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PROFIBUS
Características Básicas
O PROFIBUS especifica as características técnicas e funcionais de um sistema de
comunicação industrial, através das quais dispositivos digitais podem se interconectar,
desde o nível de campo até o nível de células.
O PROFIBUS é um sistema multi-mestre e permite a operação conjunta de diversos
sistemas de automação, engenharia ou visualização, com seus respectivos dispositivos
periféricos (por ex. I/O’s). O PROFIBUS diferencia seus dispositivos entre mestres e
escravos. Dispositivos mestres determinam a comunicação de dados no barramento. Um
mestre pode enviar mensagens, sem uma requisição externa, sempre que possuir o direito
de acesso ao barramento (o token).
Os mestres também são chamados de estações ativas no protocolo PROFIBUS.
Os dispositivos escravos são dispositivos remotos (de periferia), tais como módulos de
I/O, válvulas, acionamentos de velocidade variável e transdutores. Eles não têm direito de
acesso ao barramento e só podem enviar mensagens ao mestre ou reconhecer mensagens
recebidas quando solicitados. Os escravos também são chamados estações passivas. Já
que para executar estas funções de comunicação somente um pequena parte do protocolo
se faz necessária, sua implementação é particularmente econômica.
Arquitetura do protocolo
O PROFIBUS é baseado em padrões reconhecidos internacionalmente, sendo sua
arquitetura de protocolo orientada ao modelo de referência OSI (Open System
Interconnection) conforme o padrão internacional ISO 7498. Neste modelo, a camada 1
(nível físico) define as características físicas de transmissão, a camada 2 (data link layer)
define o protocolo de acesso ao meio e a camada 7 (application layer) define as funções
de aplicação.
O PROFIBUS-DP usa somente as camadas 1 e 2, bem como a interface do usuário. As
camadas 3 a 7 não são utilizadas. Esta arquitetura simplificada assegura uma transmissão
de dados eficiente e rápida. O Direct Data Link Mapper (DDLM) proporciona à interface
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Baud rate (Kbit/s) 9.6 19.2 93.75 187.5 500 1500 3000 6000 12000
Distância/segmento (m) 1200 1200 1200 1000 400 200 100 100 100
Tabela 1: Distâncias baseadas em velocidade de transmissão para cabo Tipo A
Os cabos PROFIBUS são oferecidos por vários fabricantes. Uma característica particular
é o sistema de conexão rápida. O uso de cabos do tipo B, ao contrário do que
anteriormente divulgado, não é mais recomendado.
Durante a instalação, observe atentamente a polaridade dos sinais de dados (A e B). O
uso da blindagem é absolutamente essencial para se obter alta imunidade contra
interferências eletromagnéticas. A blindagem por sua vez deve ser conectada ao sistema
de aterramento em ambos os lados através de bornes de aterramento adequados.
Adicionalmente recomenda-se que os cabos de comunicação sejam mantidos separados
dos cabos de alta voltagem. O uso de cabos de derivação deve ser evitados para taxas de
transmissão acima de 1,5Mbits/s. Os conectores disponíveis no mercado hoje permitem
que o cabo do barramento entre/saia diretamente no conector, permitindo assim que um
dispositivo seja conectado/desconectado da rede sem interromper a comunicação.
Nota-se que quando problemas ocorrem em uma rede PROFIBUS, cerca de 90% dos
casos são provocados por incorreta ligação e/ou instalação. Estes problemas podem ser
facilmente solucionados com o uso de equipamentos de teste, os quais detectam falhas
nas conexões.
Para a conexão em locais com grau de proteção IP20, utiliza-se conectores tipo DB9 (9
pinos). A definição da pinagem e esquema de ligação é mostrada na figura 5.
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Perfil de Comunicação DP
O PROFIBUS-DP foi projetado para comunicação de dados em alta velocidade no nível
de dispositivo. Os controladores centrais (por exemplo:, PLCs/PCs) comunicam com seus
dispositivos de campo distribuídos: (I/O’s), acionamentos (drivers), válvulas, etc., via um
link serial de alta velocidade.
