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Meio Atmosférico

Introdução
• IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change)
foi criado em 1988 pela World Meteorological
Organization (WMO) e pela United Nations
Environment Program (UNEP) para:
1. Analisar as informações científicas disponíveis
relacionadas a mudanças climáticas;
2. Analisar os impactos ambientais e sócio-econômicos
das mudanças climáticas;
3. Formular estratégias de reação apropriadas.

14:45 Profa. Ana Cristina 1


Introdução
• O IPCC forneceu documentação técnica que gerou a
United Nations Framework Convention on Climate
Change (UNFCCC), que foi assinada por 150 nações
na UN Conference on Environment and Development
no Rio de Janeiro em 1992.

14:45 Profa. Ana Cristina 2


Introdução
• A mudança climática deverá ser um dos maiores
desafios que a humanidade irá enfrentar nos
próximos anos. A maior ocorrência de eventos
climáticos extremos nos remete ao fato de que
populações já estão sentindo os impactos da
mudança do clima. As previsões dos cientistas do
Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas
são de intensificação de furacões e tempestades,
ondas de calor, inverno rigoroso, secas e
inundações.
Introdução à Engenharia Ambiental 3
Introdução
• O Quarto Relatório do Painel Intergovernamental
sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês)
da ONU, destaca que é inequívoco que o planeta
vem aquecendo, e revela que a mudança global do
clima está ocorrendo por conta das atividades
humanas e que há um alto grau de certeza de que as
mudanças regionais recentes na temperatura tenham
tido impactos discerníveis em muitos sistemas físicos
e biológicos.
Introdução à Engenharia Ambiental 4
Introdução
• O relatório projeta que o planeta continuará a
aquecer em média 0,2º C nas próximas duas ou três
décadas, podendo independer do cenário de
emissões de gases de efeito estufa neste mesmo
período. A temperatura média global poderá subir de
2º C até 4º C, no cenário mais pessimista, com maior
probabilidade de 3,5º C, até o final do século XXI. As
previsões para o aumento do nível médio do mar é
entre 28 e 59 cm, com risco de elevar mais de 1 m,
se o degelo se acelerar.
Introdução à Engenharia Ambiental 5
Introdução
• O desafio do combate às mudanças climáticas é de tal
magnitude e complexidade que a solução só pode ser
encontrada através do comprometimento efetivo de todos
os países. Os países desenvolvidos devem assumir a
maior parcela de responsabilidade, devido às suas
emissões históricas de gases de efeito estufa (GEE). No
entanto, a ação exclusivamente por partes dos países
desenvolvidos não serão suficientes para lidar com a
dimensão do problema, se não for seguido pelos esforços
dos países em desenvolvimento que hoje respondem por
uma parcela significativa das emissões de gases de efeito
estufa global, como no caso da Índia, da China e do
Brasil. Introdução à Engenharia Ambiental 6
Introdução
• Com base nessa perspectiva, embora o Brasil não
tenha uma meta de redução obrigatória das
emissões de GEE, esforços têm sido feitos para se
estabelecer um padrão de desenvolvimento
sustentável, incluindo as ações de mitigação
setoriais com o objetivo de promover um desvio na
trajetória de emissões, se distanciando cada vez
mais do modelo tradicional de desenvolvimento
global, e indo em direção a um modelo menos
carbono intensivo.
Introdução à Engenharia Ambiental 7
Introdução
• Como parte da Convenção, o Brasil deve elaborar
periodicamente a sua Comunicação Nacional e
apresentar o inventário de emissões de gases de
efeito estufa. O Brasil apresentou em 2004 seu
primeiro inventário para o período 1990-1994. O
segundo inventário brasileiro apresenta dados de
2000 a 2005.

Introdução à Engenharia Ambiental 8


Introdução
• O Brasil também aprovou em dezembro de 2009, a Lei nº
12.187/2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança
do Clima – PNMC e estabelece os princípios, os objetivos,
as diretrizes e os instrumentos da Política.
• A Lei 12.114, de 9 de dezembro de 2009 criou o Fundo
Nacional sobre Mudança do Clima, instrumento da política,
para assegurar recursos de apoio a projetos ou estudos que
visem à mitigação e a adaptação da mudança do clima. O
Decreto de regulamentação do Fundo Nacional sobre
Mudança do Clima foi assinado no mês de outubro de 2010
e seu orçamento inicial é de R$ 226 milhões.

