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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

FRANCISCO JANSEN DA SILVA MARQUES - RA 5381761332

DISCIPLINA: PERÍCIA, ARBITRAGEM E MEDIAÇÃO.

Trabalho de Atividade Prática Supervisionada,


Ciências Contábeis 7º Série.
Tutor a distância Professor: Agnaldo Pereira.
Tutor presencial: Alisson.

SOBRAL – CEARÁ, OUTUBRO DE 2018.


SUMÁRIO

1.0 INTRODUÇÃO....................................................................................................................3
2.0 FUNDAMENTOS DE PERÍCIA CONTÁBIL....................................................................4
3.0 ELABORAÇÃO DE UM LAUDO PERICIAL...................................................................5
4.0 FRAUDES EM CONTABILIDADE....................................................................................8
5.0 CONCLUSÃO....................................................................................................................10
6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................11

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1.0 INTRODUÇÃO

Há uma acirrada competição e uma crescente pressão por qualidade, sendo a mudança
de paradigmas recurso inteligente para manter a empresa em atividade e em excelência diante
da concorrência.
Em qualquer empresa, a administração busca resolver seus impasses e conflitos com
mais ousadia e celeridade, pois da ênfase dada nessas resoluções dependerá o sucesso de suas
negociações com clientes, fornecedores, sócios e empregados. Neste cenário, surgem como
formas de solução rápida e amigável a mediação e a arbitragem.
A mediação é um método extrajudicial de resolução de conflitos em que um terceiro,
neutro e imparcial, mobiliza as partes litigantes para um acordo. O mediador ajuda as partes a
identificar, discutir e resolver as questões do conflito, transformando o paradigma adversarial
em cooperativo.

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2.0 FUNDAMENTOS DE PERÍCIA CONTÁBIL

1. Explicar e conceituar o que é perícia contábil.

A perícia contábil compõe o conjunto de métodos técnicos e científicos destinados a


levar à instância decisória elementos de prova necessários a auxiliar à justa solução do
processo, mediante laudo pericial contábil, e ou parecer pericial contábil, em concordância
com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for relacionada. O
laudo pericial contábil e ou parecer pericial contábil têm por limite os próprios objetivos da
perícia deferida ou contratada. Tem por objetivo demonstrar a verdade real dos fatos ou atos
alegados, aquilo sobre o qual incide um direito ou uma obrigação. Sendo assim, a perícia é
elemento de prova, diferente da auditoria, que é apenas uma opinião.

2. Qual é a metodologia usada em perícia contábil?

Os procedimentos periciais são: examinar, levantar, vistoriar, pesquisar, investigar,


avaliar, ou seja, fazer o necessário para ter segurança sobre o que se vai opinar. A Perícia
judicial é aquela realizada dentro dos procedimentos processuais do Poder Judiciário, ou seja,
exercida sob tutela da justiça e a Perícia extrajudicial é a efetuada fora do Estado, por
necessidade e escolha de indivíduos físicos e jurídicos particulares no sentido exato, ou seja,
exercida no campo arbitral. Tanto a perícia judicial como a extrajudicial é de competência
exclusiva do bacharel em contabilidade, devidamente registrado no CRC. A Perícia arbitral é
executada sob comando do julgador ou da parte que a promoveu, visando auxiliar nos dados
para a arbitragem, enquanto a Administrativa que é conhecida também como extrajudicial, é
realizada entre uma ou mais partes interessadas, visando produzir as comprovações
necessárias.

3. Quais são as qualidades de um perito?

O profissional precisa ter um conjunto de capacidades, ou qualidades, nas quais estão:


ser legalizado, profissional, ético e moral. E na qualidade do trabalho também deve haver:
Objetividade, Precisão, Clareza, Fidelidade, Brevidade, Confiabilidade e Satisfação da
finalidade. Sua opinião deve estar: Justificada, Lastreada em elementos sólidos e ao alcance

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de quem vai utilizar. Após concluir seu trabalho, o perito informa sua conclusão através do
laudo.

4. Quais são os riscos encontrados na perícia contábil?

Na perícia contábil, o risco tem muito mais significado, pois pode levar a uma opinião
errônea, produzindo uma falsa prova, com lesão ao direito de terceiros. Para minimizar o
risco de erros, é necessário adotar alguns fatores, nos quais estão: tempo atribuído; plano de
trabalho, desempenho exigente; apoio exigente e resguardo de informes.

