You are on page 1of 174

SUMÁRIO

INFORMÁTICA ........................................................................................... 4

GRAMÁTICA ............................................................................................ 65

DIREITO ADMINISTRATIVO .................................................................. 107

DIREITO CONSTITUCIONAL .................................................................. 130

REDAÇÃO OFICIAL ................................................................................ 148

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br


LÉO MATOS
Professor de Informática com Experiência de mais de
12 Anos em Preparação para Concursos Públicos. Autor
dos Livros: Informática para Passar e Informática
Essencial para Provas e Concursos. Fundador do
Projeto Estúdio Aulas e Espaço Campus. Atualmente,
Ministra Informática nas maiores escolas para
concursos do Brasil. Graduado e Pós-graduado na área
de Tecnologia da Informação.

Olá, Aluno! Tudo bem? Sou o professor Léo Matos e vamos iniciar nosso curso de

Informática! Tenho certeza que o curso que estamos prestes a iniciar fará bastante
diferença nos seus estudos! Vamos que vamos!

4
1. WINDOWS
Aluno, em muitos editais publicados pelo CESPE vocês irão perceber que no
edital não é expresso a versão do Windows que será cobrada na prova, como
podemos observar no edital de 2013!

O que fazer nesta situação?

Sempre recomendo que estudem o que é comum para as versões mais atuais,
que seriam as versões 7, 8 e 10. Claro que também é importante aprender as
inovações propostas pelas novas versões, ou seja, aquilo que difere as mesmas.

1.1 CONCEITO DE WINDOWS

O Windows é um sistema operacional da Empresa Microsoft Corporation! Você

deve estar me perguntando agora: O que é um Sistema Operacional,


professor?

5
É um programa responsável por gerenciar os recursos do computador,
preparando-o para o funcionamento. O Windows gerencia memória, processos e
periféricos (mouse, teclado, impressora etc.).

ATENÇÃO, ALUNO

Um computador só poderá ser operado por um usuário, após ser instalado


um Sistema Operacional.

1.2 CARACTERÍSTICAS

a) Multitarefas e Multiusuários:

 Multitarefa: em um sistema multitarefa o tempo de processamento é


repartido entre as diversas tarefas, dando a impressão ao usuário que elas são
executadas simultaneamente. No sistema multitarefas podemos executar várias
tarefas ao mesmo tempo como por exemplo, imprimir e escutar música, escutar
música e digitar um texto.

6
ATENÇÃO, ALUNO

O Cespe adora dizer em suas provas, que ser multitarefas é usar vários
processadores ao mesmo tempo! Claro que você vai marcar errado, pois
o sistema multitarefas consegue gerenciar o processador de forma que
mesmo que seja apenas 1, possa executar várias tarefas ao mesmo
tempo.

 Multiusuário: é o sistema operacional que permite solicitações e acesso


simultâneo de múltiplos usuários ao computador. Podem ser utilizados para
centralizar informação em um computador, trabalhando como computadores
centrais “servidores”, onde é acessado por vários usuários em “terminais remotos”
diferentes. Outra característica que pode ser citada na prova, é que nos sistemas
multiusuários existe uma ferramenta para utilização de contas de usuários, cada vez
que o usuário for utilizar o computador ele deve se identificar por meio de senha e
nome de usuário “login” para que o sistema prepare o ambiente para a utilização do
computador.

c) SISTEMA DE ARQUIVOS FAT ou NTFS:

O Sistema Operacional tem como uma de suas funções, gerenciar os arquivos


salvos no disco rígido e em outros. Para o procedimento de guarda no disco, o S.O
organiza-se o disco, endereçando os espaços para que os dados sejam armazenados
e posteriormente localizados com facilidade.

7
O Sistema de arquivos é um conjunto de regras para alocação de arquivos no
disco.

Além da estrutura física do disco, o Sistema Operacional necessita de um sistema


para mostrar como fazer a leitura ou gravação nesse disco, a isso chamamos de
Sistema de Arquivos. Dentre os principais sistemas de arquivos utilizados pelos
sistemas operacionais mais conhecidos estão: Fat16, Fat32, NTFS os quais são usados
pelo Windows, e o EXT e ReiserFS utilizados pelo Linux. No Windows os sistemas de
arquivos mais utilizados são FAT (antigo, gerencia discos de menor capacidade) e o
NTFS (mais novo, gerencia discos de alta capacidade).

ATENÇÃO, ALUNO!

É importante não cair em uma cilada! O Sistema de arquivos FAT mesmo


sendo antigo, não está em desuso! Ainda é usado em discos de menor
capacidade!

8
d) SUPORTE A MONITOR TOUCH SCREEN

O Windows 7 foi a primeira versão com suporte a monitor de tela sensível ao


toque! Antes, para usar este tipo de monitor, o usuário deveria instalar um programa
à parte que daria o suporte necessário ao funcionamento dele! Atualmente, basta
conectar o dispositivo e suas funcionalidades serão reconhecidas automaticamente!

e) PRIMEIRA VERSÃO WINDOWS PARA TABLETS

O Windows 8 foi a primeira versão que possui suporte a Tablets.

f) NOMES DE ARQUIVOS

No Windows nomes de arquivos podem ter até 255 caracteres, mas alguns são
proibidos por possuírem funções reservadas, são eles:

/\*:?<>|“

9
QUESTÕES COMENTADAS

1. (CESPE/TJ-AL/2012) No Windows 8, os nomes de arquivos podem conter


qualquer caractere do idioma português, exceto o til e os acentos grave, agudo e
circunflexo.

GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIO: No Windows, nomes de arquivos podem conter até 255
caracteres, mas alguns são proibidos, como por exemplo / \ | * ? : “ < >

2. (CESPE/TRE-RJ/2014) O sistema operacional Windows 8 é compatível com


PCs e tablets.

GABARITO: CERTO
COMENTÁRIO: O Windows 8 foi o primeiro Sistema operacional Windows para
Tablets! A expressão PC é abreviação de Personal Computer, ou seja, computador
pessoal (computador de mesa e Notebook).

3. (CESPE/MPU/2013) Por padrão, o sistema de arquivos utilizado na instalação


do Windows é o ext3.

GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIO: O Sistema de Arquivos EXT é padrão do Linux. No Windows, o
padrão é o NTFS.

4. (CESPE/TRE-GO/2015) No Windows 8.1, o acesso aos programas e


configurações ocorre por meio de ícones existentes na área de trabalho, a partir do
toque na tela nos dispositivos touch screen, uma vez que, nesse software, foram
eliminados o painel de controle e o menu Iniciar.

10
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIO: Não foram eliminados Painel de Controle e nem o menu iniciar.
O Painel de controle continua sendo uma opção para configurar o sistema, e o Menu
Iniciar, foi redesenhado para a Interface gráfica Metro. Veja abaixo a interface Metro:

5. (CESPE/FUB/2016) A forma de organização dos dados no disco rígido do


computador é chamada de sistema de arquivos, como, por exemplo, o NTFS e o
FAT32.

GABARITO: CERTO
COMENTÁRIO: Todas as informações pertinentes dos arquivos são com base no
sistema de arquivos do sistema operacional. Por exemplo, local que será armazenado
o arquivo, tamanho máximo de armazenamento, número de caracteres no nome do
arquivo. NTFS e FAT são exemplos de sistema de arquivos usados no Windows.

1.2 CONTAS DE USUÁRIO

É uma coleção de dados a qual define as características do usuário para o


sistema identificar quais são suas limitações e preferências pessoais.

Existem três tipos de contas de usuário no Windows:

11
 USUÁRIO PADRÃO: é um tipo de conta que limita o usuário no uso de recursos
(não instalar programas, não criar contas de usuário e outros). A conta de usuário
padrão é para uso permanente. Por exemplo, você é um funcionário de uma
empresa, terá uma conta de usuário padrão.

 USUÁRIO ADMINISTRADOR: faz o usuário ter todos os privilégios no sistema,


não tem limitações. A conta de usuário administrador é para ser usada pelo pessoal
da área de suporte, mas somente no momento em que precisam dos poderes que
ela oferece, pois, mesmo o pessoal do suporte tem que trabalhar em sua conta de
usuário padrão.

 CONTA DE CONVIDADO: limita o usuário no uso de recursos (não instalar


programas, não criar contas de usuário e outros). A conta de convidado é para uso
temporário. Por exemplo, você chega em uma loja e vai testar um computador,
pode usar a conta de convidado.

É importante destacar, que em um computador podemos ter várias


contas de usuário padrão, mas apenas uma conta de convidado!

E a conta de Administrador professor?


Também podemos ter várias.

O Windows dá a possibilidade de sair de uma conta para usar o computador


com outra conta por meio das opções:

12
a) Sair (antigo Fazer Logoff): permite sair da conta e encerrar a sessão de
trabalho, ou seja, fechar as janelas e documentos e deixar o sistema disponível para
outro usuário.

b) Bloquear (parecido com o antigo trocar usuário): permite sair da conta sem
encerrar a sessão de trabalho, ou seja, bloquear a tela e possibilitar ao usuário sair
da conta temporariamente e depois retornar com os programas ainda em execução.

1.3 MODOS DE ECONOMIA DE ENERGIA

a) Suspender: ativa o modo de economia de energia, mas não desliga o


computador.

b) Hibernar: salva o estado atual de trabalho no Disco Rígido e desliga o


computador.

SUSPENDER HIBERNAR
Volta mais rápido ao trabalho, pois Economiza mais energia, pois
não desliga o computador. desliga o computador, mas é lento
para retornar.

13
1.4 LIXEIRA DO WINDOWS

Armazena temporariamente objetos excluídos de nosso computador para


serem recuperados posteriormente.

Características da Lixeira:

 A lixeira tem capacidade de armazenamento, a qual pode ser definida pelo


usuário por meio das propriedades da Lixeira e ser acessada clicando com o botão
direito sobre o ícone da lixeira Propriedades.

 A lixeira será desabilitada também em propriedades, para que as exclusões a


serem efetuadas ocorram permanentemente.
 Quando a lixeira está cheia, apaga arquivos antigos para acomodar os mais
novos.

Quais arquivos excluídos não vão para a lixeira?

 Arquivos de discos removíveis (pendrive, disquetes e outros) com exceção do


Hd Externo, o qual é identificado pelo sistema como disco local.
 Arquivos excluídos de unidades de redes.
 Arquivos maiores que a capacidade total da lixeira.

14
 Mensagens de e-mail.

ATENÇÃO, ALUNO!

DEL: envia o arquivo para a Lixeira.


SHIFT + DEL: exclui os arquivos de forma permanente, ou seja, não
passam pela lixeira.

1.5 ALTERNAR ENTRE JANELAS UTILIZANDO O TECLADO

Muitas vezes que usamos o computador, sentimos a necessidade de sair de uma


janela para outra, para isso o Windows possui algumas teclas de atalho que facilitam
esta operação.

a) ALT + TAB: alterna entre janelas em execução, dá a possibilidade de o

usuário escolher a janela ativa ao utilizar o FLIP. O que é FLIP professor?


Flip é um Menu que aparece ao pressionar ALT + TAB e manter pressionada a tecla
TAB.

Exemplo de FLIP

15
As teclas ALT + TAB é um atalho muito famoso, pois muitas vezes são usadas
para sair rapidamente da janela que está usando sem que o chefe veja! Risos! É
importante destacar que não é o único atalho que pode ser usado para tal finalidade.
Veja outras opções abaixo:

b) ALT + ESC: alterna entre janelas de forma sequencial sem o uso de um FLIP.

c) WINKEY (tecla windows) + TAB: alterna entre janelas utilizando um FLIP 3D.

FLIP3D

Tecla Winkey do teclado

16
ATENÇÃO, ALUNO!

O FLIP 3D só está presente nas versões Vista e 7! Nas versões Windows 8


e 10 não foi desabilitado. É importante destacar também, que as teclas
Windows + TAB no Windows 10 abre o Gerenciador de Desktop (área de
trabalho).

O que é um Gerenciador de Desktop?

Uma das maiores novidades no Windows 10, foi o recurso Múltiplas áreas de
trabalho, recurso já presente em outros Sistemas Operacionais, como por exemplo o
Linux. O Suporte a áreas de trabalho virtuais, dá ao usuário a possibilidade de separar
programas abertos em diferentes grupos – um para trabalho e outro para uso pessoal,
por exemplo.

17
Para acessar a tela de gerenciamento de Áreas de Trabalho, usamos a
combinação das teclas:

+ TAB. O “Snap View”, permite aos usuários arrastarem aplicativos entre


os desktops para que tudo seja organizado da melhor maneira possível para cada
momento — tudo de acordo com a sua vontade.

Veja mais Teclas para trabalhar com Desktops:

+ Ctrl + D: comando para criar um Desktop.

+ Ctrl + F4: comando para fechar um Desktop.

+ Ctrl +  ou : comando para navegar pelos diferentes desktops virtuais.

QUESTÕES COMENTADAS

6. (CESPE/ABIN/2011) Denomina-se conta de usuário, a coleção de dados que


define um usuário para o Windows, informando os arquivos e pastas que ele pode
acessar, as alterações que ele pode efetuar no computador e as suas preferências
pessoais, como cor de fundo da área de trabalho ou tema das cores.

GABARITO: CERTO
COMENTÁRIO: Descreve perfeitamente o conceito de contas de usuário.

18
7. (CESPE/ANELL/2012) Para se realizar a troca de usuário no Windows, sem
desligar o computador, deve-se selecionar a opção Fazer logoff, encontrada
no menu Iniciar, a fim de encerrar a sessão atual de trabalho e deixar o computador
disponível para outro usuário.

GABARITO: CERTO
COMENTÁRIO: Quando saímos da conta para trocar de usuário, podemos usar o
Fazer Logoff que encerra a sessão de trabalho fechando os programas.

8. (CESPE/SEDF/2017) Situação hipotética: Um usuário do Windows 8.1


executou logoff para que outro usuário utilizasse o computador, sem, contudo,
encerrar as tarefas que estava realizando. Assertiva: Nessa situação, depois que o
segundo usuário liberar a máquina e o primeiro executar o logon novamente, os
arquivos do primeiro usuário estarão da mesma forma como ele os deixou ao
efetuar o logoff da primeira vez.

GABARITO: CERTO
COMENTÁRIO: Questão bastante maldosa, pois o CESPE fala sobre o Fazer Logoff
induzindo o aluno a errar, pois a ação fecha todos os programas encerrando a
sessão de trabalho. Contudo, o CESPE descreve na situação final, que os arquivos
estarão da mesma forma que o primeiro usuário deixou, ou seja, ele não falou dos
programas e sim dos arquivos que podem ter sido salvos ou não antes de sair da
conta.

9. (CESPE/FUB/2013) Ao se clicar o botão Iniciar e selecionar a opção


Suspender, o sistema alterna para o estado de economia de energia,
interrompendo as tarefas em execução. Esse estado permite que se volte

19
rapidamente para o status de energia plena, mas impossibilita voltar para o
trabalho que se fazia antes da escolha.

GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIO: A questão está parcialmente correta, mas o finalzinho está
errado! Quando usamos o Suspender podemos retornar rapidamente ao estado de
trabalho atual, ou seja, não fecha os programas que você estava utilizando.

10. (CESPE/MPE-PI/2012) No Windows, um arquivo excluído nem sempre


irá para a Lixeira.

GABARITO: CERTO
COMENTÁRIO: Existem arquivos que não passam pela lixeira, ou seja, são
excluídos definitivamente.
 Arquivos de discos removíveis (pendrive, disquetes e outros) com exceção do
Hd Externo, o qual é identificado pelo sistema como disco local.
 Arquivos excluídos de unidades de redes.
 Arquivos maiores que a capacidade total da lixeira.
 Mensagens de e-mail.

11. (CESPE/TJ-AC/2012) No Windows, para enviar um arquivo para a lixeira,


é necessário clicar o nome do arquivo, contido no gerenciador de arquivos, e
pressionar as teclas CTRL + DELETE.

GABARITO: ERRADO

20
COMENTÁRIO: A combinação de teclas que faz a exclusão definitiva é SHIFT +
DEL.

12. (CESPE/STJ/2015) No Windows 7, uma das opções de configuração que


pode ser definida para a Lixeira é fazer que um arquivo apagado por um usuário
seja imediatamente excluído do sistema, eliminando-se, dessa forma, o envio
desse arquivo à Lixeira.
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIO: Nas propriedades da Lixeira podemos desabilitar a lixeira.

1.6 GERENCIADOR DE TAREFAS DO WINDOWS

Em muitos casos que estamos trabalhando no computador, e um programa para


de responder ao usuário “travando”, é recomendo o uso das teclas CTRL + ALT + DEL.
A verdade é que você deve abrir o gerenciador de tarefas, pois lá você consegue
visualizar os programas que estão sendo executados e identificar aquele que não está
respondendo e finalizá-lo.

Gerenciador de Tarefas do Windows

21
Aluno, claro que o CESPE não irá dizer que o gerenciador de tarefas tem a função
de destravar o computador, mas sim descrever tecnicamente o que ele pode fazer
pelo usuário. Veja abaixo as principais funções do Gerenciador de Tarefas:

a) Visualizar os processos e programas em execução, podendo finalizá-los


quando necessário (basta clicar em mais detalhes que aparecerão os processos em
primeiro plano e em segundo plano).

b) Visualizar o desempenho do computador e da rede (basta clicar em mais


detalhes que aparecerá a guia desempenho para ser acessada).

22
c) Visualizar as contas de usuários conectadas no sistema.
d) Fazer análise Forense em busca de Malwares (programas maliciosos). Isso
mesmo, o gerenciador de tarefas permite usuários experientes abrirem uma
investigação em busca de programas e processos que estão prejudicando o
computador.

Podemos acessar o gerenciador de tarefas de três maneiras distintas:

 CTRL + ALT + DEL.


 CTRL + SHIFT + ESC.
 Botão auxiliar do mouse (direito) sobre uma área vazia da barra de tarefas e
no menu de contexto escolher a opção gerenciador de tarefas.

23
1.7 ÁREA DE TRABALHO X ÁREA DE TRANSFERÊNCIA

Ainda vejo muitos alunos que confundem área de trabalho com área de
transferência! Então vamos diferenciá-los!

a) Área de Trabalho (Desktop): é o local que exibe os programas e


arquivos que estamos trabalhando. Podemos personalizar a área de trabalho com
várias telas de fundo, cores e temas e fixar seus aplicativos favoritos na barra de
tarefas. Para ir à área de trabalho, toque ou clique no bloco da Área de Trabalho na
tela Inicial ou pressione a tecla de logotipo do Windows +D no teclado.

A Área de Trabalho do Windows é composta por alguns componentes


importantes de serem comentados:

24
- Os ícones são pequenos símbolos gráficos que representam programas,
arquivos, pastas e atalhos (caminhos mais rápidos para acesso à arquivos, pastas ou
programas).

A – O Ícone Meu computador é padrão da instalação do Windows, e tem a


função de abrir o programa gerenciador de arquivos e pastas titulado “Meu
Computador”.
B - Ícone que representa uma “pasta (diretório)”, que tem a função de organizar
os arquivos.
C - Ícone que representa um arquivo do tipo “pasta de trabalho do Microsoft
Excel”.
D - Ícone que representa um arquivo do tipo “documento do Microsoft Word”.
E - Ícone que representa um “atalho” para o programa Internet Explorer.
Os Atalhos permitem o acesso mais rápido a programas, arquivos, pastas,
unidades de disco, páginas web, impressoras e outros. Você pode adicionar ou excluir
atalhos sem afetar os programas ou arquivos originais.

b) Área de Transferência: é um espaço na memória que armazena


temporariamente, objetos copiados ou recortados e que aguardam serem colados no
seu destino.

25
1.8 FERRAMENTAS DE SISTEMA

a) Otimizador e Desfragmentador de discos: o desfragmentador de Discos


passou a ser chamado de Otimizador e desfragmentador de unidades! O CESPE adora
colocar em suas provas o nome Otimizador, fique ligado!

O otimizador de unidades organiza os arquivos no disco rígido consolidando-os,


ou seja, deixando-os de forma sequencial para melhorar o desempenho do
computador na abertura dos programas e leitura dos arquivos. Independentemente
do tipo de unidade utilizada pelo PC, o Windows escolhe automaticamente a
otimização ideal para o seu dispositivo.

ATENÇÃO ALUNO!

26
 O desfragmentador não apaga arquivos e não corrige erros na
estrutura do disco.
 Se a unidade estiver em uso por outro programa, ou estiver
formatada com um sistema de arquivos diferentes do NTFS, FAT ou
FAT32, não será possível otimizá-la.

 Unidades de rede não podem ser otimizadas. Já que não são


unidades locais do computador.

 Não se desfragmenta unidades Flash (Pendrives, cartões de


memória), pois elas não se fragmentam.

b) Limpeza de discos: ajuda o usuário a identificar arquivos desnecessários,


que podem ser excluídos para liberar espaço no disco rígido.

Limpeza de disco

c) Windows Update: faz a atualização do sistema e seus componentes


baixando pacotes de atualização do servidor da Microsoft.

27
ATENÇÃO ALUNO!

Fazer a atualização do sistema de acordo com as notificações do Windows, é


manter o sistema em bom funcionamento e segurança, já que os pacotes de
atualização trazem correções de segurança e aperfeiçoamento para o
sistema. Portanto, o Windows Update pode ser considerado uma ferramenta
básica de Segurança.

d) Restauração do Sistema: cria automaticamente pontos de restauração, os


quais são memórias dos arquivos de sistema e das configurações no computador em
pontos específicos do tempo. É possível criar pontos de restauração por conta
própria. Assim, ao usar a Restauração do Sistema para retornar o computador a um
ponto no tempo anterior a um problema, a Restauração do Sistema deixa o
computador de volta com os arquivos e configurações do ponto de restauração.

28
Professor, vou perder todos os meus arquivos? A resposta é não!
Arquivos e documentos pessoais não são afetados.

e) Central de Ações: a central de ações ajuda a identificar possíveis problemas


nas ferramentas básicas de segurança. Monitora as ferramentas básicas (antivírus,
firewall, atualizações automáticas e Windows Defender) para saber se estão
funcionando corretamente.

A central de segurança do Windows XP e Vista utilizava a área de notificações


presente na barra de tarefas para emitir avisos para o usuário. Veja como eram
emitidos esses alertas na área de notificação do Vista e XP:

A central de ações do Windows 7 apresenta avisos também na área de


notificações, mas com ícone de uma bandeira. Veja abaixo:

29
Ao clicar sobre o ícone da bandeira, o usuário terá acesso à central de ações
que também pode ser acessada pelo Painel de Controle do Windows.

No Windows 10, a central de ações também mudou de ícone.

Novo Ícone da Central de Ações

Importante! O Windows Defender no Windows 7, era considerado


apenas um Anti Spyware (Anti programa espião), mas nas versões
Windows 8 e 10, é considerado Anti Vírus + Anti Spyware.

1.9 PAINEL DE CONTROLE

Quando precisamos fazer uma configuração no Windows, usamos o Painel de


Controle! Como por exemplo: configurar impressora, redes, Internet e alguns
periféricos.

30
As opções mais importantes do Painel de Controle são:

a) Sistema: permite visualizar informações sobre o Sistema Operacional e


componentes de nosso computador. Lembro uma vez, de um aluno que me
perguntou se precisava abrir o gabinete do computador para ver a quantidade de
memória! Claro que não, basta abrir a opção sistema do Painel de controle.

31
Informações encontradas na opção sistema:

 Versão do Sistema Operacional.


 Informações sobre o Processador e memória.
 Nome do computador na rede.

b) Região: permite mudar o comportamento dos programas em relação aos


formatos de números, moeda e datas de acordo com o país residente.

32
Excel trabalhando com formatos Inglês

É importante destacar que ao modificar o Idioma estamos


mudando o comportamento dos programas em relação aos
formatos, mas não estamos alterando o idioma do sistema, pois
ele continuará com o mesmo idioma de instalação do Software.

c) Vídeo: permite configurar diversas opções relacionadas ao nosso vídeo.


Podemos configurar as cores e tamanho das janelas e também a resolução da tela.

O que é resolução da tela? A resolução é a formação da tela com pixels


(pontos luminosos) horizontais e verticais. Por exemplo, quando a configuração de
nosso monitor está com 800 x 600, isto quer dizer que temos uma tela com 800 pixels
(pontos) horizontais e 600 verticais.

33
Pixels que formam a imagem

ATENÇÃO, ALUNO!

Quanto maior a resolução da tela, maior a qualidade e maior o tamanho


da tela, assim reduzindo os itens apresentados como, os ícones, barras e
janelas. Ex.: aumentou a resolução diminuiu o tamanho dos objetos
apresentados, diminuiu a resolução, aumentou o tamanho dos objetos
apresentados. Uma analogia pode ser a seguinte, você está sozinho (a)
em um campo de futebol, você se imagina uma pessoa grande ou
pequena? Sim, pequena! Quanto maior for o tamanho do espaço, menor
você irá se sentir.

d) Opções de Pasta: permite modificar o comportamento das pastas e arquivos do


sistema. Veja as opções mais importantes:

34
Caixa de diálogo Opções de pasta

Permite:
 Configurar cliques para abertura das pastas como: abrir com clique simples ou
duplo.
 Ocultar extensões de arquivos conhecidos.
 Visualizar os arquivos ocultos por meio da guia modo de exibição.

e) Opções de energia: permite configurar o computador para reduzir o consumo


de energia.
O usuário poderá ajustar as configurações individuais em um esquema de
energia. Dependendo do seu hardware, você pode:

 Desligar automaticamente o monitor e os discos rígidos para economizar


energia.

