Escola de Minas DEPRO – Departamento de Engenharia de Produção Engenharia da Qualidade –
CONTRIBUIÇÃO DE ARMAND VALLIN FEIGENBAUM PARA QUALIDADE
Armand Vallin Feigenbaum e suas contribuições para a qualidade
Armand Vallin Feigenbaum é um americano expert do controle da
qualidade e homem de negócios, ele concebeu o conceito de Controle Total da Qualidade (Total Quality Control), posteriormente conhecido como Gerenciamento Total da Qualidade (Total Quality Management). Feigenbaum recebeu grau de bacharel do Union College e seu grau de mestre e doutor do MIT. Ele foi diretor de operações de manufatura da General Electric no período de 1958 a 1968 e é agora Presidente e CEO da General Systems Company of Pittsfield, Massachussets, uma firma de engenharia que projeta e instala sistemas de operações. Feigenbaum escreveu vários livros e serviu como presidente da ASQ (American Society for Quality) de 1961 a 1963. De acordo com sua abordagem, a qualidade é um instrumento estratégico que deve preocupar todos os trabalhadores. Mais do que uma técnica de eliminação de defeitos nas operações industriais, a qualidade é uma filosofia de gestão e um compromisso com a excelência. É voltada para o exterior da empresa, baseado na orientação para o cliente, e não para o seu interior, redução de defeitos. Suas contribuições para o corpo de conhecimento da qualidade incluem: - Controle da Qualidade Total é um sistema eficiente que visa integrar esforços para desenvolvimento, manutenção e aperfeiçoamento da qualidade de vários grupos numa organização, de forma a permitir marketing, engenharia, produção e assistência dentro dos níveis mais econômicos e que possibilitem satisfação integral do consumidor. - O conceito da fábrica escondida — a idéia que muito trabalho extra é realizado ao corrigir erros de tal forma que acaba por se formar uma outra fábrica dentro da fábrica atual. - Gerenciamento da Qualidade: Devido a qualidade ser trabalho de todos, ela pode ser tornar trabalho de ninguém — a idéia que a qualidade deve ser ativamente gerenciada e ter visibilidade nos mais altos níveis da gerência. – Foi pioneiro no conceito dos custos da qualidade. As suas maiores contribuições para o ensino da qualidade são os 19 passos para a melhoria da qualidade e os seus quatro pecados mortais.
Os 19 passos de Feigenbaum para a melhoria da qualidade:
1. Definição de Controle de Qualidade Total. O TQM pode ser definido como:
um sistema efetivo para integrar o desenvolvimento, a manutenção e os esforços de melhoria para a qualidade dos vários grupos em uma organização, bem como para habilitar o marketing, a engenharia, a produção e o serviço em níveis mais econômicos que permitam a completa satisfação do cliente. 2. Qualidade versus qualidade. “O grande Q” refere-se à qualidade luxuriosa enquanto o “pequeno q” à alta qualidade, e não necessariamente ao luxo.
3. Controle. Na frase “Controle da Qualidade”, a palavra controle representa
uma ferramenta de gerenciamento com quatro passos:
a. Estabelecer padrões de qualidade.
b. Avaliar a conformidade a esses padrões. c. Atuar quando os padrões são excedidos. d. Planejar para as melhorias nos padrões.
4. Integração. O Controle de Qualidade requer a integração de atividades que
freqüentemente não estão coordenadas em uma forma de trabalho que deve ser responsável pelos esforços da qualidade direcionados aos clientes no decorrer de todas as atividades do empreendimento.
5. A qualidade aumenta o lucro.
6. A qualidade é esperada e não desejada. Qualidade produz qualidade.
Quando um fornecedor se torna direcionado pela busca da qualidade, outros fornecedores devem encontrar ou ultrapassar esse novo padrão.
7. Os recursos humanos produzem impacto na qualidade. As maiores
melhorias na qualidade provêm das ações das pessoas nos processos e não nos acréscimos de equipamentos.
8. O CQT se aplica a todos os produtos e serviços. Nenhum departamento ou
pessoa está isento de fornecer serviços e produtos de qualidade aos seus clientes.
9. A qualidade é uma atenção total ao ciclo de vida do produto ou serviço da
empresa. O Controle de Qualidade entra em todas as fases do processo de produção, iniciando com a especificação do cliente, passando pelo projeto, fabricação, transporte e instalação do produto, incluindo o serviço de campo, para que o cliente se mantenha satisfeito com o produto.
10. Controlando o processo.
11. Definir um sistema de Controle da Qualidade Total. As grandes companhias
e as estruturas operacionais de grandes empreendimentos concordaram, documentaram eficazmente e integraram procedimentos técnicos e gerenciais para conduzir ações coordenadas das pessoas, máquinas e informações da companhia ou do empreendimento nos melhores e mais práticos meios para garantir a satisfação do cliente e os custos econômicos da qualidade. O Sistema de Qualidade fornece um controle integrado e contínuo para todas as atividades – chave, tornando-o uma crença no escopo de toda a organização.
12. Benefícios. Os benefícios, resultantes freqüentemente dos programas de
Qualidade Total, constituem melhorias na qualidade do projeto e do produto, reduzindo perdas e custos operacionais, elevando o moral dos empregados e reduzindo os gargalos na linha de produção.
13. Custo da qualidade. Os custos operacionais da qualidade são divididos em
quatro classificações distintas: custos de prevenção, custos de avaliação, custos das falhas internas e custos das falhas externas.
14. Organize-se para o Controle da Qualidade. É necessário demonstrar que a
qualidade é tarefa de todos. