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NÚCLEOS EM POTENCIAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
01­ BUSCA DO CAMPO ESP. P/CIÊNCIA, 02 ­ CORRELAÇÕES ESPÍRITO­MATÉRIA,
pag. 78, 137 pag. 15
03 ­ DINÂMICA PSI, pag. 24, 78, 100, 04 ­ ENERGÉTICA DO PSIQUISMO, pag. 72,
175 79
06 ­ O GÊNIO CELTICO E O MUNDO
05 ­ FORÇAS SEXUAIS DA ALMA, pag. 46
INVISÍVEL, pag. 222
07 ­ PALINGÊNESE, A GRANDE LEI, pag. 08 ­ PSICOLOGIA ESPÍRITA ­ Volume II,
86, 106 pag. 78

LEMBRETE: O NÚMERO DA PÁGINA PODE VARIAR DE ACORDO COM A EDIÇÃO DA OBRA CITADA.

NÚCLEOS EM POTENCIAÇÃO – COMPILAÇÃO

01 ­ NÚCLEOS EM POTENCIAÇÃO

VÓRTICES ESPIRITUAIS: NÚCLEOS EM POTENCIAÇÃO

Os  núcleos  em  potenciação  representariam  pontos  vorticosos,  ocupando  dimensão


superior  em  relação  à  matéria,  fazendo  parte  da  zona  do  inconsciente  (zona
espiritual),  em  região  específica  (inconsciente  passado).  Seriam  unidades  PSI,  de
variáveis  potencialidades  em  virtude  dos  graus  evolutivos  em  que  se  encontram.5
Esses  graus  estariam  representados  pelas  aquisições  que  as  múltiplas
personalidades  (corpos  físicos)  podem  oferecer  a  uma  determinada  organização
espiritual  dentro  de  sua  vivência  evolutiva.  Assim,  através  das  experiências,  os
núcleos em potenciação iriam acumulando, em potencial, as aptidões das realizações
que  a  vida  possa  oferecer.  Pela  diversidade  das  experiências  os  núcleos  seriam
variáveis  em  potencialidades.  No  seu  conjunto  representaria  a  própria  energética
psíquica  espiritual,  numa  determinada  gama  vibratória,  embora  cada  núcleo  ou
conjunto de núcleos possam ter a sua íntima condição.

Os  núcleos  em  potenciação,  dessa  forma,  poderiam  ser  avaliados  em  face  das
nossas  medidas  mentais.  Se  possuem  aquisições,  principalmente  no  bem  e  nos
ângulos  positivos  da  vida,  serão  núcleos  evoluídos,  de  carga  positiva  e
harmonicamente  atuantes.  Entretanto,  encontrando­se  nas  faixas  instintivas,  pouco
evoluídos  ou  mesmo  sobrecarregados  de  experiências  negativas,  serão  fontes  de
energias  em  faixas  afastadas  do  bem  e  do  amor.  Todos  eles  refletiriam  os  seus
impulsos  na  zona  consciente  ou  personalidade,  com  o  manancial  de  que  se  acham
investidos.

Diante  da  posição  psicológica  do  homem  dos  nossos  dias,  podemos  anotar  que  os
núcleos em potenciação mais carentes, menos evoluídos, são os que se refletem com
maior insistência na periferia consciencial. Tudo por necessidades construtivas a fim
de  afirmar  a  própria  evolução;  é  o  núcleo  carente  buscando  ampliação  de
potencialidades.

Todos  esses  núcleos  estariam  coligados,  vibratoriamente,  e  ajuntados  pelo


parentesco  evolutivo.  Essas  "diminutas  unidades"  seriam  distribuídas  aos  milhões,
nos  campos  do  psiquismo  profundo,  pelas  suas  constantes  formações,  e
representadas  por  aptidões  adquiridas  e  indestrutíveis;  por  isso,  fazendo  parte  do
espírito com sua condição de imortalidade.

Se  fôssemos  ao  ponto  de  desejar  avaliar  a  estrutura  dessas  unidades  PSI,
poderíamos  dizer  que  na  sua  constituição  entrariam  pequeníssimos  núcleos,  os
nucléolos em potenciação, a sustentarem o  potencial  energético  do  núcleo.  É  como1/14
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nucléolos em potenciação, a sustentarem o  potencial  energético  do  núcleo.  É  como


se  fossem  pequenos  vórtices,  uns  dentro  dos  outros,  penetrando  em  degraus
dimensionais  cada  vez  mais  afinados,  à  medida  que  se  acercassem  do  centro  do
núcleo em potenciação. Toda essa energética seria atributo de dimensões superiores
às  conhecidas,  mesmo  da  4ª  dimensão,  onde  se  encontram  os  ritmos  do  som,  da
eletricidade, luz, raios Roentgen etc. Assim, poderíamos nomear essa dimensão mais
avançada, de dimensão­PSI, não mais a 4ª e sim uma 5ª dimensão, onde os núcleos
em potenciação teriam o campo ideal de suas manifestações. No dizer de P. Ubaldi:
não existiriam nem 4ª ou 5ª dimensões, e sim dimensões de uma nova estruturação,
sempre  com  representação  trina.  Logo,  a  4ª  e  5ª  dimensões  fariam  parte  da  1ª  e  2ª
posições dum novo sistema.

Para  entendermos  os  aspectos  de  suas  possíveis  apresentações  poderíamos  dizer
que  os  núcleos  em  potenciação,  em  contato  uns  com  os  outros,  unidos  por  fios  de
específicas  energias,  típicos  filamentos,  tomariam  a  forma  de  um  rosário  onde  as
"contas"  seriam  os  próprios  núcleos  em  potenciação.  Com  isso,  o  filamento
unificante  desses  núcleos,  enrodilhado  sobre  si  mesmo,  um  verdadeiro  novelo,
constituiria um fio sem fim. Existiriam tantos núcleos quantas fossem as aquisições e
experiências  incorporadas  para  as  regiões  espirituais,  ampliando  a  "fiação"  que
também seria energia daquela faixa.

Esses  núcleos  teriam  nos  genes  cromossomiais  as  telas  ideais  de  suas
manifestações  e  o  local  por  onde  todas  as  experiências  da  vida  física  fossem
absorvidas. Dessa forma, os genes dos cromossomos e os núcleos em potenciação
do  inconsciente  ou  zona  espiritual  constituiriam,  respectivamente,  os  pontos  de
chegada e partida da vivência energética PSI.
Se  tentarmos  apresentar  outro  aspecto  do  núcleo  em  potenciação,  que  seria  a  sua
estrutura  funcional,  diríamos  que  eles  estariam  constituídos  com  o  teor  energético
das  três  camadas  do  inconsciente  ou  zona  espiritual  (gravura  1)  —  o  inconsciente
puro, o inconsciente passado e o inconsciente atual.

