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EDUCAÇÃO E TERAPIAS

Instruções Sobre a Abordagem do


Comportamento Verbal

Mary Lynch Barbera, RN, MSN, BCBA


Mary Lynch Barbera, RN,
MSN, BCBA

MMMary Lynch Barbera, RN,


MSN, BCBA oferece uma
perspectiva única tanto como
mãe de uma criança com au-
tismo, quanto como uma pro-
fissional. Desde o diagnóstico
de seu filho, um dia antes de
seu terceiro aniversário, Mary
concentrou sua atenção e
pesquisa em autismo e trans-
tornos relacionados. Ela se
tornou Board Certified Beha-
vior Analyst em 2003 e desde
então trabalha como Analista
Líder de Comportamento para
o Projeto de Comportamento
Verbal da Pensilvânia.

Para mais informações,


acesse: www.vbapproach.com
A História de Henry
Henry T. fará quatro anos no mês que vem e foi diagnosticado com
Transtorno do Espectro Autista (TEA) seis meses atrás. Ele frequenta
um programa de educação infantil à tarde para crianças com autismo
quatro dias por semana e também recebe terapia de fala e ocupacio-
nal na escola. A mãe de Henry relata que ele consegue pedir vários
alimentos e bebidas se estiverem à vista e até mesmo dizer frases
inteiras em ocasiões como, “Eu quero ir para casa”, ou, “Não consigo
abrir isso”. A senhora T. também afirma que não consegue fazer com
que Henry fale; ele apenas rotula as coisas se quiser e não repete ne-
nhuma palavra ou responde a nenhuma pergunta. Henry também tem
problemas para imitar ações motoras e geralmente não obedece a
instruções receptivas como, “Vá buscar seus sapatos”, ou, “Encoste
em sua cabeça”. Não é de surpreender que Henry tenha muitas birras
quando adultos tentam fazer com que ele se sente e aprenda alguma
habilidade.
A Sra. T é como muitos pais com filhos no espectro autista. Ela
sabe que seu filho tem muito a aprender, mas não sabe por onde co-
meçar ou como incentivar o aprendizado sem fazer com Henry exiba
comportamentos problemáticos. A boa notícia é que Henry fala e, às
vezes, sua linguagem é bastante complexa. Mas, independentemente
de seu filho falar ou não, os mesmos procedimentos podem ser
usados para obter concordância e fazer com que seu filho se comuni-
que e aprenda mais habilidades!
A Abordagem do Comportamento Verbal

Eu escrevi um livro intitulado A Abordagem do Comportamento


Verbal: Como Ensinar Crianças com Autismo e Transtornos Relacionados
(Barbera & Rasmussen, 2007) para ajudar pais como a Sra. T., bem como
profissionais que são novos nessa abordagem. O livro foi escrito através
da minha perspectiva tanto como mãe de um filho com autismo, quanto
como uma Board Certified Behavior Analyst (BCBA). Enquanto uma pe-
quena parte do meu livro se concentra na minha história, a maior parte
fornece aos pais e profissionais um guia passo a passo para começar com
um programa de Comportamento Verbal (VB). Como uma profissional que
trabalhou com centenas de crianças com autismo nos últimos anos, des-
cobri que a Abordagem do Comportamento Verbal é o melhor tipo de pro-
grama de Análise de Comportamento Aplicada (ABA) para ensinar crian-
ças com autismo e outros atrasos e deficiências de desenvolvimento.
Muitas vezes me perguntam, "Qual é melhor, ABA ou VB?". Eu digo que
isso seria como perguntar, "Qual é melhor, refrigerante ou Sprite?". Em
suma, ABA é a ciência de mudar o comportamento e VB é um tipo de ABA,
assim como a Sprite é um tipo de refrigerante. Como BCBA, eu sigo os
princípios da ABA em primeiro lugar, mas também uso a análise do com-
portamento verbal de B.F. Skinner (ou, em termos mais simples, a Aborda-
gem do Comportamento Verbal) ao avaliar e ensinar habilidades de lin-
guagem e aprendizado.
Depois de trabalhar com muitas crianças e alguns adultos no espec-
tro autista, descobri que a implementação de técnicas ABA/VB cientifica-
mente comprovadas resulta em melhorias no comportamento, linguagem
e habilidades de aprendizagem, independentemente do nível de idade ou
habilidade da criança. Neste artigo, proponho os passos iniciais que reco-
mendo para pais como a Sra. T. e profissionais como o professor de Henry
que querem começar a usar a Abordagem do Comportamento Verbal.
Comportamento Verbal
História e Definições

