primariamente apresentada para coerência, ( a ligação
perfeitamente inteligível das partes de um texto com o seu todo), podemos auferir, que
esta consiste em ordenar e interligar as ideias de maneira clara e lógica e de acordo com
um plano definido.
Para que a coerência seja evidente numa composição, algumas particularidades devem
ser observadas:

A ordem cronológica, espacial e lógica, são algumas destas particularidades. Ordenar


cronologicamente os fatos consiste em não inverter o tempo dos acontecimentos. A
ordem espacial consiste em descrever sob o ângulo da observação o objeto, ou seja, dos
detalhes mais próximos para os mais distantes ou ao inverso. A ordenação lógica nada
mais é do que a manutenção da ideia apresentada através do tópico frasal ou implícita
no texto, a fundamentação desta ideia no seu desenvolvimento e, finalmente a conclusão
da composição.

A satisfação do aspecto de coerência em uma composição não se deve apenas ao


ordenamento da ideia, conseguido através dos recursos acima citados, deve-se também
ao emprego correto dos termos que permitam a transição e a conexão entre as ideias.
Neste ponto, encontramos a necessidade da correta utilização, conforme as normas
gramaticais, das conjunções, preposições, pronomes e até mesmo dos advérbios e
locuções adverbiais e ainda, em sentido mais amplo, de orações, períodos e parágrafos
que servem de transição ou conexão entre as ideias apresentadas.

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Listamos abaixo, alguns advérbios ou locuções adverbiais que proporcionam a
coerência na composição quando da sua utilização.

- Prioridade, relevância - em primeiro lugar, antes de mais nada...


- Tempo - então, enfim, logo, imediatamente, não raro...
- Semelhança, comparação - igualmente, de acordo com, segundo...
- Adição - além disso, também, e...
- Dúvida - talvez, provavelmente...
- Certeza - de certo, por certo, certamente...
- Surpresa - inesperadamente, surpreendentemente...
- Ilustração - por exemplo, quer dizer, a saber...
- Propósito - com o fim de, a fim de...
- Lugar, proximidade, distância - perto de, próximo a, além...
- Resumo - em suma, em síntese, enfim, portanto...
- Causa - daí, por consequência, por isso, por causa...
- Contraste - pelo contrario, exceto, menos...

- Referência em geral - pronomes demonstrativos: este, aquele, esse; pronomes


pessoais; pronomes adjetivos: último, penúltimo; os numerais ordinais: primeiro,
segundo....
Certamente os recursos apresentados nos possibilitarão a busca, e se bem aplicados, o
encontro da coerência em nossas composições.

Articulação do texto: pronomes e expressões referenciais,


nexos, operadores sequenciais.

A classe dos pronomes abrange vocábulos que nem sempre têm as mesmas
características funcionais, mórficas ou semânticas.

De modo mais geral, estas seriam as características dos pronomes:

 Vocábulo que substitui o núcleo de uma expressão ou que funciona como termo
determinante do núcleo de uma expressão (critério funcional);
 Vocábulo formado por base gramatical, podendo ou não ser flexionado,
concordando com o núcleo do sintagma (critério formal ou mórfico);
 Vocábulo que serve para designar, indicar pessoas ou coisas, qualidades, ações,
estados, quantidades, mesmo não as nomeando, tomando como referência as
pessoas do discurso (critério semântico).

Quando o pronome situa ou indica os seres no espaço, tem uma função dêitica, como,
por exemplo este, esse ou aquele, que indicam maior ou menor proximidade em relação
ao falante ou ao ouvinte.

Exemplo:

"Este ano não vai ser igual àquele que passou


Eu não brinquei, você também não brincou

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Aquela fantasia que eu comprei ficou guardada
E a sua também ficou pendurada
Este ano tá combinado:
Nós vamos brincar separados

(Letra da marchinha popular Máscara Negra)

Quando o pronome se refere a um termo já presente no texto, dizemos que tem função
anafórica.

Exemplo:

A programação das rádios é muito variada, indo da música clássica à música


popular, porque alguns ouvintes gostam mais desta, outros preferem aquela.

No texto acima, o pronome esta se refere à música popular, e o pronome aquela se


refere à música clássica.

Resumindo, quando o pronome faz uma indicação no espaço, temos a dêixis, e os


pronomes são chamados dêiticos; quando faz uma referência a um elemento do texto,
temos a anáfora, e os pronomes são chamados anafóricos. Essas duas funções são
essenciais à coesão interna do texto.

Quadro dos Pronomes


retos: eu, tu, ele, nós, vós, eles

oblíquos: me, mim, (co)migo - nos,


(co)nosco
pessoais
te, ti, (con)tigo - vos, (con)vosco
(designam as pessoas do
o,a,lhe,se,si,(con)sigo -
discurso)
os,as,lhes,se,si,(con)sigo

tratamento: você, Vossa Excelência,


Vossa Senhoria, etc.

possessivos
meu(s), minha(s), nosso(s), nossa(s)
(atribuem um nome
teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s)
substantivo a uma pessoa
seu(s), sua(s), dele(s), dela(s)
do discurso)

demonstrativos
este(s), esta(s) , isto
(indicam posição em
esse(s), essa(s), isso
relação às pessoas do
aquele(s), aquela(s), aquilo
discurso)

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algum, nenhum, todo, outro, muito,


indefinidos
pouco, certo (e mais as flexões de gênero
(indeterminam o ser a que
e número), alguém, ninguém, cada, nada,
se referem)
etc.

interrogativos
(indicam o elemento sobre
que, quem, (o, a) qual, (os, as) quais
o qual se quer uma
informação)

relativos
(substituem um nome que
os antecede, funcionando que, onde, cujo (a, as, os)
como conector inter-
oracional)

Três noções gramaticais são próprias dos pronomes, e são elas que marcam a diferença
entre os pronomes e os nomes (substantivos e adjetivos). Essas noções não são
expressas por meio de desinências, e sim por meio de outras formas pronominais.

1) pessoa gramatical - esta noção é básica para o funcionamento da maioria dos


pronomes: pessoais, possessivos e demonstrativos, partindo sempre do ponto de vista do
falante.

Pessoa gramatical- Indicação mórfica dos participantes do processo de


comunicação: o falante, o ouvinte e tudo que é distinto de ambos.

Esses três participantes são comumente designados como a primeira, a segunda e a


terceira pessoas gramaticais:

a primeira (o falante);
a segunda (o ouvinte);
a terceira (tudo que é distinto de ambas).

Todas três admitem uma forma plural:

 quando o falante se incorpora numa pluralidade (1a pessoa do plural);


 quando o falante se dirige a uma pluralidade (2a pessoa do plural);
 quando o falante se refere a uma pluralidade distinta dele e do ouvinte
(3a pessoa do plural).

Portanto, a categoria pessoa gramatical, no português, se realiza por meio de seis formas
distintas.

O quadro abaixo apresenta as desinências número-pessoais relativas às seis pessoas do


discurso, que podem ser designadas como P1 (pessoa 1), P2 (pessoa 2), etc.

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P1 1ª. pessoa do singular Æ (não marcada)


P2 2ª. pessoa do singular Æ (não marcada)
P3 3ª. pessoa do singular -s
P4 1ª. pessoa do plural -mos
P5 2ª. pessoa do plural -is
P6 3ª. pessoa do plural -m

2) gênero neutro - os pronomes constituem a única classe de vocábulos em que se


utiliza o gênero neutro para fazer referências a coisas inanimadas. Isso está restrito aos
pronomes demonstrativos: isto, isso aquilo.

3) caso - os pronomes pessoais apresentam formas diferentes para expressar diferentes


funções sintáticas, acompanhados ou não de preposição.

Ex: "A senhora que me1 disse isto cuido que gostou de mim2" (Machado de Assis)
1
objeto indireto (pronome)
2
objeto indireto (prep+pron)

Categorias de gênero e de número

Da mesma forma que os nomes (substantivos e adjetivos), a maioria dos pronomes pode
expressar as noções de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural).
Observe:

· ... por não achar de minha parte correspondência aos seus afetos...

minha - feminino singular


seus - masculino plural

· Outros olhos me procuravam também.

Outros - masculino plural

· Naquele tempo, por mais mulheres bonitas que achasse ...

naquele (em + aquele) - masculino singular

· ... tendo aliás confessado a princípio as minhas aventuras vindouras ...

minhas - feminino plural

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Diferentes tipos de pronomes da língua portuguesa podem ser observados no texto de
Machado de Assis, comentado a seguir:

Texto 2

Trecho extraído de Dom Casmurro

"A senhora que me disse isto cuido que gostou de mim, e foi naturalmente por não
achar da minha parte correspondência aos seus afetos que me explicou daquela
maneira os seus olhos teimosos. Outros olhos me procuravam também, não muitos, e
não digo nada sobre eles, tendo aliás confessado a princípio minhas aventuras
vindouras. Naquele tempo, por mais mulheres bonitas que achasse, nenhuma receberia
a mínima parte do amor que tinha a Capitu. À minha própria mãe não queria mais que
metade. Capitu era tudo e mais que tudo; não vivia nem trabalhava que não fosse
pensando nela. Ao teatro íamos juntos; só me lembra que fosse duas vezes sem ela, um
benefício de ator, e uma estréia de ópera, a que ela não foi por ter adoecido, mas quis
por força que eu fosse."

(Machado de Assis)

Comentário sobre o texto 2

No texto , escrito em primeira pessoa, o narrador conta uma passagem de sua vida com
Capitu, destacando o seu amor por ela. A polarização entre os dois personagens reflete a
relação problemática entre eles.

Os pronomes desempenham nesse texto um importante papel para a sua coesão interna,
indicando com clareza os personagens (Bentinho e Capitu) e tudo que lhes diz respeito.

Bentinho Capitu
me disse seus afetos
gostou de mim seus olhos teimosos
minha parte pensando nela
me explicou sem ela
me procuravam ela não foi
minhas aventuras
minha própria mãe
que eu fosse

Vamos sistematizar, a partir do texto de Machado de Assis, os três critérios que foram
utilizados na caracterização dos pronomes:
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A - Critério funcional

Os pronomes podem ter função substantiva e função adjetiva. Os pronomes pessoais


têm função substantiva privativa, segundo Mattoso Câmara, pois a sua função é
substituir as pessoas ou seres envolvidos no ato de comunicação.

Os outros pronomes prestam-se às duas funções, dependendo de estar acompanhando


um substantivo, expresso ou oculto (pronome adjetivo, neste caso), ou de estar
substituindo um substantivo (pronome substantivo).

Com base no trecho extraído de Dom Casmurro, podemos observar as diferentes


funções dos pronomes na constituição do sintagma:

Pronome substantivo

Preposição
Sintagma Nominal Verbo Sintagma Nominal +
Sintagma Nominal
Capitu era tudo
eu fosse
disse isto
disse me (=a mim)
gostou de mim
digo nada sobre eles
pensando nela

Pronome adjetivo
Preposição Determinante Determinante Núcleo
de + a minha parte
a+ os seus afetos
de + aquela maneira
os seus olhos
outros olhos
muitos [olhos]
minhas aventuras

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em + aquele tempo
nenhuma mulher]

B - Critério mórfico

Alguns pronomes são formados apenas por base gramatical, sendo portanto invariáveis:
que, me, isto, nada, tudo, por exemplo.

Em outros pronomes, a base gramatical combina-se com outros morfemas também


gramaticais. É o que acontece em seus, daquela, outros, muitos, eles, minhas, naquele,
nenhuma, nela, nele, por exemplo.

C - Critério semântico

Como vocábulos que não têm significação externa, os pronomes se diferenciam,


semanticamente, pela sua função no discurso:
(que) eu fosse
me disse
Bentinho me lembra pessoais
me procuravam
gostou de mim
minha parte
minhas aventuras possessivos
minha mãe

ela não foi


Capitu pensando nela pessoais
sem ela
seus afetos
possessivos
seus olhos
daquela maneira demonstrativos

olhos sobre eles pessoais


outros olhos
indefinidos
muitos olhos

No português do Brasil, temos observado uma redução drástica no quadro dos pronomes
pessoais:

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 pronome nós, por exemplo, é constantemente substituído pela expressão
a gente. Isto ocorre sobretudo na língua falada e em textos escritos em
um registro mais informal. Muitos estudos têm sido feitos com o objetivo
de apontar as prováveis causas desta mudança. Sugerimos a leitura do
artigo de Célia Lopes "Nós por A Gente: uma contribuição da
pesquisa sociolingüística ao ensino" .
 o pronome tu, que é muito usado em algumas regiões do Brasil,
(combinado à forma verbal de Segunda pessoa do singular), passou a ter
um emprego mais geral, combinando com o verbo na terceira pessoa do
singular, substituindo o pronome você.
 o pronome vós tem um emprego muito restrito, tendo praticamente
desaparecido da língua usual.
 o emprego dos pronomes pessoais seu e dele pode resultar em
ambigüidade do enunciado. Numa frase como:

Ele conta histórias de sua família e de sua origem

não há problema com relação ao pronome sua, que acompanha família. Fica claro que
se trata da família dele. Já com relação ao pronome sua, que acompanha origem, há
mais de uma possibilidade de leitura: tanto pode ser origem dele, (referindo-se ao
sujeito da frase) como origem dela (referindo à família). Essa ambigüidade pode ser
desfeita pelo contexto, mas a busca de clareza leva ao uso de dele ou dela, no lugar de
seu ou sua, tanto na linguagem usual como na linguagem jornalística.

Significação contextual de palavras e expressões.

Significação das Palavras

Quanto à significação, as palavras são divididas nas seguintes categorias:

Sinônimos

As palavras que possuem significados próximos são chamadas sinônimos. Exemplos:

casa - lar - moradia - residência


longe - distante
delicioso - saboroso
carro - automóvel
Observe que o sentido dessas palavras são próximos, mas não são exatamente
equivalentes. Dificilmente encontraremos um sinônimo perfeito, uma palavra que
signifique exatamente a mesma coisa que outra.

Há uma pequena diferença de significado entre palavras sinônimas. Veja que, embora
casa e lar sejam sinônimos, ficaria estranho se falássemos a seguinte frase:

Comprei um novo lar.


Obs.: o uso de palavras sinônimas pode ser de grande utilidade nos processos de
retomada de elementos que inter-relacionam as partes dos textos.

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Antônimos

São palavras que possuem significados opostos, contrários. Exemplos:

mal / bem
ausência / presença
fraco / forte
claro / escuro
subir / descer
cheio / vazio
possível / impossível
Polissemia

Polissemia é a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar mais de um


significado nos múltiplos contextos em que aparece. Veja alguns exemplos de
palavras polissêmicas:

cabo (posto militar, acidente geográfico, cabo da vassoura, da faca)


banco (instituição comercial financeira, assento)
manga (parte da roupa, fruta)

Homônimos

São palavras que possuem a mesma pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas
significados diferentes. Veja alguns exemplos no quadro abaixo:

acender (colocar fogo) ascender (subir)


acento (sinal gráfico) assento (local onde se senta)
acerto (ato de acertar) asserto (afirmação)
apreçar (ajustar o preço) apressar (tornar rápido)
bucheiro (tripeiro) buxeiro (pequeno arbusto)
bucho (estômago) buxo (arbusto)
caçar (perseguir animais) cassar (tornar sem efeito)
cegar (deixar cego) segar (cortar, ceifar)
cela (pequeno quarto) sela (forma do verbo selar; arreio)
censo (recenseamento) senso (entendimento, juízo)
céptico (descrente) séptico (que causa infecção)
cerração (nevoeiro) serração (ato de serrar)
cerrar (fechar) serrar (cortar)
cervo (veado) servo (criado)
chá (bebida) xá (antigo soberano do Irã)
cheque (ordem de pagamento) xeque (lance no jogo de xadrez)
círio (vela) sírio (natural da Síria)
cito (forma do verbo citar) sito (situado)

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concertar (ajustar, combinar) consertar (reparar, corrigir)


concerto (sessão musical) conserto (reparo)
coser (costurar) cozer (cozinhar)
esotérico (secreto) exotérico (que se expõe em público)
expectador (aquele que tem esperança,
espectador (aquele que assiste)
que espera)
esperto (perspicaz) experto (experiente, perito)
espiar (observar) expiar (pagar pena)
espirar (soprar, exalar) expirar (terminar)
estático (imóvel) extático (admirado)
esterno (osso do peito) externo (exterior)
estrato (camada) extrato (o que se extrai de algo)
estremar (demarcar) extremar (exaltar, sublimar)
incerto (não certo, impreciso) inserto (inserido, introduzido)
incipiente (principiante) insipiente (ignorante)
laço (nó) lasso (frouxo)
ruço (pardacento, grisalho) russo (natural da Rússia)
tacha (prego pequeno) taxa (imposto, tributo)
tachar (atribuir defeito a) taxar (fixar taxa)

Homônimos Perfeitos

Possuem a mesma grafia e o mesmo som.

Por Exemplo:

Eu cedo este lugar para a professora. (cedo = verbo)

Cheguei cedo para a entrevista. (cedo = advérbio de tempo)

Atenção:

Existem algumas palavras que possuem a mesma escrita (grafia), mas a pronúncia
e o significado são sempre diferentes. Essas palavras são chamadas de homógrafas
e são uma subclasse dos homônimos. Observe os exemplos:

almoço (substantivo, nome da refeição)


almoço (forma do verbo almoçar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo
indicativo)

gosto (substantivo)
gosto (forma do verbo gostar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo
indicativo)

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Parônimos

É a relação que se estabelece entre palavras que possuem significados diferentes, mas
são muito parecidas na pronúncia e na escrita. Veja alguns exemplos no quadro abaixo.

absolver (perdoar, inocentar) absorver (asprirar, sorver)


apóstrofe (figura de linguagem) apóstrofo (sinal gráfico)
aprender (tomar conhecimento) apreender (capturar, assimilar)
arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair)
ascensão (subida) assunção (elevação a um cargo)
bebedor (aquele que bebe) bebedouro (local onde se bebe)
cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem gentil)
comprimento (extensão) cumprimento (saudação)
deferir (atender) diferir (distinguir-se, divergir)
delatar (denunciar) dilatar (alargar)
descrição (ato de descrever) discrição (reserva, prudência)
descriminar (tirar a culpa) discriminar (distinguir)
despensa (local onde se guardam
dispensa (ato de dispensar)
mantimentos)
docente (relativo a professores) discente (relativo a alunos)
emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país)
iminência (qualidade do que está
eminência (elevado)
iminente)
eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer)
esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado)
estadia (permanência temporária em um
estada (permanência em um lugar)
lugar)
flagrante (evidente) fragrante (perfumado)
fluir (transcorrer, decorrer) fruir (desfrutar)
fusível (aquilo que funde) fuzil (arma de fogo)
imergir (afundar) emergir (vir à tona)
inflação (alta dos preços) infração (violação)
infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar)
mandado (ordem judicial) mandato (procuração)
peão (aquele que anda a pé, domador de
pião (tipo de brinquedo)
cavalos)
procedente (proveniente; que tem
precedente (que vem antes)
fundamento)
ratificar (confirmar) retificar (corrigir)

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recrear (divertir) recriar (criar novamente)


soar (produzir som) suar (transpirar)
sortir (abastecer, misturar) surtir (produzir efeito)
sustar (suspender) suster (sustentar)
tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal)
vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente)

Equivalência e transformação de estruturas.

A equivalência e transformação de estruturas refere-se ao estudo das relações das


palavras nas orações e períodos.

Termos da oração

1 – Frase, oração, período:


1º) FRASE: todo enunciado, com ou sem verbo, que tenha sentido completo.
Ex.: Fogo! (Sem verbo: frase nominal)
Estou em casa. (Com verbo: frase verbal)

2º) ORAÇÃO: todo enunciado, de sentido completo ou não, que possua verbo.
Ex.: Maurício chamou o amigo. (Um verbo: uma oração)
Ele pediu que colaborássemos. (Dois verbos: duas orações)

3º) PERÍODO: o conjunto de orações.


Ex.: Fizemos o serviço. (Uma oração: período simples)
Estudei e fui para a escola. (Duas orações: período composto)
Cada oração se divide em duas partes básicas: sujeito e predicado. São os chamados
termos essenciais. Mas existem também os integrantes e os acessórios, que ficam
contidos ou no sujeito ou no predicado.

2 – Predicação verbal:

1) Verbo transitivo direto: exige um complemento sem preposição obrigatória,


chamado objeto direto.
Ex.: Recebi o dinheiro.
verbo transitivo direto: recebi
objeto direto: o dinheiro

OBS.: Não se pode dizer apenas “recebi”, pois quem recebe alguma coisa. Qual a coisa
recebida? O dinheiro, que é o objeto direto.

2) Verbo transitivo indireto: exige um complemento com preposição obrigatória,


chamado objeto indireto.
Ex.: Gosto de você.
verbo transitivo indireto: gosto
objeto indireto: de você
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OBS.: Também não se pode dizer somente “Gosto”, porque quem gosta de alguma
coisa ou de alguém. Qual a pessoa de quem se gosta? Você, que é o objeto indireto.

3) Transitivo direto e indireto: exige dois complementos, um sem preposição (objeto


direto) e um com (objeto indireto).

Dei o lápis ao colega.


Verbo transitivo direto e indireto: dei
objeto direto (a coisa dada): o lápis
objeto indireto ( a pessoa a quem se deu): ao colega

4) Intransitivo: o que não exige complemento; pode pedir adjunto adverbial.


Ex.: As mulheres gritaram.
Verbo intransitivo: gritaram.
Ele foi à praia.
verbo intransitivo: foi adjunto adverbial de lugar: à praia.

OBS.: O verbo, aqui, não parece intransitivo. Acontece que à praia não é objeto
indireto, pois indica o lugar, função que compete ao adjunto adverbial. Assim, se o
verbo não tem objeto (nem direto nem indireto), só pode ser classificado como
intransitivo.(ou de ligação)

5) De ligação: o que indica estado ou mudança de estado e possui um predicativo; os


principais são: ser, estar, parecer, ficar, continuar, permanecer, andar, tornar-se e virar.
Ex.: Ela está feliz.
Verbo de ligação: está
predicativo do sujeito: feliz

OBS.: Se não houver predicativo, o verbo NÃO será de ligação.


Ex.: Ela está em casa.
Verbo intransitivo: está adjunto adverbial de lugar (e não predicativo): em casa

CONSIDERAÇÕES:
1º) Todo verbo que só tenha adjunto adverbial com ele no predicado é intransitivo.
Ex.: Cheguei cedo. Estamos no quintal. O garoto sonha muito.
2º) Os pronome pessoais oblíquos me, te, se, o, a lhe, nos e vos são, normalmente,
complementos. Desses, o é sempre objeto direto; lhe, sempre indireto.
Ex.: Esperei-o de manhã.
o: objeto direto
Obedeço-lhe sempre.
lhe: objeto indireto.
3º) Com base no que se afirmou acima, deve-se notar que é impossível usar um pelo
outro.
Ex.: *Eu lhe vi no aeroporto.
Frase errada, pois o verbo ver pede objeto direto. Corrija-se para “Eu o vi no
aeroporto”.

4 – Termos essenciais:
4.1 – SUJEITO: é o termo a respeito do qual se declara alguma coisa.
Ex.: Teu irmão está lá fora.

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Sujeito: teu irmão. (Declara-se algo sobre ele: está lá fora)
Normalmente, acha-se o sujeito perguntando ao verbo: quem? No caso do exemplo
dado, teríamos: quem está? Teu irmão, que é o sujeito.

4.1.1 – Classificação do sujeito:

1º) Simples: constituído de apenas um núcleo (geralmente um substantivo ou pronome


substantivo, palavra mais importante do grupo). Há inúmeras situações de sujeito
simples.
Ex.: O carro entrou à esquerda.
Ela reclamou bastante.
Alguém vai explicar o problema.
Recuperou-se o material.

2º) Composto: formado por mais de um núcleo.


Ex.: Manuel e Cristina pretendem casar-se.
Eu e ela estávamos na praia.

3º) Desinencial ou elíptico: teremos sujeito desinencial, em três circunstâncias:


A) Quando perguntarmos ao verbo quem é o sujeito e obtivermos como resposta os
pronomes eu, tu, ele, ela, você, nós ou vós, sem surgirem escritos na oração. O sujeito
desinencial também pode ser chamado de sujeito elíptico, sujeito oculto ou sujeito
subentendido.

Estudaremos a matéria toda.


