You are on page 1of 30

1

MISSÃO EVANGÉLICA HEFZIBÁ

PASTOR MARCELO SERAFIM

CONFERÊNCIAS DE PODER E VIDA:

MINISTRAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS


EM CONGRESSOS E FESTIVIDADES.

MINISTRAÇÃO DE ESTUDOS BÍBLICOS

SEMINÁRIOS (PALESTRAS) PARA CASAIS


E JOVENS: “NAMORO, NOIVADO &
CASAMENTO”.
(27) 3323-6466

pastormarceloserafim@gmail.com
www.pastormarceloserafim.ning.com
3

LIÇÃO 6 A SOBERANIA E A AUTORIDADE DE DEUS


SEGUNDO TRIMESTRE DE 2010
JEREMIAS - ESPERANÇA EM TEMPOS DE CRISE
COMENTÁRIOS: Pr. CLAUDIONOR DE ANDRADE

TEXTO ÁUREO
"Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso
para honra e outro para desonra?" (Rm 9.21).

VERDADE PRÁTICA
Em sua inquestionável soberania, DEUS trata as suas criaturas como bem lhe
aprouver. Submetamo-nos, pois, à sua perfeita, infinita e sábia vontade.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jeremias 18.1-10.


1. A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo:
2. Levanta-te e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.
3. E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as
rodas.
4. Como o vaso que ele fazia de barro se quebrou na mão do oleiro, tornou a fazer
dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos seus olhos fazer.
5. Então, veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
6. Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? Diz o
SENHOR; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó
casa de Israel.
7. No momento em que eu falar contra uma nação e contra um reino, para
arrancar, e para derribar, e para destruir,
8. Se a tal nação, contra a qual falar, se converter da sua maldade, também eu
me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe.
9. E, no momento em que eu falar de uma gente e de um reino, para o edificar e
para plantar,
10. Se ele fizer o mal diante dos meus olhos, não dando ouvidos à minha voz,
então, me arrependerei do bem que tinha dito lhe faria.
4

18.2 DESCE À CASA DO OLEIRO. DEUS ordenou que Jeremias fosse à casa
do oleiro; aí observou que o oleiro fazia um vaso de barro. O vaso partiu-se nas
mãos do oleiro, o qual o refez, porém, diferente do vaso anterior. Esta parábola
contém várias lições importantes sobre a obra de DEUS em nossa vida.
(1) Nossa submissão a DEUS como aquele que molda tanto o nosso caráter quanto
o nosso serviço para Ele, determina, em grande parte, o que Ele pode fazer
através de nós.
(2) Falta de profunda dedicação a DEUS, da nossa parte, pode estorvar seu
propósito original para nossa vida (cf. v. 10).
(3) DEUS, se quiser, pode mudar seus planos para a nossa vida (fazer dele outro
vaso, conforme o que pareceu bem aos seus olhos fazer, v. 4).

18.8 EU ME ARREPENDEREI. A palavra arrepender, aqui, significa


compadecer-se, mudar de intenção e propósito, ou reconsiderar. DEUS é livre
para mudar suas decisões e ajustar seus assuntos conosco, conforme o nosso
modo de considerar o seu perdão ou suas advertências de castigo. As coisas da
vida não são predeterminadas e inalteráveis, nem sequer na mente de DEUS; Ele
considera as mudanças espirituais da pessoa. Embora DEUS, quanto à sua
natureza, não mude em si mesmo (Nm 23.19; Tg 1.17), Ele muda, se quiser, de
idéia e altera suas promessas e advertências já anunciadas. Nunca devemos
aceitar uma teologia que negue a DEUS essa sua liberdade soberana (cf. Ez
18.21-28; 33.13-16).

COMENTÁRIO
Por que DEUS levou o profeta Jeremias até à casa do oleiro?
Para revelar ao profeta e à nação Judia sua autoridade e soberania.

REFLEXÃO "[...] O meu conselho será firme, e farei toda a minha


vontade." Isaías 46.10

A ORAÇÃO DO PAI NOSSO


VENHA O TEU REINO (Lc 11.1-4 E Mt 6.7-15 )
Venha o Teu reino, Tua soberania domínio e senhorio em todas as áreas da minha
vida. Venha o Teu reino sobre minha família, minha cidade, meu Estado, meu País.
Venha hoje o Teu reino na igreja e na vida de todos os homens. Porque o domínio
pertence a Ti e reinas sobre as nações.
Teu Reino, Senhor, não consiste no comer e no beber, mas na justiça, na paz, e na
alegria no ESPÍRITO SANTO. Não consiste em palavras, mas em poder e este é
o caminho que quero seguir. Pai, aguardo o dia quando unirei minha voz à de
miríades, proclamando: O reino do mundo passou a ser do Senhor nosso e do Seu
CRISTO, e Ele reinará pelos séculos dos séculos.
5

Referências Bíblicas Sl 145:11-13; Mt 6:33; Hb 12:28; Mt 6:10; Lc 17:21,22; 1 Jo


3:2,3; Sl 22:28; Mt 5:3-11; Tt 2:11-13; Sl 103:19; Rm 14:17; Zc 14:5,9; Is 9:6,7;
1 Co 4:20; Ap. 11:16,17; Mt 4:17; Cl 1:12-14; 1Cr 29:11

VONTADE DE DEUS (Lc 11.1-4 E Mt 6.7-15 )


Seja feita a Tua vontade, assim na terra como é no céu.
Pai, oro para que Tua vontade seja feita na minha vida, de um modo tão perfeito
como ela é feita no Céu. Deleito-me em fazer tua vontade, ó DEUS meu; sim, a
tua lei está dentro do meu coração. Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o
meu DEUS; guie-me o Teu bom ESPÍRITO por terreno plano.
Oro como JESUS: “Não se faça a minha vontade, mas a tua”, não importa qual
seja, pois ela é sempre o melhor para minha vida. A minha comida é fazer a Tua
vontade e realizar a obra que me confiaste. Eu não posso de mim mesmo fazer
coisa alguma; porque não procuro a minha vontade, mas a Tua.
Pois esta é a Tua vontade, que eu seja consagrado (separado e colocado á parte
para uma vida pura e santa): que eu me abstenha de todo vicio sexual; que eu
saiba como possuir (controlar dirigir) meu próprio corpo em consagração (pureza,
separado das coisas profanas) e honra, não (para ser usado) em paixão e lascívia
como os pagãos, que são ignorantes do verdadeiro DEUS e não têm conhecimento
da Sua Vontade.
Referências Bíblicas Mt 6:10; At 13:22; 1 Jo 2:17; Ef 1:4,5; Sl 40:8; 143:10; Rm
8:26,27; 12:2; Cl 1:9; Lc 22:42; 1 Ts 4:3-5; Fp 2:13; Jo 4:34; 5:30; Sl 1:3,4;

DEUS É SOBERANO E NÃO HÁ AUTORIDADE IGUAL OU SUPERIOR À


DELE. ELE É O CRIADOR DE TUDO E DE TODOS.

Os atributos de DEUS revelam alguns aspectos dele que não são vistos em
nenhum outro ser:
1. Soberania: Deus É Supremo, Chefe, Dono.
2. Eternidade: Sem Princípio E Sem Fim. Sempre Existiu E Sempre
Existirá.
3. Onisciência: Sabe De Tudo, Todas As Coisas; Sabe Quantos Fios
De Cabelo Tem Em Nossa Cabeça, Sabe O Que Precisamos Antes
De Pedirmos.
4. Onipresença: Está Em Toda Parte Ao Mesmo Tempo, Ninguém Se
Esconde De Deus; Sabe O Nosso Deitar E Levantar.
5. Onipotência: Pode Tudo, É Auto-Suficiente, Cria O Que Quer E
Destrói O Que Quer; Ele Mesmo Faz A Ferida E Ele Mesmo A
Sara.
6. Imutável: O Mundo Vai Ser Destruído, Mas A Palavra De Deus
Permanece Para Sempre; Deus Sempre Foi Esse Mesmo Deus, Ele
Nunca Mudará; O Que Deus Pensava Há 5.000 Anos, Ele Pensa
Hoje Do Mesmo Jeito E Vai Continuar Pensando Pela Eternidade,
Por Isso A Bíblia É Sempre Atual.
6

No relacionamento de DEUS conosco também conhecemos mais dele:


1. Retidão: Deus Nunca Erra.
2. Justiça: Deus Jamais É Desonesto.
3. Amor: Deus Ama Com Amor Desinteressado, Puro.

ATRIBUTOS EXCLUSIVOS DE DEUS.


(1) DEUS é onipresente — i.e., Ele está presente em todos os lugares a um só
tempo. O salmista afirma que, não importa para onde formos, DEUS está ali (Sl
139.7-12; cf. Jr 23.23,24; At 17.27,28); DEUS observa tudo quanto fazemos.

