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INTRODUÇÃO

Diagrama de fases

Método gráfico claro e conciso de representação da situação de


equilíbrio termodinâmico, e instrumento imprescindível na caracterização de materiais
cerâmicos. O diagrama de fases contém informação sobre o número de fases presentes, a
composição de cada fase e, para cada composição, a proporção entre as fases, i.e., informação
sobre a microestrutura do material cerâmico em condições de equilíbrio
termodinâmico.
O diagrama de fases não contempla informação cinética, nada dizendo sobre o
intervalo de tempo necessário para que um sistema atinja o equilíbrio, a partir de um ponto
inicial qualquer, ou o tempo necessário para que se complete uma dada reação química. Em
sistemas ricos em Si, a elevada viscosidade da fase líquida conduz a velocidades de reacção
baixas e a tempos longos até que se estabeleça o equilíbrio.
Para sistemas deste tipo, os estados metaestáveis são particularmente importantes.

REGRA DAS FASES


Todo o trabalho em diagramas de equilíbrio tem por base a regra das fases de Willard
Gibbs. Para que um sistema se encontre em equilíbrio termodinâmico, i. e.,
temperatura e pressão uniformes, o potencial químico ou a pressão de vapor de cada
constituinte deverá apresentar o mesmo valor em qualquer ponto da fase. O diagrama
de equilíbrio é essencialmente uma expressão gráfica da regra das fases cuja expressão
matemática é a seguinte:
P+F=C+2 (1)
C = número de componentes de um sistema
P = número de fases presente em equilíbrio
F = graus de liberdade do sistema (variância)
A regra das fases aplica-se unicamente a estados de equilíbrio termodinâmico, o que
exige simultaneamente equilíbrio homogéneo dentro de cada fase, e equilíbrio
heterogéneo entre fases coexistentes. A regra das fases não depende da natureza dos
componentes ou da natureza e quantidade das fases presentes, mas simplesmente do
seu número. Não contêm, porém, qualquer informação acerca da cinética reacional.
Embora um sistema em equilíbrio termodinâmico obedeça sempre à regra das fases, a

 
 

sua verificação não é condição suficiente desse equilíbrio. Porém, a não verificação da
regra das fases é prova da inexistência fora de equilíbrio termodinâmico.
O número de componentes acrescido de dois representa também o número máximo de
fases que podem coexistir em equilíbrio, nunca podendo ser inferior a zero ( zero a
condições invariantes).

COMPOSIÇÃO

Num diagrama de fases ternário as composições podem ser representadas por


coordenadas triangulares. Nesta figura, cada aresta do
triângulo equilátero é dividida em 100 partes, sendo cada divisão interceptada por
segmentos de reta paralelos às outras duas arestas do triângulo de composições. Um
dos vértices, por exemplo C, é composto unicamente pelo componente C. Um ponto
sobre a linha A-B é composto unicamente pelos componentes A e B, e não contém C.
A distância relativa de um ponto qualquer a cada um dos vértices pode exprimir-se em
percentagem de mistura ternária de componentes A, B, e C.

Num diagrama de composições triangular a adição de um terceiro componente a uma


mistura de dois componentes pode representar-se sempre por um segmento de reta
com origem no vértice do terceiro componente. Por exemplo, adições do componente
B a uma mistura de 33% A e 67% de C caem todas sobre a linha D-B.
A escala de temperaturas situa-se num plano perpendicular ao plano definido pelo
triângulo de composições, não podendo ser representado directamente num esquema
bidimensional. As temperaturas numa superfície isotérmica (em geral a superfície
liquidus) podem indicar-se para intervalos uniformes de temperatura.

A superfície liquidus é um somatório das várias superfícies curvas de cristalização


primária do sistema. A superfície de cristalização primária de um composto ternário de
fusão congruente é uma superfície em forma de abóbada, em que o ponto de maior
elevação de cada superfície representa o ponto de fusão do componente. Esta superfície
intersecta a superfície de cristalização primária do composto de fusão congruente
adjacente num vale ou linha de limite de fase. No caso de um composto de fusão
incongruente a intersecção da superfície de cristalização primária do primeiro
composto com o do segundo composto é uma superfície inclinada e não um vale.

 
 

OBJETIVO

Construir o diagrama de equilíbrio (isotérmico-isobárico) do sistema água/clorofórmio/ácido


acético.

MATERIAIS

1. 5 erlenmeyer
2. Água
3. Clorofórmio
4. Ácido acético
5. Bureta

PROCEDIMENTO

1. Colocar em 5 erlenmeyer as seguintes quantidades de água e clorofórmio, conforme


tabela abaixo, mantendo todos os frascos tampados, pois o clorofórmio é muito volátil.

Frasco CHCl​3 (mL)


​ H​2​O (mL)

1 5 1

2 4 2

3 3 3

4 2 4

c 1 5

2. Adicionar em cada erlenmeyer o ácido acético, utilizando uma bureta, até o surgimento
de uma única fase. Cuidado para manter todo o conjunto de erlenmeyer na mesma
temperatura.

 
 

3. Anotar os volumes de ácido acético adicionados em cada erlenmeyer.

RESULTADOS

Frasco H2O (ml) CHCl3 (ml) CH3COOH (ml)

1 1 5 4

2 2 4 5

3 3 3 6,1

4 4 2 6,2

5 5 1 5,7

Densidade da água = 1g/cm3

Densidade do CHCl3 = 1,48 g/cm3

Densidade do CH3COOH = 1,05 g/cm3

m = pv

Frasco H2O (m) CHCl3 (m) CH3COOH (m) M

1 1x1=1 1,48 x 5 = 7,40 1,05 x 4 = 4,20 12,6

2 1x2=2 1,48 x 4 = 5,92 1,05 x 5 = 5,25 13,17

3 1x 3 = 3 1,48 x 3 = 4,44 1,05 x 6,1 = 6,405 13,845

4 1x4=4 1,48 x 2 = 2,96 1,05 x 6,2 = 6,51 13,47

5 1x5=5 1,48 x 1 = 1,48 1,05 x 5,7 = 5,985 12,465

 
 

%m = m / M

Frasco H2O (%m) CHCl3 (%m) CH3COOH (%m)

1 0,080 0,587 0,333

2 0,152 0,449 0,399

3 0,217 0,320 0,463

4 0,297 0,220 0,483

5 0,401 0,119 0,480

De acordo com o diagrama ternário(anexo) a região I -> C = 3, F = 2. A região II -> C = 3, F = 1.

Variância é o número mínimo de graus de liberdade ( variáveis de composição P e T) que


precisamos conhecer para definir o estado do sistema.

V = C - F + 2, como P e T CTE => V = C - F = 3 - F 

Análise para as diferentes regiões 

Região I: V= 3 - 2 = 1, logo precisamos conhecer apenas a composição de uma fase. Com 


aplicação da regra da alavanca para o diagrama ternário, a outra fase tem composição 
automaticamente determinada. 

Região II: V= 3 - 1 = 2, precisamos conhecer %m1 e %m2, pois %m1 + %m2 + %m3 = 1. 

CONCLUSÃO

Através da conversão para %m, foi possível a construção do diagrama ternário e a análise das
suas regiões.

REFERÊNCIAS

1. GONÇALVES, M. C. DIAGRAMAS DE FASE TERNÁRIOS. IST, 1994. 

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