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O modelo de Dalton contribuiu para dar uma nova direcção aos estudos das
transformações químicas e dos processos que ocorrem com as unidades estruturais da
matéria. A unidade, ainda, hoje é denominada átomo, apesar de estudos posteriores
demonstrarem que ela não é indivisível.
Contudo, não era sufuciente para explicar dados experimentais como os obtidos por seu ex-aluno
Rutherford.
As limitações deste modelo estão relacionadas com o facto de não fazer corresponder os átomos
aos elementos, por não se saber o número de electrões em cada átomo. Uma maior evidência
sobre a existência do electrão como partícula foi dada pelo físico norte-americano Robert
Andrews Millikan (1868-1953), que determinou sua carga (1,6 x 10-19 coulombs) e foi agraciado
com o prêmio Nobel de Física em 1923.
Este modelo apresenta limitações pelo facto de admitir que os electrões giravam a volta do núcleo;
mas de acordo com a mecânica clássica (teoria electromagnética de Maxwell) segundo a qual
toda partícula eléctrica em movimento emite energia na forma de ondas electromagnéticas;
consequentemente o electrão em movimento perderia a sua energia e entraria em colisão com o
núcleo – o que na prática não acontece.
Esta contradição levou ao desenvolvimento de novos modelos atómicos.
Se um electrão recebe energia “salta” para o estágio superior, estágio de maior energia.
Se ele deixa de receber energia, devolve e energia recebida e “salta” para o seu estágio
de origem (estado fundamental).
Assim o “átomo de Rutherford”, corrigido pelas ponderações de Bohr foi dado o nome de Modelo
atómico de Rutherford – Bohr.
Bohr caracterizou cada nível energético (ou camada eletrónica) por um número natural “n” que
toma valores que vão de 1 a 7 as quais atribuiu designações correspondentes as letras do alfabeto:
Nível 1 2 3 4 5 6 7
Camada K L M N O P Q
Stoner propôs que o número máximo de electrões para cada nível energético (ou camada
electrónica) pode ser determinado pela relação 2n2, onde n é o nível de energia.
Principio de Heisemberg
Não é possível calcular a posição e a velocidade de um electrão, num mesmo instante.
Orbital atómica
Devido a dificuldade de calcular a posição exacta de um electrão na electrosfera, o cientista
Schrodinger em 1926 calculou a região onde haveria maior probabilidade de encontrar o electrão.
Esta região do espaço foi denominada de orbital.
Números Quânticos
Numero quântico principal (n), indica o nível de energia ou camadas electrónicas. O n varia de
1 a 7.
Numero quântico secundário ou azimutal (ℓ), indica o subnível ou subcamada onde se encontra
o electrão. Estes são designados pelas letras: s (sharp); p (principal) d (difiuse) f (fundamental)
Subnível : s, p, d, f
ℓ=n-1
Valor de ℓ: 0 1 2 3
Numero quântico magnético (m), está relacionado com a orientação espacial dos orbitais e indica
o número dos mesmos em cada subnível energético.
m: - ℓ.... o .... + ℓ
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Processo gráfico (diagrama energético de Linus Pauling). Determina uma sequência de subníveis
pelo seu conteúdo energético, veja tabela 3.
1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d 4p 5s 4d 5p 6s 4f 5d 6p 7s 5f 6d
Os grupos de Lavoisier
Em 1789 A. L. Lavoisier (1743-1794), Francês, publicou um dos seus livros “Trité Élémentaire
de Chimie”, onde apresentava uma lista de substâncias simples e não decomponíveis por nenhum
processo de análise conhecido. Estas substâncias estavam organizadas em vários grupos;
1° Grupo: incluiu o oxigénio, Nitrogénio, Hidrogénio, a luz e o calor, como sendo substâncias
simples que pertencem aos três reinos.
2° Colocou o S, P, C, Cl e o F. Chamou-lhes de substâncias simples não metálicas oxidáveis e
acidificáveis.
3° Incluiu a Prata, Arsénio, Bismuto, Cobalto, Cobre, estanho, chumbo, Tungsténio e zinco.
Chamou-lhes de substâncias simples metálicas oxidáveis e acidificáveis.
4° Incluiu o Cal (Óxido de cálcio), Barite (Óxido de bário), Magnésia (Óxido de magnésio),
Alumina (Óxido de alumínio), Sílica (Óxido de cilício). Chamou-lhes de substâncias terrosas e
salificáveis.
As tríadas de Dobereiner
Em 1817, J. W. Dobereiner (1780-1849), Alemão, em seus estudos verificou que o peso atómico
do Estrôncio (Sr) – 88 era praticamente a média dos pesos atómicos do Cálcio (Ca) – 40 e do
Bário (Ba) – 137. Chamou a este grupo de três (3) elementos de de uma tríada.
Posteriormente verificou que outras tríadas de elementos repetiam o mesmo modelo. Assim
acontecia com o Cloro, Bromo e Iodo, e com o Lítio, sódio e Potássio. Em qualquer das tríadas,
não só as propriedades eram idênticas, como também o “peso atómico” do elemento do meio era
próximo da média dos pesos atómicos dos outros dois.
