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Universidade Federal de Pernambuco

Engenharia Mecânica

Unidade VI
Freios e Embreagens
Elementos de Máquinas de Shigley, Budynas, 8tavaEd – Capitulo 16

Projeto de Máquinas Norton, 4taEd – Capitulo 17

Elementos de Máquinas
Prof. Dr. Justo Emilio Alvarez Jácobo
VI. Freios e Embreagens
Proposta do capítulo
6.1- Freios e Embreagens - Introdução

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VI. Freios e Embreagens
6.1- Introdução
Embreagens e freios são
essencialmente o mesmo
dispositivo.
Acoplamento (conexão) de
atrito magnética, hidráulica ou
mecânica entre elementos
(inercias)
- EMBREAGEM: Se os
elementos conectados
podem rodar.
- FREIO: Se um dos
elementos pode rodar
enquanto o outro é fixo.

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VI. Freios e Embreagens
6.1- Introdução
Analisando o desempenho
destes equipamentos
- Força de acionamento;
- Torque transmitido;
- Perda de Energia;
- Aumento da temperatura

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VI. Freios e Embreagens
6.1- Introdução: Tipos de Freios e Embreagens
- Forma de atuação: mecânica (embreagem carro), pneumática ou hidráulica
(freio carro) e elétrica
- Forma de transferência de energia entre elementos:
- Caráter do acoplamento.

Embreagem de disco
de placas múltiplas
atuada por pressão
de fluido

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VI. Freios e Embreagens
6.1- introdução:
Tipos de Freios e
Embreagens

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VI. Freios e Embreagens
6.1- introdução: Tipos de Freios e Embreagens

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VI. Freios e Embreagens
6.1- introdução: Tipos de Freios e Embreagens

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VI. Freios e Embreagens
6.1- introdução
Tipos de Freios e Embreagens
- Tambor com sapatas internas
- Tambor com sapatas externas
- Cinta
- Disco
- Cone

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VI. Freios e Embreagens
6.1- introdução
Aplicações
- Automotivas
- Equipamentos pesados: guindastes, escavadoras, elevadores,
tratores, moinhos, etc.
- Equipamentos domésticos: cortadores de grama, máquinas de lavar,
motosserras, etc.

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VI. Freios e Embreagens
6.1- introdução – Exemplos de freios

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VI. Freios e Embreagens
6.1- introdução –
Exemplos de freios

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VI. Freios e Embreagens
6.1- introdução – Exemplos de embreagens

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VI. Freios e Embreagens
6.1- introdução – Exemplos de embreagens

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VI. Freios e Embreagens
6.1- introdução –
Freio/embreagem tipo tambor com sapata interna

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VI. Freios e Embreagens
6.1- introdução -
Freio/embreagem tipo
tambor com sapata interna

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Componentes
VI. Freios e Embreagens

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VI. Freios e Embreagens

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VI. Freios e Embreagens

Acionamento

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VI. Freios e Embreagens: EATON

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VI. Freios e Embreagens

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VI. Freios e Embreagens
6.2- Seleção e especificação de embreagens e freios

- Fabricantes fornecem torque e potência dos modelos;


- Forcem procedimentos de especificação e seleção;
- Fatores de serviço sugeridos (compensar condições de carga);

Fatores de serviço

- Falha por aplicação incorreta (projetista);


- Falta de padronização quanto aos fabricantes;
- Embreagem pequena => escorregar e superaquecer
- Embreagem grande => adiciona inercia, sobrecarregar o motor.
- O projetista precisa se preocupar com: cálculo da carga e condições
ambientais que o dispositivo irá suportar.