Quem estudará? Resp.: Nós. Como o pronome não surge na oração temos sujeito
desinencial.
B) Quando o verbo estiver no Imperativo, ou seja, quando o verbo indicar ordem,
pedido ou conselho, com exceção de Chega de e Basta de. Esses dois verbos participam
de orações sem sujeito.
Estudem, meninos!
O verbo está no Imperativo, pois indica conselho. Portanto o sujeito é desinencial.
Outro Exemplo: Basta de baderna, meninos!
Nesse caso, há sujeito inexistente.

C) Quando não surgir o sujeito escrito na oração, porém estiver claro em orações
anteriores.
Os governadores chegaram a Brasília ontem à noite. Terão um encontro com o
presidente.
Quem chegou a Brasília? Resp.: Os governadores. Núcleo = governadores. Sujeito
Simples.
Quem terá um encontro? Resp.: Não surge o sujeito escrito na oração, porém na oração
anterior aparece, com clareza, quem é o sujeito = os governadores. Portanto, sujeito
oculto.

4º) Indeterminado: quando existe, mas não se sabe qual é. Há dois casos:
a) Com o símbolo (ou índice) de indeterminação do sujeito se.
Ex.: Precisa-se de ajudantes.
Cuidado para não confundir com a partícula apassivadora se. Aqui, o verbo não é
transitivo direto. Veja que não é possível a troca por “ajudantes são precisados”.

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b) Com o verbo na terceira pessoa do plural sem o sujeito escrito no texto.
Ex.: Falaram bem de você.
Colocaram o anúncio.
Alugaram o apartamento.

5º) Oração sem sujeito: quando a oração tem apenas o predicado; alguns falam em
sujeito inexistente, que não é um termo preciso, mas se encontra por aí. Há vários casos.
a) Com o verbo haver significando existir ou indicando tempo decorrido.
Ex.: Havia muitas pessoas na sala.
Há dias que não o encontro. (A primeira oração é que não tem sujeito)
b) Com o verbo fazer indicando tempo decorrido.
Ex.: Já faz meses que não viajo com ele. (A primeira oração é que não tem sujeito)
c) Com verbos de fenômeno da natureza.
Ex.: Venta muito naquela cidade.
Amanhã não choverá.
Nevava bastante.
d) Com os verbos ser, estar e ir (este, quando seguido de para) na indicação de tempo.
Ex.: São três horas.
Hoje são dez de setembro.
Hoje está muito frio.
Já vai para quatro anos que não leio esse jornal. (A primeira é que não tem sujeito)

4.2 – PREDICADO: aquilo que se declara do sujeito; é formado pelo verbo e seus
acompanhantes.
Ex.: Ricardo pediu orientação ao síndico.

4.2.1 – Classificação do predicado:


1º) Nominal: formado por um verbo de ligação e um predicativo do sujeito; o núcleo do
predicado é o predicativo.
Ex.: Lúcia está apreensiva.
predicado nominal: está apreensiva
núcleo: apreensiva (predicativo do sujeito)
verbo de ligação: está

2º) Verbal: formado por um verbo que não seja de ligação; o núcleo do predicado é o
verbo.
Ex.: Lúcia fez os trabalhos.
predicado verbal: fez os trabalhos
núcleo: fez
verbo transitivo direto: fez

3) Verbo-nominal: formado por um verbo que não seja de ligação mais um predicativo
(do sujeito ou do objeto).
Ex.: Lúcia fez os trabalhos apreensiva.
Predicado verbo nominal: fez os trabalhos apreensiva
núcleos: fez e apreensiva (predicativo do sujeito)
O menino deixou a mãe satisfeita.
Predicado verbo-nominal: deixou a mãe satisfeita.
núcleos: deixou e satisfeita (predicativo do objeto direto)

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OBS.: No predicado verbo-nominal, há sempre um verbo de ligação subentendido.
Ex.: Ele regressou esperançoso. (regressou e estava esperançoso)

Predicativo
Termo que se liga ao sujeito ou ao objeto, atribuindo-lhes uma qualidade ou estado. É
representado por diferentes classes gramaticais.

a) Predicativo do sujeito
Ex.: Ele continua enfermo.
Eu sou o professor da turma.
Minha vida é isto.
b) Predicativo do objeto direto
Ex.: Carlos deixou-a zangada.
c) Predicativo do objeto indireto
Ex.: Gosto de meu filho sempre limpo.
Obs.: O predicativo pode ser introduzido por preposição.
Ex.: Chamei-o de louco.

5 – Termos integrantes:
5.1 – Objeto direto: o complemento de um verbo transitivo direto.
Ex.: Perdi os documentos.
Encontrei-os.
O jornal que li no consultório é antigo.
5.1.1 – Classificação do objeto direto:
a) Objeto direto (sem nome especial): os casos vistos até agora.
Ex.: Vi muitas pessoas na rua.
b) Objeto direto pleonástico: repetição, por meio de um pronome oblíquo, do objeto
direto.
Ex.: Essa roupa, ninguém a quer.
Objeto direto: essa roupa
Objeto direto pleonástico: a
c) Objeto direto preposicionado: aquele cuja preposição não é exigência do verbo, que é
transitivo direto.
Ex.: Amo a Deus.
Ele puxou da espada.
Ninguém entende a mim.
OBS.: Os verbos amar, puxar e entender não exigem preposição: são transitivos
diretos.
d) Objeto direto interno ou cognato: quando um verbo, normalmente intransitivo, passa
a transitivo direto.
Ex.: Ele vive uma vida feliz.
OBS.: Geralmente, o complemento tem a raiz do verbo: viver uma vida, sonhar um
sonho etc.

5.2 – Objeto indireto: complemento de um verbo transitivo indireto.


Ex.: Necessitamos de apoio.
Refiro-me a você.
Eu lhe obedeci imediatamente.

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5.2.1 – Classificação do objeto indireto:

a) Objeto indireto (sem nome especial):.


Ex.: Tudo depende de boa vontade.
b) Objeto direto pleonástico: repetição, por meio de um pronome oblíquo, do objeto
indireto.
Ex.: Ao amigo, não lhe peça tal coisa.
Objeto indireto: ao amigo
objeto indireto pleonástico: lhe
5.3 – Complemento nominal: complemento de um substantivo abstrato, um adjetivo ou
um advérbio.
Ex.: Ele tinha medo do escuro.
Estava certo da vitória.
Agirei relativamente ao seu caso.
5.4 – Agente da passiva: quem pratica a ação verbal quando o verbo está na voz passiva
analítica ou verbal; é introduzido pelas preposições por (e suas contrações) ou, mais
raramente, de.
Ex.: A grama foi aparada pelo jardineiro.
OBS.: O agente da passiva corresponde ao sujeito da voz ativa.
Ex.: Meu pai trouxe um dicionário.
Sujeito: meu pai.
Um dicionário foi trazido por meu pai.
Agente da passiva: por meu pai.
6 – Termos acessórios:
6.1 – Adjunto adnominal: termo que acompanha um substantivo na frase; pode ser
representado por:
a) um artigo
Ex.: O carro parou.
b) um pronome adjetivo
Ex.: Encontrei meu relógio.
c) um numeral
Ex.: Recebi a segunda parcela.
d) um adjetivo
Ex.: Tive ali grandes amigos.
e) uma locução adjetiva
Ex.: Tenho uma mesa de pedra.

6.2 – Adjunto adverbial: termo que se liga ao verbo, adjetivo ou advérbio, atribuindo-
lhes uma circunstância qualquer. Veja os mais importantes.
a) De afirmação
Ex.: Farei realmente a prova.
b) De negação
Ex.: Não estarei presente.
c) De dúvida
Ex.: Talvez eu lhe peça explicação.
d) De tempo
Ex.: Ontem poucos fizeram comentários.
e) De lugar
Ex.: A caixa ficou atrás do armário.
f) De modo

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Ex.: Todos saíram às pressas.
g) De intensidade
Ex.: A criança chorava muito.
h) De causa
Ex.: Tremiam de medo. (O medo causava a tremedeira)
i) De condição
Ex.: Não vivemos sem ar. (O ar é a condição para que vivamos)
j) De instrumento
Ex.: Machucou-se com a lâmina.
l) De meio
Ex.: Viajaram de trem.
m) De assunto
Ex.: Falavam sobre economia. (A economia era o assunto da conversa)
n) De concessão
Ex.: Apesar do frio, tirou a camisa. (Idéia de oposição: normalmente não se tira a
camisa no frio)
o) De conformidade
Ex.: Agiu conforme a situação. (Idéia de acordo)
p) De fim ou finalidade
Ex.: Trabalhava para o bem geral.
q) De companhia
Ex.: Voltei com meu amigo.
r) De preço ou valor
Ex.: O livro custou cem reais.

6.3 – Aposto: termo de natureza explicativa que se liga ao substantivo ou pronome


substantivo. Pode ser:
a) explicativo
Ex.: Raquel, contadora da firma, está viajando.
Um trabalho − tua monografia − foi premiado.
Só queria algo: apoio.
OBS.: O aposto explicativo pode vir com vírgulas, travessões ou dois-pontos.
b) resumitivo ou recapitulativo
Ex.: Glória, poder, dinheiro, tudo passa.
OBS.: O sujeito composto “glória, dinheiro, poder” é resumido pelo pronome
indefinido tudo.
c) especificativo ou apelativo
Ex.: O estado é cortado pelo rio São Francisco.
OBS.: O aposto especificativo, que não pede sinais de pontuação, indica o nome de
alguém ou algo dito anteriormente.
d) enumerativo ou distributivo

Ex.: Ganhei dois presentes: uma jóia especial e um livro raro.


OBS.: O aposto enumerativo refere-se, separadamente, a cada um dos termos citados.
e) aposto referente a uma oração
Ex.: Esforcei-me bastante, o que causou muita alegria em todos.
OBS.: Palavras como o, coisa, fato etc. podem referir-se a toda uma oração.

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6.4 – Vocativo: termo independente de valor exclamativo, muitas vezes confundido
com o aposto, pois exige vírgulas. Refere-se ao ser a quem se dirige a palavra e pode
aparecer em posições variadas na frase.
Ex.: Márcia, pegue o seu exemplar.
Veja, menina, aquela árvore.
Estamos aqui, papai.

OBS.: Nas três frases, podemos acrescentar ó, em virtude de sua natureza exclamativa:
ó Márcia, ó menina, ó papai.

Sintaxe: processos de coordenação e subordinação.

O período pode ser simples ou composto. Simples, quando houver apenas uma oração.
Neste caso, temos oração absoluta. Composto, quando existir mais de uma oração.

Quando período composto, temos por subordinação e por coordenação. A subordinação


é caracterizada por existir dependência sintática entre as orações; a coordenação não
apresenta dependência sintática.

I - ORAÇÕES SUBORDINADAS são classificadas em:

- Substantivas objetiva direta


objetiva indireta
completiva nominal
apositiva
subjetiva
predicativa

- Adjetivas adjunto adnominal


Restritiva = não é pontuada
Explicativa = é pontuada

- Adverbiais adjunto adverbial [ causal, temporal, final, proporcional, concessiva,


comparativa, condicional, consecutiva e conformativa.

As orações subordinadas substantivas são as orações que exercem as funções sintáticas


de objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, aposto, sujeito e predicativo.
Em “Desejo que você participe” é um período composto por subordinação. A primeira
oração é a que não está sublinhada; a segunda oração está grifada. Observe que a
segunda oração completa a primeira oração, exercendo a função sintática de objeto
direto. Quando uma oração exercer a função sintática de objeto direto, devemos
classificá-la de oração subordinada substantiva objetiva direta. Eis a classificação da
segunda oração.

O conectivo em negrito é a conjunção subordinada integrante. Só existe conjunção


subordinada integrante nas orações subordinadas substantivas. As orações subordinadas
adjetivas exercem a função de adjunto adnominal. A maneira mais fácil de reconhecer
uma oração subordinada adjetiva

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é identificar o pronome relativo no período composto. Toda oração subordinada adjetiva
apresenta pronome relativo. É no pronome relativo que se inicia a oração subordinada
adjetiva. Quanto à sua classificação, temos as subordinadas adjetivas restritivas e
explicativas. Aquelas, quanto à pontuação, não recebem pontuação; estas recebem
vírgula ou travessão.

Em “Luciano que é o coordenador do projeto está viajando”, há pronome relativo na


oração grifada, iconizando ser subordinada adjetiva. O não emprego da pontuação
comunica sua ideia de restrição. Se empregarmos as duas vírgulas ou travessões, ela
passa a ser explicativa.

As vírgulas, portanto, são facultativas, já que usando ou deixando de empregar não há


impropriedade gramatical quanto à pontuação? Não. É comum em provas públicas
afirmarem ser facultativo o uso
das vírgulas para que você julgue se verdadeira ou falsa a afirmação. Claro que a
resposta é falsa. Não se trata de um caso facultativo, pois há mudança de sentido.

Com vírgula, a adjetiva expressa a ideia de explicação; sem a vírgula ou travessão, a


ideia ou o sentido da oração adjetiva é de restrição. Em “João Paulo II, que é o Papa,
está doente”, temos a oração grifada como subordinada adjetiva explicativa. Se
retirarmos as vírgulas haverá mudança de sentido? Não! Cuidado com as orações
explicativas que não podem ser restritivas. Impossível o valor de restrição no contexto,
uma vez que apenas uma pessoa assume o papado. Não há liberdade contextual para se
pensar em restrição. As orações com valores absolutos só podem ser explicativas. Toda
explicativa em sua naturalidade não pode ser explicativa, mas toda explicativa pode ser
restritiva, basta retirar a
pontuação.

São mais alguns exemplos de orações subordinadas adjetivas que só podem ser
explicativas: A Constituição Federal do Brasil, que é a Carta Magna, está sempre
revisada por um grupo de professores. / He, Ne, Ar, Kr, Xe e Rn – que são gases nobres
– estão sempre estudados pelo professor Reinaldo Xavier. / Joaquim José da Silva
Xavier, que é o mártir da Inconfidência Mineira, é sempre
lembrado por nós.

As orações subordinadas adverbiais exercem a função de adjunto adverbial. Como os


adjuntos adverbiais são classificados pela ideia que cada um comunica, temos oração
subordinada adverbial temporal, causal, condicional, concessiva, conformativa, final,
proporcional, consecutiva, comparativa e comparativa. Em “Saí para comprar
chocolate”, a oração grifada expressa finalidade, sendo classificada como subordinada
adverbial final. Quando ao conectivo em negrito , trata-se de uma conjunção
subordinada adverbial final.

Vejamos outro exemplo:

Quando me chamaram, entrei com a confiança que eu tinha. A oração sublinhada é


subordinada adverbial temporal, sendo “Quando” a conjunção subordinada adverbial
temporal; o termo em negrito é pronome relativo, dando início à oração subordinada
adjetiva restritiva; a oração principal

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das duas orações é “entrei com a confiança”.

Eis as principais conjunções subordinadas adverbiais:

a) proporcionais: à proporção que, à medida que, na medida em que...


b) finais: a fim de que, para que, para, que...
c) temporais: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que...
d) concessivas: embora, se bem que, ainda que, mesmo que, conquanto...
e) conformativas: como, conforme, segundo...
f) comparativas: como, que, do que...
g) consecutivas: que ( precedida de tão, tal, tanto ), de modo que, de
maneira que...
h) condicionais: se, caso, contanto que...
i) causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como...

II – ORAÇÕES COORDENADAS

são orações independentes quanto à estrutura sintática, ou seja, as orações não


desempenham funções sintáticas ao se relacionarem com as demais orações do período.
Classificam-se em assindéticas
e sindéticas. As assindéticas não apresentam conjunção; as sindéticas apresentam
conjunção. As principais conjunções coordenadas são:

a) aditivas: e, nem, mas também, mas ainda


b) adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto
c) alternativas: ou, ora... ora, ou... ou, já... já, quer... quer
d) explicativas: pois ( quando anteposta ao verbo ), porque, que
e) conclusivas: pois ( quando posposta ao verbo ), logo, portanto, então

Emprego de tempos e modos verbais.

Palavra variável (pessoa, tempo, número e modo) que exprime uma ação, um estado,
um fenômeno.
a) O policial prendeu o assassino.
b) Maria foi atropelada pelo veículo.
c) O assassino estava doente.
d) No Nordeste quase não chove.
a) O policial praticou uma ação;
b) Maria sofreu uma ação;
c) O assassino encontrava-se num certo estado;
d) Quase não ocorre um dado fenômeno da natureza no Nordeste.

Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três conjugações, de conformidade com


a terminação do infinitivo:

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Infinitivo em AR - verbos de primeira conjugação (cantar, amar, procurar)
Infinitivo em ER - verbos de segunda conjugação (correr, bater, ceder)
Infinitivo em IR - verbos de terceira conjugação (ir, possuir, agir)

O verbo irregular pôr e seus derivados ( antepor, compor, contrapor, opor, pospor, etc.)
pertencem a segunda conjugação, pois são derivados da forma poer.
Cada conjugação se caracteriza por uma vogal temática:
CANTAR - vogal temática A (primeira conjugação)
VENDER - vogal temática E (segunda conjugação)
PARTIR - vogal temática I (terceira conjugação)

Estrutura do verbo (radical + terminação)


O verbo possui uma base comum de significação que é chamada de RADICAL. A esse
radical se junta, em cada forma verbal, uma TERMINAÇÃO, da qual participa pelo
menos um dos seguintes elementos:
 Vogal temática (-a- , -e-, -i- , respectivamente para verbos de 1ª, 2ª e 3ª
conjugação)
Ex.: cant-a, beb-era, sorr-ira

O radical acrescido de vogal temática chama-se tema:


CANTAR, VENDER, PARTIR
 Desinência temporal (ou modo temporal) - indica o tempo e o modo:
canta (ausência de sufixo), cant-a-va, cant-a-ra
 Desinência número-pessoal - identifica a pessoa e o número:
canta (ausência de desinência), cant-a-va-s (2ª pessoa singular), cant-á-ra- mos
(1ª pessoa plural)
Todo o mecanismo da formação dos tempos simples repousa na combinação harmônica
desses elementos flexivos com um determinado radical verbal. Muitas vezes, falta um
deles, como, por exemplo:
 VOGAL TEMÁTICA, no presente do subjuntivo e, em decorrência, nas formas
do imperativo dele derivadas: cante, cantes, cante, etc.
 DESINÊNCIA TEMPORAL, no presente e no pretérito perfeito do indicativo,
bem como nas formas do imperativo derivadas do presente do indicativo: canto,
cantas, canta, etc.; cantei, cantaste, cantou, etc.; canta (tu), cantai (vós);
 DESINÊNCIA PESSOAL,a) na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo
(canta);
b) na 1ª e na 3ª pessoa do singular do imperfeito (cantava), do mais-que-perfeito
(cantara) e do futuro do pretérito (cantaria) do indicativo;
c) na 1ª e na 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo (cante), do
imperfeito do subjuntivo (cantasse) e do futuro do subjuntivo (cantar);
d) na 1ª e na 3ª pessoa do infinitivo pessoal (cantar).

Flexões do verbo
O verbo apresenta variações de número, pessoa, modo, tempo e voz.

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1. Número e Pessoa
O verbo admite dois números: singular (quando se refere a uma só pessoa ou coisa) e
plural (quando se refere a mais de uma pessoa ou coisa).
A primeira pessoa é aquela que fala e corresponde aos pronomes pessoais eu (singular)
e nós (plural):
1ª pessoa singular: eu falo
1ª pessoa plural: nós falamos

A segunda pessoa é aquela a quem se fala e corresponde aos pronomes pessoais tu


(singular) e vós (plural):
2ª pessoa singular: tu falas
2ª pessoa plural: vós falais

A terceira pessoa é aquela de quem se fala e corresponde aos pronomes pessoais ele, ela
(singular) e eles, elas (plural):
3ª pessoa singular: ele fala
3ª pessoa plural: eles falam
2. Modos
Os modos indicam as diferentes atitudes da pessoa que fala em relação ao fato que
enuncia e são três:
 a) Indicativo: apresenta o fato como sendo real, certo, positivo.
Ex.: Voltei ao colégio.
 b) Subjuntivo: apresenta o fato como sendo uma possibilidade, uma dúvida, um
desejo.
Ex.: Se tivesse voltado ao colégio, teria encontrado o livro.
 c) Imperativo: apresenta o fato como objeto de uma ordem, conselho, exortação
ou súplica.
Ex.: Volta ao colégio.
3. Formas nominais do verbo
São chamadas formas nominais, porque podem desempenhar as funções próprias dos
nomes (substantivos, adjetivos ou advérbio) e caracterizam-se por não indicarem nem o
tempo nem o modo. São elas: o INFINITIVO, o GERÚNDIO e o PARTICÍPIO.
 Infinitivo- exprime a idéia de ação e seu valor aproxima-se do substantivo:
"Navegar é preciso
Viver não é preciso" (Fernando Pessoa)
Os verbos navegar e viver ocupam a função de um sujeito gramatical e por isso
equivalem a um substantivo.

O infinitivo pode ser :


Pessoal - quando tem sujeito: É preciso vencermos esta etapa (sujeito: nós)
Impessoal - quando não tem sujeito: Viver é aproveitar cada momento. (não há sujeito)
 Gerúndio - exprime um fato em desenvolvimento e exerce funções próprias do
advérbio e do adjetivo:
O menino estava chorando. (função de adjetivo)
Pensando, encontra-se uma solução. (função de advérbio)
 Particípio - exerce as funções próprias de um adjetivo e por isso pode, em
certos casos, flexionar-se em número e em gênero:
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Terminado o ano letivo, os alunos viajaram.
Terminados os estudos, os alunos viajaram.
4. Tempo
O tempo verbal indica o momento em que acontece o fato expresso pelo verbo.
São três os tempos básicos: presente, passado (pretérito) e futuro, que designam,
respectivamente, um fato ocorrido no momento em que se fala, antes do momento em
que se fala e que poderá ocorrer após o momento em que se fala.
O presente é indivisível, mas o pretérito e o futuro subdividem-se no modo indicativo e
no subjuntivo.
Indicativo
Presente : estudo
Pretéritos
Pretérito Imperfeito: estudava
Pretérito Perfeito simples: estudei
Pretérito Perfeito composto: tenho estudado
Pretérito Mais-que-perfeito simples: estudara
Pretérito Mais-que-perfeito composto: tinha (ou havia) estudado
Futuros
Futuro do presente simples: estudarei
Futuro do presente composto: terei (ou haverei) estudado
Futuro do pretérito simples: estudaria
Futuro do pretérito composto: teria (ou haveria) estudado

Subjuntivo
Presente: estude
Pretéritos
Pretérito Imperfeito: estudasse
Pretérito Perfeito composto: tenha (ou haja) estudado
Pretérito mais-que-perfeito: tivesse (ou houvesse) estudado

Futuros
Futuro simples : estudar
Futuro composto: tiver (ou houver) estudado

Imperativo
Presente: estuda (tu)
Formação dos tempos simples (Primitivos e derivados)
Quanto à formação dos tempos, estes dividem-se em primitivos e derivados.
Primitivos:
a) presente do indicativo
b) pretérito perfeito do indicativo
c) infinitivo impessoal
Derivados do Presente do Indicativo:
Presente do subjuntivo
Imperativo afirmativo
Imperativo negativo

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Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo:
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo
Pretérito imperfeito do subjuntivo
Futuro do subjuntivo
Derivados do Infinitivo Impessoal:
Futuro do presente do indicativo
Futuro do pretérito do indicativo
Imperfeito do indicativo
Gerúndio
Particípio
2. Pretérito Perfeito do Indicativo
O pretérito perfeito do indicativo é marcado basicamente pela desinência pessoal.

3. Infinitivo Impessoal

1ª conjugação
2ª conjugação
3ª conjugação

CANTAR
VENDER
PARTIR

Formação dos tempos compostos


Voz ativa
Os tempos compostos da voz ativa são formados pelos verbos auxiliares TER ou
HAVER acompanhados do particípio do verbo principal.
Ex.:Alice tem cantado todas as noites.
Alice havia cantado aquela noite.
Voz passiva
Os tempos compostos da voz passiva são formados com o uso simultâneo dos verbos
auxiliares TER (ou HAVER) e SER seguidos do particípio do verbo principal.
Ex.:Segundo dizem, Alice teria sido assassinada por um amante.
Conjugação perifrástica
São as chamadas locuções verbais e constituem-se de um verbo auxiliar mais gerúndio
ou infinitivo.
Ex.:Alice tem de cantar hoje à noite.
Alice estava cantando, quando ocorreu falta de energia elétrica.

Classificação dos verbos


Os verbos podem ser classificados em :
1. REGULARES
2. IRREGULARES
3. DEFECTIVOS

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4. ANÔMALOS
5. ABUNDANTES

Nota:
Antes de abordar acerca da classificação dos verbos, é necessário recordar o que
significam vocábulos rizotônicos e arrizotônicos.

