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29/04/2019 Acórdão do Tribunal da Relação de Coimbra
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art. 136º, nº4, do CIRE, uma vez que na altura o recorrente já nha
desis do da sua impugnação.
xlviii. Por isso considerou-se ali reconhecido aquele crédito e
restringiu-se o objeto do li gio, exclusivamente, à verificação da
existência dos créditos reclamados pelos promitentes- compradores e
das respe vas garan as.
xlix. Ora, não se pode na decisão final, para simplificar o raciocínio do
julgador, pura e simplesmente alterar créditos que já estavam
adquiridos nos autos!
l. Também não se podia ter reconhecido qualquer direito de retenção
quanto às verbas nºs 3, 5, 8 e 9 na medida em que os respe vos
promitentes-compradores não são consumidores.
li. A qualidade de consumidor é elemento cons tu vo essencial da
garan a real / direito de retenção, pelo que cabe ao credor que dela se
pretenda prevalecer cumprir o ónus de alegar e provar os factos que
consubstanciam tal qualidade.
lii. Tratando-se como vimos de um autên co direito real de garan a, o
direito de retenção confere ao credor que tem em seu poder certa
coisa pertencente ao devedor, não só a faculdade de se recusar a
entregá-la enquanto o devedor não cumprir, como ainda a de executar
a coisa e pagar-se à custa dela com preferência sobre os demais
credores – arts. 754º, 755º e 759º, CC.
liii. E de facto, o Acórdão Uniformizador 4014, do STJ, veio fixar que
«no âmbito da graduação de créditos em insolvência o consumidor
promitente-comprador em contrato, ainda que com eficácia
meramente obrigacional com tradi o, devidamente sinalizado, que
não obteve o cumprimento do negócio por parte do administrador da
insolvência, goza do direito de retenção nos termos estatuídos no art.º
755.º, n.º 1, al. f) do Código Civil»
liv. Ora, os promitentes-compradores G...e mulher e L.. e mulher
M..nunca alegaram quer vessem adquirido o imóvel para habitação
própria, isto é, para uso pessoal, familiar ou domés co, na fórmula da
al. a) do art. 2º da Convenção de Viena de 1980, de modo a sa sfazer
necessidades pessoais e familiares.
lv. Quanto aos promitentes G...provou-se de resto que o imóvel
sempre
esteve arrendado a terceiros.
lvi. Termos em que os créditos de E... e mulher F... deverão ser
graduados como comuns e a al. K) da decisão deverá passar a ter a
seguinte redação:
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3ª- Desde logo é alegado pelo Banco que os recorridos não juntaram
cópias dos cheques e dos extractos bancários comprovativos de tais
supostos pagamentos, quando bem sabe que tal era um capricho do
recorrente à custa recorridos, já que não dispunham de tais documentos,
e se os quisessem obter e na medida do possível, dado o tempo
decorrido, teriam de pagar aos bancos, incluindo ao recorrente, uma
avultada quantia em comissões e outros “alcavalas”, dinheiro este que
os reclamantes não podem dispender inutilmente e até violadora do
sigilo bancário;
4ª- E inutilmente dado que o pagamento do sinal e reforços já estava
profusa e proficuamente provado e fundamentada em vários
documentos:
-sentenças transitadas em julgado e que não foram impugnadas,
-contratos promessa de compra e venda onde consta a respectiva
quitação dada pelos promitentes vendedores;
- cópias dos cheques que serviram de pagamento dos reforços de sinal
constantes nas respectivas acções intentadas pelos reclamantes nas
respectivas acções contra os promitentes vendedores e ora insolventes .
5ª- Sendo que o Banco recorrente produz afirmações de má fé e de
forma difamatória que se lamenta, e a esquecer-se dos seus esquemas
até 2014, pois o dinheiro investido pelos recorridos proveio do seu
trabalho durante décadas;
6ª- Os recorridos provaram, como lhes competia, quer por documentos
autênticos – sentença, quer por documentos particulares – cheques e
contratos, quer pela prova testemunhal, o pagamento do sinal e
respectivos reforços de cada um deles.
7ª- Os depoimentos das testemunhas produzidos em sede de audiência
de julgamento e gravados, e que nos dispensamos de repetir aqui, são
um sinal inequívoco de como a prova testemunhal complementou e
inequivocamente confirmou a prova documental.
8ª – Aliás, a fundamentação da douta sentença relativamente a estes
factos provados e no que a este respeito interessa é perfeitamente
elucidativa, pelo sua clareza e singeleza.
10ª- Pelo que não podem os ora recorridos concordar com a
modificação da matéria de facto pretendida, pois que, não se verificam
os erros que o recorrente lhe imputa, não havendo, assim, qualquer erro
de julgamento ou erro de apreciação da prova.