Introdução à Engenharia Ambiental 9


Introdução
• O estado do Rio de Janeiro elaborou o seu primeiro
inventário de emissões de gases de efeito estufa
para o ano de 2005 para os setores de Energia,
Processos Industriais e Uso de Produtos, Agricultura,
Floresta e Outros Usos do Solo e Resíduos,
divulgado em 2007. A elaboração de inventários de
gases de efeito estufa é o primeiro passo para se
conhecer o perfil de emissões e então, se identificar
oportunidades de redução, com a elaboração e
implementação de políticas públicas que permitam o
gerenciamento das emissões de GEE, além de
propor medidas de mitigação.
Introdução à Engenharia Ambiental 10
Introdução
A Política Estadual sobre Mudança do Clima tem por
objetivo assegurar a contribuição do Estado do Rio de
Janeiro no cumprimento do propósito da Convenção-
Quadro das Nações Unidas que é o de alcançar a
estabilização das concentrações de gases de efeito estufa
na atmosfera em um nível que impeça:
uma interferência antrópica perigosa no sistema climático,
em prazo suficiente a permitir aos ecossistemas uma
adaptação natural à mudança do clima,
 a assegurar que a produção de alimentos não seja
ameaçada e
 a permitir que o desenvolvimento econômico prossiga de
Introdução à Engenharia Ambiental 11
maneira sustentável.
Introdução
• A Política Estadual sobre Mudança do Clima
norteará a elaboração do Plano Estadual sobre
Mudança do Clima, bem como a implementação de
planos, programas, políticas e a definição de
metas e ações restritivas, voluntárias ou de
incentivo positivo, com a finalidade de prevenir a
mudança do clima, com ações de mitigação das
emissões de gases de efeito estufa, além de
promover estratégias de adaptação.
Introdução à Engenharia Ambiental 12
O Meio Atmosférico
• POLUENTES ATMOSFÉRICOS
"Entende-se como poluente atmosférico qualquer
forma de matéria ou energia com intensidade e
quantidade, concentração, tempo ou características
em desacordo com os níveis estabelecidos, e que
tornem ou possam tornar o ar: impróprio, nocivo ou
ofensivo à saúde; inconveniente ao bem-estar
público; danoso aos materiais, à fauna e flora;
prejudicial à segurança, ao uso e gozo da
propriedade e as atividades normais da
comunidade". (Resolução Conama nº 03/90).
Introdução à Engenharia Ambiental 13
Poluentes atmosféricos
fonte:www.inea.rj.gov.br
• A determinação sistemática da qualidade do ar
restringe-se a um grupo de poluentes universalmente
consagrados como indicadores da qualidade do ar,
devido a sua maior freqüência de ocorrência e pelos
efeitos adversos que causam ao meio ambiente. São
eles: dióxido de enxofre (SO2), partículas totais em
suspensão (PTS), partículas inaláveis (PM10),
monóxido de carbono (CO), oxidantes fotoquímicos
expressos como ozônio (O3), hidrocarbonetos totais
(HC) e dióxido de nitrogênio (NO2).
Introdução à Engenharia Ambiental 14
Poluentes atmosféricos

• Podemos classificar os poluentes de acordo com sua


origem em duas categorias:
 Primários: aqueles emitidos diretamente pelas fontes
de emissão.
 Secundários: São aqueles formados na atmosfera
como produtos de alguma reação. Um poluente que
está presente na atmosfera reage com algum outro
material, que pode ser um componente natural da
atmosfera ou outro poluente. A reação pode ser
fotoquímica ou não.

Introdução à Engenharia Ambiental 15


poluentes primários

• material particulado (fumaças, poeiras, névoas)


• monóxido de carbono (CO)
• dióxido de carbono (CO2)
• óxidos de nitrogênio (NO e NO2)
• compostos de enxofre (SO2 e H2S)
• hidrocarbonetos
• clorofluorcarbonetos

Introdução à Engenharia Ambiental 16


poluentes secundários

• oxidantes fotoquímicos - resultantes da reação


dos hidrocarbonetos e os óxidos de nitrogênio,
na presença de luz solar
– ozônio (O3)
– peroxiacetilnitrato (PAN)
– peróxido de hidrogênio (H2O2)
– aldeídos

Introdução à Engenharia Ambiental 17


Poluentes atmosféricos
• Podemos classificar também, de acordo com o seu
estado como:

 Gasosos: comportam-se como o ar, uma vez


difundidos, não tendem mais a se depositar.

