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ii
Conteúdo
Resumo vii
Abstract ix
Lista de Abreviações xv
1 Introdução 1
1.1 Relevância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.3 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.4 Organização do Texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
iii
CONTEÚDO iv
4 Estudos de Caso 52
4.1 Estudo de Caso 1: Usina Solar . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
4.1.1 Análise de médio e longo perı́odo . . . . . . . . . . . . 55
4.1.2 Análise de curto perı́odo . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
4.1.3 Estimação de vida útil dos módulos de potência . . . . 61
4.2 Estudo de Caso 2: Sistemas de Metrô . . . . . . . . . . . . . . 62
4.3 Estudo de Caso 3: Guindaste de Minério . . . . . . . . . . . . 66
4.3.1 Descrição do sistema. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
4.3.2 Estudo de vida útil dos módulos de potência. . . . . . 68
4.4 Estudo de Caso 4: Turbina Eólica Offshore 5MW . . . . . . . 73
CONTEÚDO v
5 Resultados Experimentais 83
5.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
5.2 Detalhes do Protótipo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
5.3 Caracterı́sticas térmicas dos conversores NPC e ANPC . . . . 86
5.4 Capacidade de reconfiguração flexı́vel e reversı́vel do conversor
FT-ANPC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
5.5 Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
vii
CONTEÚDO viii
ix
CONTEÚDO x
.
Lista de Figuras
2.1 (a) Inversor fonte de tensão trifásico de dois nı́veis. (b) Padrão
de tensões do inversor dois nı́veis . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2 (a) Inversor fonte de tensão trifásico de três nı́veis com neutro
grampeado. (b) Padrões de tensão do inversor. . . . . . . . . . 10
2.3 Inversor fonte de tensão trifásico de três nı́veis com neutro
grampeado ativo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.4 Diagrama do estado da arte da metodologia de tolerância a
falhas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.5 Vetores de tensão do inversor NPC de três nı́veis. . . . . . . . 13
2.6 Uma fase do inversor fonte de tensão trifásico de três nı́veis
com neutro grampeado ativo, tolerante a falhas. . . . . . . . . 15
2.7 Estrutura completa do inversor fonte de tensão trifásico de três
nı́veis com neutro grampeado ativo, tolerante a falhas. . . . . 16
2.8 Árvore de falhas do conversor ANPC tolerante a falhas. . . . . 17
xi
LISTA DE FIGURAS xii
xv
Capı́tulo 1
Introdução
1
Conteúdo
1.1 Relevância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.3 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.4 Organização do Texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.1 Relevância
Conversores eletrônicos de potência desempenham um papel cada vez
mais importante em acionamentos elétricos, veı́culos elétricos e hı́bridos, in-
terfaceamento com recursos de energias renováveis, sistemas de transmissão
e armazenamento de energia (Lee; 2000). Técnicas de eletrônica de potência
provêem compactação e alta eficiência em soluções de conversão de energia.
Porém a introdução destas técnicas nos campos de aplicação desafia a con-
fiabilidade de todo o sistema (Song and Wang; 2013). Seja no sistema de
transporte de grandes metrópoles ou em qualquer outro importante setor da
economia, a confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos são conside-
rados fatores crı́ticos.
Em sistemas de transporte, falhas súbitas inesperadas podem causar aci-
dentes catastróficos, podendo colocar vidas humanas em risco e comprometer
o tráfego de pessoas (Rajashekara; 2013). Na indústria de mineração onde
são utilizadas correias transportadoras e guindastes de carga, uma falha no
conversor poderá comprometer a continuidade de serviço do sistema de trans-
porte de carga. Já em locais de difı́cil acesso, como em aplicações submarinas
da industria de óleo e gás, a necessidade de reparo se torna um problema ainda
2
1.2. MOTIVAÇÃO 3
maior, pelo fato de não poder ser realizada por um ser humano (Rocha et al.;
2012). Portanto, a discussão sobre confiabilidade em eletrônica de potência
tem atraı́do a atenção de inúmeros pesquisadores ao redor do mundo.
