Professional Documents
Culture Documents
SUMÁRIO
1. MORFOLOGIA __________________________________________________________________________ 3
ESTRUTURA DAS PALAVRAS ____________________________________________________________ 3
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS ___________________________________________________________ 3
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS _______________________________________________ 8
PROCESSOS DE FORMAÇÃO ____________________________________________________________ 9
OUTROS PROCESSOS _________________________________________________________________ 11
OS CONSTITUINTES IMEDIATOS ________________________________________________________ 11
2. CLASSES DE PALAVRAS __________________________________________________________________ 12
SUBSTANTIVO ______________________________________________________________________ 13
ADJETIVO __________________________________________________________________________ 13
FORMAÇÃO DO ADJETIVO ____________________________________________________________ 14
ARTIGO ____________________________________________________________________________ 14
NUMERAL__________________________________________________________________________ 14
PRONOMES ________________________________________________________________________ 15
CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES _______________________________________________________ 15
FORMAS DE TRATAMENTO ____________________________________________________________ 16
LOCUÇÃO PRONOMINAL INDEFINIDA ___________________________________________________ 18
VERBO ____________________________________________________________________________ 18
ADVÉRBIO _________________________________________________________________________ 20
PREPOSIÇÃO _______________________________________________________________________ 22
LOCUÇÃO PREPOSITIVA ______________________________________________________________ 22
CONJUNÇÃO _______________________________________________________________________ 23
LOCUÇÃO CONJUNTIVA ______________________________________________________________ 23
COORDENATIVAS____________________________________________________________________ 23
SUBORDINATIVAS ___________________________________________________________________ 24
CATEGORIAS LEXICAIS E CATEGORIAS FUNCIONAIS ________________________________________ 24
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO _____________________________________________________________ 25
EXERCÍCIOS DE COMBATE__________________________________________________________________ 27
GABARITO ______________________________________________________________________________ 29
2
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
MORFOLOGIA I
1. MORFOLOGIA
A morfologia é tradicionalmente concebida como a parte da gramática que estuda a estrutura das palavras,
dividindo-se em morfologia derivacional, que estuda os processos de formação das palavras, e em morfologia
flexional, que estuda os processos de flexão das palavras por razões gramaticais.
O termo morfologia vem da língua grega e significa o estudo das formas. De fato, os gregos foram, até onde se
sabe, os primeiros a classificar as palavras e a descrever suas variações de tempo, gênero, número, caso, voz,
modo etc.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
Dizemos que as palavras são constituídas de um ou mais morfemas, que são unidades constitutivas de
significação. Há morfemas de significação externa, que trazem o significado da palavra (morfemas lexicais) e
os de significação interna, com indicações gramaticais.
Raiz - Por si só pode constituir a base de uma palavra. É o elemento básico da estrutura da palavra e tem um
significado permanente. As palavras que têm a mesma raiz formam uma família léxica e se dizem cognatas.
Diferenças fonéticas, que não alteram a significação da raiz constituem variantes ou alomorfes da raiz.
Em muitos casos, só se podem conhecer as variantes da raiz por meio de análise histórica
(etimológica, diacrônica). As bancas não pedem essa informação.
3
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
Radical - Como a raiz, é a parte lexical da palavra que se opõe à parte correspondente à flexão, que se liga,
muitas vezes, por uma vogal chamada temática, pois se junta à raiz para formar o tema da palavra, ou a base.
menin + o + s
Nas palavras primitivas, o radical se diz primário e coincide com a raiz. Nas palavras não-primitivas, o radical é
secundário e, pelo decréscimo dos elementos constitutivos, se chega à raiz.
base= claro
raiz = clar
Tema - Normalmente é a soma do radical com a vogal temática; é o elemento básico para formar novas
palavras. Quando não há vogal temática, o próprio radical é o tema da palavra.
Vogal temática - É a vogal do tema, que facilita a afixação de um elemento flexional ou derivacional ao radical
(Flexão de gênero e número nos nomes; flexão de pessoa, número, tempo e modo nos verbos. São morfemas
de nome desinências).
4
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
2- No presente do subjuntivo: cante, venda, parta (ao radical segue-se diretamente a característica temporal,
ou seja, a desinência modo-temporal)
No verbo pôr e derivados, a vogal temática -e- falta no infinitivo, mas aparece em algumas formas como põe,
puseste, dispuseram.
