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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
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APRESENTAÇÃO
Para mais detalhes e aprofundamento dos assuntos apresentados neste documento, leitor
poderá consultar a versão completa do Relatório e do Parecer sobre a Conta Geral do
Estado (RPCGE) de 2014, disponível na página da internet do TA, no endereço
www.ta.gov.mz, e na sede do TA, em Maputo.
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ESTRUTURA DO DOCUMENTO
Processo Orçamental – Neste capítulo é feita a análise dos valores do Orçamento de 2015,
aprovados pela AR, através da Lei n.º 2/2015, de 7 de Maio, a autorização dada ao Governo, pelo
artigo 8 da primeira lei, para introduzir modificações às dotações orçamentais e a delegação, no
Ministro das Finanças e noutros órgãos e instituições do Estado, de competências para procederem
a alterações de dotações orçamentais em cada nível, pelo Decreto n.º 11/2015, de 10 de Junho.
A execução da despesa segundo os limites estabelecidos na Lei Orçamental, bem como a sua
evolução nos últimos cinco anos (2011 – 2015) são analisados no Capítulo da Despesa.
O Capítulo das Operações Relacionadas com o património Financeiro do Estado trata das
operações financeiras do Estado, nomeadamente as participações em sociedades, saneamento
financeiro de empresas e empréstimos com acordos de retrocessão.
E, por fim, o Parecer do TA sobre a Conta Geral do Estado de 2015, constituído por
recomendações deixadas em face das constatações.
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CAPÍTULO I
Processo Orçamental
Capítulo I – PROCESSO ORÇAMENTAL
HORA DE APRENDER
O ano de 2015 é o primeiro do Programa Quinquenal Orçamento do Estado – documento
do Governo (PQG) 2015-2019, aprovado pela AR, no qual estão previstas as receitas a
no dia 7 de Maio de 2015. arrecadar e fixadas as despesas a
realizar num determinado exercício
Como nos outros anos, para 2015, o Governo económico e tem por objecto
prossecução da política financeira do
preparou um Plano Económico e Social (PES), com
Estado.
objectivos na Saúde, Educação, Agricultura, Obras
Públicas e outros sectores e submeteu à AR a Plano Económico e Social –
documento elaborado pelo Governo
proposta do Orçamento do Estado (OE) para o
em que constam os objectivos e
mesmo ano. A AR aprovou-o Orçamento através da prioridades centrais para um
Lei Orçamental. determinado ano.
A Lei do Orçamento do Estado – lei
1.1. QUAIS OS VALORES PREVISTOS
que autoriza o Governo a cobrar
PARA 2015? receitas e utilizá-las nas despesas.
Se num determinado ano, o valor das
No Quadro que se segue, são apresentados os despesas for maior que o das receitas,
montantes globais do Orçamento do Estado para está-se perante um Défice
2015, onde é fixado o valor da receita a cobrar e das Orçamental
despesas a realizar, bem como o défice orçamental. Alteração orçamental é qualquer
modificação produzida numa ou mais
Quadro n.º 1 – Orçamento do Estado Inicial e dotações orçamentais na tabela de
Rectificativo despesa de qualquer serviço ou
unidade orgânica.
(Em
milhões de Meticais)
Como se pode observar no quadro acima, nas alterações orçamentais efectuadas pelo Governo,
foram respeitados os montantes dos recursos do Estado previstos e os limites da despesa fixados
por lei que aprova o orçamento do Estado do ano.
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Nota-se que as Receitas do Estado previstas cobrem, apenas, 71,0% das necessidades do
financiamento das despesas fixadas no Orçamento do Estado (226.425 milhões de Meticais).
Neste sentido, previu-se o Défice Orçamental de 65.717.242 mil Meticais (29,0%), a ser
financiado por Receitas Externas e Créditos Internos, na ordem de 24,9% e 4,1% do volume
dos recursos.
O quadro que se segue mostra os valores de cada uma das fontes de financiamento previstas no
Orçamento do Estado de 2015.