35
 Colocar o computador em modo de espera quando estiver ocioso. Nesse
modo, o computador alterna para um estado de baixo consumo de energia em que
os dispositivos, como o monitor e os discos rígidos, são desligados e o computador
usa menos energia. Como o modo de espera não salva em disco o estado em que se
encontra a sua área de trabalho, uma falha de energia pode resultar na perda de
informações que não tenham sido salvas.

 Colocar o computador em modo de hibernação. O recurso de hibernação salva


em disco tudo o que está na memória, desliga o monitor, o disco rígido e o
computador. Ao reiniciar o computador, a área de trabalho é restaurada exatamente
como você a deixou.

f) Proteção para a Família (antigo controle dos Pais): permite definir limites para
a quantidade de horas de utilização de um computador, os tipos de jogos que podem
jogar e os programas que podem executar. Somente a conta de administrador poderá
configurar o Controle dos Pais.

g) Central de Facilidade de Acesso: no Windows 8, a Central de Facilidade de


Acesso pode ser utilizada para configurar programas de acessibilidade que nas
versões anteriores eram encontrados em Opções de Acessibilidade. Veja abaixo os
principais recursos de acessibilidade encontrados no Windows.

36
QUESTÕES COMENTADAS

13. (CESPE/MDS/2012) O desktop, ou área de transferência do Windows, é um


ambiente de trabalho em que ficam armazenados temporariamente os arquivos ou
parte de documentos que foram excluídos ou que foram copiados e aguardam ser
colados em outro destino.

GABARITO: ERRADA

COMENTÁRIO: Desktop é a área de trabalho e a área de transferência é um local


que armazena temporariamente arquivos copiados ou recortados.

14. (CESPE/SEDF/2017) O programa Otimizar unidades, do Windows 8.1, além


de organizar os arquivos no disco, tem o objetivo de melhorar o desempenho desse
dispositivo de armazenamento.
GABARITO: CERTA

COMENTÁRIO: O recurso otimizar unidades organiza os arquivos no disco


melhorando o seu desempenho.

37
15. (CESPE/TCEPA/2016) No Windows, ao se clicar a opção Esvaziar Lixeira, os
arquivos são enviados para uma área de transferência, onde permanecerão por
tempo definido pelo usuário, para que possam ser recuperados em caso de
necessidade.

GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIO: A área de transferência não armazena arquivos que foram
enviados para a Lixeira. Sua função é armazenar arquivos copiados ou recortados.

16. (CESPE/SUFRAMA/2014) Uma desvantagem da opção Restauração do


Sistema, do Windows, é que ela afeta os arquivos pessoais — a exemplo de e-mail,
documentos ou fotos — que tenham sido modificados ou criados entre o ponto de
restauração e a data da recuperação.

GABARITO: ERRADA

COMENTÁRIO: A restauração do Sistema, não afeta arquivos pessoais.

17. (CESPE/STJ/2015) No Windows 7, a execução do recurso Limpeza de


Disco, desde que configurado, além de acarretar o apagamento dos
arquivos temporários e arquivos considerados desnecessários pelo sistema,
também apagará os arquivos contidos na Lixeira.

GABARITO: CERTA

COMENTÁRIO: A limpeza de discos ajuda a encontrar arquivos desnecessários


que podem ser apagados para desocupar espaço em disco! A dúvida do aluno pode
ter sido na parte que fala que irá apagar os arquivos da Lixeira! A resposta é sim, a
Lixeira contém arquivos desnecessários também! É importante destacar que o

38
usuário configura (escolhe) quais arquivos de fato quer excluir. Veja a imagem a
seguir:

18. (CESPE/TCU/2012) No Windows, o recurso Central de Ações realiza a


verificação de itens de segurança e manutenção do computador e emite notificações
para o usuário, as quais ocorrem quando o status de um item monitorado é alterado.

GABARITO: CERTA
COMENTÁRIO: A central de ações monitora as ferramentas de manutenção e
segurança do nosso computador.

19. (CESPE/ANATEL/2012) O utilitário Windows Update permite manter o


sistema operacional atualizado.

GABARITO: CERTA

COMENTÁRIO: O Windows Update é a ferramenta do Windows que atualiza o


sistema e seus acessórios.

39
20. (CESPE/FUB/2015) O Windows Defender é um antivírus nativo do
Windows 8.1 que protege o computador contra alguns tipos específicos de vírus,
contudo ele é ineficaz contra os spywares.

GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIO: O Windows Defender no Windows 8, protege contra Spywares
também.

1.10 PROMPT DO WINDOWS

É um ambiente textual de comandos, ou seja, uma tela preta para trabalhar no


Windows com comandos do antigo MS-DOS.

Importante! Use o arquivo executável cmd.exe para abrir o Prompt de


comandos! Basta digitar cmd ou cmd.exe no Pesquisar do Windows e dar
um Enter.

40
1.11 WINDOWS EXPLORER ou EXPLORADOR DE ARQUIVOS

A Janela do Windows Explorer é composta por duas regiões distintas. Na seção


esquerda encontramos todas as pastas e subpastas, unidades de disco e locais do
nosso computador (lixeira, meus locais de rede, meu computador), não incluindo a
visualização de arquivos. Na seção direita encontramos o conteúdo completo da
unidade ou pasta, que foi selecionada na seção esquerda incluindo os arquivos.
As pastas podem conter subpastas e quando existem é apresentado um sinal de
[+] ou [-] ao lado da mesma. O Sinal de [+] pode ser utilizado para mostrar essas
subpastas e o sinal de [-] pode ser utilizado para ocultar essas subpastas. As teclas
+E podem ser usadas para abrir o Windows Explorer.

Janela do Windows Explorer

41
1.11.1 GERECIAMENTO DE ARQUIVOS E PASTAS

a) Seleção de pastas e arquivos: tem por objetivo aplicar ações àquele objeto:
copiar, recortar e deletar. Esta seleção pode ser efetuada de diversas formas. A forma
mais utilizada e mais simples, é clicar com o botão principal do mouse no objeto que
deseja selecionar.

A pasta contatos está selecionada

Existem formas de selecionar vários objetos simultaneamente para o comando


aplicado ser estendido a todos.
Para selecionar um grupo de objetos de forma adjacente, clicamos no primeiro
objeto e pressionamos a tecla SHIFT, mantendo-a pressionada ao clicamos no último

objeto.

Todas as pastas foram selecionadas (seleção adjacente)

42
Para selecionar um grupo de objetos de forma aleatória (alternada) clicamos no
segundo objeto, pressionamos a tecla CTRL e mantendo-a pressionada selecionamos

os outros objetos clicando sobre cada um deles.

As pastas Contatos e Contratos foram selecionadas de forma adjacente

Para selecionar todos os objetos que estão mostrados no conteúdo painel


direito podemos usar o menu editar opção selecionar tudo ou utilizando a
combinação das teclas CTRL + A.

Nota: ao utilizar a opção selecionar tudo se existir arquivos ocultos o Windows


faz uma pergunta. Veja na figura abaixo:

b) Criando uma pasta: para criar uma nova pasta pode-se efetuar o seguinte
procedimento:
Abra a pasta ou unidade em que deseja colocar a nova pasta criada.

43
Clique no menu arquivo e leve o mouse na opção novo, em seguida clique em
pasta.

Criando pasta utilizando o “Menu Arquivo”

Depois de apresentada a nova pasta, digite o nome e pressione a tecla ENTER


do teclado.
Uma pasta pode ser criada de outra maneira, clicando com o botão auxiliar
(direito) em qualquer área vazia do painel direito (conteúdo).

Criando pasta utilizando o “menu de contexto” com botão direito do mouse

A tecla de atalho que pode ser usada para criar uma pasta é CTRL + SHIFT + N.

44
c) Renomeando uma pasta ou arquivo: para renomear uma pasta ou um
arquivo, selecione o objeto e acesse o menu arquivo na opção renomear e digite o
novo nome e pressione a tecla ENTER.
Também podemos utilizar de outras maneiras:

1. Selecione o objeto e aperte a tecla de função F2.


2. Selecione o objeto e clique sobre o objeto com o botão auxiliar do mouse
(direito).
3. Depois do objeto selecionado, clique uma vez no nome.

Ao renomear um arquivo devemos ter cuidado quando este arquivo tem


extensão, pois não podemos renomear o arquivo sem esquecer-se de colocar a
mesma extensão, pois a falta desta inutilizaria o arquivo.

d) Copiando e movendo: existem vários métodos a serem utilizados para copiar


ou transferir arquivos. Abaixo segue uma série de métodos e seus procedimentos.

1. Para copiar ou mover um arquivo ou pasta utilizando opções do menu editar,


o procedimento é:
 Abra a unidade que deseja trabalhar.
 Selecione a pasta ou arquivo que deseja copiar ou mover (transferir).
 Por meio do menu editar, clique em copiar para criar uma cópia do original
ou em recortar, caso queira mover (transferir) o objeto de um lugar para outro.
 Após copiar ou recortar, abra a pasta ou unidade de destino no qual deseja
colocar a cópia ou transferência, clicando no menu editar escolha a opção colar.

45
2. Para copiar ou mover um arquivo ou pasta utilizando opções do menu editar,
o procedimento é:

 Abra a unidade na qual deseja trabalhar.


 Selecione a pasta ou arquivo no qual deseja copiar ou mover (transferir).
 Por meio do menu editar clique em copiar para pasta, para criar uma cópia
do original ou em mover para pasta caso queira mover (transferir) o objeto de um
lugar para outro.

 Após escolher a pasta ou unidade para qual deve ser enviada a cópia ou
transferência, e clique no botão para concluir.

3. Para copiar ou mover um arquivo ou pasta utilizando tecla de atalho, o


procedimento é:
 Abra a unidade que deseja trabalhar.
 Selecione a pasta ou arquivo no qual deseja copiar ou mover (transferir).

46
 Combine as teclas CTRL + C para criar uma cópia do original ou CTRL + X caso
queira mover (transferir) o objeto de um lugar para outro.
 Após efetuar a escolha da pasta ou unidade destino, combine as teclas CTRL +
V para colar.

3. Para copiar ou mover um arquivo ou pasta utilizando arraste a técnica do

arraste. Quero saber se você já sabe! O Arraste do arquivo é

Cópia ou Transferência?
Existem dois casos que devemos considerar! Vamos lá!

1º Caso: O Arraste de uma unidade de disco para outra unidade de disco efetua
o procedimento de cópia. Exemplo: se você arrastar um arquivo de um Pendrive
(unidade de disco) para o C: (disco rígido) do seu computador, o Windows irá
manter o arquivo no Pendrive e enviará uma cópia para o disco rígido.

E se eu quiser fazer transferência quando arrastar do Pendrive

para o Disco Rígido? Neste caso, você poderá optar por pressionar e manter
pressionado a tecla SHIFT.

2º Caso: O Arraste de uma unidade de disco para a mesma unidade de disco


efetua o procedimento de transferência. Exemplo: Se você arrastar um arquivo
de um Pendrive (unidade de disco) para dentro de uma pasta dentro do mesmo
Pendrive, o Windows irá transferir o arquivo do Pendrive para dentro da Pasta.
Por isso, que muitos usuários quando vão clicar em cima de um arquivo, sem

47
querer arrastam o arquivo para dentro da pasta e o mesmo some! Na verdade,
ele foi transferido para dentro da pasta.

E se eu quiser fazer cópia quando arrastar o Pendrive para a

pasta? Neste caso, você poderá optar por pressionar e manter pressionado a
tecla CTRL.

Arquivo sendo copiado dos meus documentos para C: segurando a tecla CTRL.

e) Pasta ou arquivos ocultos: são objetos que não aparecem para o usuário
sendo possível visualizá-los acessando o menu Ferramentas nas opções de pasta.

48
As pastas e arquivos ocultos serão exibidos esmaecidos para indicar que eram
ocultos, e estão apresentados como arquivos normais.

1.12 PASTAS X BIBLIOTECAS

Muitos usuários e alunos não sabem diferenciar uma biblioteca de uma pasta.
As pastas são utilizadas para organizar arquivos, mas as bibliotecas podem ser usadas
para buscar arquivos de vários lugares diferentes em um só lugar, para que o usuário
possa gerenciá-los. Enquanto as pastas armazenam arquivos para organizá-los, as
bibliotecas podem gerenciar o conteúdo de várias pastas em um único local sem
armazená-los evitando que você precise criar várias cópias do mesmo arquivo.

Se você tivesse que criar uma pasta para organizar seus

materiais, como seria? Talvez seria como a imagem abaixo:

49
Você tem seus arquivos organizados, mas acaba de sair o edital

do MPU! O que fazer agora? Você pode criar uma pasta MPU e sair copiando os
materiais que você irá usar, mas pelo fato de usar o comando Copiar e colar, estará
ocupando mais espaço na memória, pois agora são dois conteúdos idênticos e
armazenados no mesmo disco. Para evitar o desperdício de espaço e também poder
gerenciar vários arquivos de um único lugar, você pode criar uma biblioteca que se
tornará um espelho do que já está armazenado na pasta concursos. Após criar uma
nova biblioteca, o Windows solicitará a inclusão das pastas que você pretende
gerenciar, veja abaixo:

50
Depois de incluir as pastas na Biblioteca, você terá um espelho do que de fato
está armazenado na pasta concursos que está armazenado na unidade de disco rígido
C. Veja a imagem abaixo:

51
1.13 BIT LOCKER
É uma ferramenta usada para criptografar (embaralhar, codificar) os arquivos de
uma unidade de disco para protegê-los contra cópias e acessos não autorizados. Ao
ativar, o sistema codifica as informações e impede que hackers façam uso delas sem
inserir a chave definida pelo usuário. A partir do Windows 7, a Microsoft incluiu a
funcionalidade BitLocker To Go, que é capaz de proteger unidades de dados externas,
como pendrives e HDs portáteis. No Windows 7, o recurso estará presente em versões
como a Ultimate e Enterprise. Para o Windows 8 e 10 é necessário possuir a versão
Professional ou Enterprise.

1.14 READY BOOST


Permite utilizar um pendrive ou outro tipo de memória flash para acelerar a
velocidade de processamento de um computador.

52
1.15 NOVIDADES ENCONTRADAS NO WINDOWS 10

a) WINDOWS HELLO

O Windows Hello é uma plataforma de biometria, envolvendo leitores de


impressões digitais, scanners de íris e câmeras que reconhecem seu rosto. Não
esquecendo que o usuário deve ter o hardware específico para que o recurso
funcione.

O Windows Hello deve servir como mais um aliado para oferecer mais segurança
para o usuário no seu acesso diário, de forma simples. Porém, a iniciativa da Microsoft
depende dos aparatos de hardware dos dispositivos dos usuários, como os sensores
de biometria. Já o suporte de compatibilidade com os leitores fica por conta do
Windows Hello.

b) MICROSOFT EDGE

Microsoft Edge é o novo navegador web da Microsoft. É exclusivo para uso no


Windows 10, e não pode ser executado no Windows 8 ou anteriores.

53
c) CORTANA

Cortana é um Assistente Virtual do Windows 10. Por meio do aplicativo Cortana, o


usuário poderá fazer pesquisas via comandos de texto e voz podem ser feitas; cotação de
moedas, resultados de jogos ou a previsão do tempo de cidades são algumas das
informações que podem ser buscadas pela Cortana.

54
QUESTÕES COMENTADAS

21. (CESPE/DPU/2016) Por meio da tecla , é possível acessar diretamente


algumas funcionalidades do ambiente Windows. Essa opção no teclado permite
ações rápidas quando associada simultaneamente a outras teclas, por exemplo,

se associada à tecla , acessa-se o Windows Explorer; se à tecla , visualiza-


se a Área de Trabalho.

GABARITO: CERTA
COMENTÁRIO: As teclas realmente executam o procedimento informado.

22. (CESPE/TJDFT/2015) No Windows, quando um ícone associado a um arquivo


for arrastado para um disco diferente do atual, será criada uma cópia do arquivo,
sendo mantido o arquivo no disco de origem.

GABARITO: CERTA
COMENTÁRIO: O arraste de uma unidade de disco para outra resulta na cópia
do arquivo. Não esquecer que o arraste de uma unidade para a mesma unidade
resulta na transferência do arquivo.

23. (CESPE/TC-DF/2014) No Windows, o recurso Otimizar Unidades permite


otimizar tanto um computador quanto uma unidade de rede para melhorar o
desempenho.

GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIO: Realmente o otimizador de unidades melhora o desempenho do
computador, mas não pode ser usado em unidades de redes.

55
24. (CESPE/DPF/2014) No Windows, não há possibilidade de o usuário
interagir com o sistema operacional por meio de uma tela de computador sensível
ao toque.

GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIO: Desde a versão 7, o Windows tem suporte à tecnologia touch
Screen.

25. (CESPE/MDIC/2014) No Windows 7, ao se colocar o computador no


estado de hibernação, os arquivos abertos são salvos e o computador é desligado
como forma de economizar energia.
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIO: O hibernar fecha todos os programas em execução salvando o
estado atual de trabalho no Disco Rígido, permitindo que o computador seja
desligado.

26. (CESPE/DETRAN-ES/2010) As bibliotecas, no Windows 7, gerenciam


arquivos, mas não os armazenam, embora tenham a capacidade de monitorar as
pastas que contêm os itens, permitindo que os arquivos sejam acessados e
organizados de várias maneiras.

GABARITO: CERTA
COMENTÁRIO: O conceito de Biblioteca está exatamente como nós aprendemos
anteriormente. A biblioteca é apenas um espelho do que já está armazenado de fato
nas pastas.

56
27. (CESPE/PCDF/2013) Considere que um usuário de login joao_jose esteja
usando o Windows Explorer para navegar no sistema de arquivos de um
computador com ambiente Windows 7. Considere ainda que, enquanto um
conjunto de arquivos e pastas é apresentado, o usuário observe, na barra de
ferramentas do Windows Explorer, as seguintes informações: Bibliotecas >
Documentos > Projetos. Nessa situação, é mais provável que tais arquivos e pastas
estejam contidos no diretório C:\Bibliotecas\Documentos\Projetos que no
diretório C:\Users\joao_jose\Documents\Projetos.

GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIO: É mais provável que o arquivo esteja armazenado na pasta
projetos que está dentro da unidade C, pois as bibliotecas não armazenam. Por isso,
não é provável que esteja dentro do endereço informado.

28. (CESPE/STJ/2015) O Windows 7 foi lançado em quatro versões, cada uma


direcionada a um público específico. A versão Starter possibilita a encriptação de
dados mediante o uso do recurso conhecido como BitLocker.

GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIO: A Versão Starter é a mais simples do Windows 7 e não possui
BitLocker. A ferramenta Bitlocker está presente na edição Ultimate.

29. (CESPE/TRERJ/2013) No Windows 7, a funcionalidade Readyboost


possibilita a utilização de memórias do tipo flash com a finalidade de melhorar o
desempenho do computador.

57
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIO: A ferramenta Ready Boost permite usar memórias Flash
(Pendrive, Cartões de Memória) para melhorar o desempenho do sistema.

QUESTÕES PARA TREINAR

1. (CESPE/TJ-AL/2012) No Windows 8, os nomes de arquivos podem conter


qualquer caractere do idioma português, exceto o til e os acentos grave, agudo
e circunflexo.

2. (CESPE/TRE-RJ/2014) O sistema operacional Windows 8 é compatível com


PCs e tablets.

3. (CESPE/MPU/2013) Por padrão, o sistema de arquivos utilizado na instalação


do Windows é o ext3.

4. (CESPE/TRE-GO/2015) No Windows 8.1, o acesso aos programas e


configurações ocorre por meio de ícones existentes na área de trabalho, a partir do
toque na tela nos dispositivos touch screen, uma vez que, nesse software, foram
eliminados o painel de controle e o menu Iniciar.

5. (CESPE/FUB/2016) A forma de organização dos dados no disco rígido do


computador é chamada de sistema de arquivos, como, por exemplo, o NTFS e o
FAT32.

6. (CESPE/ABIN/2011) Denomina-se conta de usuário, a coleção de dados que


define um usuário para o Windows, informando os arquivos e pastas que ele

58
pode acessar, as alterações que ele pode efetuar no computador e as suas
preferências pessoais, como cor de fundo da área de trabalho ou tema das cores.

7. (CESPE/ANELL/2012) Para se realizar a troca de usuário no Windows, sem


desligar o computador, deve-se selecionar a opção Fazer logoff, encontrada
no menu Iniciar, a fim de encerrar a sessão atual de trabalho e deixar o
computador disponível para outro usuário.

8. (CESPE/SEDF/2017) Situação hipotética: Um usuário do Windows 8.1


executou logoff para que outro usuário utilizasse o computador, sem,
contudo, encerrar as tarefas que estava realizando. Assertiva: Nessa
situação, depois que o segundo usuário liberar a máquina e o primeiro
executar o logon novamente, os arquivos do primeiro usuário estarão da
mesma forma como ele os deixou ao efetuar o logoff da primeira vez.

9. (CESPE/FUB/2013) Ao se clicar o botão Iniciar e selecionar a opção


Suspender, o sistema alterna para o estado de economia de energia,
interrompendo as tarefas em execução. Esse estado permite que se volte
rapidamente para o status de energia plena, mas impossibilita voltar para o
trabalho que se fazia antes da escolha.

10. (CESPE/MPE-PI/2012) No Windows, um arquivo excluído nem sempre


irá para a Lixeira.

11. (CESPE/TJ-AC/2012) No Windows, para enviar um arquivo para a lixeira,


é necessário clicar o nome do arquivo, contido no gerenciador de arquivos, e
pressionar as teclas CTRL + DELETE.

59
12. (CESPE/STJ/2015) No Windows 7, uma das opções de configuração que
pode ser definida para a Lixeira é fazer que um arquivo apagado por um usuário
seja imediatamente excluído do sistema, eliminando-se, dessa forma, o envio
desse arquivo à Lixeira.

13.(CESPE/MDS/2012) O desktop, ou área de transferência do Windows, é um


ambiente de trabalho em que ficam armazenados temporariamente os
arquivos ou parte de documentos que foram excluídos ou que foram copiados
e aguardam ser colados em outro destino.

14.(CESPE/SEDF/2017) O programa Otimizar unidades, do Windows 8.1, além


de organizar os arquivos no disco, tem o objetivo de melhorar o desempenho
desse dispositivo de armazenamento.

15.(CESPE/TCEPA/2016) No Windows, ao se clicar a opção Esvaziar Lixeira, os


arquivos são enviados para uma área de transferência, onde permanecerão
por tempo definido pelo usuário, para que possam ser recuperados em caso
de necessidade.

16. (CESPE/SUFRAMA/2014) Uma desvantagem da opção Restauração do


Sistema, do Windows, é que ela afeta os arquivos pessoais — a exemplo de e-
mail, documentos ou fotos — que tenham sido modificados ou criados entre o
ponto de restauração e a data da recuperação.

60
17.(CESPE/STJ/2015) No Windows 7, a execução do recurso Limpeza de Disco,
desde que configurado, além de acarretar o apagamento dos
arquivos temporários e arquivos considerados desnecessários pelo sistema,
também apagará os arquivos contidos na Lixeira.

18.(CESPE/TCU/2012) No Windows, o recurso Central de Ações realiza a


verificação de itens de segurança e manutenção do computador e emite
notificações para o usuário, as quais ocorrem quando o status de um item
monitorado é alterado.

19.(CESPE/ANATEL/2012) O utilitário Windows Update permite manter o sistema


operacional atualizado.

20.(CESPE/FUB/2015) O Windows Defender é um antivírus nativo do Windows


8.1 que protege o computador contra alguns tipos específicos de vírus,
contudo ele é ineficaz contra os spywares.

21. (CESPE/DPU/2016) Por meio da tecla , é possível acessar diretamente


algumas funcionalidades do ambiente Windows. Essa opção no teclado
permite ações rápidas quando associada simultaneamente a outras teclas,

por exemplo, se associada à tecla , acessa-se o Windows Explorer; se à

tecla , visualiza-se a Área de Trabalho.

61
22.(CESPE/TJDFT/2015) No Windows, quando um ícone associado a um arquivo
for arrastado para um disco diferente do atual, será criada uma cópia do
arquivo, sendo mantido o arquivo no disco de origem.

23.(CESPE/TC-DF/2014) No Windows, o recurso Otimizar Unidades permite


otimizar tanto um computador quanto uma unidade de rede para melhorar o
desempenho.

24.(CESPE/DPF/2014) No Windows, não há possibilidade de o usuário interagir


com o sistema operacional por meio de uma tela de computador sensível ao
toque.

25.(CESPE/MDIC/2014) No Windows 7, ao se colocar o computador no estado


de hibernação, os arquivos abertos são salvos e o computador é desligado
como forma de economizar energia.

26.(CESPE/DETRAN ES/2010) As bibliotecas, no Windows 7, gerenciam arquivos,


mas não os armazenam, embora tenham a capacidade de monitorar as
pastas que contêm os itens, permitindo que os arquivos sejam acessados e
organizados de várias maneiras.

27. (CESPE/PCDF/2013) Considere que um usuário de login joao_jose esteja


usando o Windows Explorer para navegar no sistema de arquivos de um
computador com ambiente Windows 7. Considere ainda que, enquanto um
conjunto de arquivos e pastas é apresentado, o usuário observe, na barra de

62
ferramentas do Windows Explorer, as seguintes informações: Bibliotecas >
Documentos > Projetos. Nessa situação, é mais provável que tais arquivos e
pastas estejam contidos no
diretório C:\Bibliotecas\Documentos\Projetos que no
diretório C:\Users\joao_jose\Documents\Projetos.