1.2 Motivação
Segundo Yang et al. (2010), os dispositivos semicondutores de potência
são um dos elementos mais vulneráveis no conversor eletrônico de potência.
Os semicondutores e as soldas dos módulos, representam 34% das falhas nos
conversores. Tem sido observado que a ciclagem térmica, ou seja, variações
de temperatura dentro ou fora dos dispositivos são suas principais causas de
falha (Yang et al.; 2011). Nos últimos anos vem sendo realizados inúmeros
estudos referentes à confiabilidade de dispositivos semicondutores de potência
em aplicações com perfis crı́ticos de ciclagem térmica. Dentre eles destacam-
se os sistemas de metrô e geração de energia eólica (Ma et al.; 2015; Ding
et al.; 2015; Musallan et al.; 2015; Guyennet and Piton; 2010).
Topologias de conversores tolerantes a falhas tem sido reportadas na li-
teratura e foram recentemente sumarizados em (Zhang et al.; 2014). As so-
luções existentes tolerantes a falhas são muito complexas e contam com um
número consideravelmente maior de componentes se comparadas às originais.
Um outro ponto é a falta de capacidade de sobrevivência a sucessivas falhas.
Entretanto, em Rocha et al. (2014), foi proposta uma nova topologia de um
inversor três nı́veis ANPC tolerante a falhas (FT-ANPC) que além de contar
com simplicidade e poucos componentes adicionais, apresentou capacidade
de sobrevivência a sucessivas falhas antes de uma total inatividade.
o autor deste trabalho defende que a confiabiliade dos conversores em
aplicações de alta disponibilidade deve ser tratada na fase de projeto, com
foco especial na escolha da topologia e no dimensionamento dos módulos de
potência.
1.3. OBJETIVOS 4
1.3 Objetivos
O principal objetivo deste trabalho é demonstrar que vários fatores devem
ser considerados e uma análise mais abrangente deve ser realizada durante
o dimensionamento e escolha de uma topologia em cada tipo de aplicação.
Primeiramente são realizadas análises de degradação dos módulos de potên-
cia considerando diferentes topologias em aplicações com ciclagem térmica
crı́tica. A capacidade do conversor FT-ANPC de sobreviver a eventos de
falhas aleatórias e defeitos de fabricação com o auxı́lio de técnicas de mo-
nitoramento de condições (MC) também são ressaltados. Como objetivo
secundário, pretende-se validar o novo método de gerenciamento de degra-
dação térmica. Para isto é demonstrado experimentalmente a diferença de
distribuição de perdas entre as chaves nos conversores NPC e ANPC. Além
disto, comprova-se também a capacidade flexı́vel e reversı́vel de reconfigura-
ção do conversor FT-ANPC, bem como sua capacidade de sobreviver a até
quatro falhas sucessivas antes de sua total inatividade.
6
Conteúdo
2.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.2 Inversores de dois nı́veis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.3 Inversores de três nı́ves NPC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.4 Inversores de três nı́veis ANPC . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.5 Tolerância a Falhas em Conversores Eletrônicos de Potência . 12
2.6 O Inversor ANPC tolerante a falhas . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.7 Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.1 Introdução
Conversores eletrônicos de potência desempenham um papel cada vez
mais importante em acionamentos elétricos, veı́culos elétricos e hı́bridos, in-
terfaceamento com recursos de energias renováveis, sistemas de transmissão
e armazenamento de energia (Lee; 2000). O inversor fonte de tensão trifá-
sico de dois nı́veis é a topologia mais utilizada hoje em dia (Marhous et al.;
2007). Entretanto nos últimos anos, a indústria começou a exigir equipa-
mentos de maior potência, que são frequentemente conectados na rede de
média tensão. Por motivos tecnológicos, hoje existe a dificuldade de co-
nectar um único dispositivo semicondutor diretamente nas redes de média
tensão (2.3, 3.3, 4.16 e 6.9kV ). Por estas razões, uma famı́lia de inversores
multinı́veis emergiu como uma solução para trabalhar com altos nı́veis de
tensão (Rodriguez et al.; 2002). O interesse pela tecnologia foi despertado
por Nabae et al. (1981) que introduziu a topologia com neutro grampeado
de três nı́veis (NPC). Mais adiante, Bruckner et al. (2004) apresentou a to-
7
2.2. INVERSORES DE DOIS NÍVEIS 8
pologia inversora fonte de tensão de três nı́veis com neutro grampeada ativo
(ANPC), que supriu a principal deficiência da topologia NPC, a distribuição
desigual das perdas de potência entre as chaves do conversor.
