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NOME:___________________________________
TURMA:______________ DATA_______________
PROFESSORA NAYRA
ATIVIDADE DIAGNÓSTICA
LÍNGUA PORTUGUESA
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D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
E levou-a aos livros. D. Evarista ficou Vc sabia. Eu avisei. Vc não presta atenção
deslumbrada. Era um via-láctea de algarismos. no que eu falo?
E depois levou-a às arcas, onde estava o Quando ficar mais calma eu tc mais, tá
dinheiro. Deus! eram montes de ouro, eram mil legal?
cruzados sobre mil cruzados, dobrões sobre :-*
dobrões; era a opulência. Enquanto ela comia o Mônica
ouro com os seus olhos negros, o alienista* fitava- PINA, Sandra. Entre e-mails e acontecimentos. São Paulo:
Salesiana, 2006. Fragmento.
a, e dizia-lhe ao ouvido com a mais pérfida das
alusões:
5- As reduções (vc, tc) e os emoticons (:-*),
– Quem diria que meia dúzia de lunáticos...
usados com frequência em e-mails, imprimem ao
* médico especialista em doenças mentais.
ASSIS, Machado de. Papéis avulsos. São Paulo: Escala
texto
Educacional, 2008. Fragmento. A) agilidade.
B) clareza.
3- O termo destacado em “Era uma via-láctea de C) correção.
algarismos.” (ℓ. 33) assume, nesse texto, o D) formalidade.
sentido de E) precisão.
A) beleza.
B) disposição. ------------------------------------------------------------
C) luminosidade. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
D) organização. cultura dos sebos
E) quantidade. O administrador André Garcia tinha 26 anos
quando abandonou uma promissora carreira na
------------------------------------------------------------ área de inteligência de mercado em operadoras
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. de celular, no Rio. Estava farto do mundo
Turismo corporativo. Na dúvida do rumo a seguir, buscou a
A única coisa que perturba harmonia do vida acadêmica. Mas, ao procurar livros para um
ambiente são os turistas. Alguns. Eles não viajam a mestrado, notou uma lacuna no mercado que
fim de ver o mar, ouvir o vento, sentir a areia. Eles mudaria sua trajetória.
só querem mudar de cenário para fazer as coisas Garcia não achava os títulos que queria em
que fazem sempre. E, para eles, o som é essencial. bibliotecas e livrarias, perdia-se nos sebos e na
A todo volume. Para que todos saibam que eles têm falta de oferta de usados na internet. Veio então o
som. Nunca desembarcam de si mesmos. Por onde estalo. Em um ano, lançou o Estante Virtual,
vão, sua presença é uma perturbação para o portal de compra de livros usados, que completa
espírito. Fico a me perguntar: por que não gostam
quatro anos com 1.670 sebos, com 22 milhões de
do silêncio? Acho que para eles, o silêncio é o
obras reunidas.
mesmo que o vazio. E o vazio é sinal de pobreza.
Aos 31 anos, Garcia comanda um negócio
Nossa cultura provocou uma transformação
perversa nos seres humanos, de forma que eles que vende 5 mil livros diários, em 300 mil buscas
acreditam que, para estar bem, é preciso estar (12 buscas por segundo em horário de pico). Para
acoplados a objetos tecnológicos. ele, os sebos devem ser valorizados como
ALVES, Rubem. Turismo. In: Quarto de Badulaques. São Paulo: agentes de democratização da leitura. “Elas têm
Parábola, 2003. p. 158. Fragmento. de estimular a imaginação e a reflexão. Qualquer
leitura não é leitura”, diz com autoridade
4- No trecho “Nunca desembarcam de si conquistada pelo sucesso da iniciativa inédita de
mesmos.”, o autor usou a expressão destacada intermediação. Garcia diz ser um erro achar que
para ressaltar que os turistas têm dificuldade de só à escola cabe estimular a leitura. É desafio do
A) conviver em harmonia. país, afirma, fazê-la ser vista como prazer. O
B) mudar os hábitos. Estante Virtual quer provar que até uma iniciativa
C) respeitar o lugar. de negócio pode fazer a sua parte.
D) sentir a paisagem. Língua Portuguesa, ano 4, nº 53, mar. 2010, p. 13. Fragmento.
E) transformar as pessoas.
6- No trecho “É desafio do país, afirma, fazê-la
------------------------------------------------------------ ser vista como prazer.” (ℓ. 25-26), o pronome
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. destacado refere-se à palavra
Quanta pressa! A) democratização.