Em algumas formas verbais, os índices temáticos de cada conjugação apresentam variantes sistemáticas:
Nos nomes, menos sistematicamente do que nos verbos, a vogal temática serve para distribuí-los em grupos,
com as vogais -a-, -e-, -o-, átonas e finais:
Os nomes terminados em vogal tônica são atemáticos e, se for a forma primitiva, toda a palavra constitui seu
radical:
5
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5
PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
bar - bares
cônsul - cônsules
revés - reveses
gravidez - gravidezes
1- Na maioria dos nomes terminados em -l, a vogal temática -e, com a queda do -l, passa a
-i semivogal para formar um ditongo com a vogal anterior:
animal (animales > animaes > )animais
barato / barata
barco / barca
jarro / jarra
Nestes casos, ambas as vogais finais são classificadas como vogal temática.
Ex.:
venderíamos
radical = vend-
Afixos - elementos que se acrescentam à raiz para formar novas palavras. São morfemas portadores de
significado.
Vogal e consoante de ligação - são letras desprovidas de significação que aparecem para facilitar a pronúncia
da palavra formada (eufonia)
1) Vogal de ligação - Aparecem principalmente nos compostos por aglutinação, entre a consoante final de
um radical e a consoante inicial de outro radical ou de sufixo.
2) Consoante de ligação - Aparecem entre a vogal final de um radical e a vogal do elemento seguinte.
Normalmente ela desfaz um hiato. É muito comum nos derivados e compostos de palavras atemáticas.
Nas terminações - zinho, -zada, -zeiro, -zal, -zão etc, muitos autores consideram o -z uma
consoante de ligação. Mas a maioria já concebe essa consoante incorporada ao sufixo,
representando, assim, uma variante do mesmo sufixo sem o -z.
7
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
Por que precisamos formar palavras a partir de outras? a resposta é simples: para dar conta da quantidade de
vocabulário necessário para nomear, caracterizar, expor ideias no mundo biossocial. Então, formamos
palavras a partir de outras, porque nossa memória não daria conta de reter uma quantidade infinita de
termos novos para cada evento linguístico.
Mas não é sempre que nos conscientizamos dos processos que formam as palavras. Certas palavras são mais
naturais e aceitamos com mais rapidez em nosso vocabulário; outras, no entanto, soam estranho e logo são
descartadas.
Muitas vezes não aceitamos certas construções, por já existirem outras formas já consagradas na língua pelo
uso.
Vamos ver agora alguns exemplos de construções aceitáveis e outras inaceitáveis ao usar sufixos formadores
de adjetivos a partir de substantivos, por exemplo.
A principal razão de formarmos palavras é a mudança de classe gramatical, mantendo o mesmo significado
lexical da base.
Por exemplo, acrescenta-se o sufixo -são ao verbo compreender com o objetivo de torná-lo um substantivo:
compreensão. Ou seja, temos uma palavra de uma classe gramatical e precisamos usá-la em outra.
Mas temos muitos processos que não mudam a classe das palavras. O caso dos diminutivos, por exemplo. O
sufixo adiciona ao significado de uma palavra uma referência a uma dimensão pequena, uma liguagem afetiva
ou uma expressão pejorativa. Mas o diminutivo sempre acompanha a classe básica da palavra.
8
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
Em última análise, formamos palavras pela mesma razão por que formamos frases. Essa flexibilidade nos
permite contar com um número gigantesco de elementos básicos de comunicação sem sobrecarregarmos
nossa memória.
PROCESSOS DE FORMAÇÃO
Nossa língua possui dois processos gerais para a formação de novos vocábulos e, portanto, para o
enriquecimento de nosso léxico: a derivação e a composição.
DERIVAÇÃO - é quando, a partir de uma palavra de determinada classe gramatical, forma-se outra de classe
diferente. Dividimos esse processo em grupos:
1) Derivação propriamente dita , que se faz com o acréscimo de sufixos, certos prefixos e vogais temáticas.
Subdivide-se em:
belo < beleza, forma < formoso, real < realmente, canal < canalizar.
b- derivação prefixal - consiste no acréscimo de um ou mais prefixos a um radical. Com a prefixação, obtêm-
se novos significados de uma palavra, mas se mantém a classe gramatical.
c- derivação parassintética - com o acréscimo de prefixos e sufixos simultaneamente, para formar verbos, quase
sempre a partir de nomes.