Primeiro, quero esclarecer alguma confusão sobre o Comporta-


mento Verbal (VB) contando um pouco da história. Em 1957, B.F. Skinner
escreveu seu clássico livro intitulado Verbal Behavior, que descrevia a
linguagem como um comportamento e definia o comportamento verbal
como qualquer comportamento mediado por um ouvinte. Uma coisa a se
ter em mente é que uma criança não precisa falar para ser “verbal”, já que
o comportamento verbal inclui gestos, linguagem de sinais, troca de fotos
e apontar. Uma criança que cai no chão ou te belisca também está exibin-
do um comportamento verbal. Enquanto um ouvinte estiver presente e
uma criança estiver exibindo algum comportamento para se comunicar,
esse comportamento será verbal. Em Verbal Behavior (1957), Skinner
cunhou o termo “operante verbal” e criou nomes para os quatro operantes
verbais: mando, tato, ecóico e intraverbal. Esses quatro operantes ver-
bais, de acordo com Skinner, eram as partes do comportamento verbal
que os linguistas tradicionais frequentemente chamam de “linguagem
expressiva”. Ele também descreveu o “ouvinte respondendo”, que é equi-
valente à linguagem receptiva.
Muitos de vocês podem ter
ouvido coisas como, “O seu filho
tem uma idade de linguagem ex-
pressiva de alguém com 2,3 anos e
uma idade de linguagem receptiva
de alguém com 3,0 anos”. Isso basi-
camente significa que seu filho se
comunica expressivamente ou
“fala” como uma criança um pouco
mais velha do que dois anos de
idade e “entende” a linguagem e
pode seguir instruções semelhan-
tes a uma criança de três anos de
idade. Como mencionei anterior-
mente, B.F. Skinner cunhou os
termos mando, tato, ecóico e intra-
verbal. Embora estes possam ini-
cialmente confusos, já que não são
termos que você usa todos os dias,
esses quatro operantes verbais
tornam a análise da linguagem ex-
pressiva muito mais clara. Mais im-
portante ainda, ao avaliar os pontos
fortes e as necessidades de uma
criança utilizando esses operantes
verbais, pais e profissionais geral-
mente são capazes de direcionar as
habilidades, o que na maioria das
vezes leva a uma melhor linguagem
e habilidades de aprendizado.
O Mando

Vamos começar analisando o mando, já que este é o mais crítico de


todos os operantes verbais. Um mando é um pedido e você pode se re-
cordar disso lembrando-se de ”demanda”. Uma criança (ou um adulto de
qualquer nível de habilidade) exige itens (por exemplo, “Eu quero suco”),
atenção (por exemplo, “Olhe para mim, mamãe!”) e informações (por
exemplo, “Onde estão meus sapatos?”). No entanto, um mando não pre-
cisa envolver fala, pois as crianças podem usar um sistema de lingua-
gem aumentativa, como linguagem de sinais, troca de imagens ou um
dispositivo para fazer uma solicitação ou um mando. O mando é o ope-
rante verbal mais importante porque envolve algum nível de motivação
por parte do solicitante. Por exemplo, se estou com sede, posso pedir
suco ou outra bebida. Se estiver atrasado e não conseguir encontrar
meus sapatos, posso pedir informações ao meu marido sobre a locali-
zação dos meus sapatos. Mandos são importantes tanto para o item,
atenção ou informação geralmente dada após um mando servir como
um reforçador direto. Se uma criança é incapaz de pedir as coisas que
ela quer, isso geralmente causa problemas de comportamento. Por
todas estas razões, ensinar as crianças a fazer um mando precisa ser a
maior prioridade.
Outros Operadores Verbais