Como vc é apressada! Não lembra que eu B) leitura.
disse antes de vc viajar que eu ia pra fazenda do C) imaginação.
meu avô? Quem mandou não dar notícias antes D) reflexão.
d’eu ir pra lá?!?!?!:-O E) escola.
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D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
disso, no entanto, as grandes empresas de
------------------------------------------------------------ distribuição oferecem o alimento na espiga, que é
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. destinado à produção de curau ou pamonha,
História deliciosa segundo o Centro Nacional de Pesquisa de Milho
Nada mais gostoso que cheirinho de pão e Sorgo da Embrapa, órgão ligado ao governo
quente de manhã! Muita gente pensa assim, em federal.
vários países, há milhares de anos. O pão foi o Do ponto de vista nutricional, o milho é
primeiro alimento criado pelo homem, há cerca de riquíssimo em cálcio, entre outros minerais. No
12 mil anos. Antes todos dependiam da caça e da contato com o fogo (pipoca), parte dos nutrientes
pesca para comer. são perdidos.
Quando os antigos aprenderam a plantar Outra função importante do milho à
trigo, deram um grande passo para se alimentação diária: dele, os produtores
desenvolver e conquistar novas terras. conseguem extrair a farinha de milho e fubá,
Descobriram que os cereais eram fáceis de utilizados para preparo de pratos típicos
plantar, resistentes e permitiam fazer pão. No brasileiros. Ambos são ricos em amido e
começo, os grãos eram moídos e misturados à polissacarídeo que ajuda a fortalecer o sistema
água e a massa assada sobre cinzas. O resultado imunológico.
era um pão fi no e duro, torrado e meio sem O ideal é que as substâncias encontradas
gosto. Mas era só o começo de uma longa no milho façam parte do cardápio, mesmo que
história. seja de forma indireta, como na polenta ou na
pamonha caseira.
PRIMEIRAS DELÍCIAS Vida Natural e equilíbrio. Escala, número 19. p. 25.
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D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
que também são úteis, quando não passam de
meros badulaques teens.
Os celulares estão cada vez mais viciosos,
uma coqueluche. Já fazendo analogia com a peste,
os celulares estão se tornando uma febre, [...] bem
como outros aparelhos pequenos, úteis e viciantes.
[...] Tem gente que não vive sem o celular! Não fica
sem aquela olhadinha, telefonema ou mensagem
instantânea, uma mania mesmo.
Interessante, uma vez, um amigo meu
jornalista disse que os celulares podem ser
próteses. Bem como outro objeto, status ou droga
podem ser próteses. Pode haver gente que não têm
amigos, mas tem o melhor celular, o mais moderno,
uma prótese para a vida.
Pode ser que haja gente que não seja feliz,
mas tenha uma casa boa, o carro do ano, o poder, a
fama e muito dinheiro, tem próteses.
Tudo que tenta substituir o natural, o simples
da vida, será prótese de uma pessoa. Aqui, entendo
natural como a busca da realização, da felicidade,
do bem-estar que se constrói pela simplicidade, pelo
Disponível em: <http://home.alie.br/sites/iscafaculdades/noticia.php?
prazer de viver. Viver incluído no mundo digital e id=5195>. Acesso em: 8 jan. 2012.
moderno é legal, mas é preciso manter o senso
crítico de que as coisas podem ser pequenas, úteis 16- Nesse texto, as formas verbais “Tire” e “Fique”
e viciantes. VIANA, Moisés. foram usadas para expressar
Disponível em:
<http://meuartigo.brasilescola.com/psicologia/exoticos-pequenos- A) um alerta.
viciantes.htm>. Acesso B) um desejo.
em: 4 fev. 2012. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfi ca.
C) um pedido.
D) uma ordem.
15- No Texto 1, no trecho “... é preciso manter o
E) uma súplica.
senso crítico de que as coisas podem ser
pequenas, úteis e viciantes.” (ℓ. 37), a
expressão destacada enfatiza ------------------------------------------------------------
A) a importância dos celulares na vida moderna. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
B) a inferioridade dos aparelhos celulares. Leitura: quem começa não para mais
C) a tecnologia presente nos aparelhos Mundo Jovem: Qual a importância da
celulares. leitura para os jovens?