Observe que não há possibilidade de retirar um dos elementos derivacionais. Sem um deles, o derivado não
existe na língua:
d- derivação prefixal e sufixal - com o acréscimo não simultâneo de prefixo e sufixo a um radical. Nesses
casos, podemos retirar qualquer um dos elementos de derivação e teremos uma palavra existente na língua.
Com o acréscimo de alguns sufixos latinos, há uma tendência de a palavra base voltar à sua forma original do
latim.
PALAVRA
SUFIXO LATINO NOVA PALAVRA PALAVRA LATINA
PORTUGUESA
fiel -dade fidelidade fidele
pobre -érrimo paupérrimo paupere
amável -íssimo amabilíssimo amabile
e- derivação deverbal (também chamada de regressiva) - Neste processo de formação, não se utilizam sufixos,
mas vogais temáticas nominais (-a, -e, -o): a partir de verbos, se formam substantivos sem oposição de
gênero. O derivado exprime ação ou resultado de ação.
Ex.: balançar > balanço, desenhar > desenho, combater > combate
2) Derivação imprópria ou conversão, que se faz sem acréscimo de afixos, mas pela mudança da classe
gramatical da palavra em uma frase. Portanto, a palavra não sofre qualquer alteração de sua forma.
Ex.: Quem ama o feio, bonito lhe parece. (feio é adjetivo convertido em substantivo pela anteposição do
artigo)
O caso mais comum de conversão é a substantivação: qualquer palavra que venha anteposta de um artigo
converte-se em substantivo: O jantar está servido. (jantar é verbo convertido em substantivo)
a- duas ou mais palavras da língua, cujas significações se complementem para formar uma significação nova:
guarda-chuva, pontapé, aguardente.
10
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
c- dois ou mais radicais que só aparecem em compostos: agrícola, puericida, claustrofobia, protozoário
Do ponto de vista fonológico, a composição pode ser feita por justaposição ou aglutinação.
1) por justaposição, quando as palavras componente conservam sua pronúncia original, mantendo o acento
tônico (mais forte, no entanto, no último elemento): guarda-roupa, pontapé, bem-te-vi.
2) por aglutinação, quando as palavras perdem a delimitação fonética dos elementos originais ( o primeiro
elemento é o que mais se altera ): vinagre (vinho que se tornou acre), embora ( em boa hora), fidalgo (filho de
algo = homem de posse, com foros de nobreza)
OUTROS PROCESSOS
1) Hibridismo - associação de radicais de línguas diferentes.
Ex.: sociologia (latim e grego), televisão (grego e latim), abreugrafia (português e grego)
2) Abreviação - uso de palavras abreviadas com o mesmo sentido das formas plenas.
Ex.: foto por fotografia, pneu por pneumático, cine por cinema
OS CONSTITUINTES IMEDIATOS
Examinando o processo de formação de algumas palavras, chegamos à conclusão de que houve um processo
gradual, formando uma palavra derivada ou composta de cada vez, para chegar à formação final. Vejamos:
11
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
DESEMBARQUE
Portanto, o constituinte imediato da palavra desembarque é o radical secundário embarc-, o que nos permite
concluir que desembarque é formado por prefixação.
* A variante embarqu- foi realizada para manter a fonética original da palavra, com o fonema /k/. Se
mantivesse a grafia original, haveria alteração do som diante de vogais como -e ou -i (embarce).
2. CLASSES DE PALAVRAS
As palavras de uma língua são organizadas, do ponto de vista lexical, em classes, de acordo com suas funções
e formas. As palavras que se apresentam sempre com a mesma forma são chamadas invariáveis; são variáveis
as que apresentam flexão ou variação da forma.
Ao falarmos, reunimos, nas frases, palavras de diversas classes, de acordo com seus propósitos (funções), tais
como substantivos, adjetivos, advérbios, preposições etc. Qualquer falante nativo sabe que as palavras
pertencem a classes distintas (mesmo os falantes não escolarizados, ainda que não seja consciente) e devem
ser postas na frase de acordo com suas funções (nomear, caracterizar, ligar ...). Ninguém se expressa apenas
por conjunções ou substantivos, como por exemplo: "mas e por isso contudo" ou "sabonete toalhas menina
banho". Essas frases são completamente agramaticais, ou seja, não representam um discurso na língua e,
portanto, não podem ser consideradas como uma comunicação completa.
