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3º SGT EDNEI

I n s t r u t o r d e Re s ga t e Ve i c u l a r
Não vamos mais utilizar o KED ?
Dispositivos de imobilização:

• Colar Cervical;

• Prancha Longa;

• Prancha Curta;

•KED;

• Outros dispositivos.
O que se fala do KED pelo mundo:
Revisão Sistemática.
Análise biomecânica da imobilização da coluna
vertebral durante a extricação pré-hospitalar: uma
prova de estudo e conceito.
2015
Objetivo: estabelecer a técnica que
fornece o desvio mínimo da coluna
cervical a partir da posição neutra, em
linha (ângulo zero) durante o
Extricação do paciente, usando
técnicas de análise por biomecânica.
• Método: Equipe composta por dois paramédicos e quatro
bombeiros primeiros respondedores em extricação, um
homem como vítima (1,80cm altura e peso de 80 Kg), um
veículo a motor.
• Foram empregadas 9 (nove) Técnicas diferentes de extricação.
• O paciente foi marcado com Sensores biomecânicos e
movimento relativo entre os sensores foram capturados via
movimento infravermelho de alta velocidade e Câmeras de
análise.
• Um modelo matemático 3D foi Desenvolvido a partir do
movimento gravado.
(A) Localização do
reflexivo marcadores. (B)
movimento do plano
sagital.
(C) movimento do plano
frontal.
(D) movimento do plano
transversal.
• Teste: Em todas as técnicas a vítima estava com colar cervical.
• Técnica 1: O voluntário sai sozinho do veículo;
• Técnica 2: O voluntário sai do veículo por sua própria vontade com colar
cervical e estabilização manual enquanto seguia instruções cuidadosas dos
paramédicos.
• Técnica 3: O voluntário é removido usando a técnica de 'parcel shelf'
(prateleira/tampão traseiro) que consiste em uma extricação em linha através
da parte traseira ou Janela usando uma prancha longa em linha (ângulo zero).
• Técnica 4: O voluntário é imobilizado usando o KED e removido usando uma
saída em linha através da janela traseira com o KED passando para a prancha
longa.
Técnica 5: O voluntário é retirado com uma rotação de 90 ° para o
lado da prancha longa e posteriormente deslizado sobre a
prancha. O voluntário é então extricado com a cabeça primeiro
através da porta do passageiro (prancha pelo lado do passageiro).

Técnica 6: O voluntário é imobilizado usando o KED, então com


uma rotação de 90 ° para o lado do passageiro e através da porta
do passageiro (passageiro KED).

Técnica7: O voluntário é rotacionado em 90 graus para o lado do


motorista sobre uma prancha longa e a cabeça saindo primeiro
(LSB motorista).
Técnica 8: O voluntário é imobilizado
usando o KED e, em seguida, com uma
rotação de 90 ° para o lado da porta,
remoção pela porta do condutor (driver
SEJ).

Técnica 9: O voluntário é imobilizado


usando o KED e levantado através da porta
do condutor sem rotação (SEJ driver-R).
Observação do Autor: Movimento
de Torção sobre vértebras (SEJ
Passenger and Driver).
FR
Método: 2 Técnicas
1 vítima, homem, 180 cm, 80kg
6 Equipes de Resgate (bombeiros)

IOT Ângulo Zero KED


08 a 18 de Fevereiro

Mov. Mín 0,764 -1,613

Mov. Máx 21,098 24,916

Protocolo: IOT/HMUSP 0046/100/16 – livro nº89 ® - 2017


Confirmação de protocolos sub-óptimos na imobilização da
coluna vertebral.
• Método: 2 paramédicos, 4
bombeiros
• Emprego de 6 (seis) técnicas
• 16 voluntários
Características do participante:
Sete homens e Nove mulheres
com idade média de 24 anos
(variação entre 18 e 40 anos). A
altura média foi de 174 cm (157-
198 cm) e a massa média Foi de
76 kg (intervalo 50-138 kg). Houve
cinco participantes com Massa
<65 kg, seis na categoria de massa
de 65-80 kg e cinco com Massa>
80 kg.
13,56 17,60
Conclusão:
• Altura e peso corporal tem significante influencia sobre as técnicas
de extração;

• O KED demonstrou forte correlação entre o movimento da coluna


cervical e altura (tendências de indivíduos mais altos apresentarem
mais movimentação na extração).