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VI. Freios e Embreagens
6.3- Materiais para embreagens e freios
- Partes estruturais (discos s tambores) ferro fundido cinzento ou aço;
- Superfícies de atrito são forradas com material que possua um bom
coeficiente de atrito e com resistência à compressão e à temperatura
suficientes para aplicação;
- Fibra de asbesto foi o mais comum mas hoje não mais devido ao
risco e ser elemento cancerígeno.
- As forrações podem ser moldadas, tecidas, sinterizadas ou de
material sólido;
- Forrações moldadas usam resinas a base de polímeros (com
matérias fibrosos), latão ou zinco são adicionados para melhorar a
transferência de calor e a resistência ao desgaste.
- Materiais tecidos são constituídos de longas fibras de asbesto.
- Os metais sinterizados fornecem maiores resistências às
temperaturas e à compressão que os moldados ou tecidos.

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VI. Freios e Embreagens
6.3- Materiais para embreagens e freios

Transmissões manuais de automóveis e


caminhões utilizam normalmente embreagens
de um único disco, secas

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VI. Freios e Embreagens
6.4- Embreagem de disco

- Pressão entre as superfícies: distribuição uniforme;


- O desgaste será maior no diâmetro externo, porque o desgaste é proporcional à
pressão multiplicada pela velocidade (pV) e a velocidade aumenta linearmente
com o raio.

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VI. Freios e Embreagens
6.4- Embreagem de disco
Desgaste maior no diâmetro externo
(Desgaste) W = P v Onde:
P = pressão
v = velocidade (linear)

A perda de material irá mudar a distribuição de pressão para não uniforme e a


embreagem irá se aproximar da condição de desgaste uniforme

W = cte  P v = cte

Duas condições de trabalho:


1.- Pressão uniforme
2.- Desgaste uniforme

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VI. Freios e Embreagens
6.4- Embreagem de disco
- Uma embreagem flexível quando nova esta na condição de pressão
uniforme, tendendo à condição de desgaste uniforme com o uso.
- Os cálculos são diferentes, mas a hipótese de desgaste uniforme
produz uma classificação mais conservativa, sendo a preferida pelos
projetistas.

Pressão uniforme
Considerando anel de área elementar, a força
diferencial no anel será:
Onde:
𝑑𝐹 = 𝑝𝜃𝑟𝑑𝑟
𝐹: Força diferencial
𝑟: raio
𝑝: Pressão uniforme na face da embreagem
𝜃: ângulo total do anel (2𝜋)
𝜇: coeficiente de atrito
𝑁: número de fases (discos múltiplos)

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VI. Freios e Embreagens
6.4- Embreagem de disco
Pressão uniforme
A força axial total (F) na embreagem é determinada:
𝑟0
𝑝𝜃 2
𝐹= 𝑝𝜃𝑟𝑑𝑟 = 𝑟0 − 𝑟𝑖2
𝑟𝑖 2
O torque de atrito no elemento de anel diferencial é:

𝑑𝐹 = 𝑝𝜃𝑟𝑑𝑟 → 𝑑𝑇 = 𝑝𝜃𝜇𝑟 2 𝑑𝑟

2 ro3  ri3 
2
T   P  ro  ri N
3
3 3
  T NF
3 ro2  ri 2 

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VI. Freios e Embreagens
6.4- Embreagem de disco
Desgaste uniforme
A razão de desgaste (W) constante, é suposta proporcional
ao produto da pressão (p) e velocidade V

A força axial total (F) na embreagem é determinada:

𝑟0 𝑟0
𝑟𝑖
𝐹= 𝑝𝜃𝜇𝑟𝑑𝑟 = 𝜃(𝑃𝑚á𝑥 )𝑟𝑑𝑟
𝑟𝑖 𝑟𝑖 𝑟

𝐹 = 𝑟𝑖 𝜃𝑃𝑚á𝑥 (𝑟0 − 𝑟𝑖 )

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VI. Freios e Embreagens
6.4- Embreagem de disco
Desgaste uniforme
A razão de desgaste (W) constante, é suposta proporcional
ao produto da pressão (p) e velocidade V

r0  ri 
T    ri P r
máx o
2
 ri 2
 T  F N
2
Pode ser demostrado que o máximo torque para qualquer
valor de raio externo será obtido quando o raio interno for:

ri  0,577 ro

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VI. Freios e Embreagens
6.4- Embreagem de disco
Comparando as duas hipóteses
Pressão uniforme 2 ro3  ri3 
T NF
3 ro2  ri 2 
Desgaste uniforme:
T  F
r0  ri 
N
2

OBSERVAÇÃO: O Torque calculado por desgaste uniforme (0,5< 0,66), é


mais conservador.