A maior parte desta comunicação de dados com os dispositivos distribuídos é feita de
uma maneira cíclica.
As funções necessárias para estas comunicações são especificadas pelas funções básicas
do PROFIBUSDP, conforme EN 50 170. Além da execução destas funções cíclicas,
funções de comunicação não cíclicas estão disponíveis especialmente para dispositivos de
campo inteligentes, permitindo assim configuração, diagnóstico e manipulação de
alarmes. Estas novas funções não cíclicas são definidas na diretriz PROFIBUS No. 2.042
e são descritos no capítulo Funções DP Estendidas.
Funções básicas
O controlador central (mestre) lê ciclicamente a informação de entrada dos escravos e
escreve também ciclicamente a informação de saída nos escravos. O tempo de ciclo do
bus é geralmente mais curto que o tempo de ciclo do programa do PLC, que em muitas
aplicações é em torno de 10 ms. Além da transmissão cíclica de dados de usuário,
PROFIBUS-DP proporciona funções poderosas de diagnóstico e configuração.
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Tecnologia de transmissão
RS-485 (par trançado cabo de dois fio) ou Fibra Ótica Baudrate: 9.6 kbit/sec a 12
Mbit/séc
Acesso ao Bus
Procedimento de passagem de token entre mestres e procedimento de mestre-escravo
para escravos. Possível sistemas mono-mestre ou multi-mestre. Dispositivos mestre e
escravo, máximo de 126 estações em um barramento de comunicação.
Comunicação
Peer-to-peer (transmissão de dados de usuário) ou Multicast (comandos de controle).
Transmissão de dados do usuário mestre-escravo cíclica e transmissão de dados não
cíclica mestre-mestre.
Modos de Operação
Operate: Transmissão cíclica de entrada e saída de dados.
Clear: Entradas são lidas, e saídas são mantidas em estado seguro.
Stop: Transmissão de dados só é possível em mestre-mestre.
Sincronização
Comandos de controle permitem sincronização de entradas e saídas.
Sync mode: Saídas são sincronizadas.
Freeze mode (modo de congelamento): Entradas são sincronizadas.
Funcionalidade
Transmissão de dados cíclica entre mestre DP e escravo(s) DP.
Ativação ou desativação dinâmica de escravos individualmente.
Verificação da configuração do escravo DP.
Sincronização de entradas e/ou saídas.
Designação de endereços para escravos DP via o barramento.
Configuração de mestre DP (DPM1) sobre o bus.
Máximo de 246 bytes de entrada e saída por escravo DP.
Velocidade
O PROFIBUS-DP requer aproximadamente 1 ms a 12 Mbit/sec para a transmissão de 512
bits de dados de entrada e 512 bits de dados de saída distribuídos em 32 estações. A
figura abaixo mostra o tempo típico de transmissão do PROFIBUS-DP em função do
número de estações e da velocidade de transmissão. O significativo aumento da
velocidade em comparação com o PROFIBUS-FMS deve-se principalmente ao uso do
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Funções de diagnóstico
As mensagens de diagnósticos são transmitidas ao barramento e coletadas no mestre.
Estas mensagens são divididas em três níveis:
Diagnósticos de Estação: estas mensagens ocupam-se com o estado operacional
geral da estação (por exemplo: alta temperatura ou baixa tensão).
Diagnósticos de Módulo: estas mensagens indicam que existe uma falha em um
I/O específico (por ex.: o bit 7 do módulo de saída) de uma estação.
Diagnósticos de Canal: estas mensagens indicam um erro em um bit de I/O (por
ex.: curto-circuito na saída 7).
Mecanismos de Proteção
A segurança e confiabilidade se fazem necessárias para proporcionar ao PROFIBUS-DP
funções eficientes de proteção contra erros de parametrização ou erros do equipamento de
transmissão. Para se obter isto, um mecanismo de monitoração de tempo está
implementado tanto no mestre DP quanto nos escravos DP. O intervalo de tempo é
especificado durante configuração.