28.(CESPE/STJ/2015) O Windows 7 foi lançado em quatro versões, cada uma


direcionada a um público específico. A versão Starter possibilita a
encriptação de dados mediante o uso do recurso conhecido como BitLocker.

29.(CESPE/TRERJ/2013) No Windows 7, a funcionalidade Readyboost possibilita


a utilização de memórias do tipo flash com a finalidade de melhorar o
desempenho do computador.

63
GABARITO

1. E 2. C 3. E
4. E 5. C 6. C
7. C 8. C 9. E
10. C 11. E 12. C
13. E 14. C 15. E
16. E 17. C 18. C
19. C 20. E 21. C
22. C 23. E 24. E
25. C 26. C 27. E
28. E 29. C

64
LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

DIOGO ALVES
Mestrando em Comunicação Social, já atuou em diversos cursos
preparatórios para concursos públicos, bem como instituições
de ensino superior na área de Redação Discursiva. Atualmente é
professor da carreira Online e à preparação de candidatos para
diversos certames por todo o Brasil.

ACENTO GRAVE INDICATIVO DE CRASE


Dá-se o nome de CRASE ao fenômeno de encontro de duas vogais iguais e contí-
guas. Quando uma preposição “a” se encontra com outro “a”, esse encontro deve ser
indicado pelo ACENTO GRAVE INDICADOR/ INDICATIVO DE CRASE.

A maior parte dos casos de crase pode ser identificada a partir da técnica do “TER-
MO REGENTE + TERMO REGIDO”. De um lado, há um TERMO REGENTE, que pode ou
não exigir uma preposição — e, nesta aula, só nos interessa a preposição “a”. Do outro
lado, há um TERMO REGIDO, que pode aceitar ou não um artigo definido feminino.
Nessa posição de “termo regido” também pode existir um pronome demonstrativo
a(s), aquele(s), aquela(s) ou aquilo, um pronome relativo a qual/as quais.

Se houver o encontro da preposição a com outro a, OCORRE A CRASE: os dois vi-


ram um só “a” que recebe o acento grave (`) para indicar essa fusão “à”. Em resumo, só
haverá crase (fusão) se houver dois “as”: um deles necessariamente será a preposição,
exigida pelo termo regente, e o outro, como termo regido, pode ser:

I) pronome demonstrativo a(s), aquele(s), aquela(s), aquilo;

II) pronome relativo a qual / as quais;

III) artigo definido feminino (singular ou plural): a(s).

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 65


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

Para ter certeza de que a palavra admite o artigo feminino, construa uma frase em
que essa palavra seja o sujeito e verifique a possibilidade de colocar o artigo antes dela.

Exemplo: a palavra escolhida é “você”. Não seria possível usar o artigo feminino
antes desse pronome de tratamento — “A você está linda hoje” —, logo, não há crase
antes de você.

Não ocorre crase

• Antes de palavra masculina (pois não admite artigo definido feminino por ser
masculina).

• Antes de verbo (pois não admite artigo definido feminino — mesmo quando
substantivado, recebe o artigo masculino e não o feminino — “o ranger”, “o
regressar”).

• Antes de pronomes em geral com exceção dos pronomes possessivos e os


enumerados logo acima (demonstrativos a [s], aquele[s], aquela[s], aquilo,
e relativos a qual / as quais), todos os demais não admitem artigo definido
feminino.

• Antes de substantivos em sentido vago, genérico (não admitem artigo defini-


do feminino por serem vagos, genéricos).

• Em expressões de palavras repetidas (cara a cara, dia a dia, boca a boca).

Casos especiais do uso da crase


I) Locuções femininas, sejam elas adverbiais (à força, à vista), adjetivas (à fan-
tasia, à toa), conjuntivas (à medida que, à proporção que) ou prepositivas (à
espera de, à procura de).

II) Diante de masculino, em que esteja subentendida a expressão “à moda de”,


“à maneira de” (“Ele escrevia à Machado de Assis.”, “O artilheiro fez um gol à
Romário.”). Cuidado: em “bife a cavalo” ou em “frango a passarinho” não está

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 66


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

subentendida essa expressão (não é “à maneira do cavalo ou do passarinho”)


e, por isso, não leva acento.

Casos facultativos do uso da crase


• ATÉ A POSSE, DILMA!

Preposição ATÉ;

Pronomes possessivos femininos no singular (no plural é obrigatório o uso do


acento grave);

Antes de nomes de mulheres (nomes próprios femininos – Maria, Joana...).

ATENÇÃO!

Esta redação é igual àquela que redigi. Troque por “a esta” para analisar o uso
do acento grave em pronomes demonstrativos aquele + flexões.

BIZU: como analisar a ocorrência de crase?

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 67


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

TREINAMENTO
1. O emprego do sinal indicativo de crase no trecho destacado “A consequência é o
aumento da frequência, da magnitude, da rapidez e do tempo de permanência das
cheias que têm causado prejuízos às cidades.” justifica-se pela regência de “têm”
e pela presença de artigo feminino plural.

Gabarito: Errado
Comentário: Quem exige a preposição é o verbo causar: “(...) cheias que têm (verbo
auxiliar de “causar” não manda na transitividade) causado (verbo transitivo direto
e indireto) prejuízos (objeto direto) às cidades (objeto indireto). Como a palavra
“cidades” é feminina e núcleo do objeto indireto, esta aceita artigo “as” anteposto.

2. Com referência às relações de regência e ao emprego do sinal indicativo de crase,


assinale a opção incorreta.
a) Todos os eleitores faltosos permanecem sujeitos àquelas penalidades previstas
em lei.
b) A posse dos deputados estaduais compete às assembleias legislativas dos estados.
c) A população assistiu, ao vivo e em cores, à contagem dos votos no último pro-
cesso eleitoral.
d) A escolha dos dirigentes do Poder Executivo para seus cargos submete-se à
vontade popular.
e) Ninguém tem o direito de alegar à ignorância no que diz respeito à necessidade
e à importância do voto.

Gabarito: e
Comentário: O verbo alegar é transitivo direto e não exige preposição “a”. O correto
seria “alegar a ignorância”.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 68


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

3. O termo sintático “chegou a 190 bilhões de dólares” é iniciado pela preposição


“a” por exigência do verbo chegar. Se fosse utilizada a expressão “soma de”, seria
preservada a coerência do trecho, mas a correção gramatical exigiria que fosse
usado o sinal de crase: “à soma de 190 bilhões de dólares”.

Gabarito: Certo
Comentário: O ajuste no texto permite o uso do acento grave: “chegou à soma de
190 bilhões de dólares”. O verbo chegar exige preposição “a” e o termo “soma”,
por ser feminino, aceita o artigo “a” anteposto, ocasionado crase obrigatória.

4. Por ser constituída de substantivos femininos, a expressão “cara a cara” pode ser
corretamente grafada, também, como “cara à cara”.

Gabarito: Errado
Comentário: Não se usa crase com palavras repetidas.

5. Na expressão “(...) impuseram o sentido que mais lhe convinha à nossa história”
do verbo IMPOR é complemento, e, nela, é facultativo o emprego do acento grave
(indicativo de crase).

Gabarito: Certo
Comentário: A crase é facultativa antes de pronomes possessivos femininos no
singular (minha, tua, sua, nossa).

6. No trecho: “para conduzi-las à nossa casa”, o sinal indicativo de crase poderia ser
retirado, sem prejuízo para a correção gramatical do período.

Gabarito: Certo
Comentário: A crase é facultativa antes de pronomes possessivos femininos no
singular (minha, tua, sua, nossa).

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 69


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

7. No trecho: “É um potencial biológico e psicológico, isto é, a inteligência está asso-


ciada aos nossos desejos e às nossas ações conscientes e inconscientes” a retirada
o acento grave indicador de crase no trecho destacado não altera a correção gra-
matical do texto, pois antecede um pronome possessivo.

Gabarito: Errado
Comentário: Nesse caso, o pronome está no plural, sendo obrigatória a crase. Além
disso, há o conectivo “e”, que estabelece o paralelismo na construção: “aos nossos
desejos e às nossas ações”.

8. No trecho “deu início à sua caminhada cósmica”, o emprego do acento grave indi-
cativo de crase é obrigatório.

Gabarito: Errado
Comentário: É facultativo o acento grave antes de pronomes possessivos femininos
no singular.

9. No trecho “envio de astronaves à Lua e a Marte”, a ausência do acento grave indica-


tivo de crase em “a Marte” justifica-se pela presença do conectivo “e”, empregado
para ligar duas expressões de mesma função.

Gabarito: Errado
Comentário: Não se usa crase antes de palavras masculinas. Exceção: “moda” /
“maneira” subentendidas. Ex.: Gol à Pelé (à moda Pelé).

10. Em vez de “... voltou a ocupar importante lugar no Japão”, também estaria correto
“... voltou à ocupar importante lugar no Japão”.

Gabarito: Errado
Comentário: Não se usa crase antes de verbos.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 70


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

11. Em “... a guerra entre Estados Unidos e Japão chegava ao fim”, se substituíssemos
a palavra destacada por etapa final, o uso do acento grave seria obrigatório.

Gabarito: Certo
Comentário: Toda vez que couber “ao” quando for palavra masculina, na troca por
uma feminina haverá “à”.

12. Em “Uma ferrovia ultrarrápida conecta a cidade a Osaka e Tóquio”, o acento grave
é opcional.

Gabarito: Errado
Comentário: É proibido, pois o verbo conectar é transitivo direto e indireto. No
contexto em que o examinador cobrou a inserção do sinal indicativo de crase, não
é possível o emprego, visto que o trecho é objeto direto.

13. Nas frases “... em alusão às pequeninas selas de barro” e “Quero ter direito à vida”,
o acento grave foi empregado em obediência à mesma regra.

Gabarito: Certo
Comentário: Regência nominal das palavras “alusão” e “direito”. Ambos os termos
exigem preposição “a”. Ademais, “selas” e “vida”, por serem palavras femininas,
aceitam o artigo “a” anteposto.

14. Em “... em alusão às pequeninas selas de barro”, o acento grave foi empregado em
virtude das relações de regência nominal.

Gabarito: Certo
Comentário: Ver questão anterior.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 71


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

15. No trecho “A essas baixas somaram-se os queimados e os mutilados”, o uso do


acento grave é opcional.

Gabarito: Errado
Comentário: É proibido com o pronome “esse” e flexões.

16. Na oração “... único prédio a resistir parcialmente à explosão”, o uso do acento
grave se justifica pelo fato de introduzir objeto indireto com núcleo feminino.

Gabarito: Certo
Comentário: Veja: (...) resistir (verbo transitivo indireto) parcialmente (adjunto ad-
verbial de modo) à explosão (objeto indireto do verbo resistir com núcleo feminino
“explosão”).

17. Considere o seguinte trecho:


No projeto de lei ____ questões que precisam ser revistas de forma ___ garantir
que os direitos humanos dos migrantes sejam respeitados. Entre os pontos que
devem ser revistos pelo Senado estão ___ garantia de acesso ___ Justiça e do de-
vido processo legal.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima.
a) à – há – a – a.
b) a – à – há – à.
c) há – à – a – a.
d) há – a – há – à.
e) há – a – a – à.

Gabarito: Errado
Comentário: Veja: “No projeto de lei há (existem) questões”; “de forma a (prepo-
sição apenas, pois não se usa crase antes de verbos) garantir”; “estão a (artigo)
garantia”; “acesso à (preposição exigida pela palavra “acesso” + artigo definido
feminino singular que acompanha “Justiça”) Justiça”.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 72


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

18. Quanto aos recursos de construção de sentido e correção do texto, analise as pro-
posições a seguir:

Leia:
I. “Diversas substâncias têm sido estudadas como inseticidas, uma vez que os mais
usados atualmente vêm perdendo sua eficiência”. Os verbos ter e vir aparecem
acentuados, o que confere correção ao período, pois seus sujeitos estão na terceira
pessoa do plural.

Gabarito: Certo
Comentário: Regra do plural dos verbos ter e vir (têm / vêm).

II. A crase presente em “Nos países tropicais, devido ao calor e à umidade, é comum
a proliferação de mosquitos”, seria dispensada se ao invés de umidade, tivéssemos
a palavra “aquosidades”.

Gabarito: Certo
Comentário: Não se usa crase com palavra no plural.

III. A vírgula presente em: “No Brasil e em outros países, o Aedes aegypti é o maior
causador da dengue” justifica-se por estar separando duas orações coordenadas.
Gabarito: Errado
Comentário: Isola adjunto adverbial de lugar deslocado.

IV. Em “Na culinária brasileira, o cravo está bastante presente devido ao aroma e
sabor característicos”, o termo “característicos” está no masculino por concordar
com o substantivo masculino “cravo”.

Gabarito: Errado
Comentário: Concorda com “aroma e sabor”.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 73


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

a) Estão corretas apenas as proposições II e IV.


b) Estão corretas apenas as proposições I, II e III.
c) Estão corretas apenas as proposições I e II.
d) Estão corretas apenas as proposições II, III e IV.

Gabarito: c
Comentário: Apenas I e II estão corretas.

19. Os fiscais do Ibama foram _______ Amazônia e lá chegaram _________ destruir


equipamentos que eram destinados ________ atividades ilegais de extração de
madeira.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas da frase devem ser preenchidas, res-
pectivamente, com:
a) à … à … à
b) a … à … à
c) à … a … a
d) a … a … à
e) à … à … a

Gabarito: Certo
Comentário: “Foram à Amazônia”; “chagaram a destruir”; “destinados a atividades”.

20. As alternativas abaixo apresentam exemplos de uso adequado da crase, exceto:


a) Às vezes, para aquietar-me, ando calmamente pelo parque.
b) Basta uma situação qualquer e ele põe-se à rir.
c) À medida que falava, o auditório comovia-se profundamente!
d) Neste final de semana vou à praia!

Gabarito: b
Comentário: Não se usa crase antes de verbo.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 74


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

21. Devido ____ presença de mais de 40 espécies de mosquitos, ____ floresta Zika,
em Uganda, foi o local em que se identificou o vírus pela primeira vez, ____ mais
de 60 anos.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.
a) à – há – a.
b) a – à – há.
c) há – à – a.
d) há – a – há.
e) à – a – há.

Gabarito: e
Comentário: Devido à presença; a floresta (apenas artigo); há mais de 60 anos
(verbo haver indicando tempo decorrido).

22. Assim como em “(...) tentei viver à base de carne de soja!” (linha 19), a crase está
empregada corretamente, exceto em
a) As dietas muito restritivas fazem mal à saúde.
b) À proporção que comeres melhor, terás mais vitalidade.
c) Para emagrecer, tomou o remédio gota à gota.
d) Refiro-me àqueles nutricionistas que chegaram agora.
e) Leite de soja e quinoa foram incorporados à minha dieta.

Gabarito: c
Comentário: Não se usa crase com palavras repetidas.

23. Em relação ao uso de crase, assinale a alternativa em que o acento grave está em-
pregado de forma correta.
a) Atendendo às necessidades particulares, os pacientes são socorridos por uma
equipe do SAMU mais ou menos completa, composta ou não por médico.
b) Às ambulâncias do SAMU são equipadas com remédios, maca, colares, pranchas,
pinça, bisturi, desfibrilador, respirador e bomba de infusão.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 75


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

c) Muitos pacientes em estado grave demoram a ser atendidos, já que à atendi-


mento prioritário para idosos, gestantes e pessoas com deficiência.
d) Para atender à um “código vermelho” (pessoa sob risco de morte), a ordem é
voar baixo, com luz e sirene ligadas, para chegar ao local em até 15 minutos.

Gabarito: a
Comentário:
b) As ambulâncias (sujeito jamais terá crase);
c) há atendimento (verbo haver, neste contexto);
d) a um (não se usa crase com termos masculinos).

24. O emprego do acento grave em “Às vezes, aparecem nos rostos sorrisos de con-
fiança.” (5º§) justifica-se pela mesma razão do que ocorre no seguinte exemplo:
a) Entregou o documento às meninas.
b) Manteve-se sempre fiel às suas convicções.
c) Saiu, às pressas, mas não reclamou.
d) Às experiências, dedicou sua vida.
e) Deu um retorno às fãs.

Gabarito: c
Comentário: Caso especial de crase – às vezes (indica tempo). “Às pressas” (indica
modo). Ambos são adjuntos adverbiais e envolvem uso especial do acento grave,
pois não há termo regente (que exija preposição “a” e termo regido (que aceite
artigo “a” anteposto).

25. A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se empregasse o sinal grave
indicativo de crase no “a” em “fuja a determinações”.

Gabarito: Certo
Comentário: Não se usa crase com palavra no plural.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 76


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

26. O emprego do sinal indicativo de crase em “à capacidade dessa ciência” é faculta-


tivo.

Gabarito: Errado
Comentário: Só é facultativo com a preposição até, diante de pronomes possessivos
femininos no singular, e diante de nomes de mulheres.

27. Assinale a alternativa que completa corretamente a seguinte frase:


O leitor tem direito
a) à restrições com relação ao ponto de vista exposto pelo autor.
b) à defesa da ideia de que outros colonizadores seriam preferíveis aos portugue-
ses.
c) à acreditar que o Brasil deveria ter sido colonizado por outros povos.
d) à uma opinião diversa da veiculada por esse texto jornalístico.
e) à argumentos que tornem discutível o parecer do autor.

Gabarito: b
Comentário:
a) não se usa crase com palavra plural;
c) não se usa crase antes de verbos;
d) não se usa crase diante de termos indefinidos (toda, uma, certa, alguma, cada,
qualquer...);
e) não se usa crase diante de palavra masculina e diante de palavra no plural (dois
motivos proíbem o uso da crase nesse contexto).

28. Indique a opção em que o acento indicativo de crase NÃO foi utilizado adequada-
mente:
a) As bordaduras e os recantos de oiro, os veludos e sedas de fora, talhados à
francesa, resplandeciam constelados de pérolas e diamantes.
b) Vou à feira e, depois, irei a Copacabana.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 77


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

c) Daí que de tempos à tempos tenha de dar-se uma nova ruptura, que apanhe
desprevenida a norma retificadora.
d) Meu pai, à cabeceira, saboreava a goles extensos a alegria dos convivas.
e) Rompo à frente, tomo a mão esquerda.

Gabarito: c
Comentário: Não se usa crase com palavras repetidas.

29. Em “hoje o acesso à internet abrange 77% dos jovens brasileiros” (2º parágrafo),
o emprego do sinal grave indicativo de crase é obrigatório; como também em:
a) Com o objetivo de democratização da informática, essa abordagem é voltada a
empoderamento e geração de renda.
b) Alguns aspectos da abrangente inovação tecnológica ainda estão restritos a
camada mais rica da população.
c) Muitos indivíduos, ainda hoje, se movem pelo desprezo a qualquer tecnologia
avançada.
d) Há fomento a uma nova consciência sobre o potencial transformador da tecno-
logia.

Gabarito: b
Comentário: “(...) estão restritos à camada mais rica da população”. Em todos os
outros itens a crase é proibida.

30. Leia o trecho a seguir.


“Outra pista para o diagnóstico de síndrome das pernas inquietas são os movimentos
periódicos dos membros, que ocorrem à noite durante o sono, e são involuntários.”
Em relação ao acento indicativo de crase, assinale a alternativa correta.
a) acento é facultativo e ocorre por ser regido pelo verbo “ocorrer”.
b) O acento é facultativo e ocorre por “à noite” ser uma locução adverbial de tempo.
c) O acento é obrigatório e ocorre por ser regido pelo verbo “ocorrer”.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 78


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

d) O acento é obrigatório e ocorre por “à noite” ser uma locução adverbial de


tempo.

Gabarito: b
Comentário: “À noite” – advérbio de tempo; “A noite” – substantivo.

31. Considerando o estudo da crase, sabe-se que o emprego do acento grave para
indicá-la pode ser obrigatório, facultativo ou inadequado. A adequação presente
em “reverência à tecnologia” (1º§) apresenta a mesma justificativa vista em:
a) A cada dia excluem-se às afetividades.
b) Tal situação traz insegurança à classe menos favorecida.
c) Neste caso, à presença de mulheres cria problemas legais.
d) As ações foram planejadas para que fossem executadas à noite.

Gabarito: b
Comentário:
a) excluem-se as afetividades. A palavra “afetividades” é sujeito paciente;
c) a presença de mulheres. Não se usa crase em termos que desempenham função
sintática de sujeito;
d) à noite. Caso especial de crase (não envolve termo regente e termo regido, ou
seja, um verbo ou um nome que exija preposição “a” e outro que aceite artigo
“a” anteposto).

32. Assinale a alternativa correta:


Gabriel Garcia Marques cresceu em meio _____ plantações de banana de Arataca,
situada _____ poucos quilômetros do vilarejo de Macondo, que ele se dedicou
_____ retratar na obra Cem anos de solidão.
Preencha corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
a) às - a - a
b) às - à - à

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 79


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

c) as - a - à
d) as - à - a
e) as - à - à

Gabarito: a
Comentário:
(...) cresceu em meio às plantações – adjunto adverbial de lugar;
(...) situada a poucos quilômetros – não se usa crase antes de palavra masculina e
plural;
(...) que ele de dedicou a retratar – não se usa crase antes de verbos.

33. Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, o sinal indicativo de crase pode-
ria ser eliminado em ambas as ocorrências no trecho “voltados à recuperação e à
reinserção social”.

Gabarito: c
Comentário: Altera-se apenas o sentido, deixando os termos em sentido genérico,
pois não haveria o artigo definido.

34. O emprego da crase está corretamente justificado em:


a) [...] mais tarde, à medida que envelhece [...] / Locução prepositiva feminina.
b) [...] que já nem sabe se escurece realmente à sua volta [...] / Obrigatória antes
de pronomes possessivos femininos.
c) [...] sentar-se a um lado, frente à porta. / Expressão adverbial feminina de modo.
d) Às vezes, o sentinela o submetia a pequenos interrogatórios [...] / Locução con-
juntiva.
e) [...] longa barba rala e negra à tártaros [...] / Antes de palavra feminina implícita.

Gabarito: e
Comentário: Há crase antes de palavra masculina e plural, visto que a expressão
“moda” está subentendida.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 80


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

35. Justifica-se o emprego do sinal indicativo da crase para marcar o complemento


verbal nos enunciados
I. “Às academias de musculação não me adaptei.”
II. “A memória às vezes falha, ou tarda, mas não a ponto de comprometer o trabalho
ou a atividade intelectual.”
III. “E se a paisagem a frente se faz nebulosa, os caminhos percorridos mantêm-se
banhados de luz.”
IV. “Para contrapor à labilidade do presente e à incerteza do futuro, temos as coisas
findas, “muito mais que lindas”, que permanecem – na nossa memória.”

Estão corretos os itens


a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) II e IV.

Gabarito: a
Comentário: Na ordem direta – I: “Não me adaptei às academias de musculação”;
II: “A memória às vezes falha...” (adjunto adverbial de tempo – equivale a “de vez
em quando”).

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 81


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

QUESTÕES COMENTADAS


1 Para fazer frente a essas transformações, é necessário um novo tipo de
planejamento urbano. Conceitos rígidos dão lugar à flexibilidade, à análise de
cenários alternativos e à inclusão da sociedade na formulação das políticas

1. (Cespe/Iphan/Conhecimentos Básicos/Cargos de Nível Médio/2018) No trecho “à


análise de cenários alternativos e à inclusão da sociedade na formulação das polí-
ticas” (ℓ. 26 a 28), o emprego do sinal indicativo de crase é obrigatório em ambas
as ocorrências.

Gabarito: Certo
Comentário: Os termos estão coordenados entre si, ou seja, ligados por conjunção
coordenativa aditiva “e” (o que tem de um lado, deve ter do outro); isso já indica a
obrigatoriedade da crase em ambos os trechos. Veja a análise sintática completa:
Conceitos rígidos (sujeito) dão (verbo transitivo direto e indireto) lugar (objeto
direto do verbo dar) à flexibilidade (objeto indireto do verbo dar), à análise de ce-
nários alternativos (objeto indireto do verbo dar) e à inclusão da sociedade (objeto
indireto do verbo dar) na formulação de políticas (adjunto adverbial).
Todos os elementos que levam crase exercem a mesma função sintática: a de objeto
indireto (a preposição A é obrigatória em todos os elementos); o fato de todas as
palavras serem femininas e aceitarem o artigo definido anteposto faz com que a
haja crase obrigatória em todos os itens.


1 O Ministério Público é fruto do desenvolvimento do estado brasileiro e
da democracia. A sua história é marcada por processos que culminaram na sua
formalização institucional e na ampliação de sua área de atuação.

4 No período colonial, o Brasil foi orientado pelo direito lusitano. Não havia
o Ministério Público como instituição. Mas as Ordenações Manuelinas de 1521

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 82


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

e as Ordenações Filipinas de 1603 já faziam menção aos promotores de justiça,


7 atribuindo a eles o papel de fiscalizar a lei e de promover a acusação criminal.
Existiam os cargos de procurador dos feitos da Coroa (defensor da Coroa) e de
procurador da Fazenda (defensor do fisco).
10 A Constituição de 1988 faz referência expressa ao Ministério Público
no capítulo Das Funções Essenciais à Justiça. Define as funções institucionais,
as garantias e as vedações de seus membros. Isso deu evidência à instituição,
13 tornando-a uma espécie de ouvidoria da sociedade brasileira.
Internet: <www.mpu.mp.br> (com adaptações).

