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COLÉGIO ESTADUAL AUGUSTO MEYER

VINÍCIUS DE OLIVEIRA RODRIGUES

PESQUISA-RESUMO SOBRE RUPTURA DE GÔNDOLA E OS 5S


Gestão de Marketing e Logística – M3B

Esteio/RS
1. Ruptura de gôndola
As gôndolas são as áreas de exposição de produtos de uma loja. De modo geral, podemos afirmar que a
ruptura de gôndola se trata da ausência de produtos disponíveis à venda – transcrito na seguinte definição:
Um produto não encontrado na forma desejada, sabor ou tamanho, não encontrado em condição de
comercialização, ou não armazenado no local esperado - a partir da perspectiva do consumidor.
1.1.Causas da ruptura de gôndola
Vieira, Yoshizaki e Lustosa (2010) apresentam um estudo (sobre os elementos que melhoram a
eficiência logística) no qual pode-se identificar alguns fatores que podem levar à ruptura de gôndola.
Segundo os autores, a ruptura de gôndola pode ocorrer:
• devido à demora na negociação;
• à pedidos não atendidos, porque o baixo volume não compensa o custo de entrega;
• à falta de integração tática, visto que não há ações conjuntas entre as empresas (fornecedor-cliente);
• à frequência nos pedidos, por exemplo, quanto maior a frequência dos pedidos/entregas aumenta a
probabilidade de falta de produto na gôndola, pois não há estoque.
Além disso, a falta de integração interpessoal, pode gerar incongruências nas atividades e objetivos de
empresas relacionadas, desconfiança, desmotivação.
Outra causa para a ruptura de mercadorias nas lojas é o “efeito-chicote” – variação ou
impossibilidade de alinhamento da demanda a oferta, resultado de uma expectativa de demanda ou oferta
que não se realiza, por diversos motivos, como por exemplo, a incapacidade de prever a demanda dos
clientes, a qual se propaga por todas as empresas da cadeia, influenciando o nível de estoque, o tamanho dos
pedidos e a produtividade.
1.2.Como reduzir a ruptura de gôndola
Um fator que pode auxiliar na gestão da cadeia de suprimentos de forma a reduzir os índices de ruptura é
a acurácia da previsão de demanda. Wacker e Cromartic (1979) apud Pizzinato et al. (2007) destacam que as
previsões de vendas muito altas fazem com que a empresa gaste com recursos em excesso, e gastos
desnecessários reduzem a rentabilidade. Por outro lado, se as previsões de vendas forem muito baixas, a
empresa não terá recursos suficientes para atender à demanda, e lucros serão perdidos pela incapacidade de
atender pedidos em tempo hábil. Uma boa previsão reduz a probabilidade de surpresas — e surpresas não
são boas para os negócios.
Nesse sentido, temos o seguinte exemplo hipotético: uma agência bancária que identifica que 50%
dos saques totais de um mês ocorrem nos seis primeiros dias do mês. Se, esse percentual for estável ao longo
dos diversos meses, ou seja, cumpre-se a premissa de que as partes do período ocorrendo em dados
subperíodos são regulares, pode-se supor que, a partir dos seis primeiros dias do mês com R$ 120.000
sacados, o total sacado do mês será de R$ 240.000. Tal exemplo nos sugere que uma forma de melhorar a
acurácia da previsão de demanda é utilizando subperíodos acumulados do período futuro para prever o valor
futuro total do período ou valor acumulado em um dado subperíodo.
Outra alternativa para reduzir a ruptura de gôndola é reduzindo a ocorrência do já mencionado efeito-
chicote. O compartilhamento de informações equivocadas sobre previsão da demanda, ou a falta de
compartilhamento de outros dados geram erros em toda a cadeia de suprimentos. Existem duas formas de
prever a demanda, uma baseada no histórico de vendas e outra baseada em métodos causais, captando sinais
de demanda vindos do mercado, cabendo ao responsável pelo pedido decidir qual é mais conveniente ou
confiável em determinados momentos.
Para que haja uma boa integração entre as empresas é aconselhável manter uma troca de dados
confiáveis, como avisar ao parceiro sobre um pressentimento de queda nas vendas e perguntar sobre a
veracidade de uma notícia.
2. Os cinco “s”
Numa análise criteriosa de todos os processos pode ser possível identificar falhas que por menores que
sejam acabam influenciando na execução de tarefas e nas entregas aos clientes. Os cinco S são um conjunto
de medidas para auxiliar na gestão, na rotina e ao comportamento da equipe em uma empresa.
Os 5S nas empresas funciona exatamente desta forma: uma série de atividades são revistas e um novo
modelo de gestão é colocado em prática, sempre com o envolvimento de todos. Isso está ligado à origem dos
5S. A metodologia nasceu no Japão no período de reconstrução do país após a Segunda Guerra e aos ataques
atômicos à Hiroshima e Nagasaki.

