You are on page 1of 14

Universidade Federal do Piauí

Bacharelado em Engenharia Mecânica

Relatório de Cargas e Aeroelasticidade

Equipe Delta do Piauí


Nº 48

Componentes da Equipe:
Alan Bruno Costa Cardoso
Christian Prado dos Santos Machado
Edilson Hennos Nery Silva
Elinne Pacheco Pessoa
Elisa Linhares Lima
Gregory Mateus Ferraz Batista Aragão
Thiago Dias Escórcio
Wanessa Brito Freire

Professor Orientador:
Msc. Hélio de Paula Barbosa
TERESINA-PI,
Julho/2017
Lista de Figuras
1 Diagrama V-n. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2 Distribuição do carregamento na meia asa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3 Gráfico da carga de manobra em função da velocidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4 Carregamento limite médio para superfícies de comando (FAR 23) . . . . . . . . . . . 8

1
Sumário
1 Lista de Símbolos 3

2 Inputs 4

3 Análise de Cargas e Estruturas 5


3.1 Diagrama V-n . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.2 Análise de Cargas e Estruturas na Asa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.2.1 Distribuição de Sustentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.3 Cargas na Empenagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3.3.1 Cargas na Empenagem Horizontal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3.3.2 Cargas na Empenagem Vertical . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

4 Cargas nos Sistemas de Comando 8


4.1 Cargas nos Ailerons . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4.2 Cargas no Profundor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4.3 Cargas no Lemes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

5 Cargas na Fuselagem 9

6 Cargas no Solo 9
6.1 Cargas no Trem de Pouso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
6.1.1 Aterrissagem em vôo nivelado - Pouso de pista . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
6.1.2 Aterrissagem em três pontos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
6.1.3 Cargas laterais na aterrissagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
6.1.4 Cargas de frenagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

7 Outputs 12

8 Referências 13

2
1 Lista de Símbolos
Vc – Velocidade de cruzeiro H – Componente horizontal no centro de gravi-
Vd – Velocidade de mergulho dade
Va – Velocidade de manobra Vg – Componente vertical no solo (em cada roda)
Vs – Velocidade de estol Hg – Componente horizontal no solo(em cada
n – Fator de carga roda)
ρ – Massa específica do ar Vgt – Componente vertical no trem principal
L – Sustentação Vgb – Componente vertical na bequilha
A – Área do aileron Hgi – Componente horizontal no solo (roda do
C – Carga na semi asa lado interno)
Peh – Cargas na empenagem horizontal Hge – Componente horizontal no solo (roda do
c” – Relação entre a corda do profundor e a corda lado externo)
empenagem horizontal Vgf – Componente vertical de frenagem no solo
c0 – Relação entre a corda do estabilizador e a (em cada roda)
corda da empenagem horizontal Hgf – Componente horizontal de frenagem no solo
Aa – Área da asa (em cada roda)
CLmax – Coeficiente de Sustentação máximo Peh – Carga na empenagem horizontal
V – Velocidade Aev – Área da empenagem vertical
g – Gravidade Pa – Carga no aileron
W – Peso total de decolagem Pp – Carga no profundor
Cl – Coeficiente de sustentação ng – fator de carga no solo
Av – Área da empenagem vertical n1 – fator de carga para aeronave utilitária
Vv – Componente da velocidade vertical
V1 – Componente vertical no centro de gravidade

3
2 Inputs
Vs = 12,836 m/s c0 = 0,368
ρ = 1,165258 kg/m3 W = 137,24 N
g = 9,81 m/s2 CLmax = 1,7737
Aa = 0,8066 m2
c” = 0,705

4
3 Análise de Cargas e Estruturas
A análise de cargas e estruturas foi realizada na maioria dos componentes estruturais do avião,
entretanto neste está descrito em melhores detalhes as cargas nas asas, nos ailerons e nas empenagens.
Inicialmente foi plotado o Diagrama V-n que será apresentado a seguir.

3.1 Diagrama V-n

O diagrama V-n de manobra e rajada foi construído com as velocidades alcançadas pela aeronave
com o carregamento ao qual está submetida, como obersvado no Iscold (2002). Através do diagrama,
é feita uma análise sobre as situações limitantes às quais a aeronave pode ser submetida. O diagrama é
um envelope combinado dos diagramas de manobra e rajada. A partir da elaboração desses envelopes,
há um análise das situações críticas de voo e a construção do envelope de voo da aeronave.
Para o envelope de manobras, são usadas as velocidades estruturais e os fatores de carga para
manobras. As velocidades e os fatores seguem algumas normas CS-VLA. As velocidades estruturais
são relacionadas da seguinte forma:

• A velocidade de cruzeiro não pode ser maior que 0,9Vh , onde Vh onde é a velocidade máxima
horizontal;

• A velocidade nunca excedida em Mergulho (Vd ), que deve ser maior que 1,25Vc;

• A velocidade de manobra(Va ) deve ser menor ou igual a Vs · n, onde Vs é a velocidade de estol
e (n) é o fator de carga máximo para a aeronave. Va não deve exceder (Vc ).