2. (Cespe/MPU/Conhecimentos Básicos para o Cargo 33/2013) Na linha 16, o emprego


do sinal indicativo de crase é obrigatório, dadas a regência da forma verbal “deu”,
que exige complemento preposicionado, e a presença do artigo definido feminino
a, que antecede o substantivo “instituição”.

Gabarito: Certo
Comentário: Veja a análise: “Isso (sujeito) deu (verbo transitivo direto e indireto)
evidência (objeto direto) à instituição (objeto indireto)”. O verbo dar exige prepo-
sição “a” para se ligar ao seu complemento indireto (objeto indireto) e a palavra
“instituição”, por ser feminina, aceita o artigo “a” anteposto, resultando na crase
obrigatória.


1 As diferenças de classes vão ser estabelecidas em dois níveis polares:
classe privilegiada e classe não privilegiada. Nessa dicotomia, um leitor crítico vai
perceber que se trata de um corte epistemológico, na medida em que fica óbvio
4 que classificar por extremos não reflete a complexidade de classes da sociedade
brasileira, apesar de indicar os picos. Em cada um dos polos, outras diferenças se
fazem presentes, mas preferimos alçar a dicotomia maior que tanto habita o mundo
7 das estatísticas quanto, e principalmente, o mundo do imaginário social. Estudos
a respeito de riqueza e pobreza ora dão quitação a classes pela forma quantitativa

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 83


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

da ordem do ganho econômico, ora pelo grau de consumo na sociedade capitalista,


10 ora pela forma de apresentação em vestuário, ora pela violência de quem não tem
mais nada a perder e assim por diante. O imaginário, em sua organização dinâmica
e com sua capacidade de produzir imagens simbólicas e estereótipos, maneja
13 representações que possibilitam pôr ordem no caos. O imaginário, acionado pela
imaginação individual, é pluriespacial e, na interação social, constrói a memória, a
história museológica. Mesmo que possamos pensar que estereótipos são resultado
16 de matrizes, a cultura é dinâmica, porquanto símbolos e estereótipos são olhados
e ressignificados em determinado instante social.
Dina Maria Martins Ferreira. Não pense, veja. São Paulo: Fapesp&Annablume, p. 62 (com adaptações).

3. (Cespe/MPU/Analista de Saúde - Serviço Social/2010) Na linha 11, a ausência de


sinal indicativo de crase no segmento “a classes” indica que foi empregada apenas
a preposição a, exigida pelo verbo dar, sem haver emprego do artigo feminino.

Gabarito: Certo
Comentário: “(...) dão (verbo transitivo direto e indireto) quitação (objeto direto)
a classes (objeto indireto)”. Veja que a palavra “classes” não está antecedida de
artigo, o que traz o emprego apenas da preposição “a”, exigida pelo verbo “dar”
para ligar ao seu complemento indireto.

TEXTO II


1 A partir de uma ação do Ministério Público Federal (MPF), o Tribunal
Regional Federal da 2.a Região (TRF2) determinou que a Google Brasil retirasse, em
até 72 horas, 15 vídeos do YouTube que disseminam o preconceito, a intolerância e
4 a discriminação a religiões de matriz africana, e fixou multa diária de R$ 50.000,00
em caso de descumprimento da ordem judicial. Na ação civil pública, a Procuradoria
Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC/RJ) alegou que a Constituição garante

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 84


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

7 aos cidadãos não apenas a obrigação do Estado em respeitar as liberdades, mas


também a obrigação de zelar para que elas sejam respeitadas pelas pessoas em
suas relações recíprocas.
10 Para a PRDC/RJ, somente a imediata exclusão dos vídeos da Internet
restauraria a dignidade de tratamento, que, nesse caso, foi negada às religiões de
matrizes africanas. Corroborando a visão do MPF, o TRF2 entendeu que a veiculação
13 de vídeos potencialmente ofensivos e fomentadores do ódio, da discriminação e
da intolerância contra religiões de matrizes africanas não corresponde ao legítimo
exercício do direito à liberdade de expr essão. O tribunal considerou que a liberdade
16 de expressão não se pode traduzir em desrespeito às diferentes manifestações
dessa mesma liberdade, pois ela encontra limites no próprio exercício de outros
direitos fundamentais.
Internet: <http://ibde.org.br> (com adaptações).

4. (Cespe/MPU/Técnico do MPU - Segurança Institucional e Transporte - Conhecimentos


Básicos/2015) Nas linhas 21 e 22, o emprego do sinal indicativo de crase em “às dife-
rentes” justifica-se pela regência de “desrespeito”, que exige complemento antecedido
da preposição a, e pela presença de artigo feminino plural antes de “diferentes”.

Gabarito: Certo
Comentário: “(...) desrespeito às diferentes manifestações”. O termo regente é a
palavra “desrespeito”, que exige preposição “a” para se ligar ao seu complemento
nominal; e a expressão “diferentes manifestações”, por ser feminina e plural, aceita
o artigo “as” anteposto, resultando no emprego obrigatório do acento grave indi-
cador de crase.

1 O SERPRO também integra diversas parcerias com outros órgãos do governo,


desenvolvendo soluções e participando ativamente de ações de governo ligadas à
inclusão digital.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 85


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

5. (Cespe/Serpro/Nível Médio/Conhecimentos Básicos/2013) No trecho “ações de


governo ligadas à inclusão digital” (l.30-31), o emprego do acento indicativo de
crase justifica-se pela presença de artigo definido feminino antes de “inclusão” e
pela regência de “ligadas”, que, pelos sentidos do texto, exige complemento regido
pela preposição a.

Gabarito: Certo
Comentário: Quem está ligada, está ligada A alguma coisa ou A alguém; “inclusão”,
por ser palavra feminina, aceita o artigo “a” anteposto.

1 Os serviços públicos de radiodifusão sempre tiveram papel crucial na


sociedade democrática ao oferecerem acesso a informação, diversidade e identidade
cultural e mecanismos que colaborem com a participação dos cidadãos no debate
4 público. Em geral, eles atuam no sistema de mídia como complementares aos
serviços comerciais, satisfazendo as necessidades de informação e os interesses
aos quais o mercado não chega a responder. Ademais, a qualidade tem sua marca
7 distintiva, muitas vezes servindo de parâmetro para o setor de mídia como um todo
em países da Europa e nos EUA.
Historicamente, os organismos de radiodifusão de serviço público na Europa
10 foram operados como monopólios protegidos por lei. Mas esses dias deixaram de
ser uma realidade nas últimas três décadas com a entrada de novos competidores da
iniciativa privada. Hoje, está em vigor um “duplo sistema”, embasado no equilíbrio
13 entre organismos de radiodifusão de serviço público e comerciais.
Na América Latina, o conceito de radiodifusão pública é relativamente
recente. Na maioria dos países do subcontinente, rádios e TVs sob controle de
16 governos, universidades e fundações públicas, financiados com recursos do Estado,
ainda não alcançaram plenamente a qualificação de meios públicos que sirvam
como exemplo de pluralismo para os outros meios, de incentivo ao debate ou de

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 86


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

19 uma produção jornalística independente. A condição de origem dessas emissoras,


em parte, explica a dependência organizacional e financeira de governos para sua
sustentabilidade.
Nelia R. Del Bianco et al. Radiodifusão pública: um desafio conceitual na América Latina.
In: Estudos em comunicação, n.o 12, dez./2012, p. 155-81 (com adaptações).

6. (Cespe/MC/Todos os Cargos/Especialidades 8, 17 e 20/2013) A correção gramatical


do texto seria mantida se, em “acesso a informação” (l.2-3), fosse empregado o
acento indicativo de crase: acesso à informação.

Gabarito: Errado
Comentário: Há quebra de paralelismo. Veja que a mesma construção deve ser
mantida em todos os elementos: “(...) acesso a informação, diversidade e identidade
cultural”. Se houver o emprego da crase no primeiro elemento, em todos os outros
também seria obrigatório: “(...) acesso à informação, à diversidade e à identidade
cultural”. Como o examinador não indicou isso, então o item ficou errado.

1 O direito à privacidade já desapareceu faz tempo no mundo em que vivemos.


Esse direito foi desmantelado, antes mesmo que pelos espiões, pela imprensa
marrom e pelas revistas cor-de-rosa, pela ferocidade dos debatedores políticos
4 — que, em sua ânsia de aniquilar o adversário, não hesitam em expor à luz suas
intimidades mais secretas — e por um público ávido por invadir o âmbito do privado
a fim de saciar sua curiosidade com segredos de alcova, escândalos de família,
7 relações perigosas, intrigas, vícios, tudo aquilo que antigamente parecia vedado à
exposição pública. Hoje, a fronteira entre o privado e o público se eclipsou e, embora
existam leis que na aparência protegem a privacidade, poucas pessoas apelam para
10 os tribunais a fim de reclamá-la, porque sabem que as possibilidades de que os
juízes lhes deem razão são escassas. Desse modo, embora por inércia continuemos
utilizando a palavra escândalo, a realidade a esvaziou do seu conteúdo tradicional

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 87


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

13 e da censura moral que implicava e passou a ser sinônimo de entretenimento


legítimo.
Mário Vargas Llosa. Aposentem os espiões. Internet:
<www.observatoriodaimprensa.com.br> (com adaptações).

7. (Cespe/MC/Todos os Cargos/Especialidades 2 – 6, 9 – 12, 14 – 16, 18, 21 – 25/2013)


Na linha 1, o emprego do sinal indicativo de crase em “à privacidade” deve-se à
presença do substantivo “direito”, cujo complemento deve ser introduzido pela
preposição a e, como o núcleo desse complemento é um substantivo feminino
determinado pelo artigo feminino a, este deve receber o acento grave.

Gabarito: Certo
Comentário: Quem tem direito, tem direito A algo; “privacidade”, por ser palavra
feminina, aceita o artigo “a” anteposto, resultando no emprego obrigatório de
crase.

1 A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou o último relatório


de monitoramento das operadoras, que, pela primeira vez, inclui os novos critérios
para suspensão temporária da comercialização de planos de saúde. Além do
4 descumprimento dos prazos de atendimento para consultas, exames e cirurgias,
previstos na RN 259, passaram a ser considerados todos os itens relacionados à
negativa de cobertura, como o rol de procedimentos, o período de carência, a rede
7 de atendimento, o reembolso e o mecanismo de autorização para os procedimentos.
Internet: <www.ans.gov.br> (com adaptações).

8. (Cespe/ANS/Especialista em Regulação de Saúde Suplementar/2013) Na linha 8, o


sinal indicativo de crase em “à negativa” é empregado porque a regência de “rela-
cionados” exige complemento regido pela preposição a e o termo “negativa” vem
antecedido de artigo definido feminino.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 88


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

Gabarito: Certo
Comentário: Quem está relacionado, está relacionado A alguém ou A alguma coisa;
“negativa”, por ser palavra feminina, aceita o artigo A anteposto.

1 Muitos são contra a privatização de rodovias e a cobrança de pedágio.


Realmente, pode-se dizer que é pagar impostos duas vezes; no entanto, no Brasil,
grande parte das rodovias que não são privatizadas não possui boas condições de
4 tráfego. Ou seja, pagamos apenas uma vez, mas não temos rodovias de qualidade.
O governo federal e os governos estaduais nem sempre têm condições de manter
as rodovias em perfeitas condições. A privatização surge como alternativa para
7 resolver esse problema. Com o auxílio da iniciativa privada, o governo consegue
fazer muito mais em pouco tempo.
Internet: <http://administracaoesucesso.com/> (com adaptações).

9. (Cespe/ANTT/Conhecimentos Básicos/Nível Intermediário/2013) Em “a privatiza-


ção” (l.1) e em “a cobrança” (l.1-2), o emprego do sinal indicativo de crase é op-
cional.

Gabarito: Errado
Comentário: A crase só será opcional em três contextos: após a preposição ATÉ;
antes de pronomes possessivos femininos no singular e antes de nomes de mu-
lheres.


1 Quando uma pessoa permanece por algum tempo dentro de uma sala
mais ou menos escura, experimenta, em primeiro lugar, uma alteração na sensação
de tempo, um retardamento no curso normal dos acontecimentos: a impressão
4 subjetiva é a de que o tempo passa mais lentamente do que quando, sob o efeito
da luz, seja natural, seja artificial, somos mantidos a certa distância de nossa

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 89


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

experiência temporal. Os efeitos psicológicos da permanência dentro de um quarto


7 escuro podem ser agrupados sob um denominador comum: a sensação de tédio. Tal
sensação caracteriza-se pela falta de “algo acontecendo” e denota simplesmente
o vazio da pessoa entediada.
10 Um outro efeito psicológico do confinamento visual em um quarto escuro
consiste na alteração da sensação de espaço. Sabe-se que a iluminação insuficiente
torna a forma dos objetos menos definida, o que dá à imagin ação maior liberdade
13 de interpretar o mundo que nos cerca. Quanto menor a capacidade do olho humano
de distinguir com clareza a forma real dos objetos, maior o papel desempenhado
pela imaginação, que faz um registro extremamente subjetivo do que ainda resta
16 de realidade visível. Essa modificação da sensação do espaço anula parcialmente
a barreira entre a consciência e o inconsciente; não se pode, portanto, descuidar
do papel do inconsciente na experiência cinematográfica.
Hugo Mauerhofer. A psicologia da experiência cinematográfica. Idem, p. 376 (com adaptações).

10. (Cespe/Ancine/Todos os Cargos - Especialista em Regulação da Atividade Cinema-


tográfica e Audiovisual Áreas I e II/2013) Dado o sentido indefinido associado a
“certa”, no trecho “a certa distância” (l.7), o emprego do acento grave, indicativo
de crase, no “a” prejudicaria a correção gramatical do texto.

Gabarito: Certo
Comentário: Não se usa crase diante de termos indefinidos: toda, uma, certa, al-
guma, cada, qualquer.

1 O principal objetivo do cinema é retratar as emoções. O teatro pode


recorrer às frases de efeito e sustentar o interesse da plateia por meio de diálogos
eminentemente intelectuais, e não emocionais. Já para o ator de cinema, a ação
4 é fundamental: é o único meio de assegurar a atenção do espectador, e mais, o
seu significado e a sua unidade emergem dos sentimentos e das emoções que a

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 90


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

determinam. No cinema, mais do que no teatro, os personagens são, antes de tudo,


7 sujeitos de experiências emocionais. A alegria e a dor, a esperança e o medo, o
amor e o ódio, a gratidão e a inveja, a solidariedade e a malícia conferem ao filme
significado e valor. Quais as possibilidades de o cinema exprimir esses sentimentos
10 de forma convincente?

11. (Cespe/Ancine/Todos os Cargos/Especialista em Regulação da Atividade Cinema-


tográfica e Audiovisual Áreas I e II/2013) Sem prejuízo da coerência e da correção
gramatical do texto, a expressão “às frases de efeito” (l.2) poderia ser substituída
por a frases de efeito.

Gabarito: Certo
Comentário: Nesse caso, houve a retirada do artigo definido feminino plural “as”
que antecedia o substantivo “frases”, permanecendo apenas a preposição “a” exi-
gida pelo verbo “recorrer” – quem recorre, recorre A alguém ou A alguma coisa.


1 Na educação, os técnicos identificaram que fatores como renda, moradia,
água, esgoto, coleta de lixo e escolaridade da população do município influenciaram
mais para a qualidade da nota do IDEB do que o acesso à infraestrutura pedagógica,
4 como biblioteca escolar e laboratório de informática. E o fator que mais pode
aumentar o desempenho do aluno é a escolaridade dos pais, principalmente a
mãe.

12. (Cespe/SEE-AL/Todos os Cargos/Conhecimentos Básicos/2013) No trecho “o acesso


à infraestrutura pedagógica” (l.13-14), o emprego do acento indicativo de crase é
obrigatório em decorrência de regra de regência nominal.

Gabarito: Certo
Comentário: Quem tem acesso, tem acesso A alguma coisa ou A alguém; “infra-
estrutura”, por ser palavra feminina, aceita o artigo “a” anteposto. Veja que “à in-

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 91


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

fraestrutura pedagógica” é complemento nominal do termo “acesso” (substantivo


que exige preposição A). Por isso, a regra é a da regência nominal.

1 Mesmo com todo o aparato tecnológico, que tem possibilitado o acesso


praticamente instantâneo à informação, questionam-se tanto aspectos quantitativos
como qualitativos dos conteúdos sobre ciência veiculados pelos meios de
4 comunicação de massa. A divulgação, por meio do jornalismo científico, está longe
do ideal. Na grande mídia, a ciência e a tecnologia ficam relegadas a segundo plano,
restritas a notas e notícias isoladas, em uma cobertura que busca sempre valorizar
7 o espetáculo e o sensacionalismo. A televisão aberta, principal veículo condutor de
conteúdos culturais, não contribui como deveria para o processo de “alfabetização
científica”, exibindo programas sobre o tema em horários de baixa audiência.

13. (Cespe/FUB/Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos de Nível Superior/2014)


Na linha 13, o uso do acento indicativo de crase em “à informação” deve-se à
regência do substantivo “acesso” e à presença do artigo feminino determinando
“informação”.

Gabarito: Certo
Comentário: Quem tem acesso, tem acesso A alguma coisa ou A alguém; “infor-
mação”, por ser palavra feminina, aceita o artigo “a” anteposto.

14. (Cespe/TJ-SE/Técnico Judiciário - Área Judiciária/2014) No trecho “deu início à sua


caminhada cósmica”, o emprego do acento grave indicativo de crase é obrigatório.

Gabarito: Errado
Comentário: É opcional neste contexto, pois antecede pronome possessivo femi-
nino singular.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 92


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

15. (Cespe/TJ-SE/Técnico Judiciário - Área Judiciária/2014) No trecho “envio de astrona-


ves à Lua e a Marte”, a ausência do acento grave indicativo de crase em “a Marte”
justifica-se pela presença do conectivo “e”, empregado para ligar duas expressões
de mesma função.

Gabarito: Errado
Comentário: Não há crase antes de palavras masculinas.


1 Em vinte e poucos anos, a Internet deixou de ser um ambiente virtual restrito
e transformou-se em fenômeno mundial. Atualmente, há tantos computadores e
dispositivos conectados à Internet que os mais de quatro bilhões de endereços
4 disponíveis estão praticamente esgotados. Por essa razão, a rede mundial concentra
as atenções não só das pessoas e de governos, mas também movimenta um enorme
contingente de empresas de infraestrutura de telecomunicações e de empresas
7 de conteúdo. Pela Internet são compradas passagens aéreas, entradas de cinema
e pizzas; acompanham-se as notícias do dia, as ações do governo, os gols e os
capítulos das novelas; e são postadas as fotos da última viagem, além de serem
10 comentados os últimos acontecimentos do grupo de amigos.
No entanto, junto com esse crescimento do mundo virtual, aumentaram
também o cometimento de crimes e outros desconfortos que levaram à criação de
13 leis que criminalizam determinadas práticas no uso da Internet, tais como invasão
a sítios e roubo de senhas.
Devido ao aumento dos problemas motivados pela digitalização das relações
16 pessoais, comerciais e governamentais, surgiu a necessidade de se regulamentar
o uso da Internet.
Internet: <www.camara.leg.br> (com adaptações).

16. (Cespe/TJ-SE/Conhecimentos Básicos para os Cargos 1,2,4 a 7/2014) É obrigatório


o emprego do sinal indicativo de crase em “à Internet” (l. 4) e “à criação” (l. 16).

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 93


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

Gabarito: Certo
Comentário: “Conectados à Internet” e “levaram à criação”. Quem está conectado,
está conectado A alguém ou A alguma coisa; “Internet”, por ser palavra feminina,
aceita o artigo “a” anteposto. No segundo exemplo, “levaram à criação”, acontece
a mesma coisa “quem leva, leva alguém A algum lugar ou A alguma coisa” (o verbo
“levar” exige preposição A e a palavra “criação”, por ser feminina, aceita o artigo
A anteposto).

17. Após a promulgação da Constituição, em 15 de outubro de 1988, o país pode se re-


conhecer como um estado pleno de direito, em que todos são iguais perante às leis.

Gabarito: Errado
Comentário: “Pôde”; “perante as leis” (perante é preposição, que justifica o fato
de não ser possível usar crase em às leis).

18. (Cespe/Caixa/Técnico Bancário/2014) Seria mantida a correção gramatical do texto


caso fosse empregado o sinal indicativo de crase no “a” em “ligados a computação,
informática, TI e análise de sistemas”.

Gabarito: Errado
Comentário: Há quebra de paralelismo caso se insira o acento grave indicador de
crase apenas no primeiro elemento. Para que o trecho fique correto, a construção
deveria ser: “ligados à computação, à informática, à TI e à análise de sistemas”.

19. (Cespe/Caixa/Nível Superior/Conhecimentos Básicos/2014) Seria mantida a cor-


reção gramatical do texto, caso fosse empregado o acento indicativo de crase no
“a”, em “cunhagem a martelo”.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 94


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

Gabarito: Errado
Comentário: Não se usa crase antes de palavras masculinas.

1 Para o observador externo, pode parecer pura preguiça. No entanto, o


ato de sonhar acordado relaciona-se ao desenvolvimento da autoconsciência e da
criatividade, à capacidade de planejamento e de improvisação, à possibilidade de
4 reflexão profunda sobre as experiências cotidianas e ainda ao raciocínio moral. A
aparência pode ser de devaneio sem rumo, porém o cérebro pode estar operando
um processo neurológico complexo, sofisticado e produtivo.

20. (Cespe/MDIC/Agente Administrativo/2014) O emprego do sinal indicativo de cra-


se em “à capacidade” (l.3-4) e “à possibilidade” (l.4) justifica-se pela regência da
forma verbal “relaciona-se” (l.2) e pela presença de artigo definido feminino.

Gabarito: Certo
Comentário: Quem se relaciona, se relaciona A alguém ou A alguma coisa; “ca-
pacidade” e “possibilidade”, por serem palavras femininas, aceitam o artigo “a”
anteposto.

21. (Cespe/Caixa/Advogado/2006) Julgue a correção gramatical:


Não se esqueça de que o coração dos que se amam entendem-se sem que à boca
precise chegar as palavras.

Gabarito: Errado
Comentário: O correto seria “entende-se”, pois se refere a “coração”; “sem que a
boca precise chegar às palavras” (a boca – sujeito; às palavras – adjunto adverbial).
A crase em às palavras é obrigatória, pois o verbo “chegar” exige preposição A (ainda
que seja intransitivo) e “palavras”, por ser feminina e plural, aceita o artigo “as”.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 95


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

1 As empresas vêm transformando as unidades de treinamento em


universidades corporativas. Em parte, devido à incapacidade demonstrada pelas
universidades tradicionais de cumprir com o papel de formação e desenvolvimento
4 de quadros, mas também em decorrência da necessidade de atender às próprias
especificidades.

22. (Cespe/TCE-RO/Auditor de Controle Externo - Direito/2013) A correção gramati-


cal do texto seria mantida caso o trecho “às próprias especificidades” (l.6) fosse
substituída por a especificidades próprias.

Gabarito: Certo
Comentário: Altera-se apenas o sentido ao se retirar o artigo “as”, pois o termo
posposto ficará em sentido genérico.


1 — O alferes eliminou o homem. Durante alguns dias as duas naturezas
equilibraram-se; mas não tardou que a primitiva cedesse à outra; ficou-me uma
parte mínima de humanidade. Aconteceu então que a alma exterior, que era dantes
4 o sol, o ar, o campo, os olhos das moças, mudou de natureza, e passou a ser a
cortesia e os rapapés da casa, tudo o que me falava do posto, nada do que me falava
do homem. A única parte do cidadão que ficou comigo foi aquela que entendia
7 com o exercício da patente; a outra dispersou-se no ar e no passado. Vamos aos
fatos. Vamos ver como, ao tempo em que a consciência do homem se obliterava, a
do alferes tornava-se viva e intensa. No fim de três semanas, era outro, totalmente
10 outro.

23. (Cespe/MPE-PI/Analista Ministerial - Área Processual/2018) É facultativo o emprego


do acento indicativo de crase em “à outra” (ℓ.26), de modo que sua supressão não
comprometeria a correção gramatical e os sentidos originais do texto.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 96


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

Gabarito: Errado
Comentário: Só é facultativo o emprego do acento grave indicador de crase em três
contextos: após a preposição ATÉ; antes de nomes de mulheres; antes de pronomes
possessivos femininos singular.


1 Eis que se inicia então uma das fases mais intensas na vida de Geraldo
Viramundo: sua troca de correspondência com os estudantes, julgando estar a se
corresponder com sua amada. E eis que passo pela rama nesta fase de meu relato,
4 já que me é impossível dar a exata medida do grau de maluquice que inspiraram tais
cartas: infelizmente se perderam e de nenhuma encontrei paradeiro, por maiores
que tenham sido os meus esforços em rebuscar coleções, arquivos e alfarrábios
7 em minha terra. Sou forçado, pois, a limitar-me aos elementos de que disponho,
encerrando em desventuras as aventuras de Viramundo em Ouro Preto, e dando
viço às suas peregrinações.
Fernando Sabino. O grande mentecapto. 62ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2002.

(Cespe/MPE-PI/Técnico Ministerial/Área Administrativa/2018) Com referência aos sen-


tidos do texto precedente e às estruturas linguísticas nele empregadas, julgue o item
a seguir.

