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Ester Cheringa Tauro Colher

Particularidades de atendimento de crianças com atraso mental na escola regular

Licenciatura em Psicologia Educacional

Universidade Pedagógica

Massinga

2019
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Ester Cheringa Tauro Colher

Particularidades de atendimento de crianças com atraso mental na escola regular

Trabalho de Conclusão do
Curso a ser apresentado ao
Departamento de Ciências da
Educação e Psicologia para a
obtenção do Grau de
Licenciatura em Psicologia
Educacional

Universidade Pedagógica

Massinga

Índice 2019
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Índice

Conteúú do
Páú giná
1.Introdução 3

1.1.Objectivos3

2.Conceitos 4

2.1.Integração 4

2.2.Inclusão escolar 4

2.3.Atraso mental 4

2.6.Possíveis causas do atraso mental 5

2.7.Tipos de atraso mental 6

2.7.1.Atraso mental leve 6

2.7.2.Atraso mental moderado 6

2.7.3.Atraso mental grave 6

2.8.Particularidades de atendimento ao deficiente mental na escola regular 7

3.Conclusão 8

4.Bibliografia 9
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1.Introdução
A Inclusão de alunos que apresentam, necessidades educacionais especiais vêm mobilizando a
sociedade e toda comunidade escolar frente a este novo modelo de escola, onde todos os
alunos devem estar incluídos nas salas de aulas, do ensino regular. Esse movimento faz com
que a escola reflicta sobre princípios desse novo paradigma, que vai desde a convivência com
esses alunos em um mesmo espaço até uma mudança na organização de todo o trabalho
pedagógico da escola. Em relação ao aluno deficiente mental, acreditamos que a sua inserção
na escola, realizada dentro desse paradigma da inclusão escolar, possa constituir uma
experiência fundamental que venha a definir o sucesso ou fracasso de seu futuro processo de
inclusão na sociedade.

Desse modo, todos os indivíduos, inclusive os deficientes mentais, devem ter garantido seu
direito de acesso e permanência na escola pública gratuita e de qualidade, possibilitando,
assim, uma vida independente e uma postura crítica frente aos fatos ocorridos no quotidiano.
Neste contexto o presente trabalho fazia descrição das particularidades de atendimento de
crianças com deficiência mental na escola regular. O trabalho encontra-se estruturado da
seguinte forma: introdução, objectivos, metodologia, desenvolvimento, conclusão e
bibliografia.

1.1.Objectivos
Geral

 Compreender as particularidades de atendimento das crianças com atraso mental na


escola regular
Específicos
 Identificar os sintomas e causas do atraso mental
 Explicar os tipos de atraso mental
 Descrever as particularidades de atendimento de crianças com atraso mental na escola
regular
1.2.Metodologia
O trabalho é resultado de pesquisa de obras citadas no texto e na bibliografia final que versam
sobre atraso mental, análise de informações consultadas tendo culminado com a junção de
informações e produção final do trabalho.
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2.Conceitos

2.1.Integração
Segundo CARVALHO, (2006: 27), a integração é um processo psicossocial, que era
defendida em suas várias formas, desde a proximidade física até a integração instrucional, nas
classes comuns. Ao se chegar a este nível satisfatório do processo, entendia-se que a criança
teria alcançado a corrente principal (mainstream), ou a normalização, na medida em que suas
condições de vida se aproximavam das de seus pares normais.

Para FERREIRA, (2006: 18), nas situações de integração escolar, nem todos os alunos com
deficiência cabem nas turmas de ensino regular, pois há uma selecção prévia dos que estão
actos à inserção. Para esses casos, são indicadas a individualização dos programas escolares,
os currículos adaptados, as avaliações especiais e a redução dos objectivos educacionais para
compensar as dificuldades de aprender. Em suma: a escola não muda como um todo, mas os
alunos têm de mudar para se adaptar às suas exigências.

Face ao pensamento dos autores acima entende-se que na integração o aluno que frequentar a
escola especial, pode ser integrado posteriormente às escolas comuns e vice-versa. Devido a
esse princípio as nossas escolas integram crianças com NEE.