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1.3. COMO A RECEITA FOI USADA PARA A REALIZAÇÃO DAS DESPESAS
DO ESTADO
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Sectores Económicos e Sociais, influenciado
pela redução das dotações do sector de HORA DE APRENDER
Sistema Judicial e de Infra-estruturas, na Dotação da Despesa é o limite fixado pela
ordem de 78,6% e 24,5%, respectivamente. Assembleia da República para o Estado
No que toca ao peso das dotações dos gastar.
sectores, em relação à Despesa Total, a Plano Económico e Social (PES) – é um
Educação assumiu a proporção de 20,2%, as documento elaborado pelo Governo em que
Infra-estruturas, 11,5%, a Saúde, 9,2%, os constam os objectivos e prioridades centrais
mais representativos do exercício de 2015, para um determinado ano.
conforme se detalha no Gráfico abaixo.
Programa Integrado de Investimento
define a relação dos projectos públicos
Como se pode observar, no gráfico a seguir,
prioritários de infra-estrutura, em
o Sistema Judicial, sector cuja dotação
consonância com a visão e orientação do
registou a maior redução (-78,6%),
Programa Quinquenal do Governo.
comparativamente ao exercício anterior, teve,
no ano em consideração, 2,0% da Despesa Total estimada.
Saúde
9,2%
Agricultura e
Acção Social
Trabalho e Emprego Desenvolvimento Rural
2,4%
0,4% 5,9%
Sistema
Judicial
2,0%
8
1.5. ANÁLISE DAS DOTAÇÕES POR ÂMBITO
Como se pode verificar no gráfico adiante, no tocante à distribuição das dotações por âmbito,
aos órgãos e instituições de Âmbito Central foram destinados 143.980 milhões de Meticais, o
equivalente a 63,6% do valor total orçamentado (226.425 milhões de Meticais). Deste montante,
coube aos órgãos e instituições do Âmbito Provincial o valor de 45.577 milhões de Meticais
(20,1%), aos de Âmbito Distrital, 33.674 milhões de Meticais (14,9%) e ao Autárquico,
3.195milhões de Meticais (1,4%).
160.000
143.980
140.000
MILHÕ PES DE METICAIS
120.000
100.000
80.000
60.000 45.577
33.674
40.000
3.195
20.000
0
CENTRAL PROVINCIAL DISTRITAL AUTÁRQUICO
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CONSTATAÇÕES
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CAPÍTULO II
Receita
Capítulo II: RECEITA
1. PASSO
Indicação de
quanto foi
previsto na LOE 2.º PASSO
para a receita
Reconhecimento
do direito de o
Estado receber a
Receita 3.º PASSO
Recebimento de
Impostos, taxas e
créditos devidos 4.º PASSO
ao Estado
Depósito do
dinheiro nos
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Verifica-se neste quadro, que no grupo dos Impostos Sobre o Rendimento, o Imposto Especial
Sobre o Jogo, em termos nominais, registou, em 2015, um crescimento de 54,0%.
Quanto ao peso do IRPC em relação ao total dos Impostos sobre o Rendimento, observa-se que,
ao longo do quinquénio, a sua proporção cresceu, de 2011 a 2014. Porém, em 2015, ocorreu uma
redução de 7,8%, em relação ao ano anterior, ainda assim, com maior peso no total.
Em 2015, os grandes projectos contribuíram, no global, com o valor de 11.550.600 mil Meticais,
sendo, de destacar, a Sasol Petroleum Temane (SPT), Anadarko Moçambique, a Hidroeléctrica
de Cahora Bassa e a ENI – East Africa SPA, com 22,7%, 22,1%, 19,8% e 13,1%
respectivamente.
Ressalta, das diferentes fontes de contribuição, a rubrica do IRPC, com 7.074.689 mil Meticais.
Este valor resulta da tributação do imposto sobre o lucro dos Mega-Projectos que se encontram
na fase produtiva e do conjunto das retenções na fonte para os empreendimentos que ainda estão
na fase de pesquisa e desenvolvimento, que são os casos da Anadarko Moçambique, Sasol
Petroleum Moçambique (SPM) e ENI - East Africa SPA.