24. É obrigatório o sinal indicativo de crase empregado em “às suas peregrinações”


(l.11), de maneira que sua supressão acarretaria incorreção gramatical no texto.

Gabarito: Certo
Comentário: Quando o pronome possessivo feminino estiver no plural, a crase em
“às” será obrigatória, pois o termo regente exige preposição A e o termo regido
aceita artigo AS anteposto. A retirada do acento grave, neste contexto, resultaria
erro: “as suas peregrinações” (faltaria a preposição A).

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 97


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

1 — A polícia parisiense — disse ele — é extremamente hábil à sua maneira.


Seus agentes são perseverantes, engenhosos, astutos e perfeitamente versados nos
conhecimentos que seus deveres parecem exigir de modo especial. Assim, quando
4 o delegado G... nos contou, pormenorizadamente, a maneira pela qual realizou
suas pesquisas no Hotel D..., não tive dúvida de que efetuara uma investigação
satisfatória (...) até o ponto a que chegou o seu trabalho.

25. (Cespe/Polícia Federal/Agente de Polícia Federal/2018) A supressão do sinal indi-


cativo de crase em “à sua maneira” (l.2) manteria a correção gramatical do texto.

Gabarito: Certo
Comentário: A crase é facultativa antes de pronomes possessivos femininos no
singular.

1 Para o teste, pegaram um HD com conteúdo já periciado e rodaram o


programa. Conseguiram 95% de acerto em 12 minutos. Seu diferencial era não
só buscar pela assinatura digital ou nomes conhecidos, mas também por novos
4 arquivos por intermédio da leitura dos pixels presentes na imagem calibrados a uma
paleta de tons de pele. Começava a revolução em termos de investigação criminal
de pornografia infantil.

26. (Cespe/Polícia Federal/Agente de Polícia Federal/2018) O emprego do sinal indi-


cativo de crase em “a uma paleta” (l.20) manteria a correção gramatical do texto,
uma vez que, no trecho, o vocábulo “a” antecede palavras no feminino.

Gabarito: Errado
Comentário: Não se usa crase diante de termos indefinidos – toda, uma, certa,
alguma, cada, qualquer.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 98


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

27. (Cespe/IFF/Conhecimentos Gerais/Cargos 23 e 31/2018) Cada uma das opções a


seguir apresenta uma proposta de reescrita do trecho “devido à sua rigidez admi-
nistrativa, inadequação das normas e grande quantidade de regulamentos” (ℓ. 12
a 14). Assinale a opção em que a reescrita, além de manter o sentido da informa-
ção originalmente apresentada, também preserva a correção gramatical do texto
CG2A1BBB.
a) devido à sua rigidez administrativa, à inadequação das normas e à grande quan-
tidade de regulamentos.
b) devido à sua rigidez administrativa, a inadequação das normas e a grande quan-
tidade de regulamentos.
c) devido sua rigidez administrativa, inadequação das normas e grande quantidade
de regulamentos.
d) devido à sua rigidez administrativa, à inadequação das normas e grande quan-
tidade de regulamentos.
e) devido sua rigidez administrativa, a inadequação das normas e a grande quan-
tidade de regulamentos.

Gabarito: a
Comentário: A única alternativa que mantém o paralelismo em todos os termos
da enumeração é a letra A, pois há crase em todos os itens da enumeração.

28. (Cespe/STJ/Conhecimentos Básicos - Cargos: 10 e 12/2018) A correção gramatical


do texto seria mantida caso se empregasse o acento indicativo de crase no vocábulo
“a” em “a esse estado de coisas”.

Gabarito: Errado
Comentário: Não há crase antes de pronomes demonstrativos “esse” (e flexões).
Além disso, é termo masculino, o que proíbe duplamente o uso do acento grave.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 99


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

29. (Cespe/CGM de João Pessoa - PB/Técnico Municipal de Controle Interno - Ge-


ral/2018) No trecho “Diga não às ‘corrupções’ do dia a dia”, seria correto o emprego
do sinal indicativo de crase no vocábulo “a” em “dia a dia”.

Gabarito: Errado
Comentário: Não se usa crase com palavras repetidas – cara a cara, dia a dia, boca
a boca, frente a frente.

30. (Cespe/TRF 1ª Região/Técnico Judiciário - Taquigrafia/2017) Seriam preservados


o sentido e a correção gramatical do texto caso se empregasse o sinal de crase no
trecho “se ateve a questões processuais”.

Gabarito: Errado
Comentário: Não se usa crase diante de palavras no plural.

1 A classificação indicativa dos programas da televisão aberta brasileira


reflete a defesa da Constituição Federal de 1988 contra os conteúdos televisivos
considerados nocivos às crianças. Ela é um serviço prestado pelo Ministério da
4 Justiça, que informa se o conteúdo dos programas televisivos é adequado ou não
para o público infantojuvenil, utilizando como base a presença de cenas de sexo e
violência. Esse mecanismo classifica os programas de acordo com faixas etárias e
7 horárias.
O Brasil já teve cinco portarias para regulamentar a matéria sobre a
classificação indicativa. Considerando os dispositivos constitucionais relacionados
10 à comunicação social e o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Ministério da
Justiça lançou a primeira dessas portarias, a Portaria n.º 773, em 19 de outubro de
1990. Na época, a constitucionalidade desse documento foi questionada.
Vanessa Flores Oliveira e Elton Somensi de Oliveira. Classificação indicativa dos programas da TV aberta
brasileira: a liberdade de expressão e seus limites em casos de proteção da criança e do adolescente.
In: Revista Direito & Justiça. v. 38, n. 1, p. 30-46, jan.-jun./2012 (com adaptações).

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 100


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

31. (Cespe/TRF 1ª Região/Técnico Judiciário - Taquigrafia/2017) A supressão do sinal


indicativo de crase em “às crianças” (ℓ. 3 e 4) comprometeria a correção gramatical
do texto.

Gabarito: Certo
Comentário: Ficaria apenas o artigo AS: “as crianças”, sendo obrigatória a presença
da preposição.

32. (Cespe/TRF 1ª Região/Técnico Judiciário - Taquigrafia/2017) O emprego de sinal


indicativo de crase em “a demandas legítimas” — à demandas legítimas — não
prejudicaria a correção gramatical do texto.

Gabarito: Errado
Comentário: Não se usa crase diante de palavras no plural.

1 No direito brasileiro convencional, a relação entre a espécie humana e


as demais espécies animais limita-se à tutela dos animais pelo poder público em
função da sua utilidade enquanto fauna brasileira intrínseca ao meio ambiente
4 equilibrado. Alguns doutrinadores brasileiros inovadores defendem a existência
de um direito animal, ou seja, de direitos garantidos aos animais não humanos
como sujeitos.

33. (Cespe/TRF 1ª Região/Conhecimentos Básicos/Cargos de Nível Superior/2017) O


emprego do sinal indicativo de crase em “à tutela dos animais” (ℓ. 2 e 3) é facul-
tativo.

Gabarito: Errado
Comentário: Só é facultativo o acento grave em três casos: após a preposição ATÉ,
antes de nomes de mulheres, antes de pronomes possessivos femininos no singular.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 101


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

Texto CB2A1AAA


1 As críticas à extrema confiança que demos à ciência como forma única
de conhecimento são muitas e espalham-se em diversas frentes. Embora não
possamos desconsiderar o avanço científico a que os últimos séculos assistiram
4 — as revoluções consideráveis no campo da medicina, da física, da química e das
próprias ciências sociais e humanas —, essa ciência capitalista, androcêntrica e
colonial não tem conseguido dar conta de resolver o problema que ela própria
7 ajudou a construir.
Atualmente há uma grande preocupação quanto à capacidade dessa
ciência, criada pelos interesses do desenvolvimento e da exploração da natureza,
10 de oferecer soluções para lidar com a crise ambiental, social e econômica.
Pensar a crise socioambiental no contexto da razão moderna é pensar que
essa crise é o resultado do triunfo do capitalismo e da racionalidade técnico-científica.
13 Falamos não só de uma crise ecológica, mas também de uma crise civilizatória de
amplas dimensões, do funcionamento de um sistema que destrói e ameaça as suas
próprias bases de sobrevivência, sustentado pela separação homem/natureza, com
16 repercussões para toda a vida social.
J. Dourado et al. Escolas sustentáveis. São Paulo: Oficina de Textos, 2015, p. 25-6 (com adaptações).

34. (Cespe/SEDF/Conhecimentos Básicos - Cargos 36 e 37/2017) Considerando as ideias


e estruturas linguísticas do texto CB2A1AAA, julgue o item a seguir.
O emprego do sinal indicativo de crase em “à capacidade dessa ciência” (l. 10 e
11) é facultativo.

Gabarito: Errado
Comentário: Só é facultativo o acento grave em três casos: após a preposição ATÉ,
antes de nomes de mulheres, antes de pronomes possessivos femininos no singular.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 102


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

35. (Cespe/SEDF/Conhecimentos Básicos - Cargo 38/2017) A correção gramatical do


texto seria prejudicada caso se empregasse o sinal grave indicativo de crase no “a”
em “fuja a determinações”.

Gabarito: Certo
Comentário: Não se usa crase antes de palavras no plural, o que prejudicaria a
correção gramatical.


1 Pedir ao educador que situe o centro de gravidade na própria criança é
pedir-lhe nada menos que fazer uma revolução, se é verdade que até agora o centro
de gravidade foi situado fora dela. É essa revolução — exigência fundamental do
4 movimento da educação nova — que Claparède compara à que Copérnico realizou
na astronomia, e que ele define, com tanta felicidade, nas seguintes linhas: “são os
métodos e os programas que gravitam em torno da criança e não mais a criança que
7 gira em torno de um programa decidido fora dela. Essa é a revolução copernicana
à qual a psicologia convida o educador”.
M. A. Bloch. Filosofia da educação nova. Paris: PUF, 1973, p. 33 (com adaptações).

36. (Cespe/SEDF/Conhecimentos Básicos - Cargos 27 a 35/2017) A supressão do acento


grave, indicativo de crase, no trecho “que Claparède compara à que Copérnico re-
alizou na astronomia” (l. 5 e 6), prejudicaria a correção gramatical do texto, dada
a impossibilidade de omissão do artigo definido no contexto.

Gabarito: Certo
Comentário: Em “compara à que”, há preposição “a” e presença de artigo definido
feminino “a”, que, por elipse (omissão), representa “revolução”, sendo obrigatório
o uso no contexto.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 103


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

37. (Cespe/FUB/Conhecimentos Básicos - Cargo 20/2016) No trecho “O arquiteto Os-


car Niemeyer transformou as ideias em prédios”, o emprego do sinal indicativo de
crase em “as ideias” é opcional.

Gabarito: Errado
Comentário: Só é facultativo o acento grave em três casos: após a preposição ATÉ,
antes de nomes de mulheres, antes de pronomes possessivos femininos no singular.

1 Assim chegaria a noite, com sua tranquila vibração. De manhã acordaria aureolada
pelos calmos deveres. Encontrava os móveis de novo empoeirados e sujos, como
se voltassem arrependidos. Quanto a ela mesma, fazia obscuramente parte das
4 raízes negras e suaves do mundo. E alimentava anonimamente a vida. Estava bom
assim. Assim ela o quisera e escolhera.

38. (Cespe/Funpresp-Jud/Conhecimentos Básicos/Cargos de Assistente/2016) A intro-


dução do sinal grave indicativo de crase em “a noite” (l.26) manteria a correção
gramatical do texto, mas prejudicaria seu sentido original.

Gabarito: Certo
Comentário: “A noite” – substantivo; “à noite” – adjunto adverbial de tempo. A
correção gramatical é mantida, mas há alteração de sentido.


1 Minha tia, Mary Beton, devo dizer-lhes, morreu de uma queda de cavalo,
quando estava em Bombaim. A notícia da herança chegou certa noite quase
simultaneamente com a da aprovação do decreto que deu o voto às mulheres. A
4 carta de um advogado caiu na caixa do correio e, quando a abri, descobri que ela
me havia deixado quinhentas libras anuais até o fim da minha vida.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 104


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

39. (Cespe/Funpresp-Jud/Conhecimentos Básicos/Cargo: 4/2016) O sinal indicativo de


crase em “às mulheres” (l. 4) é facultativo.

Gabarito: Errado
Comentário: Só é facultativo o acento grave em três casos: após a preposição ATÉ,
antes de nomes de mulheres, antes de pronomes possessivos femininos no singular.
‘Mulheres” é palavra FEMININA, e não NOME DE MULHER.


1 A distribuição etária da população mundial atravessa a maior mudança
da história. O processo de envelhecimento é mais visível nos países desenvolvidos,
mas ocorre em todos os recantos do globo, em uma velocidade sem precedentes. A
4 combinação entre o aumento da expectativa de vida e a queda na taxa de natalidade
reflete avanços generalizados no combate a doenças e na melhora da qualidade de
vida até nas regiões mais empobrecidas. Ao mesmo tempo, apresenta às gerações
7 futuras o desafio de atender às demandas crescentes de uma população composta
de um número cada vez maior de idosos.
A distribuição etária da população mundial tende a se afastar da antiga
10 estrutura piramidal. A base será mais estreita em relação ao corpo, que terá de
suportar um topo cada vez mais alargado por uma massa de cidadãos com mais de
65 anos. De acordo com um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), “a
13 não ser que o crescimento econômico possa ser acelerado de modo sustentável,
essa tendência continuará a impor pesadas demandas à população em idade de
trabalho para manter um fluxo de benefícios aos grupos mais velhos”.
16 A boa notícia é que as mudanças futuras são bem compreendidas e
altamente previsíveis. “Ainda que o envelhecimento da população seja inevitável,
suas consequências dependem das medidas adotadas para enfrentar os desafios
19 que o processo impõe”, conclui a ONU.
Gianni Carta. Pirâmide reformada. In: Carta Capital, ano XV, n.º 541, 15/4/2009 (com adaptações).

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 105


LÍNGUA PORTUGUESA
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Diogo Alves

40. (Cespe/Embasa/Assistente de Serviço Administrativo I/2010) O uso do sinal indicati-


vo de crase em “atender às demandas” (l.9) é facultativo, porque o verbo “atender”,
no sentido em que foi empregado no trecho, pode estar ou não acompanhado da
preposição.

Gabarito: Certo
Comentário: O uso do sinal indicativo de crase em “atender às demandas” (l.9) é
facultativo, porque o verbo “atender”, no sentido em que foi empregado no trecho,
pode estar ou não acompanhado da preposição.

atender às demandas SENTIDO ESPECÍFICO PREPOSIÇÃO + ARTIGO


atender a demandas SENTIDO GENÉRICO SÓ PREPOSIÇÃO

1 O dever de cuidado conduz, ainda, a uma ampla interação entre as


estruturas públicas de controle, ou seja, é um dever de cooperação, não como
faculdade, mas como obrigação que, em regra, dispensa formas especiais, como
4 previsões normativas específicas, convênios e acordos.

41. (Cespe/TCE-SC/Conhecimentos Básicos - Cargo 3/2016) No trecho “a uma ampla


interação” (l. 23 e 24), a inserção do sinal indicativo de crase no “a” manteria a
correção gramatical do período, mas prejudicaria o seu sentido original.

Gabarito: Errado
Comentário: Não se usa crase diante de termos indefinidos: toda, uma, certa, al-
guma, cada, qualquer.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 106


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

GUSTAVO SALES
Bacharel em Administração pela Universidade Projeção e Ba-
charel em Direito também pela Universidade Projeção. Pós-gra-
duado em Gestão Pública e Direito Cons�tucional. Professor
dos principais cursinhos preparatórios de Brasília.

Olá, pessoal!

Hoje temos uma aula que requer muita atenção, por ser indispensável em sua
preparação para concurso público. Estude e dedique-se!

Bons estudos!

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 107


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

1. ATOS ADMINISTRATIVOS
No Direito, quando a manifestação da vontade humana produz efeitos jurídicos,
é dito que se formou um ato jurídico. Se este ato resulta de manifestações da Adminis-
tração Pública, o que se tem é um ato administra�vo. Portanto, logo de cara, pode-se
dizer que o ato administra�vo é uma espécie do gênero ato jurídico.

Ato administra�vo - declaração unilateral do Estado ou de quem o represente


que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico
de Direito Público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário. (Maria Sylvia Di Pietro).

ATENÇÃO!

Não se pode esquecer que embora os atos administra�vos sejam �picos do


Poder Execu�vo, no exercício de suas funções próprias, os Poderes Judiciário
e Legisla�vo também editam atos administra�vos, sobretudo relacionados ao
exercício de suas a�vidades de gestão interna.

(Exemplo: atos rela�vos a vida funcional dos servidores, licitações efetuadas


nestas esferas, nomeação de servidores etc.).

Fique atento!
ATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ATOS ADMINISTRATIVOS (são todos os atos emanados
da administração pública)
Atos regidos pelo direito público Atos regidos pelo direito público ou
privado
Podem ser exercidos pelo Judiciário, Ex.: Os atos polí�cos exercidos pela ad-
Legisla�vo e concessionários e permis- ministração, como sanção e veto do PR.
sionários. Quanto aos dois úl�mos, há
divergência na doutrina, sendo que DI-
ÓGENES GASPARINI adota essa posição.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 108


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

Fato Administra�vo

Alguns conceitos causam certa confusão, portanto, é oportuno explicá-los. A ideia


de ATO ADMINISTRATIVO e o FATO ADMINISTRATIVO estão relacionados, pois o ato é
a vontade da administração que acontece com o fato administra�vo, por exemplo, a
ordem de serviço para construção de uma ponte (é o ato administra�vo) e a construção
da ponte em si (é o fato administra�vo).

O “Silêncio Administra�vo” é um ato administra�vo?

Embora se trate de matéria divergente na doutrina, majoritariamente, pode-se


definir que o silêncio da Administração Pública, diante de determinada situação,
não produz qualquer efeito, ressalvadas as hipóteses em que o próprio texto
legal determinar o dever de agir do poder público, definindo que a ausência
de conduta ensejará a aceitação tácita de determinado fato ou até mesmo a
nega�va pelo decurso do tempo.

Nestes casos, pode-se entender que o efeito decorre da disposição legal que
atribui à não atuação determinadas consequências específicas e não do silêncio,
propriamente considerado.

2. REQUISITOS / ELEMENTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS


Competência, finalidade, forma, mo�vo e objeto/conteúdo. É o famoso mnemô-
nico: Co – Fi – Fo – M – OB.

Quando um ato for vinculado todos serão vinculados. Se o ato for discricionário,
os três primeiros serão vinculados e objeto ou mo�vo será discricionário.

2.1 Competência
Poder legal conferido ao agente público para o desempenho de suas funções.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 109


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

Caracterís�cas:

• Irrenunciabilidade: o agente não pode abrir Mao de suas competências;

• Delegabilidade: em regra, a competência pode ser transferida temporaria-


mente por delegação ou avocação;

• Imprescri�bilidade: a competência não se ex�ngue, exceto por lei;

• Obrigatoriedade: o exercício da competência é um dever.

ATENÇÃO!

Vício na competência poderá ser convalidado desde que a competência não


seja exclusiva.

2.2 Finalidade
É sempre o interesse público, o interesse que a lei prever.

ATENÇÃO!

Vício na finalidade não admite convalidação.

2.3 Forma
É a exteriorização do ato administra�vo. Em regra, é escrito. Todavia, admite-se
atos gestuais, verbais, sonoros (apitos)...

ATENÇÃO!

Vício na forma poderá ser convalidado desde que a forma não seja essencial
para validade do ato.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 110


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

ATENÇÃO!

A mo�vação deve ser apresentada simultaneamente ou no instante seguinte


após a prá�ca do ato. Mo�vação intempes�va causa nulidade.

Jurisprudência

REMOÇÃO – mo�vação 2 – Nos termos da jurisprudência pacifica do


STJ, o ato administra�vo de remoção deve ser mo�vado. (STJ/2013:
REsp 1.376.747/PE)

2.4 Mo�vo
É o pressuposto de fato e de direito que jus�fica a prá�ca do ato. É a causa do ato
administra�vo. Vício de mo�vo é insanável, ou seja, não pode ser convalidado.

ATENÇÃO!

Fique atento, pois o mo�vo é diferente da mo�vação.

Teoria dos Mo�vos Determinantes

Aplica-se tanto a atos vinculados como discricionários, sempre que houver mo�-
vação. Uma vez enunciados os mo�vos do ato pelo agente, isto é, os fatos que serviram
de suporte a à decisão integram a validade do ato.

Assim, a invocação de “mo�vos de fato” falsos, inexistentes ou incorretamente


qualificados vicia o ato administra�vo pra�cado.

ATENÇÃO!

TREDESTINAÇÃO é uma exceção ao princípio da TEORIA DOS MOTIVOS DETER-


MINANTES.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 111


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

É um ins�tuto peculiar da desapropriação, por meio do qual se autoriza a mudan-


ça de des�no do bem desapropriado, se for no interesse público (D.L. 3.365/41).

2.5 Objeto
É o efeito jurídico imediato que o ato produz, é o conteúdo do ato administra�vo.
Vício nesse elemento não pode ser convalidado.

ATENÇÃO!

Por fim, o defeito quanto ao objeto, em tese, também não é passível de conva-
lidação, a não ser que o objeto seja plúrimo, que ocorre quando num mesmo
ato há diversas providências administra�vas. Sendo uma delas inválida, esta é
re�rada, mantendo-se as demais.

Exemplifique-se com o ato de promoção de A e B por merecimento. Posterior-


mente, verifica-se que B não possui os requisitos para essa espécie de promoção.
Assim, re�ra-se do ato a parte que determina a promoção de B, mas mantém a
parte que promove A. Note que estamos tratando de objeto plúrimo, pois se o
objeto for singular a correção não será possível, cabendo nesses casos a anulação.

RESUMO DE CONVALIDAÇÃO:

A Administração promove a convalidação pelas seguintes formas:

• Ra�ficação: A mesma autoridade que pra�cou o ato convalida o seu vício.

• Confirmação: A autoridade competente decide sanar um ato pra�cado por


sujeito incompetente (não é possível nos casos em que a lei outorga compe-
tência exclusiva a uma autoridade).

• Reforma: A Administração suprime a parte inválida do ato anterior, mantendo


sua parte válida.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 112


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

• Conversão: A Administração edita um ato de uma nova espécie, pois o ato


anterior era inadequado para realizar aquilo que pretendia a Administração
(exemplo: a Administração concedeu uma concessão de uso de bem público
quando deveria apenas autorizar o uso - a convalidação é promovida com
efeitos “ex tunc”, se o ato for corrigido e passar a ser uma autorização).

Convalidação
Tácita Expressa
Se a Administração não anular seus atos Ocorre quando a Administração, expres-
ilegais de que decorram de efeitos favo- samente edita um ato a fim de convalidar
ráveis a seus des�natários no prazo deca- outro.
dencial de 5 anos, haverá a convalidação
tácita, salvo no caso de má-fé.
Poderá ocorrer com qualquer requisito: Requisitos: Defeito sanável; Não cause
Competência, finalidade, forma, mo�vo prejuízo a terceiros; Não causae lesão ao
e objeto. interesse público; Não seja objeto de im-
pugnação na via adm. ou judicial.

ATENÇÃO!

Defeitos Sanáveis Defeitos Insanáveis


Competência Finalidade
Forma Mo�vo
Objeto plúrimo Objeto singular

3. ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS


Os atributos são caracterís�cas inerentes aos atos administra�vos que os dis�n-
guem de atos jurídicos privados.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 113


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

ATENÇÃO!

Não se deve confundir atributos com requisitos do ato administra�vo.

Os requisitos cons�tuem condições para sua validade. Os atributos são carac-


terís�cas peculiares que diferenciam os atos administra�vos.

3.1 Presunção de Legi�midade


Significa que todo ato administra�vo possui uma presunção rela�va de que foi
editado de acordo com a lei. Por ser uma presunção apenas rela�va, cabe prova em
contrário. Essa presunção decorre do princípio da legalidade da Administração, con-
forme o art. 37, da CF/88, e é um atributo presente em todos os atos administra�vos.

Há inversão do ônus da prova: não cabe ao agente público demonstrar que o ato
pra�cado é valido, mas sim incumbe ao par�cular a prova da ilegalidade.

Princípio da Presunção de Legi�midade, de Legalidade e de Veracidade

É forçoso convir que, para materializar o interesse público que norteia a atuação
administra�va, as decisões da Administração Pública são dotadas do atributo da pre-
sunção de legi�midade e de legalidade, tornando-se presumivelmente verdadeiras
quanto aos fatos e adequadas quanto à legalidade. Tal atributo permite, inclusive, a
execução direta, pela própria administração, do conteúdo do ato ou decisão adminis-
tra�va, mesmo que não conte com a concordância do par�cular.

É bem verdade que se trata de presunção rela�va, que admite prova em contrá-
rio, mas, em razão da aludida presunção, as decisões administra�vas são de execução
imediata, possuindo a possibilidade de gerar obrigações para o par�cular, independen-
temente de sua anuência, bem como de serem executadas pela própria Administração
Pública, através de meios diretos ou indiretos de coação.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 114


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

3.2 Autoexecutoriedade
Permite à Administração executar seus próprios atos, independentemente do
Poder Judiciário. É meio de coerção direta, pois desfaz a irregularidade.

Exemplo: recolher produtos vencidos em estabelecimento comercial.

A autoexecutoriedade está presente quando expressamente previsto em lei ou


quando se tratar de medida urgente.

