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Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo

EIXO TEMÁTICO:
( ) Bacias Hidrográficas, Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos
( ) Biodiversidade e Unidades de Conservação
( ) Campo, Agronegócio e as Práticas Sustentáveis
( ) Cidade, Arquitetura e Sustentabilidade
( ) Educação Ambiental
( ) Geotecnologias Aplicadas à Análise Ambiental
( x ) Gestão dos Resíduos Sólidos
( ) Gestão e Preservação do Patrimônio Arquitetônico, Cultural e Paisagístico
( ) Mudanças Climáticas
( ) Novas Tecnologias Sustentáveis
( ) Paisagem, Ecologia Urbana e o Planejamento Ambiental
( ) Saúde, Saneamento e Ambiente
( ) Turismo e o Desenvolvimento Local

Utilização do Lodo de uma ETA, tratada com PAC como coagulante e


GEOCÁLCIO como alcalinizante, na Remoção de Fosfóro dem Efluentes
de Esgoto

Utilization of ETA sludge, treated with PAC as a coagulant and GEOCALYSIS as


alkalizing agent, in the treatment of sewage effluents

Utilización del Lodo de una ETA, tratada con PAC como coagulante y GEOCÁLCIO como
alcalinizante, en el tratamiento de efluentes de alcantarillado

Fulano de Tal (Calibre 12 - Negrito)


Professor Doutor, USP, Brasil (Calibre 9)
talciclano@usp.br (Calibre 9)

Maria do Rosário (Calibre 12 - Negrito)


Professora Doutora, UFS, Brasil. (Calibre 9)
mrosario@gmai.com (Calibre 9)

Ciclano de Tal (Calibre 12 - Negrito)


Professor Mestre, UEMS, Brasil. (Calibre 9)
ciclano@hotmai.com (Calibre 9)

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2ª Página – Resumo de ser escrito em três idiomas (Português, Inglês e Espanhol)

RESUMO
Poderá ter até 250 palavras, ressaltando o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do documento. A
ordem e a extensão destes itens dependem do tipo de resumo (informativo ou indicativo) e do tratamento que
cada item recebe no documento original. O resumo deve ser composto de uma sequência de frases concisas,
afirmativas e não de enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso de parágrafo único. A primeira frase deve ser
significativa, explicando o tema principal do documento. A seguir, deve-se indicar a informação sobre a categoria do
tratamento (memória, estudo de caso, análise da situação etc.). Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira
pessoa do singular. Devem-se evitar: a) símbolos e contrações que não sejam de uso corrente; b) fórmulas,
equações, diagramas etc., que não sejam absolutamente necessários; quando seu emprego for imprescindível,
defini-los na primeira vez que aparecerem. (Calibre 9)

PALAVRAS-CHAVE: Primeira. Segunda. Terceira. (Calibre 9)