2.2.Inclusão escolar
MENDES (2005), explica que Inclusão escolar consiste na ideia de todas as pessoas terem
acesso, de modo igualitário, ao sistema de ensino. Não é tolerado nenhum tipo de
discriminação, seja de género, etnia, religião, classe social, condições físicas e psicológicas,
etc.

Olhando para o autor acima entende-se que a inclusão escolar prevê a integração de alunos
com necessidades educacionais especiais em classes de aula regulares, compartilhando as
mesmas experiências e aprendizados com os estudantes que não apresentam NEE, por
exemplo.

2.3.Atraso mental
Segundo CORREIA (2011), o atraso metal é uma condição, geralmente irreversível,
caracterizada por uma capacidade intelectual inferior à normal com dificuldades de
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aprendizado e de adaptação social, que normalmente está presente desde o nascimento ou que
se manifesta nos primeiros anos da infância.

Concordando com o autor acima considero atraso mental é um nível baixo de funcionamento
intelectual e de pobre adaptação.

2.4.Sintomas do atraso mental

Segundo MADER (2004), a maior parte das crianças com atraso mental não manifesta
sintomas perceptíveis até ao período pré-escolar. Os sintomas se tornam aparentes em idade
mais precoce naquelas mais gravemente afectadas.

Em geral, o primeiro problema percebido pelos pais é um atraso no desenvolvimento da


linguagem. As crianças com atraso mental aprendem de forma mais lenta a usar palavras, a
uni-las e a construir frases completas. Algumas vezes, seu desenvolvimento social é lento
devido a dificuldades cognitivas e deficiências da linguagem. As crianças com atraso mental
podem demorar para aprender a se vestir e se alimentar sozinhas.

Para MENDES (2005), as crianças com atraso mental são mais propensas do que as outras
crianças a ter problemas comportamentais, tais como explosões, crises de raiva e
comportamento fisicamente agressivo ou auto-agressivos. Esses comportamentos se
relacionam com frequência a situações específicas de frustração combinadas com deficiência
na capacidade de comunicar e controlar impulsos.

Olhando para os sintomas do atraso mental entende-se que elas podem ser facilmente
enganadas, exploradas e convencidas a maus comportamentos menores.

2.6.Possíveis causas do atraso mental


Segundo SILVA (2011), na maioria dos casos, a causa do atraso mental é desconhecida, mas
várias condições durante a gravidez podem causar ou contribuir para o atraso mental da
criança, como o uso de certas drogas, o consumo excessivo de álcool, a radioterapia e a má
nutrição.

As dificuldades associadas ao parto prematuro, o traumatismo crânio-encefálico ou a


concentração muito baixa de oxigénio durante o parto também podem causar retardo mental.

Anomalias cromossómicas, como na síndrome de Down, são causas comuns de retardo


mental, porém esse quadro pode ser consequência de outros distúrbio hereditários que podem
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ser corrigidos antes que o retardo mental ocorra, como no caso da fenilcetonúria ou do
cretinismo, por exemplo.

2.7.Tipos de atraso mental


2.7.1.Atraso mental leve
CORREIA (2011) explica que é caracterizado por um quociente intelectual (QI) entre 52 a
68.
Essas pessoas geralmente não apresentem defeitos físicos evidentes, mas podem apresentar
epilepsia e necessitam de supervisão de instituições educacionais especiais. São
frequentemente imaturos e pouco refinados, com pouca capacidade de interacção social. A sua
linha de pensamento é muito específica e em geral, eles são incapazes de generalizar.
Possuem dificuldades para ajustar-se a situações novas e podem apresentar uma má
capacidade de julgamento, falta de prevenção e credulidade excessiva, e são capazes
de cometer crimes impulsivos.
Face a todas essas situações em que a capacidade intelectual é limitada todas as crianças com
retardo mental podem beneficiar-se com a educação especial.
2.7.2.Atraso mental moderado

É caracterizado por um quociente de inteligência (QI) entre 36 e 51. Elas apresentam uma
maior lentidão para aprender a falar ou sentar, mas se receber treinamento e apoio adequados,
os adultos com esse grau de retardo mental conseguem viver com alguma independência.
Mas a intensidade do apoio deve ser estabelecida para cada paciente e algumas vezes pode
ser preciso apenas uma pequena ajuda, para que consiga estar integrado (FERREIRA, 2006).

