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A teoria aristotélica do ser quanto a da causalidade visam resolver o impasse, até certo ponto ainda
presente em Platão, entre o monismo de Parmênides e as teorias pré-socráticas do fluxo e do movimento,
como o atomismo. Na Metafísica encontramos ainda três distinções adicionais a esse respeito que
resultam da elaboração da teoria aristotélica do ser: 1) essência e acidente (livro E); 2) necessidade e
contingência (livro Z e H); e 3) ato e potência (livro O).
O saber teórico, para Aristóteles, divide-se em: ciência geral e ciência natural. Por sua vez a
ciência natural é dividida em: (1) Física e astronomia; (2) Ciências da vida ou “biológicas”; (3)
Psicologia. A segunda parte do sistema consiste no saber prático, que inclui a ética e a política. O saber
prático distingue-se do saber teórico porque seu objetivo não é o conhecimento de uma realidade
determinada, mas o estabelecimento das normas e critérios da boa forma de agir, isto é, da ação correta. A
terceira parte do sistema caracteriza-se pelo saber produtivo ou poiesis, abrangendo sobretudo os estudos
de estética.
Partindo dos diferentes tipos de proposição – afirmativa, negativa, universal, particular – e das
relações entre proposições, Aristóteles examina as regras de inferência e os esquemas que constituem os
modelos válidos de dedução silogística. A argumentação retórica difere da demonstração científica, já que
suas premissas não se baseiam em um conhecimento verdadeiro, podendo ser da ordem da opinião.
Podemos ver de imediato que a visão de Aristóteles do processo de conhecimento é mais linear do
que a de Platão. Não há rupturas, nem um processo de desvio e adaptação do olhar como ocorre com o
prisioneiro na caverna; ao contrário, trata-se de um processo cumulativo, em que passo a passo
progredimos da etapa anterior para a seguinte com base no conhecimento já obtido.