No Mestre-DP:
O DPM1 monitora a transmissão de dados dos escravos com o Data_Control_Timer. Um
temporizador de controle independente para cada escravo. Este temporizador expira
quando a correta transmissão de dados não ocorre dentro do intervalo de monitoração. O
usuário é informado quando isto acontece. Se a reação automática de erro (Auto_Clear =
True) estiver habilitada, o DPM1 sai do estado OPERATE, altera as saídas de todos
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escravos endereçado para o estado de segurança (fail-safe) e muda o seu estado para
CLEAR.
No Escravo-DP
O escravo usa o controle de watchdog para detectar falhas do mestre ou na linha de
transmissão. Se nenhuma comunicação com o mestre ocorre dentro do intervalo de
controle de watchdog, o escravo automaticamente muda suas saídas para o estado de
segurança (fail-safe).
Arquivos “GSD”
As características de comunicação de um dispositivo PROFIBUS são definidas na forma
de uma folha de dados eletrônica do dispositivo (“GSD”). Os arquivos GSD devem ser
fornecidos pelo fabricante dos dispositivos.
Os arquivos GSD ampliam a característica de rede aberta, podendo ser carregado durante
a configuração, utilizando qualquer ferramenta de configuração, tornando a integração de
dispositivos de diversos fabricantes em um sistema PROFIBUS simples e amigável.
Os arquivos GSD são preparados pelo fabricante para cada tipo de dispositivo e oferecido
ao usuário na forma de um arquivo. Seu formato padronizado torna possível a utilização
automática das suas informações no momento da configuração do sistema.
O arquivo GSD é dividido em três seções:
Especificações gerais
Esta seção contém informações sobre o fabricante e nome do dispositivo, revisão atual de
hardware e software, taxas de transmissão suportadas e possibilidades para a definição do
intervalo de tempo para monitoração
Especificações relacionadas ao Mestre
Esta seção contém todos os parâmetros relacionados ao mestre, tais como: o número de
máximo de escravos que podem ser conectados, ou opções de upload e download. Esta
seção não existe para dispositivos escravos.
Especificações relacionadas ao Escravo
Esta seção contém toda especificação relacionada ao escravo, tais como: número e tipo de
canais de I/O, especificação de informações e textos de diagnósticos nos módulos
disponíveis.
Nas seções individuais, os parâmetros são separados por palavras chave. Uma distinção é
feita entre parâmetros obrigatórios (por ex.: Vendor_Name) e parâmetros opcionais (por
ex.: Sync_Mode_supported).
A definição dos grupos de parâmetros permite a seleção de opções. Além disso, arquivos
do tipo bitmap com o símbolo dos dispositivos podem ser integrados. O formato dos
arquivos GSD contém listas (tal como velocidade de comunicação suportada pelo
dispositivo) assim como espaços para descrever os tipos de módulos disponíveis em um
dispositivo modular.
Componentes passivos
Cabo padrão.
A combinação de par trançado e blindagem por folha e malha faz o cabo particularmente
apropriado para ambientes industriais, os quais possuem alto nível de interferência
eletromagnética. A composição da isolação do cabo proporciona:
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Retardo a fogo;
Auto extingue fogo;
Condicionalmente resistente a óleos minerais e graxa.
Conectores.
Os conectores são projetados de tal forma que mesmo desconectando-o do equipamento a
rede não será afetada, eles também possuem um resistor de terminação e uma chave de
seleção onde é possível escolher se o cabo continua na saída do conector ou se será
utilizado o terminador. Se o terminador estiver sendo utilizado, a alimentação do resistor
será provida pelo equipamento em que ele está conectado, ou seja, se ele for
desconectado a terminação é perdida e a rede ficará comprometida.
A figura abaixo mostra um conector tipo fastconnect que possui um sistema para
conecção rápida de um cabo, não sendo necessário o uso de ferramentas.
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Características técnicas
Para possibilitar a informação do estado atual de operação, o módulo de comunicação
possui LED's (verde, amarelo, vermelho).
A alimentação de tensão é feita pelo conector, a partir do aparelho básico.
A ligação à rede PROFIBUS é feita por uma tomada de 9 pólos Sub-D (X448) de acordo
com a norma PROFIBUS. Todas as conexões desta interface RS485 são à prova de curto-
circuito e possuem isolação de potencial.