No Japão No Brasil

Seiri Senso de utilização

Seiton Senso de organização

Seiso Senso de limpeza

Seiktesu Senso de padronização

Shitsuke Senso de autodisciplina

2.1.Seiri (Senso de utilização)


Trata da redução de objetos e utensílios que não são fundamentais para as atividades executadas na
empresa. Ou seja, tudo que não é usado ou pouco utilizado deve ser guardado para que somente as coisas de
maior necessidade ocupe espaço. Essa medida aumenta a agilidade de encontrar e usar aquilo que é
realmente essencial.
2.2.Seiton (Senso de organização)
O intuito dessa medida é a organização. Consiste em “identificar e arrumar tudo, para que qualquer
pessoa possa localizar facilmente”. Esta fase se inicia logo depois do seiri.
2.3.Seiso (Senso de limpeza)
No terceiro S é criada a consciência de que a limpeza é responsabilidade de todos da empresa. Assim,
cada colaborador é responsável por manter a limpeza e a organização de seus itens em sua estação de
trabalho, zelando também pela boa utilização e pela manutenção dos espaços comuns. Esse S também diz
respeito à aparência pessoal, afirmando que a pessoa deve se apresentar adequadamente, sempre muito limpa
e asseada.
2.4.Seiktesu (Senso de padronização)
O quarto S nos traz o conceito de normalização, de tornar cotidiano e sistematizado os novos valores e
padrões impostos por Seiri, Seiton e Seiso. Nesse passo é estabelecida as rotinas e normas para manter o
novo padrão criado.
2.5.Shitsuke (Senso de autodisciplina)
Por fim, o senso de autodisciplina diz respeito a fazer do novo padrão um hábito, um estilo de vida. Para
isso, é importante investir em capacitação contínua e estimular os novos valores para que eles passem a fazer
parte da cultura da empresa. É importante, também, estabelecer avaliações periódicas, de forma a monitorar
constantemente se os 5S continuam a ser aplicados e quais pontos devem ser aperfeiçoados.
Referências bibliográficas

MAYUMI MORIKAWA, Hannah; CRISTINA MARQUI, Angela; CHICARELLI ALCANTARA, Rosane.


CAUSAS DA RUPTURA DE GÔNDOLA E AÇÕES PARA REDUZIR SUA OCORRÊNCIA: UMA REVISÃO
DA LITERATURA, XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Disponível
em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2011_tn_wic_135_857_17895.pdf>. Acesso em: 03/05/19

TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA, Paulo. 5S NAS EMPRESAS: DICAS PARA APLICAR A


METODOLOGIA NO SEU NEGÓCIO. Blog Sebrae. Disponível em: <https://blog.sebrae-sc.com.br/5s-nas-
empresas/>. Acesso em:03/05/19

O QUE É E COMO APLICAR A METODOLOGIA 5S EM SUA EMPRESA?. Blog QualyTeam. Disponível


em: <http://blog.qualidadesimples.com.br/2015/10/23/o-que-e-e-como-aplicar-metodologia-5s-em-sua-
empresa/>. Acesso em: 03/05/19

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