• Os autores sugerem que a altura e peso da vítima deve ser levado


em consideração no momento de escolha da técnica de extração.

• As técnicas atuais podem não estar proporcionando o cuidado ideal


para as vítimas de acidente automobilísticos.
Conclusão
• Indivíduos mais pesados sofrem maiores
consequências de movimentação da coluna quando
são retirados em prancha longa com giro para o lado
do passageiro;

• A correlação mais forte de movimentação da coluna


comparando massa e altura é a retirada com KED pelo
lado do motorista.
Altura Tronco-Cefálica

82 a 85 cm
Está firmemente destacado que o KED deve ir
da parte inferior da coluna até a cabeça
• Métodos: Utilizado 23 sujeitos em dois
cenários para este estudo. Os serviços
médicos de emergência (EMS) foram
compostos por um técnico de emergência
médica básica (EMT), um avançado EMT.
Cada sujeito foi submetido a dois cenários,
um usando RE e outro usando extrication
envolvendo KED.
Método: Foi aferido através de instrumento/escala analógica (0-
1 0 0 ) v i s u a l o n í v e l m e d i d o d e d o r, n í v e l d e d e s c o n f o r t o , q u a n t i d a d e
percebida de movimento e percepção da quantidade de tempo
necessário para remover do carro. Estes foram solicitados em
diferentes fases: durante a aplicação de KED ou Colar Cervical, e
depois extricação .
Realizado análises estatísticas usando o nível SAS 9.1 TS 1M0,
p l a t a f o r m a X P _ P R O ( S A S I n s t i t u t e I n c . , C a r y, N C , E UA ) e o M I N I TA B
1 5 ( M I N I TA B I n c . , S t a t e C o l l e g e , PA , E U A ) . C a l c u l a m o s e s t a t í s t i c a s
resumidas, incluindo médias, desvios padrão e percentuais para os
tempos de extração e grau de rotação da cabeça para ambas as
condições, extração usando KED versus RE.
Te s t e s T p a r e a d o s f o r a m u s a d o s ​ ​ p a r a e xa m i n a r a s d i f e r e n ç a s
básicas no tempo e grau da cabeça girando entre essas duas
t é c n i c a s . U s a d o m o d e l o s d e r e g r e s s ã o p a r a ex a m i n a r s e i d a d e ,
s e x o , a l t u r a o u p e s o m o d i f i c a r a m o e f e i t o d o t i p o d e ex t r a ç ã o .
FR
Discussão:
• O KED não demonstrou eficácia para extricação em obesos;

• Os sujeitos perceberam uma tendência de maior desconforto das VAS de


100mm com o KED versus RE;

• O KED demonstrou eficiencia para pacientes com dor na cervical.


