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Escola Municipal Santa Luzia

Professora: Andressa Oliveira


Aluna(o): ________________________________________________ nº: ___ T:_________
PROVA DE PORTUGUÊS

Instruções: A leitura e a interpretação das questões fazem parte da prova. Use caneta azul ou preta. Não use
corretivo e não rasure!

Texto I

Gente é bicho e bicho é gente

Querido Diário, não tenho mais dúvida de que este mundo está virado ao avesso! Fui
ontem à cidade com minha mãe e você não faz ideia do que eu vi. Uma coisa horrível,
horripilante, escabrosa, assustadora, triste, estranha, diferente, desumana... E eu fiquei
chateada.
Eu vi um homem, um ser humano, igual a nós, remexendo na lata de lixo. E sabe o
que ele estava procurando? Ele buscava, no lixo, restos de alimento. Ele procurava
comida!
(...)
É verdade! Muitas vezes, eu me recuso a comer chuchu, quiabo, abobrinha e moranga.
E larguei no prato, duas vezes, um montão de repolho, que eu odeio! Puxa vida! Eu me
senti muito envergonhada!
Vendo aquela cena, ainda me lembrei do Pó, nosso cachorro. Nem ele come uma
comida igual àquela
que o homem buscou do lixo. Engraçado, querido Diário, o nosso cão vive bem melhor
do que aquele homem.
Tem alguma coisa errada nessa história, você não acha?
Como pode um ser humano comer comida do lixo e o meu cachorro comer comida
limpinha? Como pode, querido Diário, bicho tratado como gente e gente vivendo como
bicho? Naquela noite eu rezei, pedindo que Deus conserte logo este mundo. Ele nunca
falha. E jamais deixa de atender os meus pedidos. Só assim, eu consegui adormecer um
pouquinho mais feliz.

(OLIVEIRA, Pedro Antônio. Gente é bicho e bicho é gente. Diário da Tarde. Belo Horizonte, 16 out.
1999).

1. O texto acima corresponde ao gênero textual chamado:


(a) Blog
(b) Perfil
(c) Diário
(d) Bilhete
(e) Carta

2. A narradora inicia seu relato afirmando não ter mais dúvida de que o mundo está “virado ao
avesso”. Ela afirma isso porque:

(a) seu cachorro não se alimentou direito.


(b) chocou-se ao ver um homem revirar o lixo como um animal em busca de comida.
(c) o homem estava satisfeito por ter encontrado restos de comida.
(d) um ser humano vive na miséria, enquanto os animais vivem com regalias.
(e) ela resolveu comer os legumes que a mamãe cozinhava.
3. Em certo trecho, a narradora se diz muito envergonhada. Do que ela se
envergonha?
(a) Do homem que procurava comida no lixo.
(b) Do seu cachorro que vive melhor do que o homem de rua.
(c) Do fato dela recusar-se muitas vezes de comer certas coisas, sendo que há
pessoas que não têm o que comer por viverem na miséria.
(d) Do restaurante que jogou uma grande quantidade de comida fora.
(e) De não ter rezado e pedido a Deus que ajudasse aos pobres.

Texto II

Televisão

Televisão é uma caixa de imagens que fazem barulho. Quando os adultos não
querem ser incomodados, mandam as crianças ir assisti r à televisão.
O que eu gosto mais na televisão são os desenhos animados de bichos. Bicho
imitando gente é muito mais engraçado do que gente imitando gente, como nas
telenovelas.
Não gosto muito de programas infantis com gente fingindo de criança. Em vez
de ficar olhando essa gente brincar de mentira, prefiro ir brincar de verdade com meus
amigos e amigas.
Também os doces que aparecem anunciados na televisão não têm gosto de coisa
alguma porque ninguém pode comer uma imagem. Já os doces que minha mãe faz e que
eu como todo dia, esses sim, são gostosos.
Conclusão: a vida fora da televisão é melhor do que dentro dela.
(PAES, J. P. Televisão. In: Vejam como eu sei escrever. 1. Ed. São Paulo, Ática, 2001, p. 26-27.)

4. No texto II, o autor faz uma descrição do que ele vê na televisão. Sabemos que
para descrevermos algo, utilizamos muitos adjetivos. A opção em que a palavra
destacada é um adjetivo é

(a) “Bicho imitando gente é muito mais engraçado do que gente imitando gente,
como nas telenovelas.”
(b) “Em vez de ficar olhando essa gente brincar de mentira, prefiro ir brincar de
verdade...”
(c) “Televisão é uma caixa de imagens que fazem barulho.”
(d) “Também os doces que aparecem anunciados na televisão não têm gosto de coisa
alguma...”
(e) “... a vida fora da televisão é melhor do que dentro dela.”

5. O texto II apresenta características semelhantes ao texto I. Uma dessas


semelhanças é:

(a) a linguagem formal


(b) o uso de gírias
(c) o mau humor
(d) a narração na 1ª pessoa do singular
(e) a conclusão no final do texto
6. Em todas as alternativas há marcas de oralidade, isto é, expressões típicas da
linguagem falada, exceto:

(a) Se você ficar olhando pra ela feito bobo, a manga cai em cima de sua cabeça.
(b) “Peraí, mãe. Acho que tô a ponto de desmaiar.”
(c) As variações da língua de ordem geográfica são chamadas de regionalismos.
(d) “Dizque um chega, logo dão terra pra ele cultivar... É lavoura de café...”
(e) “Engraçadinho de uma figa! Como você se chama?”

Texto III

7. No caso do texto III, analisando a fala dos personagens, temos um exemplo de:

(a) linguagem regional


(b) linguagem informal
(c) linguagem de prestígio
(d) linguagem social
(e) linguagem técnica

Texto IV

8. Observe o texto escrito no carrinho de tapioca.


Conforme a sua observação, a pessoa que o
escreveu está

a) obedecendo as regras da norma culta da língua


portuguesa
b) reproduzindo a variante não padrão da língua
portuguesa
c) utilizando uma variante de muito prestígio social
d) utilizando uma variante regional
e) reproduzindo
linguagem que
aprende na escola

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