Rizotônicos (do grego riza, raiz) são os vocábulos cujo acento tônico incide no radical
(Ex.:canto);
Arrizotônicos são os vocábulos que têm o acento tônico depois do radical (Ex.:cantei )
Quanto à conjugação, os verbos dividem-se em:
1. VERBOS REGULARES - aqueles que seguem um modelo comum de conjugação,
sem apresentar nenhuma mudança no radical (cantar..... canto/cantava/cantei). Para ser
regular, um verbo precisa de sê-lo no presente do indicativo e no pretérito perfeito do
indicativo.
2. VERBOS IRREGULARES - são os verbos cujo radical sofre modificações no
decurso da conjugação, ou cujas desinências se afastam das desinências do paradigma,
ou ainda, aqueles que sofrem modificações tanto no radical quando nas desinências
(pedir ... peço ; ser .... sou/era/fui).
Nota:
Quase sempre, a irregularidade surgida no tempo primitivo passa para os respectivos
tempos derivados.
Um verbo pode ser irregular apenas em algumas de suas flexões, ou seja, ele poder se
portar como regular em alguns tempos e como irregular em outros.
Ex.: O verbo pedir possui no presente do indicativo uma irregularidade que só
caracteriza a primeira pessoa do singular (peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem).
Há três espécies de verbos irregulares:
a. verbos cuja irregularidade se dá no radical (ou tema) - (irregularidade temática)
Ex.: perder/ perco (o radical perd transformou-se em perc ; ferir: firo (o radical fer
transformou-se em fir)
b. verbos cuja irregularidade se dá na desinência (irregularidade flexional)
Ex.: dar/ dou (a desinência regular da 1ª p.s. do indicativo da 1ª conjugação é -o)
c. verbos cuja irregularidade se dá, ao mesmo tempo, no tema e na desinência
(irregularidade temático-flexional)
Ex.: caber/ coube (houve alteração no radical, que de cab passou para coub, e, ao
mesmo tempo, na desinência, que no paradigma é -i).

Defectivos
Aqueles que não possuem a conjugação completa, não sendo usados em certos modos,
tempos ou pessoas: colorir, precaver, etc.

Nota:
A defectividade verbal se explica mais pela falta de uso de determinados verbos (em
determinados modos, tempos ou pessoas) que pela irregularidade fonética.

Grupos de verbos que pertencem aos defectivos

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a) Verbos que não possuem as formas em que ao radical seguem "a" ou "o". Essa
"deformação" só ocorre no presente do indicativo e do subjuntivo e, por analogia, no
imperativo que é formado a partir desses tempos. São exemplos: extorquir, latir, urgir,
explodir, colorir, banir, esculpir, etc.

Verbos abundantes
São aqueles que apresentam duas ou mais formas em certos tempos, modos ou pessoa.
Suas variantes mais frequentes ocorrem no particípio.
Ex.:absolver : absolvido, absolto
anexar : anexado, anexo
despertar : despertado, desperto
gastar : gastado, gasto
ganhar : ganhado, ganho
morrer : morrido, morto
O particípio regular vem, geralmente, acompanhado dos auxiliares ter e haver (na voz
ativa) e o particípio irregular acompanhado dos auxiliares ser e estar (na voz passiva),
devendo-se considerar que não há uma regra a ser seguida.
Ex.: Alice tinha ganhado o prêmio de melhor cantora.(voz ativa)
O prêmio de melhor cantora foi ganho por Alice.(voz passiva)
Vozes Verbais
No que se refere à voz, o verbo pode ser ativo, passivo, reflexivo.
1. Voz ativa
O verbo de uma oração está na voz ativa quando a ação é praticada pelo sujeito, ou seja,
o sujeito é o agente da ação verbal.
Ex.: O diretor da escola maltratou Alice. (O diretor da escola é o agente da ação verbal)
2. Voz passiva
O verbo de uma oração está na voz passiva quando a ação é sofrida pelo sujeito, que não
é o mesmo que pratica a ação verbal.
Ex.: Alice foi maltratada pelo diretor da escola. (Alice é o sujeito paciente porque
recebeu a ação praticada pelo agente da ação verbal que, no caso, é o diretor da escola)
Nota:
A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão (latim passio, passionis) e ambas
se relacionam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem o significado de voz
passiva como sendo a voz que expressa a ação sofrida pelo sujeito.
Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE e
AGENTE DA PASSIVA.

Procedimento para transformação de uma oração na voz ativa em uma oração na


voz passiva

Voz Ativa/ Voz Passiva


Maria fez uma boa prova./ Uma boa prova foi feita por Maria.
Maria (sujeito ativo) /Uma boa prova (sujeito paciente)
fez (verbo ativo) /foi feita (verbo passivo)
uma boa prova (objeto direto) /por Maria (agente da passiva)

Note-se que:

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O que era sujeito ativo transformou-se em agente da passiva.
O verbo que era simples passou a composto.
O complemento do verbo transformou-se em sujeito paciente
Surgiu, na voz passiva, uma preposição por (em alguns casos aparecerá no lugar de
"por" a preposição "de"(rodeado de várias pessoas)

Então, para ser possível transformar uma oração da voz ativa em voz passiva temos que
ter alguns elementos essenciais na voz ativa:
1. Um sujeito
2. Um verbo transitivo
3. Um complemento verbal (verbos intransitivos impossibilitam a existência da voz
passiva)

A voz passiva é indicada de duas maneiras:

a- Passiva Analítica - Mediante o uso dos verbos auxiliares ser e estar e o particípio de
certos verbos ativos: ser visto (sou visto, és visto, é visto....); estar abatido (estou
abatido, estava abatido....).
Raramente, a passiva analítica aparecerá com outro verbos que desempenharão a função
de um verbo auxiliar.
Ex.: Alice vinha conduzida pelo namorado (voz ativa: o namorado conduzia Alice)

É importante observar que o tempo verbal da voz ativa deverá ser seguido pelo verbo
auxiliar da voz passiva. No exemplo, Alice vinha conduzida pelo namorado, o verbo
auxiliar (vir) está no mesmo tempo que o verbo principal da voz ativa (conduzir)
Ex.: O caçador matou a raposa / A raposa foi morta pelo caçador
verbo principal verbo auxiliar no pretérito
no pretérito perfeito perfeito

b- Passiva sintética ou pronominal - É formada mediante o uso do pronome SE


(pronome apassivador). Neste caso, o sujeito agente desaparece, porque não interessa ao
narrador mencioná-lo.
Ex.: "Vendem-se jóias" - jóias não pratica a ação de vender, e, sim, recebe, sofre essa
ação.
Portanto, jóias não é o agente da ação verbal, sendo o sujeito paciente e o verbo é
passivo, sendo essa passividade indicada pelo pronome SE. Essa mesma oração pode
ser expressa por "Jóias são vendidas" (passiva analítica), continuando o sujeito a ser
jóias, que, por estar no plural levará o verbo também para o plural.

3. Voz Reflexiva
Na voz reflexiva, o sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo. A voz reflexiva é
formada de um verbo mais um pronome reflexivo (ME, TE, SE, NOS, VOS,
SE). Muitas vezes, para se evitar ambigüidade, temos que, ao usar a voz reflexiva
empregar outro recurso além do uso desses pronomes, como ocorre no exemplo
seguinte:

João e Paulo feriram-se.


a) podemos ter um verbo passivo equivalente a João e Paulo foram feridos
b) podemos ter um verbo reflexivo equivalente a João e Paulo feriram a si próprios
c) podemos ter um índice de reciprocidade de ação, significando que João feriu a Paulo

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e Paulo feriu a João.

Para que o verbo possa ser considerado reflexivo nesse exemplo, sem ambigüidades,
temos que acrescentar alguma expressão de reciprocidade: João e Paulo feriram-se
reciprocamente / um ao outro / a si próprios, etc.
Nos verbos reflexivos, vai sempre aparecer um pronome oblíquo, da mesma pessoa que
o sujeito, sem o qual o verbo não poderá indicar reflexibilidade;
eu me
nós nos
tu te
vós vos
ele se
eles se
Por isso os verbos reflexivos chamam-se também pronominais, dividindo-se em dois
grupos: pronominais essenciais e pronominais acidentais.

Pronominais essenciais - são aqueles que vêm sempre acompanhados de pronome


oblíquo: arrepender-se, queixar-se, indignar-se, abster-se, etc, e o pronome oblíquo que
os acompanha nunca terá uma função sintática.
Ex.: Ele se queixa sempre.
Eu me queixo sempre.
Tu te queixas sempre.

Pronominais acidentais - são os verbos transitivos diretos que, para indicar


reflexibilidade da ação, vêm acompanhados do pronome oblíquo.
Ex.: O bandido escondeu o dinheiro (verbo transitivo)
O bandido escondeu-se (verbo reflexivo - escondeu a si próprio)

Verbo irregular
Alguns verbos da língua portuguesa apresentam tantas irregularidades na sua
conjugação, que tiveram de ser programados à parte, com regras especiais. Eles são
exatamente quinze. A maior parte corresponde aos verbos mais básicos e freqüentes da
língua.

DIZER

Na segunda pessoa do singular do imperativo, há duas formas de mesmo valor.

Indicativo
PRESENTE- Digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem.
IMPERFEITO - Dizia, dizias, dizia, dizíamos, dizíeis, diziam.
PERFEITO - Disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram.
MAIS-QUE-PERFEITO - Dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis; disseram.
FUT. DO PRESENTE - Direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão.
FUT. DO PRETÉRITO - Diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam.

Subjuntivo
PRESENTE - Diga, digas, diga, digamos, digais, digam.
IMPERFEITO - Dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis,
dissessem.

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FUTURO - Disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem.

Imperativo :
AFIRMATIVO - Diz/dize, diga, digamos, dizei, digam.
NEGATIVO - Não digas, não diga, não digamos, não digais, não digam.

Formas Nominais
INFINITIVO IMPESSOAL - Dizer.
INFINITIVO PESSOAL - Dizer, dizeres, dizer, dizermos, dizerdes, dizerem.
GERÚNDIO - Dizendo.
PARTICÍPIO - Dito.

PERDER

0 /d/ do radical transforma-se em c na primeira parte do singular do presente do


indicativo e nas formas daí derivadas.

indicativo
PRESENTE - Perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem
IMPERFEITO - Perdia, perdias, perdia, perdíamos, perdíeis, perdiam.
PERFEITO - Perdi, perdeste, perdeu, perdemos, perdestes, perderam.
MAIS-QUE-PERFEITO - Perdera, perderas, perdera, perdêramos, perdêreis, perderam.
FUT. DO PRESENTE - Perderei, perderás, perderá, perderemos, perdereis, perderão.
FUT. DO PRETÉRITO - Perderia, perderias, perderia, perderíamos, perderíeis,
perderiam.

subjuntivo
PRESENTE - Perca, percas, perca, percamos, percais, percam.
IMPERFEITO - Perdesse, perdesses, perdesse, perdêssemos, perdêsseis, perdessem.
FUTURO - Perder, perderes, perder, perdermos, perderdes, perderem.

Imperativo
AFIRMATIVO - Perde, perca, percamos, perdei, percam.
NEGATIVO - Não percas, não perca, não percamos, não percais, não percam.

Formas Nominais
INFINITIVO IMPESSOAL Perder.
INFINITIVO PESSOAL - Perder, perderes,, perder, perdermos, perderdes, perderem.
GERÚNDIO - Perdendo.
PARTICÍPIO - Perdido.

PODER

Suas irregularidades se encontram no presente e no pretérito perfeito do indicativo, bem


como nas formas daí derivadas. Não é usado no imperativo.

Indicativo
PRESENTE - posso, podes, pode, podemos, podeis, podem.
IMPERFEITO - Podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam.
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PERFEITO - Pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam.
MAIS-QUE-PERFEITO - Pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, puderam.
FUT. DO PRESENTE - Poderei, poderás, poderá, poderemos, podereis, poderão.

FUT. DO PRETÉRITO - Poderia, poderias, poderia, poderíamos, poderíeis, poderiam.

Subjuntivo
PRESENTE - POSSa, possas, possa, possamos, possais, possam.
IMPERFEITO - Pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, pudessem.
FUTURO - Puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem.

Imperativo
AFIRMATIVO - Não é usado.
NEGATIVO - Não é usado.

Formas Nominais
INFINITIVO IMPESSOAL - Poder
INFINITIVO PESSOAL - Poder, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem.
GERÚNDIO - Podendo.
PARTICÍPIO - Podido.

PÔR

Este verbo é também classificado como anômalo, devido às suas profundas


irregularidades. Entre elas, uma característica singular na língua portuguesa: é o único
verbo (além de seus compostos) que possui infinitivo irregular - sem vogal temática.

Na sua forma antiga (poer), apresentava a vogal temática e; por isso é agrupado aos
verbos da segunda conjugação.

Indicativo
PRESENTE - Ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem.
IMPERFEITO - Punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham.
PERFEITO - pus puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram.
MAIS~QUE-PERFEITO - Pusera, puseras, pusera, puséramos, puséreis, puseram.
FUT. DO PRESENTE --- Porei, porás, porá, poremos, poreis, porão.
FUT. DO PRETÉRITO - Poria, porias, poria, poríamos, poríeis, poriam.

Subjuntivo
PRESENTE - Ponha, ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham. IMPERFEITO -
Pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos, pusésseis, pusessem.
FUTURO - Puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem.

Imperativo
AFIRMATIVO - Põe, ponha, ponhamos, ponde, ponham.
NEGATIVO - Não ponhas, não ponha, não ponhamos, não ponhais, não ponham.

Formas Nominais
INFINITIVO IMPESSOAL - Pôr.

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INFINITIVO PESSOAL - Pôr, pores, pôr, pormos, pordes, porem. GERÚNDIO -
Pondo.
PARTICÍPIO - posto

PEDIR

Os verbos pedir, medir e ouvir são irregulares da terceira conjugação. No


radical, o d (em pedir e medir) e o v (em ouvir) transformam em /ç/ na primeira pessoa
do singular do presente do indicativo e nas formas daí derivadas.

Indicativo
PRESENTE - Poço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem.
IMPERFEITO - Pedia, pedias, pedia, pedíamos, pedíeis, pediam.
PERFEITO - Pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram.
MAIS-QUE-PERFEITO - Pedira, pediras, pedira, pedíramos, pedíreis, pediram.
FUT. DO PRESENTE - Pedirei, pedirás, pedirá, pediremos, pedireis, pedirão.
FUT. DO PRETÉRITO - Pediria, pedirias, pediria, pediríamos, pediríeis, pediriam.

Subjuntivo
PRESENTE Peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam.
IMPERFEITO - Pedisse, pedisses, pedisse, pedíssemos, pedísseis, pedissem.
FUTURO - Pedir, pedires, pedir, pedirmos, pedirdes, pedirem.

Imperativo
AFIRMATIVO - Pede, peça, peçamos, pedi, peçam.
NEGATIVO - Não peças, não peça, não peçamos, não peçais, não peçam.

Formas Nominais
INFINITIVO IMPESSOAL - Pedir.

INFINITIVO PESSOAL - Pedir, pedires, pedir, pedirmos, pedirdes, pedirem.


GERÚNDIO - Pedindo.
PARTICÍPIO - Pedido.

SABER

Indicativo
PRESENTE - Sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem.
IMPERFEITO - Sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam.
PERFEITO - Soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam.
MAIS-QUE-PERFEITO - Soubera, souberas, soubera, soubéramos, soubéreis,
souberam.
FUT. DO PRESENTE - Saberei, saberás, saberá, saberemos, sabereis, saberão.
FUT. DO PRETÉRITO - Saberia, saberias, saberia, saberíamos, saberíeis, saberiam.

Subjuntivo
PRESENTE - Saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais, saibam.
IMPERFEITO-- Soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis, soube s sem.
FUTURO - Souber, souberes, souber, soubermos, souberdes,' souberem,

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Imperativo
AFIRMATIVO - Sabe, saiba, saibamos, sabei, saibam.
NEGATIVO - Não saibas, não saiba, não saibamos, não saibais, não saibam.

Formas Nominais
INFINITIVO IMPESSOAL - Saber.
INFINITIVO PESSOAL - Saber, saberes, saber, sabermos, saberdes, saberem.
GERÚNDIO - Sabendo.
PARTICÍPIO - Sabido.

VER

Indicativo
PRESENTE - Vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem.
IMPERFEITO - Via, vias, via, víamos, víeis, viam.
PERFEITO - Vi, viste, viu, vimos, vistes, viram.
MAIS-QUE-PERFEITO - Vira, viras, vira, víramos, víreis, viram.
FUT. DO PRESENTE - Verei, verás, verá, veremos, vereis, verão.
FUT. DO PRETÉRITO - Veria, verias, veria, veríamos, veríeis, veriam

Subjuntivo
PRESENTE - Veja, vejas,,veja, vejamos, vejais, vejam.
IMPERFEITO - Visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem.
FUTURO - Vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.

Imperativo
AFIRMATIVO - Vê, veja, vejamos, vede, vejam.
NEGATIVO - Não vejas, não veja, não vejamos, não vejais, não vejam.

Formas Nominais
INFINITIVO IMPESSOAL - Ver,
INFINITIVO PESSOAL - Ver, veres, ver, vermos, verdes, verem. GERÚNDIO -
Vendo.
PARTICÍPIO - Visto.

IR

Alguns autores chamam este verbo de anômalo, por apresentar profundas


irregularidades, entre as quais a identidade com a conjugação do verbo ser, nas formas
destacadas.

Indicativo
PRESENTE - Vou, vais, vai, vamos, ides, vão.
IMPERFEITO - Ia, ias, ia, íamos, íeis, iam.
PERFEITO - Fui, foste, foi, fomos, fostes, foram.

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MAIS-QUE-PERFEITO - Fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram.
FUT. DO PRESENTE - Irei, irás, irá, iremos, ireis, irão.
FUT. Do PRETÉRITO - Iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam.

Subjuntivo
PRESENTE - Vá, vás, vá, vamos, vades, vão.
IMPERFEITO - Fosse, fosses, fosse, fôssemos, fósseis, fosse
FUTURO, - For, fores, for, formos, fordes, forem.

Imperativo
AFIRMATIVO - Vai, vá, vamos, ide, vão.
NEGATIVO - Não vás, não vá, não vamos, não vades, não vão.

Formas Nominais
INFINITIVO IMPESSOAL - ir.
INFINITIVO PESSOAL - Ir, ires, ir, irmos, irdes, irem.
GERÚNDIO - Indo.
PARTICÍPIO - Ido.

VIR

É também irregularidades classificado, como verbo anômalo, tantas são suas


irregularidades.

Indicativo
PRESENTE - venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm.
IMPERFEITO - Vinha, vinhas. vinha, vínhamos, vínheis, vinham
PERFEITO - Vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram.
MAIS-QUE-PERFEITO - Viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram.
FUT. DO PRESENTE - Virei, virás, virá, viremos, vireis, virão.
FUT. DO PRETÉRITO - Viria, virias, vida, viríamos, viríeis, viriam.

Subjuntivo
PRESENTE - Venha, e as, venha, venhamos, venhais, venham.
IMPERFEITO - Viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem. FUTURO - Vier,
vieres, vier, viermos, vierdes, vierem.

Imperativo
AFIRMATIVO - Vem, venha, venhamos, vinde, venham.
NEGATIVO- Não venhas, não venha, não venhamos, não venhais, não venham

Formas Nominais
INFINITIVO IMPESSOAL - Vir.
INFINITIVO PESSOAL - Vir, vires, vir, virmos, virdes, virem. GERÚNDIO - vindo.
PARTICÍPIO - vindo

FAZER

Na segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo, há duas formas de mesmo


valor.

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Indicativo
PRESENTE - Faço, fazes, faz, fazemos, -fazeis, fazem.
IMPERFEITO - Fazia, fazias, fazia, fazíamos, fazíeis, faziam.
PERFEITO - Fiz, fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram.

MAIS-QUE-PERFEITO - Fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram.


FUT. DO PRESENTE - Farei, farás, fará, faremos, fareis, farão.
FUT. DO PRETÉRITO - Faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam.

Subjuntivo
PRESENTE - Faça, faças, faça, façamos, façais, façam.
IMPERFEITO - Fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem.
FUTURO - Fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem.

Imperativo
AFIRMATIVO - Faz/faze, faça, façamos, fazei, façam
NEGATIVO - Não faças, não faça, não façamos, não façais, não façam.

Formas Nominais
INFINITIVO IMPESSOAL - Fazer.
INFINITIVO PESSOAL - Fazer, fazeres, fazer, fazermos, fazerdes, fazerem.
GERÚNDIO - Fazendo.
PARTICÍPIO - Feito.

QUERER

É pouco utilizado no imperativo, salvo com pronome de tratamento seguido de


infinitivo: queira entregar; queiram entregar.

Na segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo há, também, a forma quere,


utilizada em Portugal.

Indicativo
PRESENTE - Quero, queres, quer, queremos, quereis, querem.
IMPERFEITO - Queria, querias, queria, queríamos, queríeis, queriam.
PERFEITO - Quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram.
MAIS-QUE-PERFEITO - Quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, quiseram.
FUT. DO PRESENTE - Quererei, quererás, quererá, quereremos, querereis, quererão.
FUT. DO PRETÉRITO - Quereria, quererias, quereria, quereríamos, quereríeis,
quereriam.

Subjuntivo
PRESENTE - Queira

IMPERFEITO - Quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos, quisésseis,_, quisessem.


FUTURO - Quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem.

Imperativo

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AFIRMATiVO - Quer/quere, queira, queiramos, querei
NEGATIVO - Não queiras, não queira, não queiramos não queiram.

Formas Nominais
INFINITIVO IMPESSOAL - Querer.
INFINITIVO PESSOAL - Querer, quereres, querer, querermos, quererdes, quererem.
GERÚNDIO - Querendo.
PARTICÍPIO - Querido.

HAVER

Indicativo
PRESENTE - hei, hás, há, havemos, haveis, hão
IMPERFEITO – havia, havias, havia, havíamos, havÍeis, haviam
PRETÉRITO – houve, houveste, houve, houvemos, houvestes, houveram.
MAIS-QUE-PERFEITO - houvera, houveras, houvera, houvéramos, houvéreis,
houveram.
FUT. DO PRESENTE – haverei, haverás, haverá, haveremos, havereis, haverão.
FUT. DO PRETÉRITO – haveria, haverias, haveria, haveremos, haveríeis, haveriam.

Subjuntivo
PRESENTE – haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajam
IMPERFEITO – houvesse, houvesses, houvesse, houvéssemos, houvésseis, houvessem.
FUTURO – houver, houveres, houver, houvermos, houverdes, houverem.

Imperativo
AFIRMATIVO – há, haja, hajamos, havei, hajam.
NEGATIVO – não haja, não hajas, não haja, não hajamos, não hajais, não hajam

Formas Nominais

INFINITIVO IMPESSOAL - haver


INFINITIVO PESSOAL – Haver, haveres, haver, havermos, haverdes, haverem
GERÚNDIO
havendo
PARTICÍPIO
havido

SER

Indicativo
PRESENTE – sou, és, é, somos, sois, são.
IMPERFEITO – era, eras, era, éramos, éreis, eram.
MAIS-QUE-PERFEITO – fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram.
PERFEITO – fui, foste, foi, fomos, fostes, foram.
FUT. DO PRESENTE – serei, serás, será, seremos, sereis, serão.
FUT. DO PRETÉRITO – seria, serias, seria, seríamos, seríeis, seriam

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Subjuntivo
PRESENTE – seja, sejas, seja, sejamos, sejais, sejam.
IMPERFEITO – fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem
FUTURO – for, fores, for, formos, fordes, forem

Imperativo
AFIRMATIVO – sê, seja, sejamos, sede, sejam.
NEGATIVO – não sejas, não seja, não sejamos, não sejais, não sejam.

Formas Nominais
INFINITIVO IMPESSOAL – ser
INFINITIVO PESSOAL – ser, seres, ser, sermos, serdes, serem.
GERÚNDIO – sendo
PARTICÍPIO - sido

ESTAR

Indicativo
PRESENTE – estou, estás, está, estamos, estais, estão.
IMPERFEITO – estava, estavas, estava, estávamos, estáveis, estavam.
MAIS-QUE-PERFEITO – estivera, estiveras, estivera, estivéramos, estivéreis,
estiveram.
PERFEITO – estive, estiveste, esteve, estivemos, estivestes, estiveram.
FUT. DO PRESENTE – estarei, estarás, estará, estaremos, estareis, estarão.
FUT. DO PRETÉRITO – estaria, estarias, estaria, estaríamos, estaríeis, estariam.