Desde que muitos dos conversores não contam com redundâncias, qual-
quer falha que ocorrer em seus componentes resultará em uma interrupção
de operação (Zhang et al.; 2014). Em sistemas de transporte, falhas súbi-
tas inesperadas podem causar acidentes catastróficos, podendo colocar vidas
humanas em risco e comprometer o tráfego de pessoas (Rajashekara; 2013).
Na indústria de mineração, onde são utilizadas correias transportadoras e
guindastes de carga, uma falha no conversor poderá comprometer a conti-
nuidade de serviço do sistema de transporte de carga. Já em locais de difı́cil
acesso, como em aplicações submarinas da industria de óleo e gás, a neces-
sidade de reparo se torna um problema ainda maior, pelo fato de não poder
ser realizada por um ser humano.
Figura 2.1: (a) Inversor fonte de tensão trifásico de dois nı́veis. (b) Padrão
de tensões do inversor dois nı́veis
Figura 2.2: (a) Inversor fonte de tensão trifásico de três nı́veis com neutro
grampeado. (b) Padrões de tensão do inversor.
Figura 2.3: Inversor fonte de tensão trifásico de três nı́veis com neutro gram-
peado ativo.
Baseado nas métricas citadas, Rocha et al. (2014) propuseram uma to-
pologia de um conversor ANPC apta a superar falhas sucessivas antes do
momento de total inatividade do conversor. Uma fase deste conversor pode
ser visualizada na figura 2.6. Esta estrutura é similar à do inversor ANPC tra-
dicional (figura 2.3), exceto pela adição das duas chaves externas ao grampo
do conversor Q5xT e Q6xB e uma chave comutadora reversı́vel de dois pólos
”Sx”. A capacidade de reconfiguração reversı́vel deste conversor possibilita
que cada braço atue como fase ou grampo. Da mesma maneira, por software
é possı́vel fazer com que este conversor opere no modo NPC ou ANPC, pos-
sibilitando explorar as vantagens de cada topologia quando for conveniente.
A estrutura completa trifásica do inversor ANPC tolerante a falhas é exibida
na figura 2.7.
Figura 2.6: Uma fase do inversor fonte de tensão trifásico de três nı́veis com
neutro grampeado ativo, tolerante a falhas.
rar a topologia original, visto que conexões já disponı́veis no conversor são
utilizadas para gerar uma estrutura tolerante a falhas.