O tato é o próximo operante verbal - você pode se lembrar disso pensando


em entrar em “contato” com algo no ambiente. Basicamente, um tato é um
rótulo de algo que entra em contato com um dos seus sentidos. Embora os
tatos sejam frequentemente rótulos de imagens ou itens (mostre uma
imagem de um carro e o tato da criança será “carro”), um tato também
pode ser algo que é ouvido (“Eu escuto a campainha”), cheirado (“Eu sinto o
cheiro de café”), provado (“Isto tem sabor salgado”) ou tocado (“Isto está
molhado”). Embora os tatos sejam muito importantes para ensinar, você
precisa primeiro começar a ensinar as crianças a realizar mandos de
itens altamente motivadores. Uma criança deve ser ensinada a realizar
um tato somente depois que ela puder realizar o mando de vários itens de
reforço, como água, bola, carro e bolhas.

Ecóicos são fáceis de se lembrar pensando em um “eco”; é quando um


adulto diz algo e a criança diz a mesma palavra ou frase de volta. A maioria
das crianças em desenvolvimento aprende a maior parte do idioma devido
à sua forte capacidade de ecoar. Você diz a uma criança sem atrasos de lin-
guagem, “Isto é um trator”, e ela repete, “Trator”. Depois de uma ou duas
vezes de ouvir e ecoar a palavra “trator”, ela sabe o que é um trator. As
crianças com autismo tendem a não imitar bem e muitas vezes não são ca-
pazes de imitar ou ecoar palavras. Essa é uma habilidade crítica e muitas
vezes vemos que, uma vez que podemos fazer com que crianças vocais
ecoem ou crianças não vocais imitem a língua de sinais, as portas às vezes
se abrem e as habilidades de linguagem e aprendizado melhoram drama-
ticamente.

O último dos quatro operantes verbais é o intraverbal; é a resposta a per-


guntas. Se eu perguntar a uma criança, “Quantos anos você tem?”, eu esta-
ria exigindo informações e sua resposta, “Cinco”, seria um intraverbal.
Este é o operante verbal mais difícil e o último a se desenvolver, mesmo
em crianças que estão tipicamente em desenvolvimento. As habilidades
intraverbais mais fáceis geralmente são preenchidas por músicas. Logo,
quando digo, “O sapo não lava o ___”, e pausar depois de cantar, “lava o”, a
criança que diz ou canta, “pé”, está dando uma resposta intraverbal.
Operadores Não Verbais