Subjuntivo
PRESENTE – esteja, estejas, esteja, estejamos, estejais, estejam.
IMPERFEITO – estivesse, estivesses, estivesse, estivésseis, estivessem.
FUTURO – estiver, estiveres, estiver, estivermos, estiverdes, estiverem.

Imperativo
AFIRMATIVO – está, esteja, estejamos, estai, estejam.
NEGATIVO – não estejas, não esteja, não estejamos, não estejais, não estejam.

Formas Nominais
INFINITIVO IMPESSOAL – estar
INFINITIVO PESSOAL – estar, estares, estar, estarmos, estardes, estarem.
GERÚNDIO – estando
PARTICÍPIO – estado

TER

Indicativo
PRESENTE – tenho, tens, tem, temos, tendes, têm.
IMPERFEITO – tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham.
MAIS-QUE-PERFEITO – tivera, tiveras, tivera, tivéramos, tivéreis, tiveram.
PERFEITO – tive, tiveste, teve, tivemos, tivestes, tiveram.
FUT. DO PRESENTE – terei, terás, terá, teremos, tereis, terão.
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FUT. DO PRETÉRITO – teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam.

Subjuntivo
PRESENTE – tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham.
IMPERFEITO – tivesse, tivesses, tivesse, tivéssemos, tivésseis, tivessem.
FUTURO – tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem.

Imperativo
AFIRMATIVO – tem, tenha, tenhamos, tende, tenham.
NEGATIVO – não tenhas, não tenha, não tenhamos, não tenhais, não tenham.

Formas Nominais
INFINITIVO IMPESSOAL – ter
INFINITIVO PESSOAL – ter, teres, ter, termos, terdes, terem.
GERÚNDIO – tendo
PARTICÍPIO – tido

Pontuação.

Para reproduzirmos, na linguagem escrita, os inumeráveis recursos da fala, contamos


com uma série de sinais gráficos denominados sinais de pontuação. São eles: o ponto ( .
) o ponto de interrogação ( ? ) o ponto de exclamação ( ! ) a vírgula ( , ) o ponto e
vírgula ( ; ) os dois pontos ( : ) as aspas (“ “) o travessão (-) as reticências (. . .) os
parênteses ( () )

Alguns sinais de pontuação servem, fundamentalmente, para marcar pausas ( o ponto,


a vírgula e o ponto e vírgula ); outros têm a função de marcar a melodia, a entonação
da fala (ponto de exclamação, ponto de interrogação, etc.).
Não é fácil fixar regras para o emprego correto dos sinais de pontuação, uma vez que,
além dos casos em que o uso de determinados sinais é obrigatório, existem também
razões de ordem subjetiva para sua utilização.

VÍRGULA
A vírgula é o sinal de pontuação que indica uma pausa de curta duração, sem marcar o
fim do enunciado. A vírgula pode ser empregada para separar termos de uma oração
(vírgula no interior da oração) ou para separar orações de um período (vírgula entre
orações).

Vírgula no interior da oração


Em português, a ordem normal dos termos na frase é a seguinte:
sujeito - verbo - complementos do verbo - adjuntos adverbiais. Quando os termos da
oração se dispõem nessa ordem, dizemos que ocorre ordem direta (ou ordem lógica).
Muitos a matéria da com afinco.
alunos estudaram prova
sujeito verbo ob. direto adj. adverbial

Quando ocorre qualquer alteração na seqüência lógica dos termos, temos a ordem
indireta.
Com afinco, muitos estudaram a matéria da prova.

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alunos
termo
deslocado

Quando a oração se dispõe em ordem direta, não se separam por vírgulas seus termos
imediatos. Assim, não se usa vírgula entre o sujeito e o predicado, entre o verbo e seu
complemento, e entre o nome e seu complemento ou adjunto.
Muitos imigrantes europeus chegaram ao Brasil naquele ano.
sujeito predicado

Todos os alunos a redação ao professor


apresentaram
verbo complemento

A áspera resposta ao candidato deixou-o magoado.


adj. Adnom nome compl. nominal

Usa-se vírgula no interior da oração para:


1. marcar intercalações
Os termos que se intercalam na ordem direta, quebrando a seqüência natural da frase,
devem vir isolados por vírgulas.
Assim, separam-se
a) o aposto intercalado:
Misha, símbolo das Olimpíadas, é um ursinho simpático.
aposto

b) expressões de caráter explicativo ou corretivo:


A sua isto é, o seu comportamento na aula merece elogios.
atitude,
expressão
explicativa

c) conjunções coordenativas intercaladas:


A sua atitude, no entanto, causou sérios
desentendimentos.
conj. intercalada

d) adjuntos adverbiais intercalados:


Os candidatos, naquele dia, receberam a imprensa.
adj.
adv.intercalado

OBSERVAÇÃO: Se o adjunto adverbial intercalado for de pequena extensão (um


simples advérbio, por exemplo), não se usa a vírgula, uma vez que não houve quebra da
seqüência lógica do enunciado.
Ex.: Os candidatos sempre receberam a imprensa.
advérbio
2 . marcar termos deslocados
Normalmente, quando um termo é deslocado de seu lugar original na frase, deve vir
separado por vírgula.

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Nesse sentido, separam-se:
a ) o adjunto adverbial anteposto
Naquele dia, os candidatos receberam a imprensa.
adj. adv.anteposto

OBSERVAÇÃO: Se o adjunto adverbial anteposto for um simples advérbio, a vírgula é


dispensável.
Ex.: Hoje os candidatos deverão receber os jornalistas credenciados.
advérbio
b) o complemento pleonástico antecipado:
Este assunto, já o li em algum lugar.
compl. pleonático
anteposto

c) o nome do lugar na indicação de datas:


São Paulo, 28 de agosto de 1997.
Roma, 14 de janeiro de 1998.

3. marcar a omissão de uma palavra (geralmente o verbo)


Ela prefere cinema e eu, teatro.

4. marcar o vocativo
“Meus amigos, a ordem é a base do governo.”(Machado de Assis)
vocativo

Pode-se, em vez de vírgula, marcar o vocativo com um ponto de exclamação a fim de


dar ênfase.
Ex.: “Deus, ó Deus! onde estás que não respondes?” (Castro Alves )
5. separar termos coordenados assindéticos
Aquela paisagem nos desperta confiança, tranqüilidade, calma.
“Quaresma convalesce longamente, demoradamente, melancolicamente”. (Lima
Barreto)
OBSERVAÇÃO: Se os termos coordenados estiverem ligados pelas conjunções e, ou,
nem, não se usa a vírgula.
Ex.: Aquela paisagem nos desperta confiança, tranqüilidade e calma.
Pedro ou Paulo casará com Heloísa.
Não necessitam de dinheiro nem de auxílio.
Se essas conjunções vierem repetidas, para dar idéia de ênfase, usa-se a vírgula.
Ex.: E os pais, e os amigos, e os vizinhos magoaram-no.
Não caminhava por montanhas, ou florestas, ou cavernas..

Vírgula entre orações


1. orações subordinadas adjetivas explicativas
As orações subordinadas adjetivas explicativas sempre são separadas por vírgula.
O homem, que é um ser racional, vive pouco.
o. p. or. sub. adj. explicativa o. p.

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OBSERVAÇÃO: As orações subordinadas adjetivas restritivas normalmente não se


separam por vírgulas. Podem terminar por vírgula (mas nunca começar por ela!):
a) quando tiverem uma certa extensão:
O homem que encontramos ontem à noite perto do lago, parecia aborrecido.
b) quando os verbos e seguirem:
O homem que fuma, vive pouco.
Quem estuda, aprende.

2 . orações subordinadas adverbiais


Orações dessa modalidade (sobretudo quando estiverem antecipadas) separam-se por
vírgula.
Quando o cantor entrou no palco, todos aplaudiram.
or. sub. adverbial o. p.

3 . orações subordinadas substantivas


Orações desse tipo (com exceção das apositivas) não se separam da principal por
vírgula.
Espero que você me telefone.
o. p. or. sub. substantiva

4 . orações coordenadas
As orações coordenadas (exceto as iniciadas pela conjunção aditiva e) separam-se por
vírgula.
Duvido, logo penso. Penso, logo existo.
or. coord. or. coord. or. coord. or. coord.

OBSERVAÇÃO: Pode-se usar vírgula antes da conjunção e quando:


a) as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes.
Os ignorantes falavam demais, e os sábios se mantinham em silêncio.
b) quando a conjunção e vier repetida enfaticamente (polissíndeto).
E volta, e recomeça, e se esforça, e consegue.
c) quando a conjunção e assumir outros valores (adversidade, conseqüência, etc.).
Ele estudou muito, e não conseguiu passar.
Esforçou-se muito, e conseguiu a aprovação.

5 . orações intercaladas
São sempre separadas por vírgulas ou duplo travessão.
Eu , disse o orador , não concordo.
or. intercalada

PONTO
É utilizado para encerrar qualquer tipo de período, exceto os terminados por orações
interrogativas. É um dos sinais que indica maior pausa.
Anoitecia. Eu sou estudante. Refiz as contas e não descobri onde errei.
O ponto é também usado para indicar abreviação de palavras. Sr., Sra., Srtª., V.
Exª., Obs., Ex....

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PONTO-E-VÍRGULA
O ponto-e-vírgula marca uma pausa mais longa que a vírgula, no entanto, menor que a
do ponto. Justamente por ser um sinal intermediário entre a vírgula e o ponto, fica difícil
sistematizar seu emprego.

Entretanto, há algumas normas para sua utilização.

Emprega-se o ponto-e-vírgula para:

Separar orações coordenadas que já venham quebradas no seu interior por vírgula.
Os indignados réus mostravam suas razões para as autoridades de forma firme; alguns,
no entanto, por receio de punições, escondiam detalhes aos policiais.
Os indignados réus protestaram; os severos juízes, no entanto, não cederam.
Separar orações coordenadas que se contrabalançam em forma expressiva (formando
antítese, por exemplo).
Muitos se esforçam; poucos conseguem. Uns trabalham, outros descansam.
Separar orações coordenadas que tenham certa extensão.

Os excelentes jogadores de futebol olímpico reclamaram com razão das constantes


críticas do técnico; porém o teimoso ficou completamente indiferente aos constantes
pedidos dos jogadores.
Separar os diversos itens de um considerando ou de uma enumeração.

Considerando:
a ) a alta taxa de desemprego no país;
b ) a excessiva inflação;
c ) a recessão econômica;
Art. 92. São órgãos do poder judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
II - o Supremo Tribunal de Justiça; ...... (CF)

Estrutura e formação de palavras.

ESTRUTURA DAS PALAVRAS

A palavra é subdivida em partes menores, chamadas de elementos mórficos.

Exemplo: gatinho – gat + inho


Infelizmente – in + feliz + mente

ELEMENTOS MÓRFICOS

Os elementos mórficos são:

Radical;
Vogal temática;
Tema;
Desinência;

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Afixo;
Vogais e consoantes de ligação.

RADICAL

O significado básico da palavra está contido nesse elemento; a ele são acrescentados
outros elementos.

Exemplo: pedra, pedreiro, pedrinha.

VOGAL TEMÁTICA

Tem como função preparar o radical para ser acrescido pelas desinências e também
indicar a conjugação a que o verbo pertence.

Exemplo: cantar, vender, partir.

OBSERVAÇÃO:

Nem todas as formas verbais possuem a vogal temática.

Exemplo: parto (radical + desinência)

TEMA

É o radical com a presença da vogal temática.

Exemplo: choro, canta.

DESINÊNCIAS

São elementos que indicam as flexões que os nomes e os verbos podem apresentar. São
subdivididas em:

DESINÊNCIAS NOMINAIS;
DESINÊNCIAS VERBAIS.

DESINÊNCIAS NOMINAIS – indicam o gênero e número. As desinências de gênero


são a e o; as desinências de número são o s para o plural e o singular não tem desinência
própria.

Exemplo: gat o
Radical desinência nominal de gênero

Gat o s
Radical d.n.g d.n.n

d.n.g » desinência nominal de gênero


d.n.n » desinência nominal de número

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DESINÊNCIAS VERBAIS – indicam o modo, número, pessoa e tempo dos verbos.
Exemplo: cant á va mos
Radical v.t d.m.t d.n.p

v.t » vogal temática


d.m.t » desinência modo-temporal
d.n.p » desinência número-pessoal

AFIXOS

São elementos que se juntam aos radicais para formação de novas palavras. Os afixos
podem ser:

PREFIXOS – quando colocado antes do radical;


SUFIXOS – quando colocado depois do radical

Exemplo:

Pedrada.
Inviável.
Infelizmente

VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO

São elementos que são inseridos entre os morfemas (elementos mórficos), em geral, por
motivos de eufonia, ou seja, para facilitar a pronúncia de certas palavras.

Exemplo: silvícola, paulada, cafeicultura.

Formação das palavras


Para analisar a formação de uma palavra, deve-se procurar a origem dela.
Caso seja formada por apenas um radical, diremos que foi formada por derivação; por
dois ou mais radicais, composição. São os seguintes os processos de formação de
palavras:

Derivação: Formação de novas palavras a partir de apenas um radical


Há em Português: palavras primitivas, palavras derivadas, palavras simples, palavras
compostas.

Palavras primitivas: aquelas que, na língua portuguesa, não provêm de outra palavra.
Pedra, flor.

Palavras derivadas: aquelas que, na língua portuguesa, provêm de outra palavra.


Pedreiro, floricultura.

Palavras simples: aquelas que possuem um só radical.

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Azeite, cavalo.

Palavras compostas: aquelas que possuem mais de um radical.


Couve-flor, planalto.

As palavras compostas podem ou não ter seus elementos ligados por hífen.

Processos de formação de palavras:

Composição

Haverá composição quando se juntarem dois ou mais radicais para formar nova palavra.
Há dois tipos de composição; justaposição e aglutinação.

• Justaposição: ocorre quando os elementos que formam o composto são postos lado a
lado, ou seja, justapostos:
Pára-raios, corre-corre, guarda-roupa, segunda-feira, girassol.

• Composição por aglutinação: ocorre quando os elementos que formam o composto


se aglutinam o que pelo menos um deles perde sua integridade sonora:
Aguardente (água + ardente), planalto (plano + alto)
Pernalta (perna + alta), vinagre (vinho + acre)

Derivação por acréscimo de afixos

É o processo pelo qual se obtêm palavras novas (derivada) pela anexação de afixos à
palavra primitiva. A derivação pode ser: prefixal, sufixal e parassintética.

• Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida por acréscimo de prefixo.


In--------feliz des----------leal
Prefixo radical prefixo radical

• Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida por acréscimo de sufixo.


Feliz----mente leal------dade
Radical sufixo radical sufixo
• Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo.
Por parassíntese formam-se principalmente verbos.
En-------trist-----ecer
Prefixo radical sufixo
en--------tard-----ecer
prefixo radical sufixo

Outros tipos de derivação

Há dois casos em que a palavra derivada é formada sem que haja a presença de afixos.

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São eles: a derivação regressiva e a derivação imprópria.

• Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por redução da palavra primitiva.


Ocorre, sobretudo, na formação de substantivos derivados de verbos.
• Derivação imprópria: a palavra nova (derivada) é obtida pela mudança de categoria
gramatical da palavra primitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas tão-somente
na classe gramatical.

Observe:

jantar (substantivo)
deriva de jantar (verbo)
mulher aranha (o adjetivo aranha deriva do substantivo aranha)
Não entendi o porquê da briga. (o substantivo porquê deriva da conjunção porque)

Outros processos de formação de palavras:


Hibridismo: é a palavra formada com elementos oriundos de línguas diferentes.
automóvel (auto: grego; móvel: latim)
sociologia (socio: latim; logia: grego)
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)

Classificação dos morfemas:

Radical

Há um morfema comum a todas as palavras que estamos analisando: escol-. É esse


morfema comum – o radical – que faz com que as consideremos palavras de uma
mesma família de significação – os cognatos. O radical é a parte da palavra responsável
por sua significação principal.

Afixos

Como vimos, o acréscimo do morfema –ar cria uma nova palavra a partir de escola. De
maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas sub- e –arização à forma escol- criou
subescolarização. Esses morfemas recebem o nome de afixos.
Quando são colocados antes do radical, como acontece com sub-, os afixos recebem o
nome de prefixos. Quando, como –arização, surgem depois do radical os afixos são
chamados de sufixos. Prefixos e sufixos, além de operar mudança de classe gramatical,
são capazes de introduzir modificações de significado no radical a que são
acrescentados.

Desinências

Quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se formas como amava, amavas, amava,
amávamos, amáveis, amavam. Essas modificações ocorrem à medida que o verbo vai
sendo flexionado em número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou
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terceira). Também ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava,
amara, amasse, por exemplo).

Podemos concluir, assim, que existem morfemas que indicam as flexões das palavras.
Esses morfemas sempre surgem no fim das palavras variáveis e recebem o nome de
desinências. Há desinências nominais e desinências verbais.

• Desinências nominais: indicam o gênero e o número dos nomes. Para a indicação de


gênero, o português costuma opor as desinências -o/-a:
garoto/garota; menino/menina

Para a indicação de número, costuma-se utilizar o morfema –s, que indica o plural em
oposição à ausência de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/garotas;
menino/meninos; menina/meninas.
No caso dos nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assume a forma -es:
mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.

• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências verbais pertencem a dois tipos


distintos. Há aqueles que indicam o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e
aquelas que indicam o número e a pessoa dos verbos (desinência número-pessoais):

cant-á-va-
cant-á-sse-is
mos
cant:
cant: radical
radical
-á-: vogal -á-: vogal
temática temática
-va-: -sse-
desinência :desinência
modo- modo-
temporal temporal
(caracteriza o (caracteriza o
pretérito pretérito
imperfeito do imperfeito do
indicativo) subjuntivo)
-mos:
-is: desinência
desinência
número-
número-
pessoal
pessoal
(caracteriza a
(caracteriza a
segunda
primeira
pessoa do
pessoa do
plural)
plural)

Vogal temática

Observe que, entre o radical cant- e as desinências verbais, surge sempre o morfema –a.
Esse morfema, que liga o radical às desinências, é chamado de vogal temática. Sua

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função é ligar-se ao radical, constituindo o chamado tema. É ao tema (radical + vogal
temática) que se acrescentam as desinências. Tanto os verbos como os nomes
apresentam vogais temáticas.

• Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando átonas finais, como em mesa,
artista, busca, perda, escola, triste, base, combate. Nesses casos, não poderíamos pensar
que essas terminações são desinências indicadoras de gênero, pois a mesa, escola, por
exemplo, não sofrem esse tipo de flexão. É a essas vogais temáticas que se liga a
desinência indicadora de plural: mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em
vogais tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não apresentam vogal temática.

• Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que caracterizam três grupos de verbos a que
se dá o nome de conjugações. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a pertencem à
primeira conjugação; aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à segunda conjugação
e os que têm vogal temática -i pertencem à terceira conjugação.

primeira segunda terceira


conjugação conjugação conjugação
govern-a- estabelec-
defin-i-ra
va e-sse
imped-i-
atac-a-va cr-e-ra
sse
realiz-a-sse mex-e-rá ag-i-mos

Vogal ou consoante de ligação

As vogais ou consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos,
ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a leitura de uma determinada palavra.
Temos um exemplo de vogal de ligação na palavra escolaridade: o -i- entre os sufixos -
ar- e -dade facilita a emissão vocal da palavra. Outros exemplos: gasômetro, alvinegro,
tecnocracia, paulada, cafeteira, chaleira, tricota

Funções das classes de palavras.

Artigo,

É artigo a palavra que, vindo (diretamente ou não) antes de um substantivo, indica se o


mesmo está sendo empregado de maneira definida ou indefinida. É por isso que os
artigos se subdividem em:

a) Artigos definidos - o, a, os, as - porque deixam definido, determinado o


substantivo a que se referem.
Ao dizermos: "Mário, joga fora o cigarro!" estamos nos referindo a um cigarro
determinado: aquele que Mário provavelmente estaria fumando.
b) Artigos indefinidos - um, uma, uns, umas - porque deixam indefinido,
indeterminado, vago o substantivo a que se referem.
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Quando dizemos: "Mário, dá-me um cigarro!" estamo-nos referindo a um cigarro


indeterminado. Mário nos daria qualquer um dos que ele tivesse no maço. Mas eu e
Mário teríamos o mau hábito (definido) de fumar

Substantivo,
Substantivos são as palavras que representam os seres em geral, quer sejam concretos
(livro), quer sejam abstratos (liberdade), quer sejam comuns (rio, cidade, homem) quer
sejam próprios (Jacuí, Porto Alegre, José), quer sejam termos primitivos (sapato), quer
sejam derivados (sapataria), quer sejam termos simples (flor, sol), quer sejam
compostos (beija-flor, girassol), quer sejam coletivos (bando, enxame).

Mas qualquer palavra pode ser substantivada, desde que exerça função de substantivo
na frase. Por exemplo, "sábio" é adjetivo, porque podemos dizer "homem sábio", mas,
em "O sábio estuda", passa a ser substantivo, porque exerce função (sujeito) típica de
substantivo.

Nessa condição, aceita até ser adjetivado: "O sábio responsável estuda". Em "Viver
alegre contrapõe-se a morrer triste", "viver" e "morrer" são verbos substantivados,
porque exercem, respectivamente, as funções de núcleo do sujeito e núcleo do objeto
indireto.

Adjetivo,
É a palavra que expressa uma qualidade e "encaixa diretamente" ao lado de um
substantivo.

Tomemos a palavra "bondoso" para exemplo. É, com efeito, um adjetivo, porque, além
de expressar uma qualidade, pode ser “encaixada diretamente” ao lado de um
substantivo:

homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa


Já com a palavra "bondade", embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo;
não faz sentido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa bondade.

"Bondade", portanto, não é adjetivo, mas substantivo, porque admite o artigo: "a
bondade". O substantivo encaixa ao lado de outro substantivo, mas não diretamente e,
sim, através de uma proposição: homem de bondade, moça de bondade, pessoa de
bondade.

Pronome
Classe de palavras com função de substituir o nome, ou ser; como também de substituir
a sua referência. Servem para representar um substantivo e para o acompanhar
determinando-lhe a extensão do significado.

PESSOAIS
Os pronomes pessoais, que tomam o lugar da pessoa que fala (1ª pessoa), da pessoa com que
falamos (2ª pessoa) ou da pessoa de que falamos (3ª pessoa), podem ser:

RETOS E OBLÍQUOS

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PRONOMES PESSOAIS
Pessoa Reto Oblíquos
s
Gramatic Átonos Tônicos
al
1 sing eu me mim, (co)
ª ular migo
1 plur nós nos (co) nosco
ª al
2 sing tu te ti, (con)
ª ular tigo
2 plur vós vos (con)
ª al vosco
3 sing ele, se, o, a, si, (con)
ª ular ela lhe sigo
3 plur eles, se, os, as, si, (con)
ª al elas lhes sigo

EMPREGO (CERTO X ERRADO)

a) Eu e tu x mim e ti - Se houver preposição antes, devemos usar mim e/ou ti, e não eu e/ou tu:
Entre mim e ti não há desavenças.
Sobre Joana e ti nada se pode dizer
Devo a ti esta conquista.
Constrói esta casa para mim.

Se, todavia, acrescentarmos um verbo no infinitivo, devemos usar eu e/ou tu:


Constrói esta casa para eu morar.
Ele disse que é para eu e tu partirmos.

b) Si e consigo - Estes pronomes somente podem ser empregados, se se referirem ao sujeito da


oração:
Joana só pensa em si. ("Si" refere-se a "Joana": sujeito)
O poeta gosta de ficar consigo mesmo. ("Consigo" refere-se a "poeta": sujeito.)

Estão erradas, portanto, frases como estas:


Creio muito em si, meu amigo.
Quero falar consigo.

"Si" e "consigo" estão referindo-se à pessoa com quem falamos, o não ao sujeito de "creio" e
"quero", que é "eu", subentendido. Para corrigi-las, basta substituir "si" e "consigo" por "você",
"senhor", "V.Sa." etc., conforme exigir a situação:
Creio muito em você, meu amigo.
Quero falar com o senhor.

c) Conosco e convosco - Se vierem seguidos de uma expressão complementar, desdobram-se


em "com nós" e "com vós":
Esta missão é com nós mesmos.
Com vós, jovens, sempre estou bem.