2.7 Conclusões
Nesta seção foram apresentadas as topologias dos conversores mais utili-
zados em aplicações de baixa e média tensão. Primeiramente foi abordada
a topologia inversora de dois nı́veis, onde foi descrita suas caracterı́sticas e
ressaltadas suas deficiências. Em seguida foi apresentado o inversor de três
nı́veis NPC, que atualmente é a topologia que domina o mercado em aplica-
ções de média tensão. A solução inversora ANPC foi apresentada, exaltando
sua capacidade de suprir a principal deficiência do conversor NPC, a ca-
pacidade de balancear as perdas entre as chaves do conversor. Técnicas e
estratégias tolerantes a falhas foram abordadas, onde foram demonstrados
os principais métodos de tolerância a falhas. Concluiu-se que um conversor
2.7. CONCLUSÕES 18
Confiabilidade em Conversores
Eletrônicos de Potencia
19
Conteúdo
3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.2 Falhas em Módulos de Potência IGBT . . . . . . . . . . . . . 23
3.2.1 Falhas em circuito aberto . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.2.2 Falhas em curto-circuito . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.3 Diagnóstico de Falhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.4 Monitoramento de Condições em Módulos de Potência . . . . 29
3.5 Prognósticos e Modelos de Estimação de Vida Útil em Módulos
de Potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.5.1 Modelos Fı́sicos de Predição de Vida Útil . . . . . . . . 32
3.5.2 Modelos Empı́ricos de Predição de Vida Útil . . . . . 33
3.6 Análise de Vida Útil em Módulos de Potência . . . . . . . . . 36
3.6.1 Modelagem do Sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.6.2 Modelagem das Perdas em Módulos de Potência . . . . 38
3.6.3 Modelagem Eletro-Térmica dos Módulos de Potência
IGBT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.6.4 Algoritmos de Contagem de Ciclos . . . . . . . . . . . 43
3.6.5 Caracterização da Ciclagem Térmica . . . . . . . . . . 43
3.6.6 Estimação de Consumo de Vida Útil . . . . . . . . . . 45
3.7 Técnicas de Melhoria de Vida Útil em Inversores Eletrônicos
de Potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
3.7.1 Gerenciamento de Degradação Térmica no Inversor ANPC
Tolerante a Falhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
3.7.2 Sobredimensionamento dos Módulos de Potência . . . . 48
3.8 Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
20
3.1. INTRODUÇÃO 21
3.1 Introdução
Confiabilidade é definido como a capacidade de um ı́tem realizar uma
requerida função sob condições estabelecidas por um determinado perı́odo
de tempo e é frequentemente medida por probabilidade de falhas, frequência
de falhas ou em termos de disponibilidade (IEEE; 2009). A essência da
engenharia de confiabilidade é a prevenção da criação de falhas e o setor
industrial tem avançado seu desenvolvimento, abandonando o uso dos testes
tradicionais e passando a utilizar o processo design for reliability (DFR)
(O’Connor and Kleyner; 2012). DFR é o processo conduzido durante a fase de
desenvolvimento do componente ou sistema que garante que um determinado
nı́vel de confiabilidade seja alcançado.
A confiabilidade de conversores eletrônicos de potência tornou-se a maior
preocupação em aplicações industriais, devido ao uso de dispositivos com
altas densidades de potência (Song and Wang; 2013). Entretanto, segundo
Wang et al. (2012) pesquisas em confiabilidade na área de eletrônica de po-
tência tem as seguintes limitações:
δWtotal 1/k
Nf = ( ) (3.1)
W0
onde Nf é o ciclo médio para a falha, Wtotal é a energia total de deforma-
ção. Já W0 = 0.1573 e k = −0.6342 são os coeficientes de fadiga, extraı́dos
através de resultados experimentais nas junções de solda.
3.5. PROGNÓSTICOS E MODELOS DE ESTIMAÇÃO DE VIDA ÚTIL EM MÓDULOS DE
POTÊNCIA 33
O modelo fı́sico mais comum de vida útil dos fios de ligação é o modelo
de fadiga baseado na deformação plástica.Este modelo foi desenvolvido con-
siderando que os fios de ligação estão sob o regime de deformação plástica
devido ao larga diferença termo mecânica entre Si e Al (Yang et al.; 2013).
Ele é baseado na relação de Coffin-Manson que define a relação de potência
entre o número de ciclos para a falha Nf e a deformação plástica induzida
por ciclo (pl ). Este modelo é representado através da equação 3.2.
Modelo de Coffin-Manson-Arrhenius
Modelo de Bayerer
cada uma falha devido à diferentes mecanismos e são descritas por diferentes
modelos de tempo de vida.