11ª Acresce que, é preciso não esquecer, a forma como se encontra
estruturada a audiência final, em torno do sistema da oralidade: o
princípio da imediação. Foi à luz deste contacto directo que permitiu ao
Mmo Juiz formar a sua convicção e, por conseguinte, dar como
provados tais factos naqueles termos e não como requerido pelo
recorrente.
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aquela sentença faz caso julgado contra o terceiro (in casu, credor
hipotecário recorrente), sendo-lhes oponível.
29ª) Neste sentido, veja-se o Ac. T.R. do Porto de 13.01.2015 que
prevê: “A sentença que reconhece o direito de retenção do promitente-
comprador sobre imóvel hipotecado não afecta a existência, a validade
e/ou a consistência jurídica do direito do credor hipotecário; apenas
afecta a consistência prática/económica deste direito, na medida em que
o direito de retenção é graduado à frente da hipoteca. Sendo, assim, o
credor hipotecário um terceiro juridicamente indiferente, aquela
sentença faz caso julgado contra si, sendo-lhe oponível.”
30ª) De igual modo, atente-se aos Ac. TRE de 14.06.2012 proc.
3052/10.1TBSTR-C.E1, e Ac. STJ de 16.03.99, in BMJ 485/356, Ac.
STJ de 24.03.1992, in BMJ 415/622, Ac. STJ de 03.06.2003, proc. nº
03A1432, TRP de 21.10.2008, proc. nº 0822499, Ac. TRP de
26.05.2011, proc. nº 395/09.0TBSJM-B.P1.
31ª) De qualquer forma tal não assume a relevância nem o alcance que
o recorrente pretende pois, independentemente da qualificação a que se
chegue, a consequência associada a esta omissão é sempre a preclusão
da possibilidade de se voltar a discutir o crédito e a correspondente
garantia, com a graduação dos créditos e respectivas garantias
reconhecidas acima do crédito hipotecário.
32ª) No que concerne ao segundo argumento, atente-se ao Ac. do STJ
de 11.01.2011, do Sr. Conselheiro Fonseca Ramos, que foi o relator,
cuja situação factual é totalmente coincidente com a discutida nestes
autos.
33ª) Como se vê do ponto 94 da matéria de facto “Acordaram ainda
que a escritura pública seria realizada logo que os Insolventes
obtivessem todos os documentos necessários para tal, tendo sido
verbalmente apontada por eles a data de 30 de Maio de 2004 como
limite máximo.”
34ª) Antes que obtivessem os documentos, os insolventes entregaram
os imóveis e desapareceram sem dar qualquer notícia, impedindo,
assim, que pudessem ser contactados pelos credores reclamantes, para
marcar as escrituras devidas.
35ª) Esse comportamento pode e deve ser interpretado à luz do que o
homem médio entende e que, tendo em conta as circunstâncias do caso
concreto, o facto de o promitente vendedor ter “fugido” para parte
incerta, com o propósito de “fugir aos credores”, é demonstrativo do
facto de não pretender dar cumprimento do contrato.
36ª) Mais defende o recorrente que os recorridos não perderam o
interesse na prestação até porque fizeram obras e residem no imóvel.
37ª) Primeiramente e como é do conhecimento do recorrente os
promitentes-compradores não tinham outro lugar para viver aquando da
sua deslocação em férias a Portugal e se não houvessem perdido o
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94. Acordaram ainda que a escritura pública seria realizada logo que os
Insolventes obtivessem todos os documentos necessários para tal, tendo
sido verbalmente apontada por eles a data de 30 de Maio de 2004 como
limite máximo.
95. Os Insolventes não acabaram as obras e a escritura pública não foi
realizada.
96. Os Insolventes entregaram as chaves dos apartamentos aos credores
supra referidos e ausentaram-se para local desconhecido.
97. Os credores supra referidos para tornarem habitáveis os imóveis
colocaram portas, quadro de electricidade, instalação de água e fizeram
neles diversos melhoramentos.
98. Os credores reclamantes supra referidos propuseram uma acção
judicial contra os insolventes que correu termos no 2º Juízo do TJ de
Lamego, tomando o nº369/06.3TBLMG, a qual foi julgada procedente.
