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Contudo, o novo reino não foi reconhecido pelas monarquias católicas da Europa. A
bula pontifícia de 1555 nomeou Maria I como a Rainha da Irlanda, reconhecendo assim
a ligação pessoal com a Coroa da Inglaterra, no direito canônico.
Deste modo, o trono da Irlanda foi ocupado pelo Rei da Inglaterra, representando o
recém criado Reino da Irlanda pela união pessoal com o Reino da Inglaterra. Em 1603,
o trono da Inglaterra foi ocupado pelo Rei da Escócia, que posteriormente levou à
formação do Reino da Grã-Bretanha em 1707, quando os parlamentos dos dois reinos
fundiram-se em uma sessão na sede do parlamento inglês em Westminster, Londres. Em
1801, os parlamentos irlandês e britânico uniram-se da mesma maneira para formar o
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda.
Lord Deputy
O Reino da Irlanda era governado por um executivo sob o controle de um Lord Deputy,
que quando mantido por um nobre sênior, como Thomas Radcliffe era promovido a
Lord Lieutenant. Na ausência de um Lord Deputy, os lordes conselheiros governavam a
parte da Irlanda sob ocupação inglesa. Embora alguns irlandeses ocupassem o cargo,
todos os lord deputies desde 23 de julho de 1534, quando William Skeffington tomou
posse pela segunda vez, foram nobres ingleses.
O reino era legislado pelo bicameral Parlamento da Irlanda, composto pela Câmara dos
Lordes e pela Câmara dos Comuns, e que quase sempre reuniu-se em Dublin. Os
poderes do Parlamento irlandês estavam restritos a uma série de leis, principalmente a
Lei de Poyning de 1492. Os católicos e mais tarde os presbiterianos foram durante
grande parte de sua história excluídos da composição do parlamento irlandês. O
parlamento do século XVIII reuniu-se em um novo edifício, especialmente construído
para abrigá-lo (o primeiro edifício especialmente construído para um parlamento
bicameral em todo o mundo) em College Green no centro de Dublin.
Parlamento de Grattan
Algumas restrições foram revogadas em 1782, no que veio a ser conhecido como a
Constituição de 1782. O Parlamento neste período era conhecido como Parlamento de
Grattan, em homenagem a um dos principais líderes da oposição política irlandesa no
período, Henry Grattan. Em 1788-89 foi provocada uma crise de regência, quando Jorge
III ficou doente, e Grattan quis nomear seu filho (mais tarde Jorge IV) como regente da
Irlanda; porém o rei recuperou-se antes que isto pudesse ser efetuado.
Um Ato de 1542, que confirmava o reino de Henrique e sua ligação com a Coroa
inglesa, e que havia sido deixado por engano nos livros dos estatutos, foi revogado na
República da Irlanda, em 2007, como parte de uma revisão do direito histórico
irlandês.[1][2]
Referências
1. ↑ «Taoiseach launches statute law revision bill 2007». Consultado em 4 de
Novembro de 2008
2. ↑ «Statute Law Revision Bill 2007». Consultado em 4 de Novembro de 2008
Leitura adicional
de Beaumont, Gustave and William Cooke Taylor, Ireland Social, Political, and
Religious :Translated by William Cooke Taylor : Contribuidor Tom Garvin,
Andreas Hess: Harvard University Press : 2006 : ISBN 978-0-674-02165-5
(original do original de 1839)
Pawlisch, Hans S., : Sir John Davies and the Conquest of Ireland: A Study in
Legal Imperialism :Cambridge University Press, 2002 : ISBN 978-0-521-52657-
9
Keating, Geoffrey : The History of Ireland, from the Earliest Period to the
English Invasion (Foras Feasa Ar Éirinn) Traduzido por John O'Mahony 1866
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