A confiabilidade do módulo é definida pelo tempo de vida B10 , que é
descrito como o numero de ciclos onde 10% da população dos módulos falham
(Bertsche; 2001). As curvas de tempo de vida B10 são geradas utilizando
modelos de tempo de vida e perfis de temperatura. Para cada junção crı́tica
(figura 3.3), várias curvas de tempo de vida B10 são calculadas e plotadas para
diferentes perı́odos de ciclagem (tcycle ), temperaturas absolutas de junção e
encapsulamento(Tj ou Tc ).
O tempo de vida B10 das junções de solda conectando o substrato e a
placa de base para diferentes perı́odos de ciclagem (tcycle ) e temperatura de
encapsulamento (Tc ) pode ser calculado através dos gráficos exibido na figura
3.7.
Figura 3.7: Curvas de tempo de vida B10 para a junção de solda da placa de
base (a) tcycle 10s. (b) tcycle 30s (c) tcycle 120s (b) tcycle 24h.
ABB (2014)
Figura 3.8: Curvas de tempo de vida B10 para a junção de solda da pastilha
de silı́cio (a) tcycle 10s. (b) tcycle 30s (c) tcycle 120s (d) tcycle 24h.
ABB (2014)
Figura 3.9: Curvas de tempo de vida B10 para os fios de ligação (a) HiPak.
(b) HiPak nova geração.
ABB (2014)
Perdas de Chaveamento
Perdas de Condução
n
X −τ
Zth(j−c) (t) = Ri (1 − e τi ) ; τi = Ri .Ci (3.7)
i
X ni
=1 (3.8)
i
Ni
Figura 3.20: Perfil de temperatura (a) Conversor em modo NPC. (b) Con-
versor em modo ANPC
Ferreira et al. (2015)
Q1,4 C1 .τ1 + Q1,4 C2 .τ2 + Q1,4 C3 .τ3 + Q1,4 C4 .τ4 = Da
Q2,3 C1 .τ1 + Q2,3 C2 .τ2 + Q2,3 C3 .τ3 + Q2,3 C4 .τ4 = Da
(3.9)
Q5T,6B C1 .τ1 + Q5T,6B C2 .τ2 + Q5T,6B C3 .τ3 + Q5T,6B C4 .τ4 = Da
Q
5B,6T C1 .τ1 + Q5B,6T C2 .τ2 + Q5B,6T C3 .τ3 + Q5B,6T C4 .τ4 = Da
Q C .τ + Q C .τ = D
1,4 1−2 1 1,4 3−4 3 a
(3.10)
Q C .τ + Q C .τ = D
2,3 1−2 1 2,3 3−4 3 a
tal forma que sua temperatura absoluta não exceda 125◦ C e a ciclagem tér-
mica não ultrapasse 40◦ C (Guyennet and Piton; 2010). Para garantir estes
limites é necessário sobredimensionar o sistema, ou seja, utilizar módulos de
potência com maior capacidade de condução de corrente. A figura 3.22 exibe
a diferença da dinâmica de temperatura para um mesmo sistema utilizando
módulos de 150A (3.22(a)) e 600A (3.22(b)).
Conforme observado, a temperatura absoluta e cı́clica diminui considera-
velmente, e conforme os modelos de predição descritos na seção 3.5, isto in-
fluencia diretamente na vida útil dos módulos. A tabela 3.7 exibe a diferença
de vida útil quando se utiliza o sobredimensionamento entre os módulos.