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1 INTRODUÇÂO
O processo de tratamento de água bruta em água potável é sem dúvida um dos principais
fatores para qualidade de vida da população mundial, porém como qualquer indústria de
transformação gera resíduos que geram danos ao meio ambiente (SOARES, 2013).
No processo de potabilidade de água as estações de tratamento de água (ETAs) em sua
maioria utilizam processo de ciclo completo, onde a água bruta superficial é captada e levada
até a ETA onde passa por um processo físico-químico de coagulação e decantação,
sedimentação, filtração e desinfecção, para só depois destas etapas ser considerado potável e
distribuído para população (SOARES, 2013).
No processo que vai entre a floculação até a filtração acaba sendo gerado o Lodo
proveniente do tratamento, que acaba sendo descartado em processos de lavagens dos
floculadores, decantadores e filtros (MOREIRA, et al., 2017). Este lodo apresenta alta
concentração de materiais inorgânicos, entre eles, íons de metais como alumínio e ferro,
devido a utilização dos coagulantes usados no tratamento de água, os mais utilizados no Brasil
são o sulfato de alumínio e cloreto férrico, que se decantado em leitos do rio causa danos
como a eutrofização, assoreamento, e morte da vida aquática do rio (Moreira, et al., 2017).
Devido a isto a norma técnica NBR 10.004/2004 da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) classifica o Lodo gerado do processo de tratamento de água como resíduo
solido Classe II A, ou seja, resíduos não inertes, não podem ser lançados em corpos d’agua sem
tratamento prévio (Moreira, et al., 2017). Porém segundo SOARES, 2013, no Brasil a maior
parte desde lodo é lançado sem tratamento nos corpos d’agua, dados do IBGE de 2008,
apontam que 68% deste tipo de lodo era lançado diretamente em corpos hídricos no país.
Com o constante crescimento populacional exigindo cada vez mais o aumento da
demanda da água potável, acaba aumentando também a quantidade de lodo gerado no
processo de tratamento de água (SOARES, 2013). Vários estudos são realizados no Brasil
visando uma forma de encontrar uma destinação a este lodo que não cause danos ao meio
ambiente, como seu reuso para produção de malha asfáltica, utilizado como matéria prima na
construção civil, utilizado para tratamento de efluentes de esgoto entre outros (MOREIRA, et
al., 2017).
O reuso do lodo de ETA no tratamento de efluentes de esgoto é um dos estudos mais
importantes dentro da área ambiental e desenvolvimento sustentável, devido a problemas de
eficiência que as estações de tratamento de esgotos têm em relação a remoção de nutrientes
e algas no processo de tratamento (SOARES, 2013).
Segundo Soares (2017), estações de tratamento de água que utilizam coagulantes de
metais acabam gerando lodos contendo hidróxidos de metais apresentando alta eficiência em
adsorver grandes quantidade de ânions, sendo que pesquisas realizadas que demonstraram
que sua aplicação no tratamento de esgoto foi capaz de remover elementos como fósforo,
nitrogênio, íons de perclorato, selênio, arsênio e mercúrio.

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A pesquisa realizada por Soares (2017) utilizou o lodo de uma ETA que utilizava sulfato de
alumínio como coagulante e ao ser usado em ensaios no tratamento de esgoto conseguiu
remover 48,04% do fosforo total, 49,39% do DQO e 50,79% da cor verdadeira presentes no
efluente. O trabalho de Pires e Marques (2015), comparou a diferença da remoção de fosforo
entre um lodo de ETA, que utilizava sulfato de alumínio como coagulante, com a aplicação
direta de policloreto de alumínio (PAC) obtendo como melhor resultado utilizando o lodo
remoção de 50% do fosforo enquanto que o PAC removeu 70%. Em sua consideração Pires e
Marques (2015) sugerem pesquisa com lodo de ETA onde é utilizado PAC como coagulante
para tratamento de água.
Devido a várias pesquisas realizadas comprovando a possibilidade de utilizar o lodo de ETA no
tratamento de esgoto na remoção de materiais como fósforo e fato da Estação de Tratamento
de água Rio do Campo, localizada na cidade de Campo Mourão no Paraná, utilizar como
coagulante no tratamento de água o policloreto de alumínio (PAC) com adição do alcalinizante
geocálcio. Este artigo tem como finalidade avaliar a eficiência do lodo gerado desta ETA no
tratamento de efluente de esgoto, bem como avaliar se o tratamento feito com este lodo pode
ajudar a garantir que o efluente tratado atinja os parâmetros exigidos pela portaria para ser
lançado nos corpos hídricos sem causar danos ao meio ambiente.

2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
 Realizar o tratamento de efluente de esgoto com o lodo proveniente do tratamento de
água.

2.2 Objetivo Especifico


 Realizar ensaios de coagulação e floculação com as amostras de efluente de esgoto.
 Realizar análises de parâmetros de tratamento de esgoto para avaliar a eficiência do
lodo de ETA no processo de tratamento.

METODOLOGIA
Foram coletadas amostras do lodo proveniente do processo de tratamento de água da Estação
de Tratamento de Água Rio do Campo, localizada na cidade de Campo Mourão no estado do
Paraná. A ETA Rio do Campo, pertencente a Companhia de Saneamento do Paraná, é uma
estação de ciclo completo de tratamento, contando com as etapas de coagulação, floculação,
decantação, filtração e desinfecção.
A Estação utiliza como coagulante para o tratamento de água o Policloreto de Alumínio (PAC) e
como alcalinizante o Geocálcio, o ponto de coleta do lodo foi realizado na lagoa de retenção
onde fica retido o lodo das descargas dos decantadores.
O efluente de esgoto bruto foi coletado na Estação de Tratamento de Esgoto Rio do Campo na
cidade de Campo Mourão no estado do Paraná, tendo seu ponto de coleta após o processo de
gradeamento.
O ensaio de tratamento seguiu a metodologia utilizado por Soares (2013), utilizando o
aparelho de Jar Test, que é usado para determinar dosagens de coagulantes e gradientes de
velocidade que permitam ótimas condições de floculação (PIRES e MARQUES, 2015).