No quadro a seguir, apresenta-se a contribuição, no quinquénio, das receitas colectadas dos
Mega-Projectos, na Receita do Estado e no PIB.
Anadarko
2.264.065 292.948 0 0 0 0 0 30 2.557.013
Moçambique
Sasol
Petroleum
2.279 0 0 0 0 0 0 0 2.279
Temane
(SPM)
Areias
Pesadas de
14.513 236.447 0 142.804 0 0 0 0 396.765
Moma
(Kenmare)
Rio Tinto 3.388 45.203 93 26.616 0 0 0 1.741 75.299
ENI-East
1.137.728 373.717 0 0 0 0 0 0 0 1.511.445
Africa SPA
Total 7.074.689 2.456.744 154.890 455.091 341.048 397.854 663.641 155.150 6.643 11.550.600
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2.8. RECEITAS NÃO FISCAIS
No grupo das Receitas Não Fiscais, a rubrica das Receitas Próprias assume maior preponderância
no total arrecadado. Em 2015, tiveram o peso de 3,7%, o mais elevado do quinquénio, no total da
Receita do Estado.
2.9.RECEITAS DE CAPITAL
Ao longo deste período, as Receitas de Capital apresentaram um crescimento de 7,3%, por conta
do incremento de 49,5% da sub-rubrica de outras Receitas de Capital, que compensou a
diminuição de 30,8% registada nas Receitas de Dividendos e do crescimento, ainda que menor,
da rubrica da Alienação de Bens.
A variação negativa, nos últimos dois anos do período de 2011 a 2015, deveu-se, essencialmente,
à rubrica de Receitas de Dividendos, com taxas acima de 30% por ano. Este declínio sucede
após o registo de crescimento consecutivo nos exercícios de 2012 (39,1%) e 2013 (405,8%,).
Como se pode observar no quadro que se segue, o saldo final das dívidas ao Estado referidas nos
documentos debitados aos Recebedores das Áreas Fiscais e, posteriormente, enviados à cobrança
coerciva, correspondia, em 31/12/2015, a 11.098.803 mil Meticais, mais 9.020.526 mil Meticais
que no ano anterior.
Os Benefícios Fiscais que incidem sobre o IRPC cresceram 43,1%, o IVA, 80,1% e os Direitos
Aduaneiros, em 80,4%.
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Resulta, da análise feita, que 50,1%, dos
Benefícios Fiscais foram para sujeitos passivos HORA DE APRENDER
inscritos na Unidade dos Grandes Contribuintes
(UGC) de Maputo e 16,0% para contribuintes da Benefícios Fiscais – medidas que
Direcção de Área Fiscal da Matola. implicam a isenção ou redução do
montante a pagar dos impostos em
Em termos globais, a Despesa Fiscal situou-se em vigor, com o fim de favorecer as
4,0% da receita arrecadada, com particular actividades de reconhecido interesse
destaque para a Província de Maputo, onde o rácio público.
Benefício/ Receita foi de 9,1%.
Conhecimento de Cobrança –
De 2011 a 2015, o Imposto sobre o Valor certificado de dívida que é emitido pela
Acrescentado (IVA) na Importação assume a maior Direcção da Área Fiscal
proporção de Benefícios Fiscais concedidos, sendo
nos valores de 6.000 mil Meticais, em 2012 e, de Execuções Fiscais – quando os
17.076 mil Meticais, em 2015 contribuintes não pagam
voluntariamente os impostos, o Estado
cobrar coercivamente.
CONSTATAÇÕES
15
CAPÍTULO III
Despesa
Capítulo III: DESPESA
HORA DE APRENDER
3.1.FASES DA DESPESA
FIXAÇÃO
Autorização através
da lei para o Estado
gastar (a chamada
dotação orçamental)
PAGAMENTO
LIQUIDAÇÃO
Pagamento da
Verificar se o serviço
despesa liquidada.
foi feito ou se o bem
adquirido está em CABIMENTAÇÃO
boas condições. É a reserva da
dotação orçamental
necessária para a
realização de uma
despesa.