Sabemos, então, que, para formarmos frases completas, precisamos escolher palavras de classes distintas de
acordo com suas funções no arranjo verbal. Embora os falantes não escolarizados façam isso de forma
intuitiva, somente os que frequentam a escola e sabem gramática podem usar as palavras conscientemente
de acordo com suas classes.
O estudo dessas classes de palavras é parte dos estudos da Morfologia. São, ao todo, dez, divididas
globalmente em variáveis e invariáveis:
CLASSE VARIÁVEL EM
substantivo gênero, número e grau
adjetivo gênero, número e grau
artigo gênero e número
VARIÁVEIS
numeral gênero e número
pronome gênero, número e pessoa
verbo modo, tempo, número e pessoa
advérbio* grau
12
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
preposição
INVARIÁVEIS conjunção
interjeição
* Os advérbios só apresentam flexão em grau e, mesmo assim, em casos muito limitados, razão pela qual
alguns teóricos os incluem nas classes invariáveis.
SUBSTANTIVO
É a palavra que nomeia os seres, animados ou inanimados, reais ou fictícios, concretos ou abstratos.
Classificação:
1) quanto à maneira de existir podem ser concretos (conceito independente, como casa, floresta, Deus, fada)
ou abstratos (conceito dependente de um outro elemento, como fidelidade, beleza, dor). Os substantivos
abstratos nomeiam qualidades, sensações, sentimentos, estados e ações.
2) quanto à maneira de nomear podem ser comuns (nomeiam seres de uma maneira geral, como casa, rua,
país, sala) ou próprios (nomeiam o ser de uma maneira particular, dentro de sua espécie, como Brasil, Maria,
São Paulo).
primitivos - que não derivam de outra palavra, como boi, papel, gaveta.
4) substantivos coletivos são os que, mesmo estando no singular, representam a pluralidade de seres, como
alcateia (lobos), matilha (cães), conclave (cardeais), cardume (peixes).
ADJETIVO
É a palavra modificadora do substantivo, atribuindo-lhe uma característica.
Locução adjetiva - é a expressão formada por uma preposição e um substantivo com valor de adjetivo.
13
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
FORMAÇÃO DO ADJETIVO
1) primitivo - que não deriva de nenhuma outra palavra
Ex.: cheiroso (do substantivo cheiro), lavável (do verbo lavar), infeliz (do adjetivo feliz)
ARTIGO
É a palavra que antecede os substantivos, designando-os de forma determinada (o, a, os, as) ou indeterminada (um,
uma, uns, umas).
NUMERAL
É a palavra que designa os números, ou a ordem de sua sucessão, em relação ao substantivo. Pode-se usar
individualmente, com valor substantivo (dois mais três são cinco), ou como adjetivos (trinta dias),
determinando um substantivo, ao qual acrescenta a informação de quantidade.
Classificação do numeral:
14
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
Há alguns numerais ordinais que não possuem numeral cardinal correspondente: último, penúltimo,
antepenúltimo, respectivos .
Para muitos fracionários, emprega-se o numeral cardinal seguido da palavra avos, extraído de oitavo, como se
fosse um sufixo: onze avos, treze avos, quinze avos etc.
PRONOMES
Os pronomes são palavras gramaticais que exercem a função referencial. Podem ser classificados, de acordo
com a função, em substantivos, quando substituem um nome, ou adjetivos, quando acompanham o nome.
Ex.:
15
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
A classe dos pronomes é a única que apresenta formas distintas para três grupos de funções sintáticas, relacionados
no quadro seguinte.
FORMAS DE TRATAMENTO
Ainda existem formas substantivas de tratamento de 2ª pessoa, mas que fazem concordância com o verbo na
3ª pessoa.
Ex.:
Existem também os pronomes de tratamento de reverência, usados quando nos dirigimos às pessoas pelos
seus atributos ou postos que ocupam:
Vossa Excelência - para patentes militares, Presidente da República, ministros, pessoas de alta categoria e
escalão
Vossa Senhoria - para oficiais até coronel, funcionários graduados e pessoas de cerimônia
Emprega-se Vossa Alteza (e demais) para a 2ª pessoa, ou seja, com quem estamos falando e Sua Alteza (e
demais) para a 3ª pessoa, ou seja, de quem estamos falando.
