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Velas ao mar
O pajé me contava histórias dos tempos em que a Lua era noiva do Sol. Eu ficava sentado na
oca dele, de pernas cruzadas, escutando. Uma fogueira quase morta nos separava. A fumaça subia.
Por trás da fumaça o pajé sorria, mostrando a boca escura e desdentada. E a voz dele era como o
murmúrio do vento nas folhagens.
Um dia ele estava me recontando uma história que aprendera do velho Sumé, quando se
ergueu uma gritaria na taba. Saí para ver o que acontecia. Um homem vira coisas estranhas no mar.
Por isso estava gesticulando, gritando, chamando os companheiros... o chefe da tribo armou os seus
guerreiros. Fomos todos para a beira do mar.
O nosso espanto foi enorme. Abria-se na nossa
frente a grande baía. Dentro dela, balançando-se de leve,
estavam pousadas umas doze ou treze embarcações
como nunca tínhamos visto em nossa vida. Nós cortá –
vamos os rios e o mar nas nossas iguaras, barcos com –
pridos e rasos, feitos em geral de troncos de árvores.
Mas agora era diferente... Tratava-se de barcos altos,
compridos, largos, todos cheios de mastros, cordas,
panos, bandeiras... Eu estava de boca aberta. Olhava
muito admirado para as bandeiras coloridas que ondu –
lavam ao vento no cordame dos navios. E só cem anos
depois que eu iria aprender que aquela era a frota por –
tuguesa que descobria o Brasil! Naquela hora não exis –
tia Brasil, mas sim a nossa terra, por nós chamada Pin –
dorama – terra boa e grande, onde nossa tribo e muitas
outras corriam, livres, acampando aqui e ali, caçando,
pescando, dançando, guerreando...
( ... )
Os índios esperaram em silêncio. Quando os barcos encalharam na areia, pudemos ver que
estavam cheios de homens brancos que traziam armas desconhecidas. Falavam língua que nenhum
de nós entendia.
Um dos estrangeiros avançou para nosso grupo. Tinha um grosso bigode preto. Sua espada
fulgurava ao Sol. Começou a fazer gestos e caretas. Atrás dele seus soldados esperavam... ( ... )
O homem do bigodão fez um sinal. Um dos soldados trouxe e colocou aos pés dele um grande
cesto. O chefe branco se inclinou e tirou do cesto uma mancheia de colares de miçangas coloridas,
espelhos e outras bugigangas para nós até então desconhecidas. Os índios começaram a ficar
inquietos e a dar pulos. Só o pajé continuava a sorrir com indiferença.
Érico Veríssimo. As aventuras de Tibicuera. São Paulo: Companhia das letras,2005.p.29-31
( ) Constantinopla. ( ) Porto.
( ) Lisboa. ( ) Gênova.
8) “ Enquanto os portugueses contornavam a África para chegar as Índias, Cristóvão Colombo,
navegante genovês a serviço da Espanha, seguiu outro caminho. Por acreditar que a terra era
redonda, Colombo procurou atingir o Oriente ( leste ) navegando em direção ao Ocidente
( oeste ).” ( 1,0 )
Livro: História Ápis – 5º ano. p. 27
Sempre navegando para oeste, Colombo chegou:
10) Em 1494 na cidade espanhola de Tordesilhas, foi assinado um acordo entre Portugal e Espanha
que ficou conhecido como Tratado de Tordesilhas. Marque a opção incorreta sobre esse tratado:
( ) Esse acordo foi criado para resolver o conflito das terras recém descobertas entre os portugueses
e espanhóis.
( ) Os dois países decidiram dividir com uma linha imaginária, as terras já conhecidas por eles.
( ) As terras a oeste da linha pertenceriam à Espanha e as terras às leste pertenceriam à Portugal.
( ) A linha imaginária foi traçada para mostrar a rota correta para as Índias.
( 1,0 )
11) ( 1,0 )
12) Observe a tirinha abaixo e depois escreva com suas palavras o que você entendeu sobre ela,
relacionando aos assuntos abordados na aula de História. ( 1,0 )
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Boa prova !