D) uma crítica ao uso do celular e seus Elisabeth Dangelo Serra: A leitura no
malefícios. mundo moderno é a habilidade intelectual mais
E) uma relação entre o tamanho do celular e o importante a ser desenvolvida e cultivada por
vício. qualquer pessoa e de qualquer idade. Os jovens
que não tiveram a oportunidade de descobrir os
------------------------------------------------------------ encantos e os poderes da leitura terão mais
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. dificuldades para realizar seus projetos de vida do
que aqueles que escolheram a leitura como
companhia. Apesar dos atrativos atuais trazidos
pelas novas tecnologias, hoje há um número
expressivo de jovens que leem porque gostam e
ao mesmo tempo são usuários da internet.
Aqueles que são leitores têm muito mais
chances de usufruir da internet do que aqueles
que não têm contato com a leitura de livros,
jornais e revistas. Contudo é a leitura literária que
alimenta a imaginação, a fantasia, criando as
condições necessárias para pensar um projeto de
vida com mais conhecimento sobre o mundo,
sobre as coisas e sobre si mesmo.
Uma mensagem: nunca é tarde para
começar a ler literatura. Portanto aqueles que não
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D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
trilharam esse caminho, e desejarem O salão entornava luz pelas janelas. No
experimentar, vale a pena tentar. sofá, bocejava a boa [...] D. Maria, digerindo
Mundo Jovem: Como nos tornamos sonolentamente o quilo do jantar. O seu digno
leitores, como desenvolvemos o gosto pela consorte, o desembargador, apreciava o fresco da
leitura? noite à janela, sugando com ruído a fumaça de
Elisabeth Dangelo Serra: Só há uma um havana, com os olhos nos astros e as mãos
maneira de nos tornarmos leitores: lendo. E essa nas algibeiras. Perto do piano, arrulavam à meia-
atitude é cultural, ela não nasce conosco, tem que voz Belmiro e Clara... Já se sabe: dois
ser desenvolvida e sempre alimentada. pombinhos...
O entorno cultural em que a pessoa vive é O Belmiro estudava; tinha futuro, portanto;
determinante para que a habilidade de ler tenha Clara... tocava e cantava...
chances de crescer. Ela é fruto do exemplo e das II
oportunidades de contato com a cultura letrada, – Belmiro, disse o desembargador, atirando
em suas diversas formas. O exemplo e as à rua a ponta do charuto, manda Clara cantar...
oportunidades são criados por adultos que estão – Cante, D. Clara, pediu Belmiro.
próximos às crianças e aos jovens. Clara cantou... Cantou mesmo? Não sei.
Disponível em: <http://www.mundojovem.pucrs.br/entrevista-03- Mas as notas entraram melífluas pelos ouvidos de
2009.php>. Acesso em: 15 abr. 2011. Fragmento.
Belmiro e foram cair-lhe como açúcar no paladar
do coração...
17- No trecho “... tem que ser desenvolvida e
– Esplêndido! Esplêndido! dizia ele, fazendo
sempre alimentada.” (ℓ. 34), a palavra destacada
chegar a umidade do hálito à face rosada da
assume no contexto o sentido de
meiga Clarinha...
A) aperfeiçoada.
O desembargador olhava outra vez para os
B) apreciada.
astros...
C) avaliada.
III
D) exercitada.
Rola o tempo...
E) sustentada.
Numa casinha modesta de S. Cristóvão,
mora o Dr. Belmiro com sua senhora D. Clara...
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Os vizinhos dizem cousas... ih!
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
IV
– Como vais, Belmiro?
– Mal!
– Mal?... disseram-me que te casaste com a
tua Clarinha...
– Sim! Sim!... mas, queres saber... de amor
ninguém vive; é de feijões...
– Então...
– Devo até a roupa com que me cubro!...
– E o dote?
– Ah! Ah! Adeusinho...
V
É noite.
D. Clara está ao piano. Um vestido
Disponível em: <http://www.messa.com.br/eric/ecode/labels/social enxovalhado escorre-lhe da cintura abaixo, sem
%20media.html>. Acesso em: 9 out. 2012.
um enfeite. D. Clara está magra. No chão arrasta-
se um pequenote de um ano, com uma
18- Nesse texto, no trecho “Dê uma voltinha de
camisolinha [...] amarrada em nós sobre o cóccix.
carro com o barbeiro”, a palavra destacada tem o
Clara toca; e não canta, porque tem os
sentido de
olhos vermelhos e inflamados...
A) pessoa que coleciona carros.
O Dr. Belmiro vem da rua zangado.
B) pessoa que dirige mal.