99. A sentença, já transitada em julgado, foi proferida no dia 17-01-
2008 e decidiu o seguinte:
“1 - Declarar resolvido, por incumprimento imputável aos Réus, o
contrato promessa referido em 2-al. a). / 2 – Condenar os Réus a
pagarem aos Autores a quantia de €159.619,56, correspondente ao
dobro do sinal prestado; / 3 – Mais condenar os Réus a pagarem aos
Autores, a título de indemnização, a quantia que vier a ser apurada em
posterior liquidação de sentença nos termos aludidos em 4-II; / 4 –
Condenar ainda os Réus em juros de mora, à taxa legal, relativos à
quantia indicada em 2º, desde a citação até efectivo e integral
pagamento. / 5 – Declarar que os Autores têm direito de retenção sobre
as identificadas fracções autónomas para garantia da mencionada
importância de €159.619,56”.
100. A “ N..., Lda.” efectuou serviços de electricidade nas partes
comuns dos edifícios onde se situam as fracções apreendidas e nas
próprias fracções, no valor de €43.448,05.
101. A “ N..., Lda.” nunca esteve na posse das fracções apreendidas nos
autos.
Com interesse para a boa decisão da causa, não se provaram
quaisquer outros factos.
A. Incorrecta análise e apreciação da prova – reapreciação da
prova gravada, relativamente aos itens 11.º, 31.º, 51.º e 70.º; 36 e
38.º, dos factos dados como provados, devendo os mesmos passar a
considerar-se como não provados; 86.º a 97.º, que devem ser
eliminados e 94.º, que deve passar a ter a redacção indicada na
conclusão 8.ª.
Alega o ora recorrente, que o Tribunal incorreu em erro de julgamento
ao dar como provados os factos ora referidos, devendo, na sua óptica,
os mesmos serem considerados como não provados e rectificada a
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T..., o qual conhece bem o credor em causa. Foi esta testemunha que
desenhou os prédios onde se situam as fracções e tratou da
constituição em propriedade horizontal. Foi procurador dos
Insolventes e elaborou as minutas dos contratos-promessa, não tendo,
porém, intervenção na celebração dos mesmos.
Referiu-se ao pagamento pelo credor reclamante ao Insolvente a título
de sinal e á forma como eram determinadas as fracções objecto dos
contratos-promessa ainda antes da constituição em propriedade
horizontal.
Aconselhou o Insolvente, face às suas dificuldades de financiamento, a
entregar as fracções objecto dos contratos-promessa aos promitentes-
compradores para que estes as acabassem a expensas suas.
Demonstrou saber que a fracção aqui em causa foi entregue ao credor
supra referido e que este aí efectuou obras de acabamento.
Demonstrou ainda saber que o credor destinava a fracção à habitação
da sua filha. Referiu-se ao facto de esta aí residir.
Disse também que os Insolventes não celebravam o contrato por não
conseguirem distratar as hipotecas.
V..., cunhado dos credores E... e F... e fornecedor dos Insolventes.
Demonstrou ter conhecimento da celebração do contrato-promessa
entre o Insolvente e o credor supra referido. Sabe que ele pagou
quantias a título de sinal e que o Insolvente lhe entregou as chaves da
fracção para que aí procedesse a obras de acabamento. Referiu-se aos
acabamentos efectuados pelo credor reclamante. Revelou que aí vive a
filha e o genro do credor reclamante.
R..., genro do credor reclamante I... e actual morador na fracção
objecto do contrato-promessa celebrado com o seu sogro. É, por isso,
vizinho da filha do credor reclamante supra referido. Demonstrou
saber ter este celebrado um contrato-promessa de compra e venda com
o Insolvente, da entrega das chaves para que procedesse ao
acabamento da fracção, e que aí efectuou obras. Reportou-se ao facto
de na fracção residir a filha do credor reclamante.; e
P..., filha do credor reclamante J... e actual moradora na fracção
objecto do contrato-promessa celebrado com o seu pai. Demonstrou,
por isso, ter conhecimento do negócio celebrado pelo seu pai com o
Insolvente, do pagamento do sinal, da entrega das chaves para que
procedesse ao acabamento da sua fracção, e que aí efectuou obras e o
valor destas. Reportou-se ao facto de residir com a sua família na
fracção em causa e desde quando.
Quanto à impugnação do crédito de L.. e mulher M...
A convicção do tribunal quanto aos factos provados resultou da análise
conjugada dos meios de prova. Assim, partiu-se da análise dos
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“fugido”.
Referiu, ainda, que os responsáveis da N..., nunca tiveram as chaves
das fracções, só a elas tendo acesso para realizar as obras de
electricidade, para o que lhes era fornecida a chave por cada um dos
compradores.
Por F..., que comprou uma das fracções, foi referido que o preço
acordado foi o de 17.500 contos e pagou de sinal, a quantia global de
4.000 contos, que pagaram em cheque.
Que o apartamento lhes foi entregue em Agosto de 2004, apontando as
razões invocadas pela anterior testemunha e nos mesmos moldes.
Descreveu as obras que teve de fazer no apartamento para o poder
habitar e respectivos custos.