Além dos quatro operantes verbais, o ouvin-


te em desenvolvimento que responde ou a
área de habilidades receptivas em crianças
com autismo também é muito importante.
Embora não seja um operante verbal, é
muito importante que todas as crianças
aprendam a responder, “Vá buscar seus sa-
patos”, “Encoste no avião”, ou, “Onde está
sua cabeça?”. Essas habilidades não envol-
vem nenhuma fala vocal e levarão a melhor
cumprimento e compreensão para todas as
crianças. Dois outros operantes não verbais
importantes para as crianças com autismo
incluem habilidades de desempenho visu-
al/combinação e imitação. Como as habili-
dades de resposta de ouvinte, há uma
grande vantagem em trabalhar habilidades
de imitação e combinação, especialmente
com alunos iniciantes com habilidades mí-
nimas de linguagem. As habilidades recepti-
vas, de imitação e de combinação são mais
facilmente solicitadas do que os operantes
verbais, de forma que a criança possa
aprendê-las mesmo que ainda não tenha
nenhuma fala. Quando as crianças ganham a
capacidade de seguir as orientações dos
adultos, as habilidades de linguagem e
aprendizado geralmente são aceleradas.
Comportamento Verbal de Henry
Vamos dar outra olhada em Henry. Embora tenha levado alguns meses
para Henry adquirir a habilidade de mando, ele agora pode realizar
mandos por vários itens quando estão à vista. Ele pode pedir por coisas
como suco, biscoito e panqueca. Ocasionalmente, ele realiza um mando
até mesmo com frases completas, como, “Eu quero ir para casa”. Há
muitas coisas, no entanto, que ele ainda tem dificuldade em pedir
porque não sabe o nome do item ou porque está fora de vista. Além de
precisar de muito trabalho para aumentar sua capacidade de realizar
mando por itens tanto dentro quanto fora de vista, Henry também preci-
sa aprender a realizar mando por ações, atenção e informações.
Embora a capacidade de Henry realizar mandos por alguns itens en-
quanto estão à vista é uma ótima habilidade inicial, há muito trabalho a
ser feito para construir esse operante, por isso o mando deve continuar
sendo o foco central da programação de Henry no futuro. Se o mando
não for o foco, os comportamentos problemáticos irão permanecer, e a
linguagem e o aprendizado de Henry provavelmente não irão progredir
às taxas ideais.

Enquanto Henry tem alguma habilidade para realizar mandos, ele de-
monstra habilidades muito fracas nos outros três operantes verbais
(habilidades de tatos, ecóicas e intraverbais). Neste ponto, Henry não é
capaz de realizar tatos de forma confiável ou responder a qualquer per-
gunta. Por mais que ele goste de cantar algumas frases de algumas mú-
sicas, ele ainda não é capaz de preencher palavras quando um adulto
tenta evocar o comportamento intraverbal. Henry também não conse-
gue ecoar um adulto sob comando.

Além disso, Henry também exibe habilidades limitadas nas áreas não
verbais dos operadores (habilidades receptivas, de imitação e de com-
binação). As habilidades de resposta de ouvinte de Henry estão muito
atrasadas; ele não consegue encostar em suas partes do corpo ou
pegar seus sapatos se um adulto o orientá-lo. Henry é capaz de comple-
tar quebra-cabeças muito simples, mas requer alguma ajuda para
montar os mais complexos. Henry também não costuma ecoar ações ou
movimentos de adultos ou crianças.
O Começo da Programação
ABA/VB para Henry

Analisando as habilidades e fraquezas de Henry nos operantes verbais,


bem como suas habilidades como ouvinte e outras habilidades não ver-
bais, podemos agora determinar a melhor maneira para seus pais e pro-
fissionais que trabalham com ele o ajudarem a melhorar suas habilidades
de linguagem e aprendizado.