A autoexecutoriedade não afasta a apreciação judicial do ato e sim a necessidade


da Administração de obter decisão judicial prévia para colocar o ato em prá�ca. Portan-
to, a decisão judicial que declarar a sua nulidade só será feita depois da prá�ca do ato.

Celso Antônio Bandeira de Mello faz a dis�nção entre:

• Exigibilidade: é a qualidade em virtude da qual o Estado, no exercício da fun-


ção administra�va, pode exigir de terceiros o cumprimento das obrigações
que impôs, por exemplo, podemos destacar o caso da multa, pois essa não
tem executoriedade, mas possui exigibilidade, isto é, seria considerado um
meio de coerção indireta.

• Executoriedade: o Poder Público pode compelir materialmente, sem necessi-


dade de recorrer-se as vias judiciais, o cumprimento da obrigação que impôs,
ou seja, é um meio de coerção direta.

Importante destacar que a exigibilidade não se confunde com a executoriedade,


pois está úl�ma não garante, por si só, a possibilidade de coação material, vale dizer,
de execução do ato.

Excepcionalmente existe a exigibilidade e até mesmo a executoriedade nas relações


de direito privado. Cita-se como exemplo da primeira, a possibilidade de o hoteleiro
reter a bagagem do hospede para forçar o pagamento. Já a segunda, a retomada da
posse de um bem imóvel, após o imediato esbulho.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 115


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

3.3 Impera�vidade
Permite à Administração impor obrigações, independentemente da anuência do
par�cular, mas necessita de previsão em Lei. Por isso, esse atributo expressa o chamado
Poder Extroverso do Estado. Não está presente em todos os atos, com por exemplo, os
atos declaratórios e enuncia�vos.

3.4 Tipicidade
A lei deve prever os �pos de atos e suas consequências, evitando a prá�ca de atos
totalmente discricionários. É uma garan�a para o administrado.

3.5 Exigibilidade
Exigibilidade é o atributo do ato administra�vo que impõe ao des�natário o cum-
primento de determinadas obrigações, sem necessidade de qualquer apoio judicial. Em
outras palavras, traduz a noção de que o par�cular é obrigado a cumprir determinada
obrigação imposta pela administração, sob ameaça de sanção.

ATENÇÃO!

A exigibilidade e a impera�va podem nascer ao mesmo instante cronológico


ou primeiro a obrigação e depois a ameaça de sanção, assim a impera�vidade
é pressuposto lógico da exigibilidade.

ATENÇÃO!

Diogo de Figueiredo Moreira Neto iden�fica outros cinco atributos do ato


administra�vos:

a) Existência: consiste no preenchimento de todos os elementos componentes


do ato administra�vo, a saber: competência, objeto, forma, mo�vo e finali-
dade;

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 116


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

b) Eficácia: é o atributo segundo o qual o ato administra�vo válido presume-se


apto a produzir seus regulares efeitos;
c) Exequibilidade: é a possibilidade de execução imediata do ato eficaz, sem-
pre que sua aplicação prá�ca não es�ver subordinada a termo, condição ou
algum outro requisito legalmente estabelecido;
d) Efe�vidade: é a confirmação social e meta-jurídica de que o ato alcançou
os resultados prá�cos pretendidos pelo seu autor;
e) Rela�vidade: é a referência de todo ato administra�vo à sucessão de normas
superiores que legi�maram a sua expedição.

4. ESPÉCIES DOS ATOS ADMINISTRATIVOS


Mnemônico  NOPEN

4.1 Atos Norma�vos


São aqueles que norma�zam uma situação, estabelecendo regras gerais e com-
plementares à lei, ou seja, contém comandos gerais e abstratos aplicáveis a todos os
administrados que se encontram nas situações neles previstas.
• Decretos: atos administra�vos, em regra, geral e abstrato, priva�vos dos Che-
fes do Execu�vo para dar fiel execução à lei.
• Instruções Norma�vas: atos administra�vos de competência dos Ministros
pra�cados para viabilizar a execução de leis e outros atos norma�vos.
• Regimento: decorrentes do poder hierárquico são atos administra�vos pra�-
cados para disciplinar o funcionamento interno.
• Resoluções: são atos administra�vos norma�vos por altas autoridades do
Execu�vo ou pelos presidentes de tribunais, de órgãos legisla�vos e colegia-
dos administra�vos, para disciplinar matéria de sua competência específica.
• Deliberações: atos administra�vos norma�vos ou decisórios emanados de ór-
gãos colegiados.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 117


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

4.2 Atos Ordinatórios


São atos administra�vos internos, endereçados aos servidores públicos, que vei-
culam determinações a�nentes ao adequado desempenho de suas funções. Também
podem veicular ordens aos par�culares vinculados ao Estado.

DICA!

São inferiores em hierarquia aos atos norma�vos e decorrem diretamente do


poder Hierárquico.

• Instruções: são ordens escritas e gerais a respeito do modo de da forma de


execução de determinados serviços públicos. são expedidas pelo superior hie-
rárquico e des�nadas aos seus subordinados;

• Avisos: atos exclusivos de Ministros para regramento de temas da competên-


cia interna do Ministro;

• Portarias: atos internos que iniciam sindicância, PAD, designam servidores;

• Ordens de Serviço: são determinações específicas dirigidas a empresas con-


tratadas.

• Despachos Administra�vos: são decisões que as autoridades (na função ad-


ministra�va) proferem em papéis, requerimentos e processos sujeitos à sua
apreciação.

• Provimentos: são atos administra�vos internos, contendo determinações e


instruções que a Corregedoria ou os Tribunais expedem para a regularização
e uniformização dos serviços.

• Circulares: são ordens escritas, de caráter uniforme, expedidas a determina-


dos funcionários ou agentes para o desempenho de certo serviço em circuns-
tâncias especiais.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 118


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

• O�cio: são comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre
subalternos e superiores e entre a Administração e par�culares, em caráter
oficial.

4.3 Ato Puni�vo


Aplica sanções a par�culares e agentes públicos que pra�quem irregularidades.
Decorrem do poder disciplinar ou do poder de polícia.

A Administração não precisa ir ao Judiciário, pois o ato administra�vo é autoexe-


cutório.

Exemplo:
Ato Puni�vo Interno Ato Puni�vo Externo
Advertência, suspensão, demissão etc. Multa, destruição de mercadorias etc.
Decorre do Poder Disciplinar Decorre do Poder de Polícia

4.4 Ato Enuncia�vo


Não contêm uma manifestação de vontade da Administração. Apenas declaram,
a pedido do interessado, uma situação jurídica preexistente rela�va a um par�cular.
Segundo Hely Lopes Meirelles, atos enuncia�vos são todos aqueles em que a Adminis-
tração se limita a cer�ficar ou atestar um fato, ou emi�r uma opinião sobre determinado
assunto, sem se vincular ao seu enunciado.

Os atos enuncia�vos não possuem o atributo da impera�vidade, pois não im-


põem obrigações.

Exemplos:

• Cer�dões: são cópias auten�cadas de atos ou fatos permanentes de interesse


do requerente constante de arquivos públicos.

• Atestados: são atos que comprovam fatos que não constem de arquivos pú-
blicos.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 119


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

• Pareceres: manifestações da opinião da Administração sobre algum tema.

• Apos�la: são atos que reconhecem a existência de um direito criado por nor-
mal legal. Equivale a uma averbação.

Jurisprudência

“EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CONTROLE EXTER-


NO. AUDITORIA PELO TCU. RESPONSABILIDADE DE PROCURADOR DE
AUTARQUIA POR EMISSÃO DE PARECER TÉCNICO-JURÍDICO DE NATU-
REZA OPINATIVA. SEGURANÇA DEFERIDA. I. Repercussões da nature-
za jurídico-administra�va do parecer jurídico: (i) quando a consulta é
faculta�va, a autoridade não se vincula ao parecer proferido, sendo
que seu poder de decisão não se altera pela manifestação do órgão
consul�vo; (ii) quando a consulta é obrigatória, a autoridade admi-
nistra�va se vincula a emi�r o ato tal como subme�do à consultoria,
com parecer favorável ou contrário, e se pretender pra�car ato de for-
ma diversa da apresentada à consultoria, deverá submetê-lo a novo
parecer; (iii) quando a lei estabelece a obrigação de decidir à luz de
parecer vinculante, essa manifestação de teor jurídica deixa de ser
meramente opina�va e o administrador não poderá decidir senão nos
termos da conclusão do parecer ou, então, não decidir. II. No caso de
que cuidam os autos, o parecer emi�do pelo impetrante não �nha
caráter vinculante. Sua aprovação pelo superior hierárquico não des-
virtua sua natureza opina�va, nem o torna parte de ato administra�vo
posterior do qual possa eventualmente decorrer dano ao erário, mas
apenas incorpora sua fundamentação ao ato. III. Controle externo: É
lícito concluir que é abusiva a responsabilização do parecerista à luz
de uma alargada relação de causalidade entre seu parecer e o ato ad-
ministra�vo do qual tenha resultado dano ao erário. Salvo demonstra-
ção de culpa ou erro grosseiro, subme�da às instâncias administra�vo-
-disciplinares ou jurisdicionais próprias, não cabe a responsabilização

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 120


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

do advogado público pelo conteúdo de seu parecer de natureza me-


ramente opina�va. Mandado de segurança deferido. […].” STF, MS
24631, 09/08/2007.

4.5 Ato Negocial


São aqueles que contêm declaração de vontade do Poder Público coincidente com
a pretensão do par�cular, visando a concre�zação de negócios jurídicos públicos ou a
atribuição de certos direitos ou vantagens ao interessado.

Têm-se como exemplos: licença (vinculado), autorização (discricionário e precá-


rio), permissão (discricionário e precário), aprovação (vinculada ou discricionária, a
depender do caso), admissão (vinculado), visto (em regra vinculado, mas em alguns
casos é discricionário), homologação, dispensa (normalmente discricionário), renúncia
e protocolo administra�vo.

São editados quando o ordenamento exige que o par�cular obtenha anuência


da administração para a prá�ca de a�vidade ou exercício de direito. Sempre deverá
ter como finalidade a sa�sfação do interesse público, ainda que possa coincidir com o
interesse do par�cular que solicitou o ato.

ATENÇÃO!

Tais atos não são contratos, mas declarações unilaterais que coincidem com
a pretensão do par�cular, produzindo efeitos concretos e individuais para o
administrado.

A Licença ambiental é uma exceção, haja vista que é um ato discricionário.

Jurisprudência

A jurisprudência do STF admite que, em casos excepcionais, a licença


para construir (ato vinculado), poderá ser revogada (e não anulada ou

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 121


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

cassada) por conveniência da Administração, desde que a obra não te-


nha se iniciado.

Por exemplo: o Poder Público emite uma licença para um par�cular iniciar uma
obra de um edi�cio. Depois de emi�r a licença, a Administração Pública percebe que
a referida edificação restringirá o arejamento de uma praça ao lado. Pode revogar o
ato? PODE, em caráter excepcional, dado que a licença para construir é ato vinculado.
Mas certamente a Administração terá o dever de indenizar o par�cular pelos prejuízos
que lhe foram causados.

Outros exemplos:

• Aprovação: ato unilateral e discricionário que realiza a verificação da legalida-


de e do mérito de outro ato como condição para sua produção de efeitos.

• Admissão: ato unilateral e vinculado que faculta, a todos que preenchem os


requisitos legais, o ingresso em repar�ções governamentais (admissão em bi-
blioteca e de aluno em universidade federal).

• Homologação: é o ato administra�vo de controle pelo qual a autoridade su-


perior verifica os aspectos de legalidade do outro ato para dar-lhe eficácia.

• Renúncia: é o ato pelo qual o Poder Público ex�ngue unilateralmente um cré-


dito ou um direito próprio, liberando defini�vamente a pessoa obrigada pe-
rante a Administração. Depende de lei autoriza�va.

• Visto: é ato administra�vo pelo qual o Poder Público controla outro ato da
própria Administração ou do administrado, aferindo a sua legi�midade formal
para dar-lhe exequibilidade.

• Dispensa: é o ato administra�vo que exime o par�cular do cumprimento de


determinada obrigação até então exigida por lei.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 122


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

5. CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS


A classificação dos atos administra�vos não é consenso entre a doutrina.

5.1 Quanto ao Alcance


Interno Externo
Produzem efeitos apenas no âmbito da Produzem efeitos fora da Administra-
Administração, e por isso mesmo, nor- ção. Segundo Hely Lopes Meirelles, é
malmente incidem sobre os órgãos e mais propriamente chamado de ato
agentes da Administração que os expe- de feitos externos e são todos aque-
diram. les que alcançam os administrados,
contratantes e, em alguns casos, os
próprios servidores, provendo sobre
seus direitos, obrigações, negócios ou
condutas perante a Administração.
Ex.: Portaria de designação de um PAD. Ex.: Instrução norma�va

5.2 Quanto aos Des�natários


Geral Individual
Produzem efeitos a pessoas indetermina- Produzem efeitos a pessoas determina-
das, possuindo comando geral e abstrato. das ou passíveis de serem determinadas.
Ex.: Decretos Regulamentares Ex.: Nomeação de 500 aprovados num
concurso público.

5.3 Quanto à Estrutura


• Ato concreto: regula apenas um caso, esgotando-se após a primeira aplicação.
Exemplo: exoneração de um servidor.

• Ato abstrato ou norma�vo: aplica-se a uma quan�dade indeterminada de


situações, não se esgotando após a primeira aplicação. Tem sempre aplicação
con�nuada.
Exemplo: regulamentos da administração.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 123


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

5.4 Quanto à Liberdade de Atuação


Vinculado Discricionário
É quando o agente público não possui li- O agente público possui uma certa li-
berdade de atuação, pois a lei fixou todo berdade de atuação, mas dentro dos
o seu modo de agir. limites da lei e observando os princí-
pios da razoabilidade e proporciona-
lidade.
Ex.: Homologação de licitação. Ex.: prorrogação do prazo de validade
do concurso público.

5.5 Quanto ao Objeto


Império Gestão Expediente
Ato de império: o Estado Ato de Gestão: O estado Ato de Expediente: é aque-
se encontra em posição se encontra em posição le realizado de forma ro�-
de supremacia em rela- de igualdade com o par- neira pela administração.
ção ao par�cular. �cular.
Ex.: desapropriação Ex.: emissão de cheque Ex.: memorando

5.6 Quanto ao Conteúdo


• Ato cons�tu�vo: é aquele que cria uma situação jurídica individual para seus
des�natários, em relação à Administração. Exemplo: licença, nomeação, san-
ções administra�vas.

• Ato ex�n�vo: é aquele que põe fim a situações jurídicas existentes. Exemplo:


cassação da autorização.

• Ato declaratório ou enuncia�vo: é aquele que apenas declara uma situação


preexistente, visando preservar direitos ou até mesmo possibilitar o seu exer-
cício, por exemplo, cer�dão.

• Ato Aliena�vo: é aquele que tem por fim a transferência de bens ou direitos


de um �tular a outro. Exemplo: decreto que transfere bens.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 124


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

• Ato modifica�vo: é aquele que tem por fim alterar situações preexistentes,


sem provocar a sua supressão. Exemplo: alteração de local.

• Ato Abdicatório: é aquele por meio do qual o �tular abre mão, abdica, de um
determinado direito. Segundo Hely Lopes Meirelles, é incondicional e irretra-
tável. Precisa de autorização Legisla�va.

5.7 Ato Perfeito, Válido, Eficaz ou Consumado


• Perfeito: é aquele ato que completou o seu ciclo de formação.

• Válido: é aquele ato que está de acordo com a lei.

• Eficaz: é quando o ato produz efeitos imediatamente.

• Consumado: é o ato que já exauriu os seus efeitos.

Assim, o Ato pode ser:

• Perfeito, válido e eficaz;

• Perfeito, inválido e eficaz;

• Perfeito, válido e ineficaz;

• Perfeito, inválido e ineficaz;

• Imperfeito, inválido e ineficaz.

5.8 Ato Nulo, Anulável ou Inexistente

Nulo Anulável Inexistente


É aquele que É aquele que pos- São aqueles que estão fora do ordenamen-
nasce com ví- sui um vício saná- to jurídico, em virtude da violação de prin-
cio insanável. vel, isto é, pode ser cípios básicos que norteiam a atuação das
convalidado. pessoas dentro de determinada sociedade.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 125


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

ATENÇÃO!

O ato inexistente é aquele que apenas possui aparência de ato administra�vo,


mas, na verdade, possui algum defeito capital que o impede de produzir efeitos
no mundo jurídico.

É o caso dos atos pra�cados por usurpador de função, ou seja, por indivíduo
que se passa por agente público sem ter sido inves�do em nenhum cargo.

Também são considerados atos inexistentes os atos cujos objetos sejam juridi-
camente impossíveis, a exemplo de uma ordem para que o subordinado execute
um crime.

5.9 Quanto à Formação


• Ato simples: resulta da manifestação de um único órgão (seja singular ou co-
legiado).
Ex.: Multa de trânsito (órgão singular) e votação em órgão colegiado.

• Ato Composto: resulta de duas manifestações de vontade, dentro da mesma


estrutura, para a edição de 2 atos: um ato principal e o outro acessório. A
aprovação, homologação, ra�ficação, é condição de exequibilidade.
Ex.: atos que dependem, para sua regular formação, de visto ou homologação
de outras autoridades, que deverão verificar se a primeira vontade foi emi�da
de forma válida.

• Ato Complexo: manifestação de dois ou mais órgãos dis�ntos para a edição


de um único ato.
Ex.: nomeação de Ministros dos Tribunais Superiores, aposentadoria, portaria
interministerial.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 126


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

6. EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS


O ato administra�vo pode ser ex�nto das seguintes formas:

6.1 Ex�nção Natural


Ocorre quando ato cumpre seus efeitos.

Ex.: autorização de espaço público para um evento, após o evento a autorização


será ex�nta de forma natural, pois cumpriu os seus efeitos.

6.2 Ex�nção por Renúncia


Ocorre quando o próprio beneficiário abre mão da situação proporcionada pelo
ato. Não é possível renunciar, por exemplo, uma multa, pois essa tem um caráter pu-
ni�vo, ou seja, para renunciar tem que ser um ato de natureza amplia�va.

Ex.: um aprovado em concurso que abre mão da nomeação.

6.3 Cassação
Ocorre quando o beneficiário do ato deixa de cumprir os requisitos de validade
para a manutenção do ato, por exemplo, um comerciante que vende bebida alcoólica
sem autorização, terá o seu alvará de funcionamento cassado.

6.4 Caducidade
É a ex�nção do ato quando lei posterior re�ra o fundamento de validade de ato
administra�vo, na medida em que proíbe situação que o ato autorizava.

Ex.: casas de bingos no brasil que perderam o seu alvará, pois uma lei posterior
tornou inconveniente a manutenção do ato, pois proíbe uma situação que antes era
permi�da. Neste caso, não por culpa do par�cular beneficiário do ato, mas sim por
alteração legisla�va.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 127


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

6.5 Contraposição
Ocorre quando o ato posterior com efeitos opostos ex�ngue o ato anterior.

Ex.: a exoneração ex�ngue o ato de nomeação por contraposição.

6.6 Anulação
É a ex�nção de ato inválido, que pode ser realizada pela Administração ou pelo
Poder Judiciário, com eficácia EX TUNC

6.7 Revogação
É a ex�nção de ato por razões de interesse público (conveniência e oportunidade),
a revogação não retroage EX NUNC e só pode ser realizada pela própria Administração
que pra�cou o ato.
ANULAÇÃO REVOGAÇÃO
MOTIVO Ilegalidade Conveniência e Oportunidade
QUEM PODE Administração e Judiciário Administração
DECLARAR
EFEITOS “Ex tunc” – retroage “Ex nunc” – não retroage
ALCANCE Atos vinculados e discricionários Atos discricionários
PRAZO 5 anos, salvo má fé. Não tem prazo.
LIMITAÇÕES Limitação Temporal Limitação Material

ATENÇÃO!

Em certos casos a Administração pode deixar de anular um ato quando consta-


tar que sua nulidade é mais prejudicial do que a manutenção de um ato ilegal.

Inexistem direito adquiridos em face de anulação do ato devido à ilegalidade.

O Judiciário, em sua função �pica, não pode revogar ato da administração, pois
não cabe analisar o mérito administra�vo.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 128


DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Gustavo Sales

São atos irrevogáveis aqueles que geram direito subje�vos ao des�natário:

• Atos vinculados;

• Atos declaratórios;

• Atos consumados ou exauridos;

• Atos que integram o procedimento administra�vo, isto é, é possível revogar


todo o procedimento, mas parte não;

• Atos complexos por apenas um órgão;

• Direito adquirido.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 129


DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Carlos Mendonça

CARLOS MENDONÇA
É mestrando em Direito pelo Centro Universitário do Distrito Fe-
deral (UDF). Já ocupou os seguintes cargos: Procurador-chefe da
Procuradoria Federal do INSS no Rio de Janeiro; Coordenador-
-geral do Contencioso Judicial da FUNASA; Procurador-chefe Na-
cional do FNDE; Chefe da Divisão de Contencioso Judicial da Em-
bratur; Presidente do CRPS e atualmente é Procurador Federal,
além de professor de Cursos Preparatórios para concursos.

Olá, amigos e amigas!


Na aula de hoje vamos estudar Princípios Fundamentais. Ao final do material
temos um quadro resumo e algumas questões de concursos comentadas.
Vamos começar?

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 130


DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Carlos Mendonça

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
A parte posi�vada da cons�tuição tem como capítulo introdutório os Princípios
Fundamentais que, segundo Cano�lho, representam as escolhas polí�cas do Estado
Brasileiro e estruturam o seu funcionamento. Contudo, esta parte da matéria será
estudada após alguns breves esclarecimentos sobre a norma jurídica.

PRINCÍPIOS E REGRAS
Na concepção do Direito Natural (jusnaturalismo), os princípios estavam acima
do ordenamento jurídico (plano meta�sico), servindo apenas como fundamento para
a conduta humana e com forte influência da é�ca, da moral e da religião. Naquele
momento, o direito era um reflexo de valores apregoados como certos para a vida em
sociedade, primeiro por dogmas religiosos e depois pela razão.

Somente com a formação do Estado Moderno e a superação dos postulados jus-


naturalistas pelo posi�vismo jurídico é que os princípios ganharam status jurídico,
figurando ao lado das normas jurídicas, mas apenas para suprir os vazios norma�vos,
permi�ndo sua incidência quando não houvesse uma lacuna na lei. Eram, portanto,
princípios gerais do direito (norma secundária), aplicáveis na falta de uma norma jurí-
dica para o caso concreto.

Posteriormente, na era pós-posi�vista, os princípios foram considerados fonte


de direito e incorporados ao ordenamento jurídico por meio de uma nova concepção
legalista extraída da subdivisão da norma em princípios e regras. Com essa nova rou-
pagem, os princípios passaram a ter uma função integradora, pois supririam lacunas
do sistema jurídico, mas também seriam u�lizados como fonte de interpretação ou
mesmo como fundamento de validade de outras normas jurídicas.

De função suple�va, os princípios passaram a ser, ao lado das regras, fonte primá-
ria de direitos. Essa tendência também foi incorporada à cons�tuição, razão pela qual
a norma cons�tucional pode ser uma regra ou um princípio. Portanto, na concepção
atual, o direito manifesta-se por meio de normas e as normas são expressas por meio

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 131


DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Carlos Mendonça

de regras e princípios, tanto na cons�tuição quanto na legislação infracons�tucional


ou internacional, mas como diferenciá-las?

Vários autores buscaram uma forma de iden�ficar as diferenças entre princípio e


regra, geralmente destacando o grau de abstração do princípio e a determinabilidade
da regra. Dentre outros, Ronald Dworkin e Robert Alexy se destacam.

CONCEPÇÃO NORMATIVA DE RONALD DWORKIN E ROBERT ALEXY


Na visão posi�vista dos operadores do direito, o texto norma�vo se confundia
com a regra (norma), eram a mesma coisa, restando ao princípio uma aplicação su-
ple�va, restrita aos casos não previstos em lei. Contudo, as técnicas de interpretação
do direito evoluíram ao ponto de separar a norma do texto norma�vo, de modo que
a norma seria o texto interpretado.

Ronald Dworkin aderiu a essa nova forma de pensamento ao contestar o caráter


meramente suple�vo dos princípios. Para o renomado jusfilósofo norte-americano, a
norma jurídica pode ser uma regra ou um princípio, inconfundíveis entre si. Para ele, as
regras são elaboradas para se encaixarem em determinadas situações, ou se encaixa e
deve ser aplicada ou não se encaixa e não pode ser aplicada, inexis�ndo a possibilidade
de aplicação parcial. Segundo essa lógica, a regra deve passar pelo teste do tudo ou
nada. O eventual conflito de duas regras teria como solução o sacri�cio de uma delas
pelos métodos clássicos de solução de conflitos norma�vos (hierárquico, cronológico
ou da especialização. Assim, a regra com status superior revogaria a de status inferior,
a regra posterior revogaria a anterior e a regra especial revogaria a geral.

