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Linguística Romântica é uma disciplina de orientação histórica (era chamada de

Filologia Românica graças aos estudos e trabalhos de Diez): rigor e método no


trabalho de línguas.
Histórico
Começa a ganhar caráter comparatista com Bopp: semelhanças entre as
línguas, que só poderiam explicadas pela origem comum.
Grimm deu aos estudos de língua um caráter genético “fez aparecer a
preocupação de reconstituir, pela comparação, o indo-europeu, considerado
como a origem comum das línguas das principais culturas clássicas.”
Diez (influenciado pelo filosofia espiritualista dos românticos, impregnado de
historicismo) chegou a algumas teses que são postulados da Linguística
Românica:
1. As línguas românicas não se originam do latim clássico, mas de uma outra
variedade de latim, o latim vulgar.
NEOGRAMÁTICOS: Forte influência das ciências naturais e do darwinismo;
mecanicismo; refinaram o método de Diez, o método histórico-comparatista.
“o trabalho dos neogramáticos se caracterizou por uma exigência de extremo
rigor, que se traduziu na crença de que as “ leis" da evolução fonética agem de
maneira absolutamente regular, admitindo exceções apenas quando sua ação
e contrariada pela ação da forca psicológica da analogia.”
MÉTODO HISTÓRICO COMPARATISTA:
“Em Linguística Românica, porém, o método comparativo assume tipicamente
propósitos genéticos, de reconstituição. Entende-se, em outras palavras, que a
semelhança constatada entre expressões pertencentes as diferentes línguas
românicas prova que elas se originam de uma mesma palavra latina; e que a
forma que essas palavras assumem nas línguas românicas e indicio da forma
que deve ter tido a expressão originaria.”
“o método histórico-comparativo permite que os romanistas façam conjecturas
bastante exatas sobre as formas românicas originarias.”
“O campo em que o método comparativo deu os resultados mais sistemáticos é
o da fonética; em morfologia e em sintaxe, sua aplicação exige a manipulação
de dados mais complexos, e seus resultados foram menos espetaculares”

SEGUNDO CAPÍTULO

GILLIERON: criatividade dos falantes na criação dos dialetos românicos,


ativa.

“Mas os estudos de Gillieron foram sobretudo importantes pelas descobertas a


que levaram, que obrigaram de certo modo a abandonar definitivamente a
concepção comparatista segundo a qual a dialetação do latim teria resultado sem
outras complicacoes de um tratamento fonetico diferenciado que as expressoes
do latim vulgar teriam recebido em cada regiao. Gillieron mostrou que essa
perspectiva era infundada, e que alem da evolucao fonetica operou crucialmente
na formacao dos dialetos romanicos a criatividade dos falantes, particularmente
ativa toda vez que se tornava necessario desfazer colisoes homonimicas e salvar
palavras foneticamente pouco consistentes, ou toda vez que a etimologia
popular alterou a forma de uma palavra para relaciona-la a algum paradigma
conhecido.”

“Com isso, Gillieron nao apenas mostra que na historia da língua intervem um
trabalho de reflexao dos falantes (um trabalho epilinguistico, se diria
provavelmente hoje), mas ainda desloca a analise do terreno da fonetica (para
os comparatistas, o caso de abeille seria um problema fonetico, e uma excecao)
para o terreno da lexicologia.”

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