 Partículas: Considerando que este parâmetro não é


um composto químico definido, surge a necessidade
de defini-lo.

Introdução à Engenharia Ambiental 18


Poluentes atmosféricos

• São considerados poluentes particulados: as


névoas de compostos inorgânicos e
orgânicos sólidos, com diâmetro
aerodinâmico equivalente inferior a 100µm,
e que permaneçam em suspensão, por um
período mais longo quanto menores forem
às partículas.

Introdução à Engenharia Ambiental 19


INTERAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE AR E
MECANISMOS METEOROLÓGICOS
• A atmosfera pode ser considerada o local onde
ocorrem, permanentemente, reações químicas. Ela
absorve uma grande variedade de sólidos, gases e
líquidos, provenientes:

– de fontes estacionárias (industriais e não-


industriais);
– de fontes móveis (transportes aéreos, marítimos e
terrestres, em especial os veículos automotores) e
– de fontes naturais (mar, poeiras cósmicas, arraste
eólico, etc.).
Introdução à Engenharia Ambiental 20
INTERAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE AR E
MECANISMOS METEOROLÓGICOS
fonte:www.inea.rj.gov.br

Introdução à Engenharia Ambiental 21


INTERAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE AR E
MECANISMOS METEOROLÓGICOS
fonte:www.inea.rj.gov.br

• as atividades desenvolvidas em indústrias,


termoelétricas, construção civil e pelo tráfego
de veículos geram emissão de partículas
e/ou gases que podem alterar
significativamente a qualidade do ar de uma
localidade.

Introdução à Engenharia Ambiental 22


INTERAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE AR E
MECANISMOS METEOROLÓGICOS

Essas emissões podem se dispersar, reagir


entre si, ou com outras substâncias já
presentes na própria atmosfera. Estas
substâncias ou o produto de suas reações
finalmente encontram seu destino num
sorvedouro, como o oceano, ou alcançam um
receptor (ser humano, outros animais, plantas,
materiais).
Introdução à Engenharia Ambiental 23
INTERAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE AR E
MECANISMOS METEOROLÓGICOS
fonte:www.inea.rj.gov.br

A concentração real dos poluentes no ar depende


tanto dos mecanismos de dispersão como de sua
produção e remoção. Normalmente a própria
atmosfera dispersa o poluente, misturando-o
eficientemente num grande volume de ar, o que
contribui para que a poluição fique em níveis
aceitáveis. As velocidades de dispersão variam com
a topografia local e as condições atmosféricas locais.
Introdução à Engenharia Ambiental 24
INTERAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE AR E
MECANISMOS METEOROLÓGICOS

• É a interação entre as fontes de emissão de poluentes


atmosféricos e as condições meteorológicas que define a
qualidade do ar.
• As condições meteorológicas determinam uma maior ou
menor diluição dos poluentes, mesmo que as emissões
não variem. Por esse motivo é que a qualidade do ar é
pior durante o inverno, quando as condições
meteorológicas são mais desfavoráveis à dispersão de
poluentes.

Introdução à Engenharia Ambiental 25


dispersão dos poluentes
• o ar move-se no sentido horizontal, na direção dos ventos,
e vertical, em função dos deslocamentos das camadas
atmosféricas
• quanto maior a velocidade do vento, mais elevada será a
sua capacidade de diluir e dispersar os poluentes
• a direção do vento indica as áreas que serão alcançadas
pelos poluentes emitidos em uma fonte ⇒ é possível
determinar-se a direção predominante dos ventos de um
local, devendo-se considerar esse dado quando da
localização de fontes poluidoras do ar
Introdução à Engenharia Ambiental 26
dispersão dos poluentes
• em condições normais, a
temperatura do ar decresce
com a altura, ficando as
camadas mais frias sobre as
camadas mais quentes
• ocorre uma renovação
natural, com o ar mais quente
(mais leve) subindo e o ar
mais frio (mais pesado
descendo)