Relativamente à marcação da escritura disse que o vendedor lhes
referiu que a mesma seria feita mais tarde, “que em 15 dias isso se
resolvia”, e que lhes enviaria uma carta a marcá-la, o que nunca
aconteceu.
Acrescentou que todos os compradores estavam na mesma situação e
todos ocuparam a respectiva fracção, para o que o vendedor lhes
entregou as chaves e todos fizeram obras de acabamento e mais tarde se
“acertariam as contas”.
T..., disse que foi quem desenhou os prédios em causa e foi procurador
do empreiteiro e, nessa qualidade, fez as minutas dos contratos
promessa que vieram a ser elaborados.
Referiu que o empreiteiro não acabou os prédios porque não tinha
dinheiro para isso e que “disse às pessoas para irem acabando”, o que
assim sucedeu, tendo os compradores feito as obras por sua conta.
Referiu que não assistiu à entrega das chaves mas o vendedor disse-lhe
que as ia entregar às pessoas, para acabarem as obras.
Conhece as pessoas que compraram as fracções e referiu que as
mesmas as ocuparam e sempre o têm vindo a fazer e que alguns as
arrendaram e disse que “O Sr. L.. nunca mais quis saber daquilo para
nada! O que ele queria era saber da vida dele”.
Mencionou, ainda, o modus operandi do vendedor que, segundo ele,
consistia em “sacar dinheiro” aos compradores para ir avançando com
as obras, que não acabou e por isso procedeu à entrega das chaves e
disse aos compradores para ocuparem as fracções.
Referiu, também, algumas das quantias pagas a título de sinal.
J..., credor reclamante, indicou o preço acordado para a venda e as
quantias que pagou a título de sinal, em moldes coincidentes ao por si
alegado.
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relacionados com a decisão por forma que com ela formem um todo
indivisível”. Do mesmo modo a jurisprudência que “aceita a regra
segundo a qual o caso julgado não se alarga aos fundamentos da
decisão”, logo acrescentado “que o CPC admite a decisão implícita,
como consequência necessária do julgamento expressamente proferido
e já transitado, constituindo problema de interpretação da sentença
saber se nela há um fundamento implícito”.
[4] Seguimos de perto Miguel Teixeira de Sousa, Estudos sobre o Novo
Processo Civil, pág. 578.
[5] Miguel Teixeira de Sousa, Estudos sobre o Novo Processo Civil,
pág. 579/80.
[6] O Prof. Antunes Varela – Manual de Processo, 1.ª ed., pág. 693 e ss.
– parece ser um pouco mais restritivo, na medida em que apenas diz
que “é a resposta dada na sentença à pretensão do A., delimitada em
função da causa de pedir, que a lei pretende que seja respeitada
através da força e autoridade do caso julgado”; e que “a força do caso
julgado não se estende, por conseguinte, aos fundamentos da sentença,
que no corpo desta se situam entre o relatório e a decisão final”;
porém, mais à frente não deixa de reconhecer que “reveste o maior
interesse, para a delimitação do caso julgado, a fixação do sentido e,
sobretudo, do alcance dessa resposta contida na decisão final”; e que
“é ponto assente na doutrina que os fundamentos da sentença podem e
devem ser utilizados para fixar o sentido e alcance da decisão contida
na parte final da sentença, coberta pelo caso julgado”
[7] O que, aliás, é de certo modo corroborado pelo art. 498.º do VCPC=
art. 581.º do NCPC, ao colocar os dois requisitos da identidade
objectiva – pedido e causa de pedir – precisamente no mesmo plano;
sem qualquer diferença de projecção e alcance.
[8] Miguel Teixeira de Sousa, obra citada, em que ilustra o referido
com os seguintes exemplos: Se o R. é condenado, como devedor, a
cumprir uma prestação ao A., aquele não pode demandar este último
pedindo a restituição, com base no enriquecimento sem causa, da
quantia paga; se o R. é condenado a entregar uma coisa ao A., aquele
não pode instaurar uma acção pedindo a restituição da mesma coisa.
[9] A sentença condenatória corresponde à situação existente no
momento do encerramento da discussão nos termos do art. 663.º/1 do
CPC.
[10] Miguel Teixeira de Sousa, obra citada, pág. 585/6.
[11] E a indiscutibilidade não pode ser posta em causa invocando
argumentos, factos ou razões que o efeito preclusivo cobriu. - Prof.
Castro Mendes, obra citada, pág. 186.
[12] A excepção do caso julgado encerra a vertente negativa, em ordem
a evitar a repetição de acções; a autoridade do caso julgado traduz a
vertente positiva, no sentido de imposição externa da decisão tomada.
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