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Maria Inês Przybysz de Paula

OAB-PR 18.934

Fábio Luís de Paula


OAB-PR 63.787

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO


ESPECIAL FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL COMARCA DE TOLEDO
- ESTADO DO PARANÁ.

Autos: 5002786-51.2018.4.04.7016/PR
Recorrente: AILTON ANTUNES DE SALDANHA
Recorrido: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

AILTON ANTUNES DE SALDANHA,


devidamente qualificado nos autos epigrafados, de Ação Previdenciária
que move contra o INSS – Instituto Nacional do Seguro Social,
igualmente qualificado, através de seus procuradores abaixo assinados,
vem à presença de Vossa Excelência, inconformado com a R. decisão
proferida, interpor tempestivamente,
RECURSO INOMINADO
com fulcro nos arts. 41/46 da Lei nº 9.099/95, e
requerendo que seja remetido para a Egrégia Turma Recursal do Estado
do Paraná-PR, com as razões inclusas, a fim de que sejam conhecidas e
providas, operando-se, data venia, a reforma da R. sentença, por ser de
direito.

Toledo - PR, 20 de Fevereiro de 2019.

MARIA INÊS PRZYBYSZ DE PAULA


OAB-PR 18.934
ALEXANDRE ZILCH
OAB-PR 87.067
ROBSON FERNANDO SILVA
OAB-PR 74.133

Rua Rui Barbosa, nº 2992, Jd. Gisela - CEP 85.905-060 – Toledo - Paraná
fone/fax: (45) 3252-6850 – e-mail: adprev@uol.com.br
Maria Inês Przybysz de Paula
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RAZÕES DE RECURSO

Autos: 5002786-51.2018.4.04.7016/PR
Recorrente: AILTON ANTUNES DE SALDANHA
Recorrido: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

Ação Previdenciária

EGRÉGIA TURMA RECURSAL

Doutos Julgadores

Em que pese a erudição do eminente magistrado


prolator da R. sentença, esta não premiou os fatos constantes no
conjunto probatório apresentado pelo recorrente, de modo que a
mesma deve ser reformada.

1. BREVE HISTÓRICO DOS FATOS

O autor está afastado de suas


atividades desde quando foi diagnosticado com Hanseníase, forma
indeterminada (CID A30.0) e recebeu benefício de aposentadoria por
invalidez com DER em 05/12/2005, com indicação da perícia médica
da autarquia (PROCADM fl. 31), de impossibilidade de recuperação.

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Porém teve seu benefício cessado em


29/03/2018 sob alegação de que não foi constatada a persistência da
invalidez, o que, por óbvio não corresponde ao quadro clínico atual do
autor.

O MM. Juiz ao proferir a sentença, concluiu pela


improcedência do pedido, entendendo que “(...)Depreende-se das
condições pessoais do autor que este realizou curso superior que lhe
garante o status de tecnólogo em negócios imobiliários, possuindo
conhecimento aprofundado do mercado de imóveis e aptidão para atuar
como corretor registrado junto ao CRECI-PR. Destarte, verifica-se que,
apesar de permanecer incapaz para a atividade de fiscal de obras, o
autor possui treinamento técnico específico para atuar em atividade
diversa, que não exige tamanho dispêndio físico e é compatível com sua
patologia, quer dizer, atividade administrativa e intelectual. Assim, no
que tange ao auxílio doença/aposentadoria por invalidez, não faz jus a
parte autora a tais benefícios, uma vez que não está incapaz para
desempenhar atividade para qual possui domínio. Observa-se do laudo
pericial (ev. 14) que a parte apresenta condições psíquicas dentro da
normalidade, não havendo quaisquer indícios de incapacidade para
atividades administrativas. Ademais, ainda que cabalmente constatada,
a dificuldade em ser inserido no mercado de trabalho não enseja a
recebimento de benefícios incapacitantes por parte do segurado, pois
inexistente previsão legal neste sentido. Dessa forma, conclui-se que a
parte autora não faz jus à cobertura previdenciária reclamada.
Comprovada a ausência da incapacidade laboral atual para atividade de
seu domínio, bem como a impossibilidade de aposentadoria por

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invalidez, impositivo o julgamento pela improcedência do feito. Ante o


exposto, resolvendo o mérito, nos termos do art. 487, I, CPC, julgo
improcedente o pedido.”