16
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
São ainda pronomes demonstrativos: tal, mesmo, o* (antes de que e de), próprio e semelhante, quando
designam identidades ou se referem a seres ou ideias já expressos anteriormente.
Ex.:
4) Pronomes indefinidos - são palavras gramaticais de significação imprecisa ou que designam quantidade
indeterminada e se aplicam à 3ª pessoa. Subdividem-se em substantivos (invariáveis) e adjetivos (variáveis
com exceção de cada).
Que belo! (neste caso, classifica-se como advérbio de intensidade, pois determina um adjetivo)
17
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
5) Pronomes interrogativos - são os indefinidos que, quem, qual, quanto empregados em frases
interrogativas.
Os pronomes relativos são: que, o qual (os quais, a qual, as quais), cujo (cujos, cuja, cujas), onde, quanto
(quantos, quanta, quantas).
VERBO
É a classe que se distingue de todas as outras, morfologicamente, por possuir uma categoria de tempo, que o
define pela associação simples que se pode fazer de suas formas (canto, cantei, cantarei) e pelas noções
cronológicas de presente, passado e futuro. Os verbos expressam fenômenos (trovejar), ações (cantar),
estados (estar, ser) ou mudanças de estado (tornar-se, ficar).
1) As categorias de pessoa e número não são propriamente dos verbos, mas são especificadas na flexão de
tempo, de acordo com o sujeito com quem faz obrigatoriamente a concordância.
18
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
As conjugações constituem o paradigma formal em que o verbo se enquadra para as flexões em tempo e
modo.
3) Formas rizotônicas e arrizotônicas - quando a vogal tônica pertencer ao radical, dizemos que a forma é
rizotônica. Quando a vogal tônica está fora do radical, dizemos que a forma é arrizotônica.
4) Estrutura padrão dos verbos - a forma verbal plena tem sua estrutura completa em RADICAL (R) + VOGAL
TEMÁTICA (VT) + DESINÊNCIA MODO-TEMPORAL (DMT) + DESINÊNCIA NÚMERO-PESSOAL (DNP)
vendereis vend e re is
Irregular – possui alteração no radical e/ou nas desinências, na 1ª pessoa do singular do presente do
indicativo e tempos derivados2 (irregular fraco) e/ou na 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito do
indicativo e tempos derivados3 (irregular forte).
Anômalo – usam mais de um radical em sua conjugação, por serem verbos derivados de mais de uma forma
do latim. São eles: ser e ir, com flexões idênticas em alguns tempos e pessoas.
2
Derivados do presente do indicativo: presente do subjuntivo e Imperativo.
3 Derivados do pretérito perfeito do indicativo: pretérito mais-que-perfeito do indicativo, pretérito imperfeito do subjuntivo e futuro do subjuntivo.
19
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
* São flexões cuja identificação dos elementos mórficos não se faz possível, considerando apenas sua forma
no português atual.
Defectivo – Faltam algumas formas, normalmente a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e seus
tempos derivados.
Ex.: abolir, colorir, precaver-se ( todos os verbos que representam vozes dos animais: latir, miar, cacarejar
etc.)
Ex.: matar – particípios: morto (formando locução com o verbo ser) ou morrido (
ADVÉRBIO
É a classe modificadora que expressa uma circunstância dos verbos (a), dos adjetivos (b), dos próprios advérbios (c) ou de toda a frase (d).
Ex.:
20
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
O advérbio pode também ser formado de mais de uma palavra, constituindo, assim, uma locução adverbial, normalmente expressa
por uma preposição e um substantivo.
Quando a locução adverbial for feminina, precedida da preposição A, deve ser sempre
craseada.
Ex.: às claras, à noite, às avessas, à vista etc.
1- De tempo – hoje, ontem, agora, já, nunca, sempre, antes, cedo, tarde etc.
2- De lugar – aqui, lá, acima, acolá, perto, longe, dentro, fora, ali, além etc.
3- De intensidade – muito, mais, menos, pouco, bastante, tão, demasiado, meio etc. (sempre invariáveis)*
4- De modo – bem, mal, depressa, assim, calmamente, completamente etc.