2.7.3.Atraso mental grave


É caracterizado por um quociente de inteligencia (QI) entre 20 e os 35. Como características
do atraso mental grave pode-se destacar uma incapacidade de aprendizagem mesmo quando
comparada a uma criança com um atraso menos intenso, especialmente nos casos em que o QI
é inferior a 19. Nesses casos, em geral a criança não consegue aprender, falar ou
compreender em um grau que se encontra, sendo sempre necessário apoio profissional
especializado (FERREIRA, 2006).
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2.8.Particularidades de atendimento ao deficiente mental na escola regular


Tendo em conta que a pessoa com atraso mental tem dificuldade para aprender, entender e
realizar actividades comuns para as outras pessoas o professor deve diversificar actividades
específicas de modo a garantir a aprendizagem deste aluno.
No entanto SILVA (2001), identifica as seguintes particularidades de atendimento na escola
regular:
 O professor deve conversar com a família e os profissionais que acompanham o
estudante sobre as necessidades dele e os instrumentos adequados para a
aprendizagem
 Adoptar metodologias diversificadas que contemplem estilos de aprendizagem
variados como recursos visuais, manipulação de objectos, registos através de
desenhos, recortes, modelagem, enfim tentar, como professor, perceber qual o canal
sensorial com o qual o aluno tem mais facilidade para aprender.
 Favorecer sempre que possível, a experiência directa, mediada por um colega. Pedir
para o colega mostrar como se faz determinada actividade, fazendo junto com a
criança com deficiência mental
 Priorizar actividades e solicitar tarefas de duração breve, com objectivos bem claros e
condizentes com o desempenho do aluno. Exemplo: não adianta ensinar multiplicação
se ele ainda não aprendeu a somar.
 Flexibilização do tempo de realização das tarefas, respeitando-se o ritmo do aluno,
porém, sem deixar de estabelecer com ele metas a serem cumpridas
 Avaliar o progresso diário do aluno, sua aprendizagem, utilizando suas próprias
produções como parâmetro para o seu próprio desenvolvimento.

No meu ponto de vista o professor no ensino do aluno com atraso mental não deve estar
centrado nas suas dificuldades, mas sim, evidenciando as suas capacidades. Deve-se também
estabelecer vínculos afectivos, para que o aluno sinta seguro, promovendo a construção
positiva de sua auto-estima, mostrando a ele os seus progressos, sem comparações.
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3.Conclusão
Na maioria dos casos, a causa do retardo mental é desconhecida, mas várias condições
durante a gravidez podem causar ou contribuir para o retardo mental da criança, como o uso
de certas drogas, o consumo excessivo de álcool, a radioterapia e a má nutrição.

O atraso Mental se apropria da expressão como a falta, insuficiência, falha, carência,


imperfeições vinculadas ao significado de deficiência, ligada ao conceito de mente ou
intelecto.

As crianças que possuem, apresentam, atraso mental, devem ser incluídas dentro do espaço
escolar pela equipe pedagógica e por todo o corpo docente e funcionários da escola.

O professor no ensino da criança com atraso mental não deve estar centrada nas suas
dificuldades, mas sim, evidenciando as suas capacidades. Deve-se também estabelecer
vínculos afectivos, para que o aluno (qualquer aluno) se sinta seguro, promovendo a
construção positiva de sua auto-estima, mostrando a ele os seus progressos, sem comparações.
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4.Bibliografia

CARVALHO Rosita Edler. A nova LDB e a educação especial. Rio de Janeiro: WVA, 2006.

CORREIA, L. M. Alunos com necessidades educativas especiais nas classes regulares. Porto:
Porto Editora, 2011.

FERREIRA, J. R. A exclusão da diferença: a educação do portador de deficiência.


Piracicaba: UNIMEP, 2006.

MADER, Gabriel. Integração da pessoa portadora de deficiência: a vivência de um novo


paradigma, 2004.

MENDES Enicéia Gonçalves. Deficiência mental: a construção científica de um conceito e a


realidade. Tese de doutorado – USP: São Paulo, 2005.

SILVA, S. Educação Especial: Múltiplas Leituras e Diferentes Significados, Campinas, são


Paulo, Mercado das Letras, 2001

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