A R. sentença necessita de reforma uma vez que


segurado não tem condições de trabalho em qualquer atividade
destinada.

1. DO CASO CONCRETO

No caso dos autos, entende o recorrente,


permissa venia, que o nobre magistrado equivocou-se ao analisar os
fatos do caso concreto.

Constata-se, no caso concreto, que o requerente


possui Hanseníase de forma indeterminada, diagnosticado em 1993,
tendo sido submetido a poliquimioterapia PQT – MB adulto 24 doses.
Devido ao quadro reacional tipo II. Ficou com sequelas de deformidade
em membros superiores e inferiores, conforme constatado nas perícias,
sendo que não houve melhora em seu quadro. Considerando a natureza
da enfermidade do autor, entendemos que não há como haver sua
reinserção no atual mercado de trabalho, já que o mesmo não está apto
a fazer esforço físico como também não deve ficar exposto ao sol, não
podendo ficar muito tempo sentando ou em pé.

Observa-se, ainda, que houve tentativa por


parte da empregadora, a Prefeitura Municipal de São Pedro do
Iguaçu/PR, de sua transferência para funções administrativas, porém as

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condições do autor não permitiram que houvesse essa readaptação em


nova função, uma vez que o segurado é servidor público.

Observa-se que a Lei Nº 649, de 03 de


outubro de 2011, que dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores
Públicos do Município de São Pedro do Iguaçu, é clara ao afirmar que se
o servidor for julgado incapaz para o serviço público o mesmo deverá
ser aposentado.

Seção VI
Da Readaptação
Art. 21. Readaptação é a investidura do servidor
em cargo de atribuições e responsabilidades
compatíveis com a limitação que tenha sofrido
em sua capacidade física ou mental verificada
em inspeção médica.

§1º Se julgado incapaz para o serviço


público, o readaptando será aposentado.

§2º A readaptação será efetivada em cargo de


atribuições afins, respeitada a habilitação
exigida, nível de escolaridade e equivalência de
vencimentos e, na hipótese de inexistência de
cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições
como excedente, até a ocorrência de vaga.

A aposentadoria por invalidez se constitui em


benefício concedido ao servidor público em razão de o mesmo

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encontrar-se incapaz permanentemente para o exercício das


atribuições DE SEU CARGO.

Evidenciando-se, assim, sua diferenciação com


relação ao mesmo benefício oferecido aos segurados do INSS, uma vez
que, no Regime Geral exige-se que a incapacidade laboral permanente
seja para o exercício de toda e qualquer atividade laboral.

Isso porque, na iniciativa privada o cidadão pode


exercer atividades profissionais em qualquer segmento. No serviço
público essa possibilidade não existe, já que o cidadão ao ser
aprovado no concurso público limita sua atuação às atribuições
definidas em Lei para seu cargo efetivo.

Portanto inconcebível que se cogite a ideia de


que um servidor concursado que tenha entrado no serviço público nos
anos 90, contraído uma doença extremamente grave e que agora não
tem mais condições de exercer suas funções no próprio serviço público
seja obrigado a exonerar-se e buscar nova ocupação, sob o pretexto de
ter realizado curso superior e que, portanto, estaria reabilitado para
funções fora do âmbito do serviço público.

Ademais o Artigo 29 em seu parágrafo único da


mesma Lei indica as possibilidades de exoneração de ofício de servidor:

I - quando não satisfeitas as condições do


estágio probatório;
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não
entrar em exercício no prazo estabelecido;

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III - quando, não aprovado em avaliação


periódica de desempenho.

Em nenhuma delas enquadra-se o segurado, e,


do mesmo modo as modalidades de demissão por parte do ente público
não se enquadra quanto ao caso concreto:

I - crime contra a administração pública;


II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa;
V - incontinência pública e conduta escandalosa,
na repartição;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a
particular, salvo em legítima defesa própria ou
de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX - revelação de segredo do qual se apropriou
em razão do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do
patrimônio municipal;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou
funções públicas;
XIII - transgressão dos incisos IX a XIV do Art.
95.