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d) Ele(s), ela(s) x o(s), a(s) - Não raras vezes ouvimos: "Vi ela no teatro", "Não queremos eles
aqui", frases em que o pronome reto, erradamente, está exercendo a função de objeto direto. O certo
é: "Vi-a no teatro", "Não os queremos aqui".

b) DE TRATAMENT0
São pronomes de tratamento você, senhor, senhora, senhorita, fulano, sicrano, beltrano e as
expressões que integram o quadro seguinte:

PRONOM ABREVI ABREVI US


E ATURA ATURA A-SE
SINGULAR PLURAL PAR
A:
as
Vossa(s) V. Ex.ª V. Ex. 1
Excelência(
s)
Vossa(s) V. Mag.ª V. Mag.as 2
Magnificência(
s)
Vossa(s) V. S.ª V. S.as 3
Senhoria(s)
Vossa(s) V. S. VV. SS. 4
Santidade(s)
Vossa(s) V. Em.ª V. Em.as 5
Eminência(
s)
Vossa(s) V. Ex.ª V. Ex.as 6
ma
Excelência( Rev. Rev. mas
s)
Reverendíss
ima(s)
Vossa(s) V. Rev.ma V. Rev. 7
mas
Reverendíss
ima(s)
Vossa(s) V. Rev.ª V. Rev.as 8
Reverência(
s)
Vossa(s) V. M. VV. 9
Majestade(s MM.
)
Vossa(s) V. A. VV. AA. 10
Alteza(s)

Presidente (sem abreviatura), ministro, embaixador, governador, secretário de Estado, prefeito,


senador, deputado federal e estadual, juiz, general, almirante, brigadeiro e presidente de câmara de
vereadores;

Reitor de universidade para o qual também se pode usar V. Ex.ª;

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Qualquer autoridade ou pessoa civil não citada acima;

4) Papa;

5) Cardeal;
6) Arcebispo e bispo;

7) Autoridade religiosa inferior às acima citadas;

8) Religioso sem graduação;

9) Rei e imperador;

10) Príncipe, arquiduque e duque.

Observação:
Todas essas expressões se apresentam também com SUA para cujas abreviaturas basta substituir
o "V" por "S".

EMPREGO
a) Vossa Excelência etc. x Sua Excelência etc. - Os pronomes de tratamento com "Vossa(s)"
empregam-se em relação à pessoa com quem falamos:
Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.

Com "Sua(s)" são empregados, quando falamos a respeito da pessoa:


Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República,
agiu com propriedade.

b) 3ª pessoa - Os pronomes de tratamento são da 3ª pessoa; portanto, os verbos, os pronomes


possessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa;
Basta que V. Ex.as cumpram a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhes fiquem
reconhecidos.

c) Uniformidade de Tratamento - Quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é


permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por
exemplo, se começamos a chamar alguém de "você", não poderemos usar "te" ou "teu", o os verbos,
evidentemente, vão para a 3ª pessoa. Eis um texto errado, do tipo, aliás, muito freqüente em nossa
música popular:
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. Não mais permitirei que te
afastes de mim.

Ou corrigimo-lo assim:
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. Não mais permitirei que se
afaste de mim.
Ou assim:
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. Não mais permitirei que te
afastes de mim.

POSSESSIVOS

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Com eles indicamos a coisa possuída e a pessoa gramatical possuidora. No quadro abaixo,
vemo-los relacionados aos respectivos pronomes pessoais:

PESSOAIS POSSESSIVOS
Eu meu, minha, meus, minhas
Tu teu, tua, teus, tuas
Ele, você, V. Ex.ª seu, sua, seus, suas
etc.
Nós nosso, nossa, nossos, nossas
Vós vosso, vossa, vossos, vossas
Eles seu, sua, seus, suas

EMPREGO

a) Ambigüidade - "Seu", "sua", "seus" e "suas" têm dado origem a frases como estas:
O policial prendeu o ladrão em sua casa.
O jovem foi com a namorada para o seu colégio.

A casa é a do policial ou a do ladrão? É o colégio é o do jovem ou o da namorada?


Corrigem-se, substituindo o pronome por outro ou aproximando a coisa possuída do possuidor:
O policial prendeu o ladrão na casa deste.
O jovem foi para o seu colégio com a namorada.

b) "Machuquei a minha mão" - Não se usam os possessivos em relação às partes do corpo ou


às faculdades do espírito. Devemos, pois, dizer:
Machuquei a mão. (E não "a minha mão")
Ele bateu a cabeça. (E não "a sua cabeça")
Perdeste a razão? (E não "a tua razão")

RELATIVOS
São as palavras que, quem, qual, cujo, onde, como, quando, quanto, desde que:
a) tenham como precedente um substantivo e como conseqüente um verbo;
b) possam ser substituídos, sem quebra de sentido, por uma expressão onde aparece qual ou
quais:
Os livros que li ajudaram-me.
(Os livros os quais li ajudaram-me.)
A casa onde moro tem goteiras.
(A casa na qual moro tem goteiras.)

DEMONSTRATIVOS
São os que localizam ou identificam o substantivo.

MASCULIN FEMININO NEUTRO


O
este(s) esta(s) isto
esse(s) essa(s) isso
aquele(s) aquela(s) aquilo

Ainda são demonstrativos O, A. OS, AS, quando antecedem o QUE e podem ser substituídos
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por AQUELE(S), AQUELA(S), AQUILO:
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
Esta rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que te indiquei.)

EMPREGO

Este(s), esta(s), isto indicam que o ser está próximo da pessoa que fala:
Este livro que tenho aqui em minha mão esclarece o assunto.

Esse(s), essa(s), isso indicam o ser que está próximo da pessoa com quem falamos:
Essa caneta com que escreves pertence a mim.
Aquele(s), aquela(s), aquilo indicam o ser que estiver longe de ambas as pessoas:
Aquele quadro que vemos na parede é antigo.
Agora, prestemos atenção a estes exemplos:

1) "A mim só interessa isto: realizar os meu ideais." "Realizar os meus ideais: isso é o que me
interessa."
Isto (ou este, ou esta) indica uma idéia que ainda não foi expressa. Isso (ou esse, ou essa) indica
uma idéia que já foi expressa.
2) "As palavras afetuosas e os ditos irônicos são como as flores e os espinhos: aquelas
perfumam; estes ferem.(ou estes ferem; aquelas perfumam.)"
Ao nos referirmos a duas idéias anteriormente expostas, este(s), esta(s), isto (jamais esse ... )
indicam a idéia mais próxima, isto é, a última; aquele(s), aquela(s), aquilo indicam a idéia mais
afastada, isto é, a primeira.
3) "Esta seção precisa de papel."
"Esperamos que essa seção atenda ao nosso pedido."
Este(s), esta(s), isto indicam o local (cidade, rua, repartição, estado etc.) de onde escrevemos.
Esse(s), essa(s), isso indicam o local em que se encontra o nosso correspondente.
4) "Neste século XX, vimos coisas de espantar." "Naquele (ou Nesse) tempo, dizia Jesus..."
Em relação a tempo, este(s), esta(s) indicam o presente; o passado indica-se por esse ou aquele.

Observação:
Os pronomes demonstrativos podem combinar-se com preposições: neste, desse, naquele etc.), o
que em nada modifica os empregos referidos.

INDEFINIDOS
São os que determinam o substantivo de modo vago, de maneira imprecisa.

LISTA DOS INDEFINIDOS

VARIÁVEIS
MASCULINO FEMININO INVA
RIÁEIS
SING PLU SING PLU
ULAR RAL ULAR RAL
algum algu algum algu algué
ns a mas m
certo certo certa certa algo
s s

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muito muit muita muit nada
os as
nenhu nenh nenhu nenh ningué
m uns ma umas m
outro outr outra outr outrem
os as
qualqu quai qualq quai cada
er squer uer squer
quanto quan quanta quan
tos tas
tanto tanto tanta tanta
s s
todo todo toda toda tudo
s s
vário vári vária vária
os s
pouco pouc pouca pouc
os as

INTERROGATIVOS
Chamam-se interrogativos os pronomes que, quem, qual o quanto, empregados para formular
uma pergunta direta ou indireta:

Que trabalho estão fazendo?


Diga-me que trabalho estão fazendo.
Quem disse tal coisa?
Ignoramos quem disse tal coisa.
Qual dos livros preferes?
Não sei qual dos livros preferes.
Quantos passageiros desembarcaram?
Pergunte quantos passageiros desembarcaram.

DIFERENÇA ENTRE OS PRONOMES SUBSTANTIVOS E OS PRONOMES


ADJETIVOS

Pronomes adjetivos são aqueles que simplesmente acompanham os substantivos:


Este moço é meu irmão.
Estes dois simpáticos e elegantes moços são meus irmãos.

Pronomes substantivos são aqueles que substituem ou representam tão bem o substantivo, que é
como se ele estivesse presente:
Nem tudo está perdido.
(Nem todos os bens estão perdidos.)

Os pronomes "fanáticos" são os pessoais e os relativos. Eles são sempre substantivos; por isso,
dispensam essa classificação. Basta chamá-los simplesmente pronomes pessoais e pronomes
relativos.

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Os outros ora são pronomes substantivos, ora são pronomes adjetivos.
Sendo assim, nos exemplos seguintes, eles se comportam como:

A caneta é minha.
minha – pron. subst. possessivo.
Minha sogra é um anjo.
minha – pron. adj. possessivo.
Aquilo que fizeste não se faz.
aquilo – pron. subst. demonstrativo.
Aquela criança veio ao mundo por acidente.
aquela – pron. adj. demonstrativo.
Ninguém entra em fria por querer.
ninguém – pron. subst. indefinido.
Nenhum homem conseguirá convencê-la.
nenhum – pron. adj. indefinido.
Que queres comigo?
que – pron. subst. interrogativo.
Quantas moedas vais oferecer?
quantas – pron. adj. interrogativo.

Numeral,
É a palavra que indica uma quantidade exata ou um lugar numa série.
Os numerais podem ser:
a) Cardinais - quando indicam um número básico: um, dois, trás, cem mil...
b) Ordinais - quando indicam um lugar numa série: primeiro, segundo, terceiro,
centésimo, milésimo...

Segue uma lista dos ordinais que mais se erram:


40º - quadragésimo 300º - trecentésimo
50º - qüinquagésimo 400º - quadringentésimo
60º - sexagésimo 500º - qüingentésimo
70º - septuagésimo 600º - sexcentésimo
80º - octogésimo 700º - septingentésimo
90º - nonagésimo 800º - octingentésimo
100º - centésimo 900º - nongentésimo
200º - ducentésimo 1.000º - milésimo

c) Multiplicativos - quando indicam uma quantidade multiplicativa: dobro, triplo,


quádruplo...
d) Fracionários - quando indicam parte de um inteiro: meio, metade, dois terços...

Verbo e suas flexões;

Verbo
Palavra variável (pessoa, tempo, número e modo) que exprime uma ação, um estado,
um fenômeno.
a) O policial prendeu o assassino.
b) Maria foi atropelada pelo veículo.
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c) O assassino estava doente.
d) No Nordeste quase não chove.
a) O policial praticou uma ação;
b) Maria sofreu uma ação;
c) O assassino encontrava-se num certo estado;
d) Quase não ocorre um dado fenômeno da natureza no Nordeste.

Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três conjugações, de conformidade com


a terminação do infinitivo:
Infinitivo em AR - verbos de primeira conjugação (cantar, amar, procurar)
Infinitivo em ER - verbos de segunda conjugação (correr, bater, ceder)
Infinitivo em IR - verbos de terceira conjugação (ir, possuir, agir)

O verbo irregular pôr e seus derivados ( antepor, compor, contrapor, opor, pospor, etc.)
pertencem a segunda conjugação, pois são derivados da forma poer.
Cada conjugação se caracteriza por uma vogal temática:
CANTAR - vogal temática A (primeira conjugação)
VENDER - vogal temática E (segunda conjugação)
PARTIR - vogal temática I (terceira conjugação)

Estrutura do verbo (radical + terminação)


O verbo possui uma base comum de significação que é chamada de RADICAL. A esse
radical se junta, em cada forma verbal, uma TERMINAÇÃO, da qual participa pelo
menos um dos seguintes elementos:
 Vogal temática (-a- , -e-, -i- , respectivamente para verbos de 1ª, 2ª e 3ª
conjugação)
Ex.: cant-a, beb-era, sorr-ira

O radical acrescido de vogal temática chama-se tema:


CANTAR, VENDER, PARTIR
 Desinência temporal (ou modo temporal) - indica o tempo e o modo:
canta (ausência de sufixo), cant-a-va, cant-a-ra
 Desinência número-pessoal - identifica a pessoa e o número:
canta (ausência de desinência), cant-a-va-s (2ª pessoa singular), cant-á-ra- mos
(1ª pessoa plural)
Todo o mecanismo da formação dos tempos simples repousa na combinação harmônica
desses elementos flexivos com um determinado radical verbal. Muitas vezes, falta um
deles, como, por exemplo:
 VOGAL TEMÁTICA, no presente do subjuntivo e, em decorrência, nas formas
do imperativo dele derivadas: cante, cantes, cante, etc.
 DESINÊNCIA TEMPORAL, no presente e no pretérito perfeito do indicativo,
bem como nas formas do imperativo derivadas do presente do indicativo: canto,
cantas, canta, etc.; cantei, cantaste, cantou, etc.; canta (tu), cantai (vós);

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 DESINÊNCIA PESSOAL,a) na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo
(canta);
b) na 1ª e na 3ª pessoa do singular do imperfeito (cantava), do mais-que-perfeito
(cantara) e do futuro do pretérito (cantaria) do indicativo;
c) na 1ª e na 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo (cante), do
imperfeito do subjuntivo (cantasse) e do futuro do subjuntivo (cantar);
d) na 1ª e na 3ª pessoa do infinitivo pessoal (cantar).

Advérbio,
É a palavra invariável que se relaciona ao verbo para atribuir-lhe uma circunstância.
Segundo a nova nomenclatura gramatical brasileira, os advérbios podem ser:
a) de afirmação - sim, certamente, efetivamente etc.;
b) de dúvida - talvez, quiçá, porventura, acaso, provavelmente etc.;
c) de intensidade - muito, pouco, assaz, bastante, mais, menos, tão, tanto, quão etc.:

Nota: É de observar que as palavras "muito", "pouco" o "tanto" também podem ser
pronomes indefinidos. A diferenciação é fácil: podendo variar em gênero ou número,
serão pronomes indefinidos; quando forem invariáveis, serão advérbios.
Maurício estuda pouco.
Ele dispõe de pouco tempo.

No primeiro exemplo, qualquer que seja a modificação de gênero ou número


introduzida na frase, "pouco" permanecerá invariável.
No segundo exemplo, basta substituir "tempo" por "horas", para que tenhamos:
Ele dispõe de poucas horas.
Portanto, o primeiro é advérbio e o segundo é pronome indefinido.

d) de interrogação - onde, como, quando e por que nas interrogações diretas ou


indiretas:
Onde vais?
Como vais?
Quando vais?
Por que voltaste?
Quero saber onde vais.
Mandaram perguntar como vais.

Nota: Não se deve confundir advérbio interrogativo com pronome interrogativo.

e) de lugar - aqui, ali, aí, além, aquém, acima, abaixo, atrás, dentro, junto, defronte,
perto, longe etc.
f) de modo - assim, bem, mal, depressa, devagar, melhor, pior e a maior parte das
palavras formadas de um adjetivo, mais a terminação "mente" (leve + mente =
levemente; calma + mente = calmamente).
g) de negação - não, tampouco.
h) de tempo - agora, já, depois, anteontem, ontem, hoje, jamais, sempre, outrora,
breve etc.

Observação 1:

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Foi dito que o advérbio se refere ao verbo; acrescente-se, agora, que ele também pode
referir-se a um adjetivo ou a outro advérbio.
Ele trabalha muito. muito  trabalha

Ele é muito trabalhador. muito  trabalhador


Ele poderia trabalhar muito mais. muito  mais

Observação 2:
Também existem as chamadas locuções adverbiais que vêm quase sempre introduzidas
por uma preposição: à farta (= fartamente), às pressas (= apressadamente), à toa, às
cegas, às escuras, às tontas, às vezes, de quando em quando, de vez em quando etc.

Conjunção,

Palavras ou locuções invariáveis que ligam orações.


Dividem-se em dois grupos: coordenativas e subordinativas.

COORDENATIVAS

Aditivas
Tipo: e
Relação: e, nem (= e não), também, que, não só... mas também, não só... como, tanto ...
como, assim... como etc.

Observação:
Em geral, cada categoria tem uma conjunção típica.
Assim é que, para classificar uma função ou locação conjuntiva, é preciso que ela seja
substituível, sem mudar o sentido do período, pelo tipo. Por exemplo, o "que" somente será
conjunção coordenativa aditiva, se for substituível pelo tipo "e":
"Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és".

Alternativas
Relação: ou... ou, já ... já, seja... seja, quer... quer, ora... ora, agora... agora.

Observação:
As alternativas caracterizam-se pela repetição, exceto "ou" cujo primeiro elemento pode ficar
subentendido.

Adversativas
Tipo: mas
Relação: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, senão, não obstante.

Observação:
As alternativas, exceto "mas", podem aparecer deslocadas. Nesse caso, a substituição pelo tipo
só é possível, se devolvidas ao início da oração:

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Esforçou-se muito; não logrou, contudo, êxito.
Esforçou-se muito, contudo (=mas) não logrou êxito.

Conclusivas
Tipo: portanto
Relação: portanto, logo, por conseguinte, assim, pois, então, por isso, por fim, enfim,
conseguintemente, conseqüentemente.

Explicativas
Tipo: porque
Relação: porque, pois, pois que, que, porquanto, já que, uma vez que, visto que, sendo que, dado
que, como.

SUBORDINATIVAS

Causais
Idem às explicativas. A diferenciação, na prática, faz-se examinando a oração anterior. Se esta
tiver o verbo no imperativo, a conjunção será coordenativa explicativa:
Fecha a janela, porque faz frio.

Condicionais
Tipo: se
Relação: se, caso, contanto que, desde que, uma vez que, dado que, a não ser que, a menos
que, suposto que, salvo se, exceto se.

Concessivas
Tipo: embora
Relação: embora, conquanto, ainda que, posto que, mesmo que. em que, se bem que, por mais
que.

Conformativas
Tipo: conforme
Relação: conforme, consoante, segundo, como, da mesma maneira que.

Consecutivas
Relação: que (precedido de "tão", "tal", "tamanho" ou "tanto”), de maneira que, de modo que, de
forma que, de sorte que, de molde que, de jeito que.

Comparativas
Relação: que, do que (precedidos de "mais", "menos", "maior", “menor", "melhor" ou
"pior"), como (precedido de "tão", "tal" ou "tanto”), qual (precedido de "tal"), quanto (precedido de
"tanto"), quão (precedido de "tão").

Finais
Tipo: a fim de que
Relação: a fim de que, para que, porque, que.

Integrantes
Relação: que, se

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Observação:
O "que" a o "se" serão conjunções subordinativas integrantes, se a oração por eles iniciada
responder à pergunta "Qual é a coisa que ... ?”, formulada com o verbo da oração anterior.
Não sei se se morre de amor.
- Qual é a coisa que não sei?
- Se se morre de amor.

Proporcionais
Tipo: à proporção que
Relação: à proporção que, à medida que, ao passo que.

Temporais
Tipo: quando
Relação: quando, logo que, assim que, depois que, enquanto, ao tempo que, apenas, mal.

Valor das conjunções

Para lá de importante é ter domínio sobre o valor semântico (o significado) das conjunções, ou
seja, é preciso saber que circunstâncias nos trazem as orações iniciadas por elas, relativamente à idéia
expressa na oração à qual estão ligadas. Tais circunstâncias inferem-se, em geral, do próprio nome
das conjunções. Por exemplo, na frase: "Estamos bem preparados, portanto teremos um bom
desempenho", a conjunção (portanto) é conclusiva, e a oração iniciada por ela (negrito) expressa
uma conclusão, decorrente do que se diz na oração anterior, isto é, do fato de estarmos bem
preparados.
Assim, as conjunções, além de ligar orações, indicam as seguintes circunstâncias:

Aditiva - adição, soma, aproximação:


As flores embelezam e perfumam o ambiente.

Alternativa - alternância, exclusão:


"Ou troteia, ou sai da estrada."

Adversativa - adversidade, oposição:


O Brasil é um país rico, mas os brasileiros são pobres.
Conclusiva - conclusão, conseqüência, resultado:
"Penso, logo existo."

Explicativa - explicação, motivo:


Trabalhemos, porque o trabalho dignifica.

Causal - causa, razão:


"Estou triste, porque não tenho você perto de mim."

Condicional - condição:
Se a chuva parar, iremos ao jogo.

Concessiva - concessão (isto é: a oração iniciada por ela concede uma garantia de que a idéia da
outra se realizará):
Embora tenhamos pouco tempo, concluiremos o trabalho.

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Conformativa - conformidade, concordância:


Devemos proceder conforme estabelece o regulamento.
Consecutiva - conseqüência, efeito:
Tem contado tantas mentiras, que ninguém acredita nele.
Comparativa - comparação:
O perfume de jasmim é tão saliente quanto o da rosa é discreto.

Final - finalidade, resultado desejado ou preconcebido:


Estudarei esse assunto, a fim de que possa compreendê-lo.

Proporcional - proporção, medida:


À proporção que estudava, compreendia melhor o assunto.

Temporal - tempo:
Quando voltares, visita-me.
Integrante - a conjunto integrante inicia uma oração que integra o sentido (além de exercer uma
função sintática) de um termo da oração anterior:
Espera-se que venças. (sujeito de "espera-se")
A verdade é que vencerás. (predicativo)
Sei que vencerás. (objeto direto de "sei")
Tudo depende de que estudes. (objeto indireto de "depende”)
Tenho medo de que fracasses. (complemento nominal de "medo")

Preposição
É a palavra invariável que serve de ligação entre dois termos de uma oração ou, às vezes, entre
duas orações:
Ele comprou um livro de poesia.
Ele tinha medo de ficar solitário.

Como se vê, a preposição "de", no primeiro exemplo, liga termos de uma mesma oração; no
segundo, liga orações.

Preposições Simples - Eis a lista: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, durante, em, entre,
para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.

Locuções Prepositivas

Além das preposições simples, existem também as chamadas locuções prepositivas, que
terminam sempre por uma preposição simples: abaixo de, acerca de, acima de, a despeito de, adiante
de, a fim de, além de, antes de, ao lado de, a par de, apesar de, a respeito de, atrás de, através de, de
acordo com, debaixo de, de cima de, defronte de, dentro de, depois de, diante de, embaixo de, em
cima de, em frente de(a), em lugar de, em redor de, em torno de, em vez de, graças a, junto a (de),
para baixo de, para cima de, para com, perto de, por baixo de, por causa de, por cima de, por detrás
de, por diante de, por entre, por trás de.

Interjeição
Interjeição é a palavra que expressa emoções, sentimentos ou pensamentos súbitos.

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Trata-se de um recurso da linguagem afetiva, em que não há uma idéia organizada de
maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um
suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação particular, um momento ou um
contexto específico.

Exemplos:

1. Ah, como eu queria voltar a ser criança!

...[ah: expressão de um estado emotivo = interjeição]


2. Hum! Esse cuscuz estava maravilhoso!

...[hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição]


As sentenças da língua costumam se organizar de forma lógica: há uma sintaxe que
estrutura seus elementos e os distribui em posições adequadas a cada um deles. As
interjeições, por outro lado, são uma espécie de palavra-frase, ou seja, há uma idéia
expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia
ser colocada em termos de uma sentença. Observe:

1. Bravo! Bravo! Bis!

...[bravo e bis: interjeição]


...[sentença [sugestão]: "Foi muito bom! Repitam!"]
2. Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé...

...[ai: interjeição]
...[sentença [sugestão]: "Isso está doendo!" ou "Estou com dor!"]
O significado das interjeições está vinculado à maneira como elas são proferidas. Desse
modo, o tom da fala é que dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto
de enunciação. Exemplos:

1. Psiu!

...[contexto: alguém pronunciando essa expressão na rua]


...[significado da interjeição [sugestão]: "Estou te chamando! Ei, espere!"]
2. Psiu!

...[contexto: alguém pronunciando essa expressão em um hospital]


...[significado da interjeição [sugestão]: "Por favor, faça silêncio!"]
3. Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!

...[puxa: interjeição]
...[tom da fala: euforia]
4. Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!

...[puxa: interjeição]

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...[tom da fala: decepção]
As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não sofrem variação em gênero, número
e grau como os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os
verbos. No entanto, em uso específico, algumas interjeições sofrem variação em grau.
Deve-se ter claro, neste caso, que não se trata de um processo natural dessa classe de
palavra, mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite. Exemplos: oizinho,
bravíssimo, até loguinho.

Flexão nominal e verbal.

