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PROCESSO: 48500.002500/2017-28.
I – RELATÓRIO
2. Em 24 de novembro de 2015, foi publicada a REN nº 687/2015, que alterou a REN nº 482/2012,
elevando para 3 MW o limite de potência da minigeração distribuída de fonte hídrica e para 5 MW o limite para
as demais fontes.
4. Na 24ª Reunião Publica Ordinária, no dia 4 de julho de 2017, este Colegiado decidiu pela
instauração da Audiência Pública nº 037/2017, com período de recebimento de contribuições entre 06/07 e
04/08/2017 com sessão presencial no dia 20/07/2017, com o objetivo de obter contribuições à proposta de
atualização da Resolução Normativa nº 482/2012.
6. É o relatório
II – FUNDAMENTAÇÃO
7. Dentre as opções de atualização da REN 482/2012, avaliadas pela SRD, este Colegiado
decidiu submeter à Audiência Pública aquela que previa a elevação do limite de minigeração distribuída
hidráulica de 3 MW para 5 MW, vedando a participação no Sistema de Compensação de empreendimentos
existentes independentemente de sua potência ou fonte, alterando o Inciso II do caput e o Parágrafo único,
ambos do Art. 2º, da seguinte forma:.
10. Por outro lado, argumentam que a introdução no regulamento de vedação da participação de
usinas existentes no Sistema de Compensação poderia afetar empreendedores que já tenham encerrado
contratos na qualidade de central geradora e realizado investimentos em suas centrais para adequação à REN
nº 482/2012.
11. Outro ponto ressaltado nas contribuições diz respeito à manutenção do cenário atual para
usinas existentes em processo de reativação. Os participantes ressaltaram que a possibilidade de adesão ao
Sistema de Compensação por usinas previamente existentes permitiu que algumas pequenas plantas de
geração que estavam desativadas pudessem ser reformadas de modo a permitir sua reativação. Nesse
contexto, a Norma teria contribuído para o aumento da capacidade de geração do país.
12. Entretanto, observo que não só as usinas existentes e em processo de reativação, mas também
todas aquelas usinas que se encontravam em processo de enquadramento ao Sistema de Compensação
merecem tratamento excepcional de modo a garantir a segurança regulatória. Há que se notar que as empresas
responsáveis por esses empreendimentos consideraram o arcabouço legislativo existente quando da tomada
de decisão de investir.
13. Logo, ao vedar a participação de empreendimentos existentes, será necessário: (i) criar uma
regra de transição aplicável às usinas que já tenham iniciado o processo para enquadramento no Sistema de
Compensação, e (ii) estabelecer uma forma de determinação confiável das usinas previamente existentes.
Deste modo, proponho que a vedação da participação de usinas existentes no Sistema de Compensação não
seja aplicável às seguintes centrais geradoras:
14. Para estabelecer uma forma confiável de determinação das usinas previamente existentes, a
proposta submetida à Audiência Pública endereça o enquadramento como micro ou minigeração para aquelas
centrais que ainda não tenham sido objeto de registro, concessão, permissão ou autorização.
15. Isso, como uma clara demonstração de que a revisão do regulamento busca atingir aqueles
potenciais hidráulicos com potência até 5 MW que ainda não se viabilizaram pelas demais formas de
contratação de energia.
16. Serão alcançadas tanto usinas em construção quanto aquelas com obras não iniciadas, uma
vez que o registro na ANEEL de centrais geradoras de capacidade reduzida somente poderá ser efetivado após
a implantação do empreendimento, conforme estabelece a REN 673/2015. Tal dispositivo contribuirá na
viabilização de um conjunto importante de empreendimentos.
III – DIREITO
18. A presente análise encontra fundamentação nos seguintes dispositivos normativos: (i) Lei nº
9.074/1995, alterada pela Lei nº 13.360/2016; (ii) REN nº 482/2012; (iii) Decreto n° 2335/1997 e (iv) Lei
n°9.427/1996.
IV – DISPOSITIVO
(i) Alteração na definição de minigeração distribuída, que passa a ser “central geradora
de energia elétrica, com potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 5MW
e que utilize cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, ou fontes
renováveis de energia elétrica, conectada na rede de distribuição por meio de
instalações de unidades consumidoras”;
(iii) exceção à vedação que trata o item anterior para os empreendimentos que tenham
protocolado a solicitação de acesso, nos termos da Seção 3.7 do Módulo 3 do
PRODIST, em data anterior a publicação desta decisão.
“Art. 2º.................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
§2º A vedação de que trata o §1º não se aplica aos empreendimentos que tenham
protocolado a solicitação de acesso, nos termos da Seção 3.7 do Módulo 3 do
PRODIST, em data anterior a publicação deste regulamento.”