(2) DEUS é onisciente — i.e., Ele sabe todas as coisas (Sl 139.1-6; 147.5). Ele
conhece, não somente nosso procedimento, mas também nossos próprios
pensamentos (1 Sm 16.7; 1 Rs 8.39; Sl 44.21; Jr 17.9,10). Quando a Bíblia fala da
presciência de DEUS (Is 42.9; At 2.23; 1 Pe 1.2), significa que Ele conhece com
precisão a condição de todas as coisas e de todos os acontecimentos exeqüíveis,
reais, possíveis, futuros, passados ou predestinados (1 Sm 23.10-13; Jr 38.17-
20). A presciência de DEUS não subentende determinismo filosófico. DEUS é
plenamente soberano para tomar decisões e alterar seus propósitos no tempo e
na história, segundo sua própria vontade e sabedoria. Noutras palavras, DEUS
não é limitado à sua própria presciência (Nm 14.11-20; 2 Rs 20.1-7).
(3) DEUS é onipotente — i.e., Ele é o Todo-poderoso e detém a autoridade total
sobre todas as coisas e sobre todas as criaturas (Sl 147.13-18; Jr 32.17; Mt
19.26; Lc 1.37). Isso não quer dizer, jamais, que DEUS empregue todo o seu
poder e autoridade em todos os momentos. Por exemplo, DEUS tem poder para
exterminar totalmente o pecado, mas optou por não fazer assim até o final da
história humana (1 Jo 5.19). Em muitos casos, DEUS limita o seu poder, quando o
emprega através do seu povo (2 Co 12.7-10); em casos assim, o seu poder
depende do nosso grau de entrega e de submissão a Ele (Ef 3.20).
(4) DEUS é transcendente — Ele é diferente e independente da sua criação (Êx
24.9-18; Is 6.1-3; 40.12-26; 55.8,9). Seu ser e sua existência são infinitamente
maiores e mais elevados do que a ordem por Ele criada (1 Rs 8.27; Is 66.1,2; At
17.24,25). Ele subsiste de modo absolutamente perfeito e puro, muito além
daquilo que Ele criou. Ele mesmo é incriado e existe à parte da criação (1 Tm
6.16). A transcendência de DEUS não significa, porém, que Ele não possa estar
entre o seu povo como seu DEUS (Lv 26.11,12; Ez 37.27; 43.7; 2 Co 6.16).
(5) DEUS é eterno — i.e., Ele é de eternidade à eternidade (Sl 90.1,2; 102.12; Is
57.12). Nunca houve nem haverá um tempo, nem no passado nem no futuro, em
que DEUS não existisse ou que não existirá; Ele não está limitado pelo tempo
humano (cf. Sl 90.4; 2 Pe 3.8), e é, portanto, melhor descrito como “EU SOU”
(cf. Êx 3.14; Jo 8.58).
(6) DEUS é imutável — i.e., Ele é inalterável nos seus atributos, nas suas
perfeições e nos seus propósitos para a raça humana (Nm 23.19; Sl 102.26-28; Is
7

41.4; Ml 3.6; Hb 1.11,12; Tg 1.17). Isso não significa, porém, que DEUS nunca
altere seus propósitos temporários ante o proceder humano. Ele pode, por
exemplo, alterar suas decisões de castigo por causa do arrependimento sincero
dos pecadores (Jn 3.6-10). Além disso, Ele é livre para atender as necessidades
do ser humano e às orações do seu povo. Em vários casos a Bíblia fala de DEUS
mudando uma decisão como resultado das orações perseverantes dos justos (Nm
14.1-20; 2Rs 20.2-6; Is 38.2-6; Lc 18.1-8).
(7) DEUS é perfeito e santo — i.e., Ele é absolutamente isento de pecado e
perfeitamente justo (Lv 11.44,45; Sl 85.13; 145.17; Mt 5.48). Adão e Eva foram
criados sem pecado (Gn 1.31), mas com a possibilidade de pecarem. DEUS, no
entanto, não pode pecar (Nm 23.19; 2 Tm 2.13; Tt 1.2; Hb 6.18). Sua santidade
inclui, também, sua dedicação à realização dos seus propósitos e planos.
(8) DEUS é trino e uno — i.e., Ele é um só DEUS (Dt 6.4; Is 45.21; 1Co 8.5,6; Ef
4.6; 1Tm 2.5), manifesto em três pessoas: Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO (Mt
28.19; 2Co 13.14; 1Pe 1.2). Cada pessoa é plenamente divina, igual às duas outras;
mas não são três deuses, e sim um só DEUS (ver Mt 3.17; Mc 1.11).

ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS. Muitas características do DEUS único e


verdadeiro, especialmente seus atributos morais, têm certa similitude com as
qualidades humanas; sendo, porém, evidente que todos os seus atributos existem
em grau infinitamente superior aos humanos. Por exemplo, embora DEUS e o ser
humano possuam a capacidade de amar, nenhum ser humano é capaz de amar com
o mesmo grau de intensidade como DEUS ama. Além disso, devemos ressaltar que
a capacidade humana de ter essas características vem do fato de sermos criados
à imagem de DEUS (Gn 1.26,27); noutras palavras, temos a sua semelhança, mas
Ele não tem a nossa; i.e., Ele não é como nós.
(1) DEUS é bom (Sl 25.8; 106.1; Mc 10.18). Tudo quanto DEUS criou
originalmente era bom, era uma extensão da sua própria natureza (Gn
1.4,10,12,18,21,25,31). Ele continua sendo bom para sua criação, ao sustentá-la,
para o bem de todas as suas criaturas (Sl 104.10-28; 145.9); Ele cuida até dos
ímpios (Mt 5.45; At 14.17). DEUS é bom, principalmente para os seus, que o
invocam em verdade (Sl 145.18-20).

(2) DEUS é amor (1 Jo 4.8). Seu amor é altruísta, pois abraça o mundo inteiro,
composto de humanidade pecadora (Jo 3.16; Rm 5.8). A manifestação principal
desse seu amor foi a de enviar seu único Filho, JESUS, para morrer em lugar dos
pecadores (1 Jo 4.9,10). Além disso, DEUS tem amor paternal especial àqueles
que estão reconciliados com Ele por meio de JESUS (Jo 16.27).
8

(3) DEUS é misericordioso e clemente (Êx 34.6; Dt 4.31; 2 Cr 30.9; Sl 103.8;


145.8; Jl 2.13); Ele não extermina o ser humano conforme merecemos devido aos
nossos pecados (Sl 103.10), mas nos outorga o seu perdão como dom gratuito a
ser recebido pela fé em JESUS CRISTO.

(4) DEUS é compassivo (2 Rs 13.23; Sl 86.15; 111.4). Ser compassivo significa


sentir tristeza pelo sofrimento doutra pessoa, com desejo de ajudar. DEUS, por
sua compaixão pela humanidade, proveu-lhe perdão e salvação (Sl 78.38).
Semelhantemente, JESUS, o Filho de DEUS, demonstrou compaixão pelas
multidões ao pregar o evangelho aos pobres, proclamar libertação aos cativos,
dar vista aos cegos e pôr em liberdade os oprimidos (Lc 4.18; Mt 9.36; 14.14;
15.32; 20.34; Mc 1.41; Mc 6.34).

(5) DEUS é paciente e tardio em irar-se (Êx 34.6; Nm 14.18; Rm 2.4; 1 Tm 1.16).
DEUS expressou esta característica pela primeira vez no jardim do Éden após o
pecado de Adão e Eva, quando deixou de destruir a raça humana conforme era
seu direito (Gn 2.16,17). DEUS também foi paciente nos dias de Noé, enquanto a
arca estava sendo construída (1 Pe 3.20). E DEUS continua demonstrando
paciência com a raça humana pecadora; Ele não julga na devida ocasião, pois
destruiria os pecadores, mas na sua paciência concede a todos a oportunidade de
se arrependerem e serem salvos (2 Pe 3.9).

(6) DEUS é a verdade (Dt 32.4; Sl 31.5; Is 65.16; Jo 3.33). JESUS chamou-se a
si mesmo “a verdade” (Jo 14.6), e o ESPÍRITO é chamado o “ESPÍRITO da
verdade” (Jo 14.17; cf. 1 Jo 5.6). Porque DEUS é absolutamente fidedigno e
verdadeiro em tudo quanto diz e faz, a sua Palavra também é chamada a verdade
(2 Sm 7.28; Sl 119.43; Is 45.19; Jo 17.17). Em harmonia com este fato, a Bíblia
deixa claro que DEUS não tolera a mentira nem falsidade alguma (Nm 23.19; Tt
1.2; Hb 6.18).