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VI. Freios e Embreagens
6.4- Embreagem de disco

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VI. Freios e Embreagens
6.4- Embreagem de disco
Solução 17-1
1.- Fator de serviço (f.s = 2) e torque requerido
𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎𝑑𝑎 = 𝑓𝑠. 𝑃𝑟𝑒𝑞𝑢𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎
𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎𝑑𝑎 = (2) 7,5 ℎ𝑝 = 15ℎ𝑝

𝑇𝜔 = 𝑃

𝑖𝑛 − 𝑙𝑏/𝑠
𝑃 15 𝐻𝑃 (6600 )
ℎ𝑝
𝑇= = = 548,05 [𝑙𝑏 − 𝑖𝑛]
𝜔 1725 𝑟𝑒𝑣/𝑚𝑖𝑛 (2𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠 )
60 𝑟𝑒𝑣/𝑚𝑖𝑛

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VI. Freios e Embreagens
6.4- Embreagem de disco
Solução 17-1
2.- Determinação do coeficiente e máxima pressão recomendada para o
material seco moldado (Tabela 17-1)
Do Problema: Pressuponha um disco único a seco com forração moldada

(0,25 − 0,45) (150 − 300)


𝜇𝑚𝑒𝑑 = = 0,35 [−] 𝑃𝑚á𝑥 = = 225 [𝑝𝑠𝑖]
2 2

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VI. Freios e Embreagens
6.4- Embreagem de disco
Solução 17-1
3.- Utilizando a equação que que relaciona r_i a r_0 para o torque máximo na
equação que calcula o Torque por desgaste uniforme:

𝑇 = 𝜋𝜇𝑟𝑖 𝑃𝑚á𝑥 (𝑟02 − 𝑟𝑖2 ) ri  0,577 ro

1
𝑇 = 𝜋𝜇𝑟𝑖 𝑃𝑚á𝑥 (𝑟02 − 𝑟𝑖2 ) = 𝜋𝜇(0,577𝑟0 )𝑃𝑚á𝑥 (𝑟02 − 3 𝑟02 )

𝑇 = 0,3849𝑟03 𝜋𝜇𝑃𝑚á𝑥
Evidenciando r_0:

1 1
𝑇 3 548,05 3
𝑟0 = = = 1,79 [𝑖𝑛]
0,3849𝜋𝜇𝑃𝑚á𝑥 0,3849𝜋(0,35)(225)

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VI. Freios e Embreagens
6.4- Embreagem de disco
Solução 17-1
4.- Da equação : ri  0,577 ro

𝑟𝑖 = 0,577 1,79 = 1,03[𝑖𝑛]

5.- A força axial necessária (a partir da Equação 17.5a) é:

𝐹 = 𝑟𝑖 𝜃𝑃𝑚á𝑥 (𝑟0 − 𝑟𝑖 )
𝐹 = 𝑟𝑖 2𝜋 𝑃𝑚á𝑥 𝑟0 − 𝑟𝑖 = (1,034) 2𝜋 (225 1,792 − 1,034 = 1108 [𝑙𝑏]

RESPOSTA: A especificação da embreagem é por tanto, um disco único de 3,6


[in] de diâmetro externo e 2 [in] de diâmetro interno (CATALOGO), com forração
moldada de coeficiente de atrito seco > 0,35 e força agente > 1108 [lbf]

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VI. Freios e Embreagens
6.5- Freios de Disco
- As equações são as mesmas que
de embreagens;
- São raramente fabricados com
forração cobrindo a
circunferência completa da face,
por superaquecimento.
- Utilizar o valor adequado do
ângulo nas equações, N será
pelo menos 2 pois utiliza-se
duas pastilhas em posição
oposta.
- Embreagens são usadas em
ciclos leves de carga (tempo de
acoplamento uma fração) os
freios tem que absorver muita
energia em vários ciclos

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VI. Freios e Embreagens
6.5- Freios de Disco
Equacionamento
- Mesmas equações;
- Forração não cobre a circunferência toda  superaquecimento;
- Embreagem: ciclos leves de cargas;
- Freios: absorvem grandes quantidades de energia em aplicações
repetidas.