Introdução à Engenharia Ambiental 28


dispersão dos poluentes
• fenômenos metereológicos
que dependem da velocidade
do vento, da turbulência
atmosférica, da insolação, do
gradiente de temperatura e da
precipitação, fazem com que
a temperatura aumente em
vez de diminuir com a
altitude

Introdução à Engenharia Ambiental 29


dispersão dos poluentes
• nessas situações, o
movimento do ar para cima é
dificultado, minimizando a
dispersão vertical dos
poluentes, que tendem a se
concentrar na superfície
• esse fenômeno é conhecido
como inversão térmica

Introdução à Engenharia Ambiental 30


dispersão dos poluentes
• a topografia influencia no
deslocamento de massas de ar
• a existência de uma elevação
dificulta o movimento
horizontal do vento,
contribuindo para que a
camada de ar frio fique sob a
camada de ar quente

Introdução à Engenharia Ambiental 31


dispersão dos poluentes
• em vales, em determinados
períodos do dia, e a depender
das condições metereológicas, o
calor proveniente da superfície
aquecida, nas áreas mais
elevadas, favorece à formação
de uma camada de ar quente
sobre o ar frio

Introdução à Engenharia Ambiental 32


Padrões de Qualidade do Ar
• De uma forma geral, foi estabelecido um grupo de
poluentes que servem como indicadores da qualidade
do ar. Esses poluentes são: dióxido de enxofre,
material particulado em suspensão, monóxido de
carbono, oxidantes fotoquímicos expressos como
ozônio e óxidos de nitrogênio. A razão da escolha
desses parâmetros como indicadores de qualidade do
ar estão ligadas à sua maior frequência de ocorrência
e aos efeitos adversos que causam ao meio ambiente.
Introdução à Engenharia Ambiental 33
Padrões de Qualidade do Ar
• Um dos componentes do diagnóstico da qualidade
do ar é a comparação das concentrações medidas
com os padrões estabelecidos.

• Padrão de qualidade do ar, por definição, são limites


máximos de concentração de um componente
atmosférico que, baseado em estudos científicos,
possam produzir efeitos que não interfiram na saúde
da população.
Introdução à Engenharia Ambiental 34
Padrões de Qualidade do Ar
Padrões nacionais de qualidade do ar fixados na Resolução
CONAMA n. 03 de 28/06/90

Introdução à Engenharia Ambiental 35


Padrões de Qualidade do Ar
• São padrões primários de qualidade do ar as concentrações de
poluentes que, ultrapassadas, aumentam o risco de efeitos
adversos à saúde da população. Podem ser entendidos como
níveis máximos toleráveis de concentração de poluentes
atmosféricos, constituindo-se em metas de curto e médio prazo.

• São padrões secundários de qualidade do ar as concentrações


de poluentes atmosféricos abaixo das quais se prevê o mínimo
efeito adverso sobre o bem estar da população, assim como o
mínimo dano à fauna e à flora, aos materiais e ao meio
ambiente em geral. Podem ser entendidos como níveis
desejados de concentração de poluentes, constituindo-se em
meta de longo prazo.
Introdução à Engenharia Ambiental 36
Padrões de Qualidade do Ar
• Os níveis de concentração correspondentes às
qualificações boa e regular enquadram-se nos limites
fixados como Padrões de Qualidade do Ar
estabelecidos pela Resolução CONAMA nº03/90.
• Para efeito de divulgação, é utilizado o índice mais
elevado dos poluentes medidos em cada estação.
Portanto, a qualidade do ar em uma estação é
determinada, diariamente, pelo pior caso entre os
poluentes que forem monitorados.
Introdução à Engenharia Ambiental 37
Índice se Qualidade do Ar
Fonte: INEA

Introdução à Engenharia Ambiental 38


• Para a gestão da poluição do ar é fundamental não só a
definição das áreas mais impactadas, como também a
identificação, qualificação e quantificação das fontes
emissoras de poluentes atmosféricos.
• O inventário de fontes de emissão de poluição atmosférica
constitui um dos instrumentos de planejamento dos mais
úteis para um órgão ambiental, uma vez que define
qualitativa e quantitativamente as atividades poluidoras do
ar e fornece informações sobre as características das
fontes, definindo localização, magnitude, freqüência,
duração e contribuição relativa das emissões.
Introdução à Engenharia Ambiental 39
MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR

• O monitoramento da qualidade do ar é realizado para


determinar o nível de concentração dos poluentes
presentes na atmosfera. Seus resultados não só
permitem um acompanhamento sistemático da
qualidade do ar na área monitorada, como também
constituem elementos básicos para elaboração de
diagnósticos da qualidade do ar, subsidiando ações
governamentais para o controle das emissões.
Introdução à Engenharia Ambiental 40
Objetivos do Monitoramento da
Qualidade do Ar

Introdução à Engenharia Ambiental 41


MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR

• As estações de amostragem que compõem a rede


de monitoramento da qualidade do ar estão
localizadas nas regiões Metropolitana, do Médio
Paraíba e Norte Fluminense, sendo os resultados
divulgados, diariamente, por meio do Boletim de
Qualidade do Ar e, anualmente, pelo Relatório Anual
da Qualidade do Ar.

Introdução à Engenharia Ambiental 42


MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR

Introdução à Engenharia Ambiental 43


A atmosfera da Terra
A atmosfera da Terra
• A atmosfera da Terra é composta principalmente
por nitrogênio e oxigênio e de outros gases e
partículas que existem em menor concentração,
como CO2, N2O, CH4 e O3, e outra categoria de
gases produzidos pelo homem, chamados
halocarbonos que incluem os CFCs, HCFCs
(hidroclorofluorcarbono), HFCs(hidrofluorcarbono).

14:45 Profa. Ana Cristina 45


A atmosfera da Terra

• O Efeito Estufa e a Redução da Camada de


Ozônio são fenômenos que estão
relacionados a mudanças de concentração
destes gases traço.

14:45 Profa. Ana Cristina 46


o ar
• troposfera - camada da atmosfera que fica em
contato com a superfície da terra
• cerca de 12 km de espessura
• composição básica: nitrogênio (78,11%),
oxigênio (20,95%), argônio (0,93%) e dióxido
de carbono (0,03%)
• constituintes secundários: hidrogênio, metano,
óxido nitroso e gases nobres (neônio, hélio e
criptônio)

Introdução à Engenharia Ambiental 47


A atmosfera da Terra
Efeito Estufa
• O Efeito Estufa é a forma que a Terra tem para manter
sua temperatura constante.

• A atmosfera é altamente transparente à luz solar, porém


cerca de 35% da radiação que recebemos vai ser
refletida de novo para o espaço, ficando os outros 65%
retidos na Terra.
– Isto deve-se principalmente ao efeito sobre os raios
infravermelhos de gases como o Dióxido de Carbono,
Metano, Óxidos de Azoto e Ozônio presentes na
atmosfera (totalizando menos de 1% desta), que vão reter
esta radiação na Terra, permitindo-nos assistir ao efeito
calorífico dos mesmos.
– .
14:45 Profa. Ana Cristina 48
A atmosfera da Terra
Efeito Estufa
• Nos últimos anos, a concentração de dióxido de carbono na
atmosfera tem aumentado cerca de 0,4% anualmente; este
aumento se deve à utilização de petróleo, gás e carvão e à
destruição das florestas.
• A concentração de outros gases que contribuem para o
Efeito de Estufa, também aumentaram rapidamente. O
efeito conjunto de tais substâncias pode vir a causar um
aumento da temperatura global (Aquecimento Global)
estimado entre 2 e 6 ºC nos próximos 100 anos.
14:45 Profa. Ana Cristina 49
A atmosfera da Terra
Efeito Estufa

14:45 Profa. Ana Cristina 50


O efeito estufa
• A energia irradiada pela superfície da Terra tenta
passar através da atmosfera e interage com vários
gases e aerosóis no ar. Estes constituintes
atmosféricos podem deixar esta energia irradiada
passar para o espaço, refleti-las de volta para a
superfície da Terra ou absorvê-las.

14:45 Profa. Ana Cristina 51


Espectro de absorção dos gases constituintes da
atmosfera
gases efeito estufa

grau de
importância

14:45
Janela radioativa ( entre 7 e
Profa. Ana Cristina 52
12µm)
O efeito estufa
• Observa-se entre 7µm e 12 µm uma “janela
atmosférica”. As radiações com este comprimento de
onda passam facilmente pela atmosfera, com
exceção de uma importante banda de absorção de
9,5 µm e 10,6 µm associada com o ozônio.

• Os gases que absorvem comprimentos de onda


maiores do que 4 µm são chamados gases de efeito
estufa (GEE).