Tem-se então, baseado na JAR-VLA(335) que Vc = 22,0887 m/s, Vd = 27,6109 m/s e Va = 20,2955
m/s. Os fatores de cargas utilizados para a aeronave foram +2,5 e -1,5.

Figura 1 – Diagrama V-n.

Baseado nas velocidades obtidas, nos fatores de cargas de rajada e nos limites de sustentação utili-
zados na aeronave, foi plotado o diagrama acima assim como dito em Barros (2001).

5
3.2 Análise de Cargas e Estruturas na Asa

As forças aerodinâmicas agindo sobre a asa provocam um carregamento que foi calculado conside-
rando que a única força aerodinâmica atuando sobre a asa é a sustentação (L). Assim foi obtido o valor
de 137,2419 N.

3.2.1 Distribuição de Sustentação

A distribuição de sustentação ao longo da asa foi obtida através do método de Stender. Segundo
Barros (2001), o método se baseia na hipótese de que a distribuição de cargas ao longo da envergadura
é proporcional às áreas de uma asa virtual na qual suas cordas são a média geométrica das cordas reais
e a da de uma asa elíptica de mesma área e envergadura.

Tabela 1 – Dados da sustentação da meia asa

Estação x(m) As(m²) L(N)


1 0 0,0599 68,65153
2 0,15 0,0568 66,18738
3 0,3 0,054 63,13409
4 0,45 0,0508 59,48202
5 0,6 0,0461 55,17272
6 0,75 0,0412 50,06053
7 0,9 0,0357 43,78798
8 1,05 0,0174 35,20527
9 1,19 0 0

O carregamento da Sustentação da semi asa é representado pelo gráfico da figura 2,onde o peso da
semi-asa foi decomposto em 9 parcelas variando proporcionalmente entre a a ponta e a raiz.

Figura 2 – Distribuição do carregamento na meia asa.

6
3.3 Cargas na Empenagem

3.3.1 Cargas na Empenagem Horizontal

Para calcularmos as cargas na empenagem horizontal utilizamos a JAR-VLA Apêndice A. Onde:

ρ · Aa · V 2 · CLmax · 12, 90461


(1)
2.W

Obtemos assim o gráfico da figura 3 que mostra a velocidade em função da carga de manobra.

Figura 3 – Gráfico da carga de manobra em função da velocidade.

Realizando o somatório de momentos temos que:

4 · Icg − c
P eh · Ih − L · X 0 + W (2)
4

4·Icg −c
Onde Ih = 0,72 m, L = 137,24 N , X 0 = 0,0177 N , W = 137,24 N , 4
= 0, 176 . Obtemos
assim que Peh = 30,17 N

3.3.2 Cargas na Empenagem Vertical

Para calcularmos as cargas na empenagem vertical utilizamos a JAR-VLA Apêndice A. Onde

ρ · CL · AV · V 2
Pev = (3)
2

Onde ρ = 1,16528kg/m3 , Cl = 1,7737 , Av = 0,037m2 e Va = 20,29m/s . Assim obtemos que Pev


= 15,74 N .

7
4 Cargas nos Sistemas de Comando

4.1 Cargas nos Ailerons

Como previsto na FAR 23.349 utilizamos o carregamento para a condição mais crítica,ou seja
100%. Pelo parágrafo 23.349 b, temos que para fins de projeto, a carga calculada deve ser 2/3 do fator
carga, assim como para a deflexão máxima dos ailerons. Para esse cálculo utilizou-se o Apêndice A da
FAR 23.

Figura 4 – Carregamento limite médio para superfícies de comando (FAR 23)

2 · 0, 466 · n1 · W · A
Pa = (4)
Aa · 3

Onde n1 = 4,4 , W = 137,24N , A = 0,040839 m2 e Aa = 0,8066m2 . Assim obtemos que a carga


aplicada em um aileron será de 9,498 N.

4.2 Cargas no Profundor

Pelas relações obtidas através do Barros (2001), podemos obter a carga no profundor pela relação

Peh · c”
Pp = (5)
c0 + c”

Onde Peh = 30,17 N , c” = 0,368 e c’ = 0,705 . Assim obtemos que o momento no profundor será
de 10,34 N .

8
4.3 Cargas no Lemes

Pelas relações obtidas através do Barros (2001),podemos obter a carga no leme pela relação:

Pev · c”
Pl = (6)
c0 + c”

Onde Pev = 14,35 N , c” = 0,368 e c’ = 0,705 . Assim obtemos que o momento no profundor
será de 5,66 N. O parágrafo da FAR-PART 23.395(a) prevê que o dimensionamento de superfícies de
comando deve ser feito com uma carga igual a 125% da carga limite calculada para a mesma. Logo, a
carga para o dimensionamento desse sistema será de:

Pl = 5, 66 · 1, 25 = 7, 075N. (7)

5 Cargas na Fuselagem
As cargas atuantes na fuselagem da aeronave são decorrentes da atuação de cargas nas asas, cargas
nas empenagens, cargas no trem de pouso e o peso da própria aeronave. As cargas na asa presente no
avião são a sustentação gerada pelo escoamento do ar e pelo peso da estrutura da asa. As cargas nas
empenagens, assim como nas asas, são a sustentação gerada nos dois elementos e o peso dos mesmos.
As cargas no trem de pouso são provocadas pelo impacto durante o pouso e cargas de inércia. Outros
carregamentos sobre a fuselagem podem também ser resultantes da força de arrasto, como a compo-
nente horizontal da resultante das forças aerodinâmicas, e a tração gerada pelo grupo motopropulsor,
assim como é dito em Rodrigues (2013).