Freios de disco com pinça: utilizados em automóveis

A pinça contém duas pastilhas  cancela a força axial

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VI. Freios e Embreagens
6.6- Freios (ou embreagens) de Tambor:
Definição
- Forçam o material de atrito sobre a circunferência de um cilindro,
seja externamente, internamente ou em ambas fases.
- São mais utilizados como freios.
- A parte na qual o material de atrito é rebitado ou colado é chamado
de ZAPATA DE FREIO, e a parte contra a qual atrita TAMBOR DE
FREIO, cria-se um torque de atrito
- A configuração mais simples é CHAMADA DE FREIO DE
BANDA (curto ou longo);
- Freio de sapata curta (θ<45)

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VI. Freios e Embreagens
6.6- Freios (ou embreagens) de Tambor:
Freios de tambor com sapatas externas curtas

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VI. Freios e Embreagens
6.6- Freios (ou embreagens) de Tambor:
Freios de tambor com sapatas externas curtas

- Se θ for pequeno (θ<45), pode-se considerar a força distribuída entre


a sapata e o tambor como uma força uniforme, podendo ser
substituída por uma força concentrada Fn no centro da área de
contato.
- Para qualquer valor de máxima pressão permissível na forração
(Pmax) (Tabela 17-1) a força concentrada será:

𝐹𝑛 = 𝑝𝑚𝑎𝑥 𝑟𝜃𝑤
Onde:
𝐹𝑛 : força concentrada
𝑝𝑚𝑎𝑥 : é a pressão máxima da T 17-1
w: é a largura da sapata de freio na direção z
𝜃: é o ângulo submetido em radiano

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VI. Freios e Embreagens
6.6- Freios (ou embreagens) de Tambor:
Freios de tambor com sapatas externas curtas
A força de atrito será:

𝐹𝑓 = 𝜇𝐹𝑛
Onde:
𝐹𝑓 : força de atrito
𝐹𝑛 : força concentrada
𝜇: coeficiente de atrito (Tabela 17 − 1)

O torque no disco de tambor será:

𝑇 = 𝐹𝑓 𝑟 = 𝜇𝐹𝑛 𝑟 𝑏𝐹𝑛 − 𝑐𝐹𝑓 𝑏𝐹𝑛 − 𝜇𝑐𝐹𝑛


𝐹𝑎 = =
𝑎 𝑎
Somatório de momentos em O:
𝑏 − 𝜇𝑐
𝑀0 = 0 = 𝑎𝐹𝑎 − 𝑏𝐹𝑛 + 𝑐𝐹𝑓 𝐹𝑎 = 𝐹𝑛
𝑎

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VI. Freios e Embreagens
6.6- Freios (ou embreagens) de Tambor:
Freios de tambor com sapatas externas curtas
Encontrando as de reação em x e y no pivô:

𝐹𝑥 = 0 = −𝑅𝑥 + 𝐹𝑓

𝑅𝑥 = −𝐹𝑓

𝐹𝑦 = 0 = −𝑅𝑦 + 𝐹𝑛 − 𝐹𝑎

𝑅𝑦 = 𝐹𝑎 − 𝐹𝑛

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VI. Freios e Embreagens
6.6- Freios (ou embreagens) de Tambor:
Freios de tambor com sapatas externas curtas
Auto-energização: rotação do disco S.A.H

c Ff é adicionado à a Fa
𝑏 − 𝜇𝑐
𝑀0 = 0 = 𝑎𝐹𝑎 − 𝑏𝐹𝑛 + 𝑐𝐹𝑓 𝐹𝑎 = 𝐹𝑛
𝑎

Auto-desenergização: rotação do disco S.H.