Com o sobredimensionamento, o tempo de vida útil se torna infinito te-
oricamente, ou seja, a degradação por ciclagem térmica deixa de ser uma
preocupação no tempo de vida do conversor. Em aplicações que trabalham
na borda da tecnologia, para sobredimensionar o sistema é necessário optar
3.8. CONCLUSÕES 50
Figura 3.22: Perfil de temperatura (a) Módulos 150A. (b) Módulos 600A
3.8 Conclusões
Nesta seção é discutida a confiabilidade em conversores eletrônicos de
potência e suas limitações. É apontada a mudança de paradigma nas pes-
quisas de confiabilidade, onde utilizando abordagens fı́sicas é possı́vel obter
melhorias e não apenas números analı́ticos. São descritos também todos os
modos de falhas de curto circuito e em circuito aberto dos módulos de po-
tência IGBT. Um método de diagnóstico de falhas por circuito aberto em
IGBT para conversores NPC e ANPC é discutido e o mesmo é estendido ao
conversor FT-ANPC. Técnicas de monitoramento de condições em módulos
de potência foram discutidos e foi concluı́do que para garantir suas aplicabi-
lidades em campo real, elas necessitam de melhoras significativas. Modelos
fı́sicos e empı́ricos de estimação de vida útil para módulos comuns e de tração
em alta potência, foram também descritos. A metodologia de análise de vida
3.8. CONCLUSÕES 51
útil utilizada nos estudos desta dissertação também foi parte deste capı́tulo,
onde foi detalhado: a modelagem do sistema, o cálculo das perdas, a modela-
gem eletro-térmica dos módulos de potência, algoritmos de contagem de ciclo
e de predição de vida útil. Foram demonstradas técnicas de aumento de vida
útil em inversores eletrônicos de potência. O método de gerenciamento de
degradação térmica no inversor FT-ANPC, provou que sua vida útil pode ser
aumentada consideravelmente através do equilı́brio perfeito das perdas entre
todas as chaves do conversor. A técnica de sobredimensionamento provou
que a degradação por ciclagem térmica pode deixar de ser uma preocupação
mesmo em aplicações de missão crı́tica.
Capı́tulo 4
Estudos de Caso
Neste capı́tulo são realizados estudos de caso, nos quais objetivo é analisar
a vida útil dos módulos de potência e a confiabilidade em inversores de dois
e três nı́veis. Para tal são utilizadas técnicas descritas na seção anterior.
Para os estudos foram escolhidas aplicações com diferentes perfis de ciclagem
térmica e nı́veis de potência, incluindo: geração de energia solar, sistemas de
metrô, sistemas de guindastes em mina de ouro e turbina eólica offshore.
52
Conteúdo
53
4.1. ESTUDO DE CASO 1: USINA SOLAR 54
rem substituı́dos de três a cinco vezes durante todo o tempo de vida útil do
sistema(McMahon et al.; 2008), introduzindo um custo extra relevante. Na
usina fotovoltáica de São Lourenço da Mata, por exemplo, ocorreram suces-
sivas falhas nos inversores em um pequeno intervalo de tempo, deixando o
sistema inoperante e interropendo a geração de energia. Durante a investiga-
ção das causas das falhas, percebeu-se que os inversores estavam submetidos a
altos nı́veis de temperatura ambiente, devido à má ventilação dos containers
aliado ao forte calor do estado de Pernambuco. A figura 4.2 exibe a tempe-
ratura ambiente medida dentro do container ao longo do ano de 2015.
Figura 4.5: Tabela lookup de três dimensões para as perdas em cada IGBT,
considerando módulos de 200A.
Figura 4.6: Tabela lookup de três dimensões para as perdas em cada IGBT,
considerando módulos de 400A.
Figura 4.10: Caracterização dos ciclos térmicos nos IGBTs, utilizando mó-
dulos de 200A.
4.1. ESTUDO DE CASO 1: USINA SOLAR 60
Figura 4.11: Caracterização dos ciclos térmicos nos IGBTs, utilizando mó-
dulos de 400A.
Figura 4.12: Caracterização dos ciclos térmicos nos IGBTs, utilizando mó-
dulos de 400A em paralelo.
3 1
∆Tj = Pperdas .Zth .( ) + 2Pperdas .Zth .( ) (4.1)
8fo 4fo
onde Pperdas é a perda no dispositivo de potência, que pode ser extraı́da da
figura 4.5; Zth a impedância térmica que pode ser encontrada no datasheet;
fo a frequência fundamental do conversor (60Hz), que também é a frequência
da ciclagem térmica de curto perı́odo.