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3.2. EXECUÇÃO GLOBAL DO ORÇAMENTO DA DESPESA SEGUNDO A
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
Dotação Execução
Sectores Prioritários
Actualizada Valor %
Educação 45.563 41.815 91,8
Saúde 21.560 18.399 85,3
Infra-estruturas 28.743 21.592 75,1
Agricultura e Desenvolvimento Rural 13.193 11.366 86.1
Sistema Judicial 4.609 4.238 92,0
Outros Sectores Prioritários 6.130 5.035 82,1
Total Sectores Prioritários 119.799 102.446 85,5
Restantes Sectores 73.851 71.846 97,3
Despesa Sem Encargos da Dívida e Operações 193.650 174.292 90,0
Financeiras
Encargos da Dívida 7.622 7.622 100,0
Operações Financeiras 25.154 18.577 73,9
Despesa Total 226.425 200.491 88,5
Na Componente Investimento, foram gastos 64.077.888 mil Meticais, dos quais 49.328.952
mil Meticais (77,0%) correspondem a despesas de Âmbito Central, 9.124.695 mil Meticais
(14,2%), do Provincial, 4.442.284 mil Meticais (6,9%), do Distrital e 1.181.957 mil Meticais
(1,8%), do Autárquico.
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Do investimento de financiamento interno, foram executadas despesas, no valor de 42.677.398
mil Meticais, dos quais, 31.949.369 mil Meticais, no Âmbito Central (74,9%), tendo o
remanescente sido distribuído pelas províncias, distritos e autarquias.
CONSTATAÇÕES
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CAPÍTULO IV
Operações Relacionadas com o
Património Financeiro do Estado
Capítulo IV: OPERAÇÕES RELACIONADAS COM O
PATRIMÓNIO FINANCEIRO DO ESTADO
20
participou no capital social de empresas com 28.525.120 mil Meticais, sendo 28.448.692 mil
Meticais, em Sociedades Anónimas, 51.427 mil Meticais, em Sociedades por Quotas e 25.000
mil Meticais, numa Fundação.
Das 94 Sociedades Anónimas participadas pelo Estado, destacam-se, em termos de peso, a
HCB - Hidroeléctrica de Cahora Bassa, S.A., com 20.024.392 mil Meticais (67,2%), seguida
pelas TDM - Telecomunicações de Moçambique, S.A., com 2.520.000 mil Meticais (8,5%) e
BNI - Banco Nacional de Investimentos, S.A., com
HORA DE APRENDER
2.240.000 mil Meticais (7,5%)
IGEPE – entidade que gere as
4.3. SANEAMENTO FINANCEIRO ATRAVÉS participações que o Estado tem nas
DO IGEPE empresas, com vista a garantir a
efectivação da sua reestruturação
As despesas executadas pelo Estado no Saneamento patrimonial. Este coordena e
Financeiro de Empresas através do IGEPE, foram controla as participações do Estado
628.676, mil Meticais, dos quais 72,6% destinou-se nos diferentes tipos de sociedade e
ao saneamento financeiro do Banco Nacional de acompanha ou participa na gestão
Investimentos, SA e 4,0%, à EMATUM, S.A. de todas as empresas participadas
pelo Estado.
É de referir que os 456.599 mil Meticais que foram
destinados ao Banco Nacional de Investimentos, SA
Saneamento Financeiro – processo
correspondem ao pagamento das Obrigações do
que visa ajustar a situação
Tesouro e respectivos juros ao Millennium bim,
financeira de uma empresa para
resultantes do empréstimo de 471.571 mil Meticais,
evitar o seu colapso, permitindo um
contraído pelo IGEPE, no ano de 2012, para a
funcionamento normal da mesma. É
aquisição de parte de activos financeiros do capital
a implementação de um conjunto de
social do BNI, S.A., detida pelo Banco Português
medidas com objectivo de melhorar
(Caixa Geral de Depósitos).
o seu desempenho.