Apresentação esquemática das expansões energéticas do núcleo em potenciação
A  gravura  3  nos  mostra  o  esquema  do  núcleo  em  potenciação  com  suas  camadas
irradiantes,  porém  as  vibrações  variariam  de  acordo  com  a  posição  em  que  se
encontram  nas  regiões  do  psiquismo  profundo.  Pelo  esquema  da  mente  humana
(gravura 1), a distribuição dos núcleos pela zona do inconsciente passado variaria de
acordo com a sua própria carga energética.

Os  mais  evoluídos,  isto  é,  os  mais  bem  constituídos  em  aptidões  estariam  mais  em
contato  com  o  inconsciente  puro;  os  menos  evoluídos,  mais  pobres  de  aquisições,
estariam situados na porção mais externa em contato com o inconsciente atual. Com
isso, a sua composição variaria de acordo com a sua situação. Os que se encontram
mais para  a  zona  do  inconsciente  puro  seriam  núcleos  com  maior  carga  energética
do inconsciente puro e, por isso, mais evoluídos. Os que estivessem mais próximos
do  inconsciente  atual  seriam  os  menos  evoluídos,  os  mais  carentes,  os  mais
necessitados  de  construção  e,  portanto,  mais  afinizados  em  vibrações  com  a
organização física como que lá buscando os campos das experiências.

Os  núcleos  em  potenciação  quanto  mais  para  o  centro  do  inconsciente,  mais
quintessenciados,  mais  purificados,  e  quanto  mais  para  a  periferia,  mais
condensados,  mais  facilmente  vibrando  com  a  matéria  do  corpo  físico.  São  esses
núcleos mais periféricos que sustentariam a vida celular da organização física pelas
telas dos genes cromossomiais, embora sendo influenciados e orientados pelos mais
evoluídos, situados mais para o centro do psiquismo.
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Por tudo, os núcleos em potenciação seriam a verdadeira estrutura do psiquismo de
profundidade,  onde  suas  energias,  arregimentadas  nas  experiências  multimilenares,
constituiriam  um  campo  vibratório  transcendendo  à  vida  física.  Os  fatores  e
experiências múltiplas do meio externo, absorvidos sob forma de aptidões, são como
que  incorporados  às  suas  fontes  de  imortalidade,  prosseguindo  sempre  num
processo  evolutivo  na  busca  de  um  amor  integral,  a  representar  mecanismo  de
constante realização cósmica.

NÚCLEOS PSI­SEXUAIS E CORRELAÇÕES COM A ZONA FÍSICA

Partindo do conhecimento, já exposto, que essa hipótese de trabalho possa oferecer,
a respeito dos núcleos em potenciação, podemos dizer que a sua estrutura funcional
se  perderia  em  dimensões  superiores  onde  as  energias  do  Espírito  se  espraiam.  É
claro e lógico que a zona consciente do intelecto humano fica absolutamente isolada
(conscientemente),  por  não  possuir  elementos  específicos  que  possam  detectar
aqueles campos vibratórios superiores. Compreende­se, também, que os núcleos em
potenciação  devam  apresentar  variações  de  acordo  com  a  região  em  que  se
encontram e do setor a que pertencem.

Núcleos PSI­sexuais com suas respectivas irradiações até a superfície corpórea.

Todas  as  atividades  da  psique  estariam  na  dependência  das  informações  desses
campos  do  inconsciente,  no  caso  o  inconsciente  passado.  Essa  região  do
inconsciente apresenta um farto e expressivo campo de atividades, onde poderíamos
anotar  as  variações  de  suas  energias  de  conformidade  com  os  núcleos  em
potenciação  a  que  pertencem.  As  fontes  mais  próximas  da  periferia,  fazendo  limites
com  o  inconsciente  atual,  seriam  os  campos  de  energias  mais  condensadas,  mais
afinizadas com a matéria. As fontes energéticas mais internas, fazendo limites com o
inconsciente  puro,  seriam  de  energias  mais  quintessenciadas,  mais  evoluídas,  de
modo  a  incentivarem  e  mesmo  orientarem  os  campos  mais  externos.  É  nesse  setor
mais  interno  (gravura  4),  acoplado  aos  campos  do  inconsciente  puro,  que  teriam
nascimento as energias ditas sexuais, pelas suas condições de impulsão criativa.

Os  núcleos  responsáveis  pelas  forças  sexuais,  embora  originários  nas  vizinhanças
do inconsciente puro, não ficariam limitados a essa região. Suceder­se­iam em cadeia
até as vizinhanças do inconsciente atual, embora mantendo contatos de seus campos
(gravura  4).  Dessa  posição,  emitiriam  energias  que  venceriam  as  barreiras  do
inconsciente  atual,  para  adaptações,  a  fim  de  alcançarem  a  zona  corpórea  na
afirmação do sexo a que pertencem em determinada etapa palingenética. Os núcleos
em  potenciação  dessa  categoria,  quanto  mais  para  a  periferia  (próximos  do
inconsciente  atual),  seriam  mais  "personificados"  e  carregados  de  energias
adaptadas  aos  órgãos  sexuais  do  corpo;  isto  é,  esses  núcleos  mostrariam  a
predominância  da  polaridade  sexual  que  o  corpo  físico  revela.  Ao  passo  que  os
núcleos  mais  internos  (próximos  ao  inconsciente  puro)  seriam  mais  "impessoais",
com uma carga de energia de maior totalidade, onde as duas forças (masculinidade e
feminilidade) se encontrassem ajuntadas, como que fundidas.

Diante de tal proposta, percebe­se que, quanto mais no centro do inconsciente, mais
a  força  criativa  revela­se  de  totalidade;  quanto  mais  na  periferia,  mostra­se  com
predominância  masculina  ou  feminina.  Esse  campo  energético  espiritual  ou  do
inconsciente,  embora  mostrando­se,  também,  como  energia  sexual,  seria  bem
diverso daquele que se mostra nos órgãos genésicos da região corpórea.

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Com isso, queremos dizer que a energética sexual, quanto mais interna, mais sutil, a
ponto de, num esforço de expressão, traduzirmos como energia supersexual. Assim,
fazemos  diferença  dessa  energética:  quanto  mais  interna,  mais  integralizada  e
evoluída  apresentando  um  máximo  potencial,  quanto  mais  externa,  já  sendo
distribuição  através  do  inconsciente  atual  para  as  células  corpóreas,  mais  dividida,
dicotomizada,  mais  condensada  e  mais  afinizada  com  a  matéria.  Quanto  mais
internas, mais apresentam as forças totalizadoras do sexo, num verdadeiro bloco ou
conjunto, a ponto de serem absolutamente "impessoais"; quanto mais externas, mais
expressam  a  força  sexual  direcionada  numa  das  posições  do  sexo  (masculino  ou
feminino); daí a sua personificação.
Esses núcleos em potenciação, pelas suas fontes irradiantes, influenciariam os seus
vizinhos destinados a outros misteres. É como se os núcleos em potenciação sexuais
irradiassem  um  colorido  específico  e  influenciassem  os  demais  com  a  sua  própria
tonalidade (gravura 4).