FLEXÃO NOMINAL

FORMAÇÃO DO PLURAL

1. REGRA GERAL
Em palavra terminada por vogal acrescenta-se "s":
Livro - livros, série - séries, pó - pós, café - cafés.

2. REGRAS ESPECIAIS
a) Regra do "LEÃO e do CIDADÃO ALEMÃO".
No plural, teremos: "Os LEÕES e os CIDADÃOS ALEMÃES. Assim, as palavras
terminadas em ÃO:
- trocam ÃO por ÕES (plural mais freqüente: balões, botões, canções, corações... e os
aumentativos: casarões, livrões);
- acrescentam "s": cidadãos, cortesãos, cristãos, desvãos, irmãos, pagãos e as paroxítonas
terminadas em "ão"(sótãos, órgãos);
- trocam ÃO por ÃES: bastiães, cães, capelães, capitães, catalães, charlatães, escrivães,
guardiães, pães, sacristães, tabeliães.

Observação:
Apresentam múltiplos plurais:
alão - alões, alãos, alães;
alazão - alazões, alazães;
aldeão - aldeões, aldeães;
vilão - vilões, vilãos;
ancião - anciões, anciãos, anciães;
verão - verões, verãos;
castelão - castelões, castelãos;
rufião - rufiões, rufiães;
ermitão - ermitões, ermitãos, ermitães;
sultão - sultões, sultãos, sultães.

b) Regra dos AMORES às GRISES LUZES.


Às terminações R, S ou Z acrescenta-se ES.

Observação:
Não-oxítonas terminadas em S são invariáveis: os pires, os atlas, os lápis, os ônibus.

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c) Regra do - AL, - EL, - OL -UL.
As palavras com essas terminações formam o plural trocando o L por IS: bananais,
papéis, faróis, pauis, azuis.

d) Regra do ARDIL do RÉPTIL


As palavras terminadas por IL: oxítonas trocam o L por S (funis, barris); paroxítonas
trocam IL por EIS (fáceis, hábeis) .

e) Regra do FOGO nos CORPOS (metafonia)


Na passagem do singular para o plural, há palavras que trocam o timbre fechado da
vogal tônica em aberto, como em:
FOGO (ô) - FOGOS (ó) e CORPO (ô) - CORPOS (ó).
É o que acontece com: abrolho, contorno, caroço, corcovo, corvo, coro, despojo,
destroço, escolho, esforço, estorvo, forno, foro, fosso, imposto. jogo, miolo, olho, osso,
ovo, poço, porco, posto, povo, reforço, socorro, tijolo, toco, torto, troco.

f) Palavras terminadas em X são invariáveis: os tórax.

3. PLURAL DOS DIMINUTIVOS


Para formar o plural dos diminutivos terminados em ZINHO e ZITO, proceda da
seguinte forma:
1º) forme o plural da palavra primitiva;
2º) retire o "s";
3º) acrescente "zinho" ou "zito";
4º) recoloque o "s":

marzinho ......... marezinhos


cãozito .........cãezitos
Assim formamos pãezinhos, florezinhas, anãezinhos, fogõezinhos, anzoizinhos etc.

4. PLURAL DOS COMPOSTOS


Quanto ao plural dos compostos, podemos formular uma regra que é de enorme valor
prático. Ei-la:

Em princípio, variam as palavras do composto que forem variáveis isoladamente.

cartas-bilhetes, amores-perfeitos,
cabras-cegas, segundas-feiras,
guarda-chuvas, sempre-vivas,
grão-duques, bate-bocas,
os ganha-pouco, os pisa-mansinho,
os leva-e-traz, os vai-volta.

Em "guarda-civil", "guarda-noturno" etc., "guarda" é substantivo; portanto, é palavra


variável, motivo pelo qual temos "guardas-
-civis", "guardas-noturnos" etc.
Guarde bem essa regra, mas não se esqueça destas exceções importantes e fáceis de
fixar:
a) Quando o composto contiver preposição, varia apenas o primeiro elemento:

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Com a preposição na porta, o "s" não passa.

chapéus-de-sol, pães-de-ló,
pores-de-sol, mulas-sem-cabeça,
cavalos-vapor (a vapor, de vapor), joões-de-barro.

b) Quando o segundo elemento exprime idéia de fim ou semelhança, varia


igualmente o primeiro:
navios-escola, salários-família,
peixes-boi, bananas-maçã.

Observação:
Em geral, esses compostos aceitam que se pluralize também o segundo elemento:
navios-escolas, bananas-maças

c) Pluralizam apenas o último elemento os compostos de dois ou mais adjetivos e


os que denotam som de coisas:
médico-cirúrgicos, sócio-político-econô-micos, luso-brasileiros, reco-recos, tique-
-taques.
Exceção: surdos-mudos.

Observação:
Os adjetivos compostos variam somente no último elemento também quanto ao
feminino:
obras sócio-poIítico-econômicas, salas médico-cirúrgicas.

FLEXÃO VERBAL

CONJUGAÇÃO

1) Conjugações
Em Português, há três conjugações:
1ª conjugação: Ar
2ª conjugação: Er, Or (poEr)
3ª conjugação: Ir
2) Modos
Há três modos: INDICATIVO, SUBJUNTIVO, IMPERATIVO.

3) Formas Nominais
Há três formas nominais: INFINITIVO, GERÚNDIO, PARTICÍPIO.

4) Tempos
Há, basicamente, três tempos: PRESENTE, PRETÉRITO, FUTURO.

QUADRO GERAL DOS MODOS E TEMPOS

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5) Conjugação

a) Formação do Presente do Subjuntivo


BASE: 1ª pessoa do singular do presente do indicativo.

1ª 2ª conjugação 3ª conjugação
conjugação
fal + falE vend + vendA part partA
E A +A
falEs vendAS partAS
falE vendA partA
falEm vendAm partAm
os os os
falEis vendAis partAis
falE vendAm partAm
m

b) Formação do imperativo.

Presente Imperativ Presente Imperativo


Indicativo o Subjuntivo Negativo
Afirmativ
o
amo — ame —
amas  ama ames não ames

ama ame ame não ame
 
amamo amemos amemos não
s   amemos

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amais  amai ameis não ameis

amam amem amem não amem
 

Exceção: Verbo SER na 2ª pessoa (singular e plural) do imperativo afirmativo, que


são, respectivamente, SÊ (tu) e SEDE (vós).

c) Formação do Pretérito Imperfeito do Indicativo

1ª conjugação 2ª e 3ª conjugações
RADICAL + cantAVA RADICA corrIA
AVA L + IA
cantAVAs corrIAs
cantAVA corrIA
cantÁVAm corrÍAm
os os
cantÁVEis corrÍEis
cantAVAm corrIAm
d) Conjugação do Pretérito Perfeito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


pensEI comI partI
pensaSTE comeSTE partiSTE
pensOU comeU partiU
pensaMOS comeMOS partiMOS
pensaSTES comeSTES partiSTES
pensaRAM comeRAM partiRAM

e) Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo

Três tempos derivam do pretérito perfeito do indicativo: o pretérito mais-que-perfeito


do indicativo, o futuro do subjuntivo e o pretérito imperfeito do subjuntivo. A base para
a formação desses tempos é a 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito.

Pret. mais- Futuro do Pret. imperf. do


que-perfeito subjuntivo subj.
FIZER fizera FIZERA fizer FIZER
AM M AM fizeSSE
fizeras fizerES fizeSSE
s
fizera fizer fizeSSE
fizéram fizerMO fizéSSEm
os S os
fizérei fizerDE fizéSSEi
s S s
fizera fizerE fizeSSE
m M m

f) Derivados do Infinitivo Impessoal


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Derivam do infinitivo impessoal o futuro do presente, o futuro do pretérito e o infinitivo


pessoal.

Futuro do Futuro do Infinitivo


presente pretérito Pessoal
darEI darIA dar
darÁS darIAs darES
darÁ darIA dar
darEMOS darÍAmos darMOS
darEIS darÍEis darDES
darÃO darIAm darEM

6) Classificação Quanto à Tonicidade


a) Formas rizotônicas: quando a vogal tônica está na raiz.
b) Formas arrizotônicas: quando a vogal tônica está nas desinências (fora da raiz).

7) Classificação Quanto à Flexão


a) Regulares: Quando o radical não sofre variações e as desinências seguem o
paradigma.
b) Irregulares: Quando sofrem variações no radical ou quando não seguem as
desinências do paradigma (perder, ferir, dar etc.).

Observação:
Não são irregulares verbos que trocam letras por exigências ortográficas, como "agir" e
"ficar".

c) Anômalos: São os verbos "ser" e "ir", porque, na conjugação, trocam de radical.


d) Defectivos: Quando não têm certas formas (abolir, falir, latir).
e) Abundantes: Quando possuem duas ou mais formas equivalentes (suspender,
entregar, matar).

Observação:
Com os auxiliares TER e HAVER, usa-se o particípio regular. (O diretor tem
suspendido muitos alunos.)
Com os auxiliares SER e ESTAR, usa-se o particípio irregular. (Os alunos foram
suspensos.)

8) Verbo precaver-se
É defectivo; possui apenas as formas arrizotônicas, nas quais é regular (precavemos,
precaveis).

9) Verbo requerer
A 1ª pessoa do singular do presente do indicativo é "requeiro" e, por conseqüência, o
presente do subjuntivo fica: requeira, requeiras etc. E assim, os outros tempos
derivados.

10) Verbo reaver


Conjuga-se como HAVER, mas só nas formas em que há "v" (reavemos, reaveis).
11) Verbos terminados em EAR

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Recebem um "i" eufônico nas formas rizotônicas (passeio, passeias, passeia, passeamos,
passeais, passeiam).

12) Verbos terminados em IAR (Regra do "Mário")


Os verbos terminados em “iar” são regulares (adio, adias, adia, adiamos, adiais, adiam),
exceto MEDIAR, ANSIAR, REMEDIAR, INCENDIAR e ODIAR (Mário), que se
conjugam como os verbos terminados em "ear" nas formas rizotônicas (odeio odeias,
odeia, odiamos, odiais, odeiam).
13) As Vozes do Verbo
São:
a) ATIVA: Um verbo está na voz ativa, quando o sujeito da oração pratica a ação
expressa pelo verbo.

O João comprou um abacaxi.


Nós plantaremos a árvore.

b) PASSIVA: Um verbo está na voz passiva, quando o sujeito da oração sofre a


ação expressa pelo verbo.
A árvore foi plantada por nós.
Um abacaxi foi comprado pelo João.
A voz passiva pode ser:

ANALÍTICA: formada por um dos verbos "ser", "estar", "ficar" seguido de particípio:
A casa foi alugada.

SINTÉTICA ou PRONOMINAL: formada com verbo acompanhado do pronome


oblíquo "se", que se chama, no caso, pronome apassivador:
Aluga-se a casa.
Vendem-se flores.
Não se vê um amigo nestas paragens.

REFLEXIVA: Temos a voz reflexiva, quando o sujeito pratica e ao mesmo tempo sofre
a ação expressa pelo verbo da oração. Esta voz se forma com o verbo e um dos
pronomes: me, te, se, nos, vos:
Eu me feri. Nós nos ferimos.
Tu te feriste. Vós vos feristes.
Ele se feriu. Eles se feriram.

Observação:
É preciso observar bem se o sujeito apenas pratica, apenas sofre ou se pratica e ao
mesmo tempo sofre a ação. Comparem-se as seguintes orações:
Paulo nos vendeu a casa.
Paulo foi ferido.
Paulo feriu-se.

No primeiro exemplo, Paulo praticou — e apenas praticou — a ação de vender. No


segundo, Paulo sofreu — e apenas sofreu — a ação de ser ferido. No terceiro, Paulo
não apenas praticou a ação, como também a sofreu.

14) Mudança de Voz

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a) Ativa para passiva analítica
É possível passar a voz ativa de um verbo para a passiva, desde que tenha objeto direto.
Bastará, então, transformar o objeto direto em sujeito da oração:

Os cientistas conduzem o desenvolvimento.


(sujeito) (objeto direto)

O desenvolvimento é conduzido pelos cientistas.


(sujeito) (agente da passiva)
Mude a voz, mas não mude o tempo: cuidado importante que se deve dispensar verbo,
no sentido de manter o tempo e o modo.

b) Passiva analítica para ativa

Evidentemente, trata-se apenas de inverter o processo anterior.

O atleta foi aplaudido pelo público.


(sujeito) (agente da passiva)

O público aplaudiu o atleta.


(sujeito) (objeto direto)

c) Passiva analítica para passiva sintética ou vice-versa:

Flores são vendidas. (passiva analítica)


Vendem-se flores. (passiva sintética)
Ouviam-se os sinos. (passiva sintética)
Os sinos eram ouvidos. (passiva analítica)

Observe-se que o sujeito não muda.

15) Emprego do Imperativo

O imperativo serve para ordenar, estimular, suplicar, pedir favores, aconselhar:


Menino, traga-me aqueles livros.
Vai em frente, jovem, o vencerás.
Ajudai-me, por favor!
Empreste-me uma folha.
Não te esqueças dos livros.

Nota:
Quando empregamos o imperativo, devemos atentar bem para a unidade de tratamento,
isto é, o imperativo deverá corresponder à pessoa do tratamento usado e presente nos
demais elementos (verbos ou pronomes) relacionados ao ser com quem falamos:
João, faz(e) o favor de baixar tua voz .

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Não temais, quando procedeis com honestidade.
Fazei o que vos digo, se quiserdes acertar sempre.
Tu és um crápula. Sai daqui.
Estuda, esforça-te, luta, sê vencedor.

16) Emprego do Futuro do Subjuntivo e Infinitivo Pessoal (diferença)

Muitas ouvimos pessoas dizerem, por exemplo, "Se tu a veres, foge dela", colocando o
infinito pessoal onde deveriam colocar o futuro do subjuntivo.
A correção, entretanto, é fácil de fazer.
O futuro do subjuntivo é usado em orações desenvolvidas, normalmente iniciadas por
conjunção ou pronome. A conjunção será "se", "quando", "conforme" ou um sinônimo
(caso, logo que, assim que, como etc.), e o pronome será "que" ou "quem".
Se tu a vires, foge dela.
Quando puderes, visita-me.
A pessoa que dispuser do tempo pode falar.
Farei conforme quiseres.

O infinito pessoal emprega-se em orações reduzidas, isto é, sem aquelas conjunções ou


pronomes:
Ao veres a tentação, foge dela.
Para ser vencedor, você deve evitar as tentações

Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação.

Pronome

É a palavra que acompanha (determina) ou substitui um nome.


Ex.: Ana disse para sua irmã:
- Eu preciso do meu livro de matemática. Você não o encontrou? Ele estava aqui em
cima da mesa.
1. eu substitui “Ana”
2. meu acompanha “o livro de matemática”
3. ele substitui “o livro de matemática”
 Quando o pronome substitui um nome, é pronome substantivo.
Ex.: Ele estava aqui.

 É pronome adjetivo, quando o pronome acompanha um substantivo.


 pronome
Ex.: Eu preciso de meu livro.
 substantivo

Flexão:
Quanto à forma, o pronome varia em gênero, número e pessoa:

Gênero = masculino e feminino


Ele saiu (masculino) / Minha casa (feminino)

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Número = singular e plural


Eu saí. (singular) / Nós saímos.(plural)
Pessoa = 1ª, 2ª e 3ª
Meu carro/ Teu carro/ Seu carro

Pronomes Pessoais
São aqueles que substituem os nomes e representam as pessoas do discurso:
1ª pessoa - a pessoa que fala - EU/NÓS
2ª pessoa - a pessoa com que se fala - TU/VÓS
3ª pessoa - a pessoa de quem se fala - ELE/ELA/ELES/ELAS

Pronomes pessoais retos : são os que têm por função principal representar o sujeito ou
predicativo.

Pronomes pessoais oblíquos: são os que podem exercer função de complemento.

Pessoas do Pronomes Pronomes pessoais oblíquos


discurso pessoais retos Átonos Tônicos
1ª pessoa eu Me mim, comigo
Singular 2ª pessoa tu Te ti, contigo
3ª pessoa ele/ela se, o, a, lhe si, ele, consigo
1ª pessoa nós Nos Nós, conosco
Plural 2ª pessoa vós Vos Vós, convosco
3ª pessoa eles/elas se, os, as, lhes si, consigo, eles

Pronomes Pessoais - Eu e Mim

Mim :- Usa-se depois de preposição, utilizam-se os pronomes pessoais tônicos mim, ti ,


ele (s), você (s) , nós , vós.
Ex.:- Correram atrás de mim.

Eu :- Antes de verbo no infinitivo, utiliza-se o pronome pessoal do caso reto.


Ex.:- Ele deu vários motivos para eu correr atrás dele.

Observação:-
Para mim, correr é uma arte
Neste caso o pronome mim não tem ligação alguma com o verbo correr

Poderia ser escrita assim:-


Correr é uma arte para mim.

Pronomes Oblíquos
Associação de pronomes a verbos:
1) Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando associados a verbos terminados em -r, -s, -
z, assumem as formas lo, la, los, las, caindo as consoantes.

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Ex.: Carlos quer convencer seu amigo a fazer uma viagem.
Carlos quer convencê-lo a fazer uma viagem.

Nota:
Quando os verbos terminarem em -r, -s, -z, da 3ª conjugação, apenas levarão acento
agudo se forem hiatos.
Ex.: Dividir o lanche.
Dividi-lo.

Distribuir a merenda.
Distribuí-la.

2) Quando associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em, -ão, -õe),
assumem as formas no, na, nos, nas.
Ex.: Fizeram um relatório.
Fizeram-no.
3) Os pronomes oblíquos podem ser reflexivos e quando isso ocorre se referem ao
sujeito da oração.
Ex.: Maria olhou-se no espelho
Eu não consegui controlar-me diante do público.
4) Antes do infinitivo precedido de preposição, o pronome usado deverá ser o reto, pois
será sujeito do verbo no infinitivo
Ex.:O professor trouxe o livro para mim.(pronome oblíquo, pois é um complemento)
O professor trouxer o livro para eu ler.(pronome reto, pois é sujeito)

Pronomes de Tratamento
São aqueles que substituem a terceira pessoa gramatical. Alguns são usados em
tratamento cerimonioso e outros em situações de intimidade.
Conheça alguns:
você (v.) : tratamento familiar
senhor (Sr.), senhora (Srª.) : tratamento de respeito
senhorita (Srta.) : moças solteiras
Vossa Senhoria (V.Sª.) : para pessoa de cerimônia
Vossa Excelência (V.Exª.) : para altas autoridades
Vossa Reverendíssima (V. Revmª.) : para sacerdotes
Vossa Eminência (V.Emª.) : para cardeais
Vossa Santidade (V.S.) : para o Papa
Vossa Majestade (V.M.) : para reis e rainhas
Vossa Majestade Imperial (V.M.I.) : para imperadores
Vossa Alteza (V.A.) : para príncipes, princesas e duques

1) Os pronomes e os verbos ligados aos pronomes de tratamento devem estar na 3ª


pessoa.
Ex.: Vossa Excelência já terminou a audiência? (nesse fragmento se está dirigindo a
pergunta à autoridade)

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2) Quando apenas nos referimos a essas pessoas, sem que estejamos nos dirigindo a
elas, o pronome "vossa" se transforma no possessivo "sua".
Ex.: Sua Excelência já terminou a audiência? (nesse fragmento não se está dirigindo a
pergunta à autoridade, mas a uma terceira pessoa do discurso)

Pronomes Possessivos

São aqueles que indicam idéia de posse. Além de indicar a coisa possuída, indicam a
pessoa gramatical possuidora.
As principais palavras que podem funcionar como pronomes possessivos:
Masculino/Feminino

Singular
Plural

meu
meus
minha
minhas

teu
teus
tua
tuas

seu
seus
sua
suas

nosso
nossos
nossa
nossas

vosso
vossos
vossa
vossas

seu
seus

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sua
suas

Nota:
Existem palavras que eventualmente funcionam como pronomes possessivos. Ex.: Ele
afagou-lhe (= seus) os cabelos.

Pronomes Demonstrativos

Os pronomes demonstrativos possibilitam localizar o substantivo em relação às pessoas,


ao tempo, e sua posição no interior de um discurso.

Pronomes Espaço Tempo Ao dito Enumeração


Perto de quem Presente Referente aquilo Referente ao
fala (1ª pessoa) que ainda não foi último elemento
dito. citado em uma
enumeração.
este, esta, isto, Ex.: Não gostei Ex.: Neste ano, Ex.: Esta Ex.: O homem e
estes, estas deste livro aqui. tenho realizado afirmação me a mulher são
bons negócios. deixou surpresa: massacrados pela
gostava de cultura atual,
química. mas esta é mais
oprimida.
Perto de quem Passado ou Referente aquilo
ouve futuro próximos que já foi dito.
(2ª pessoa)
esse, essa, esses, Ex.: Não gostei Ex.: Nesse Ex.: Gostava de
essas desse livro que último ano, química. Essa
está em tuas realizei bons afirmação me
mãos. negócios deixou surpresa

Perto da 3ª Passado ou Referente ao


pessoa, distante futuro remotos primeiro
dos elemento citado
interlocutores. em uma
enumeração.
aquele, aquela,
Ex.: Não gostei Ex.: Tenho boas Ex.: O homem e
aquilo, aqueles,
daquele livro que recordações de a mulher são
aquelas
a Roberta trouxe. 1960, pois massacrados pela
naquele ano cultura atual,
realizei bons mas esta é mais
negócios. oprimida que
aquele.

EMPREGO DO PRONOME DEMONSTRATIVO

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ESTE , ESTA , ISTO


Quando referem:-
1)- a 1ª pessoa ( eu, nós) e com o advérbio aqui.
Ex.:- Este quadro aqui.

2)- Indica tempo presente ou bastante próximo do momento que se fala.


Ex.:- Nesta aula estudamos pronomes.
Ex.:- Esta noite irei ao forró.

3)- Quando estamos expondo ou vamos expor algo.


Ex.:- Esta carta lhe escrevo . . .

4)- Com os possessivos:- meu, minha, nosso.


Ex.:- Este meu perfume tem criado problemas.

5)- Ao fazer referência a um termo escrito imediatamente anterior.


Ex.:- Quando chamei Roberval , este assustou-se.

6)- São usados para o que está próximo da pessoa que fala.
Ex.:- Esta prova eu tirei nota boa.
7)- Serve de chamar a atenção para o que se vai citar ou enumerar em seguida (caso em
que o seu emprego é de regra) ou para o que foi citado ou enumerado antes (caso em
que também se usa esse), equivalendo a o seguinte.

8)- Combina-se, às vezes, com esse(s) e/ou aquele(s), essoutro(s), estoutro(s),


aqueloutro(s), e/ou com indefinidos (um, uns, algum, alguns, outro(s), etc.), dos quais,
em tais casos, adquire o caráter.

9)- Embora com referência à pessoa com quem se fala deva preferir-se, normalmente, o
demonstrativo esse, não raro se encontra o emprego de este para denotar a proximidade
grande entre as duas pessoas e/ou o interesse do falante pelo ouvinte.

10)- Sugerindo em princípio a noção de proximidade em relação à pessoa que fala,


também se usa, na linguagem animada (como observa Said Ali), para dar a impressão de
que alguma pessoa, coisa, lugar, embora afastados, nos interessam de perto. [O normal
seria essa ou aquela, pois a 'fábrica' (= 'construção de edifício' -- no caso uma abóbada)
é coisa afastada de quem fala, como se vê do advérbio aí, anteriormente empregado, e
como se vê, também pelo demonstrativo aquele, usado imediatamente após o trecho
transcrito: "Quem de longe olhasse para aquele extenso campo .... julgara ver o assento
de uma cidade antiqüíssima."]

11)- Pode também, tratando-se de tempo, empregar-se em lugar de esse ou aquele. [A


presença da idéia do ano no espírito de quem escreve, e a proximidade, no contexto,
entre o ano decorrido e o demonstrativo, levaram os autores à preferência por este.]

ESSE , ESSA , ISSO


Quando referem:-
1)- a 2ª pessoa ( tu, vós ) e com o advérbio aí.
Ex.:- Tu tens essa apostila ?

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Esse aí é o seu pagamento de R$ 170,00.

2)- Indica tempo passado recente ou futuro próximo.


Ex.:- Ontem nessa aula estudei pronomes.
Amanhã passará esse filme do Digimon na tevê.
Farei isso amanhã.

3)- Quando já mencionamos ou nos referimos ao que foi dito por nosso interlocutor.
Ex.:- Termino essa carta . . .

4)- Com os possessivos:- teu, tua, vosso, seu, sua , etc.


Ex.:- Esse chapéu não cabe em sua cabeça.