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Em cada jarro do aparelho de Jar Test, foi adicionado 1000 mL de efluente bruto de esgoto,
sendo realizados os ensaios de coagulação com diferentes combinações de fatores entre
concentração de dosagem de do lodo de ETA, velocidade de agitação, com 15 minutos de
tempo de mistura para todas as amostras:
Ensaio do coagulação em Jar test
Número do Teste Concentração do lodo Velocidade de agitação Tempo de
em mg/L mistura
Amostra 1 30 40 rpm 15 min.
Amostra 2 90 40 rpm 15 min.
Amostra 3 150 40 rpm 15 min.
Amostra 4 30 120 rpm 15 min.
Amostra 5 90 120 rpm 15 min.
Amostra 6 150 120 rpm 15 min.

Em cada amostra do teste foi realizado as respectivas análises:


 Turbidez
 pH
 Fosforo total
 DQO
A turbidez representa partículas e moléculas presentes na água, como partículas em estado
coloidal, matérias orgânicas e inorgânicas, organismos microscópicos, sendo que quanto maior
for a turbidez de uma amostra de esgoto, maior será a presença de matérias poluidores do
meio ambiente (CARDOSO, 2011).
A análise de turbidez foi realizada em um aparelho de turbidímetro da marca Hach modelo
2100Q, sua analise e feita por absorbância e seu funcionamento se baseia na emissão de um
feixe luminoso e o quanto a luz desde feite é retida pela amostra que está sendo analisada, o
valor retido é medito em UNT (Unidade Nefelométrica de Turbidez).
A análise de pH, verifica a presença de íons de hidrogênio na amostra e determina se a água é
acida, neutra ou básica, foi realizada em um pHmetro de bancada.
A determinação de fosforo total foi realizada em espectrofotometria, onde primeiramente é
realizada a digestão preliminar, colocando 50mL da amostra em um eleyrmeyer e adicionado
0,5g de persulfato de potássio. Em seguida colocado em autoclave a 120 C° por 60 minutos.
Após resfriar a temperatura ambiente, é colocado 10mL da amostra em um tubo Hach com
1mL de solução mista e 0,5g de ácido ascórbico. E logo após realizado leitura no
espectrofotômetro Hach modelo DR 5000 (MENDONÇA, 2013).
A analise de DQO também foi realizado por espectrometria, onde foram colocados 2,5 mL da
amostra em um tubo hach e adicionado 1.5mL de H2SO4 e 3 mL de AgSO4 + H2O. A solução foi
agitada e deixado no digestor a 150c° por 120 minutos, após resfriado foi feito sua leitura.

RESULTADOS

A amostra coletada de esgoto bruto apresentava os seguintes parâmetros sem o tratamento


com o lodo de ETA:

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Parâmetros de análise da amostra de esgoto bruto da ETE Rio do Campo


pH Turbidez Absorbância Fosforo Absorbância Coloração DQO
Total DQO
7,30 312 NTU 1,621 0,259 Laranja

Feito o tratamento com o lodo de ETA obteve-se o seguinte resultado

Parâmetros de análise das amostras de teste após o tratamento com o lodo da ETA Rio do
Campo
Teste pH turbidez Absorbância Absorbância Coloração DQO
Fosforo Total DQO
Amostra 1 7,31 204 NTU 1,289 0,240 Laranja
Amostra 2 7,35 199 NTU 0,998 0,250 Laranja
Amostra 3 7,40 198 NTU 1,090 0,229 Laranja
Amostra 4 7,42 203 NTU 1,012 0,224 Laranja
Amostra 5 7,47 195 NTU 0,876 0,242 Laranja
Amostra 6 7,49 193 NTU 1,063 0,241 Laranja