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E de modo algum pode ser exigido que um


servidor de carreira peça exoneração por estar acometido de
doença grave, elencada, inclusive na Lei 8.112 que serve de
base para todo regramento jurídico do funcionalismo público,
que em seu Art. 186, I, § 1º que diz que o servidor será
aposentado por invalidez permanente nos casos de doenças
graves:

“Consideram-se doenças graves, contagiosas ou


incuráveis, a que se refere o inciso I deste
artigo, tuberculose ativa, alienação mental,
esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira
posterior ao ingresso no serviço público,
HANSENÍASE, cardiopatia grave, doença de
Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave,
estados avançados do mal de Paget (osteíte
deformante), Síndrome de Imunodeficiência
Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar, com
base na medicina especializada”.

Ainda que se cogite o segurado, em suas


condições atuais de saúde, exonerar-se e aventurar-se no ramo
imobiliário, esta é uma função que devido a incapacidade resultantes
das sequelas que possui, não está apto a realizar.

A profissão de Técnico em Transações


Imobiliárias está regulamentada pela Lei 6.560 de 12/05/1978. É
competência do Técnico em Transações Imobiliárias a intermediação na

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compra, venda, permuta e locação de imóveis, podendo opinar quanto


ao valor de mercado dos bens imóveis.

Assim, um tecnólogo em negócios imobiliários


nada mais é que um corretor de imóveis, com atribuições semelhantes,
com deveres e obrigações semelhantes, pois o mesmo precisa atender
os clientes, prospectar clientes em ambiente interno e externo, visitar
edificações, levar os clientes para visitar os imóveis, fazer medições
para avaliação do mesmo e enfim, uma série de outras obrigações
inerentes a função.

A maior parte do tempo dispendido para estas


obrigações é em ambiente externo, caminhando, ficando períodos
longos em pé e sob o sol, exatamente o que o laudo pericial aponta que
o segurado não está apto a fazer.

Há que se lembrar também que o segurado,


devido as sequelas nas mãos, não tem a destreza para escrever os
relatórios de visita detalhados que são uma parte da sua função como
corretor bem como para utilizar o computador com alguma destreza ou
agilidade. Quanto a parte administrativa, a própria Prefeitura de São
Pedro do Iguaçu fez o remanejamento do segurado, e entendeu não ser
possível que o mesmo desempenhasse função administrativa.

O magistrado em sua r. decisão, invoca que a


nova função não necessitaria de esforço físico, mas somente intelectual
e administrativo. Com todas as devidas vênias, a função de tecnólogo
ou corretor de imóveis não se caracteriza por ficar atrás de uma mesa
tendo uma conversa amigável com clientes. A vida de tecnólogo ou

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corretor de imóvel é na rua, andando, dirigindo, prospectando imóveis,


colocando placas indicativas de venda, aluguel e afins, levando clientes
para conhecer imóveis, avaliando imóveis e assim por diante. Não se
pode esperar que com todas as limitações físicas que tem o recorrente,
possa se pensar que o mesmo esteja reabilitado para exercer esta
profissão ou alguma outra na área, pois em hipótese alguma está.

Ainda que se possa pensar que o segurado não


vá trabalhar externamente o dia inteiro, pode-se afirmar com segurança
que a realidade da profissão é esta.

O tecnólogo ou corretor aufere seus


vencimentos das comissões de venda, aluguel ou intermediação, então
é necessário andar, ou como se diz no jargão popular, é necessário
“correr atrás”, e não ficar sentado atrás de uma mesa. Ainda mais se
considerarmos os dados demográficos da cidade de São Pedro do
Iguaçu, percebe-se que é uma cidade que tem uma população, no
último censo em 2010, composta de 6.492 habitantes estimativa de
5.976 em 2018 segundo dados do IBGE.

Vamos exigir do segurado, além da exoneração


do cargo público de longa data, o qual tem estabilidade, também uma
mudança de cidade para que possa poder trabalhar? Senhores, não
estamos discutindo aqui um segurado jovem que decide deixar a
carreira pública e aventurar-se em outra cidade sendo totalmente
capaz. Discutimos sobre a vida de um segurado com extensas sequelas
de uma grave doença, que é funcionário público que não consegue mais
exercer as funções para as quais prestou concurso, bem como qualquer
outra que possa vir a lhe ser oferecida.