Nessa  conceituação  das  energias  do  inconsciente  (ou  Espírito)  estamos  a  ver  e
perceber  que  os  campos  das  forças  sexuais  seriam  bem  expressivos  e,  na  zona
consciente,  os  mais  variados  ângulos  emocionais  apresentar­se­iam  com  colorido
sexual pelo envolvimento daquelas fontes específicas, forças da própria alma, jamais
sendo o resultado de exclusivas atividades dos órgãos sexuais da organização física.
Portanto,  não  deve  haver  confusão  com  atividades  sexuais  ligadas  diretamente  aos
órgãos sexuais e às energias sexuais que carregamos em nosso Espírito, embora as
atividades sexuais na periferia sejam orientadas por essas forças do Espírito. Como
essas forças sexuais do Espírito, para as quais preferimos a denominação de "forças
criativas",  banham  e  envolvem  as  demais  fontes  dos  múltiplos  e  inúmeros  núcleos
em  potenciação  do  inconsciente  passado,  muitas  das  atividades  do  psiquismo
podem  mostrar  a  influência  daquele  colorido.  É  bastante  comum  nas  artes  a
influência e derrame dessas energias, ligadas aos campos sexuais internos, através
de símbolos e imagens várias.

Achamos que Freud ao perceber as forças do inconsciente, na zona intelectual que é
a  mais  periférica,  sentiu  o  colorido  do  componente  sexual.  Como  analisava  o
inconsciente  em  face  da  organização  física  e  mesmo  como  o  resultado  desse
trabalho  consciencial,  só  poderia  ter  tirado  ilações  psicológicas  nessa  zona  mais
condensada,  com  símbolos  mais  personificados  e  com  exclusiva  tonalidade  dessa
região.  Por  isso,  viu  o  sexo  em  tudo,  porém  o  sexo  periferia,  o  sexo  resultante  do
trabalho  hormonal  do  corpo  físico,  criando  a  sua  psicologia  nesta  faixa  com
horizontes profundamente limitados.

O  inconsciente  para  Freud  era  consequência  funcional  das  unidades  neuroniais.


Freud, realmente, fez a abertura dos véus da alma. Muitos têm procurado elevar essas
posições ligadas ao sexo, enquanto que outros apenas exaltam instintos primitivos,
salientando erotismo com hipertrofia na licença, fundamentando­se em grande parte
na filosofia de Marcuse.

Jung  foi  mais  longe  ao  perceber  que,  além  das  forças  sexuais,  existiam  outros
campos  influenciadores  das  atividades  psíquicas  onde  os  "arquétipos"  seriam  as
fontes de origem dos mesmos. Reconheceu os valores daqueles eventos e analisou
as  forças  do  inconsciente  em  suas  devidas  posições  a  influenciarem  a  psique
consciente. Com a sua maneira de ver sentiu a dinâmica do inconsciente como uma
totalidade (libido) pelos arquétipos e símbolos e suas respectivas emersões na zona
consciente, inclusive os de tonalidade sexual. Na posição das forças sexuais existem,
tanto  no  campo  masculino  quanto  no  feminino,  as  duas  faces  onde  uma  delas  é
sobrepujada  e  envolvida.  Para  Jung  o  homem  traz  consigo,  na  profundidade  do
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inconsciente, a sua imagem feminina, como a mulher  a  sua  imagem  masculina.  São


como que contrastes em equilíbrio. A imagem masculina Jung chamou de "animus" e
a feminina de "anima". Desse modo, o homem carrega, também, o seu "anima", como
a mulher o seu "animus". As forças de manifestação dessas imagens do inconsciente
(contrastantes com a zona consciencial) são inesgotáveis e variáveis em tonalidades,
e  as  medidas  de  cada  situação  psíquica  interna  poderiam  revelar­se  através  dos
sonhos como projeção dessas imagens.

A  feminilidade  da  zona  inconsciente  do  homem,  como  a  masculinidade  da  zona
inconsciente  da  mulher  projetam­se  na  vida  consciente  comum,  nas  mudanças  de
humor, com os coloridos correspondentes à força do inconsciente que representam.
Assim,  o  "anima"  seria,  em  linguagem  jungueana,  o  arquétipo  do  feminino,  como  o
"animus" o arquétipo do masculino. No "anima" estaria a mãe, a professora, a estrela
de  cinema,  a  apresentação  de  um  ideal  de  mulher,  os  caprichos  de  expressão
feminina;  tudo  isso,  dependendo  da  fase  da  vida  em  que  o  indivíduo  se  encontra,
porquanto a projeção do "anima" estará relacionada com o arcabouço psicológico de
determinada  idade.  O  mesmo  para  a  mulher  em  relação  ao  "animus"  representado
pelo pai, pelo mestre, pelo herói dos contos ou mesmo do cinema, pelo atleta etc., e
os reflexos nas produções artísticas.

Caso  de  estudo  interessante,  à  luz  da  psicologia  junguista,  é  o  célebre  quadro  de
Mona  Lisa,  de  Leonardo  da  Vinci.  A  interpretação  do  famoso  sorriso  da  dama,  A
Gioconda,  que  não  corresponderia  ao  modelo,  se  é  que  realmente  o  teve,  seria  o
reflexo da alma feminina — o "anima" — do grande artista. No pensamento junguista,
quando a mulher apresenta tonalidade masculina de disputa de direção em empresas,
de  discussões  e  outras  revelações  tipicamente  masculinas,  seria  o  efeito  de  seu
"animus" projetando na tela consciente a sua própria imagem da zona inconsciente.
No  caso  do  homem,  a  emersão  de  seu  "anima"  na  zona  consciente  resultaria  em
atitude de maior sensibilidade, fácil aceitação de ideias e mesmo certa submissão em
face de determinadas situações. O homem apresentaria atitudes mais delicadas, por
isso mesmo com maior sensibilidade.

Quando  essas  forças  —  "animus"  e  "anima"  —  estão  bem  conjugadas  são


mediadores  equilibrados  e  construtivos  entre  o  consciente  e  o  inconsciente.  E  a
natureza, tanto a masculina quanto a feminina, estará sempre buscando o seu outro
lado  complementar  para  realizações  e  afirmações.  Esse  pensamento  junguista
oferece uma psicologia dinâmica, mais substanciosa e muito mais lógica.