14:45 Profa. Ana Cristina 53


Forças radioativas da mudança
climática

• As fontes antropogênicas de gases e aerosóis estão


afetando o efeito estufa, nos levando a uma incerteza
em relação ao clima global.

14:45 Profa. Ana Cristina 54


Mudanças climáticas

• Inicialmente, na tropopausa, a energia irradiada e a


energia absorvida estão equilibradas:
Qabs = Qrad (a)
• Quando o sistema é perturbado por uma força
radiativa ∆F (W/m2), um novo equilíbrio
eventualmente é estabelecido:
Qabs + ∆Qabs + ∆F = Qrad + ∆Qrad (b)

14:45 Ana Cristina Carvalho 55


Mudanças climáticas

• Subtraindo (a) de (b):


∆F = ∆Qrad - ∆Qabs

14:45 Ana Cristina Carvalho 56


Mudanças climáticas

• Determinar a força radiativa, ∆F, associada a


mudanças nas concentrações dos gases de
efeito estufa, de aerosóis, mudanças no albedo e
mudanças na constante solar têm sido um
grande desafio para a ciência

14:45 Ana Cristina Carvalho 57


Mudanças climáticas
Parâmetro de sensitividade climática, λ

• A questão chave é determinar a variação da


temperatura na superfície (∆Ts) relacionada com
uma dada variação de ∆F.

• O parâmetro que relaciona ∆Ts e ∆F é o parâmetro


de sensitividade climática, λ:
∆Ts = λ ∆F
14:45 Ana Cristina Carvalho 58
Mudanças climáticas
Parâmetro de sensitividade climática, λ

• Têm-se procurado determinar valores para o


parâmetro λ. Uma hipótese baseia-se nos dados de
irradiação obtidos por satélites. Correlacionando-se
as temperaturas mensais da superfície com as
emissões infravermelhas do topo da atmosfera,
observou-se uma relação linear entre os dois.

14:45 Ana Cristina Carvalho 59


Forças radiativas devido aos GEE

14:45 Ana Cristina Carvalho 60


Forças radiativas devido aos GEE

• Os principais GEE são:


– Dióxido de carbono - CO2
– Metano - CH4
– Oxido nitroso - N2O
– Halocarbonos

Ana Cristina Carvalho 61


14:45
Modelagem matemática do transporte
de poluentes atmosféricos
fontes estacionárias

Poluição do Ar
62
fontes estacionárias
modelo de Gauss
• a equação de dispersão de uma emissão de uma
fonte pontual relaciona a concentração média de um
poluente a:

– velocidade do vento,
– a altura efetiva da emissão, e
– as condições atmosféricas

Poluição do Ar
63
fontes estacionárias
modelo de Gauss (hipóteses)
• a taxa de emissão da fonte é constante
• a velocidade do vento é constante tanto no tempo e
com a elevação
• o poluente não sofre degradação, reações químicas
ou deposição
• o terreno é relativamente plano

Prof. Araruna Poluição do Ar


64
fontes estacionárias
modelo de Gauss (geometria)

Poluição do Ar
65
fontes estacionárias
modelo de Gauss
 −H 2   − y2 
   
Q  2σ 2



 2σ 2



C ( x, y ) = e z
e y

πu H σ zσ y
• C(x,y) é a concentração no nível do terreno no ponto (x,y), µg/m3
• x é a distância ao longo da direção do vento, m
• y é a distância horizontal da linha de centro da pluma, m
• Q é a taxa de emissão dos poluentes, µg/s
• H é a altura efetiva da fumaça, m (H=h+∆h), onde h é a altura da
chaminé e ∆h é a distância vertical que a pluma sobe
• uH é a velocidade do vento em H , m/s
• σy e σz são os coeficientes de dispersão horizontal e vertical, m
Poluição do Ar 66
fontes estacionárias
modelo de Gauss
p
 uH  H 
  =  
 ua   za 
• uH é a velocidade do vento em ∆h , m/s
• ua é a velocidade do vento na altura do anemômetro
• H é a altura efetiva da pluma, m (H=h+∆h), onde h é a altura da
chaminé e ∆h é a distância vertical que a pluma sobe
• za é a altura do anemômetro acima da superfície do terreno
• p é um fator adimensional que depende na rugosidade da superfície
do terreno e na estabilidade atmosférica (ver tabelas)
Poluição do Ar 67
fontes estacionárias
modelo de Gauss

