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DIAGNÓSTICO

O ministério da saúde preconiza que o diagnóstico das hepatites virais deve ser baseado
na detecção dos marcadores presentes no sangue, soro, plasma por meio de imunoensaios, que
são baseadas na detecção do antígeno viral ou anticorpos específicos como:

(Imunoglobulinas de classe IgM) Indicam uma infecção aguda

(Imunoglobulinas de classe IgG) Indicam contato prévio com o vírus ou resposta


vacinal.

Uma das principais aplicações dos imunoensaios, são na produção de testes rápidos que
baseiam-se na tecnologia de imunocromatografia de fluxo lateral.

Os ensaios imunoenzimáticos sendo utilizados no diagnóstico das infecções virais por


meio da detecção de antígenos e/ou anticorpos específicos contra o patógeno, isoladamente ou
de forma combinada. A quimioluminescência e a eletroquimioluminescência são tipos de
ensaios luminescentes, nos quais o evento excitatório é provocado por uma reação química ou
eletroquímica, respectivamente. O evento físico de emissão de luz na quimioluminescência e na
eletroquimioluminescência é semelhante ao da fluorescência. A emissão de luz ocorre a partir
de um elétron em estado excitado que retorna ao seu estado fundamental, emitindo um fóton
(BRASIL, 2018).

Na hepatite “A”, à presença do marcador Anti-HAV IgM é compatível com infecção


recente, por surgir precocemente e confirmar o diagnóstico na fase aguda da doença. Os
anticorpos da classe Anti-HAV IgG não permitem identificar se a infecção é aguda ou pregressa,
por persistir na circulação indefinidamente (BRASIL, 2007).

Marcadores de triagem para a hepatite B: HBsAg (antígeno de superfície do HBV) esse


marcador surgirá de 30 a 45 dias após a infecção, podendo permanecer detectável por até 120
dias, pode estar presente na fase agudas e crônicas. O marcador Anti-HBc (anticorpos IgG contra
o antígeno do núcleo do HBV) indica contato prévio com o vírus e permanece detectável por
toda a vida nos indivíduos que tiveram a infecção. Anti-HBc IgM (anticorpos da classe IgM contra
o antígeno do núcleo do HBV) é um marcador de infecção recente, portanto confirma o
diagnóstico de hepatite B aguda, podendo persistir por até 6 meses após o início da infecção
(BRASIL, 2007).

Na hepatite C Anti-HCV (anticorpos contra o vírus HCV) é o marcador de triagem que


indica contato prévio com o vírus, podendo ser de infecção aguda, crônica ou já curada. A
infecção crônica deve ser confirmada pela pesquisa de HCV-RNA (RNA do HCV) sendo o primeiro
marcador a aparecer entre uma a duas semanas após a infecção (BRASIL, 2007).

Na hepatite D o marcador sorológico mais usado é o anti-HDV (total). O HDAg é o


marcador sorológico de infecção aguda precoce, já o anti-HD IgM é o marcador de infecção
aguda. O marcador IgG representa o aparecimento tardio na forma aguda da doença (BRASIL,
2018).

A hepatite E na sua forma aguda é sorologicamente caracterizada por eventual


conversão sorológica para anti-HEV ou detecção de anti-HEV IgM (BRAZIL, 2007).

A reação imunoenzimática ou método ELISA (Enzyme Linked Imuno Sorbent Assay) é útil
para a determinação de anti ́genos e anticorpos em baixas concentrações, sendo utilizados no
diagnóstico das infecções virais por meio da detecção de antígenos e/ou anticorpos específicos
contra o patógeno, isoladamente ou de forma combinada (BRASIL, 2018). Para a detecção de
anticorpos, um antígeno é imobilizado em uma superfície sólida. O anticorpo presente na
amostra do paciente se liga ao antígeno, ficando preso na superfície sólida. Acrescenta-se ao
sistema um conjugado (anticorpo ligado a uma enzima), que irá se ligar ao anticorpo preso ao
antígeno. A detecção ocorre por meio da incubação desse complexo enzimático (antígeno +
anticorpo + anticorpo-enzima) com um substrato que, ao ser consumido pela enzima, resultará
em um produto detectável (colorido ou insolúvel). A detecção é realizada através da interação
antígeno-anticorpo altamente específica (YOLKEN; STOPA, 1979).

Os testes rápidos constituem imunoensaios cromatográficos de execução simples, que


podem ser realizados em até 30 minutos e que não necessitam de estrutura laboratorial. Os TR
podem ser usados para pesquisar antígenos ou anticorpos contra os agentes infecciosos para os
quais foram projetados. Caso o teste se destine à pesquisa de anticorpos, haverá antígenos
(geralmente, proteínas sintéticas) imobilizados na membrana de nitrocelulose para a captura
dos anticorpos presentes na amostra. Caso a pesquisa seja para antígenos, haverá anticorpos
imobilizados para a captura dos antígenos presentes na amostra. Os testes rápidos utilizados
para o diagnóstico das hepatites B e C baseiam-se na tecnologia de imunocromatografia de fluxo
lateral. O teste para hepatite B permite a detecção do antígeno de superfície do HBV (HBsAg)
no soro, plasma ou sangue total. Para a hepatite C, o teste detecta o anticorpo anti-HCV no soro,
plasma, sangue total ou fluido oral (BRASIL, 2018).

PREVENÇÃO

É importante que se invista em prevenção para evitar o surgimento de novos casos.

Já existem vacinas para a hepatites A e B, mas não para hepatites C,D e E, no entanto
existem formas de prevenção muito eficazes. (FERREIRA; SILVEIRA, 2006).

A hepatite A e E tem como prevenção a melhoria das condições de saneamento básico


e de medidas educacionais de higiene, visto que a principal via de contágio é a fecal-oral.

Já a Hepatite B pode ser prevenida com o uso de preservativos na relação sexual,


triagem sorológica rigorosa do sangue recebido nos bancos de sangue, não compartilhar alicates
de unha, lâmina de barbear, seringas e agulhas para uso de drogas, profissionais da área da
Saúde “sempre” devem usar todos os EPIs.

Para as hepatites C, D e E ainda não existem vacinas, mas há outras formas de


prevenção, podendo ser classificadas em primárias e secundárias.

As medidas primárias visam reduzir o risco de disseminação da doença, como prevenção


a triagem em bancos de sangue e de órgãos para garantir a distribuição de material biológico
não infectado, uso de preservativos nas relações sexuais e cumprimento das práticas de controle
de infecção em hospitais, laboratórios, consultórios dentários, serviços de hemodiálise

As medidas secundárias visam interromper a transmissão da doença por pessoas já


infectadas. Neste caso podemos definir o tratamento dos indivíduos infectados como medidas
de prevenção secundária quando indicado, diminuição do uso de álcool e não exposição a outras
substâncias hepatotóxicas. (BRASIL, 2005).

A melhor maneira de se prevenir a hepatite D é realizar a prevenção contra a hepatite


B visto que a hepatite D precisa da Hepatite B para se instalar no hospedeiro (BRASIL, 2005).

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