As  mais  recuadas  filosofias  pressentiram  essas  energias  da  alma  com  a  sua
necessária dualidade. A gravura 5 constituiu uma das representações mais antigas da
humanidade.  De  origem  chinesa  —  taigitu  —  tem  tido  inúmeras  interpretações,
porém,  a  ideia  central  desse  tipo  de  mandala  traduz  uma  dualidade  em  constante
equilíbrio. Podemos dizer que são campos de polarizações opostas com seu habitual
movimento evolutivo; isto é, à medida que os instintos, como forças da alma, fossem
maturando para posições mais positivas, os vórtices que constituem os seus campos
vibratórios se iriam aperfeiçoando e, consequentemente, as forças sexuais que por aí
trafegam.

A dualidade desses campos, apesar de suas polaridades, não constitui um contraste
perene,  mas  um  equilíbrio  buscando  harmonia  na  própria  razão  evolutiva.  Assim,  a
filosofia chinesa denominava uma das zonas de Yin e a outra de Yang, representando
as  posições  opostas  da  vida:  em  Yin  estaria  um  polo  de  nascimento  (início  de
consciência), em Yang o caminho de sua expressão maturativa, a pura Luz; dum lado
a sombra, do outro a luz; dum polo, o masculino, do outro, o feminino.
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Transferindo  a  esquemática  para  a  zona  do  inconsciente  ou  espiritual,  situemos,


nesses  dois  campos,  respectivamente,  a  zona  masculina  e  a  feminina.  Cada  uma
dessas  zonas  possui  em  seu  bojo  uma  pequena  área  do  outro  campo,  a  traduzir  a
existência  de  diminuta  fonte  de  energia  sexual  oposta  (gravura  5).  Tanto  a  zona
masculina,  quanto  a  feminina  possuem  em  seu  seio,  em  equilíbrio  harmônico,
pequeno  campo  sexual  de  outra  polarização.  Se  o  indivíduo  for  do  sexo  masculino
possui,  além  de  sua  energética  sexual  de  predominância,  uma  pequena  fonte  de
potência  sexual  feminina,  sem  maiores  influências  em  sua  organização  pelos  seus
limitados  influxos.  Os  que  estiverem  na  faixa  feminina,  também  apresentarão  uma
pequena fonte sexual masculina limitada e como que dominada. Daí, concluir­se que,
tanto os campos masculinos quanto os femininos possuem dentro de seus próprios
conteúdos forças sexuais opostas, porém dominadas. Isto quer dizer que a zona em
evidência, masculina ou feminina, mantém a luz de sua preponderância enquanto que
a oposta fica como que  temporariamente  na  sombra,  porém  com  pequenos  reflexos
nos  outros  campos.  É  nesse  equilíbrio  de  forças  que  a  evolução  se  vai  afirmando;
nos  casos  de  desvios  patológicos  dessas  fontes  haverá  desenvolvimento  de  forças
destoantes,  cujas  reações­respostas,  que  sempre  mostram  atitudes  desarmônicas,
visam,  em  última  análise,  ao  restabelecimento  dos  conteúdos  do  psiquismo  de
profundidade.

Em  nosso  conceito,  dos  núcleos  em  potenciação  sexuais  partem  as  forças
totalizadoras do sexo, embora na periferia do consciente elas se  afirmem  de  acordo
com  a  necessidade  evolutiva  daquela  etapa  reencarnatório.  Com  isso,  poderão
aparecer, tanto no homem como na mulher, impulsos do sexo oposto em tonalidades
cabíveis e compreensíveis e nos casos em que não haja distorções doentias dessas
energias do psiquismo. A expressão da energética sexual estará sempre relacionada
com o panorama evolutivo e a necessidade de vivência consciencial da faixa sexual
de predominância. Portanto, a oscilação sexual, entre seus dois polos, estará ligada à
posição evolutiva de cada ser e às variações que essas cargas específicas sofrem em
determinada fase da vida, no corpo físico, e respectivo arcabouço psicológico que o
indivíduo apresenta.

Achamos  que  Jung,  por  ter  penetrado  no  inconsciente  com  maior  acuidade  do  que
Freud e pelas experiências paranormais de que participou, devia ter concluído, dentro
do panorama científico, pela imortalidade dos campos do inconsciente. Chegou­se a
essa conclusão não nos informou com precisão, apenas deixou transparecer em seu
último livro de Memórias alguns coloridos a respeito.
De  tudo,  podemos  concluir  que  Freud  abriu  os  véus  da  alma  aos  estudos
universitários.  Jung  sondou  e  avaliou  muitos  dos  campos  do  inconsciente  ou
energético espiritual. Outros virão, a fim de colocar, na psicologia de nossos dias, a
grande equação sobre imortalidade e palingênese.

As forças sexuais do ser, pelos conceitos expostos, existem tanto no homem quanto
na mulher, no psiquismo de profundidade, de modo duplo, bissexual, integralizado. À
medida que nos aproximamos da periferia da estrutura psíquica, essas forças sexuais
tendem  a  dividir­se  e  a  se  expressarem  na  tonalidade  de  sua  própria  necessidade
(construção evolutiva) na zona consciente; porém, na profundidade, quanto mais para
o centro da alma, no inconsciente puro, mais unida, mais integral, de carga completa,
bissexual. Se ajustarmos esses conceitos num esquema de imortalidade, ao lado de
suas  construções  nos  movimentos  reencarnatórios,  compreenderemos  o  valor  da
energética  PSI­sexual  no  mecanismo  evolutivo  da  vida,  além  de  explicarmos  toda  a
fenomenologia da psicologia dinâmica, cujos fatos estão encarcerados num cipoal de
explicações  intelectivas  sem  um  eixo  de  pensamento  coordenador.  O  próprio  Jung,
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diante  das  forças  evolutivas  do  inconsciente  e  em  constantes  renovações


(reencarnações), criou o inconsciente coletivo para explicar o manancial pretérito que
o homem carrega em sua totalidade psicológica. Por não ter incorporado a ideia das
renovações  do  EU,  com  as  respectivas  absorções  de  experiências  que  as
reencarnações  propiciam,  tomou  caminhos  de  complexidade  intelectiva  para  poder
sustentar a temática em questão. Por ter percebido a volumosa energia do psiquismo,
desgarrou­se  dos  conceitos  freudianos,  que  apenas  abordavam  os  reflexos  dessas
energias na tela consciencial de conformidade com a teoria da sexualidade.