Conclusão:
• O K E D n e c e ss i ta d e s e r m a i s e st u d a d o e c o m p a r a d o c o m
a t é c n i c a d e ex t r a ç ã o r á p i d a ;
• Ev i d ê n c i a p a r a o u s o d o K E D e m p ac i e n te s q u e t e n h am
m a i o r i n d i c a ç õ e s d e r o ta ç ã o d e p e s c o ç o ( a g i ta d o s ) ;
• O e m p r e g o do K E D p r e o c u p a q u an to ao s e u te m po, p o i s
p o d e s e r p r e j u d i c i a l a o p a c i e n t e e a o s s o c o r r i sta s ;
• O s e fe i to s b e n é f i c o s d o K ED c o n t i n u a m p r a t i c a m e nt e n ã o
comprovados;
• F i n a l m e n te , ex i st e m p r e o c u p aç õ e s a d ic i o n a i s s o b r e o
p o s s í v e l a u m e n to d o r i s c o d e d e s l o ca m e n to e m p a c ie n te s
obesos.
Estudo cadavérico. Dispositivo de extração KED e fraturas pélvicas instáveis.
Método
Estudo de cadavérico,
Dezoito cadáveres humanos (9 homens, 9 mulheres) sem
história conhecida de fraturas pélvicas .
As idades variaram de 56 a 100 anos, (média 85,8 anos),
A l t u r a s Va r i o u d e 1 4 3 a 1 7 8 c e n t í m e t r o s ( c m ) ( m é d i a d e 1 6 1
cm),
Pesos variou de 36,5 a 78,5 quilogramas (kg) (média de 51,8
kg).
To d a s a s e x p e r i ê n c i a s f o r a m c o n d u z i d a s n o L a b o r a t ó r i o d e
A n a t o m i a d a Fa c u l d a d e d e M e d i c i n a d e Ly o n E s t ( F r a n ç a ) , e m
Conformidade com as leis e regulamentos franceses .
Extração utilizando técnicas PHTLS.
FIG. 1. Posições da correia trocantérica. (A) Colocação do cinto trocantérico 1 (TBP1), TB sob loops da coxa; (B) colocação da correia
trocantérica 2 (TBP2), TB sobre os laços da coxa
FIG. Raios X do cadáver em 2 posições diferentes. IV-1: posição basal. IV-3: posição extraída com KED sozinho.
está
firmemente
destacado
que o KED
deve ir da
parte inferior
da coluna
até a cabeça
Conclusão do autor:
• O KED sozinho é potencialmente prejudicial aos pacientes com fratura
pélvica em livro aberto.
• De fato, em 10 de 18 indivíduos, a fratura aumentou na posição de
extração e em 3 fora os 10 o aumento foi maior do que um centímetro
de largura.
• Isto parece lógico, uma vez que as tiras inguinais do KED tendem a
puxar as coxas lateralmente quando o sujeito está sendo extraido,
aumentando assim as complicações de uma pélvis fraturada.
• Este aumento é potencialmente prejudicial.
Restrição de tirante inguinal em traumas de quadril.
MOVIMENTAÇÃO DA COLUNA CERVICAL DURANTE A EXTRAÇÃO
Importante
• Considerações dos autores:
➢Os resultados da presente investigação apontam para dois conceitos-chave:

1. Parece identificar possíveis eventos/agravantes durante técnica de extração com


uso de CC e KED, provável que ocorram lesões adicionais (por exemplo, no momento
de reclinar e rotacionar).

2. Forte relação de agravamento quando ocorre ações de paramédicos e


equipamentos adicionais (pode ser importante se concentrar nas ações dos
paramédicos). É possível que a falta de coordenação e o tempo entre as ações
paramédicas poderia servir para aumentar o movimento da cabeça em relação ao
tronco.
Sugere-se: Mais treinamentos entre as equipes e a redução da quantidade de materiais para emprego
de extração. (The Journal of Emergency Medicine, Vol. 44, N. 1, pp. 122–127, 2013).
Chegou o momento de adotar comportamento de mudança no APH, relacionado a imobilização espinal.
Novas diretrizes sugerem condutas operacionais fundamentadas em evidencias do que somente na prática
que por vezes é prejudicial a vítima.
O KED utilizado como os autores descrevem atende aos objetivos de um
dispositivo ideal de imobilização pediátrica
Resumo Geral
• Ked mostra-se benéfico para público pediátrico em acidente veicular;
• Ked mostra-se benéfico para acidentes em Fendas e Técnicas de Resgate em
Altura (içamento) e associados;
• Ked não demonstrou relevantes resultados em acidentes veiculares associados
ao público longilíneo,
• Ked não demonstrou relevantes resultados ao público Gestante e Obesos;
• Ked não demonstrou resultados positivos associados a rotações durante as
técnicas de extrações;
• Ked demonstrou prejuízos graves quando associado em traumas de quadril;
• Ked mostrou-se benéfico para vítimas com queixa de dor na região cervical e
vítimas de trauma com qualquer tipo de agitação.

Ednei Fernando dos Santos (CBMSP, 2018).


OBRIGADO !
3º SGT EDNEI
11 9 4017-2835
edneifernando81@gmail.com
edneifernando@policiamilitar.sp.gov.br

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