– Não sei o que faz a senhora, gastando
C) pessoa que usa barba ou bigode.
velas a atormentar-me!... Mande para o diabo as
D) profi ssional que trabalha com carros.
suas músicas e vá-se com elas!
E) profi ssional que faz barba e cabelo. POMPEIA, Raul. A comédia. São Paulo, n. 66, 21 maio 1931.
Disponível em: <http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?
link=http://www.biblio.com.
------------------------------------------------------------ br/conteudo/raul_pompeia/antesedepois.htm>. Acesso em: 3 fev.
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. 2012. Fragmento.
Antes e depois
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D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
19- No trecho “... gastando velas a atormentar- Muitos livros vendidos na Bienal têm como
me!” (ℓ. 51-52), o pronome destacado refere-se foco a primeira e a segunda visão de leitura, seus
A) à D. Clara. autores enxergam o texto como um fim em si
B) à D. Maria. mesmo, apresentando ideias prontas, ou primando
C) ao desembargador. pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o
D) ao Dr. Belmiro. domínio da língua é a base para a leitura.
E) ao pequenote. Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre
como transformar um leitor comum em leitor ideal,
um cidadão pleno em relação a sua identidade. A
------------------------------------------------------------ construção da identidade social é um fenômeno que
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. se produz em referência aos outros, a aceitabilidade
Carta de Leitor que temos e a credibilidade que conquistamos por
Enaltecer a habilidade literária de Lya Luft meio da negociação direta com as pessoas. A leitura
seria “chover no molhado”. Eu a acompanho é a ferramenta que assegurará não apenas a
sempre, pois creio que ela é detentora da constituição da identidade, como também tornará
qualidade de que almejo um dia chegar próximo, esse processo contínuo.
e de hoje coloco em crônicas num blog cujo foco Para tornar isso factível podemos, como
são o otimismo e a esperança. Por esse motivo, o educadores, adotar estratégias de incentivo,
artigo de Lya tocou-me mais do que nunca, apoiando-nos em textos como as tirinhas e as
especialmente porque sempre se percebe nela a histórias em quadrinhos, até chegar a leituras mais
preocupação em desfazer a opinião de alguns complexas, como um romance de Saramago,
que a qualificam como mal-humorada, ranzinza e Machado de Assis ou textos científicos. Construir
saudosista. Lya, no meu modo de ver, é realista, em sala de aula relações intertextuais entre gêneros
perspicaz, observadora e analista da realidade. e autores também é uma estratégia válida.
No presente artigo, nesse momento em que A família também tem papel importante no
passamos a ver uma tênue luz no fim do túnel incentivo à leitura, mas como incentivar filhos a ler,
mundial, ela aponta e vislumbra a luminosidade se os pais não são leitores? Cabe à família não
sobre todos os entraves que impedem o brasileiro apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato
de ler como um processo. Discutimos à mesa
e o ser humano universal de viver com um
questões políticas, a trama da novela, por que não
mínimo de dignidade. Ainda é possível mudar.
trazermos para nosso cotidiano discussões sobre os
Teodoro Uberreich livros que lemos?
Veja, Ilha Bela, SP, 2 nov. 2011. KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Disponível em:
<http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica-
20- No Texto 2, o autor usou a expressão ortografia/32/
artigo235676-1.asp>. Acesso em: 13 nov. 2011. Fragmento.
“‘chover no molhado’” (ℓ. 2) para expressar
A) admiração.
21- Nesse texto, no trecho “a aceitabilidade que
B) entusiasmo.
temos e a credibilidade” (ℓ. 15-16), o pronome
C) frustração.
destacado refere-se à palavra
D) ironia.
A) aceitabilidade.
E) monotonia.
B) credibilidade.
C) identidade.
------------------------------------------------------------ D) leitura.
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. E) negociação.
A importância da leitura como identidade social
[...] Um dos nossos objetivos é incentivar a ---------------------------------
leitura de textos escritos, não apenas daqueles
legitimados pelos acadêmicos como “boa leitura”,
mas os escolhidos livremente. Pela análise dos
números da última Bienal do Livro realizada em São
Paulo, constata-se que “ler não é problema”, pois,
segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto de
2010, cerca de 740 mil pessoas visitaram os stands
que apresentaram mais de 2.200.000 títulos. Mas,
perguntamo-nos: os livros expostos e os leitores que
lá compareceram se encaixam em qual tipo de
leitor? Podemos afirmar que todos os livros foram
escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogará
com os textos?