02 ­ NÚCLEOS EM POTENCIAÇÃO

Aborto

Todo  e  qualquer  argumento  para  que  um  país  aceite  em  sua  legislação  o  aborto  é
devido  à  falta  total  de  conhecimento  do  que  é  a  vida  verdadeira  do  Espírito,  vidas
sucessivas da perfeição e das Leis Divinas.
Kardec  afirma  na  Codificação  que  quando  alguém  diz  ser  materialista  é  porque
desconhece a perfeição das Leis Naturais, a Reencarnação e a sua Justiça.
O pequenino feto no útero materno é uma vida completa não apenas biológica, mas
principalmente espiritual.
É  um  Espírito  que  volta  a  existência  terrena  e  quase  sempre  programada  pelos
próprios pais.
A falta de orientação sobre a reencarnação, a imortalidade do Espírito, a deseducação
total  sobre  sexualidade,  o  envolvimento  cada  vez  maior  de  idéias  erradas  sobre  o
conceito  de  liberdade  levam  a  essa  prática  tão  dolorosa.  Mas  isso  sempre  ocorreu
desde  os  tempos  mais  remotos,  o  aborto  sempre  sofreu  controvérsias.  A  China
antiga possuía receita para abortar. Hipócrates, que viveu 400 anos antes de Cristo, o
maior  médico  da  Antigüidade,  dizia  que  jamais  ajudaria  uma  mulher  a  abortar,  sua
ética médica está resumida no juramento que até hoje os médicos prestam antes de
iniciar a arte de curar. 

Hoje,  fala­se  em  aborto  eugênico,  quando  o  feto  tem  má  formação.  A  doutrina
demonstra que essas más formações são necessárias para o reequilíbrio do Espírito.
A  Eugenia  gerou  tristes  problemas  na  Alemanha  Nazista.  Em  1939  foi  decidido  que
seriam mortas  ou  esterilizadas  as  pessoas  com  defeitos  congênitos.  Aos  poucos,  o
valor da vida caiu tanto, que matavam crianças que urinavam na cama, as que tinham
orelha mal formada ou dificuldades em aprender.
A  doutrina  tem  resposta  para  tudo  isso,  as  más  formações  do  feto  estão  ligadas  às
provas e expiações pelas quais o Espírito têm que passar. O aborto eugênico elimina
a possibilidade de resgate. 

Processo Científico 

Jorge Andréa, no livro Dinâmica Psi, faz a abordagem do processo inicial da gestação
quando o espermatozóide penetra o óvulo, transformando­o no ovo. São 300 milhões
de espermatozóides para apenas uma célula feminina; 48 horas após a concepção, se
pudéssemos ver, notaríamos que poucos continuam vivos. 
O que acontece com os milhões? Perderam­se? Ler no livro as págs. 181 e 182.
Sendo o aborto a perda do produto de conjugação, essas energias sofrem processos
que se refletirão na organização feminina – ler pág. 182.
Os  espermatozóides,  ao  serem  ejetados,  no  paroxismo  do  êxtase  sexual,  levariam
consigo energias que permitiriam os seus respectivos deslocamentos nos  condutos
femininos. Mas, a quantidade dessas células, em cada ejaculação, é imensa; por isso,
acreditamos que os espermatozóides, aos milhões, envolvendo  o  ovo,  e  após  o  seu

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desaparecimento em volta do mesmo, continuaria a coroa ovular a ser sustentada e
envolvida com as energias específicas dessas células.
Essas  energias  poderiam  servir  na  solidificação  de  um  campo  de  defesa,  um
verdadeiro escudo ou couraça vibratória, a fim de que o Espírito reencarnante, desse
modo, protegido, utilizasse, para sua definitiva fixação nos cromossomos das células
embrionárias, mais precisamente nos genes, por onde o código genético teria a sua
expressão.
Se pudéssemos ter uma visão do ovo nesta fase inicial, 48 horas após a fecundação,
quase  não  veríamos  tantos  espermatozóides  vivos,  porém,  a  medalha  ovular  com
intensa  aura  protetora  a  impedir  que  vibrações  de  outra  categoria  perturbassem  a
harmonia do mais expressivo evento biológico.
Sendo  o  aborto  a  perda  do  produto  de  conjugação,  as  energias  aí  contidas  devem
sofrer processos que se refletirão na organização feminina, com maior intensidade se
houver  provocações.  O  Espírito,  designado  por  motivos  vários,  a  ocupar  o  cadinho
reencarnatório o faz, na maioria das vezes, em estado de sono, para não interferir no
processo ­–é a nossa condição evolutiva que assim o exige.

No livro Gestação Sublime Intercâmbio, do Dr. Ricardo Di Bernardi, nos mostra todos
os processos de um aborto:

1º­ Aborto Espontâneo: 
Ele nos mostra que ninguém é inocente pai – mãe – filho estão ligados nos processos
da Lei de Causa e Efeito – ler no livro pg. 115.

2º ­ Abortos aparentemente espontâneos provocados mentalmente pela mãe: 
já concebemos a força do pensamento em criar o belo e destruir. As  ações  mentais
da  gestante  têm  profunda  repercussão  sobre  as  ligações  energéticas  do  Espírito
reencarnante  com  o  seu  embrião.  Há  mães  que  odeiam  o  fato  de  estarem  grávidas,
motivadas  por  várias  circunstâncias:  dificuldade  de  relacionamento  com  o  marido,
situação sócio – econômica de penúria, etc. 

3º ­ Abortos aparentemente espontâneos provocados mentalmente pelo Espírito: Isto
é provocado pelo Espírito reencarnante que tem medo de nascer. 

a. Espíritos que necessitam renascer com severas limitações físicas.
Apesar  de  terem  sido  orientados  antes  pelos  mentores  espirituais  da  importância  e
necessidade desse processo.

b. Antipatia e/ou ódio que sentem em relação àqueles com os quais irão conviver.
Necessidade da ligação familiar para reajustes do passado. Podemos verificar o caso
de Segismundo no livro Missionários da Luz, de André Luiz.

Como  isso  ocorre?  Há  Espíritos  que  se  posicionam  mentalmente  em  uma  forma
constante  de  recusa,  principalmente  quando  a  aversão  é  justamente  com  a  mãe;  os
laços  fluídicos  que  prendem  as  energias  do  reencarnante  ao  perispírito  materno
podem  romper­se,  ocorrendo  o  aborto,  pois  o  fluido  vital  do  embrião  em
desenvolvimento  se  funde  com  o  corpo  perispiritual  do  Espírito,  provocando  o
afastamento do feto sem espírito. Não é espontâneo ­ é provocado pelo Espírito.