Como dito anteriormente, as habilidades de mando de Henry precisam


ocupar o centro do palco. A Sra. T. e outros que trabalham com Henry
devem continuar a encorajar (mas não exigir) que ele diga as palavras dos
itens que deseja. Como ninguém pode forçar qualquer criança a falar, os
adultos que trabalham com Henry devem simplesmente dizer o nome do
item algumas vezes antes de lhe dar o item usando um procedimento co-
nhecido como emparelhamento. Por exemplo, se você estiver na porta e
Henry quiser sair, capture essa motivação estando em frente à porta e
diga, “Abra, abra, abra”, com 1-2 segundos de espaço entre cada palavra.
Diga as palavras em um tom mais lento e animado. Se Henry ecoar, “Abra”,
depois que ele dizer isso pela primeira vez, abra rapidamente a porta e o
elogie, faça cócegas e outros reforços, além de abrir a porta. No entanto, se
ele não disser nada, diga apenas, “Abra”, cerca de três vezes e abra a porta.
Não espere muito tempo ou peça a Henry que fale, pois você não quer que
ele fique frustrado e exiba um comportamento problemático.
Além de introduzir oportunidades de mando ao longo do dia, como
quando Henry quer abrir uma porta, a Sra. T. também deve tentar se
sentar com Henry pelo menos uma vez por dia em uma pequena mesa e
cadeiras para realizar sessões de mando. Essas sessões de mando, que
podem começar com apenas alguns minutos por dia, irão acabar se
transformando em sessões de ensino mais longas e intensivas. As ses-
sões de mando são explicadas em maior detalhe no meu livro, mas, de
forma muito simples, elas envolvem oportunidades de mando inventa-
das para dar a Henry a tarefa pela qual realizar um mando. Por exemplo,
se ele gosta de biscoitos, bolhas e carros, além de ser jogado para o alto
e já usou essas palavras no passado, esses três itens e uma ação seriam
utilizados durante as sessões de mando. Ao preparar a sessão de mando,
a Sra. T. quebraria o biscoito em vários pedaços pequenos e iria separar
cinco ou seis carros pequenos, assim como o frasco com as bolhas de
sabão. Ela pode começar segurando um pedaço de biscoito e dar para
Henry enquanto diz “Biscoito, biscoito, biscoito”. Quando Henry pega o
próximo pedaço de biscoito, a Sra. T. pode segurar o pedaço por um se-
gundo e modelar a palavra, “biscoito”, para ver se Henry a ecoa. Se ele
não disser nada pelo terceiro modelo, a Sra. T. deve dar o biscoito a ele.

A programação para ensinar diretamente a Henry outras habilidades,


como de tato, ecóicas e intraverbais, não deve ser o foco neste momento.
No entanto, como Henry gosta de músicas, eu recomendo cantar canções
com frequência e fazer uma pausa para deixar a última palavra de cada
frase em branco por um segundo ou dois para incentivar o preenchimen-
to intraverbal; isso pode ser feito tanto dentro como fora das sessões de
mando. Embora as habilidades de tato, ecóicas e de responder a pergun-
tas (intraverbais) sejam muito importantes, as habilidades de mando de
Henry precisam ser fortalecidas primeiro. Além disso, quando Henry se
torna disposto a aprender e começa a tomar gosto por se sentar à mesa
durante as sessões de mando, seus pais provavelmente irão perceber
suas capacidades de ecoar e de tato de itens de reforço aumentarem.
Essas habilidades serão fortalecidas através de sessões de mando.
Formulário de Avaliação
do Comportamento Verbal

Data de preenchimento.........................................................................................
Pessoa responsável pelo preenchimento.......................................................
Nome da criança.....................................................................................................
Idade...........................................................................................................................
Data de nascimento................................................................................................

Informação médica

Diagnóstico (se aplicável/conhecido) ................................................................


Idade ao receber diagnóstico................................................................................

O seu filho/filha atualmente frequenta a escola e/ou recebe alguma te-


rapia ou serviços especiais?

Sim ( ) Não ( )

Se sim, por favor, indique o nome da escola ou prestador, a frequência e


a localização dos serviços: ....................................................................................

Medicação atual: ........................................................................................................

Alergias: .......................................................................................................................

Dieta especial/restrições: .......................................................................................

Descreva os padrões de alimentação e de bebida.

Por favor, indique se a criança pode se alimentar, qual textura/tipos de


alimentos ela consome. Também liste se garrafas ou “copos mágicos”
são usados:

.......................................................................................................................................
Descreva padrões de sono:
.............................................................................................................................................
..............................................................................................................................................

Descreva problemas de uso do banheiro:


..............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................

Informação de linguagem

O seu filho/filha consegue falar alguma palavra?

Sim ( ) Não ( ) Se sim, descreva a quantidade de palavras e dê exemplos do


que ele/ela diz:
..............................................................................................................................................
..............................................................................................................................................

Se não, o seu filho/filha balbucia?

Sim ( ) Não ( ) Se sim, liste os sons que ouviu:

.............................................................................................................................................