(7) DEUS é fiel (Êx 34.6; Dt 7.9; Is 49.7; Lm 3.23; Hb 10.23). DEUS fará aquilo
que Ele tem revelado na sua Palavra; Ele cumprirá tanto as suas promessas,
quanto as suas advertências (Nm 14.32-35; 2 Sm 7.28; Jó 34.12; At 13.23,32,33;
ver 2 Tm 2.13). A fidelidade de DEUS é de consolo inexprimível para o crente, e
grande medo de condenação para todos aqueles que não se arrependerem nem
crerem no Senhor JESUS (Hb 6.4-8; 10.26-31).

(8) Finalmente, DEUS é justo (Dt 32.4; 1 Jo 1.9). Ser justo significa que DEUS
mantém a ordem moral do universo, é reto e sem pecado na sua maneira de tratar
a humanidade (Ne 9.33; Dn 9.14). A decisão de DEUS de castigar com a morte os
pecadores (Rm 5.12), procede da sua justiça (Rm 6.23; Gn 2.16,17); sua ira contra
o pecado decorre do seu amor à justiça (Rm 3.5,6; Jz 10.7). Ele revela a sua ira
9

contra todas as formas da iniqüidade (Rm 1.18), principalmente a idolatria (1 Rs


14.9,15,22), a incredulidade (Sl 78.21,22; Jn 3.36) e o tratamento injusto com o
próximo (Is 10.1-4; Am 2.6,7). JESUS CRISTO, que é chamado o “Justo” (At
7.52; 22.14; cf. At 3.14), também ama a justiça e abomina o mal (ver Mc 3.5; Rm
1.18; Hb 1.9). Note que a justiça de DEUS não se opõe ao seu amor. Pelo
contrário, foi para satisfazer a sua justiça que Ele enviou JESUS a este mundo,
como sua dádiva de amor (Jo 3.16; 1 Jo 4.9,10) e como seu sacrifício pelo pecado
em lugar do ser humano (Is 53.5,6; Rm 4.25; 1 Pe 3.18), a fim de nos reconciliar
consigo mesmo (2 Co 5.18-21). A revelação final que DEUS fez de si mesmo está
em JESUS CRISTO (Jo 1.18; Hb 1.1-4); noutras palavras, se quisermos entender
completamente a pessoa de DEUS, devemos olhar para CRISTO, porque nele
habita toda a plenitude da divindade (Cl 2.9).

O sistema teológico e as práticas da igreja, da família ou na vida política, todas


elas algo ambiguamente chamadas de "Calvinismo", são o resultado de uma
consciência religiosa fundamental centrada na "soberania de Deus".

O Calvinismo pressupõe que o poder de Deus tem um alcance total de atividade e


resulta da convicção de que Deus trabalha em todos os domínios da existência,
incluindo o espiritual, físico, intelectual, quer seja secular ou sagrado, público ou
privado, no céu ou na terra. De acordo com este ponto de vista, qualquer
ocorrência é o resultado do plano de Deus, que é o criador, preservador, e
governador de todas as coisas, sem exceção, e que é a causa última de tudo. As
atividades seculares não são colocadas abaixo da prática religiosa. Pelo contrário,
Deus está tão presente no trabalho de cavar a terra como na prática de ir ao
culto. Para o cristão calvinista, toda a sua vida é um culto a Deus.

De acordo com o princípio da Predestinação, por causa de seus pecados, o homem


perdeu as regalias que possuía e distanciou-se de Deus. O homem é considerado
"morto" para as coisas de Deus e é dominado por uma indisposição para servir a
Deus.
Só havia, então, uma maneira de resolver esse problema: o próprio Deus reatando
os laços. Deus então, segundo a doutrina da predestinação, escolheu alguns dos
seres humanos caídos para salvar da pecaminosidade e restaurar para a
comunhão com ele. Deus teria tomado esta decisão antes da criação do Universo.
Mas é claro que não é por causa de quaisquer boas ações que eles foram
escolhidos: "porque pela graça sois salvos, mediante a fé, e isso não vem de vós; é
dom de Deus; não vem de obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8,9). Os
cinco pontos do calvinismo (conhecidos pelo acróstico TULIP, referente às
iniciais dos pontos em inglês) são doutrinas básicas sobre a salvação, definidas
pelo Sínodo de Dort.
10

São eles:
 Depravação total do homem;
 Eleição incondicional;
 Expiação limitada;
 Vocação eficaz (ou Graça Irresistível);
 Perseverança dos santos.

O Calvinista acredita que Deus escolheu um grupo de pessoas e que as restantes


vão para o Inferno. Conseqüentemente, a pergunta que qualquer Calvinista se faz
é: "Estarei eu entre os escolhidos?".

Como é que um Calvinista sabe se está entre os escolhidos ou não? Teoricamente,


não é ele que o determina. A decisão está tomada. Foi tomada por Deus. Como é
que eu sei se fui escolhido ou não? Resposta: Deus me atraiu e eu cri na sua
palavra. Ela é que me diz: "Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de
serem feitos filhos de Deus, a saber os que crêem em seu nome". Pela graça sois
salvos, isto não vem de vós é dom de Deus para que ninguém se vanglorie.

Sendo um bom cristão, trabalhando muito, seguindo sempre todos os princípios


bíblicos, o Calvinista prova a si mesmo que foi um escolhido, pelo seu sucesso
como cristão. Não é a sua própria ação, mas de Deus, pois se Deus trabalha por
ele, ele conclui que foi um dos eleitos.

RESUMO DAS DOUTRINAS CALVINISMO E ARMINIANISMO


CALVINISMO ARMINIANISMO
João Calvino (Noyon, 10 de Julho de Jacó Armínio (James Arminius, Jacob
1509 — Genebra, 27 de Maio de 1564) Harmenszoon; 10 de outubro de 1560 –
foi um teólogo cristão francês que 19 de outubro de 1609) foi um teólogo
sistematizou a predestinação absoluta, neerlandês que sistematizou a
só para os pré-eleitos, sem direito de predestinação para todos os que
escolha. aceitarem a salvação em Jesus, levando
em conta o Livre-arbítrio.
Predestinação garantida desde o Predestinação Condicional
nascimento
Expiação de JESUS particular – Só Expiação Universal – Para todos – Para
para quem quer
eleitos
Depravação Geral Livre-arbítrio
11

Perseverança dos salvos – Basta estar Qualquer um pode rejeitar a salvação


na Igreja (Rejeitar a graça)

Graça Irrestível – Uma vez salvo, Pode cair da graça


salvo para sempre

Denominações Calvinistas
O Calvinismo é a doutrina de diversas denominações Protestantes, dentre elas
destacamos:
 Igreja Reformada Suíça - religião oficial da maioria dos cantões da Suíça.
 Igreja Protestante Evangélica Holandesa - recentemente unificada, não é
mais a religião oficial dos Países Baixos
 Igreja Reformada Francesa - a igreja dos Huguenotes
 Igreja Congregacional - concentrada na Nova Inglaterra, nos Estados
Unidos, hoje parte da Igreja Unida de Cristo.
 Igreja Reformada Hungara
 Igreja da Escócia
 Igreja Presbiteriana do Brasil
 Igreja Presbiteriana Independente do Brasil
 União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil
 Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil
 Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal
 Igreja Presbiteriana Unida do Brasil
 Igreja Batista Reformada

OBSERVAÇÃO
Para O Calvinismo A Salvação Independe Da Santidade E Da
Perseverança Na Fé.
É A Doutrina De "Uma Vez Salvo, Salvo Para Sempre". A Salvação Para
Os Tais É Incondicinal.
Uns Nascem Para Serem Salvos E Outros (A Maioria), Já Nascem
Condenados Ao Lago De Fogo.
Não Há Escolha Do Homem, Se Nasceu Para Ser Salvo O Será Ainda
Que Esteja Vivendo Na Prática Do Pecado.
É Tão Absurdo O Calvinismo Que É Melhor Deixar De Comentar A Seu
Respeito.

ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO BÍBLICOS


12

Ef 1.4,5 “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que
fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade, e nos predestinou
para filhos de adoção por JESUS CRISTO, para si mesmo, segundo o beneplácito
de sua vontade.”

ELEIÇÃO. A escolha por DEUS daqueles que crêem em CRISTO é uma doutrina
importante (Rm 8.29-33; 9.6-26; 11.5, 7, 28; Cl 3.12; 1 Ts 1.4; 2 Ts 2.13; Tt 1.1).
A eleição (gr. eklegoe) refere-se à escolha feita por DEUS, em CRISTO, de um
povo para si mesmo, a fim de que sejam santos e inculpáveis diante dele (2 Ts
2.13). Essa eleição é uma expressão do amor de DEUS, que recebe como seus,
todos os que recebem seu Filho JESUS (Jo 1.12). A doutrina da eleição abarca as
seguintes verdades:

(1) A eleição é cristocêntrica, i.e., a eleição de pessoas ocorre somente em união


com JESUS CRISTO. DEUS nos elegeu em CRISTO para a salvação (1.4). O
próprio CRISTO é o primeiro de todos os eleitos de DEUS. A respeito de
JESUS, DEUS declara: “Eis aqui o meu servo, que escolhi” (Mt 12.18; Is 42.1,6; 1
Pe 2.4). Ninguém é eleito sem estar unido a CRISTO pela fé.