Doenças Congênitas e Aborto 

Existem  microorganismos  que  ao  serem  contraídos  pela  gestante  têm  ação  letal
sobre  as  células  embrionárias,  determinando  o  aborto  espontâneo.  A  grande
polêmica que se estabelece em alguns círculos é relativa à indicação ética ou moral
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dos abortos. Sem entrar no ponto de vista da constituição brasileira, abordaremos do
ponto de vista espírita.
O  caso  da  rubéola  congênita  que  fora  da  gravidez  chega  até  a  passar  despercebida
pela pouca monta dos sintomas que ocasiona, durante o 1º trimestre da gestação é o
verdadeiro  terror  dos  pais.  As  crianças  podem  nascer  sem  visão,  problemas
cardíacos  e  limitações  neurológicas  e  nada  disso  ocorreria  se  uma  simples  vacina
fosse  aplicada  após  os  dez  meses  de  idade  ou  até  a  época  pré­nupcial.  O  que
acontece  é  que  a  grande  maioria  das  gestantes  que  contraem  rubéola  não
apresentam  filhos  com  os  defeitos  citados,  só  um  percentual  pequeno  será
acometido. 
A que se deve esse fato? Se for verdade que esse dano ocorre pela estrutura do DNA
também  é  verdade  que  a  predisposição  do  Espírito  reencarnante  está  intimamente
ligada a esse processo.
O Espírito que já viveu aqui na terra inúmeras vezes traz gravado energeticamente em
núcleos de potenciação os registros de suas aquisições anteriores e seus desatinos,
que ao se unir com o óvulo espelhará, no mesmo, o nível do seu processo evolutivo.
Em resumo: O merecimento do Espírito é que determinará sua imunidade ou não.
Com relação aos pais, só terão filhos acometidos de má formação congênita, aqueles
que foram preparados para isso. Mesmo a nível inconsciente, todos são trabalhados
pela  espiritualidade,  principalmente  durante  o  sono  físico.  A  expulsão  da  entidade
reencarnante só determinará o agravamento dos débitos perante a Lei Universal.

Estupro e Aborto 

A lei brasileira permite, a Doutrina esclarece porquê não devemos fazê­lo.
A  vítima  é  alguém  que  traz  gravada  em  si  mesma  marcas  profundas  de  atitudes
prejudiciais  a  seus  irmãos.  Atitudes  violentas,  agressivas  de  crimes  nesta  área.  O
agressor,  em  seu  desequilíbrio  patológico,  entra  em  sintonia  com  a  vítima  de  hoje,
pois nela existe algo que tem ressonância com sua enfermidade psíquica. 
O reencarnante é um ser que vive na mesma faixa de desequilíbrio. Um Espírito que
pelo  ódio  se  imantava  magneticamente  na  aura  dessa  jovem.  E  como  mãe  e  filho
aprenderão a amar, o passado será esquecido.
Jamais  o  estupro  foi  programado,  no  entanto,  o  crime  existindo,  a  espiritualidade
sempre fará o máximo para, do mal, ser possível resultar algum bem.
O  aborto  provocado  só  aumentará  os  traumas  e  desequilíbrios  em  todos  os
envolvidos. (L. E. questão 861)

Ana Gaspar

03 ­ NÚCLEOS EM POTENCIAÇÃO

Jorge Ândrea dos Santos
> Bases espíritas na Psicologia

A  psicologia,  sem  sombras  de  dúvidas,  sofre  grande  impulso  científico  com  o
advento dos trabalhos de Freud, logo seguindo­se Jung com maior riqueza científica.

No  final  do  século  XIX  e  início  deste,  era  voz  corrente  entre  os  estudiosos  e
laboradores  da  psicologia  que,  se  abandonássemos  as  idéias  freudianas,
inapelavelmente cairíamos em Jung, porquanto, nesta época, os descortinadores dos
véus  da  alma  mostravam­se,  com  certa  eficiência,  dentro  das  razões  científicas.
Entretanto, novas escolas e modificações nos conceitos dos criadores da psicologia
profunda  muito  deve  a  Jung,  não  só  pela  retomada  das  idéias  freudianas  onde  ele
parou,  mas,  principalmente,  pelo  enriquecimento  de  conceitos  e  hipóteses  de
trabalho.  Jung  divergiu  de  Adler,  também  seu  contemporâneo  por  este  ter  tomado
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rumos que se  afastavam  da  psicanálise  –  em  reentronizando  o  EU,  fez  uma  espécie
de  volta  da  psicologia  à  superfície  do  psiquismo,  valorizando,  quase  com
exclusividade,  a  zona  consciente,  sem  a  devida  penetração  na  energética  de
profundidade  como  exigência  de  uma  época.  Jung,  ao  contrário,  ofereceu  bons
mergulhos  no  inconsciente  criando  muitas  luzes,  mas,  mesmo  assim,  deu  violentas
paradas  por  faltarem  lastros  científicos  de  elementos  outros  que  tinha  receio  de
admitir  oficialmente  –  a  imortalidade  do  inconsciente  (Espírito)  e  o  processo
renovador das reencarnações.

Todas essas discussões mostravam as fraquezas da psicologia profunda diante das
estruturas  de  suas  hipóteses.  Os  mais  atilados  de  antanho  e  dos  nossos  dias,  não
combatem  a  idéia  do  inconsciente,  pois  reconhecem  as  autenticidades  desse  bloco
de  energias  que  carregamos;  discutes­se,  sim,  principalmente  nos  dias  atuais,  a
origem da zona inconsciente e sua estruturação.

Se  Adler  fez  um  retorno  à  zona  consciente,  Jung  mergulha  no  estofo  do  bloco
anímico.  Freud  fica  numa  posição  intermediária  com  o  mérito  de  ter  sido  o
responsável pela abertura dos  véus da  alma.  Foram,  justamente,  essas  três  escolas
que  possibilitaram  os  sentimentos  onde o movimento psicanalítico  tomava assento.
Em  seu  movimento  inicial,  na  Europa,  houve  muitas  discussões,  especulações,
desconfianças, confianças excessivas, de modo a redundar num mar de hipóteses e
interpretações; mas, com o tempo, se foi fixando e tomando um sentido baseado nas
escolas que lhe modelaram os fundamentos.

Freud  foi  o  pioneiro  pela  descoberta  das  atividades  do  inconsciente  (a  idéia  do
inconsciente é bem mais antiga); por ser mais um pesquisador deu pouca atenção  à
terapêutica  nestes  arraiais  em  que  os  médicos  procuravam  arrecadar  novos
conceitos.  Tanto  assim  que  Alexander,  uma  das  grandes  estrelas  da  psiquiatria,
disse: "Essa tradição de pesquisa talvez  seja  uma  das  razões  pelas  quais  o  método
de tratamento psicanalítico mudou muito pouco desde sua origem". Acrescentamos:
o  método,  com  sua  evolução  natural  dentro  dos  conceitos  psicológicos,  seria  mais
um  método  antropológico  do  que  terapêutico;  método  que  buscará,  nas  novas
aquisições por virem, a descoberta do próprio Espírito.