Avaliação de mando

O seu filho/filha é capaz de pedir coisas que ele/ela quer com palavras? Bis-
coito, suco, bola, me empurre?

Sim ( ) Não ( ) Se sim, por favor, liste os itens/atividades que seu filho/filha
solicita com as palavras:

..............................................................................................................................................
.............................................................................................................................................

Avaliação de tato

O seu filho/filha é capaz de rotular as coisas em um livro ou com cartões? Se


assim for, por favor, estime o número de coisas que seu filho pode rotular e
dê até 20 exemplos:

.............................................................................................................................................
Avaliação ecóica

O seu filho/filha é capaz de imitar palavras que você diz? Por exemplo, se
você disser, “Diga ‘bola’”, ele/ela irá dizer, “Bola”? Ele/ela irá imitar frases? E
se você disser, "Eu te amo", ele/ela irá repetir, "Eu te amo"? Palavras simples
Sim ( ) Não ( )

O seu filho/filha diz coisas que ele/ela memorizou em filmes ou coisas que
ele/ela ouviu no passado? Sim ( ) Não ( )
Se sim, por favor, descreva:

.................................................................................................................................................

Avaliação intraverbal

O seu filho/filha é capaz de preencher os espaços em branco de canções?


Por exemplo, se você cantar, “O sapo não lava o _____”, ele/ela irá fizer “pé”?
Sim ( ) Não ( )

Por favor, liste as canções que seu filho/filha completa com palavras ou
frases:

..............................................................................................................................................

O seu filho/filha é capaz de preencher espaços em branco com frases diver-


tidas e/ou funcionais, como dizer, “Pintadinha”, quando ouvir, “Galinha ____”?
E ele irá dizer, “Cama”, quando ouvir, “Você dorme em uma ______”? Sim ( )
Não ( )

O seu filho/filha é capaz de responder a perguntas de “Onde”, “Como”, “O que”


(sem imagem ou dica visual)? Por exemplo, se você disser, “O que voa no
céu?”, seu filho/filha irá responder, “Pássaro”, ou, “Avião”? E ele/ela irá
nomear pelo menos três animais ou cores se você pedir? Sim ( ) Não ( )
Avaliação receptiva

O seu filho/filha responde quando você o chama pelo nome? Circule sua
resposta.

Quase sempre / Normalmente / Às vezes / Quase nunca

Se você disser ao seu filho/filha para pegar os sapatos ou copo dele/dela,


ele/ela seguirá o seu direcionamento sem gestos? Circule sua resposta.

Quase sempre / Normalmente / Às vezes / Quase nunca

Se você disser ao seu filho/filha para bater palmas ou ficar em pé, ele/ela
seguirá o seu direcionamento sem gestos? Circule sua resposta.

Quase sempre / Normalmente / Às vezes / Quase nunca

O seu filho/filha irá encostar em partes do corpo se você disser, por exem-
plo, "Encoste no nariz"?

Sim ( ) Não ( ) Se sim, por favor, liste as partes do corpo que ele/ela irá en-
costar sem nenhum gesto seu:

Avaliação de imitação

O seu filho/filha irá copiar as suas ações com brinquedos se você disser,
“Faça isso”? Por exemplo, se você pegar um carro e rolá-lo para frente e
para trás e dizer ao seu filho/filha, “Faça isso”, ele/ela irá copiar? Sim ( )
Não ( )

O seu filho/filha irá copiar os movimentos motores, como bater palmas ou


bater os pés se você fizer isso e dizer, “Faça isso”? Sim ( ) Não ( )

Avaliação visual de habilidades

O seu filho/filha irá juntar objetos idênticos com objetos, imagens com ima-
gens e imagens com objetos se você dizer a ele para “Combinar”? Sim ( )
Não ( ) Não tenho certeza ( )