(2) A eleição é feita em CRISTO, pelo seu sangue; “em quem [CRISTO]... pelo seu
sangue” (1.7). O propósito de DEUS, já antes da criação (1.4), era ter um povo
para si mediante a morte redentora de CRISTO na cruz. Sendo assim, a eleição é
fundamentada na morte sacrificial de CRISTO, no Calvário, para nos salvar dos
nossos pecados (At 20.28; Rm 3.24-26).

(3) A eleição em CRISTO é em primeiro lugar coletiva, i.e., a eleição de um povo


(1.4,5, 7, 9; 1 Pe 1.1; 2.9). Os eleitos são chamados “o seu corpo” (1.23; 4.12),
“minha igreja” (Mt 16.18), o “povo adquirido” por DEUS (1 Pe 2.9) e a “noiva” de
CRISTO (Ap 21.9). Logo, a eleição é coletiva e abrange o ser humano como
indivíduo, somente à medida que este se identifica e se une ao corpo de CRISTO,
a igreja verdadeira (1.22,23). É uma eleição como a de Israel no AT (Dt 29.18-21;
2 Rs 21.14).

(4) A eleição para a salvação e a santidade do corpo de CRISTO são inalteráveis.


Mas individualmente a certeza dessa eleição depende da condição da fé pessoal e
viva em JESUS CRISTO, e da perseverança na união com Ele. O apóstolo Paulo
demonstra esse fato da seguinte maneira:

(a) O propósito eterno de DEUS para a igreja é que sejamos “santos e


irrepreensíveis diante dele” (1.4). Isso se refere tanto ao perdão dos pecados
(1.7) como à santificação e santidade. O povo eleito de DEUS está sendo
conduzido pelo ESPÍRITO SANTO em direção à santificação e à santidade (Rm
13

8.14; Gl 5.16-25). O apóstolo enfatiza repetidas vezes o propósito supremo de


DEUS (2.10; 3.14-19; 4.1-3, 13,14; 5.1-18).

(b) O cumprimento desse propósito para a igreja como corpo não falhará:
CRISTO a apresentará “a si mesmo igreja gloriosa... santa e irrepreensível”
(5.27).

(c) O cumprimento desse propósito para o crente como indivíduo dentro da igreja
é condicional. CRISTO nos apresentará “santos e irrepreensíveis diante dele”
(1.4), somente se continuarmos na fé. A Bíblia mostra isso claramente: CRISTO
irá “vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, se, na verdade,
permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos moverdes da esperança do
evangelho” (Cl 1.22,23).

(5) A eleição para a salvação em CRISTO é oferecida a todos (Jo 3.16,17; 1 Tm


2.4-6; Tt 2.11; Hb 2.9), e torna-se uma realidade para cada pessoa consoante seu
prévio arrependimento e fé, ao aceitar o dom da salvação em CRISTO (2.8; 3.17;
At 20.21; Rm 1.16; 4.16). Mediante a fé, o ESPÍRITO SANTO admite o crente ao
corpo eleito de CRISTO (a igreja) (1 Co 12.13), e assim ele torna-se um dos
eleitos. Daí, tanto DEUS quanto o homem têm responsabilidade na eleição (Rm
8.29; 2 Pe 1.1-11).

A PREDESTINAÇÃO. A PREDESTINAÇÃO (GR. PROORIZO) SIGNIFICA


“DECIDIR DE ANTEMÃO” E SE APLICA AOS PROPÓSITOS DE DEUS
INCLUSOS NA ELEIÇÃO. A ELEIÇÃO É A ESCOLHA FEITA POR DEUS,
“EM CRISTO”, DE UM POVO PARA SI MESMO (A IGREJA VERDADEIRA). A
PREDESTINAÇÃO ABRANGE O QUE ACONTECERÁ AO POVO DE DEUS
(TODOS OS CRENTES GENUÍNOS EM CRISTO).
(1) DEUS PREDESTINA SEUS ELEITOS A SEREM: (A) CHAMADOS (RM
8.30); JUSTIFICADOS (RM 3.24; 8.30); (C) GLORIFICADOS (RM 8.30); (D)
CONFORMADOS À IMAGEM DO FILHO (RM 8.29); (E) SANTOS E
INCULPÁVEIS (1.4); (F) ADOTADOS COMO FILHOS (1.5); (G) REDIMIDOS
(1.7); (H) PARTICIPANTES DE UMA HERANÇA (1.14); (I) PARA O LOUVOR
DA SUA GLÓRIA (1.12; 1PE 2.9); (J) PARTICIPANTES DO ESPÍRITO
SANTO (1.13; GL 3.14); E (L) CRIADOS EM CRISTO JESUS PARA BOAS
OBRAS (2.10).
(2) A PREDESTINAÇÃO, ASSIM COMO A ELEIÇÃO, REFERE-SE AO CORPO
COLETIVO DE CRISTO (I.E., A VERDADEIRA IGREJA), E ABRANGE
INDIVÍDUOS SOMENTE QUANDO INCLUSOS NESTE CORPO MEDIANTE A
FÉ VIVA EM JESUS CRISTO (1.5, 7, 13; CF. AT 2.38-41; 16.31).

RESUMO. No tocante à eleição e predestinação, podemos aplicar a analogia de


um grande navio viajando para o céu. DEUS escolhe o navio (a igreja) para ser sua
própria nau. CRISTO é o Capitão e Piloto desse navio. Todos os que desejam
14

estar nesse navio eleito, podem fazê-lo mediante a fé viva em CRISTO. Enquanto
permanecerem no navio, acompanhando seu Capitão, estarão entre os eleitos.
Caso alguém abandone o navio e o seu Capitão, deixará de ser um dos eleitos. A
predestinação concerne ao destino do navio e ao que DEUS preparou para quem
nele permanece. DEUS convida todos a entrar a bordo do navio eleito mediante
JESUS CRISTO.

OS ATRIBUTOS DE DEUS
Sl 139.7,8 “Para onde me irei do teu ESPÍRITO ou para onde fugirei da tua face?
Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás
também”.

A Bíblia não procura comprovar que DEUS existe. Em vez disso, ela declara a sua
existência e apresenta numerosos atributos seus. Muitos desses atributos são
exclusivos dEle, como DEUS; outros existem em parte no ser humano, pelo fato
de ter sido criado à imagem de DEUS.

INTERAÇÃO
Na lição de hoje veremos que DEUS ensina, de modo prático, uma importante
lição a Jeremias. O Senhor pede que o profeta vá à casa do oleiro, para que ali
observe o trabalho do artífice. Jeremias obedece ao Senhor e, naquele local,
aprende uma importante lição a respeito da soberania divina.
O Altíssimo mostra ao profeta que Ele pode e faz, sempre, o que é melhor (ainda
que não entendamos assim). DEUS desejava moldar seu povo. Eles precisavam
aprender que o Criador tem poder sobre o barro (Judá) para fazer dele um vaso
útil. DEUS também deseja moldá-lo e fazer de você um vaso de honra. Permita
que o Oleiro Celeste trabalhe em sua vida.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar por que DEUS enviou Jeremias à casa do oleiro.
Conscientizar-se de que DEUS é soberano.
Compreender que a soberania de DEUS está baseada em sua onipotência,
onipresença e onisciência.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para a aula de hoje, sugerimos que seja feito um quadro com algumas
lições práticas que DEUS apresentou a Jeremias. DEUS utilizou diversos
métodos e modos para comunicar sua Palavra a Judá. Reproduza a tabela da
15

página ao lado no quadro-de-giz ou tire cópias para os alunos. Explique à classe


que temos muito a aprender por meio destas lições. Enfatize o amor e o cuidado
de DEUS para com um povo rebelde e apóstata. Não deixe de ler as referências
e destaque o fato de que DEUS exorta, consola e edifica mediante a sua
mensagem.

CONCLUSÃO
Ele é o Oleiro; nós, apenas a argila.
SINOPSE DO TÓPICO (1)Assim como o oleiro tem poder sobre a argila, de igual
modo, DEUS tem poder sobre nossa vida.
SINOPSE DO TÓPICO (2)DEUS é soberano, no entanto, suas criaturas são
livres para render-se, ou não, a Ele.
SINOPSE DO TÓPICO (3)O crente precisa submeter-se à vontade de DEUS, a
fim de que Ele opere em sua vida segundo o seu querer.