Jung, ao mergulhar no  psiquismo, define o inconsciente coletivo, seus arquétipos e
símbolos,  faltando­lhe  homologar  o  lastro  imenso  do  pretérito,  resultado  de
autênticas vivências sempre reedificadas pelo mecanismo reencarnatório. A estrutura
do inconsciente, apresentada por Jung em 1902, foi o resultado de um estudo atento
e  bem  penetrante  sobre  o  desenvolvimento  anímico  de  uma  sonâmbula.  Jung
percebeu a existência dos mecanismos  do  inconsciente,  mas  esbarrou  no  processo
de imortalidade. Isolando esta proposta, além da difícil aceitação pelo meio científico,
criou,  com  sua  enciclopédica  cultura,  uma  psicologia  de  difícil  entendimento.  Em
1916,  fez  novo  retoque  sobre  a  conceituação  do  inconsciente  e  nos  dá  uma  palavra
final  sobre  o  assunto,  em  1928,  assim  mesmo  afirmando  que  cabe  ao  futuro  uma
melhor avaliação de sua energética. Entretanto, deixou bem demarcado que a mente
possui  legados  de  conteúdos  históricos,  verdadeiras  moldagens  arcaicas  que  se
tornam  presentes  na  zona  consciente,  por  diversos  motivos,  principalmente  os  de
caráter  emocional.  Muitos  quadros  clínicos  da  psiquiatria,  lastreados  em  exaltação
emocional  manifesta,  podem  remover  para  a  zona  periférica  do  psiquismo  (zona
consciente) aqueles blocos de energias internas como se fora uma drenagem.

Tudo isso vem mostrar uma verdade psicológica que só poderá ser entendida com a
idéia de perenidade do inconsciente; o que vale dizer, de imortalidade. Inconsciente
imortal, com seus conteúdos históricos, só poderá ser compreendido como o Espírito
perene,  lastreado  nas  experiências  reencarnatórias.  Dentro  do  pensamento  espírito
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(imortalidade,  reencarnação,  comunicações  entre  Espíritos)  melhor


compreenderemos  a  abertura  freudiana  e  a  construção  junguiana,  apesar  das  suas
ainda limitadas proposições.

Até hoje os psicologistas não conseguem bem entender Jung sobre os arquétipos, a
ponto  de  Ramon  Sarró  dizer  que  os  arquétipos  não  podem  ser  "a  decantação  de
vivências de nossos antepassados pré­históricos. Serão produtos das atividades da
imaginação? Mas, que é a imaginação? Mas, qualquer que seja o pensamento sobre
os arquétipos a realidade dos mesmos não pode ser negada". A personalidade Maná,
abordada  por  Jung,  com  suas  estruturas  arquetípicas,  mostra  a  importância  desses
fatos  psicológicos.  Personalidade  Maná  –  ser  pleno  de  qualidades  ocultas  –  em
termos junguianos é merecedora de análise: "Reconheço que em mim atua um fator
psíquico  que  se  oculta  diante  de  minha  vontade  consciente.  Inspira­me  idéias
extraordinárias, ao lado de produzir afetos e caprichos em minha natureza. Sinto­me
importante diante desses fatos e o que considero pior, estou atado a esses fatos de
modo  a  admirá­los".  Muitos  consideram  e  traduzem  essa  confissão  como  típica  de
um  temperamento  artístico  e  mesmo  filosófico.  Acentua  ainda  Jung:  "A
personalidade Maná é  dominante  no  inconsciente  coletivo,  é  o  arquétipo  do  homem
poderoso em forma de herói, mago, santo, curandeiro, dono de homens e Espíritos,
amigo de Deus".

Não podemos deixar de ver e sentir o tácito reconhecimento de Jung dos processos
espirituais na psicologia, embora tendo de contorná­los e aproximá­los da ciência de
seu tempo. Basta, para isso, analisar a essência da Doutrina Espírita.

Foram  as  expansões  dos  arquétipos  que  propiciaram  a  Jung  a  construção  de


interessantes  explicações  de  muitos  fenômenos  psicopatológicos,  incluindo  as
neuroses,  afastando­se  das  idéias  freudianas  que  tudo  localizavam  na  infância.
Ampliando os conceitos das neuroses chega a admitir uma espécie de amestralidade
dos  arquétipos  neste  contexto,  coisa,  aliás,  que  ficou  muito  a  desejar.  Tudo  isso
porque  o  método  psicanalítico  e  os  de  psicanálise  conduzem  ao  conhecimento  das
estruturas  psíquicas,  jamais  a  um  vibrante  método  de  analises  do  psiquismo  como
métodos  de  pesquisa  antropológica.  É  bem  verdade  que  diante  de  um  melhor
conhecimento  poderemos  ter  melhores  possibilidades  de  tratamento.  A  sondagem
em  uma  boa  trilha  pode  levar  ao  tratamento,  mas  ela,  por  si  só,  não  é  método
terapêutico.

Se  atentarmos  para  os  arquétipos,  a  personalidade  Maná,  o  relacionamento  com  as


neuroses  e  tantas  outras  explosões  do  inconsciente  na  zona  consciente,  anotadas
por  Jung,  quer  as  de  caráter  hígido  e  as  conotações  patológicas,  chegamos  à
conclusão  de  quanto  os  conceitos  da  Doutrina  Espírita  asseguram  melhor
compreensão e avaliação da zona inconsciente que, em última análise, representa o
espírito.

Os arquétipos junguianos, nas malhas estruturais do inconsciente coletivo, só podem
mostrar, autêntico sentido, se dermos a eles a natural formação arquimilenar ao lado
da  constante  construção  maturativa  nas  experiências  das  etapas  reencarnatórias.
Quando  Ramon  Sarró  conclama  que  o  arquétipo  não  pode  ser  a  decantação  de
vivências  de  nossos  antepassados  pré­históricos  e  que  somente  a  imaginação
poderá  assim  concebê­los,  é  por  ter  ficado  num  grande  impasse  ao  perceber,  no
arquétipo, a história da humanidade. Podemos mesmo afirmar: os arquétipos são as
construções  adquiridas  nas  imensas  etapas  reencarnatórias,  às  expensas  das
diversas personalidades corpóreas que vamos desfilando pela vida afora.

Por tudo,  achamos  que  Jung  foi  um  dos  grandes  missionários  da  psicologia:  muito
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fez e mostrou, tentou muitas vezes aproximar­se da metafísica, naquilo que a ciência
do  seu  tempo  podia  suportar.  Se  hoje  retomarmos  à  psicologia  de  Jung  e
conceituamos as zonas do psiquismo, colocando os arquétipos sob forma de núcleos
em  potenciação  e  os  situando  numa  zona  específica  denominada  de  inconsciente
passado,  e  admitindo  a  esses  núcleos  um  constante  burilamento  e  crescimento
diante  das  experiências  milenares  das  reencarnações,  cremos  que  melhor
atenderemos à psicologia. Diante da imortalidade do inconsciente ou zona espiritual
e  da  comunicabilidade  dos  Espíritos  em  face  dos  fenômenos  mediúnicos  com  suas
múltiplas  facetas,  melhor  entenderemos  os  complexos  afetivos  e  a  personalidade
Maná tão bem equacionados por Jung. Com isso, poderemos ajudar a construção da
psicologia com as exigências próprias de cada época, compreendendo os lidadores e
construtores onde os lugares de Freud e Jung já estão reservados.