O seu filho/filha é capaz de completar quebra-cabeças adequados à idade


dele/dela? Sim ( ) Não ( ) Não tenho certeza ( )
Avaliação de comportamento

O seu filho/filha pode se sentar à uma mesa ou no chão e fazer tarefas


simples com um adulto? Sim ( ) Não ( ) Não tenho certeza ( )

Por favor, liste todos os comportamentos problemáticos (choro, bater,


morder, cair no chão, fazer barulhos altos, bater na própria cabeça) que o
seu filho demonstre e você possa estar preocupado(a). Por favor, estime o
número de vezes que esses comportamentos acontecem (100 vezes/dia,
10 vezes/semana, 1 vez por dia), bem como alguns exemplos de quando o
comportamento ocorre. Descreva também quais estratégias você tentou
para controlar esses comportamentos e se essas estratégias foram
bem-sucedidas ou não:

............................................................................................................................................
...........................................................................................................................................
Materiais e Recursos Necessários
para Começar

Você pode estar se perguntando quais materiais a Sra. T. precisa para co-
meçar as sessões de mando. Além de uma pequena mesa e cadeiras que
a Sra. T. já possui, também recomendei que reunisse alguns brinquedos e
quebra-cabeças bastante simples. Enquanto alguns brinquedos (como
martelo e bolas, além de blocos de formas geométricas simples para en-
caixar) podem ter indicação de idade para uma criança muito mais nova,
esses brinquedos podem ajudar Henry a desenvolver suas habilidades e
ensiná-lo a responder a solicitações de adultos. Também sugeri que a
Sra. T. fosse a uma papelaria e comprasse duas caixas idênticas de flash-
cards simples. Isso é importante, já que será útil ter duas imagens idênti-
cas de maçãs, carros, pássaros e outras imagens de “primeira palavra”
para ensinar a Henry como combinar essas imagens e, eventualmente,
ensiná-lo a realizar tato destas cartas e responder a perguntas sobre os
itens nos flashcards.

Embora as sessões de mando possam ser feitas em qualquer lugar, eu


costumo recomendar que sejam conduzidas em uma pequena mesa, es-
pecialmente se a criança estiver em idade pré-escolar e não estiver par-
ticularmente interessada em se sentar com um professor ou pai para
aprender. É benéfico “emparelhar” uma área de mesa e cadeira através
de reforço, porque é importante ensinar a Henry que quando ele chega à
mesinha e se senta com sua mãe, terapeuta ou professor, coisas boas
acontecem. Outro benefício para se começar com sessões de mando em
uma mesa pequena é que, para muitas crianças, você pode começar a
introduzir algum trabalho e apresentar demandas muito fáceis - como
imitação de brinquedos, quebra-cabeças simples ou atividades de com-
binação - entre os mandos. Sessões de ensino mais intensivas e mais
longas podem ocorrer quando Henry estiver empolgado para chegar à
mesa e cumprir as tarefas simples sem problemas de comportamento.
Programação ABA/VB Mais Intensiva

Estudos mostram que crianças com autismo, para ter um progresso


ideal, precisam de 30-40 horas por semana de programação ABA em
casa e/ou na escola, com terapeutas bem treinados e supervisão por
profissionais qualificados. Mas, por uma variedade de razões, incluindo a
falta de profissionais qualificados e restrições financeiras, muitas famí-
lias não conseguem implementar programas ABA completos. Este
artigo ilustra, no entanto, que mesmo sem implementar 30-40 horas por
semana de programação ABA, existem diversas técnicas cientificamen-
te comprovadas que pais e professores podem usar imediatamente para
ajudar as crianças.