OBS: A FORMATAÇÃO DO PRESENTE ESTUDO FOI MODIFICADA,


SENDO QUE PARTES DO ESTUDO EM COMENTO FORAM EXCLUIDAS,
MAS NADA FOI ACRESCENTADO AO TEXTO ORIGINAL.

Referência:
SILVA, Luiz Henrique de Almeida. EBD LIÇÃO 6 – (A Soberania e a
Autoridade de Deus). Imperatriz - MA. Disponível em
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao6-2tr10-jer-
asoberaniaeaautoridadededeus.htm. Acesso em 05 de maio de 2010.
16

ISAÍAS 14:27. POIS O SENHOR DOS EXÉRCITOS Agradeço à Deus que

O DETERMINOU. QUEM O INVALIDARÁ? A SUA me faz triunfar em

MÃO ESTÁ ESTENDIDA. QUEM A FARÁ VOLTAR Cristo Jesus, à Ele

ATRÁS? toda honra, glória e

louvor.

Parábola do oleiro e do barro


(Jr 18:1-10)
Ao contemplar o trabalho do oleiro sobre as rodas, Jeremias passa a
aprender a lição de como Deus lida com as nações. A parábola continuou
quando o profeta foi ao vale do filho de Hinom, para advertir o rei e o povo
da destruição que os acometeria. Assim como o oleiro despedaçava o vaso,
eles seriam condenados por não ter valor (Jr 19). A figura do Oleiro já fora
empregada em referência à obra da criação de Deus (Is 29:16; 45:9; 64:8).
Muito da linguagem figurada de Jeremias tem a influência de Isaías.
O que mais impressionou tanto Isaías (29:16; 45:9) quanto Jeremias
(18:4,6) foi o absoluto domínio da vontade do oleiro sobre o seu barro, o
mistério e a maravilha de sua capacidade criadora. Depois de observar o
oleiro, Jeremias declarou aos judeus que eles eram, apesar de tanto se
jactarem de sua força, tão frágeis quanto o barro e tão sujeitos à vontade
de Deus quanto o barro ao oleiro. A posição e todos os privilégios de que
desfrutavam eram providências divinas, para que fossem vasos de honra.
Mas, no processo de formação, resistiram à vontade e ao poder do Oleiro
celestial. Não se deve perder de vista o fato de que "o teor completo dessa
parábola, bem como o conhecido caráter de Deus são contrários à
conclusão de que o Senhor tivesse algum prazer no caráter degenerado de
17

Israel ou de alguma forma tivesse contribuído para esse estado". O vaso


quebrado não era culpa do oleiro. Alguma substância estranha no barro
frustrou seus esforços e arruinou o seu trabalho.
Essa parábola é de atos, não de palavras, visto que não há registro de
conversa entre o profeta e o oleiro. Enquanto Jeremias observava a obra
criada nas rodas, por meio do que viu pôde ouvir Deus falar. De pronto
identificou o significado simbólico do oleiro e do barro, embora o próprio
oleiro não visse nada de parabólico em sua obra. Jeremias, contudo,
aprendeu a mensagem no vaso quebrado e assim desafiou a nação que
frustrara o propósito divino: "Não posso fazer de vós como fez este oleiro, ó
casa de Israel?".
Nenhuma das parábolas do AT nos fala de modo mais direto, pessoal
e abrangente do que essa. Embora a primeira interpretação refira-se ao
Israel de então, a parábola tem aplicação muito mais abrangente. Os
profetas do AT foram antes de tudo mensageiros da época em que viviam —
anunciadores antes de atuar como prenunciadores ou mensageiros das
gerações seguintes. A Parábola do oleiro e do barro, então, era toda acerca
de Deus e de Israel. É toda acerca de Deus e de nós mesmos.
Deus, contudo, é o Deus da segunda oportunidade, o que Jeremias
aprendeu ao observar o oleiro amassando o barro que o decepcionara e
transformando-o em um vaso encantador. Que excelente parábola sobre o
que o tratamento que Deus dispensa aos homens e às nações! (Rm 9:21;
2Tm 2:20). Acaso o Senhor não é capaz de reconstruir o caráter, a vida e a
esperança? Sua vida está deformada por resistir à modelagem das mãos de
Deus? Bem, sendo dele, você está ainda em suas mãos (Jo 10:28,29), e ele
espera moldá-lo outra vez, da mesma maneira que transformará Israel em
vaso de grande honra quando retornar para introduzi-lo em seu reino.
Então, como nunca antes, Israel será a sua glória. Enquanto
permanecermos em suas mãos como barro submisso, nada temos a temer.
Ainda que sejamos fracos e sem valor, ele pode fazer de nós vasos de
honra, próprios para ele usar.
Mas de Ti preciso, como antes,
De Ti, Deus, que amaste os errantes;
E como, nem mesmo nos piores turbilhões,
Eu —à roda da vida,
Multiforme e multicolorida,
Atordoadamente absorto— errei meu alvo, para abrandar Tua
sede,
Então toma e usa a Tua obra!
Conserta toda falha que sobra,
As distorções da matéria, as deformações do alvo!
18

Meus momentos estão em Tua mão:


Arremata o vaso segundo o padrão!
Que os anos revelem os jovens, e a morte os dê por
consumados.

LOCKYER, Herbert. TODAS AS PARÁBOLAS DA BÍBLIA. Uma análise


detalhada de todas as Parábolas das Escrituras. Ed. Vida: São Paulo. 2006

LIÇÃO 5 - A SOBERANIA DE DEUS E O LIVRE-ARBÍTRIO HUMANO


QUARTO TRIMESTRE DE 2008
O DEUS DO LIVRO E O LIVRO DE DEUS
COMENTÁRIOS: Pr. Antônio Gilberto

TEXTO ÁUREO
"Pois o Senhor, vosso DEUS, é o DEUS dos deuses e o Senhor do senhores, O
DEUS grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita
recompensas" (Dt 10.1 7)

VERDADE PRÁTICA
A despeito de seu imenso poder e soberania. DEUS concedeu aos homens o
direito de agirem como seres livres.
19

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:


Isaías 43
11 - Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador.
12 - Eu anunciei, e eu salvei, e eu o fiz ouvir, e deus estranho não houve entre
vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor; eu sou DEUS.
13 - Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar
das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?
Efésios 1
4 - Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que
fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade,
S e nos predestinou para filhos de adoção por JESUS CRISTO, para si mesmo,
segundo o beneplácito de sua vontade.
João 3
16 - Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

ELEIÇÃO do povo de Deus: Êx 6:7; Dt 4:37; 7:6; Mt 25:34; Jo 15:16; Gl 4:30; Ef


1:4; 1Pe 1:2.
PREDESTINAÇÃO: Pv 16:4; At 4:28; Rm 8:29; 9:11; Ef 1:4; 3:11; 1Pe 1:20.
POVO DE DEUS: Referido como os escolhidos: Mt 24:22,31; Lc 18:7; Rm 8:33;
2Tm 2:10; 1Pe 1:2. Chamados escolhidos: Dt 7:6; Sl 4:3; 1Co 1:26; Ef 1:4; Tg 2:5;
1Pe 2:10.
SOMENTE O VERSÍCULO A SEGUIR DEVERIA SER SUFICIENTE PARA
SABERMOS SOBRE PREDESTINAÇÃO E LIVRE-ARBÍTRIO, PORÉM COMO
SÃO MUITAS AS DÚVIDAS VEREMOS DETALHADAMENTE SOBRE ESSE
ASSUNTO NESTA LIÇÃO.

E também nele que vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o
evangelho da vossa salvação. Tendo nele crido,
fostes selados com o Espírito Santo da promessa. (Ef 1.13). grifo nosso.

1- Nós só estamos em CRISTO depois que ouvimos a palavra da verdade.


2- Nós ouvimos o evangelho da salvação.
3- Nós acreditamos nessa pregação.
4- Aí então, recebemos o selo do Espírito Santo da promessa.
5- Daí para frente estamos predestinados para a salvação, antes não estávamos.

Isso é bem claro, mas vamos ainda nos dedicar ao estudo fazendo uma analogia:
20

No tocante à eleição e predestinação, podemos aplicar a analogia de um grande


navio viajando para o céu. DEUS escolhe o navio (a igreja) para ser sua própria
nau. CRISTO é o Capitão e Piloto desse navio. Todos os que desejam estar nesse
navio eleito, podem fazê-lo mediante a fé viva em CRISTO. Enquanto
permanecerem no navio, acompanhando seu Capitão, estarão entre os eleitos.
Caso alguém abandone o navio e o seu Capitão, deixará de ser um dos eleitos. A
predestinação concerne ao destino do navio e ao que DEUS preparou para quem
nele permanece. DEUS convida todos a entrar a bordo do navio eleito mediante
JESUS CRISTO e nele permanecer até o fim da viagem (arrebatamento e vida
eterna com DEUS em um novo corpo, corpo celeste, incorruptível).

