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1 LESÕES DO MANGUITO ROTADOR

O ombro se constitui das seguintes articulações;

 Articulação glenoumeral;
 Articulação esternoclavicular;
 Articulação acromioclavicular;

Fonte: tratado de ortopedia “SBOT” Sociedade brasileira de ortopedia e traumatologia

Quando falamos da articulação glenoumeral, devemos ressaltar que a mesma é


tipicamente instável, sendo estabilizada de forma dinâmica pelos músculos do
complexo do manguito rotador, e de forma estática pelo lábio e por seus ligamentos.

A parte superior da cabeça umeral se faz coberta por um capuz formado por
tendões, que se originam a partir da fusão de tendões das terminações dos
músculos subescapular, supra-espinhal, infra-espinhal e redondo menor, esse
mesmo capuz se adere à cápsula articular acabando por formar uma cobertura
sobre a cabeça do úmero, dai originando seu nome “MANGUITO ROTADOR”.

A realização da elevação dos membros superiores só se faz possível na presença


de uma excelente estabilização na glenóide, sendo essa estabilização realizada pelo
desempenho do manguito rotador.

São inúmeros os fatores etiológicos que podem estar associado a disfunções do


complexo do ombro, podendo se definir a mesma como “síndrome dolorosa do
ombro de origem degenerativa, acompanhada ou não pela perda de força,
caracterizada por tendinite do manguito rotador, podendo apresentar ruptura parcial
ou total de um ou mais tendões, dependendo da fase clinica na qual o paciente se
encontra, onde normalmente o local de inicio para o processo se encontra no
musculo supra-espinhal”.

Segundo Neer podemos descrever três fases clinicas para a clinica da patologia.

Durante a fase 1, que ocorre em períodos abaixo dos 25 anos, tendo como
característica um quadro de dor aguda, sendo um quadro reversível, ocorrendo
edema e hemorragia nos tendões e bursas, gerando uma incapacidade temporária
por conta do quadro doloroso, sendo um fase na qual se indica um tratamento mais
conservador.

Fonte: tratado de ortopedia “SBOT” Sociedade brasileira de ortopedia e traumatologia

Na fase 2, podemos observar a evolução de um processo inflamatório crônico, que


pode levar ao aparecimento de uma fibrose e espessamento da Bursa, além de
quadros de tendinites. Ocorre no decorrer dos 25 e 40 anos de idade, sendo mais
frequente em atletas, tendo como diagnostico diferenciados casos de capsulite
adesiva, seus dados clínicos que se apresentam mais significantes são quadros de
dor crônica, após elevação atividades que necessitem de elevação do membro
superior, dores durante a rotação interna do ombro, e casso de dores noturnas, em
especial ao dormir em decúbito lateral. Durante essa fase assim como a anterior não
ocorre ruptura completa do manguito rotador, mas poderá existir ruptura parcial,
levando a um déficit funcional causado pela dor.
Fonte: tratado de ortopedia “SBOT” Sociedade brasileira de ortopedia e traumatologia

Em se tratando da fase 3, encontramos ruptura completa de um ou mais tendões e


um quadro de dor constante, assim como perda da força para elevar o membro
superior. Ocorre mais frequentemente em pacientes com mais de 40 anos de idade,
casos de crepitação subacromial é um sinal clinico muito significativo para essa fase.

Fonte: tratado de ortopedia “SBOT” Sociedade brasileira de ortopedia e traumatologia

1.1 DIAGNÓSTICO

Patologias envolvendo o manguito rotador podem vir a se desenvolver por conta de


tendinites e acabar evoluindo para um caso de ruptura segundo Nee, para um
diagnostico concreto, deve-se realizar testes clínicos de eficiência comprovada para
observar possíveis disfunções relacionadas ao complexo do ombro, assim como o
manguito rotador, dentro os testes podemos citar,
 Teste de Neer;
 Teste de Hawkins;
 Teste de Yocum;
 Palm-up ou teste de speed;
 Teste de Yergasib;
 Teste de Jobe;
 Teste de Patte.

O diagnóstico pode ser realizado através de exames por imagem, como incidências
radiográficas envolvendo o completo do ombro, a Ressonância magnética é de
grande ajuda no diagnostico das lesões do manguito rotador, e no processo de
avaliação da qualidade dos tecidos e fibras musculares.