A Doutrina Espírita, perante as aquisições e pesquisas dos dias atuais, lastreada nas
experiências  de  todas  as  épocas,  possui  condições  de  oferecer  ao  homem  aturdido
de  nossos  tempos  um  caminho  bem  autentico,  sem  afastá­lo  de  suas  verdades
científicas.  A  Doutrina  Espírita  se  faz,  por  excelência,  dinâmica,  acompanhando  o
pensamento humano, dando­lhe, entretanto, lógica e fé raciocinada como elementos
indispensáveis  para  o  surgimento  do  homem  novo.  O  homem  novo,  que  nada  mais
seria  do  que  a  velha  estrutura,  mais  bem  burilada  e  temperada  nos  contratempos  e
gratificações  psicológicas,  em  novos  corpos,  mais  ágeis,  exigindo,  principalmente
das  estruturas  espirituais,  temas  da  evolução,  o  esclarecimento  das  estruturas
espirituais.

Fonte: Enfoques científicos na Doutrina Espírita, Jorge Andréa.

04 ­ NÚCLEOS EM POTENCIAÇÃO

A alimentação dos espíritos

Há  um  consenso  nas  informações  dos  amigos  espirituais  no  que  tange  a  este
assunto. Embora a essência espiritual não tenha forma, pois é o princípio inteligente,
os  espíritos  de  mediana  evolução  ou  seja  aqueles  relacionados  ao  nosso  planeta,
possuem um corpo espiritual anatomicamente definido e com fisiologia própria.

Nos  planos  espirituais  temos  notícia  por  inúmeros  médiuns  confiáveis,  como  Chico
Xavier, Divaldo Franco, entre outros, da organização de comunidades sociais que os
espíritos constituem, às vezes assemelhadas às terrestres.

Ainda nos atendo ao critério kardecista de valorizarmos um conceito apenas quando
houver  multiplicidade  de  fontes  sérias,  confirmando­o,  nos  referiremos  ao  corpo
espiritual e sua alimentação.

A energia cósmica que permeia o universo (fluido cósmico) é a matéria prima que sob
o comando mental dos espíritos é utilizada para a constituição dos objetos por eles
manuseados.  Vide  em  “O  Livro  dos  Médiuns”  capítulo  “do  Laboratório  do  Mundo
Invisível”.

O  corpo  dos  espíritos,  já  mencionado  até  pelo  apóstolo  Paulo  e  conhecido  nas
diferentes  religiões  ou  doutrinas,  como  perispírito,  corpo  astral,  psicossoma  e  mais
de cem sinônimos, é constituído de um tipo de matéria derivada da energia cósmica
universal (fluido cósmico universal).

O  corpo  espiritual  apresenta­se  moldável  conforme  as  emanações  mentais  do


espírito.  Cada  espírito  apresenta  seu  perispírito  ou  corpo  espiritual  com  aspecto
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correspondente  a  elevação  intelecto­moral.  Seu  estado  psíquico  vai  determinar  a


sutilização do seu corpo.

Conforme  se  tem  notícia  através  de  inúmeros  autores  espirituais,  o  corpo  espiritual
apresenta­se  estruturado  por  aparelhos  ou  sistemas  que  se  constituem  de  órgãos;
estes  órgãos  são  formados  por  tecidos  que,  por  sua  vez,  são  constituídos  por
células. Há inclusive patologias celulares tratadas em hospitais da espiritualidade. O
chamado mundo espiritual é (no nosso nível) um mundo material de outra dimensão.

As células do corpo espiritual, em nível mais detalhado, são formadas por moléculas
que se constituem de átomos. Os átomos do perispírito são formados por elementos
químicos nossos conhecidos, além de outros desconhecidos do homem encarnado.

Nas obras de Gustave Geley como de Jorge Andréa há referências mais específicas.

Para  não  alongarmos  estas  considerações  preliminares,  diríamos  que  o  corpo  dos
espíritos  é  composto  de  unidades  estruturais  que  apresentam  vibração  constante.
Sabemos pelos mais elementares princípios da física, que todo corpo em movimento
(vibração)  no  universo  gasta  energia,  logo  precisa  repô­la  o  que  equivale  a  se
alimentar.

As leis da física não são leis humanas, mas leis divinas (ou naturais) às quais estão
sujeitos todos os elementos do cosmo. Há portanto um desgaste  energético natural
do  corpo  espiritual  pelas  suas  atividades  o  que  o  leva  à  necessidade  de  ser
alimentado por fontes de energia.

Dependendo  do  nível  evolutivo  do  espírito,  e  conseqüente  densidade  do  perispírito,
varia  a  qualidade  do  alimento  ou  energia  que  o  mesmo  necessita  para  manter  suas
atividades.  Espíritos  superiores  simplesmente  absorvem  do  cosmo  os  elementos
energéticos (fluídicos) que necessitam. Ao se colocarem em oração (no sentido mais
profundo), sintonizam com níveis energéticos ainda mais elevados (freqüências mais
altas) aurindo para si o influxo magnético revitalizador, alimentando suas “baterias”
espirituais.

Com  relação  aos  espíritos  mais  relacionados  com  a  nossa  realidade,  ou  seja  que
ainda  apresentam  dificuldades  em  superar  as  tendências  egoísticas,  portanto
traduzindo  na  configuração  de  seu  corpo  espiritual  uma  maior  densidade,  as
necessidades são proporcionalmente mais densas.

Em  colônias  espirituais,  os  espíritos  precisam  da  ingestão  de  alimentos
energeticamente  mais  densos,  fazendo­o  de  forma  muito  semelhante  a  nós
encarnados.  Recomendamos  a  propósito  o  estudo  mais  detalhado  da  obra  “Nosso
Lar” de André Luiz, que foi precursora de dezenas de outras onde se faz referência a
alimentação, até as mais recentes “Violetas na Janela”, etc.
As  unidades  energéticas  do  espírito,  ou  núcleos  em  potenciação,  com  o  passar  do
tempo  vão  tendo  cada  vez  maior  dificuldade  de  se  recarregar  quanto  mais  primitiva
for  a  evolução  da  entidade  espiritual.  Ocorre  um  desgaste  progressivo  destas
unidades energéticas, que passam a vibrar mais lentamente.

À medida que as vibrações se tornam mais lentas pelo desgaste, e há dificuldade de
reposição  das  energias,  vai  se  processando  uma  neutralização  energética  com
redução progressiva das atividades do espírito. Quando este processo se instala vai
determinar  um  torpor  ou  sonolência  da  entidade  impelindo­a  a  reencarnação
automática e compulsória.
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Dr. Ricardo Di Bernardi ­

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