Poluição do Ar
68
fontes estacionárias
modelo de Gauss

Poluição do Ar
69
fontes estacionárias
modelo de Gauss
• Suponha que uma anemômetro a uma altura de 10m acima
da superfície do terreno meça a velocidade do vento como
sendo 2,5 m/s. Estime a velocidade do vento a uma
elevação de 300 m em um terreno áspero caso as condições
atmosféricas estejam pouco instáveis

p 0, 2
H  300 
u H = ua   = 2,5  = 4,9m / s
 za   10 
Poluição do Ar 70
valores dos coef. de dispersão

Poluição do Ar
71
modelo simplificado

 −H 2 
 
Q  2σ 2 
C ( x ,0 ) = e  z 
πu H σ zσ y

Poluição do Ar 72
Concentração de pico
• Uma questão obvia é: Como a concentração de pico na direção do
vento pode ser estimada a partir da equação abaixo?

 −H 2 
 
Q  2σ 2 
C ( x ,0 ) = e  z 
πu H σ zσ y
• Turner (1970) derivou curvas que utilizam classificação de
estabilidade e altura efetiva da pluma (H) como parâmetros para
encontrar a distância onde a concentração é máxima (Xmáx)

Poluição do Ar
73
Poluição do Ar
74
Poluição do Ar
75
• O mesmo processo leva a uma concentração normalizada:

Q  C × uh 
C max = × 
uh  Q  max
• Para determinar a concentração de pico, entre no gráfico a
seguir com a classificação de estabilidade e altura efetiva
da pluma e obtenha no gráfico o parâmetro para achar a
concentração de pico (Turner, 1970)

Poluição do Ar
76
Poluição do Ar
77
Modelo para fonte distribuída
• Se existe um número pequeno de fontes pontuais é
razoável usar a equação da pluma de Gauss para fonte
pontual para prever as contribuições individuais. Por
suposição encontra-se a concentração total em um local
somando-se as contribuições individuais.

• Uma maneira mais simples seria estimar a concentração de


contaminante em uma área utilizando o modelo de “caixa”.

Poluição do Ar
78
• Trabalhando-se com uma massa de poluentes, a quantidade de
poluição em um volume de contorno é igual ao volume
multiplicado pela concentração LWHC. A taxa em que o ar
entra e sai do volume de contorno é a área das extremidades
multiplicado pela velocidade do vento, WHu, portanto a taxa
com que o poluente entra no volume de controle é dado por
WHuCin. A taxa com que ele deixa o volume de controle é
WHuC.

Poluição do Ar
79
• Assumindo o poluente conservativo pode-se escrever a equação de
equilíbrio de massa para o volume de contorno:

LWH(dC/dt)=qsLW+WHuCin-WHuC

A solução da equação para o caso permanente é obtido fazendo-se


dC/dt=0, portanto:

C(∞)= qsL/uH + Cin

Sendo qs a emissão por unidade de área (g/m2s)

Poluição do Ar
80
• Pode-se utilizar a mesma equação geral para obter o
acréscimo com o tempo da poluição em uma cidade.
Considerando-se C(0) a concentração inicial em um tempo
t=0, a solução da equação geral torna-se:

C(t)=(qsL/uH + Cin) (1-e–ut/L)+C(0)e-ut/L

Poluição do Ar
81
• Assumindo que o vento não trás poluição para o volume de
controle, Cin = 0, e que a concentração inicial C(0) = 0, a
equação é simplificada para:

C(t) = (qsL/uH)(1-e-ut/L)

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Problema (426)

• Suponha que uma cidade seja representada por uma área quadrada de
15km de lado. Existem 200.000 carros nas vias, cada um circulando
30km entre 16h e 18h, e cada um emitindo 3g/km de CO. É uma noite
de inverno com tempo claro com inversão térmica que restringe a
mistura a 20m. O vento trás ar puro em uma taxa permanente de 1m/s.
Use o modelo para estimar a concentração de CO às 18h considerando
que o ar estava limpo às 16h e que a única fonte de CO são os carros.
Assuma que o CO é uma substância conservativa e que ocorre mistura
instantânea e completa no volume de contorno.

Poluição do Ar
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