introdutório e coletânea de fontes primárias. Rio de Janeiro: Graal, 1984.
Mundo Egípcio
O texto visa à análise das formas de escravidão e de trabalho compulsório no
mundo egípcio antigo, evidenciando sua importância no contexto econômico e social dessa civilização, no período compreendido entre os fins do período arcaico até o final do período de 3000-332 a.C., aproximadamente.
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Estrutura econômico-social: O autor inicia sua argumentação a partir da
discussão em torno da análise das estruturas econômico-sociais. No texto é afirmado que existia a presença de um estado burocrático que interferia na economia, caracterizada como natural e mercantilizada, e, por conseguinte criando uma situação de dependência em que os “aparelhos reais” (leia-se complexos palaciais, templos, etc.) só funcionariam mediante a uma relação direta com os centros de produção agropecuária.
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Diferenciação de classes: Há um questionamento no início do último parágrafo
da página 19 em relação à “diferenciação” da sociedade entre livres e escravos mediante a suas respectivas funções e sob o viés econômico. O texto prossegue demonstrando que a “divisão” é mais complexa, onde há inicialmente uma pequena classe dominante, que desfruta de benefícios via corveias e tributos, e a grande massa da população divida em diversas funções. Essa complexidade na divisão é ratificada e ampliada através de menções a textos funerários que repassam a visão dos egípcios de sua própria sociedade onde é citada divisões dentro das classes citadas acima. Por fim, o autor deixa claro que mesmo a sociedade não sendo divididos em “livres X escravos”, existia escravos, porém era diferenciado do escravo grego ou romano. Pág. 21/22
Trabalhadores “livres”: Segundo Dykmans os camponeses livres estavam
sujeitos a contratos assalariados ligados a direitos individualistas minimamente possíveis, porém com a existência da corveia real (instituição na qual trabalhadores livres eram obrigados a se apresentar para exercer obrigatoriamente alguma tarefa que fosse designado sob-riscos dais mais variadas punições se alguma ordem fosse descumprida) começou a ser questionado se era possível considerar como livres, homens e mulheres, que eram submetidos a essa instituição em troca de apenas alimentação.
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Situação dos camponeses: Era maioria da população e da mão de obra egípcia,
porém existiam os que eram pequenos proprietários e arrendatários. O texto resolve abordar os que eram trabalhadores estatais ou particulares e faz o questionamento sobre a existência das comunidades aldeãs somente no período helenístico tardio ou se já era possível ser visto no período faraônico. Com isso posto em questão há a exposição por parte do autor das possíveis características e cita que tribunais e conselhos tribais eram liderados por anciões da própria comunidade, fato que demonstra claramente a existência de uma organização tribal comunitária. Tais fatos expostos levam a crer que mesmo com mudanças políticas, que proporcionaram uma maior centralização monárquica, o sentido comunitário não foi destruído.
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Corveias Arbitrárias: Mesmo com o passar dos séculos a situação de
subordinação por parte dos camponeses continuou. A situação foi modificada no momento em que decretou a isenção de corveias em sacerdotes e camponeses, já que desde muito tempo havia relatos de arbitrariedades por partes de nobres mesmo com aconselhamentos contra essa atividade. Essas arbitrariedades levaram a “técnicas revolucionárias” que iniciaram, a princípio, com fugas e em um segundo momento aconteceu uma desorganização econômica no Egito, fazendo com que não ocorresse o “pagamento” das rações e levando consequentemente a uma paralisação das obras faraônicas, uma greve. Pág. 27/28
Origens da Escravidão: “(...) Estrangeiros- líbios núbios e, sobretudo asiáticos-
capturados na guerra, comerciados (feito por mercadores estrangeiros), a prole dos escravos (...). Em princípio todos os prisioneiros de guerra pertenciam ao rei, que no entanto podia doa-los aos soldados que os haviam capturados, aos templos, em retribuição de serviços, em suma a quem quisesse. Por outro lado, os egípcios que cometessem crimes graves, em particular contra o Estado, podiam sofrer mutilações, tornando-se então escravos hereditários. Em épocas tardias aparecem também casos de pessoas que vendiam a si mesmas como escravos.”. Universidade Federal Fluminense Centro de Estudos Gerais Instituto de Ciências Humanas e Filosofia Departamento de História Curso de Graduação em História