O valor de 25.100 mil Meticais, desembolsado à
EMATUM, S.A., foi aplicado na realização da participação do Estado no capital daquela
empresa. Por sua vez, 6.489 mil Meticais foram destinados ao pagamento de suprimentos.
Foram transferidos 20.000 mil Meticais (3,2%) à Sociedade Moçambicana de Medicamentos
(SMM, S.A.) para esta pagar 10.000 mil Meticais de despesas correntes caucionadas, vencidas
em Agosto de 2015, 5.000 mil Meticais, de participação dos acionistas e 5.000 mil Meticais,
para disponibilidade de caixa.
21
Quadro n.º 9 - Despesas do Estado no Saneamento Financeiro de Empresas e Aumento
de Capital, através do IGEPE
(Em mil Meticais)
22
4.4. SANEAMENTO FINANCEIRO ATRAVÉS DA DNPE
Em 2015, o valor arrecadado representa uma redução de 69,6%, com as receitas da venda das
participações a significar uma redução de 54,1% e as das alienações aos GTT´s, 98,7%.
No exercício em apreço, o IGEPE arrecadou receitas no valor de 5.463 mil Meticais, dos quais
4.916 mil Meticais (90,0%) foram para os cofres do Estado e 546 mil Meticais (10,0%)
couberam ao IGEPE.
Constatações
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CAPÍTULO V
Dívida Pública
Capítulo V: DÍVIDA PÚBLICA
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Gráfico n.º 3 – Evolução do Stock da Dívida Pública Externa
9.000,0
8.000,0 8.081,0
7.000,0 7.067,9
Em Milhões de Dólares
6.000,0 5.798,3
5.000,0 4.829,3 Multilateral
4.389,3 3.776,8 4.440,6
Fonte: Anexo4.000,0
Informativo 6 da CGE (2011-2015).
2.926,9 3.383,1 3.640,4
3.000,0
Câmbio: 1 USD 2.679,8
= 44,92 Meticais. 3.291,1 Bilateral
2.000,0 2.415,2
1.902,4
1.000,0 1.709,5 Dívida Pública
Externa
0,0
2011 2012 2013 2014 2015
26
5.3. DÍVIDA INTERNA
27
CONSTATAÇÕES
28
CAPÍTULO VI
Património do Estado
Capítulo VI: PATRIMÓNIO DO ESTADO
CONSTATAÇÕES
Como tem sido referido nos relatórios e pareceres anteriores, nas auditorias
realizadas, apurou-se que ainda persistem situações como a não actualização
do Inventário, o preenchimento incorrecto/incompleto das Fichas de
Inventário, a falta de aposição das etiquetas de identificação nos bens e
inexistência dos bens nos locais de afectação.
30
PARECER
PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2015
I. ENQUADRAMENTO LEGAL
Pelo preceituado no n.º 1 do artigo 50 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o
Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE), a Conta Geral do Estado
dever ser apresentada pelo Governo, à Assembleia da República e ao Tribunal
Administrativo, até 31 de Maio do ano seguinte àquele a que a mesma respeite.
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c) O inventário do património do Estado;
a) A Lei n.º 2/2015, de 7 de Maio, que aprova o Orçamento do Estado daquele ano;
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orçamentais, em cada nível, nos termos do artigo 8 da Lei n.º 2/2015, de 7 de Maio, que
aprova o Orçamento do Estado para o ano de 2015 e do artigo 28 e n.ºs 2 e 3 do artigo 34,
ambos da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro.
O registo das alterações de dotações orçamentais, em grande parte das entidades auditadas,
não foi fundamentado por documentação legalmente exigida para o efeito, em
conformidade com o Decreto n.º 11/2015, de 10 de Junho, que atribui competências aos
titulares dos órgãos e instituições do Estado para procederem a alterações (transfências e
redistribuições) de dotações orçamentais em cada nível.