· CBP pode operar com taxas entre 9,6 kBaud e 12 Mbaud, podendo também ser
conectado a sistemas de fibra ótica via bridges óticos.
Funcionamento
Troca de dados úteis com a estação mestre de acordo com o perfil PROFIBUS;
Canal de comunicação acíclico para comunicação até um comprimento de 101
palavras com uma CPU do sistema SIMATIC S7;
Canal de comunicação acíclico para acoplamento da ferramenta de colocação em
operação e de service baseada em PC SIMOVIS;
Aceitação automática da estrutura de dados úteis definida na estação mestre;
Possibilidade de alarmes de diagnose em conjunto com um SIMATIC S7;
Supervisão da interface de rede;
Possibilidade de comandos SYNC PROFIBUS para transferência de dados
sincronizados da estação mestre com diversos escravos;
Possibilidade de comandos FREEZE PROFIBUS para transferência de dados
sincronizados de diversos escravos à estação mestre;
Parametrização da CBP simples via painel PMU do aparelho básico.
Descritivo das funções da CBP no PROFIBUS-DP
O PROFIBUS-DP é um padrão internacional e aberto de rede de campo, publicado na
norma européia de redes de campo EN 50170 parte 2.
A publicação, sendo uma norma internacional, garante as características de sistema aberto
e a independência de fabricantes. O PROFIBUS-DP foi otimizado para a transferência de
dados com tempos críticos no nível de campo, de uma forma rápida.
No PROFIBUS é feita a diferenciação entre aparelhos mestres e escravos.
Arquitetura do Protocolo
A arquitetura do protocolo do PROFIBUS-DP orienta-se no modelo OSI (Open System
Interconnection), relativo aos padrões internacionais ISO 7498 e utiliza os layers 1 e 2,
bem como a interface de usuário.
Técnica de transmissão
Os critérios de seleção, na técnica de transmissão são de vital importância, como por ex.,
alta taxa de transmissão, e uma técnica de instalação simples e econômica. O PROFIBUS
é baseado na transmissão via RS485 e também na transmissão por meio de fibra ótica.
Pode-se selecionar a taxa de transmissão na faixa entre 9,6 kBaud e 12 MBaud. Na
colocação em operação ela deverá ser determinada de maneira única para todos os
aparelhos conectados na rede.
A figura abaixo mostra uma visão geral das funções de comunicação realizadas por meio
da CBP2:
Possibilidades de montagem / slots do módulo CBP
Posições de montagem do CBP em aparelhos tamanho MC Compact Plus
Em princípio você poderá montar o módulo opcional CBP (Communication Board
PROFIBUS) em qualquer slot. Preste atenção ao fato de que um módulo para encoder
necessitar obrigatoriamente estar no slot C.
Conector de rede
Você necessitará de um conector de rede, para poder conectar o PROFIBUS a um módulo
CBP. Existem diferentes tipos de conectores com grau de proteção IP 20, específicas para
cada aplicação. Os modelos estão indicados na tabela abaixo.
Terminador de rede
Deverá ser previsto um terminador de rede em ambas as extremidades de um segmento
de rede. Se for utilizado o terminador de rede sugerido, este poderá ser ligado e desligado
via chave.
Se estes conectores de terminação não forem utilizados, o usuário deverá providenciar a
instalação de um elemento terminador, em ambas as extremidades da rede, conforme as
instruções abaixo.
Na tabela a seguir estão listadas todas as situações não operacionais indicadas pelo
módulo CBP como tais.
Mensagens de defeito e alarme no aparelho básico
Na ocorrência de defeitos na comunicação PROFIBUS com o módulo CBP, haverá a
sinalização correspondente de defeito ou de alarme também na PMU ou na OP do
aparelho básico.
Os alarmes A 082 / A 090 poderão surgir também no momento da primeira ligação do
módulo CBP no aparelho básico, enquanto não ocorrer nenhuma troca de telegramas com
a estação DP-mestre, por ex., no caso do cabo de rede ainda não estar conectado.
Diagrama de blocos do módulo CBP