5)- Com o pronome de tratamento você.


Ex.:- Quanto custou esse boné que está com você ?

6)- São usados para o que está próximo da pessoa com quem se fala.
Ex.:- Essa aí é a sua prova ?

AQUELE , AQUELA , AQUILO

Quando referem :-
1)- Relacionam-se ao ser de que se fala, ou seja, o assunto ( 3ª pessoa ).
Ex.:- Aquele dia eu quase morri.

2)- A 3ª pessoa ( ele, ela ) e com o advérbio ali, lá.


Ex.:- Aquela blusa está ali.

3)- Indica passado distante.


Ex.:- Quando havia poucos carros nas estradas , naquele tempo não havia tantos
acidentes.

4)- São usados para o que está distante da pessoa que fala e da pessoa com quem se
fala.
Ex.:- De quem é aquela blusa que ficou lá na quadra de esporte ?

Pronomes Indefinidos

São pronomes que acompanham o substantivo, mas não o determinam de forma precisa.

Alguns pronomes indefinidos:

Algum - mais - qualquer - bastante - menos - quanto - cada muito -


tanto - certo - nenhum - todo/tudo - diferentes - outro um - diversos -
pouco - vários - demais - qual -

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Algumas locuções pronominais indefinidas:

cada qual qualquer um tal e qual seja qual for

sejam quem for todo aquele quem quer (que) uma ou outra

todo aquele (que) tais e tais tal qual seja qual for

Uso de alguns pronomes indefinidos:


1) Algum
a) quando anteposto ao substantivo da idéia de afirmação
"Algum dinheiro terá sido deixado por ela."

b) quando posposto ao substantivo dá idéia de negação


"Dinheiro algum terá sido deixado por ela."

Nota: O uso desse pronome indefinido antes ou depois do verbo está ligado à intenção
do enunciador.
2) Demais
Este pronome indefinido, muitas vezes, é confundido com o advérbio "demais" ou com
a locução adverbial "de mais".
Ex.:" Maria não criou nada de mais além de uma cópia do quadro de outro artista."
(locução adverbial)
"Maria esperou os demais." (pronome indefinido = os outros)
"Maria esperou demais." (advérbio de intensidade)
3) Todo
É usado como pronome indefinido e também como advérbio, no sentido de
completamente, mas possuindo flexão de gênero e número, o que é raro em um
advérbio.
Ex.: "Percorri todo trajeto." (pronome indefinido)
"Por causa da chuva, a roupa estava toda molhada." (advérbio)
4) Cada
Possui valor distributivo e significa todo, qualquer dentre certo número de pessoas ou
de coisas.
Ex.: "Cada homem tem a mulher que merece."

Este pronome indefinido não pode anteceder substantivo que esteja em plural (cada
férias), a não ser que o substantivo venha antecedido de numeral (cada duas férias).
Pode, às vezes, ter valor intensificador : "Mário diz cada coisa idiota!"

Pronomes Interrogativos

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Os pronomes interrogativos levam o verbo à 3ª pessoa e são usados em frases
interrogativas diretas ou indiretas.
Não existem pronomes exclusivamente interrogativos e sim que desempenham função
de pronomes interrogativos, como por exemplo: QUE, QUANTOS, QUEM, QUAL,
etc.
Ex.: "Quantos livros teremos que comprar?"
"Ele perguntou quantos livros teriam que comprar."
"Qual foi o motivo do seu atraso?"

Pronomes Relativos

São aqueles que representam nomes que já foram citados e com os quais estão
relacionados. O nome citado denomina-se ANTECEDENTE do pronome relativo.
Ex.:"A rua onde moro é muito escura à noite."
onde: pronome relativo que representa "a rua"
a rua : antecedente do pronome "onde"
Alguns pronomes que podem funcionar como pronomes relativos:
FORMAS VARIÁVEIS FORMAS INVARIÁVEIS

Masculino Feminino

o qual / os quais a qual / as quais Quem

quanto / quantos quanta / quantas Que

cujo / cujos cuja / cujas onde

1) O pronome relativo QUEM sempre possui como antecedente uma pessoa ou coisas
personificadas, vem sempre antecedido de preposição e possui o significado de "O
QUAL"
Ex.: "Aquela menina de quem lhe falei viajou para Paris."
Antecedente: menina
Pronome relativo antecedido de preposição: de quem
2) Os pronomes relativos CUJO, CUJA sempre precedem a um substantivo sem
artigo e possuem o significado "DO QUAL" "DA QUAL"
Ex.: "O livro cujo autor não me recordo."
3) Os pronomes relativos QUANTO(s) e QUANTA(s) aparecem geralmente
precedidos dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas.
Ex.: "Você é tudo quanto queria na vida."
4) O pronome relativo ONDE tem sempre como antecedente palavra que indica lugar.
Ex.: "A casa onde moro é muito espaçosa."
5) O pronome relativo QUE admite diversos tipos de antecedentes: nome de uma coisa
ou pessoa, o pronome demonstrativo ou outro pronome.
Ex.: "Quero agora aquilo que ele me prometeu."

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6) Os pronomes relativos, na maioria das vezes, funcionam como conectivos,
permitindo-nos unir duas orações em um só período.
Ex.:A mulher parece interessada. A mulher comprou o livro.
( A mulher que parece interessada comprou o livro.)

Concordância nominal e verbal.

Concordância Nominal

Regra geral: o artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam com o


substantivo a que se referem em gênero e número.
Ex.: Dois pequenos goles de vinho e um calçado certo deixam qualquer mulher
irresistivelmente alta.
Concordâncias especiais:
Ocorrem quando algumas palavras variam sua classe gramatical, ora se comportando
como um adjetivo (variável) ora como um advérbio (invariável).
Mais de um vocábulo determinado
1- Pode ser feita a concordância gramatical ou a atrativa.
Ex.: Comprei um sapato e um vestido pretos. (gramatical, o adjetivo concorda com os
dois substantivos)
Comprei um sapato e um vestido preto. (atrativa, apesar do adjetivo se referir aos dois
substantivos ele concordará apenas com o núcleo mais próximo)
Um só vocábulo determinado
1- Um substantivo acompanhado (determinado) por mais de um adjetivo: os adjetivos
concordam com o substantivo
Ex.: Seus lábios eram doces e macios.
2- Bastante- bastantes
Quando adjetivo, será variável e quando advérbio, será invariável
Ex.: Há bastantes motivos para sua ausência. (bastantes será adjetivo de motivos)
Os alunos falam bastante. ( bastante será advérbio de intensidade referindo-se ao verbo)
3- Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio
São adjetivos que devem concordar com o substantivo a que se referem.
Ex.: A fotografia vai anexa ao curriculum.
Os documentos irão anexos ao relatório.
Nota:
Quando precedido da preposição em, fica invariável.
Ex.: A fotografia vai em anexo.
Envio-lhes, inclusas, as certidões./ Incluso segue o documento.
A professora disse: muito obrigada./ O professor disse: muito obrigado.
Ele mesmo fará o trabalho./ Ela mesma fará o trabalho.

Mesmo pode ser advérbio quando significa realmente, de fato. Será portanto invariável.
Ex.: Maria viajará mesmo para os EUA.
Ele próprio fará o pedido ao diretor./ Ela própria fará o pedido ao diretor.

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4- Muito, pouco, caro, barato, longe, meio, sério, alto
São palavras que variam seu comportamento funcionando ora como advérbios (sendo
assim invariáveis) ora como adjetivos (variáveis).
Ex.: Os homens eram altos./ Os homens falavam alto.
Poucas pessoas acreditavam nele./ Eu ganho pouco pelo meu trabalho.
Os sapatos custam caro./ Os sapatos estão caros.
A água é barata./ A água custa barato.
Viajaram por longes terras./ Eles vivem longe.
Eles são homens sérios./ Eles falavam sério.
Muitos homens morreram na guerra./ João fala muito.
Ele não usa meias palavras./ Estou meio gorda.
5-É bom, é necessário, é proibido
Só variam se o sujeito vier precedido de artigo ou outro determinante.
Ex.: É proibido entrada de estranhos./ É proibida a entrada de estranhos.
É necessário chegar cedo./ É necessária sua chegada.
6- Menos, alerta, pseudo
São sempre invariáveis.
Ex.: Havia menos professores na reunião./Havia menos professoras na reunião.
O aluno ficou alerta./ Os alunos ficaram alerta.
Era um pseudomédico./ Era uma pseudomédica.
7- Só, sós
Quando adjetivos, serão variáveis, quando advérbios serão invariáveis.
Ex.: A criança ficou só./ As crianças ficaram sós. (adjetivo)
Depois da briga, só restaram copos e garrafas quebrados. (advérbio)
Nota:
A locução adverbial a sós é invariável.
Ex.: Preciso falar a sós com ele.
8- Concordância dos particípios
Os particípios concordarão com o substantivo a que se referem.
Ex.: Os livros foram comprados a prazo./ As mercadorias foram compradas a prazo.
Nota:
Se o particípio pertencer a um tempo composto será invariável.
Ex.: O juiz tinha iniciado o jogo de vôlei./ A juíza tinha iniciado o jogo de vôlei.
9- Um e outro, um ou outro, nem um nem outro deixam o substantivo no singular e o
adjetivo no plural.
Ex. Extraíram-me um e outro dente cariados.
10- O adjetivo POSSÍVEL concorda com o artigo que inicia a expressão.
Ex.: Trabalho com livros o melhor possível .
Trabalho com livros os melhores possíveis.

Concordância Verbal

Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito.


Ex.: Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles gostavam daquele seu jeito
carinhoso de ser.
Casos de concordância verbal:

1) Sujeito simples

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Regra geral: o verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
Ex.: Nós vamos ao cinema.
O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós).
Casos especiais:
a) O sujeito é um coletivo- o verbo fica no singular.
Ex.:A multidão gritou pelo rádio.

Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.


Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs gritaram.
b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular
ou vai para o plural.
Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão.
c) O sujeito é um pronome de tratamento- o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular
ou do plural).
Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas Altezas pediram silêncio.
d) O sujeito é o pronome relativo que – o verbo concorda com o antecedente do
pronome.
Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café.
e) O sujeito é o pronome relativo quem- o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou
concordar com o antecedente do pronome.
Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu quem derramei o café.
f) O sujeito é formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de vós, quais de ...,
quantos de ..., etc.- o verbo poderá concordar com o pronome interrogativo ou
indefinido ou com o pronome pessoal (nós ou vós).
Ex.: Quais de vós me punirão?/ Quais de vós me punireis?

Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular o verbo concorda com eles


em pessoa e número.
Ex.: Qual de vós me punirá.

g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural- se o sujeito não vier


precedido de artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de artigo, o
verbo concordará com o artigo.
Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados Unidos são a maior potência
mundial.
h) O sujeito é formado pelas expressões mais de um, menos de dois, cerca de..., etc. –
o verbo concorda com o numeral.
Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ Mais de cinco alunos não
compareceram à aula.
i) O sujeito é constituído pelas expressões a maioria, a maior parte, grande parte,
etc.- o verbo poderá ser usado no singular ( concordância lógica) ou no plural
(concordância atrativa).Ex.: A maioria dos candidatos desistiu./ A maioria dos
candidatos desistiram.
j) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido coletivo)- o verbo poderá ser usado
no singular ou plural se este vier afastado do substantivo.

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Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A gente da
cidade, temendo a violência da rua, permanecem em casa.]

2) Sujeito composto
Regra geral: o verbo vai para o plural.
Ex.: João e Maria foram passear no bosque.
Casos especiais:
a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes- o verbo
ficará no plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa.
Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos ( 1ª pessoa plural) amigos.
O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis ( 2ª pessoa do plural) amigos.
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa.
Ex.: Tu e ele se tornarão amigos.(3ª pessoa do plural)
Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o
núcleo mais próximo do verbo.
Ex.: Irei eu e minhas amigas.
b) Os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente ou ligados por e - o verbo
concordará com os dois núcleos.
Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé.
Nota:
Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por atração com o núcleo mais
próximo do verbo.
Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga.

c) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no singular - o verbo poderá
ficar no plural (concordância lógica) ou no singular (concordância atrativa).
Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar./ A angústia e ansiedade
não o ajudava a se concentrar.
d) Quando há gradação entre os núcleos- o verbo pode concordar com todos os núcleos
(lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo.
Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma palavra, um gesto, um olhar
bastava.
e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... - o verbo concorda
com o aposto resumidor.
Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu.
f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões um e outro, nem um nem outro...-
o verbo poderá ficar no singular ou no plural.
Ex.: Um e outro já veio./ Um e outro já vieram.
g) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou- o verbo irá para o singular
quando a idéia for de exclusão e plural quando for de inclusão.
Ex.: Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão)
A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição, inclusão)

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h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto...como/
assim...como/ não só...mas também, etc.) - o mais comum é o verbo ir para o plural,
embora o singular seja aceitável se os núcleos estiverem no singular.
Ex.: Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São Paulo./
Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em São Paulo.

Outros casos:
1) Partícula SE:
a- Partícula apassivadora: o verbo ( transitivo direto) concordará com o sujeito
passivo.
Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros.
b- Índice de indeterminação do sujeito: o verbo (transitivo indireto) ficará
obrigatoriamente no singular.
Ex.: Precisa-se de secretárias.
Confia-se em pessoas honestas.
2) Verbos impessoais
São aqueles que não possuem sujeito, ficarão sempre na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Havia sérios problemas na cidade.
Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar.
Deve haver sérios problemas na cidade.
Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar.
Nota:
Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os verbos principais.
O verbo existir não é impessoal. Veja:
Existem sérios problemas na cidade.
Devem existir sérios problemas na cidade
3) Verbos dar, bater e soar
Quando usados na indicação de horas, têm sujeito (relógio, hora, horas, badaladas...) e
com ele devem concordar.
Ex.: O relógio deu duas horas.
Deram duas horas no relógio da estação.
Deu uma hora no relógio da estação.
O sino da igreja bateu cinco badaladas.
Bateram cinco badaladas no sino da igreja.
Soaram dez badaladas no relógio da escola.
4) Sujeito oracional
Quando o sujeito é uma oração subordinada, o verbo da oração principal fica na 3ª
pessoa do singular.
Ex.: Ainda falta/ dar os últimos retoques na pintura.
5) Concordância com o infinitivo
a) Infinitivo pessoal e sujeito expresso na oração:
- não se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado por pronome pessoal oblíquo
átono.
Ex.: Esperei-as chegar.

- é facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito não for representado por pronome


átono e se o verbo da oração determinada pelo infinitivo for causativo (mandar, deixar,

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fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir e sinônimos).
Ex.: Mandei sair os alunos./Mandei saírem os alunos.

- flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito for diferente de pronome átono e


determinante de verbo não causativo nem sensitivo.
Ex.: Esperei saírem todos.
b) Infinitivo pessoal e sujeito oculto
- não se flexiona o infinitivo precedido de preposição com valor de gerúndio.
Ex.: Passamos horas a comentar o filme.(comentando)

- é facultativa a flexão do infinitivo quando seu sujeito for idêntico ao da oração


principal.
Ex.: Antes de (tu)responder, (tu) lerás o texto./Antes de (tu )responderes, (tu) lerás o
texto.

- é facultativa a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração
principal e está indicado por algum termo do contexto.
Ex.: Ele nos deu o direito de contestar./Ele nos deu o direito de contestarmos.

- é obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração
principal e não está indicado por nenhum termo no contexto.
Ex.: Não sei como saiu sem notarem o fato.
c) Quando o infinitivo pessoal está em uma locução verbal
- não se flexiona o infinitivo sendo este o verbo principal da locução verbal quando
devida à ordem dos termos da oração sua ligação com o verbo auxiliar for nítida.
Ex.: Acabamos de fazer os exercícios.

- é facultativa a flexão do infinitivo sendo este o verbo principal da locução verbal,


quando o verbo auxiliar estiver afastado ou oculto.
Ex.: Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidar e reclamar dela./
Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidarmos e reclamarmos dela.
6) Concordância com o verbo ser:
a- Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes
TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO: o verbo ser ou parecer concordarão com o
predicativo.
Ex.: Tudo são flores./Aquilo parecem ilusões.
Nota:
Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo.
Ex.: Aquilo é sonhos vãos.
b- O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes
interrogativos QUE ou QUEM.
Ex.: Que são gametas?/ Quem foram os escolhidos?
c- Em indicações de horas, datas, tempo, distância: a concordância será com a
expressão numérica
Ex.: São nove horas./ É uma hora.

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Nota:
Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias pois subentende-se a palavra
dia.
Ex.: Hoje são 24 de outubro./ Hoje é (dia) 24 de outubro.
d- Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância se
dará com o pronome.
Ex.: Aqui o presidente sou eu.
Nota:
Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com o
que aparece primeiro, considerando o sujeito da oração.
Ex.: Eu não sou tu
e- Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca se fará com o predicativo.
Ex.: O menino era as esperanças da família.
f- Nas locuções é pouco, é muito, é mais de, é menos de junto a especificações de
preço, peso, quantidade, distância e etc, o verbo fica sempre no singular.
Ex.: Cento e cinqüenta é pouco./ Cem metros é muito.
g- Nas expressões do tipo ser preciso, ser necessário, ser bom o verbo e o adjetivo
podem ficar invariáveis, (verbo na 3ª pessoa do singular e adjetivo no masculino
singular) ou concordar com o sujeito posposto.
Ex.: É necessário aqueles materiais./ São necessários aqueles materiais.
h- Na expressão é que, usada como expletivo, se o sujeito da oração não aparecer entre
o verbo ser e o que, ficará invariável.Se aparecer, o verbo concordará com o sujeito.
Ex.: Eles é que sempre chegam atrasados./ São eles que sempre chegam atrasados.

Regência nominal e verbal.

Regência Verbal

1- Chegar/ ir – deve ser introduzido pela preposição a e não pela preposição em.
Ex.: Vou ao dentista./ Cheguei a Belo Horizonte.
2- Morar/ residir – normalmente vêm introduzidos pela preposição em.
Ex.: Ele mora em São Paulo./ Maria reside em Santa Catarina.
3- Namorar – não se usa com preposição.
Ex.: Joana namora Antônio.
4- Obedecer/desobedecer – exigem a preposição a.
Ex.: As crianças obedecem aos pais./ O aluno desobedeceu ao professor.
5-Simpatizar/ antipatizar – exigem a preposição com.
Ex.: Simpatizo com Lúcio./ Antipatizo com meu professor de História.
Nota:
Estes verbos não são pronominais, portanto, são considerados construções erradas
quando os mesmos aparecem acompanhados de pronome oblíquo: Simpatizo-me com
Lúcio./ Antipatizo-me com meu professor de História.
6- Preferir - este verbo exige dois complementos sendo que um usa-se sem preposição e
o outro com a preposição a.
Ex.: Prefiro dançar a fazer ginástica.
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Nota:
Segundo a linguagem formal, é errado usar este verbo reforçado pelas expressões ou
palavras: antes, mais, muito mais, mil vezes mais, etc.
Ex.: Prefiro mil vezes dançar a fazer ginástica.
Verbos que apresentam mais de uma regência
1 - Aspirar
a- no sentido de cheirar, sorver: usa-se sem preposição. Ex.: Aspirou o ar puro da
manhã.
b- no sentido de almejar, pretender: exige a preposição a. Ex.: Esta era a vida a que
aspirava.
2 - Assistir
a) no sentido de prestar assistência, ajudar, socorrer: usa-se sem preposição. Ex.: O
técnico assistia os jogadores novatos.

b) no sentido de ver, presenciar: exige a preposição a.


Ex.: Não assistimos ao show.

c) no sentido de caber, pertencer: exige a preposição a.


Ex.: Assiste ao homem tal direito.

d) no sentido de morar, residir: é intransitivo e exige a preposição em.


Ex.: Assistiu em Maceió por muito tempo.
3 - Esquecer/lembrar
a- Quando não forem pronominais: são usados sem preposição.
Ex.: Esqueci o nome dela.
b- Quando forem pronominais: são regidos pela preposição de.
Ex.: Lembrei-me do nome de todos.
4 - Visar
a) no sentido de mirar: usa-se sem preposição. Ex.: Disparou o tiro visando o alvo.

b) no sentido de dar visto: usa-se sem preposição. Ex.: Visaram os documentos.

c) no sentido de ter em vista, objetivar: é regido pela preposição a.


Ex.: Viso a uma situação melhor.
5 - Querer
a) no sentido de desejar: usa-se sem preposição. Ex.: Quero viajar hoje.

b) no sentido de estimar, ter afeto: usa-se com a preposição a.


Ex.: Quero muito aos meus amigos.
6 - Proceder
a) no sentido de ter fundamento: usa-se sem preposição.
Ex.: Suas queixas não procedem.

b) no sentido de originar-se, vir de algum lugar: exige a preposição de.


Ex.: Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito ao próximo.

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c) no sentido de dar início, executar: usa-se a preposição a.
Ex.: Os detetives procederam a uma investigação criteriosa.
7 - Pagar/ perdoar
a) se tem por complemento palavra que denote coisa: não exigem preposição. Ex.: Ela
pagou a conta do restaurante.

b) se tem por complemento palavra que denote pessoa: são regidos pela preposição a.
Ex.: Perdoou a todos,
8 - Informar
a) no sentido de comunicar, avisar, dar informação: admite duas construções:
1) objeto direto de pessoa e indireto de coisa (regido pelas preposições de ou sobre).
Ex.: Informou todos do ocorrido.
2) objeto indireto de pessoa ( regido pela preposição a) e direto de coisa. Ex.:
Informou a todos o ocorrido.
9 - Implicar
a) no sentido de causar, acarretar: usa-se sem preposição.
Ex.: Esta decisão implicará sérias conseqüências.
b) no sentido de envolver, comprometer: usa-se com dois complementos, um direto e
um indireto com a preposição em.
Ex.: Implicou o negociante no crime.
c) no sentido de antipatizar: é regido pela preposição com.
Ex.: Implica com ela todo o tempo.
10- Custar
a) no sentido de ser custoso, ser difícil: é regido pela preposição a. Ex.: Custou ao
aluno entender o problema.

b) no sentido de acarretar, exigir, obter por meio de: usa-se sem preposição. Ex.: O
carro custou-me todas as economias.

c) no sentido de ter valor de, ter o preço: usa-se sem preposição.


Ex.: Imóveis custam caro.

Regência Nominal

Alguns nomes também exigem complementos preposicionados. Conheça alguns:

1- acessível a 50- hostil a


2- acostumado a, com 51- idêntico a
3- adaptado a, para 52- impossível de
4- afável com, para com 53- impróprio para
5- aflito com, em, para, por 54- imune a
6- agradável a 55- incompatível com
7- alheio a, de 56- inconseqüente com
8- alienado a, de 57- indeciso em
9- alusão a 58- independente de, em
10- amante de 59- indiferente a

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11- análogo a 60- indigno de
12- ansioso de, para, por 61- inerente a
13- apto a, para 62- insaciável de
14- atento a, em 63- leal a
15- aversão a, para, por 64- lento em
16- ávido de, por 65- liberal com
17- benéfico a 66- medo a, de
18- capaz de, para 67- natural de
19- certo de 68- necessário a
20- compatível com 69- negligente em
21- compreensível a 70- nocivo a
22- comum a, de 71- ojeriza a, por
23- constante em 72- paralelo a
24- contemporâneo a, de 73- parco em, de
25- contrário a 74- passível de
26- curioso de, para, por 75- perito em
27- desatento a 76- permissivo a
28- descontente com 77- perpendicular a
29- desejoso de 78- pertinaz em
30- desfavorável a 79- possível de
31- devoto a, de 80- possuído de
32- diferente de 81- posterior a
33- difícil de 82- preferível a
34- digno de 83- prejudicial a
35- entendido em 84- prestes a
36- equivalente a 85- propenso a, para
37- erudito em 86- propício a
38- escasso de 87- próximo a, de
39- essencial para 88- relacionado com
40- estranho a 89- residente em
41- fácil de 90- responsável por
42- favorável a 91- rico de, em
43- fiel a 92- seguro de, em
44- firme em 93- semelhante a
45- generoso com 94- sensível a
46- grato a 95- sito em
47- hábil em 96- suspeito de
48- habituado a 97- útil a, para
49- horror a 98- versado em

Ortografia oficial.
É o conjunto das regras que, para uma determinada língua, estabelecem a grafia correta
das palavras e o uso de sinais de pontuação.

Emprego de letras

Letra H

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Por que usar a letra H se ela não representa nenhum som? Realmente ela não possui
valor fonético, mas continua sendo usada em nossa língua por força da etimologia e da
tradição escrita.