6 Cargas no Solo

6.1 Cargas no Trem de Pouso

As cargas no trem de pouso são determinadas pelo JAR-VLA 473 até 499. A JAR-VLA(a), estabe-
lece que os cálculos deverão ser feitos para a condição de peso máximo, no caso JAR-VLA(b),obtemos
assim uma velocidade vertical de 25,948 m/s, obtida através da fórmula:

 1/4
M.g
VV = 0, 61 · (8)
S

6.1.1 Aterrissagem em vôo nivelado - Pouso de pista

Para aterrissagem em atitude voo nivelado, utilizamos o parágrafo da FAR-PART 23.749, onde
obtemos que:

9
a) Componente vertical no centro de gravidade:

V = n · W = 3, 67 · 137, 24 = 503, 67N (9)

b) Componente horizontal no centro de gravidade:

H = k · n · W = 0, 33 · 3, 67 · 137, 24 = 166, 21N (10)

c) Componente vertical (em cada roda):

ng · W
Vg = = 0, 5 · 3, 67 · 137, 24 = 251, 83N (11)
2

d) Componente Horizontal no solo (em cada roda):

k · ng · W
Hg = = 0, 5 · 0, 33 · 3, 67 · 137, 24 = 83, 10 (12)
2

6.1.2 Aterrissagem em três pontos

Para aterrissagem em três pontos, utilizamos o parágrafo da FAR-PART 23.481 (a)-1, onde obtemos
que:
a) Componente vertical no centro de gravidade:

V = n · W = 3, 67 · 137, 24 = 503, 67 (13)

b) Componente vertical no trem principal (em cada roda):

ng · W b 0, 03
Vgt = · = 0, 5 · 3 · 137, 24 · = 2, 34N (14)
2 d 0, 264

c) Componente vertical na bequilha:

ng · W a 0, 357
Vgb = · = 0, 5 · 3 · 137, 24 · = 278, 38N (15)
2 d 0, 264

6.1.3 Cargas laterais na aterrissagem

Para determinarmos as cargas laterais durante a aterrissagem utilizamos o parágrafo da FAR-PART


23.485, a qual determina que:
i) A aeronave em atitude nivelada com apenas o trem principal em contato com o solo;
ii) O fator de carga vertical deve ser igual a 1,33, dividindo-se a carga nesta direção igualmente para
as duas rodas do trem principal;

10
iii) O fator de carga lateral deve ser igual a 0,83, sendo 0,5, para a roda do interno e 0,33 para a
roda do lado externo.
a) Componente vertical no solo (em cada roda):

1, 33 · W
Vg = = 0, 5 · 1, 33 · 137, 24 = 91, 26N (16)
2

b) Componente horizontal no solo (roda do lado interno):

Hgi = 0, 5 · W = 0, 5 · 137, 24 = 68, 62N (17)

c)Componente horizontal no solo (roda do lado externo):

Hge = 0, 33 · W = 0, 33 · 137, 24 = 45, 29N (18)

6.1.4 Cargas de frenagem

De acordo com o parágrafo da FAR-PART 23.493(b) as condições de altitude para as cargas de


frenagem devem ser idênticas às condições admitidas para a aterrissagem nivelada. Entretanto, o fator
de carga vertical aplicado deve ser de 1,33 e as componentes horizontais devido à frenagem devem ser
iguais a 80% do valor das componentes verticais. Dessa maneira, obtemos que:
a) Componente vertical no solo (em cada roda):

1, 33 · W
Vgf = = 0, 5 · 1, 33 · 137, 24 = 91, 26N (19)
2

b) Componente Horizontal no solo (em cada roda):

0, 80 · 1, 33 · W
Hgf = = 0, 5 · 0, 80 · 1, 33 · 137, 24 = 73, 01N (20)
2

11
7 Outputs
L = 68,65 N Pp = 10,34 N
Peh = 30,17 N Pl = 7,075 N
Pev = 15,74 N VV = 25,9438 m/s2
Pa = 9,498 N

12
Referências
BARROS, C. Uma metodologia para o desenvolvimento de projeto de aeronaves leves e subsônicas.
Belo Horizonte, 2001.

ISCOLD, P. H. Introdução às cargas nas aeronaves. Desenvolvimento de material didático ou


instrucional, 2002.

RODRIGUES, L. E. M. J. Fundamentos da engenharia aeronáutica. [S.l.]: Cengage learning, 2013.

13

You might also like