5- De negação – não
6- De certeza – certamente
7- De dúvida – talvez (acompanhado sempre de verbo no subjuntivo – Talvez eu vá. Talvez eles fossem.),
provavelmente, quiçá etc.
8- Interrogativos – onde (aonde, donde), quando, como, por que (nas frases interrogativas diretas ou
indiretas)
* Esses advérbios também podem ser pronomes indefinidos, desde que acompanhando um substantivo.
Nesses casos, haverá flexão, fazendo concordância de acordo com o termo que determina.
21
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
PREPOSIÇÃO
É a palavra que serve de conectivo de subordinação (relação de desigualdade) entre palavras e orações
(somente as subordinadas).
1) Entre palavras
2) Entre orações
a - ante- após - até – com – contra – de – desde – em – entre - para – per – perante – por – sem – sob –
sobre – trás
LOCUÇÃO PREPOSITIVA
Geralmente são formadas por um advérbio e uma preposição, com valor e emprego de preposição.
Ex.: abaixo de, acima de, atrás de, antes de, depois de devido a, para com, em face de, etc.
COMBINAÇÃO E CONTRAÇÃO
a + o = ao
a + onde = aonde
a+a=à
de + o = do
em + o = no
22
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
CONJUNÇÃO
É o conectivo de coordenação de palavras e orações (relação de igualdade) e de subordinação de orações
(relação de desigualdade).
1) Entre palavras
2) Entre orações
LOCUÇÃO CONJUNTIVA
É a locução com valor e emprego de conjunção. Perceba que essas locuções sempre terminam por conjunção.
Ex.: para que, desde que, a fim de que, logo que, etc.
COORDENATIVAS
Aditivas – e, nem. As correlativas: não só ... mas também; não só ... mas ainda; não somente ... como
também; não apenas ... mais ainda e outras combinações similares.
Alternativas – ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer, já ... já, nem ... nem.
Conclusivas – logo, portanto, por conseguinte, pois (posterior ao verbo entre vírgulas: Ela não estudou, não
passou, pois, no exame.).
23
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
SUBORDINATIVAS
1) Integrantes – que e se
2) Adverbiais
Temporais – quando, enquanto, logo que, mal, apenas, sempre que, assim que, desde que (com verbo no
modo indicativo: Eu o conheço, desde que ele nasceu.)
Proporcionais – à medida que, à proporção que, quanto mais (em correlação com mais ou tanto mais: Quanto
mais estudo, tanto mais aprendo).
Finais – para que, a fim de que, que (= para que), porque (=para que)
Causais – porque, como, porquanto, visto que, já que, uma vez que.
Concessivas – embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, por mais que, se bem que.
Consecutivas – que (precedido de termos intensificadores: tal, tanto, tão, de tal forma)
Condicionais – se, caso, desde que (com verbo no subjuntivo: Eu farei a prova, desde que você faça comigo.).
1. Categorias lexicais – aquelas que possuem um conteúdo descritivo no mundo externo, “bio-social”, um
significado lexical, por isso têm sido chamadas de palavras lexicais, palavras plenas, palavras de conteúdo. São
elas: substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, numeral e pronome.
2. Categorias funcionais – aquelas que têm exclusivamente uma função gramatical; são classificadas por sua
função em relação a outras classes, por isso têm também sido chamadas de palavras funcionais, palavras
vazias, palavras instrumentais. São elas: preposição, conjunção, interjeição, artigo.
24
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
1. (EFOMM-2012) Assinale a opção em que o termo sublinhado NÃO expressa uma circunstância de tempo.
a) ‘- Mordida de leão’, pergunta, desapontada, a enfermeira, para
logo aceitar este faz de conta (...).
b) Ele implora em vão por uma bebida mais inócua.
c) (...) eu já disse tanto, meu Deus, para essa garota não ir na
floresta (...).
d) Em seguida, propõe um trato (...).
e) Já estamos a essa altura, como não podia deixar de ser,
presenciado (...).
2. (EFOMM-2012) A única passagem em que NÃO aparece uma locução verbal encontra-se na opção:
a) ‘- O senhor pode dar injeção que (...)’.
b) O médico, no entanto, prefere enrolar uma gaze em torno do
pescoço (...).
c) ‘- Tem de tomar, senão quem acaba no médico (...)’.
d) (...) penetra no quarto, onde a doce enfermeira continua a
brincar(...).
e) A enfermeira dá um grito de horror e começa a chorar
nervosamente.