SOBERANIA DE DEUS X LIVRE-ARBÍTRIO DO HOMEM


Se não houvesse Livre-arbítrio os homens seriam fantoches ou robôs.
ÁRABES – Maktub ( “Está escrito”) Doutrina do Destino- Uns nascem para
serem pobres e sofrerem e outros para serem ricos e viverem bem. "O
universo poderia estar lá, conspirando para que seu sucesso fosse inevitável
e vivem assim... acreditando que tudo está escrito e que apesar do livre
arbítrio, sempre chegam ao encontro do que lhes foi destinado...

CALVINISMO RADICAL - João Calvino - Uns nasceram para Salvação


eterna outros para perdição eterna.
ARMINIANISMO - Jacobus Arminos - Deus é Soberano, porém o
homem possui o Livre-arbítrio, a salvação é para todos, porém só para quem
aceitar a JESUS como Salvador e Senhor.
Calvinismo radical leva o homem a viver de qualquer maneira, pois já está
salvo. (Batistas tradicionais, neo-pentecostais, etc...Liberdade do corpo)
Arminianismo radical no livre-arbítrio leva o homem a pensar que pode
ganhar a salvação pelas obras. (Espiritismo, catolicismo, etc... justificação
pelas obras)
Observação – Se não houvesse o livre-arbítrio o homem não seria semelhante
a DEUS.

RESUMO DAS DOUTRINAS CALVINISMO E ARMINIANISMO


CALVINISMO ARMINIANISMO
João Calvino (Noyon, 10 de Julho Jacó Armínio (James Arminius, Jacob
de 1509 — Genebra, 27 de Maio de Harmenszoon; 10 de outubro de 1560 – 19 de
1564) foi um teólogo cristão outubro de 1609) foi um teólogo neerlandês que
francês que sistematizou a sistematizou a predestinação para todos os que
predestinação absoluta, só para os aceitarem a salvação em Jesus, levando em
pré-eleitos, sem direito de conta o Livre-arbítrio.
escolha.
21

Predestinação garantida desde o Predestinação Condicional


nascimento
Expiação de JESUS particular – Expiação Universal – Para todos – Para quem
Só para eleitos quer
Depravação Geral Livre-arbítrio

Perseverança dos salvos – Basta Qualquer um pode rejeitar a salvação


estar na Igreja (Rejeitar a graça)

Graça Irrestível – Uma vez Pode cair da graça


salvo, salvo para sempre

ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO (CPAD - BEP EM CD)


Ef 1.4,5 “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que
fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade, e
nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o
beneplácito de sua vontade.”

ELEIÇÃO.
A escolha por Deus daqueles que crêem em Cristo é uma doutrina importante (ver
Rm 8.29-33; 9.6-26; 11.5, 7, 28; Cl 3.12; 1Ts 1.4; 2Ts 2.13; Tt 1.1). A eleição (gr.
eklegoe) refere-se à escolha feita por Deus, em Cristo, de um povo para si
mesmo, a fim de que sejam santos e inculpáveis diante dEle (cf. 2Ts 2.13). Essa
eleição é uma expressão do amor de Deus, que recebe como seus todos os que
recebem seu Filho Jesus (Jo 1.12). A doutrina da eleição abarca as seguintes
verdades:
(1) A eleição é cristocêntrica, i.e., a eleição de pessoas ocorre somente em
união com Jesus Cristo. Deus nos elegeu em Cristo para a salvação (1.4; ver v. 1).
O próprio Cristo é o primeiro de todos os eleitos de Deus. A respeito de Jesus,
Deus declara: “Eis aqui o meu servo, que escolhi” (Mt 12.18; cf. Is 42.1,6;
1Pe 2.4). Ninguém é eleito sem estar unido a Cristo pela fé.
(2) A eleição é feita em Cristo, pelo seu sangue; “em quem [Cristo]... pelo seu
sangue” (1.7). O propósito de Deus, já antes da criação (1.4), era ter um povo
para si mediante a morte redentora de Cristo na cruz. Sendo assim, a eleição é
fundamentada na morte sacrificial de Cristo, no Calvário, para nos salvar dos
nossos pecados (At 20.28; Rm 3.24-26).
(3) A eleição em Cristo é em primeiro lugar coletiva, i.e., a eleição de um
povo (1.4,5, 7, 9; 1Pe 1.1; 2.9). Os eleitos são chamados “o seu [Cristo]
corpo” (1.23; 4.12), “minha igreja” (Mt 16.18), o “povo adquirido” por Deus (1Pe
2.9) e a “noiva” de Cristo (Ap 21.9). Logo, a eleição é coletiva e abrange o ser
humano como indivíduo, somente à medida que este se identifica e se une ao
22

corpo de Cristo, a igreja verdadeira (1.22,23; ver Robert Shank, Elect in the Son
(Eleitos no Filho). É uma eleição como a de Israel no AT (ver Dt 29.18-21; 2Rs
21.14 ).
(4) A eleição para a salvação e a santidade do corpo de Cristo são
inalteráveis. Mas individualmente a certeza dessa eleição depende da condição
da fé pessoal e viva em Jesus Cristo, e da perseverança na união com Ele. O
apóstolo Paulo demonstra esse fato da seguinte maneira:
(a) O propósito eterno de Deus para a igreja é que sejamos “santos e
irrepreensíveis diante dele” (1.4). Isso se refere tanto ao perdão dos pecados
(1.7) como à santificação e santidade. O povo eleito de Deus está sendo
conduzido pelo Espírito Santo em direção à santificação e à santidade (ver Rm
8.14; Gl 5.16-25). O apóstolo enfatiza repetidas vezes o propósito supremo de
Deus (ver 2.10; 3.14-19; 4.1-3, 13,14; 5.1-18).
(b) O cumprimento desse propósito para a igreja como corpo não falhará: Cristo
a apresentará “a si mesmo igreja gloriosa... santa e irrepreensível” (5.27).
(c) O cumprimento desse propósito para o crente como indivíduo dentro da igreja
é condicional. Cristo nos apresentará “santos e irrepreensíveis diante dele” (1.4),
somente se continuarmos na fé. A Bíblia mostra isso claramente: Cristo irá “vos
apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, se, na verdade,
permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos moverdes da esperança do
evangelho” (Cl 1.22,23).
(5) A eleição para a salvação em Cristo é oferecida a todos (Jo 3.16,17; 1Tm
2.4-6; Tt 2.11; Hb 2.9), e torna-se uma realidade para cada pessoa consoante seu
prévio arrependimento e fé, ao aceitar o dom da salvação em Cristo (2.8; 3.17; cf.
At 20.21; Rm 1.16; 4.16). Mediante a fé, o Espírito Santo admite o crente ao
corpo eleito de Cristo (a igreja) (1 Co 12.13), e assim ele torna-se um dos eleitos.
Daí, tanto Deus quanto o homem têm responsabilidade na eleição (ver Rm 8.29;
2Pe 1.1-11).

A PREDESTINAÇÃO.
A predestinação (gr. proorizo) significa “decidir de antemão” e se aplica
aos propósitos de Deus inclusos na eleição. A eleição é a escolha feita por Deus,
“em Cristo”, de um povo para si mesmo (a igreja verdadeira). A predestinação
abrange o que acontecerá ao povo de Deus (todos os crentes genuínos em Cristo).
(1) Deus predestina seus eleitos a serem:
(a) chamados (Rm 8.30); justificados (Rm 3.24; 8.30);
(c) glorificados (Rm 8.30);
(d) conformados à imagem do Filho (Rm 8.29);
(e) santos e inculpáveis (1.4);
(f) adotados como filhos (1.5);
(g) redimidos (1.7);
23

(h) participantes de uma herança (1.14);


(i) para o louvor da sua glória (1.12; 1Pe 2.9);
(j) participantes do Espírito Santo (1.13; Gl 3.14); e
(l) criados em Cristo Jesus para boas obras (2.10).
(2) A predestinação, assim como a eleição, refere-se ao corpo coletivo de
Cristo (i.e., a verdadeira igreja), e abrange indivíduos somente quando inclusos
neste corpo mediante a fé viva em Jesus Cristo (1.5, 7, 13; cf. At 2.38-41; 16.31).