Em relação aos princípios, Dworkin afirmava que seu grau de abstração permi�-
ria sua aplicação em várias situações e que a eventual colisão com outro princípio de-
veria ser solucionada pelo critério do peso, ou seja, deveria prevalecer o princípio com
maior peso na situação concreta, mantendo a integridade do sistema. A inaplicabili-
dade de um princípio ocorreria justamente para ra�ficar a existência de um sistema.
Exemplo: a legí�ma defesa não se opõe ao direito à vida, pelo contrário, a mantém
íntegra.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 132


DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Carlos Mendonça

As ideias de Dworkin foram objeto de reflexão, e ponto de par�da, para Robert


Alexy. Enquanto Dworkin pregava o tudo ou nada, Alexy defendia a tese que o conflito
entre regras acarreta a invalidação de uma delas pela outra, salvo se houvesse uma
cláusula de exceção, ou seja, só não haveria invalidade quando a própria regra criasse
a exceção para sua não aplicação. Um exemplo de Alexy ajuda a entender seu ponto
de vista:

Regra 1: proibição de abandonar a sala antes de soar a sirene de saída.

Regra 2: em caso de incêndio, os alunos devem abandonar a sala.

Situação: incêndio.

Solução 1: a regra 1 torna-se inválida para aplicação da regra 2.

Solução 2: a regra 1 permanece válida se houver uma cláusula de exceção. Exem-


plo: proibição de abandonar a sala antes de soar a sirene de saída, salvo em caso de
incêndio.

Para Alexy, os princípios possuem uma maior densidade jurídica, o que permite
uma maior abrangência e generalidade, admi�ndo-se sua aplicação gradual e de di-
ferentes formas, representando mandados de o�mização. Nessa concepção, os prin-
cípios devem ser cumpridos da melhor forma possível, tudo a depender da possibili-
dade prá�ca ou jurídica, diferente da regra que deve ser cumprida totalmente. Assim,
princípio tem seu grau de aplicação condicionado à possibilidade.

Diante da abrangência de possibilidades de aplicação, os princípios podem en-


trar em colisão (e não em conflito, pois não se invalidam), o que não é solucionado
por invalidade ou exclusão.

Enquanto Dworkin equacionava a aparente colisão de princípios pela dimensão


do peso (prevalecendo o princípio de maior peso), mantendo íntegro o sistema, Alexy
visualizava uma colisão de valores, cuja solução recairia em um juízo de ponderação
para que a solução implicasse o menor sacri�cio possível do princípio afastado, sem
que um anulasse o outro.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 133


DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Carlos Mendonça

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Os princípios fundamentais da Cons�tuição de 1988 estão elencados nos ar�gos
1 ao 4. São princípios estruturantes da forma e estrutura do Estado, bem como de
suas concepções polí�cas. A seguir, cada princípio fundamental será estudado.

Princípio Republicano
A maneira como o governo se relaciona com o povo e como o governante chega
ao poder define a forma de governo adotado em cada país. Existem duas formas de
governo: república e monarquia.

A forma de governo adotada na cons�tuição é a republicana. Nesse modelo, a


coisa pública (res = coisa, pública = do povo) é gerida por um representante do povo
e, como tal, deve pautar sua conduta pela responsabilidade e pelo tratamento iguali-
tário de todos, sempre por um período certo de tempo, permi�ndo a alternância no
poder.

A nossa república foi adotada por proclamação em 15/11/1889, rompendo a


tradição monárquica brasileira. Nesta forma de governo, algumas caracterís�cas são
primordiais:

a) igualdade formal entre as pessoas: o tratamento diferenciado não se coadu-


na com a forma republicana, pois todos devem ser considerados iguais pe-
rante a lei. Nesse sen�do, a igualdade presente na república é apenas formal,
pois a igualdade material vai ser tratada como um fim a ser alcançado, o que
permi�ria o tratamento diferenciado apenas nas hipóteses em que grupos
mereçam uma proteção especial.

b) alternância no poder: o povo, �tular do poder, elege o governante para um


mandato previamente definido no tempo, pois a temporariedade impede
qualquer apego ao poder e ra�fica o seu verdadeiro �tular.

c) governo exercido com responsabilidade: a coisa pública deve ser gerida com
responsabilidade, caso contrário, o governante responde por seus atos na es-

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 134


DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Carlos Mendonça

fera polí�ca (impeachment), penal e civil. A prestação de contas é um desdo-


bramento dessa caracterís�ca.

Portanto, a República contrapõe-se à monarquia, pois nesta as caracterís�cas


são a vitaliciedade, a hereditariedade e, no passado, a irresponsabilidade do rei.

Princípio Federa�vo
Além de república, o Brasil é uma Federação, formada pela união indissolúvel
dos estados, dos municípios e do Distrito Federal. A federação define a forma de Es-
tado do Brasil, adotada inicialmente na Cons�tuição de 1891, e man�da pela Cons�-
tuição de 1988. A forma de Estado define como cada país par�lha o poder. Se houver
descentralização polí�ca, é uma federação, mas se houver centralização do poder em
apenas um núcleo teremos o Estado unitário, a exemplo da França.

Os Estados que adotam a forma federa�va descentralizam o exercício do poder


por meio da criação de en�dades federa�vas autônomas no campo polí�co, financei-
ro e administra�vo.

A formação de uma federação pode ocorrer de dentro para fora (federalismo cen-
trífugo) ou de fora para dentro (federalismo centrípeto). Vejamos como isso ocorre:

a) Federalismo centrípeto (de fora para dentro): ocorreu na formação dos Esta-
dos Unidos da América (primeira federação que se tem no�cia), quando as 13
colônias inglesas declararam sua independência e, após um breve período de
confederação, resolveram abrir mão de sua soberania para formar um novo
país. Nesse modelo, cada colônia independente seria transformada em Esta-
do da federação e teria uma Cons�tuição Estadual e seu próprio governador,
já o conjunto desses Estados iria formar os Estados Unidos da América, en�-
dade soberana com uma Cons�tuição Federal e um presidente.

b) Federalismo Centrífugo (de dentro para fora): ocorre quando o país já existe e
é dividido em en�dades autônomas como ocorreu no Brasil após a proclama-
ção da república, momento em que o governo centralizado foi descentralizado.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 135


DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Carlos Mendonça

Em 1889, o Decreto nº 1 transformou as an�gas províncias em Estados autô-


nomos com capacidade de eleger seus governadores, de produzir leis e gerir
seus serviços administra�vos.

A federação tem seu fundamento na cons�tuição, que deve ser rígida para evitar
o direito de secessão, inclusive, nossa cons�tuição elevou à categoria de cláusula pé-
trea a forma federa�va de Estado.

A doutrina fala em um federalismo de segundo grau, pois no Brasil o cidadão


submete-se a duas ordens jurídicas, uma proveniente da Cons�tuição federal e outra
decorrente da Cons�tuição Estadual.

A confederação não pode ser considerada uma forma de Estado, pois é formada
por vários países soberanos e independentes. Enquanto a federação é criada por uma
cons�tuição, sendo vedado o direito de secessão, a confederação é criada por tratado
internacional, o que permite que cada país se re�re do acordo quando não lhe for
mais conveniente. A confederação representa um conjunto de países. A federação
representa um país que é formado por várias en�dades autônomas.

Princípio do Estado Democrá�co de Direito


Desde a an�guidade, o processo de transformação da sociedade gravitou em
torno do exercício do poder, ora nas mãos de poucos, ora de muitos e, por um breve
período, nas mãos de todos. O privilégio de par�cipar das decisões polí�cas foi uma
caracterís�ca da an�guidade grega que transportou-se para a modernidade por meio
da democracia representa�va, onde o poder é exercido indiretamente pelo povo.

Mesmo na Grécia An�ga, o processo democrá�co não era para todos, pois mu-
lheres, escravos e homens não �nham a mesma importância, a maioria era excluída
da vida polí�ca. Na cidade de Atenas, berço da democracia, apenas homens gregos
(nascidos de pais gregos) e maiores de 21 anos é que podiam par�cipar do processo
de decisão. Foi nesse ambiente que a democracia deu os primeiros passos. Contu-
do, com a dominação romana, a democracia foi esquecida, ressurgindo no cenário

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 136


DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Carlos Mendonça

contemporâneo após o fracasso do Estado de Direito, concebido como um Estado de


liberdade, limitado em suas ações e sem intervencionismo na vida da sociedade.

É importante destacar que o Estado de Direito não se restringiu à submissão das


ações estatais à lei, mas também a um boicote ao próprio Estado. Esse distanciamento
entre Estado e seu povo agravou a desigualdade social, mas demonstrou a necessida-
de do �tular do poder (povo) assumir o protagonismo direto das decisões polí�cas ou
por meio de representantes eleitos.

José Afonso da Silva esclarece que o Estado Democrá�co de Direito viabiliza a re-
alização de valores de convivência humana, fundado no princípio da soberania popular
e da efe�va par�cipação popular na coisa pública. O respeito à dignidade humana, a
valorização do trabalho e a construção de uma sociedade livre, justa e solidária dão
fundamento ao Estado Democrá�co de Direito na concre�zação dos direitos sociais e
na oferta de igual oportunidade a todos, principal obje�vo de qualquer nação civilizada.

Princípio da Separação dos Poderes


A cons�tuição, em seu ar�go 2º, consagra o princípio da separação dos pode-
res, que consiste em dis�nguir as três funções atribuídas ao poder, concebidos como
autônomos, harmônicos e independentes entre si: Poderes Legisla�vo, Execu�vo e
Judiciário.

Aristóteles já vislumbrava na polis grega a existência de três a�vidades do Es-


tado: administrar, julgar e legislar. Contudo, coube a Montesquieu a propagação da
teoria da separação dos poderes como mecanismo de controle, pois apenas o poder
controla o poder. Surgia a teoria dos freios e contrapesos (checks and balances).

Cada uma das funções estatais se desdobra em a�vidades �picas e a�picas. As


funções a�picas têm por obje�vo fiscalizar e controlar os demais poderes, evitando,
assim, a concentração e o abuso do poder.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 137


136
DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Carlos Mendonça

Quadro Compara�vo: funções �picas e a�picas

Órgão Função Típica Função A�pica


Poder Execu�vo Administrar Legislar (Medidas Provisórias)
Julgar (Concentecioso Administra�vo).
Poder Legisla�vo Legislar/Fiscalizar Administrar os seus serviços.
Poder Judiciário Julgar Legislar (Regimento Interno dos Tribunais)
Administrar os seus serviços.

FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA
Os fundamentos da república representam os princípios que que devem ser u�-
lizados para a sua estruturação, sendo:

I – A Soberania: concebida incialmente por Jean Bodin em 1576 como a expres-


são máxima do poder de um Estado, atualmente tem expressão tanto no plano exter-
no (soberania externa), como no plano interno (soberania popular).

II – A Cidadania: é atributo do nacional que possui direitos polí�cos e civis, per-


mi�ndo que exerça influência sobre a vontade do Estado. A cidadania pode ser a�va e
passiva, representado pelo direito de votar (a�va) ou ser votado (passiva).

III – A Dignidade da pessoa humana: fundamento dos direitos fundamentais, a


dignidade da pessoa humana não é simplesmente a garan�a da vida, mas de uma vida
digna, sendo um valor de respeito à pessoa e de seu núcleo invulnerável a ser assegu-
rado pelo Estado e pela sociedade.

IV – Os valores sociais do trabalho e da livre inicia�va: configura uma mescla da


ideologia capitalista e socialista, permi�ndo a consagração do social-liberalismo como
fundamento da proteção ao trabalhador sem descuidar da livre inicia�va, imbuindo o
Estado da função de agente norma�vo e regulador da a�vidade econômica.

V – O Pluralismo polí�co: em um Estado Democrá�co de Direito a divergência de


ideias deve ser tolerada, afastando qualquer autoritarismo que impeça a livre mani-
festação do pensamento. Como o povo é o �tular do poder, a pluralidade de ideias e a

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 138


DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Carlos Mendonça

possibilidade de pensar diferente exprime a fundamental necessidade de par�cipação


de todos na vida polí�ca do país.

OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


O ar�go 3º da Cons�tuição estabelece quais os obje�vos fundamentais da Re-
pública Federa�va do Brasil, que são a construção de uma sociedade livre, justa e
solidária; a garan�a do desenvolvimento nacional; erradicação da pobreza e da margi-
nalização e a redução das desigualdades sociais e regionais; e, por fim, a promoção do
bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.

São planos de ação que devem ser seguidos pelo Estado e pela sociedade, repre-
sentando normas de conteúdo programá�co, de eficácia limitada, portanto, a depen-
der de leis e ações para a sua implementação.

PRINCÍPIOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL NAS RELAÇÕES IN-


TERNACIONAIS
No que diz respeito às relações internacionais, o ar�go 4º da Cons�tuição Fede-
ral estabelece que a República Federa�va do Brasil rege-se pelos seguintes princípios
básicos: independência nacional; prevalência dos direitos humanos; autodetermina-
ção dos povos; não intervenção; igualdade entre os estados; defesa da paz; solução
pacífica dos conflitos; repúdio ao terrorismo e ao racismo; cooperação entre os povos
para o progresso da humanidade; concessão e asilo polí�co.

Determina, ademais, no seu parágrafo único, que a República Federa�va do Brasil


buscará a integração econômica, polí�ca, social e cultural dos povos da América La�na,
visando à formação de uma comunidade la�no-americana de nações. Com relação ao
disposto no parágrafo único, o Brasil tem buscado, por meio do Mercosul, a integração
com os demais países la�no-americanos, por ora nos aspectos econômico, cultural e so-
cial, como um grande passo para que, em um futuro não muito distante, essa integração
aconteça também no aspecto polí�co, nos moldes da europeia, como um mercado e uma
moeda únicos, resguardada a independência polí�ca de cada um dos países integrantes.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 139


DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Carlos Mendonça

QUADRO RESUMO
Efeitos da Nova Cons�tuição no sis- Recepção/revogação: ocorre quando as nor-
tema jurídico anterior mas jurídicas infracons�tucionais em vigor
no momento do surgimento da nova cons�-
tuição são recepcionadas e con�nuam a pro-
duzir efeitos ou são revogadas e deixam de
produzir efeitos.
Repris�nação: permite que uma lei revoga-
da pela cons�tuição anterior volte a vigorar,
caso seja compa�vel com a nova cons�tui-
ção, desde que haja expressa previsão.
Descons�tucionalização: recepção da cons-
�tuição anterior ou parte dela como lei or-
dinária (depende de expressa previsão no
texto da nova cons�tuição).
Preâmbulo Não possui força norma�va.
Eficácia Plena: eficácia direta, imediata e in-
tegral.
Aplicabilidade das Normas Cons�tu- Eficácia Con�da: eficácia direta, imediata,
cionais (José Afonso da Silva) mas não possivelmente integral, pois pode
sofrer restrição.
Eficácia Limitada: eficácia indireta, mediata
e reduzida. Subdivisão:
a) de princípio programá�co,
b) de princípio ins�tu�vo.
Aplicabilidade das Normas Cons�tu- Eficácia Absoluta: cláusulas pétreas
cionais (Maria Helena Diniz) Eficácia Plena,
Rela�va restringível,
Rela�va complementável.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 140


DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Carlos Mendonça

QUESTÕES COMENTADAS

1. (Cespe/PC-GO/Escrivão/2016) Assinale a opção que apresenta um dos fundamentos


da República Federa�va do Brasil previsto expressamente na Cons�tuição Federal
de 1988.
a) valores sociais do trabalho e da livre inicia�va.
b) autodeterminação dos povos.
c) igualdade entre os estados.
d) erradicação da pobreza.
e) solução pacífica dos conflitos.

Gabarito: a
Comentário: Os fundamentos da república estão elencados no art. 1º da cons�tuição
e podem ser facilmente decorados pelo mnemônico “SO CI DI VA PLU”, onde o “VA”
significa “valores sociais do trabalho e da livre inicia�va”. Sendo assim, a resposta
da questão é a letra “A”, até porque as demais alterna�vas indicam princípios das
relações sociais.

Acerca dos princípios fundamentais expressos na Cons�tuição Federal de 1988 (CF),


julgue o item a seguir.
2. (Cespe/DPU/Cargo 3/2016) A prevalência dos direitos humanos, a concessão de
asilo polí�co e a solução pacífica de conflitos são princípios fundamentais que re-
gem as relações internacionais do Brasil.

Gabarito: Certo
Comentário: A questão elenca corretamente alguns princípios das relações inter-
nacionais previstos no ar�go 4º da Cons�tuição de 88.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 141


DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Carlos Mendonça

3. (Cespe/2016) Assinale a opção correta de acordo com a Cons�tuição Federal de


1988 (CF).
a) Os obje�vos fundamentais traçados pela CF constam de rol taxa�vo que não
admite ampliação por obra do intérprete cons�tucional.
b) A cidadania é conceito que se confunde com a democracia e cujo exercício nessa
se encerra.
c) A dignidade da pessoa humana é princípio unidimensional, porque estritamente
jurídico, e estanque, porque integrado esta�camente pelo conjunto de direitos
fundamentais previstos na Cons�tuição.
d) Os valores do trabalho e da livre inicia�va previstos na Cons�tuição têm relação
essencialmente com o trabalho remunerado e buscam assegurar ao trabalhador
a correspondente e justa contraprestação pelo desempenho de suas tarefas.
e) A concessão de asilo, ato de soberania, não obsta a posterior extradição do
asilado.

Gabarito: e
Comentário:
a) Errado: o rol de obje�vos fundamentais é meramente exemplifica�vo, pois
possuem fórmulas abertas que podem ensejar uma série de ações do Estado e
da Sociedade.
b) Errado: a cidadania representa a possibilidade de influenciar a vontade do Es-
tado como desdobramento do princípio democrá�co, mas não se encerra aí,
pois o cidadão é a razão de exis�r do Estado, não só como agente polí�co, mas
também como des�natário dos serviços públicos.
c) Errado: a dignidade humana é um valor-fonte que jus�fica a existência de direi-
tos fundamentais, mas não apenas os que estão previstos na Cons�tuição, pois,
diante de sua expansividade, novos direitos fundamentais podem ser criados,
até mesmo na ordem internacional, sendo certo que o seu reconhecimento
como fundamental não está ligado a sua posi�vação cons�tucional e sim como
garan�dor da dignidade humana.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 142


DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Carlos Mendonça

d) Errado: o valor social do trabalho está ligado à conquista dos direitos sociais
pelo trabalho ao invés de seu recebimento como benesse do Estado. A livre ini-
cia�va é a permissão para que qualquer um possa empreender uma a�vidade
econômica. Reduzir esses dois fundamentos à remuneração do trabalhador é
um equívoco.
e) Certo: nenhum direito é absoluto, razão pela qual a soberania do Estado permite
a concessão e a manutenção do asilo polí�co pelo tempo que for conveniente a
ambas as partes. Ademais, o asilo protege o indivíduo contra extradição calcada
em crime polí�co ou de opinião, não alcançando os crimes comuns.

4. (Cespe/TRE-MT/Analista/2015) No que se refere aos princípios fundamentais es-


tabelecidos na Cons�tuição Federal de 1988 (CF), assinale a opção correta.
a) O princípio da construção de uma sociedade livre, justa e solidária está contem-
plado na CF de forma implícita.
b) Em decorrência do princípio da defesa da paz e da resolução pacífica dos con-
flitos, o Brasil é proibido de par�cipar de qualquer guerra externa, devendo-se
posicionar como país neutro em conflitos bélicos.
c) Conforme o princípio da democracia representa�va, explicitamente previsto
na CF, todo o poder emana do povo, e seu exercício ocorre exclusivamente por
meio dos representantes eleitos.
d) Os Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, são o Execu�vo, o
Judiciário, o Ministério Público e o Legisla�vo.
e) A integração econômica, polí�ca, social e cultural dos povos da América La�na,
com a finalidade de cons�tuir uma comunidade la�no-americana de nações,
cons�tui um princípio fundamental da República brasileira.

Gabarito: e
a) Errado: está expresso como obje�vo da república no art. 3, I da Cons�tuição de 88.
b) Errado: o Brasil é um país pacífico, mas existe a possibilidade de par�cipar de
guerra quando atacado (art. 84, XIX da CF/88).

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 143


DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Carlos Mendonça

c) Errado: a democracia pode ser exercida diretamente, a exemplo do plebiscito


e referendo.
d) Errado: o Ministério Público é uma função essencial à jus�ça, não possuindo
status de poder.
e) Certo: está previsto no parágrafo único do ar�go 4º, portanto, dentro do �tulo
Princípios Fundamentais (arts. 1 ao 4).

Julgue o item a seguir.


5. (Cespe/TRE-MT/Técnico Judiciário/2015) O princípio do pluralismo polí�co expresso
na CF refere-se não apenas a preferências de cunho par�dário, mas também a uma
sociedade plural com respeito às diferenças, à pessoa humana e à liberdade.

Gabarito: Certo
Comentário: Tendo em vista que o pluralismo polí�co representa a pluralidade de
ideias e a possibilidade de pensar diferente, tanto no campo polí�co quanto na
vida em sociedade.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 144


DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Carlos Mendonça

QUESTÕES PARA TREINAR

1. (Cespe/PC-GO/Escrivão/2016) Assinale a opção que apresenta um dos fundamentos


da República Federa�va do Brasil previsto expressamente na Cons�tuição Federal
de 1988.
a) valores sociais do trabalho e da livre inicia�va
b) autodeterminação dos povos
c) igualdade entre os estados
d) erradicação da pobreza
e) solução pacífica dos conflitos.

Acerca dos princípios fundamentais expressos na Cons�tuição Federal de 1988 (CF),


julgue o item a seguir.
2. (Cespe/DPU/Cargo 3/2016) A prevalência dos direitos humanos, a concessão de
asilo polí�co e a solução pacífica de conflitos são princípios fundamentais que re-
gem as relações internacionais do Brasil.

3. (Cespe/2016) Assinale a opção correta de acordo com a Cons�tuição Federal de


1988 (CF).
a) Os obje�vos fundamentais traçados pela CF constam de rol taxa�vo que não
admite ampliação por obra do intérprete cons�tucional.
b) A cidadania é conceito que se confunde com a democracia e cujo exercício nessa
se encerra.
c) A dignidade da pessoa humana é princípio unidimensional, porque estritamente
jurídico, e estanque, porque integrado esta�camente pelo conjunto de direitos
fundamentais previstos na Cons�tuição.
d) Os valores do trabalho e da livre inicia�va previstos na Cons�tuição têm relação
essencialmente com o trabalho remunerado e buscam assegurar ao trabalhador
a correspondente e justa contraprestação pelo desempenho de suas tarefas.
e) A concessão de asilo, ato de soberania, não obsta a posterior extradição do asilado.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 145


DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Carlos Mendonça

4. (Cespe/TRE-MT/Analista/2015) No que se refere aos princípios fundamentais es-


tabelecidos na Cons�tuição Federal de 1988 (CF), assinale a opção correta.
a) O princípio da construção de uma sociedade livre, justa e solidária está contem-
plado na CF de forma implícita.
b) Em decorrência do princípio da defesa da paz e da resolução pacífica dos con-
flitos, o Brasil é proibido de par�cipar de qualquer guerra externa, devendo-se
posicionar como país neutro em conflitos bélicos.
c) Conforme o princípio da democracia representa�va, explicitamente previsto
na CF, todo o poder emana do povo, e seu exercício ocorre exclusivamente por
meio dos representantes eleitos.
d) Os Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, são o Execu�vo, o
Judiciário, o Ministério Público e o Legisla�vo.
e) A integração econômica, polí�ca, social e cultural dos povos da América La�na,
com a finalidade de cons�tuir uma comunidade la�no-americana de nações,
cons�tui um princípio fundamental da República brasileira.

Julgue o item a seguir.


5. (Cespe/TRE-MT/Técnico Judiciário/2015) O princípio do pluralismo polí�co expresso
na CF refere-se não apenas a preferências de cunho par�dário, mas também a uma
sociedade plural com respeito às diferenças, à pessoa humana e à liberdade.

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 146


DIREITO CONSTITUCIONAL
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Carlos Mendonça

GABARITO

1. a

2. Certo

3. e

4. e

5. Certo

Copyright © Direitos Reservados ao site: www.estudioaulas.com.br 147


DANIEL LIMA,
É professor, coach e analista comportamental.
Formado em Letras, pós-graduado em Gramática,
Produção e Revisão de Textos, mestre em
Comunicação Organizacional – realizou extensa
pesquisa sobre a comunicação no serviço público e
voltou sua análise aos estudos sobre a redação oficial
na administração pública. Atua como professor de
comunicação oral e escrita em diversos órgãos públicos
e como professor de Língua Portuguesa em vários
cursos preparatórios para concursos no Brasil. Foi
professor de Leitura e Produção de Textos na
Universidade de Brasília – UnB e na Universidade
Católica de Brasília – UCB. É servidor público desde os
18 anos, aprovado em diversos concursos, atualmente
ocupa o cargo de Perito Papiloscopista da Polícia Civil
do Distrito Federal – PCDF.

Olá, pessoa! Tudo bem?

O Manual de Redação da Presidência da República – MRPR, o mais cobrado em


concursos públicos, foi atualizado e revisado e está na sua 3ª edição. Por isso, este
material é atual e conforme as novas regras e orientações do MRPR.

Aproveite as dicas e fique atento(a) ao conteúdo, apesar de conter uma porção


de regras, elas são imprescindíveis para seu sucesso.

Grande abraço e bons estudos!

148
1. TIPOS DE DOCUMENTOS
Os documentos oficiais podem receber algumas classificações a depender da
sua forma de tramitação. Logo à frente do nome do documento pode aparecer as
palavras:

CIRCULAR: quando o emissor envia o mesmo expediente para vários outros órgãos
ou departamentos ao mesmo tempo.