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As sequelas como se pode ver pelos exames e


laudos anexos ao processo, são extensas não permitindo que, ao
contrário do que julgou o Magistrado a quo em sentença, o segurado
esteja reabilitado, ou que realmente possa desempenhar alguma
atividade relacionada com o proposto e que lhe garanta um mínimo de
dignidade.

O direito previdenciário construiu-se


historicamente como consectário do direito do trabalho, tendo em vista
que incorpora garantias públicas de proteção social do trabalhador em
razão da vida dedicada ao trabalho subordinado, via de regra por meio
da sujeição à relação de emprego.

Apesar da divisão de competências jurisdicionais


processuais arbitradas no Art. 109 da Constituição da República, a
disciplina previdenciária persiste intimamente ligada, na matéria, em
seus motivos Constitucionais essenciais e nas suas finalidades de
proteção do trabalhador, ao direito do trabalho.

É porque um dos princípios fundamentais de


interpretação do direito do trabalho ganhou vigência plena no direito
previdenciário, mesmo após o aprofundamento da autonomia didática
entre uma e outra disciplinas: O PRINCÍPIO DA NORMA MAIS
FAVORÁVEL.

Para Maurício Godinho Delgado, Ministro do TST


e jurisconsulto conclamado em matéria trabalhista, “o presente princípio
dispõe que o operador do Direito do Trabalho deve optar pela regra

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mais favorável ao obreiro em rês situações ou dimensões distintas: no


instante de elaboração da regra (princípio orientador da ação legislativa,
portanto) ou no contexto de confronto entre regras concorrentes
(princípio orientador do processo de hierarquização de normas
trabalhistas) ou, por fim, no contexto de interpretação de regras
jurídicas (princípio orientador do processo de revelação do sentido da
regra trabalhista)”. 1 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do
Trabalho. 5ª ed. São Paulo: LTr, 2006. p.199

Deste princípio decorre, em análise integrativa,


o direito ao benefício mais vantajoso na interpretação do direito
previdenciário.

Na dimensão do contexto de confronto entre


regras concorrentes, como por exemplo a regra transitória e a definitiva
da qual decorram efeitos distintos, deve prevalecer a que extraia efeitos
mais favoráveis: “como critério de hierarquia, permite eleger como
regra prevalecente, em uma dada situação de conflito de regras, aquela
que for mais favorável ao trabalhador, observados certos procedimentos
objetivos orientadores”.

O princípio da prevalência da norma da regra


mais benéfica para o trabalhador irradia, portanto, sobre o direito
previdenciário, com efeito na jurisprudência da Suprema Corte e,
inclusive, na própria orientação administrativa interna da Previdência
Social.

Por meio dele protege-se não apenas o direito


adquirido, mas também o direito ao melhor benefício, dentre as

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regras vigentes no momento de implementação de todas as condições


para gozar das prestações correlatas.

Com as mudanças periódicas na legislação, há


situações de direito adquirido em que persiste a eficácia de legislação
revogada, ou de diferentes matrizes de cálculo, pelo direito
concomitante a diferentes espécies de benefício, ou índices distintos ou
regras distintas de cálculo do salário-de-benefício, dada a possível
vigência de regras transitórias que podem ser mais ou menos
vantajosas, a depender do caso concreto, que a lei nova.

4. REQUERIMENTO

ANTE O ACIMA EXPOSTO, o recorrente,


respeitosamente, requer o conhecimento e provimento do presente
Recurso, reformando-se a R. sentença de primeiro grau, a fim de:

a) Reconhecer o direito à Aposentadoria por


Invalidez ao segurado.

b) Julgar procedente o pedido com a concessão


da aposentadoria ao autor com pagamento
dos valores vencidos desde o cancelamento
do benefício em 29/03/2018.

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c) A condenação do recorrido ao pagamento das


custas processuais e dos honorários de
sucumbência.

Termos em que Pede e espera PROVIMENTO.

Toledo-PR, 19 de Fevereiro de 2019.

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