c Ff é subtraído de a Fa
𝑏 + 𝜇𝑐
𝑀0 = 0 = 𝑎𝐹𝑎 − 𝑏𝐹𝑛 − 𝑐𝐹𝑓 𝐹𝑎 = 𝐹𝑛
𝑎
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VI. Freios e Embreagens
6.6- Freios (ou embreagens) de Tambor:
Freios de tambor com sapatas externas curtas 𝑏𝐹𝑛 − 𝑐𝐹𝑓 𝑏𝐹𝑛 − 𝜇𝑐𝐹𝑛
𝐹𝑎 = =
Auto-travamento: 𝑀0 = 0 = 𝑎𝐹𝑎 − 𝑏𝐹𝑛 + 𝑐𝐹𝑓
𝑎 𝑎

𝑏 − 𝜇𝑐
𝐹𝑎 = 𝐹𝑛
𝑎
Se cb
A força requerida Fa para ativar o freio se torna nula ou negativa, então
temos um freio AUTO-TRAVANTE

Fa  0 ou bc 0 c b
OBS: Condição não desejada, com exceção da aplicação de travamento
de retorno (guinchos)
VI. Freios e Embreagens
6.6- Embreagem de disco

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VI. Freios e Embreagens
6.6- Embreagem de disco
Solução 17-2
1.- Organizando a Equação (17.11) para formar a razão (F_n/F_a) do problema

𝑀0 = 0 = 𝑎𝐹𝑎 − 𝑏𝐹𝑛 + 𝑐𝐹𝑓


𝑏 − 𝜇𝑐
𝐹𝑎 = 𝐹𝑛
𝑎
𝐹𝑛 𝑎
=
𝐹𝑎 𝑏 − 𝜇𝑐
2.- Substituindo na razão de auto-energização e resolvendo para os valores do
problema
𝐹𝑛 6
=2=
𝐹𝑎 6 − 0,35𝑐
−3
𝑐= = 8,571
−0,35

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VI. Freios e Embreagens
6.6- Embreagem de disco
Solução 17-2

3.- Forme a razão c/r para uma razão de auto-energização de 2 com a geometria
dada para o freio
𝑐 8,571
= = 1,71
𝑟 5
4.- Para que o autotravamento ocorra, e encontrar o valor de c que “provoque”
isto, 𝐹𝑎 se converte em zero, fazendo 𝐹𝑛 /𝐹𝑎 = ∞, a inversa é mais conveniente
𝐹𝑎 /𝐹𝑛 = 0 (evitando a divisão por zero)

𝑏 − 𝜇𝑐 𝐹𝑎 𝑏 − 𝜇𝑐 6 − 0,35𝑐
𝐹𝑎 = 𝐹𝑛 =0= =
𝑎 𝐹𝑛 𝑎 6
6
𝑐= = 17,143
0,35

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VI. Freios e Embreagens
6.6- Embreagem de disco
Solução 17-2

5.- Formando a razão 𝑐/𝑟, para autotravamento com a geometria do freio do


problema
𝑐 17,143
= = 3,43
𝑟 5
6.- Observe que estas razães são especificadas para as dimensões do freio. O
comprimento a foi colocado igual a b neste exemplo a fim de eliminar o efeito da
razão de braço de balanço 𝑎/b, que reduz ainda mais a força F_a requerida para
qualquer força normal F_n

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VI. Freios e Embreagens
6.6- Freios (ou embreagens) de Tambor:
Freios de tambor com sapatas externas longas

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VI. Freios e Embreagens
6.6- Freios (ou embreagens) de Tambor:
Freios de tambor com sapatas externas longas