Tabela 4.4: Temperatura média e sua variação, para ciclagem de médio termo
nos inversores de dois nı́veis.
∆T j 74.3◦ 30.7◦ 28.54◦
150A Tjm 79.05◦ 76.42◦ 73.42◦
Duração 54.2s 19.45s 20.13s
∆T j 54.28 22.17 20.59
300A Tjm 70.71◦ 69.18◦ 67.12◦
Duração 54.2s 19.45s 20.13s
∆T j 4.37◦ 3.38◦ 13.12◦
600A Tjm 4.37◦ 3.38◦ 13.12◦
Duração 54.2s 19.45s 20.13s
Polia Principal
Cabo de Içamento
Cabo de Abaixamento
Torre
Acionamento
"Boca de Poço"
Tambor do
Guincho
Poço Skip
r CC - Novo
onverso
Painel C
Novo
PLC -
Painel Origin
al
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Acio
ole e
Contr
is de
Painé
M
ot
or
CC
xa
Cai dutora
Re
cho
Guin
275
90
0 0
Tabela 4.8: Tempo de vida útil em anos nas junções crı́ticas dos módulos, e
comparação de custo
Topologia P-S S-PB FL Custo (pu)
NPC (500A) 107.92 0.55 5.92 1
ANPC (500A) 1144 10.82 1105 1.18
ANPC-TF (500A) 2037 19.27 1968 1.64
NPC (750A) 679.74 1.84 48.46 1.26
ANPC (750A) 1272 1153 1281 1.44
ANPC-TF (750A) 2264 2053 2281 2.03
Figura 4.27: Perfil de potência gerado pela turbina durante o ano de 2015.
Figura 4.28: Tabela lookup de três dimensões para as perdas nos IGBTs
externos.(a)NPC (b)ANPC
Figura 4.30: Caracterização dos ciclos térmicos nos IGBTs. (a) Modo NPC
(b) Modo ANPC
Tabela 4.10: Tempo de vida útil em anos nas junções crı́ticas dos módulos,
e comparação de custo
Topologia P-S S-PB FL Custo (pu)
NPC (750A) 153 27.17 1750 1
ANPC (750A) 223 38.52 3638 1.19
FT-ANPC (750A) 412 71.26 7501 1.69
a vida útil.
Uma análise mais detalhada, considerando ciclagem de médio e curto
termo pode modificar o tempo de vida da junção pastilha-substrato e dei-
xar próximo do tempo de vida da junção substrato-placa base, conforme
observado em Ma et al. (2015). Entretanto, estas análises não alterariam as
conclusões obtidas neste trabalho através deste estudo de caso.
4.6 Conclusões
Nesta seção foram estudadas aplicações de alta confiabilidade com perfis
crı́ticos de ciclagem térmica. Os estudos 1 (4.1) e 3 (4.3) foram realizados à
partir de dados extraı́dos de plantas reais, o que dá mais credibilidade aos
resultados.
Foi demonstrado que a escolha da topologia e o dimensionamento dos
dispositivos baseado em um estudo detalhado de degradação dos módulos
pode prolongar o tempo de vida do conversor e garantir continuidade de
serviço.
Finalmente, foi realizada uma discussão geral de confiabilidade em torno
das topologias abordadas dentro das aplicações em estudo. O conversor FT-
ANPC, combinado com técnicas de prognóstico de falhas, pode ser uma boa
opção em sistemas de metrô e em guindastes de minério, devido a sua habi-
lidade de previnir falhas catastróficas e garantir continuidade de serviço.
Capı́tulo 5
Resultados Experimentais
83
Conteúdo
5.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
5.2 Detalhes do Protótipo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
5.3 Caracterı́sticas térmicas dos conversores NPC e ANPC . . . . 86
5.4 Capacidade de reconfiguração flexı́vel e reversı́vel do conversor
FT-ANPC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
5.5 Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
5.1 Introdução
Neste capı́tulo, são exibidos resultados experimentais referentes às carac-
terı́sticas elétricas e térmicas de módulos IGBT em conversores de 3 nı́veis.
