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Curso de Grego

Prof. William Bottazzini


Rezende

A pronúncia do grego e outras


notas
Introdução

As três pronúncias mais comuns para o grego antigo são:


a) A pronúncia erasmiana (também chamada de etacista), criada pelo erudito
humanista Erasmo de Roterdã (1436-1466).
b) A pronúncia restaurada ou reconstituída, surgida do esforço da Linguística
Histórica em reconstruir o modo de falar na antiguidade.
c) A pronúncia baseada no grego moderno, que consiste basicamente em ler os textos
antigos com a mesma pronúncia utilizada atualmente na Grécia.
Devido a sua simplicidade e ampla difusão, optamos em nosso curso pela pronúncia
erasmiana, a qual passamos a descrever abaixo.

Letra Nome em Nome em Pronúncia e observações


grego português
Αα ἄλφα alfa a
Ββ βῆτα beta b
Γγ γάμμα gama g, sempre como em gato.
Δδ δέλτα delta d, sempre como em dedo.
Εε ἔ ψῖλόν épsilon e fechado (ê)
Ζζ ζῆτα dzeta dz
Ηη ἦτα eta e aberto (é)
Θθ θῆτα teta th como no inglês thing.
Ιι ἰῶτα iota i
Κκ κάππα capa k
Λλ λάμβδα lambda l
Μμ μῦ my m
Νν νῦ ny n
Ξξ ξῖ csi x, sempre como em táxi.
Οο ὄ μῑκρόν ómicron o fechado (ô)
Ππ πῖ pî p
Ρρ ῥῶ rô r, como em aro.
Σ σ,ς σίγμα sigma s
Ττ ταῦ tau t,
Υυ ὔ ψῑλόν hípsilon u, como no francês lune.
Φφ φῖ phi f
Χχ χῖ khi j, como no espanhol em Jaime.
Ψψ ψῖ psi ps
Ωω ὦ μέγα ômega o aberto (ó)
A quantidade das vogais e os acentos
Por quantidade devemos entender a duração das vogais em grego. Estas podem ser
longas ou breves. Uma vogal é dita longa quando levamos aproximadamente o dobro
do tempo para pronunciá-la em relação a uma vogal breve. As vogais η e ω são
sempre longas e as vogais ε e ο são sempre breves. Já as vogais α, ι e υ, quando
longas, serão escritas com um traço (ᾱ, ῑ, ῡ) chamado mácron (em grego, μακρόν,
longo).
Em nosso texto, encontraremos frequentemente alguns acentos que para o estudo do
grego recebem os seguintes nomes: grave (`), agudo (´) e circunflexo (~). O acento
grave recai somente na última sílaba de uma palavra. Geralmente, ele substitui o
acento agudo na última sílaba de uma palavra que é seguida imediatamente por outra
palavra e quando não há pontuação entre elas. Exemplo: em vez de τό δῶρον
escrevemos τὸ δῶρον.

Vogais marcadas com circunflexo são sempre longas.

Os espíritos
Chamamos os sinais ortográficos (᾿) e (῾) de espíritos. O sinal (᾿) é chamado de
espírito brando. O sinal (῾) é chamado de espírito rude. Esses espíritos são colocados
ou sobre a primeira vogal ou sobre a segunda em caso de ditongos. O espírito brando
não influencia na pronúncia e assinala somente ausência de aspiração. Já o espírito
marca uma aspiração semelhante à da letra h na palavra inglesa hello. Exemplos: ἐν,
οὐ e ἑν, οὑ.
Os ditongos
Um ditongo é o encontro de duas vogais em uma mesma sílaba. Em grego temos os
seguintes ditongos: αι, αυ, ει, ευ, ηυ, οι, υι. Quando a vogal υ é o segundo elemento
de um ditongo, ela passa a ser pronunciada como o u do português. Ademais, ainda
que na escrita o acento recaia sobre o segundo elemento do ditongo, este deve ser lido
como se o acento estivesse no primeiro elemento Exemplos: αἰγίς, αὐτοκρατής,
εὐγενής, ηὕρηκα, οἰκονομίᾱ, υἱός..
Observação: o encontro ου não deve ser entendido como um ditongo, e sim como um
dígrafo (duas letras que representam um único som), pois tem sempre o som de u (ex:
βούλομαι).

O iota subscrito
Quando o iota acompanha uma vogal longa, ele é geralmente escrito sob a vogal (ᾳ ῃ
ῳ). Por isso é chamado de iota subscrito. Esse iota não deve ser pronunciado.
Quando um texto é escrito em letras maiúsculas, o iota passa a ser escrito ao lado da
vocal longa. Diga-se ainda que textos escritos em letras maiúsculas não levam
nenhum acento ou marca.
Exemplo: πρὸς τῇ κρήνῃ > ΠΡΟΣ ΤΗΙ ΚΡΗΝΗΙ.

Combinações especiais da letra gama


Quando a letra gama se encontra nas combinações γγ, γκ, γξ, γχ , o primeiro gama
passa a ter som de “n”. Exemplos: ἄγγελος, ἄγκυρα.
Pontuação
O ponto final (.) e a vírgula (,) têm em grego o mesmo uso que em português. Um
ponto acima da linha (·) corresponde ao nosso ponto e vírgula ou ao nosso dois
pontos; um ponto e vírgula em grego (;) corresponde ao nosso ponto de interrogação.

Cronologia grega

IDADE DE BRONZE
Minos, rei de Creta; Teseu, rei de Atenas.
1220 a.C. aproximadamente: saqueio de Troia por Agamenon de Micenas.
ASSIM CHAMADA IDADE MÉDIA GREGA
1050 aproximadamente: emigração dos Iônios para a Ásia Menor.
ASSIM CHAMADO RENASCIMENTO GREGO
850 aproximadamente: formação das cidades-estado (Esparta, Corinto, etc.)
776 a.C.: primeiros jogos olímpicos.
750-500 aproximadamente: expansão comercial e colonial.
725 aproximadamente: composição de Ilíada e Odisseia por Homero (Jônia).
700 aproximadamente: composição do poema de Hesíodo As obras e os dias
(Beócia).
657-625 aproximadamente: Cípselo, tirano de Corinto.
Retorno de Sólon a Atenas.
INVASÕES PERSAS
546: Creso, rei da Lídia, e os gregos da Ásia Menor perdem o seu território com o
ataque de Ciro, rei da Pérsia.
507: Clístenes funda a democracia ateniense.
490: expedição contra Atenas de Dário, rei da Pérsia; batalha de Maratona.
480: Xerxes, rei da Pérsia, invade a Grécia; batalhas das Termópilas (480), de
Salamina (480) e de Plateia (479).
O poeta Simônides.
O IMPÉRIO ATENIENSE
478: fundação da Liga de Delos, que se transforma depois no império de Atenas.
472: Os Persas de Ésquilo.
461-429: domínio de Péricles em Atenas: democracia radical e desenvolvimento
do império.
446: a paz dos Trinta Anos entre Atenas e Esparta.
O Parthenon e outros edifícios públicos.
As Histórias de Heródoto.
A GUERRA DO PELOPONESO
431: começo da guerra entre Atenas e a Liga do Peloponeso.
430-429: pestes de Atenas; morte de Péricles.
426: Os Acarnânios de Aristófanes.
421: paz temporária entre Atenas e Esparta.
415:expedição ateniense na Sicília.
413: fracasso da expedição; guerra entre Atenas e Esparta.
404: Atenas se rende.
A Guerra do Peloponeso de Tucídides.
Mapa da Grécia

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