3.0 ELABORAÇÃO DE UM LAUDO PERICIAL.

A execução da atividade pericial contábil demanda um acervo de conhecimentos por


atribuição do contador que a realizará. É este conhecimento que deverá admitir que o perito
seja dinâmico em sua ação como auxiliar da justiça, pois é ele quem fornece ao magistrado as
informações técnicas contábeis indispensáveis para a solução de uma definida demanda. O
processo pelo qual o perito faz chegar às mãos do juiz tais informações jurídicas é o laudo
pericial contábil.
O laudo pericial é a consolidação do exame pericial, uma das formas de prova judicial
determinados no Código Civil. Para um apropriado embasamento de pesquisa, é indispensável
a especificação do que vem a ser a prova pericial contábil no procedimento cível, destinado a
levar ao juiz informações auxiliares de ordem técnica, conseguindo incidir em uma afirmação
de ciência, na declaração de um juízo ou em ambas as operações respectivamente.
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) de maneira cuidadosa, fez incluir-se na
NBC TP 01, item 80, orientações mínimas que devem ser observadas na estrutura do laudo e
do parecer pericial contábeis:

 Identificação do processo e das partes;


 Composição do objeto da perícia;
 Método seguida para os trabalhos periciais;
 Identificação das atividades realizadas;
 Reprodução e resposta as obrigações para o laudo pericial contábil;
 Reprodução e resposta as obrigações para o parecer pericial contábil;
 Conclusão;

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 Anexos;
 Apêndices;
 Assinatura do perito: constatará sua categoria profissional de contador e o seu número
de registro em Conselho Regional de Contabilidade, comprovada. Sendo admitida a
utilização da certificação digital, em conformidade com a legislação vigente e as
normas constituídas pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras – ICP - Brasil.

Não existe padrão de laudo, mas existem estas formalidades que compõe a estrutura
dos mesmos. A introdução de encaminhamento é a identificação e o pedido de anexação aos
autos, dirigido ao Juiz, identificação da Vara, a comarca, o número do processo, os autores e
os réus, a natureza da ação, assim como o perito. Se o laudo é de Pericia Administrativa ou de
outro tipo, será encaminhado a quem o requereu e identificada a razão. No caso judicial, as
obrigações são divididas em dois grupos: quesitos dos autores e quesito dos réus. Na
administrativa as obrigações são identificadas pelas áreas de interesse que foram objeto de
investigação.
Para que um laudo possa classificar-se como de boa qualidade, não pode se basear em
suposições, apenas em fatos concretos, também não se baseando em opiniões e testemunhos
de terceiros. Necessita acatar aos seguintes requisitos mínimos:

 Objetividade;
 Rigor Tecnológico;
 Concisão;
 Argumentação;
 Exatidão;
 Clareza.

A alternativa por apresentar Parecer Pericial Contábil independente do Laudo Pericial


é de privativa responsabilidade do perito-contador, adotada em conjunto com a parte que o
contratou, não precisando entender o perito-contador que tal atitude componha descrédito ao
trabalho realizado ou ao profissional que o apresentou. O perito-contador emitirá parecer
pericial contábil em separado que assim entender cabível, tendo como objetivo a constatação,
de forma técnica, dos pontos levantados pela parte que o contratou.
Também emitirá parecer pericial contábil em destacado que, uma vez analisadas as
conclusões trazidas pelo laudo pericial contábil, não concordar total ou parcialmente com elas
ou discordar da forma como foram comunicados os métodos utilizados para fundamentá-