Selados:
É a marca de DEUS. Os Israelitas eram selados com a circuncisão feita na carne,
por meio de mãos humanas, era sinal de aliança entre DEUS e seu povo. Agora
somos selados , circuncidados no CORAÇÃO, pela palavra de DEUS que faz um
profundo corte em nossa alma e nos dá o ESPÍRITO SANTO como selo de
possessão de DEUS.
PENHOR = Ver Jo 14

CADA PESSOA TEM DIREITO Á SALVAÇÃO


A- Basta arrepender-se, At 3.19
B- Basta ter fé em Jesus, Jo 3.16
C- Basta apropriar-se da salvação garantida, Jo 1.12

LEITURAS IMPORTANTES:
Dt 7.7-11 - O amor de DEUS é o fundamento da eleição de Israel
7 O SENHOR não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa
multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos
em número do que todos os povos, 8 mas porque o SENHOR vos amava; e,
para guardar o juramento que jurara a vossos pais, o SENHOR vos tirou com
mão forte e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do
Egito. 9 Saberás, pois, que o SENHOR, teu DEUS, é DEUS, o DEUS fiel,
que guarda o concerto e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e
guardam os seus mandamentos; 10 e dá o pago em sua face a qualquer dos
que o aborrecem, fazendo-o perecer; não será remisso para quem o
aborrece; em sua face lho pagará. 11 Guarda, pois, os mandamentos, e os
estatutos, e os juízos que hoje te mando fazer.
MISERICÓRDIA... AOS QUE O AMAM. DEUS escolheu Israel movido pelo seu
amor aos israelitas (vv. 7,8). Além disso, DEUS prometeu que cumpriria fielmente
o seu concerto e usaria de misericórdia de geração em geração, para com os "que
o amam e guardam os seus mandamentos" (cf. 6.4-9). Não somente o amor de
DEUS dependia dessa atitude de amor e obediência, mas também disso dependia
a prosperidade deles (vv. 13,14), sua saúde (v. 15) e seu triunfo militar (vv. 16-
24

18).

Ap 13.8 - DEUS amou o mundo desde a sua fundação


E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não
estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação
do mundo.
CORDEIRO QUE FOI MORTO DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO. A morte
redentora de CRISTO, pela salvação da humanidade, foi determinada por DEUS
desde o início da criação do mundo (ver 17.8; Gn 3.15; 1 Pe 1.18-20).
17.8- ESCRITOS NO LIVRO DA VIDA, DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO.
Estas palavras não poderão ser usadas para comprovar a eleição predeterminada
do indivíduo para a salvação, ou perdição; pois, de acordo com a Bíblia, o nome de
alguém pode ser apagado do livro da vida por infidelidade e abandono da fé (3.5;
ver 13.8; cf. Sl 69.28).
Gn 3.15 ESTA TE FERIRÁ A CABEÇA, E TU LHE FERIRÁS O CALCANHAR. Este
versículo contém a primeira promessa implícita do plano de DEUS para a
redenção do mundo. Prediz a vitória final da raça humana e de DEUS contra
Satanás e o mal. É uma profecia do conflito espiritual entre a semente da mulher
(i.e., o Senhor JESUS CRISTO) e a semente da serpente (i.e., Satanás e os seus
seguidores; ver v.1). DEUS promete aqui, que CRISTO nasceria de uma mulher
(cf. Is 7.14), e que Ele seria ferido ao ser crucificado, porém, ressuscitaria
dentre os mortos para destruir completamente (i.e., ferir ) Satanás, o pecado e a
morte, para salvar a humanidade (Is 53.5; Mt 1.20-23; 1Pe 1.18-20 As Escrituras
deixam claro que a morte sacrificial de CRISTO na cruz é a razão da redenção
do crente, i.e., sua libertação da escravidão ao pecado (cf. Ef 1.7; ver Hb 9.14).

1 Pe 1.2 - A eleição é segundo a presciência de DEUS Pai eleitos segundo a


presciência de DEUS Pai, em santificação do ESPÍRITO, para a obediência e
aspersão do sangue de JESUS CRISTO: graça e paz vos sejam
multiplicadas.
A PRESCIÊNCIA DE DEUS. A presciência divina é o eterno amor e propósito de
DEUS para com o seu povo, a igreja (ver Rm 8.29). Os "eleitos" são o conjunto
dos verdadeiros crentes, escolhidos em harmonia com a resolução divina de
redimir a igreja pelo "sangue de JESUS CRISTO", em "santificação do
ESPÍRITO". Todos os crentes devem participar da sua eleição, procurando
diligentemente tornar mais firme sua vocação e eleição (ver 2 Pe 1.5,10).
A predestinação (gr. proorizo) significa “decidir de antemão” e se aplica aos
propósitos de DEUS inclusos na eleição. A eleição é a escolha feita por DEUS,
“em CRISTO”, de um povo para si mesmo (a igreja verdadeira). A predestinação
abrange o que acontecerá ao povo de DEUS (todos os crentes genuínos em
CRISTO).
25

(1) DEUS predestina seus eleitos a serem: (a) chamados (Rm 8.30); justificados
(Rm 3.24; 8.30); (c) glorificados (Rm 8.30); (d) conformados à imagem do Filho
(Rm 8.29); (e) SANTOS e inculpáveis (1.4); (f) adotados como filhos (1.5); (g)
redimidos (1.7); (h) participantes de uma herança (1.14); (i) para o louvor da sua
glória (1.12; 1Pe 2.9); (j) participantes do ESPÍRITO SANTO (1.13; Gl 3.14); e (l)
criados em CRISTO JESUS para boas obras (2.10).
(2) A predestinação, assim como a eleição, refere-se ao corpo coletivo de
CRISTO (i.e., a verdadeira igreja), e abrange indivíduos somente quando inclusos
neste corpo mediante a fé viva em JESUS CRISTO (1.5, 7, 13; cf. At 2.38-41;
16.31).

Ef 1.5-9 - Predestinados para sermos filhos de adoção


5 que, mediante a fé, estais guardados na virtude de DEUS, para a salvação
já prestes para se revelar no último tempo, 6 em que vós grandemente vos
alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um
pouco contristados com várias tentações, 7 para que a prova da vossa fé,
muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache
em louvor, e honra, e glória na revelação de JESUS CRISTO; 8 ao qual, não
o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais
com gozo inefável e glorioso, 9 alcançando o fim da vossa fé, a salvação da
alma.
No tocante à eleição e predestinação, podemos aplicar a analogia de um grande
navio viajando para o céu. DEUS escolhe o navio (a igreja) para ser sua própria
nau. CRISTO é o Capitão e Piloto desse navio. Todos os que desejam estar nesse
navio eleito, podem fazê-lo mediante a fé viva em CRISTO. Enquanto
permanecerem no navio, acompanhando seu Capitão, estarão entre os eleitos.
Caso alguém abandone o navio e o seu Capitão, deixará de ser um dos eleitos. A
predestinação concerne ao destino do navio e ao que DEUS preparou para quem
nele permanece. DEUS convida todos a entrar a bordo do navio eleito mediante
JESUS CRISTO.

Ef 1.11-13 - A predestinação é conforme o propósito de DEUS


11 nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido
predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo
o conselho da sua vontade, 12 com o fim de sermos para louvor da sua
glória, nós, os que primeiro esperamos em CRISTO; 13 em quem também vós
estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa
salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO
SANTO da promessa;
FOSTES SELADOS COM O ESPÍRITO SANTO. Como "selo", o ESPÍRITO
SANTO é dado ao crente como a marca ou evidência de propriedade de DEUS.
26

Ao outorgar-nos o ESPÍRITO, DEUS nos marca como seus (ver 2 Co 1.22). Assim,
temos a evidência de que somos filhos adotados por DEUS, e que a nossa
redenção é real, pois o ESPÍRITO SANTO está presente em nossa vida (cf. Gl
4.6). Podemos saber que realmente pertencemos a DEUS, pois o ESPÍRITO
SANTO nos regenera e renova (Jo 1.12,13; 3.3-6), nos liberta do poder do
pecado (Rm 8.1-17; Gl 6.16-25), nos faz conscientes de que DEUS é nosso Pai (v.
5; Rm 8.15; Gl 4.6) e nos enche de poder para testemunhar (At 1.8; 2.4).
O ESPÍRITO SANTO. O ESPÍRITO SANTO e seu lugar na redenção do crente
é um dos pontos principais desta carta. O ESPÍRITO SANTO no crente: (1) é a
marca ou sinal de propriedade de DEUS (v. 13); (2) é a primeira "porção" ou
"quinhão" da herança do crente [traduzido "penhor"] (v. 14); (3) é o ESPÍRITO
de sabedoria e de revelação (v. 17); (4) ajuda o crente a aproximar-se de DEUS
(2.18); (5) edifica os crentes como templo SANTO (2.21,22); (6) revela o
mistério de CRISTO (3.4,5); (7) fortalece o crente com poder, no homem
interior (3.16); (8) promove a unidade da fé cristã, na completa semelhança de
CRISTO (4.3,13); (9) entristece-se com o pecado na vida do crente (4.30); (10)
quer repetidamente encher e capacitar o crente (5.18); e (11) ajuda na oração e
na guerra espiritual (6.18).