33
Os arquivos de algumas instituições auditadas continuam com deficiências de organização,
o que dificulta a localização completa dos documentos comprovativos das receitas
colectadas e das despesas executadas. De acordo com o n.º 1 do artigo 90 das Normas de
Funcionamento dos Serviços da Administração Pública, aprovadas pelo Decreto n.º
30/2001, de 15 de Outubro, o arquivo deverá ser organizado, de maneira a permitir a
consulta ou obtenção de informação, com eficiência, simplicidade e rapidez. Ainda a este
respeito, de acordo com o estabelecido na alínea d) do n.º 7.1 das Instruções Sobre a
Execução do Orçamento do Estado, da Direcção Nacional da Contabilidade Pública, de 31
de Outubro de 2000, supracitadas, nenhum registo poderá ser efectuado sem existência de
documento comprovativo, que deverá ser arquivado por verbas e anos, de modo a permitir
a sua identificação.
A violação das normas sobre a elaboração ou execução dos orçamentos, bem como da
assunção, autorização ou pagamentos de despesas públicas ou compromissos e a utilização
de dinheiros ou outros valores públicos em finalidades diferentes das legalmente previstas,
constituem infracções financeiras, nos termos das alíneas b) e n) do n.º 3 do artigo 98 da
Lei n.º 14/2014, de 14 de Agosto, alterada e republicada pela Lei n.º 8/2015, de 6 de
Outubro.
3.1.1 - Recomendações
34
do artigo 13 do Manual de Administração Financeira e Procedimentos
Contabilísticos (MAF), aprovado pelo Diploma Ministerial n.º 181/2013, de 14 de
Outubro, do Ministro das Finanças (a);
3.2.1- Recomendações
35
e) A certificação, pelo Governo, nos prazos legalmente fixados, da conformidade dos
custos de exploração até aqui reportados pelas concessionárias das áreas 1 e 4, da
Bacia do Rovuma (e).
3.3.1 – Recomendações
b) Que o pagamento das despesas seja registado nas verbas prescritas no Classificador
Económico da Despesa, aprovado pelo Diploma Ministerial n.º 221/2013, de 30 de
Agosto, do Ministro das Finanças (b);
36
estabelece que os custos com o pessoal das empresas públicas não deve exceder
30,0% do total dos respectivos custos operacionais (e);
3.4.1 – Recomendações
37
disponibilizada ao TA, e dar seguimento às recomendações do TA sobre a CGE
mantendo, regularmente, informada a Assembleia da República;
3.5.1 - Recomendações
38
3.6 - Património do Estado
3.6.1 - Recomendações
d) A reavaliação dos bens que embora tenham o seu período de vida útil expirado,
ainda se encontram em condições de uso;
Que se faça o seguro dos veículos e imóveis do Estado, nos termos da alínea e) do artigo 7,
conjugado com o n.º 5 do artigo 20, ambos do Regulamento do Património do Estado,
supra referido, que estabelecem a obrigatoriedade de seguro dos bens do Estado;
39
g) O exercício de maior controlo e rigor no preenchimento das Fichas de Inventário,
em cumprimento dos procedimentos plasmados no Diploma Ministerial n.º
78/2008, de 4 de Setembro, do Ministro das Finanças, que aprova os Suportes
Documentais (Classificador Geral de Bens Patrimoniais e as Fichas de Inventário) e
no Regulamento do Património do Estado, aprovado pelo Decreto n.º 23/2007, de 9
de Agosto;
40
III. Sala de Sessões do Plenário do Tribunal Administrativo, em Maputo, aos 27 de
Novembro de 2015.
41
FICHA TÉCNICA
Propriedade e Edição
Tribunal Administrativo
Coordenação Editorial
Direcção de Sistemas de Informação e Comunicação
Inês Matsimbe
Contadoria da Conta Geral do Estado
Moisés Amaral
Equipa Técnica
Ancha Herculano
Elídia Jacques
Nalagi Faquir-Bay
Arranjo Gráfico
Ancha Herculano
Elídia Jacques
Nalagi Faquir-Bay
Revisão Linguística
DCI
Periodicidade
Anual
Distribuição
Gratuita
42