3. (EFOMM-2012) Assinale a opção em que a expressão sublinhada NÃO se classifica como substantivo.
a) (...) pergunta, desapontada, a enfermeira, para logo aceitar este
faz de conta dentro do (...).
b) O médico apanha o pincenê, que escorreu de seu nariz (...).
c) (...) uma cortina que se despenca, um grito, um uivo, um rugido
animal, é o doce (...).
d) O famoso pediatra, com um esgar colérico, recusa a formidável
droga.
e) Ainda sob o efeito das vitaminas, preso na solidão escura do mal
(...).
4. (EFOMM-2012) O processo de formação de palavras que DESTOA dos demais aparece na palavra sublinhada na opção:
a) (...) e depois a injeção que a enfermeira lhe passa.
b) (...) e desfaz com uma espadeirada todo o consultório (...).
c) O famoso pediatra, com um esgar colérico, recusa a formidável droga.
d) (...) para dar um beijo violento no seu amor de filho e também para preparar-lhe um copázio de vitaminas (...).
e) (...) dá um grito de horror e começa a chorar nervosamente.
5. (EFOMM-2012) O elemento mórfico da palavra sublinhada NÃO tem valor diminutivo na opção:
a) (...) ei-lo, grave, aplicando sobre o peito descoberto duma criancinha (...).
b) (...) saem duma caixinha de brinquedos.
c) (...) se ela não quiser, NE, vai ficar muito magrinha. (...).
d) (...) e aplica no menino uma palmadinha carinhosa (...).
e) (...) conte uma história ou lhe compre um carneirinho de verdade.
25
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
6. (EFOMM-2012) Algumas palavras ou expressões escapam de uma classificação mais precisa e são chamadas, por isso, de
denotativas. O único exemplo que foge a essa classificação encontra-se sublinhado na opção:
a) Avental branco, pincernê vermelho, bigodes azuis, ei-lo, grave, aplicando (...).
b) (...) se ela não quiser, NE, vai ficar muito magrinha que até o vento carrega.
c) (...) uma baiana de acarajé, um urso muito resfriado, porque só gostava de neve (...).
d) A mãe se aproveitava disso para dar um beijo violento no seu amor de filho e também para (...).
e) Ainda sob o efeito das vitaminas, preso na solidão escura do mal (...).
7. (ESCOLA NAVAL-2014) Em que opção houve mudança de classe gramatical do termo destacado?
a) "Era um oásis a caminhar." (2 º §)
b) "E o irmão lá atrás, respeitoso, era a sentinela, [...]." (3 º §)
c) "[...] convertendo a arma em caneta ou lápis [...]." (3º §)
d) "[...] que na mesa interior marulhavam lembranças [...]." (4º §)
e) "O mar é um morrer sucessivo e [...]." (8º §)
8. (ESCOLA NAVAL-2014)
Em que opção o comentário sobre as palavras sublinhadas está correto?
a) "E o irmão lá atrás, respeitoso, [...]." (3º §) - o sufixo "-oso" forma o adjetivo sublinhado a partir de um substantivo.
b) "Não, não enchi a garrafinha de água salgada para [...]."(4º §) - em "garrafinha", o sufixo de diminutivo tem valor pejorativo.
c) "[...] o carioca, com esse modo natural de ir à praia, desvaloriza o mar." (6º §) - o prefixo "des-" denota repetição em
"desvalorizar".
d) "Ele vai ao mar com a sem-cerimônia que o mineiro vai ao quintal." (6º §) - "- sem-cerimônia" é um neologismo formado por
aglutinação.
e) "[...] que surpresas ondearão entre a lareira e a mesa de vinhos e queijos!" (7º §) - o verbo sublinhado é formado por
prefixação.
26
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
2. (EFOMM-2013) Assinale a opção em que a locução sublinhada NÃO tem valor de adjetivo.
a) Repousava, aos domingos, dessa expectação sem limites.
b) Cismava que te recebera havia longos anos, mas era menino e sem condições (...).
c) Eu indagava os rostos, pesquisava neles a furtiva iluminação, o traço de beatitude (...).
d) E foi o que aconteceu, sem dúvida.
e) A umidade e os ratos de esgoto te consumiram.