Rm 8.29 - Predestinados para sermos conforme à imagem de CRISTO


Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem
conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre
muitos irmãos.
OS QUE DANTES CONHECEU. Neste versículo, conhecer de antemão é o
equivalente a amar de antemão e é usado no sentido de "ter como objeto de
estima afetiva" e "optar por amar desde a eternidade" (cf. Êx 2.25; Sl 1.6; Os
13.5; Mt 7.23; 1 Co 8.3; Gl 4.9; 1 Jo 3.1). (1) A presciência de DEUS, aqui,
significa que Ele determinou desde a eternidade, amar e redimir a raça humana
através de CRISTO (5.8; Jo 3.16). O objeto da presciência (ou do amor eterno)
de DEUS aparece no plural e refere-se à igreja. Isso significa que o amor eterno
de DEUS objetiva, principalmente, o corpo coletivo de CRISTO (Ef 1.4; 2.4; 1 Jo
4.19) e somente tem a ver com indivíduos à medida que estes integram esse
corpo coletivo, mediante a fé permanente em CRISTO e a sua união com Ele (Jo
15.1-6). (2) O corpo coletivo de CRISTO alcançará a glorificação no porvir (v.
30). O crente, considerado à parte, não alcançará a glorificação, caso ele venha a
separar-se do corpo de CRISTO, amado de antemão pelo Pai, e deixar de
conservar sua fé no Senhor (vv. 12-14,17; Cl 1.21-23)

CONCLUSÃO:
27

No próprio Éden, DEUS concede a liberdade para o homem escolher entre o


certo e o errado, entre a vida e a morte, entre a natureza divina e a natureza
carnal (Gn 3.1-13; Dt 30.19).

A chamada para a salvação

O termo "chamada", no original, é traduzido em


Efésios 1.18 por "vocação", ou "chamamento". Diz
respeito ao gracioso ato divino pelo qual Ele chama
os pecadores para a salvação em JESUS
CRISTO , a fim de que sejam SANTOS (Rm
8.29,30; 11.5,6; Gl 1.6,15).
Esta chamada ocorre mediante a proclamação do
Evangelho (Jo 1.10,11; At 13.46; 17.30; 1 Co 1.9,
A
18,24; 2 Ts 1.8-10; 2.14).
chamada
Segundo as Escrituras, é da vontade de DEUS que
é
todos os homens sejam salvos (At 17.30; 1 Tm
universal.
2.3,4; 2 Pe 3.9 cf. Mt 9.13;). É uma vocação que
opera para a salvação, fundamentada na escolha
do homem (At 13.46-48).
A vocação divina para a salvação do homem é uma
obra da qual a Trindade participa: é atribuída ao
Pai (1 Co 1.9; 1 Ts 2.12; 1 Pe 5.10) ao Filho (Mt
1.28; Lc 5.32; Jo 7.37) e ao ESPÍRITO SANTO
(Jo 14.16,17,26; 16.8-11; Jo 15.26; At 5.31,32).

A SALVAÇÃO

É para todos, A salvação é algo efetuado por DEUS de


individualmente. forma pessoal e singular: "...todo aquele que
nele crê..." (Jo 3.16); "...aquele que vem..."
(Jo 6.37); "...todo aquele que invocar..." (Rm
10.13); "...eu nele..." (Jo 15.5).
28

DEUS nos predestinou para Ele, para a


adoção de filhos, por meio de JESUS
CRISTO, segundo o beneplácito de sua
vontade (Ef 1.5).
A eleição divina foi feita com base em seu
amor por todos os seres humanos (Jo 3.16; 1
Tm 2.3,4). O cuidado de DEUS também é
visto até mesmo para com os rebeldes (Ez
33.11).
Pedro afirma que DEUS não faz acepção de
pessoas (At 10.34).
A decisão é pessoal, com conseqüências
eternas em nossa vida. "quem crer e for
batizado será salvo; mas quem não crer será
condenado" (Mc 16.16)."Se com tua boca
confessares... "(Rm 10.9).
Os que não aceitam a JESUS como seu
Salvador são os únicos responsáveis pelos
seus atos, visto ser a vontade de DEUS que
todos os homens se salvem (2 Tm 2.3,4).
O interesse de JESUS por todos é
manifesto em sua pergunta, quando realçou
claramente a dureza dos corações daqueles
que o recusaram: "... não quereis vir a mim
para terdes vida?" (Jo 5.40 cf. Mt 23.37).
O evangelho é um presente de DEUS para
todas as pessoas, cabe a cada uma delas
aceitá-lo ou não. JESUS convida a cada um,
indistintamente: "Vinde a mim..." (Mt 11.28);
"... Aquele que tem sede venha e quem quiser
receba de graça da água da vida" (Ap 22.17).

A vontade soberana de DEUS é que todos sejam salvos, porém esta salvação está
condicionada à fé em JESUS CRISTO.
É a partir da aceitação da graça de DEUS que a revelação pelo ESPÍRITO
SANTO é dada ao arrependido pecador, então a misericórdia de DEUS é
demonstrada e este que a partir daí está predestinado à vida eterna com DEUS,
desde que permaneça em sua fé no filho de DEUS.
29

Subsídio Teológico
"Graça Irresistível"
Poder-se-ia afirmar, então, que a expressão 'graça irresistível' é tecnicamente
imprópria? Parece ser um oxímoro, como 'bondade cruel', porque a própria
natureza da graça subentende que um dom gratuito é oferecido, e tal presente
pode ser aceito ou rejeitado. E assim acontece, mesmo sendo o presente
oferecido por um Soberano gracioso, amoroso e pessoal. E sua soberania não será
ameaçada ou diminuída se recusarmos o dom gratuito. Este fato é evidente no
Antigo Testamento. O Senhor diz: 'Estendi as mãos todo o dia a um povo
rebelde' (Is 65.2). E "chamei, e não respondestes; falei, e não ouvistes' (Is
65.12). Os profetas deixam claro que quando o povo não acolhia bem as
expressões da graça de DEUS, nem por isso ficava ameaçada a sua soberania.
Estevão fustiga os seus ouvintes: 'Homens de dura cerviz e incircuncisos de
coração e ouvido, vós sempre resistis ao ESPÍRITO SANTO; assim, vós sois
como vossos pais' (At 7.51). Parece claro que Estevão tinha em vista a resistência
à obra do ESPÍRITO SANTO, que desejava levá-Ios a DEUS. O fato de alguns
deles (inclusivo Saulo de Tarso) terem crido posteriormente não serve como
evidência em favor da doutrina da graça irresistível."
(PECOTA, D. A Obra salvífica de CRISTO. In HORTON, S.M. Teologia
Sistemática: uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.366.)

SINOPSE DO TÓPICO I
O Senhor é poderoso para fazer tudo o que lhe apraz, toda via, só fará de fato o
que está de acordo com sua vontade.
SINOPSE DO TÓPICO II
A vontade divina é permissiva e diretiva. As duas vontades operam em
conformidade com os atributos divinos e com o livre-arbítrio humano.
SINOPSE DO TÓPICO III
Devemos evitar dois erros: enfatizar a soberania divina em detrimento da livre-
escolha; e o livre-arbítrio em prejuízo à soberania divina.
SINOPSE DO TÓPICO III
DEUS predestinou todos os homens à salvação, mediante a redenção em JESUS.
Porém, não viola o livre-arbítrio do homem.
REFLEXÃO
"O crente deve obedecer a DEUS, não para que a sua obediência o salve ou o
mantenha salvo, mas como uma expressão da sua salvação, do seu amor e da
sua gratidão para com Aquele que o salvou."
30

OBS: A FORMATAÇÃO DO PRESENTE ESTUDO FOI MODIFICADA,


SENDO QUE PARTES DO ESTUDO EM COMENTO FORAM EXCLUIDAS,
MAS NADA FOI ACRESCENTADO AO TEXTO ORIGINAL.

Referência:
SILVA, Luiz Henrique de Almeida. EBD LIÇÃO 5 – 2008 (A Soberania de Deus
e o Livre-Arbítrio Humano) Imperatriz - MA. Disponível em
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao5-dlld-
soberanialivrearbitrio.htm Acesso em 05 de maio de 2010.

ISAÍAS 14:27. POIS O SENHOR DOS EXÉRCITOS Agradeço à Deus que

O DETERMINOU. QUEM O INVALIDARÁ? A SUA me faz triunfar em

MÃO ESTÁ ESTENDIDA. QUEM A FARÁ VOLTAR Cristo Jesus, à Ele

ATRÁS? toda honra, glória e

louvor.

You might also like