- Se θ for “grande” (θ>45), a hipótese de distribuição uniforme da


pressão será incorreta.
- Quase todos os freios de sapata possuem um ângulo contato de 90º
- Como nenhuma sapata é infinitamente rígida, a deflexão também
afetará a distribuição de pressão (não será visto aqui)
- A medida que a sapata desgasta, irá pivotar em torno de O, o ponto
B irá viajar mais do que o ponto A (maior distância a O). A pressão
irá variar em proporção à sua distância.
- Supondo que o tambor rode a velocidade constante, e que o desgaste
é proporcional ao trabalho de atrito feito, o desgaste será

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VI. Freios e Embreagens
6.6- Freios (ou embreagens) de Tambor:
Freios de tambor com sapatas externas longas
(Desgaste) W = Pv
Onde:
P = pressão
v = velocidade (linear)

Em qualquer ponto (C), a pressão


normal p será proporcional à
distância a O:
𝑝 ~ 𝑏 sin 𝜃 ~ sin 𝜃

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VI. Freios e Embreagens
6.6- Freios (ou embreagens) de Tambor:
Freios de tambor com sapatas externas longas
(Desgaste) W = Pv
Onde:
P = pressão
v = velocidade (linear)

Em qualquer ponto (C), a pressão


normal p será proporcional à
distância a O:
𝑝 ~ 𝑏 sin 𝜃 ~ sin 𝜃
𝑝 𝑝𝑚á𝑥
𝐾= =
𝑝 = 𝐾 sin 𝜃 sin𝜃 sin𝜃𝑚á𝑥
Se a máxima pressão permissível na forração for Pmax (Tabela 17-1),
então a constante de proporcionalidade K será:

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VI. Freios e Embreagens
6.6- Freios (ou embreagens) de Tambor:
Freios de tambor com sapatas externas longas
Onde 𝜃 é o mínimo entre
𝜃2 e 90º, então temos:
𝑝𝑚á𝑥
𝑝= sin𝜃
sin𝜃𝑚á𝑥
A força aplicada será:
𝑀𝐹𝑛 ∓ 𝑀𝐹𝑓
𝐹𝑎 =
𝑎
Onde:

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VI. Freios e Embreagens
6.6- Freios (ou embreagens) de Tambor:
Freios de tambor com sapatas externas longas

A força aplicada será:


𝑀𝐹𝑛 ∓ 𝑀𝐹𝑓
𝐹𝑎 =
𝑎

Onde:

𝑝𝑚á𝑥 1 1
𝑀𝐹𝑛 = 𝑤𝑟𝑏 𝜃2 − 𝜃1 − (sin 2 𝜃2 − sin 2 𝜃1
sin𝜃𝑚á𝑥 2 4
𝑝𝑚á𝑥 𝑏
𝑀𝐹𝑓 = 𝜇𝑟𝑏 −𝑟 cos 𝜃2 − cos 𝜃1 − (𝑠𝑖𝑛2 𝜃2 − 𝑠𝑖𝑛2 𝜃1
sin𝜃𝑚á𝑥 2

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VI. Freios e Embreagens
6.6- Freios (ou embreagens) de Tambor:
Freios de tambor com sapatas externas longas

O torque de frenagem

𝑝𝑚á𝑥
𝑇 = 𝜇𝑤𝑟 2 (cos 𝜃1 − cos 𝜃2 )
sin𝜃𝑚á𝑥

Forças reativas

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VI. Freios e Embreagens
6.6- Freios (ou embreagens) de Tambor:
Freios de tambor com sapatas externas longas
Força reativa em x
𝑅𝑥
𝑝𝑚á𝑥 𝑠𝑖𝑛2 𝜃2 𝑠𝑖𝑛2 𝜃1
= − −
sin𝜃𝑚á𝑥 2 2

Força reativa em y
𝑅𝑦
𝑝𝑚á𝑥 𝑠𝑖𝑛2 𝜃2 𝑠𝑖𝑛2 𝜃1
= 𝑤𝑟 −𝜇 −
sin𝜃𝑚á𝑥 2 2

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