Observação: como nos expedientes circulares há mais de um receptor, o órgão


emissor pode inserir, no rodapé, as siglas ou nomes dos órgãos que receberão o
documento.

Exemplo:

OFÍCIO CIRCULAR N.º 652/2018/MEC

Órgão W
Mesmo documento (receptor)
Órgão Y
Órgão X
(receptor)
(emissor)
Órgão Z
(receptor)

149
a) CONJUNTO: quando o documento tem vários órgãos como emissores e
apenas um como receptor.

Observação: Na parte da identificação do documento, deve constar as siglas de


todos os remetentes.

Exemplo:

OFÍCIO CONJUNTO N.º 368/2018/MEC/MDIC/MJ

órgão w Mesmo documento

(emissor)

órgão Y órgão X
(emissor) (receptor)

órgão Z
(emissor)

b) CONJUNTO – CIRCULAR: quando possui mais de um emissor que envia o


mesmo documento a mais de um receptor ao mesmo tempo. É a junção dos dois
anteriores.

Exemplo:

OFÍCIO CONJUNTO CIRCULAR N.º 795/2018/CC/MJ/MRE

150
emissor receptor

emissor Mesmo documento receptor

emissor receptor

1.1 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

A Exposição de Motivos é a comunicação expedida por um Ministro de Estado


ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente da República para:

a) informá-lo de determinado assunto;


b) propor alguma medida; ou
c) submeter projeto de ato normativo à sua consideração.

Essa comunicação oficial é a principal modalidade de comunicação que os


ministros dirigem ao Presidente da República. Em algumas situações, cópia da EM
pode ser encaminhada ao Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário.

Observação1: Uma Exposição de Motivos – ME – que envolva mais de um


ministério, será assinada pelos respectivos ministros e é conhecida como Exposição
de Motivos interministerial.

151
Observação2: A sequência numérica da Exposição de Motivos é única –
independentemente de possuir um único autor ou de ser interministerial. A
numeração protocolar começa e termina dentro de um mesmo ano. Ou seja, a
primeira EM do ano de 2019 será a EM 001/2019; a segunda EM 002/2019 e assim
sucessivamente.

Existem duas formas estruturais para as Exposições de Motivo – uma forma


para as EM que tenham caráter exclusivamente informativo, e outra forma para
aquelas que propõem alguma medida ou submetem um projeto de Ato Normativo. O
primeiro modelo deve trazer na introdução, no desenvolvimento e na conclusão
detalhes sobre a informação oficial que ensejou a comunicação. No segundo modelo,
deve trazer a proposta a que o expediente se apoia, a razão de aquela medida ou de
aquele ato normativo ser o ideal para se solucionar o problema e as eventuais
alternativas existentes para equacioná-lo, ou, por se tratar de uma submissão de um
Ato Normativo como um Decreto Regulamentar ou uma Portaria, por exemplo, exige
estrutura própria. Essas regras estão previstas no Decreto n.º 9.191, de 1º de
novembro de 2017.

A EM com propostas de atos podem ser encaminhadas por meio de um sistema


de gerenciamento de comunicações chamado de Sidof – Sistema de Geração e
Tramitação de Documentos. Nesse caso, a identificação do signatário é substituída
pela assinatura eletrônica que informa o nome do ministro que assinou e o do
consultor jurídico responsável pelo parecer que seguirá anexo.

O MRPR traz alguns exemplares de EM as quais replicarei abaixo.

152
Brasão da Rep. em
alto relevo

Identificação da EM

Data

Vocativo

Texto

153
Fecho

Identificação
do
signatário

154
1.2 MENSAGEM

É a comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos. Comunicação


bastante utilizada pelo chefe do Executivo para transmitir mensagens ao Poder
Legislativo.

Observação1: Os ministérios podem encaminhar à Presidência da República


minuta de Mensagem. Nesse caso, como a assessoria presidencial irá apreciar e, se
for o caso, encaminhar uma versão final ao órgão do Poder Legislativo ou do Poder
Judiciário.

Obsservação2: Como a Mensagem é assinada pelo Presidente, nela não contém


os elementos próprios da Identificação do Signatário como estudamos lá atrás.

O MRPR traz vários casos em que a Mensagem é empregada. Na verdade, é


quase uma aula de Direito Constitucional. Como não sabemos o que se passa na
cabeça do examinador, eu replicarei aqui o texto do Manual. Se você se interessar em
ler, será uma boa revisão do assunto; caso contrário, pode pular diretamente para o
exemplo de Mensagem logo depois.

As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Congresso Nacional


têm as seguintes finalidades:

a) Encaminhamento de proposta de emenda constitucional, de projeto de lei


ordinária, de projeto de lei complementar e os que compreendem plano
plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais e créditos adicionais:

155
Os projetos de lei ordinária ou complementar são enviados em regime
normal (Constituição, art. 61) ou de urgência (Constituição, art. 64, §§ 1º a 4º).
O projeto pode ser encaminhado sob o regime normal e, mais tarde, ser
objeto de nova mensagem, com solicitação de urgência.

Em ambos os casos, a mensagem se dirige aos membros do Congresso


Nacional, mas é encaminhada com ofício do Ministro de Estado Chefe da Casa
Civil da Presidência da República ao Primeiro-Secretário da Câmara dos
Deputados, para que tenha início sua tramitação (Constituição, art. 64, caput).

Quanto aos projetos de lei que compreendem plano plurianual,


diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais e créditos adicionais, as
mensagens de encaminhamento dirigem-se aos membros do Congresso
Nacional, e os respectivos ofícios são endereçados ao Primeiro-Secretário do
Senado Federal. A razão é que o art. 166 da Constituição impõe a deliberação
congressual em sessão conjunta, mais precisamente, “na forma do regimento
comum”. E, à frente da Mesa do Congresso Nacional, está o Presidente do
Senado Federal (Constituição, art. 57, § 5º), que comanda as sessões
conjuntas.

b) Encaminhamento de medida provisória: Para dar cumprimento ao disposto


no art. 62 da Constituição, o Presidente da República encaminha Mensagem
ao Congresso, dirigida a seus Membros, com ofício para o Primeiro-Secretário
do Senado Federal, juntando cópia da medida provisória.

c) Indicação de autoridades: As mensagens que submetem ao Senado Federal


a indicação de pessoas para ocuparem determinados cargos (magistrados dos

156
tribunais superiores, ministros do Tribunal de Contas da União, presidentes e
diretores do Banco Central, Procurador-Geral da República, chefes de missão
diplomática, diretores e conselheiros de agências etc.) têm em vista que a
Constituição, incisos III e IV do caput do art. 52, atribui àquela Casa do
Congresso Nacional competência privativa para aprovar a indicação.

O curriculum vitae do indicado, assinado, com a informação do número


de Cadastro de Pessoa Física, acompanha a mensagem.

d) Pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Presidente da República


se ausentarem do país por mais de 15 dias: Trata-se de exigência
constitucional (Constituição, art. 49, caput, inciso III e art. 83), e a autorização
é da competência privativa do Congresso Nacional. O Presidente da República,
tradicionalmente, por cortesia, quando a ausência é por prazo inferior a 15
dias, faz uma comunicação a cada Casa do Congresso, enviando-lhes
mensagens idênticas.

e) Encaminhamento de atos de concessão e de renovação de concessão de


emissoras de rádio e TV: A obrigação de submeter tais atos à apreciação do
Congresso Nacional consta no inciso XII do caput do art. 49 da Constituição.
Somente produzirão efeitos legais a outorga ou a renovação da concessão
após deliberação do Congresso Nacional (Constituição, art. 223, § 3º).
Descabe pedir na mensagem a urgência prevista na Constituição, art. 64, uma
vez que o § 1º do art. 223 já define o prazo da tramitação. Além do ato de
outorga ou renovação, acompanha a mensagem o correspondente processo
administrativo.

157
f) Encaminhamento das contas referentes ao exercício anterior: O Presidente
da República tem o prazo de 60 dias após a abertura da sessão legislativa para
enviar ao Congresso Nacional as contas referentes ao exercício anterior
(Constituição, art. 84, caput, inciso XXIV), para exame e parecer da Comissão
Mista permanente (Constituição, art. 166, § 1º), sob pena de a Câmara dos
Deputados realizar a tomada de contas (Constituição, art. 51, caput, inciso II)
em procedimento disciplinado no art. 215 do seu Regimento Interno.

g) Mensagem de abertura da sessão legislativa: Deve conter o plano de


governo, exposição sobre a situação do País e a solicitação de providências
que julgar necessárias (Constituição, art. 84, inciso XI). O portador da
mensagem é o Chefe da Casa Civil da Presidência da República. Esta
mensagem difere das demais, porque vai encadernada e é distribuída a todos
os congressistas em forma de livro.

h) Comunicação de sanção (com restituição de autógrafos): Esta mensagem é


dirigida aos Membros do Congresso Nacional, encaminhada por ofício ao
Primeiro-Secretário da Casa onde se originaram os autógrafos. Nela se
informa o número que tomou a lei e se restituem dois exemplares dos três
autógrafos recebidos, nos quais o Presidente da República terá aposto o
despacho de sanção.

i) Comunicação de veto: Dirigida ao Presidente do Senado Federal


(Constituição, art. 66, § 1º), a mensagem informa sobre a decisão de vetar, se
o veto é parcial, quais as disposições vetadas, e as razões do veto. Seu texto é
publicado na íntegra no Diário Oficial da União, ao contrário das demais

158
mensagens, cuja publicação se restringe à notícia do seu envio ao Poder
Legislativo.

j) Outras mensagens remetidas ao Legislativo:

- Apreciação de intervenção federal (Constituição, art. 36, § 2º).

- Encaminhamento de atos internacionais que acarretam encargos ou


compromissos gravosos (Constituição, art. 49, caput, inciso I);

- Pedido de estabelecimento de alíquotas aplicáveis às operações e prestações


interestaduais e de exportação (Constituição, art. 155, § 2º, inciso IV);

- Proposta de fixação de limites globais para o montante da dívida consolidada


(Constituição, art. 52, caput, inciso VI);

- Pedido de autorização para operações financeiras externas (Constituição,


art. 52, caput, inciso V);

- Convocação extraordinária do Congresso Nacional (Constituição, art. 57,


§ 6º);

- Pedido de autorização para exonerar o Procurador-Geral da República


(Constituição, art. 52, inciso XI, e art. 128, § 2º);

- Pedido de autorização para declarar guerra e decretar mobilização nacional


(Constituição, art. 84, inciso XIX);

- Pedido de autorização ou referendo para celebrar a paz (Constituição, art.


84, inciso XX);

159
- Justificativa para decretação do estado de defesa ou de sua prorrogação
(Constituição, art. 136, § 4º);

- Pedido de autorização para decretar o estado de sítio (Constituição, art. 137);

- Relato das medidas praticadas na vigência do estado de sítio ou de defesa


(Constituição, art. 141, parágrafo único);

- Proposta de modificação de projetos de leis que compreendem plano


plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais e créditos adicionais
(Constituição, art. 166, § 5º);

- Pedido de autorização para utilizar recursos que ficarem sem despesas


correspondentes, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de
lei orçamentária anual (Constituição, art. 166, § 8º);

- Pedido de autorização para alienar ou conceder terras públicas com área


superior a 2.500 ha (Constituição, art. 188, § 1º).

160
Brasão da Rep. em
alto relevo
Identificação do
expediente

Vocativo

Texto

Data

Assinatura
do Presidente da República

161
1.3 CORREIO ELETRÔNICO (E-MAIL)

Com a evolução da tecnologia e os benefícios trazidos pelo e-mail, como o baixo


custo e celeridade, essa modalidade de comunicação tornou-se a principal forma de
envio e recebimento de documentos na Administração Pública. Isso mesmo, o correio
eletrônico serve para enviar documentos anexos como, por exemplo, relatórios.

ATENÇÃO!

É comum encontrarmos questões de prova que afirmam que o


correio eletrônico não pode encaminhar documentos. Ora, se não
pudesse, seria uma forma de comunicação muito limitada.

A orientação é que avalie se o anexo é realmente indispensável, se


ele não poderia constar no corpo do texto. Se assim o for, a mensagem
que encaminha o arquivo deve trazer informações mínimas sobre o seu
conteúdo.

Além disso, o Manual orienta evitar anexos extensos e evitar


reencaminhar anexos nas mensagens de resposta.

A utilização do e-mail para a comunicação tornou-se prática comum, não só em


âmbito privado, mas também na administração pública. O termo e-mail pode ser
empregado com três sentidos. Dependendo do contexto, pode significar gênero
textual, endereço eletrônico ou sistema de transmissão de mensagem eletrônica.

162
Por utilizar um endereço eletrônico para se comunicar, a administração
disponibiliza, aos seus servidores e empregados, um endereço eletrônico oficial
como, por exemplo, a extensão “.gov.br”. Já que se trata de uma comunicação oficial,
deve ser evitada linguagem incompatível com a formalidade exigida.

Outro ponto importante a salientar é que estamos tratando de uma


comunicação oficial, portanto e-mail tem valor documental e será aceito como
documento original se possuir aquilo que é exigido pela Medida Provisória
n.º 2.200-2, de 24 de agosto de 2001. Ou seja, se possuir Certificação Digital que
ateste a identidade do remetente, segundo os parâmetros de integridade,
autenticidade e validade jurídica da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-
Brasil.

Observação1: O receptor poderá reconhecer como válido o e-mail sem


certificação digital ou com certificação digital fora ICP-Brasil; entretanto, se houver
questionamento, será obrigatório a repetição do ato por meio documento físico
assinado ou por meio eletrônico reconhecido pela ICP-Brasil.

Não existe padronização para o correio eletrônico, mas o Manual faz algumas
orientações quanto à estrutura.

A primeira é que no campo “Assunto” deve-se ser claro e especificar o conteúdo


da mensagem. Isso evitará que o receptor não abra ou não leia por pensar que seja
lixo eletrônico.

A segunda é sobre o vocativo, que deve seguir o modelo padrão dos demais
documentos oficiais os quais já estudamos, ou seja, “Senhor” ou “Senhora” mais o

163
cargo, o nome (se para um particular), ou a forma que o órgão designa o receptor
como “Usuário”, “Beneficiário”, “Colaborador” etc.

ATENÇÃO!

Nesta versão, o Manual trouxe uma novidade. Os vocativos


“Prezado Senhor” ou “Prezada Senhora”, caso a comunicação seja
destinada a um particular, lembra?

Outra orientação é quanto ao fecho, na qual o Manual afirma que


“Atenciosamente” é o fecho padrão das comunicações oficiais. Mesmo sendo o e-mail
uma forma de comunicação popular, na comunicação oficial não se pode usar
expressões como “Att.” ou “Abraços”. Ainda segundo o MRPR, o correio eletrônico,
em algumas situações, aceita uma saudação inicial e um fecho menos formais.
Contudo não há uma explicação nem um exemplo sequer dessa situação no Manual.
Portanto basta saber que essa possibilidade existe, mas a linguagem do texto
continua mantendo sua formalidade.

A próxima orientação é quanto ao bloco de assinaturas, em que há uma


sugestão para padronizar a assinatura nos correios eletrônicos. Segundo essa
recomendação, a assinatura do e-mail deve conter o nome completo, o cargo, a
unidade, o órgão e o telefone do remetente.

Exemplo:

164
Maria da Silva
Assessora
Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil
(61) XXXX-XXXX

Outra normatização, agora quanto aos anexos, é que se o assunto tratado no


documento anexo ainda estiver sendo discutido, esse arquivo deve ser enviado em
um formato que possibilite edição.

Se não bastasse, o MRPR ainda traz diversas orientações sobre o correio


eletrônico. Por isso, irei reproduzir abaixo uma lista com essas normas;

 Sempre que necessário, deve-se utilizar recurso de confirmação de


leitura. Caso não esteja disponível, deve constar da mensagem
pedido de confirmação de recebimento;
 Apesar da imensa lista de fontes disponíveis nos computadores,
mantêm-se a recomendação de tipo de fonte, tamanho e cor dos
documentos oficiais: Calibri ou Carlito, tamanho 12, cor preta;
 Fundo ou papéis de parede eletrônicos não devem ser utilizados, pois
não são apropriados para mensagens profissionais, além de
sobrecarregar o tamanho da mensagem eletrônica;
 A mensagem do correio eletrônico deve ser revisada com o mesmo
cuidado com que se revisam outros documentos oficiais;
 O texto profissional dispensa manifestações emocionais. Por isso,
ícones e emoticons não devem ser utilizados;

165
 Os textos das mensagens eletrônicas não podem ser redigidos com
abreviações como “vc”, “pq”, usuais das conversas na internet, ou
neologismos, como “naum”, “eh”, “aki”;
 Não se deve utilizar texto em caixa alta para destaques de palavras
ou trechos da mensagem pois denota agressividade por parte do
emissor da comunicação.
 Evite-se o uso de imagens no corpo do e-mail, inclusive das Armas da
República Federativa do Brasil e de logotipos do ente público junto
ao texto da assinatura.
 Não devem ser remetidas mensagem com tamanho total que possa
exceder a capacidade do servidor do destinatário.

Como o Manual de Redação da Presidência não publicou um exemplar de um


correio eletrônico, não há a necessidade de o fazermos aqui, já que nosso objetivo é
a prova.

166
QUESTÕES COMENTADAS

01. (Quadrix/CRMV/DF/Agente Administrativo/2017) Em relação à correspondência


oficial, julgue o próximo item.

Sendo a flexibilidade um dos atrativos da comunicação por correio eletrônico, não há


necessidade de se evitar a informalidade da linguagem nesse tipo de documento
oficial, como o uso de gírias e jargões.

Gabarito: Errado.
Comentário: Apesar de não ser exigida uma estrutura rígida, como no padrão ofício,
a linguagem não pode ser incompatível com a comunicação oficial. Deve-se empregar
os pronomes de tratamento adequadamente, e manter a formalidade, pois trata-se
de um documento oficial.

02. (Cespe/TCE/PA/Conhecimentos Básicos/Cargos 2 e 7/2016) Em relação às


finalidades dos textos oficiais, julgue o item seguinte.

A exposição de motivos é o expediente dirigido ao presidente ou ao vice-presidente


da República, geralmente emitido por um ministro de Estado.

Gabarito: Certo.
Comentário: Esse documento, emitido por um ministro, serve para informar o
Presidente de algo, ou para submeter assunto a sua consideração, ou ainda propor a
criação de um Ato Normativo.

167
03. (Cespe/TCE/PA/Conhecimentos Básicos/Cargos 4, 5 e de 8 a 17/2016) Em
relação às finalidades dos textos oficiais, julgue o item seguinte.

A mensagem é um expediente de natureza informativa usado por todas as repartições


públicas para comunicar-se com os cidadãos.

Gabarito: Errado.
Comentário: A mensagem é a comunicação entre os chefes dos poderes, portanto
não é usada em todas as repartições. Aliás, somente os chefes de cada poder podem
enviar uma mensagem.

04. (Cespe/Telebras/Conhecimentos Básicos para o Cargo 1//2015) Acerca das


características gerais dos diversos tipos de comunicação oficial, julgue o item a seguir,
com base no Manual de Redação da Presidência da República.

O documento conhecido como exposição de motivos tem uma forma básica de


estrutura, independentemente de sua finalidade.

Gabarito: Errado.
Comentário: Vimos nas nossas aulas anteriores que a “Exposição de Motivos” possui
duas formas básicas de estrutura.

05. (Cespe/MPU/Conhecimentos Básicos para os Cargos 1 a 10 e 27 a


32/Adaptada/2013) Com base no Manual de Redação da Presidência da República
(MRPR), julgue o item seguinte, acerca das características das comunicações oficiais
e do tipo de linguagem empregado nessas comunicações.

Por sua celeridade, o correio eletrônico é uma forma de comunicação oficial bastante
utilizada pelo Poder Judiciário para a comunicação entre os órgãos que o compõem.

168
Gabarito: Certo.
Comentário: Não só no Poder Judiciário, mas em toda a administração pública, visto
que o correio eletrônico é um documento célere e eficaz.

06. (Cespe/STJ/Conhecimentos Básicos para o Cargo 6/2015) Considerando os


aspectos estruturais e linguísticos das correspondências oficiais previstos no Manual
de Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue.

A mensagem é considerada um dos principais instrumentos de comunicação oficial


devido a sua celeridade, ao seu baixo custo e à flexibilidade da sua estrutura de
formatação.

Gabarito: Errado.
Comentário: Esse conceito pertence ao e-mail, conforme vimos na questão anterior.
A mensagem é a comunicação usada pelos chefes dos poderes para comunicarem
entre si.

07. (Cespe/STJ/Conhecimentos Básicos para o Cargos 3 e 14/2015) Considerando os


aspectos estruturais e linguísticos das correspondências oficiais previstos no Manual
de Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue.

A exposição de motivos é uma comunicação oficial dirigida ao presidente da República


ou ao vice-presidente por um ministro de Estado e pode ser interministerial, ou seja,
assinada por mais de um ministro.

Gabarito: Certo.
Comentário: A afirmativa está correta, é exatamente essa a finalidade da exposição
de motivos.

169
08. (Cespe/MEC/Conhecimentos Básicos para os Postos 9, 10, 11 e 16/2015) Com
base no Manual de Redação da Presidência da República, julgue o item a seguir.
A exposição de motivos, documento oficial que formalmente segue o padrão ofício,
poderá apresentar, dependendo de sua finalidade, duas estruturas básicas: uma para
a comunicação que tenha caráter exclusivamente informativo, e outra para a
comunicação que proponha alguma medida ou submeta projeto de ato normativo.

Gabarito: Certo.
Gabarito: Essa é a definição da exposição de motivos.

09. (Inédita) Julgue o item de acordo com o MRPR. O destinatário de um correio


eletrônico emitido por um órgão público poderá reconhecer como válido o e-mail sem
certificação digital ou com certificação digital fora ICP-Brasil.

Gabarito: Certo.
Comentário: O receptor pode aceitar um correio eletrônico sem a certificação digital,
entretanto, caso haja questionamento, será obrigatório a repetição do ato por meio
documento físico assinado ou por meio eletrônico reconhecido pela Infraestrutura de
Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil.

170
QUESTÕES DE FIXAÇÃO

01. (Quadrix/CRMV/DF/Agente Administrativo/2017) Em relação à correspondência


oficial, julgue o próximo item.

Sendo a flexibilidade um dos atrativos da comunicação por correio eletrônico, não há


necessidade de se evitar a informalidade da linguagem nesse tipo de documento
oficial, como o uso de gírias e jargões.

02. (Cespe/TCE/PA/Conhecimentos Básicos/Cargos 2 e 7/2016) Em relação às


finalidades dos textos oficiais, julgue o item seguinte.

A exposição de motivos é o expediente dirigido ao presidente ou ao vice-presidente


da República, geralmente emitido por um ministro de Estado.

03. (Cespe/TCE/PA/Conhecimentos Básicos/Cargos 4, 5 e de 8 a 17/2016) Em


relação às finalidades dos textos oficiais, julgue o item seguinte.

A mensagem é um expediente de natureza informativa usado por todas as repartições


públicas para comunicar-se com os cidadãos.

04. (Cespe/Telebras/Conhecimentos Básicos para o Cargo 1//2015) Acerca das


características gerais dos diversos tipos de comunicação oficial, julgue o item a seguir,
com base no Manual de Redação da Presidência da República.

O documento conhecido como exposição de motivos tem uma forma básica de


estrutura, independentemente de sua finalidade.

171
05. (Cespe/MPU/Conhecimentos Básicos para os Cargos 1 a 10 e 27 a
32/Adaptada/2013) Com base no Manual de Redação da Presidência da República
(MRPR), julgue o item seguinte, acerca das características das comunicações oficiais
e do tipo de linguagem empregado nessas comunicações.

Por sua celeridade, o correio eletrônico é uma forma de comunicação oficial bastante
utilizada pelo Poder Judiciário para a comunicação entre os órgãos que o compõem.

06. (Cespe/STJ/Conhecimentos Básicos para o Cargo 6/2015) Considerando os


aspectos estruturais e linguísticos das correspondências oficiais previstos no Manual
de Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue.

A mensagem é considerada um dos principais instrumentos de comunicação oficial


devido a sua celeridade, ao seu baixo custo e à flexibilidade da sua estrutura de
formatação.

07. (Cespe/STJ/Conhecimentos Básicos para o Cargos 3 e 14/2015) Considerando os


aspectos estruturais e linguísticos das correspondências oficiais previstos no Manual
de Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue.

A exposição de motivos é uma comunicação oficial dirigida ao presidente da República


ou ao vice-presidente por um ministro de Estado e pode ser interministerial, ou seja,
assinada por mais de um ministro.

08. (Cespe/MEC/Conhecimentos Básicos para os Postos 9, 10, 11 e 16/2015) Com


base no Manual de Redação da Presidência da República, julgue o item a seguir.
A exposição de motivos, documento oficial que formalmente segue o padrão ofício,
poderá apresentar, dependendo de sua finalidade, duas estruturas básicas: uma para

172
a comunicação que tenha caráter exclusivamente informativo, e outra para a
comunicação que proponha alguma medida ou submeta projeto de ato normativo.

09. (Inédita) Julgue o item de acordo com o MRPR. O destinatário de um correio


eletrônico emitido por um órgão público poderá reconhecer como válido o e-mail sem
certificação digital ou com certificação digital fora ICP-Brasil.

173
GABARITO

01. Errado
02. Certo
03. Errado
04. Errado
05. Certo
06. Errado
07. Certo
08. Certo
09. Certo

174

You might also like