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lo. O Parecer Pericial Contábil deve ser um elemento escrito, no qual o perito-contador deve
considerar, de maneira abarcante, o conteúdo da perícia e detalhar os aspectos e as
particularidades que envolvam a demanda.
O perito-contador não pode ocultar nenhuma ocorrência relevante encontrada no
transcorrer de sua pesquisa, mesmo que não tenha sido parte de obrigação e desde que esteja
relacionado ao elemento da perícia. Ele também deve, na conclusão do Laudo Pericial
Contábil, analisar as formas especificadas das conclusões com dimensão de valores é viável
em casos de apuração de haveres, liquidação de sentença, inclusive em processos trabalhistas;
dissoluções societárias; avaliação patrimonial.
Pode ocorrer que na conclusão seja preciso a apresentação de alternativas, dependente
a teses apresentadas pelas partes, caso em que cada parte apresentou uma versão para a causa,
e o perito deverá apresentar ao juiz as alternativas condicionadas às teses apresentadas,
necessitando, necessariamente, ser identificados os critérios técnicos que lhes deem respaldo.
Tal circunstância deve ser apresentada de maneira a não representar a opinião pessoal do
perito, registrando os resultados adquiridos, caso venha a ser aceita a tese de um ou de outro
demandante, como no caso de discussão de índices de atualização e taxas.
A conclusão pode ainda reportar-se às respostas apresentadas nos quesitos ou ainda
simplesmente esclarecedoras quanto ao objeto da perícia, não envolvendo, necessariamente,
quantificação de valores.
Ao perito-contador assistente é proibido assinar em conjunto ou emitir parecer pericial
contábil sobre laudo pericial, quando este não tiver sido formado por Contador habilitado
diante o Conselho Regional de Contabilidade. O Decreto Lei nº. 9.295-46 e a Norma
Brasileira de Contabilidade consideram leigo ou profissional não habilitado para a elaboração
de laudos periciais contábeis e pareceres periciais contábeis, qualquer profissional que não
seja Contador, habilitado perante Conselho Regional de Contabilidade.
Em seu cumprimento, nos termos do artigo 3º - parágrafo V do Código de Ética
Profissional do Contabilista - CEPC, deve o contador notificar, de forma resguardada, ao
Conselho Regional de Contabilidade de sua jurisdição ao juízo ou à parte contratante, a falta
de habilitação profissional do perito. Sendo o laudo pericial elaborado por leigo ou
profissional não habilitado, deve o perito-contador apresentar um parecer, na forma de laudo
pericial contábil, sobre o objeto a ser periciado, em concordância com esta norma. Ao perito-
contador é proibido assinar em conjunto o laudo pericial contábil com leigo ou profissional
não habilitado, necessitando o mesmo notificar ao Conselho Regional de Contabilidade de sua
jurisdição e citar o fato na apresentação do laudo.
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4.0 FRAUDES EM CONTABILIDADE.

Tópicos a serem explicados Explicação e Exemplo


Fraude e perícia contábil O termo fraude refere-se a ato intencional
de manipulação de transações, adulteração
de documentos, registros e demonstrações
contábeis. A fraude pode ser caracterizada
por: manipulação; falsificação; aplicação
de práticas contábeis indevidas; transações
sem a devida comprovação.

Fraude e erro contábil O termo erro refere-se a ato não-


intencional na elaboração de registros
e demonstrações contábeis, que resulte em
incorreções deles, consistente em:
aplicação incorreta de normas contábeis;
interpretação errada das alterações
patrimoniais; erros na escrituração
contábil.

Autoridade e fraude Os acúmulos de cargos e funções, com


autoridade, facilitam a prática da fraude. A
prática tem comprovado que as fraudes
quase sempre são praticadas por quem tem
autoridade, ou seja, por quem decide ou
comanda. Possuir autoridade, acumular
autoridade são facilidades que permitem a
prática da fraude.
Conluio na fraude
A fraude não se opera apenas
singelamente, quando ela demanda
volumes maiores, o fraudador sempre
se utiliza de terceiros ou entra em
conluio com eles. Quando há conluio, a
fraude tende a persistir, caso não
existam controles adequados de
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revisão. Facilita o exercício da fraude o
fato de nela se envolverem funções
correspondentes, o conluio, pois, de
pessoas envolvidas na fraude facilita a
prática e dificulta a localização.

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5.0 CONCLUSÃO

Neste trabalho deveríamos responder às questões apresentadas ao longo deste desafio,


elaborando uma resenha e apontando os principais conceitos sobre perícia, arbitragem e
medição. Com o objetivo de consolidar o conhecimento da disciplina nos tornando mais
capacitados sobre o estudo proposto.
Através do livro texto da disciplina foram respondidas as questões apresentadas, como
a explicação sobre perícia Contábil, bem como os atributos necessários para seguir a carreira
de um Perito Contador. Ainda elaboramos uma resenha contendo os principais pontos,
importantes e fundamentais, para a elaboração de um laudo pericial.
Para finalizar o trabalho elaboramos um quadro que foi desenvolvido em formato de
tópicos a serem explicados, que foram: Fraude e perícia contábil, Fraude e erro contábil,
Autoridade e fraude e Conluio na fraude.

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6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. SÁ, Antonio Lopes de. Perícia Contábil. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. PLT 400.
2. http://portalcfc.org.br

3. http://www.acervosaber.com.br/trabalhos/contabilidade/fraudes_contabeis_2.php

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