Emprega-se o H:
Inicial, quando etimológico: horizonte, hulha, etc.
Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh: chamada, molha, sonho, etc.
Em algumas interjeições: oh!, hum!, etc.
Em palavras compostas unidos por hífen, se algum elemento começa com H: hispano-
americano, super-homem, etc.Palavras compostas ligadas sem hífen não são escritas
com H. Exemplo: reaver
No substantivo próprio Bahia (Estado do Brasil), por tradição. As palavras derivadas
dessa são escritas sem H.Exemplo: baiano. . .
Nota:
Algumas palavras anteriormente escritas com H "perderam" essa letra ao longo do
tempo. Exemplos: herba-erva, hibernum-inverno, etc.

Caso você se interesse mais pela origem das palavras, consulte algum dicionário
etimológico da língua portuguesa. Nele você encontrará a explicação da origem de cada
palavra.

Letras E / I
1) Prefixo ante- ( antes, anterior) Ex.: antecipar, antebraço...
2) Prefixo anti- ( contra) Ex.: antipatia, antitetânico...
3) Algumas formas de verbos terminados em -oar, -uar. Ex.: doem (doar ), flutuem (
flutuar)
4) Algumas formas de verbos terminados em -uir. Ex.: possui ( possuir ), retribui (
retribuir)

Letras G / J
1) Palavras terminadas em -agem, -igem, -ugem, -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio. Ex.:
garagem, vertigem, ferrugem, relógio, refúgio, estágio, colégio, prodígio... Exceções:
pajem e lambujem
2) Palavras de origem africana ou indígena. Ex.: jiló, Ubirajara, acarajé...
3) Derivadas de palavras que possuam G. Ex.: rabugento (rabugem), selvageria (
selvagem)
4) Derivadas de palavras que possuam J e verbos que terminem em -jar ou -jear. Ex.:
gorjeta ( gorja), nojento ( nojo), cerejeira ( cereja), arranjar ( arranjo, arranjaria
...)

Letras S / Z
1) Derivadas de primitivas com "s" Ex.: visitante ( visita)...
2) Derivadas de primitivas com "z". Ex.: enraizar ( raiz), vazar (vazio)...
3) Nas formas dos verbos pôr, querer e seus derivados (repor, requerer...). Ex.: pusesse,
quisesse...
4) Sufixo formador de verbo -izar. Ex.: realizar, modernizar...
5) Após um ditongo Ex.: maisena, pausa...
6) Sufixo -oso formador de adjetivos . Ex.: amoroso, atencioso...
7) Sufixo -ez (a) formador de substantivos abstratos. Ex.: timidez, viuvez...

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8) Sufixos -isa, -ês, -esa usados na constituição de vocábulos que indicam: profissão,
nacionalidade, estado social e títulos. Ex.: baronesa, norueguês, sacerdotisa, cortês,
camponês...

Nota:
- O verbo catequizar é derivado da palavra catequese deveria ser escrito com "s", mas,
como é derivado do grego, já veio formado para nosso vernáculo (língua do país).
- MAIZENA é um substantivo próprio, marca registrada.

Letras X / CH
1) Depois de ditongo. Ex.: peixe, ameixa...

2) Palavras derivadas de outras escritas com pl, fl e cl. Ex.: chumbo


(plúmbeo), chave (clave)...

3) Depois da sílaba me-. Ex.: mexer, mexerico...


4) A palavra mecha (substantivo) é uma exceção.
5) Depois da sílaba en-. Ex.: enxoval, enxaqueca...
Exceções: encher, encharcar, enchumaçar e seus derivados.
6) Verbos encher, encharcar, enchumaçar e seus derivados. Ex.: preencher,
encharcado...
7) Em palavras de origem indígena ou africana. Ex.: orixá, abacaxi...
8) Palavras derivadas de primitivas que tenham o ch. Ex.: enchoçar (choça)...

Letras SS / Ç
Ç (só é grafado antes de a, o, u)
1) Terminação dos superlativos sintéticos e do imperfeito de todos verbos. Ex.:
lindíssimo, corrêssemos...
2) Palavras derivadas de primitivas escritas com ç. Ex.: embaçado (embaço)...
3) Palavras ou radicais iniciados por s que entram na formação de palavras derivadas ou
compostas. Ex.: homossexual ( homo + sexual)
4) Verbos em -ecer, -escer. Ex.:anoiteça (anoitecer)...
5) Palavras de origem árabe, indígena e africana. Ex.: paçoca, muçulmano, miçanga...

SÃO ou SSÃO ou ÇÃO?


1) em todos os substantivos derivados de verbos terminados em GREDIR, MITIR e
CEDER, devemos usar "ss": Ex.: Agredir – agressão, progredir - progressão
2) Em todos os substantivos derivados de verbos terminados em ENDER, VERTER,
PELIR, devemos usar "s": Ex.: compreender – compreensão, pretender - pretensão
3) Em todos os substantivos derivados dos verbos TER e TORCER e seus derivados,
devemos usar ç: Ex.: reter – retenção, obter - obtenção
ISAR OU IZAR
1) Escrevem-se com "s" os verbos derivados de palavras que já possuem o "s": Ex.:
aviso – avisar, pesquisa - pesquisar
2) Escrevem-se com "z" os verbos derivados de palavras que não possuem a letra "s".
Ex.: legal – legalizar , ameno - amenizar

SINHO OU ZINHO
1) Escrevem-se com "s" os diminutivos derivados de palavras que já possuem o "s".
Ex.: casa – casinha, lápis - lapisinho

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2) Escrevem-se com "z" os diminutivos derivados de palavras que não possuem a letra
"s". Ex.: flor – florzinha, café – cafezinho

Parônimos
É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados
diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita - PARÔNIMOS.
Ex.: cavaleiro – cavalheiro, absolver – absorver

Homônimos
É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados
diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica - HOMÔNIMOS.
As homônimas podem ser:
Homógrafas heterofônicas ( ou homógrafas) - são as palavras iguais na escrita e
diferentes na pronúncia.
Ex.: gosto ( substantivo) - gosto (1.ª pess.sing. pres. ind. - verbo gostar)
Conserto ( substantivo) - conserto (1.ª pess.sing. pres. ind. - verbo consertar)
Homófonas heterográficas ( ou homófonas) - são as palavras iguais na pronúncia e
diferentes na escrita.
Ex.: cela (substantivo) - sela ( verbo)
Cerrar (verbo) - serrar ( verbo)
Homófonas homográficas ( ou homônimos perfeitos) - são as palavras iguais na
pronúncia e na escrita.
Ex.: cura (verbo) - cura ( substantivo)
Verão ( verbo) - verão ( substantivo)

Nova ortografia
As alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico
da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal,
Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e,
posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto
Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995.

Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não


afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças
ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial,
mas é um passo em direção à pretendida unificação ortográfica desses países.

Como o documento oficial do Acordo não é claro em vários aspectos, elaboramos um


roteiro com o que foi possível estabelecer objetivamente sobre as novas regras.
Esperamos que este guia sirva de orientação básica para aqueles que desejam resolver
rapidamente suas dúvidas sobre as mudanças introduzidas na ortografia brasileira, sem
preocupação com questões teóricas.

Mudanças no alfabeto

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto


completo passa a ser:

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ

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As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários


da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W
(watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy,
playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

Trema

Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser
pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.

Como era Como fica

agüentar aguentar

argüir arguir

bilíngüe bilíngue

cinqüenta cinquenta

delinqüente delinquente

eloqüente eloquente

ensangüentado ensanguentado

eqüestre equestre

freqüente frequente

lingüeta lingueta

lingüiça linguiça

qüinqüênio quinquênio

sagüi sagui

seqüência sequência

seqüestro sequestro

tranqüilo tranquilo

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Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.


Exemplos: Müller, mülleriano.

Uso do hífen

Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata
ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos
leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os
prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos
ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante,
anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper,
infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo,
retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.

1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
co-herdeiro
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).

2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se
inicia o segundo elemento. Exemplos:
aeroespacial
agroindustrial
anteontem
antiaéreo
antieducativo
autoaprendizagem
autoescola
autoestrada
autoinstrução
coautor
coedição
extraescolar
infraestrutura
plurianual
semiaberto
semianalfabeto
semiesférico
semiopaco
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando

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este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar,
coocupante etc.

3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa
por consoante diferente de r ou s. Exemplos:
anteprojeto
antipedagógico
autopeça
autoproteção
coprodução
geopolítica
microcomputador
pseudoprofessor
semicírculo
semideus
seminovo
ultramoderno
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante
etc.

4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa
por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:
antirrábico
antirracismo
antirreligioso
antirrugas
antissocial
biorritmo
contrarregra
contrassenso
cosseno
infrassom
microssistema
minissaia
multissecular
neorrealismo
neossimbolista
semirreta
ultrarresistente
ultrassom

5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar
pela mesma vogal. Exemplos:
anti-ibérico
anti-imperialista
anti-inflacionário
anti-inflamatório
auto-observação
contra-almirante
contra-atacar

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contra-ataque
micro-ondas
micro-ônibus
semi-internato
semi-interno

6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento


começar pela mesma consoante. Exemplos:
hiper-requintado
inter-racial
inter-regional
sub-bibliotecário
super-racista
super-reacionário
super-resistente
super-romântico

Atenção:
- Nos demais casos não se usa o hífen.
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.
- Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r:
sub-região, sub-raça etc.
- Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e
vogal: circum-navegação, pan-americano etc.

7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento
começar por vogal. Exemplos:
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
interestelar
interestudantil
superamigo
superaquecimento
supereconômico
superexigente
superinteressante
superotimismo

8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen.
Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito

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ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra

9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.

10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se
combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.

11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição.
Exemplos:
girassol
madressilva
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé

12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação
de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:
Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.

O diretor recebeu os ex-


-alunos.

Resumo - Emprego do hífen com prefixos

Regra básica
Sempre se usa o hífen diante de h:
anti-higiênico, super-homem.

Outros casos
1. Prefixo terminado em vogal:
- Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
- Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
- Sem hífen diante de r e s Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
- Com hífen diante de mesma vogal:
contra-ataque, micro-ondas.

2. Prefixo terminado em consoante:


- Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
- Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.

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- Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Observações
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-
região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen:
subumano, subumanidade.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e
vogal:
circum-navegação, pan-americano etc.
3 O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se
inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição,
como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen:
ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-
vestibular, pró-europeu.

Acentuação gráfica.

A Acentuação Gráfica tem como pré-requisito o conhecimento da pronúncia dos


vocábulos em que fica claro a presença do acento tônico.

Desse modo, podemos aplicar, de início, uma regra geral que já facilita o emprego do
acento gráfico.

REGRA GERAL: Acentuam-se graficamente aqueles vocábulos que sem acento


poderiam ser lidos ou então interpretados de outra forma.

Exemplos: secretária/secretaria - ambrósia/ambrosia - sábia/sabia/sabiá

DICAS PARA UMA CONSULTA RÁPIDA

Se você tem alguma dúvida slbre a acentuação gráfica de uma palavra, siga as seguintes
etapas:

1. Pronuncie a palavra bem devagar, procurando sentir onde se localiza o seu acento
tônico, isto é, a sua sílaba mais forte.

2. Se a sílaba tônica estiver na última sílaba da palavra, esta será considerada uma
palavra OXÍTONA;

exemplos: caPUZ, uruBU, aMOR, etc.

3. Já se a sílaba tônica cair na penúltima sílaba, a palavra será PAROXÍTONA;


exemplos: CAsa, cerTEza, GAlo, coRAgem, etc.

4. Por fim, estando a sílaba tônica na antepenúltima sílaba da palavra, esta se


denominará

PROPAROXÍTONA; exemplos: arquiPÉlago, reLÂMpago, CÔNcavo, etc.

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5. Classificada a palavra quanto à posição de sua sílaba tônica, procure então nas regras
abaixo se ela deverá receber um acento gráfico ou não, para a sua correta representação.

REGRAS BÁSICAS

Devem ser acentuados os MONOSSÍLABOS (palavras de uma só sílaba) TÔNICOS


terminados em "a", "e", "o", seguidos ou não de s: pá, pé, nó, pás, pés, nós, etc.

Observação: Os monossílabos tônicos terminados em "z", assim como todas as outras


palavras da língua portuguesa terminadas com essa mesma letra, não são acentuados:
luz, giz, dez... (compare os seguintes parônimos: nós/noz, pás/paz, vês/vez).

Também os monossílabos tônicos, terminados em "i" e "u", não recebem acento gráfico:
pai, vai, boi, mau, pau, etc.

OXÍTONAS

Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em "a", "e", "o", seguidas ou não de s; e


também com as terminações "em" e "ens".

Exemplos: cajá, café, jiló, bebê, robô, armazém, alguém, reféns, etc.

Observações:

1. As formas verbais terminadas em "a", "e" e "o", seguidas dos pronomes la(s) ou lo(s)
devem ser acentuadas. Exemplos: encontrá-lo, recebê-la, dispô-los, amá-lo-ia, vendê-la-
ia, etc.

2. Não se acentuam as oxítonas terminadas em:

_ az, ez, iz, oz - capaz, tenaz, talvez, altivez, juiz, raiz, feroz...

_ i(s) - Anhembi, Parati, anis, barris, dividi-lo, adquiri-las...;

_ u(s) - caju, pitu, zebu, Caxambu, Bauru, Iguaçu, Bangu, compus...;

_ or - ator, diretor, detetor, condor, impor, compor, compositor...;

_ im - ruim, capim, assim, aipim, folhetim, boletim, espadachim...;

PAROXÍTONAS

Não são acentuadas as paroxítonas terminadas em "a", "e", "o", seguidas ou não de s; e
também as finalizadas com "em" e "ens".

Exemplos: cama, seda, flecha, rede, sede, pote, ovo, coco, bolo, garagem, ferrugem,
idem, item, nuvens, imagens, viagens, etc.

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São acentuadas as paroxítonas terminadas em:

_ r / x / n / l (Dica: Lembre-se das consoantes da palavra RouXiNoL)

Exemplos: mártir, fêmur, fácil, útil, elétron, tórax, córtex, etc.

Observação: Entretanto, palavras como PÓLEN, HÍFEN, quando no plural (POLENS,


HIFENS), não recebem o acento gráfico, porque nesta forma elas são regidas pela regra
anterior. A palavra HÍFEN possui ainda um outro plural que no caso é acentuado por ser
proparoxítono: HÍFENES.

_ i / is

Exemplos: júri, cáqui (cor), lápis, miosótis, íris, tênis, cútis, etc.

Observação: Os prefixos paroxítonos, mesmo terminados em "i" ou "r", não são


acentuados. Exemplos:

semi, anti, hiper, super, etc.

_ ã / ão (seguidas ou não de S)

Observação: O til não é considerado acento gráfico, e sim uma marca de nasalidade.

Exemplos: ímã (ímãs), órfã (órfãs), órfão (órfãos), bênção (bênçãos) etc.

_ ôo / ôos

Exemplos: vôo, enjôo, abençôo, perdôo, etc.

_ ps

Exemplos: bíceps, fórceps, etc.

_ us / um / uns

Exemplos: vírus, bônus, álbum, álbuns, etc.

_ ditongos orais, crescentes ou decrescentes, seguidos ou não de s.

Exemplos: água, mágoa, ódio, jóquei, férteis, fósseis, fôsseis, túneis, úteis, variáveis,
área, série, sábio, etc.

PROPAROXÍTONAS

Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas.

Exemplos: lâmpada, côncavo, lêvedo, pássaro, relâmpago, máscara, árabe, gótico,


límpido, louvaríamos, devêssemos, pêndulo, fôlego, recôndito, cândido, etc.

REGRAS GENÉRICAS

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Além dessas regras vistas acima, que se baseiam na posição da sílaba tônica e na
terminação, existem outras que levam em conta aspectos específicos da sonoridade das
palavras.

Assim, são acentuadas as palavras com as seguintes características:

A) Quando possuírem ditongos abertos em sílaba tônica como "ei", "eu", "oi", seguidos
ou não de s.

Exemplos: anéis, geléia, céu, chapéu, herói, heróico, anzóis, etc.

Observações:

1. Atente-se que se esses ditongos abertos não estiverem na sílaba tônica da palavra,
eles não serão acentuados. Exemplos: pasteiZInhos, chapeuZInho, anzoiZInhos, etc.

2. Se o ditongo apresentar timbre fechado, não haverá acento como em azeite, manteiga,
judeu, hebreu, apoio, arroio, comboio, etc. Isso só vale para os ditongos "ei", "eu" e
"oi", porque só com esses três ditongos pode haver a variação aberto/fechado. O ditongo
"au", por exemplo, é sempre aberto (grau, nau, degrau, pau); por isso nunca será
necessário diferenciá-lo de nada, ou seja, não será necessário acentuá-lo.

B) Quando a segunda vogal do hiato for "i" ou "u" tônicos, acompanhados ou não de s,
haverá acento: saída, proíbo, faísca, caíste, saúva, viúva, balaústre, país, baú, Gravataí,
Grajaú, juízes, raízes, etc.

Esta regra aplica-se também às formas verbais seguidas de lo(s) ou la(s): possuí-lo,
distribuí-lo, substituí-lo, atraí-la, construí-los...

Observações:

1. Quando a vogal "i" ou a vogal "u" forem acompanhadas de outra letra que não seja s,
não haverá acento: paul, Raul, cairmos, contribuinte...;

2. Se o "i" for seguido de "nh", não haverá acento como em: rainha, moinho, tainha,
campainha, etc;

3. As formas verbais "possui", "sai", "cai", por exemplo, podem ou não aparecer
acentuadas. Se forem a terceira pessoa do singular do presente do indicativo dos verbos
possuir, sair, cair, elas não levarão acento: Ele/Ela possui, sai, cai. Se, no entanto, forem
a primeira pessoa do singular do pretérito perfeito, as formas serão acentuadas: Eu
possuí, saí, caí.

C) Quando certas palavras possuírem as formas "gue", "gui", "que", "qui", onde o "u" é
pronunciado (sem constituir, porém, um hiato) como no caso de "averigüemos,
agüentar, lingüiça, seqüestro, eqüino, eqüilátero, freqüente, conseqüentemente,
delinqüente, tranqüilo, tranqüilidade, qüinquagésimo, qüinqüenal, enxágüem, pingüim,
argüição, ambigüidade", esse u, que é átono, receberá o trema. No entanto, quando o u
for tônico, ele levará um acento agudo como em "averigúe, argúe, obliqúe", etc.

D) Existem ainda palavras com a possibilidade de dupla pronúncia, possuindo assim


dupla possibilidade de acentuação, são elas: liquidificador/liqüidificador,

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líquido/líqüido, liquidação /liqüidação, sanguíneo/sangüíneo, sanguinário/sangüinário,
equidistante/eqüidistante, antiguidade/antigüidade, antiquíssimo/antiqüíssimo,
equidade/eqüidade, equivalente/eqüivalente.

ACENTO DIFERENCIAL

Apesar deste tipo de acento ter sido abolido pela lei 5.765, de 1971, existe ainda um
único caso

remanescente desse tipo de acento. Trata-se das formas do verbo PODER, onde no
presente do indicativo não recebe acento gráfico: "Ele pode estudar sozinho"; mas no
pretérito perfeito é acentuada:

"Ela não pôde sair ontem à noite".

Há ainda algumas palavras que recebem acento diferencial de tonicidade, ou seja, são
palavras que se escrevem com as mesmas letras (homografia), mas têm oposição tônica
(tônica/átona).

Exemplos:

pôr (verbo)

por (preposição)

pára (forma do verbo parar, também presente em algumas palavras compostas: pára-
brisa, pára-quedas, pára-raios, pára-lama)

para (preposição)

côas, côa (formas do presente do indicativo do verbo coar)

coas, coa (preposição com + artigo a e as, respectivamente; essas formas são comuns
em poesia)

péla, pélas (formas do verbo pelar, ou substantivo=bola de brinquedo)

pela, pelas (contrações de preposição e artigo)

pêlo, pêlos (substantivo)

pélo (forma do verbo pelar)

pelo, pelos (contrações de preposição e artigo)

pêra, peras (substantivo=fruta)

péra, péras (substantivo, ant.=pedra)

pera, peras (preposição arcaica)

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pêro, Pêro (substantivos=maçã doce e oblonga, e denominação dada pelos índios aos
portugueses nos primeiros anos da colonização)

pero (conjunção arcaica=porém, mas, ainda que)

pôla (substantivo=ramo novo de árvore)

póla (substantivo=surra)

pola (contração arcaica de preposição e artigo)

pôlo (substantivo=falcão ou gavião)

pólo (substantivo=extremidade do eixo da Terra)

polo (contração arcaica de preposição e artigo)

Já o acento grave assinala a contração da preposição "a" com o artigo "a" e com os
pronomes demonstrativos "aquele, aquela, aquilo".

Exemplos:

Irei à Bahia amanhã.

Assistiremos àquele filme juntos.

Ela não deu importância àquilo que você falou.

VERBOS QUE POSSUEM COMPORTAMENTO PECULIAR QUANTO À


ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Os verbos "crer, ler e ver", na terceira pessoa do singular do presente do indicativo (e o


verbo dar no presente do subjuntivo), são monossílabos tônicos acentuados, tendo na
terceira pessoa do plural o "e" dobrado e recebem acento no primeiro "e".

Exemplos:

Ela crê em Deus fervorosamente / Elas crêem em Deus fervorosamente

Ana vê televisão o dia todo / Ana e suas amigas vêem televisão o dia todo

Carlos lê jornal diariamente / Carlos e seu pai lêem jornal diariamente

Todos esperam que Bruno dê o melhor de si no próximo jogo /

Todos esperam que os jogadores dêem o melhor de si no próximo jogo

Observação: O aspecto do "e" dobrado e do primeiro "e" ser acentuado na terceira


pessoa do plural dos verbos mencionados acima também ocorre em seus compostos
como descrer, rever, reler, etc.

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Exemplos:

Eles descrêem na vida em outros planetas.

À noite, muitas pessoas revêem suas ações durante o dia.

Os escritores relêem várias vezes seus livros antes de publicá-los.

Os verbos "vir e ter", na terceira pessoa do singular, não são acentuados; entretanto, na
terceira do plural recebem o acento circunflexo.

Exemplos:

João vem de Brasília amanhã.

Os deputados vêm de Brasília amanhã.

Ela tem um bom coração.

Os jovens têm a vida em suas mãos.

Observação: Atente-se, no entanto, para os compostos desses verbos que recebem um


acento agudo na terceira pessoa do singular, mas continuam com o acento circunflexo
na terceira do plural.

Exemplos:

O Banco Central normalmente intervém em bancos com dificuldades financeiras.

Os EUA intervêm a todo momento em assuntos que só dizem respeito a outros países.

Xuxa entretém as crianças sempre com muito carinho.

Os palhaços entretêm a platéia que se diverte a valer

Mudanças nas regras de acentuação


1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas
(palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).

Como era Como fica


alcalóide alcaloide
alcatéia alcateia
andróide androide
apóia (verbo apoiar) apoia
apóio (verbo apoiar) apoio
asteróide asteroide

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bóia boia
celulóide celuloide
clarabóia claraboia
colméia colmeia
Coréia Coreia
debilóide debiloide
epopéia epopeia
estóico estoico
estréia estreia
estréio (verbo estrear) estreio
geléia geleia
heróico heroico
idéia ideia
jibóia jiboia
jóia joia
odisséia odisseia
paranóia paranoia
paranóico paranoico
platéia plateia
tramóia tramoia

Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser
acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis,
herói, heróis, troféu, troféus.

2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem
depois de um ditongo.
Como era Como fica

baiúca baiuca

bocaiúva bocaiuva

cauíla cauila

feiúra feiura

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Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos


de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).

Como era Como fica

abençôo abençoo

crêem (verbo crer) creem

dêem (verbo dar) deem

dôo (verbo doar) doo

enjôo enjoo

lêem (verbo ler) leem

magôo (verbo magoar) magoo

perdôo (verbo perdoar) perdoo

povôo (verbo povoar) povoo

vêem (verbo ver) veem

vôos voos

zôo zoo

4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s),


pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.

Como era Como fica

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Ele pára o carro. Ele para o carro.

Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte.

Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo.

Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos.

Comi uma pêra. Comi uma pera.

Atenção:
- Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo
poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do
presente do indicativo, na 3a pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele não pôde sair
mais cedo, mas hoje ele pode.

- Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo:


Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

- Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir,
assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.

- É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em


alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a
forma da fôrma do bolo?

5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles)
arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como
aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos
admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do
subjuntivo e também do imperativo. Veja:
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.
Exemplos:
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues,
enxáguem.
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas,
delínquam.

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b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.
Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente
que as outras):
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues,
enxaguem.
verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas,
delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.

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