Lei das tríadas: “Organizando os elementos em grupos de três, na ordem crescente de seus pesos
atómicos, o peso atómico do elemento central é a média dos pesos atómicos dos outros dois”.
NB: Nesta época, os químicos referiam e determinavam “pesos atómicos” para os elementos.
Só muito mais tarde vieram a adoptar a grandeza massa atómica para caracterizar o átomo.
As oitavas de Newlands
Seis anos depois, em 1863, J.A.R. Newlands (1837-1898) Inglês, verificou que quando os
elementos conhecidos eram dispostos segundo a seu peso atómico crescente, cada oitavo elemento
tinha propriedades semelhantes ao primeiro.
Lei das oitavas: “O oitavo elemento, contando a partir de qualquer um deles, é uma espécie de
repetição do primeiro, tal como acontece com as notas musicais numa escala de música”.
Esta espécie de repetição, com propriedades ocorrendo periodicamente deu origem ao termo
“classificação periódica”. Infelizmente, esta relação periódica mostrava-se boa nos primeiros 16
elementos, mas não funcionava para os seguintes.
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As curvas de Mayer
Em 1864, J. Lother Meyer (1830-1895) Alemão, determinou o volume ocupado por uma mole de
átomos das várias substâncias elementares conhecidas, no estado sólido e chamou-lhes “volume
atómico”. Quando marcou, num gráfico, esse volume em função do peso atómico do elemento,
verificou que havia alguma prioridade na forma da curva obtida. Portanto, os elementos que
ocupavam pontos correspondentes na curva pertenciam a mesma família, isto é, apresentavam
propriedades semelhantes. Por exemplo: o Lítio, Sódio, Potássio, Rubídio, e o Césio tinham
propriedades idênticas e situavam-se, na curva, nos pontos de maior variação do “volume
atómico”.
Os grupos e os períodos
De acordo com a lei da classificação periódica, a organização dos elementos na Tabela Periódica
é feita, segundo a horizontal, por ordem crescente do seu número atómico. Assim, o número de
ordem de cada elemento coincide com o respectivo número atómico.
Os elementos na Tabela Periódica, estão relacionados uns com os outros, de duas maneiras:
- Horizontalmente, em filas – os períodos;
- Verticalmente, em colunas – os grupos.
Os químicos verificaram que os gases nobres (He, Ne, Ar, K, Xe e Rn) apresentam, uma elevada
estabilidade electrónica, isto é, os átomos desses elementos dificilmente combinam-se com outros
átomos para formar compostos químicos.
Os gases nobres possuem 8 electrões na última camada, com a excepção do Hélio que só tem 2
electrões. Esta característica electrónica, leva a concluir que, a estabilidade dos átomos destes
elementos esta relacionada com o número de electrões da última camada. Assim, todos os átomos
de outros elementos para se tornarem estáveis tendem a perder ou ganhar electrões de modo a
adquirirem a configuração electrónica do gás nobre mais próximo – quando isto acontece o átomo
transforma-se num ião.
Os átomos dos demais elementos não só se atraem mutuamente, como também atraem átomos de
outros elementos, formando agregados suficientemente estáveis, que constituem as substâncias
compostas.
Assim, Ligação química é a união entre dois ou mais átomos, ou seja, é a força que mantém os
átomos unidos.
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Electrões de valência
Os electrões da última camada, (electrões de valência) é que estão envolvidos nas
reacções químicas, nas quais formam-se novas ligações químicas.
Os átomos ligam-se para adquirir a estrutura electrónica semelhante a de um gás nobre
(2 ou 8 electrões de valência).
Regra de Octeto
“Um átomo adquire a estabilidade quando possui 8 electrões na camada electrónica mais
externa, ou 2 electrões quando possui apenas a camada K “.
Figura 4: Modelo da rede iónica de Cloreto de sódio (a organização cristalina do Cloreto de sódio é
cúbica).
Propriedades das substâncias que apresenta m ligação iónica:
- Os compostos formados por ligação iónica são sólidos a temperatura ambiente, são duros,
quebradiços, apresentam elevados pontos de fusão e de ebulição e não conduzem a corrente
eléctrica.
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Ligação covalente
É a união entre Átomos, que é estabelecida por meio de pares de electrões, de tal modo que cada
par será formado por um electrão de cada Átomo.
Chama-se Covalência, ao número de pares de electrões compartilhados.
Pontes de hidrogénio
As pontes de hidrogénio são interacções que ocorrem entre átomos hidrogénio e outros átomos
de elementos muito electronegativos (F,O,N). Entretanto, esta ligação é do tipo
electrostático, não é muito firme. São as interacções intermoleculares mais intensas, medidas
tanto sob o ponto de vista energético quanto sob o ponto de vista de distâncias interatómicas.
Existem dois tipos de pontes de hidrogénio: a intramolecular (que ocorre na mesma molécula) e
a intermolecular (que ocorre entre duas moléculas).
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sp2 sp2 sp2
sp sp
C2H2 (Etino)
Exercícios de aplicação
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Bom trabalho
Docente: Ana Paula Camuendo