3. (EFOMM-2013) Assinale a opção em que se analisou CORRETAMENTE a classe gramatical do termo sublinhado.
a) O resto do dia era neutro. Restava amanhã. E outro amanhã. – substantivo.
b) Muitas recebi durante esse prazo. – advérbio de intensidade.
c) (...) todos os dias passei por tuas proximidades, até mesmo em cima de ti (...) – locução adverbial.
d) Nunca imaginei ao certo o que de grande me reservavas. – advérbio de negação.
e) Quem sabe se a riqueza, de que eu tinha medo, mas revestida de doçura e imaginação (...) – conjunção condicional.
5. (EFOMM-2013) Assinale a opção em que a palavra sublinhada NÃO tem relação com a forma verbal colocada ao lado.
a) E o receio de que entre elas rolasses perdida (...) – recear.
b) Ou a glória espiritual, sem seus gêmeos a jactância e o orgulho? – jactanciar-se.
c) (...) foram acumulando debaixo do chão o monte de notícias, lamentos, beijos, ameaças, / /” faturas, ordens, saudades (...). –
saudar.
d) E foi o que aconteceu, sem dúvida. – duvidar.
e) (...) enquanto eu conjeturava mil formas de extravio e omissão. – omitir-se.
27
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5 PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
6. (EFOMM-2013) Assinale a opção cuja palavra sublinhada se forma por um processo diferente das demais.
a) Eu indagava os rostos, pesquisava neles a furtiva iluminação (...).
b) (...) O traço de beatitude, que indicasse conhecimento (...).
c) Quem sabe se a riqueza, de que eu tinha medo, mas revestida de doçura (...).
d) (...) as pessoas se afastavam ou escondiam tão finamente tua posse (...).
e) Cheguei a supor que não existisses. Imaginei, às vezes (...).
7. (EFOMM-2014) Assinale a opção em que se analisou ERRONEAMENTE a classe gramatical da palavra sublinhada.
a) (...) e só não ponho a mão na cabeça porque, afinal das contas, o correr dos anos nos dá uma certa filosofia. – substantivo.
b) (...) quando ficou lendo Carlos Drummond de Andrade até às tantas, como prova este “Poesia até agora” (...) – conjunção
subordinativa conformativa.
c) (...) o correr dos anos nos dá uma certa filosofia. – pronome indefinido.
d) Umas acham que um dia dá um estalo de Padre Vieira na cabeça desses moleques (...) – artigo indefinido.
e) Dizer que peregrinei por antiquários para descobrir nobres jacarandás, de boa estirpe (...) – adjetivo.
8. Os adjetivos são palavras que, entre outras funções, indicam uma opinião do enunciador sobre o substantivo adjetivado; o
adjetivo abaixo que está nesse caso é:
a) aspecto fascinante;
b) capitalismo americano;
c) filantropia bilionária;
d) potência filantrópica;
e) proporções inéditas.
9. As gramáticas normativas de língua portuguesa ensinam que alguns advérbios de modo são resultantes da junção da forma
feminina do adjetivo com o sufixo –mente. O advérbio derivado de adjetivos do texto em que isso se pode constatar claramente é:
a) nacionalmente;
b) fascinantemente;
c) religiosamente;
d) internacionalmente;
e) ineficazmente.
10. A alternativa que mostra uma relação INCORRETA entre adjetivo e substantivo correspondentes é:
a) fascinante – fascínio;
b) abnegado – abnegação;
c) consciente – consciência;
d) ineficaz – ineficácia;
e) fundamental – fundo.
11. A alternativa que mostra uma correspondência ERRADA entre substantivo e verbo correspondente é:
a) submissão / submeter;
b) autoridade / autorizar;
c) tendência / tender;
d) mente / mentalizar;
e) providência / provir.
28
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5
PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
1. b
2. b
3. c
4. c
5. c
6. e
7. e
8.
29
Profª. Doutora ROSANE REIS
LÍNGUA PORTUGUESA
MÓDULO 5
PROMILITARES AFA/EFOMM/EN
EXERCÍCIOS DE COMBATE
1. a
2. d
3. a
4. b
5. c
6. e
7. d
8. a
9. c
10. e
11. e
30