Diferenças de distribuição de temperatura entre as topologias NPC e ANPC,
bem como a capacidade de reconfiguração flexı́vel e reversı́vel do conversor
FT-ANPC, são comprovadas através de imagens termográficas extraı́das de
dentro dos módulos de potência. Para obter os resultados, foi montado um
protótipo de uma fase de um conversor FT-ANPC em baixa tensão com os
módulos de potência abertos de fácil visualização.
84
5.2. DETALHES DO PROTÓTIPO 85
Para verificar a diferença de perdas nas chaves entre as duas estruturas, foi
realizada uma análise termográfica utilizando a câmera SC660 da fabricante
Flir. Detalhes do teste são exibidos na tabela 5.2.
5.3. CARACTERÍSTICAS TÉRMICAS DOS CONVERSORES NPC E ANPC 88
Partindo do estado E3, agora foi considerada uma situação de falha si-
multânea nas chaves internas (Q2x e Q3x). Desta vez, os comandos de gate
5.4. CAPACIDADE DE RECONFIGURAÇÃO FLEXÍVEL E REVERSÍVEL DO CONVERSOR
FT-ANPC 90
5.5 Conclusões
Nesta seção foi demonstrada a capacidade do conversor FT-ANPC traba-
lhar na estrutura NPC e ANPC, bem como as diferenças de distribuição de
temperatura entre as chaves considerando ambas estruturas. Na estrutura
ANPC a melhor distribuição das perdas faz com que a máxima temperatura
no módulo seja consideravelmente mais baixa. A capacidade de reconfigu-
ração flexı́vel e reversı́vel do conversor FT-ANPC também foi comprovada,
bem como sua capacidade de sobreviver a até quatro falhas sucessivas antes
da total inatividade. Uma vez comprovada a distribuição de temperatura dos
dois modos de funcionamento e a capacidade de reconfiguração do conver-
sor FT-ANPC, validou-se também a técnica de gerenciamento de degradação
térmica descrita na seção 3.7.1.
Capı́tulo 6
Conclusão e Propostas de
Continuidade
92
Conteúdo
6.1 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
6.2 Propostas de Continuidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
6.1 Conclusão
Na seção 2, primeiramente foi realizada uma revisão sobre as topologias
mais utilizadas no mercado, 2-nı́veis e 3-nı́veis NPC. A topologia 3-nı́veis
ANPC foi sugerida como opção para melhor distribuição das perdas entre
as chaves do conversor. A tolerância a falhas em conversores foi abordada
e o inversor FT-ANPC apareceu como uma excelente opção devido à sua
capacidade de sobrevivência a até quatro falhas sucessivas e a necessidade de
poucas partes adicionais.
Já na seção 3, foi discutido a importância, as limtações e as mudanças de
paradigmas do tema confiabilidade em eletrônica de potência. Foi concluı́do
que as pesquisas de confiabilidade em eletrônica de potência está ultrapas-
sando os métodos utilizados em livros estatı́sticos e se aproximando para
abordagens com base na fı́sica da falha (PoF). Toda a base teórica para en-
tendimento desta dissertação foi descrito nesta seção. Todos os tipos de falhas
em módulos de potência foram citados. Um estado-da-arte envolvendo téc-
nicas de diagnóstico, monitoramento de condições e prognósticos de falhas
foi realizado. A subseção 3.6, trouxe toda a metodologia que foi utilizada
durante os estudos de caso realizados. A modelagem eletro-térmica e das
perdas dos módulos de potência foi demonstrada. Algoritmos de contagem
de ciclos, métodos de caracterização da ciclagem térmica e de estimação do
93
6.2. PROPOSTAS DE CONTINUIDADE 94
96
97
Figura A.2: Foto dos módulos abertos, sem silicone, antes e após a pintura.
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