Embora o breve formulário de avaliação incluído neste artigo (adaptado e


reimpresso do meu livro com a permissão de Jessica Kingsley Pu-
blishers) te ajude a identificar os pontos fortes e as necessidades do seu
filho, uma ferramenta de avaliação mais aprofundada provavelmente
será necessária antes de começar uma programação ABA/VB intensiva.
O Programa de Avaliação e Colocação de Marcos do Comportamento
Verbal (VB-MAPP) (Sundberg, 2008) é uma nova ferramenta de avaliação
que eu recomendo. A Avaliação de Linguagem Básica e Habilidades de
Aprendizagem (ABLLS) (Partington e Sundberg, 1998) e a ABLLS-Revi-
sada (Partington, 2006) são outras ferramentas de avaliação de VB que
também são úteis e comumente usadas. Para avaliar com precisão o uso
de uma dessas ferramentas e programar com mais eficácia para o seu
filho, aconselha-se fortemente a consulta a um BCBA familiarizado com
a análise de Skinner do comportamento verbal. As ferramentas de ava-
liação listadas acima estão disponíveis em www.difflearn.com e infor-
mações sobre BCBAs podem ser encontradas em www.bacb.com.
Outras Recomendações

Além de recomendar a Sra. T. que inicie ses-


sões de treinamento por períodos curtos
todos os dias e incorporar quebra-cabeças
fáceis, habilidades de imitação e de combi-
nação nessas sessões, também dei a ela al-
gumas estratégias gerais que acredito
serem úteis para todos os pais e profissio-
nais que desejam começar a usar a Aborda-
gem do Comportamento Verbal.

1. Seja positivo com o seu filho. Tente usar


oito formas positivas (“Bom trabalho ao falar
suco!”) para cada negativa (“Não, não faça
isso”).

2. Concentre-se no emparelhamento do am-


biente de ensino, materiais e pessoas com
altos níveis de reforço, fornecendo muitos
reforços sem esforço ou trabalho necessá-
rio.

3. Torne o mando (solicitação) a peça central


do programa do seu filho.

4. Reduza as exigências, fornecendo instru-


ções que sejam fáceis e que possam ser so-
licitadas.

5. Rotule as coisas ao longo do dia com


frases de uma ou duas palavras em um tom
levemente enfatizado e que seja mais lento e
mais animado (por exemplo, “Vaca, vaca,
vaca”, enquanto você estiver entregando ao
seu filho uma peça de quebra-cabeça de
vaca; “Desce, desce, desce”, enquanto você e
seu filho estiverem descendo as escadas).

6. Seja sempre gentil com seu filho. Não grite


ou use força física para obter concordância.
Ao tornar o ambiente mais positivo e reduzir as demandas, seu filho pro-
vavelmente será mais feliz e mais disposto a aprender. Além disso, se
você bombardear o ambiente do seu filho com muitas palavras isoladas
em um tom enfatizado e animado, ele poderá começar a ler algumas pa-
lavras sem muito esforço. Finalmente, e mais importante, um foco
pesado em mando irá ajudar seu filho a aprender que, se ele falar (ou
usar sinais ou troca de fotos), ele conseguirá coisas boas. Esse “conse-
guir coisas boas” - ou reforço - provavelmente levará a uma melhoria na
linguagem e nas habilidades de aprendizado. Ao avaliar os pontos fortes
e as necessidades do seu filho em termos dos operantes verbais e não
verbais, e utilizando estratégias ABA/VB comprovadas, você estará no
caminho certo para começar a usar a Abordagem do Comportamento
Verbal.
Referências

Barbera, M.L. & Rasmussen, T. (2007). The verbal behavior approach:


How to teach children with autism and related disorders. London: Jessi-
ca Kingsley Publishers.

Partington, J.W. (2006). The assessment of basic language and learning


skills—Revised. (TheABLLS-R). Pleasant Hill, CA: Behavior Analysts,
Inc.

Partington, J. W., & Sundberg, M. L. (1998). The assessment of basic lan-


guage and learning skills (The ABLLS). Pleasant Hill, CA: Behavior
Analysts, Inc.

Skinner, B.F. (1957). Verbal Behavior. New York: Appleton-Century.

Sundberg, M (2008). The Verbal Behavior Milestone Assessment and


Placement Program: (The VB-MAPP). Concord, CA: AVB Press.

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