2 TRATAMENTO

Como falado acima durante a fase 1 o tratamento conservador é o mais utilizado,


através do emprego de antiinflamatorios não-hormonais, e utilização de compressas
de gelo na região.

Quando se apresentando um quadro 2, a utilização de anti-inflamatório e fisioterapia


são recomendados, respeitando os limites impostos pela dor. O objetivo principal
para a reabilitação serão o alivio do quadro doloroso, utilizando meios físicos como a
crioterapia, correntes TENS, ultra som e ondas curtas, assim como o fortalecimento
da musculatura que abrange o manguito rotador, sendo os rotadores internos e
externos, assim como adutores do ombro, de forma a diminuir o atrito acromioumeral
e com isso impedindo a evolução do processo inflamatório e degenerativo.

A fase 3 se caracteriza pela ruptura completa do manguito, em principio, é de


tratamento cirúrgico, na qual será realizado descompressão subacromial, com
acromioplastia antero-inferior.

3 PROGNÓSTICO

A reeducação do paciente é fundamental em qualquer uma das fases em que o


paciente se encontre, visando a melhoria da execução de suas atividades de forma
a evitar recidivas, o prognostico de faz relativo de individuo para individuo, assim
como os procedimentos realizados.
4 INSTABILIDADE FEMOROPATELAR

Afecção mais frequente no joelho de jovens adultos e adolescentes, de muito fácil


reconhecimento clinica, porém, bastante controversas em se tratando de uma
fisiopatologia e na conduta que deve ser tomada.

Fonte: tratado de ortopedia “SBOT” Sociedade brasileira de ortopedia e traumatologia

Inicialmente se faz necessário uma análise das lesões presente na cartilagem da


patela, onde normalmente existem sob denominação de condromalácia.

Em se tratando de prática diária, pode se observar que não existe paralelismo entre
os vários tipos de lesões e sintomatologias clínicas.

Fonte: tratado de ortopedia “SBOT” Sociedade brasileira de ortopedia e traumatologia


As instabilidades presentes na patela podem apresentar características que nos
levam a acreditar que possam ser afecções congênitas ou até mesmo genéticas,
seus primeiros sintomas podem surgir em qualquer idade, contudo em sua maioria,
aparecem em crianças ou adolescentes com idade entre 10 e 18 anos.

As instabilidades mais comuns aparecem mais na adolescência com maior


incidência em meninas, se iniciando através de algum trauma, com força em valgo e
rotação externa da perna. Outro fato que pode levar a instabilidade é: Altura da
patela distância excessiva entre a tuberosidade anterior da tíbia e a garganta da
tróclea e a displasia do quadríceps, sendo esses fatores visíveis em um exame de
imagem.

2 EXAMES CLÍNICOS E RADIOLÓGICOS

Ao se analisar o histórico do paciente, podemos encontrar duas formas de


apresentação da instabilidade, podendo aparecer como luxação traumática da patela
ou instabilidade crônica.

Em se tratando da luxação, o paciente relata sentir que seu joelho se desloca


quando realizado algum movimento que exija algum tipo de esforço ou durante
alguma atividade física, acontecendo em um movimento de flexão associado a
rotação externa do joelho, ou contração violenta do quadríceps, podendo assim levar
a um caso de luxação lateral da patela.

3 TRATAMENTO

Incialmente são tratados de forma conservadora as instabilidades femoropatelares.


Se utilizando de medidas fisioterapêuticas de reeducação, fortalecimento,
flexibilidade muscular e propriocepção, as quais devem ser feitas de maneira não
agressiva visando não lesar ainda mais a cartilagem, se utilizando na sua grande
maioria atividades com cadeia cinética fechada, sem deixar de observar alterações
de postura, bacia, quadril e pés, pois dor referida em femoropatelar pode ter
referencia em outra articulação, ou seja, devemos avaliar o paciente como um todo.
As indicações terapêuticas variam de paciente para paciente, dependendo de sua
idade e das formas clinicas que se apresentam as instabilidades.

Fonte: tratado de ortopedia “SBOT” Sociedade brasileira de ortopedia e traumatologia

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