Colocado as amostras de absorbância de fosforo e DQO nas respectivas curvas de calibração:

Y=0,2167x-0,1167 para fosforo total


Y=0,000289x+0,01302 para DQO

Obteve-se as seguintes concentrações e remoção:

Taxa de Remoção de Fosforo e DQO


Amostras Concentração Taxa de Concentração Taxa de
de Fosforo Total remoção de de DQO remoção de
Fosforo DQO
Efluente Bruto 6,942 851,142
Amostra 1 5,410 22,07 785,398 7,72
Amostra 2 4,067 41,41 820,000 3,66
Amostra 3 4,491 35,30 747,336 12,20
Amostra 4 4,132 40,48 730,035 14,23
Amostra 5 3,504 49,52 781,938 8,13
Amostra 6 4,367 37,09 788,858 7,32

Pelo analises pode observar que tanto a velocidade como a concentração de lodo não
obtiveram bons resultados na remoção de DQO, na pesquisa de Soares (2013), ela obteve
como melhor resultado de remoção 49,39% do DQO , porém este resultado foi obtido com o
pH acidificado, o que pode sugerir que o fato do Lodo da ETA do Rio do Campo ser aplicado
geocálcio como alcalinizante pode ter interferido para remoção do DBO.
Já a remoção do fosforo total atingiu remoção satisfatória tendo que o melhor resultado foi o
que usou 90 mg/L de Lodo de ETA como agitação de 120 RPM conseguindo remover 49,32%

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do fosforo total presente na amostra de efluente de esgoto, o resultado de Soares (2013) que
melhor obteve remoção foi de 48,04% utilizando 150mg/L de lodo de ETA, o que sugere que o
Policloreto de Aluminio remove o fosforo total em menor concentração que o sulfato de
alumínio.
Já a remoção de turbidez teve pouca alteração de uma amostra para outra, o percentual de
remoção ficou entre 34 a 38% já o pH houve pouca variação para o aumento do pH.

Conclusão

O trabalho demostrou que o lodo de ETA que usa coagulante policloreto de alumínio tem
grande potencial para remover o fosforo de efluentes de esgoto, mesmo com este lodo
utilizando geocálcio como alcalinizante ainda houve uma boa remoção, porém este
alcalinizante pode ter sido a causa da baixa remoção de DQO utilizando o lodo, visto que nos
trabalhos das literaturas consultadas como a de Soares(2013) a melhor remoção de DQO.
Embora o objetivo deste trabalho tenha cumprindo seu objetivo de demostrar que o lodo
utilizado remova fosforo, com mais testes de coagulação, com mais variáveis envolvendo,
concentração de lodo, velocidade de agitação, tempo de mistura e tempo de decantação
existe a possibilidade de ser obter resultados de remoção ainda melhores.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PIRES, P. A. A., MARQUES, M. A. M. COMPARAÇÃO ENTRE A UTILIZAÇÃO DE LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO


DE ÁGUA E POLICLORETO DE ALUMÍNIO (PAC) NA REDUÇÃO DE FÓSFORO DO EFLUENTE DE ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE ESGOTO. XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos – Segurança Hídrica e Desenvolvimento
Sustentável: desafios do conhecimento e da gestão. 22 a 27 de novembro de 2015. Brasília, Df.

SOARES, L, A. UTILIZAÇÃO DE RESÍDUO DE ETA NO TRATAMENTO DE EFLUENTE DE LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO.


Universidade Federal de Goiás (dissertação para o titulo de mestre em Engenharia do Meio Ambiente). Goiás,
2013.

MOREIRA, V, T, G, M. et al. Lodo de estação de tratamento de água (LETA): resíduo ou insumo?. Revista Petra. V. 3,
n°1, p. 17-37, jan/jul. 2017.

CARDOSO, T. G. Sensor de Turbidez para Análise de Amostras de Água. Centro universitário de Brasília- UniCEUB
(monográfia para o título de Bacharel em Engenharia da Computação). Brasília, 2011.

MENDONÇA, F. Avaliação dos métodos colorimétrico e espectrométrico (ICP-OES) na determinação de fosforo total
em amostras ambientais. Universidade Federal do ABC (dissertação para o título de bacharel em Química). Santo
André, Sp., 2013.

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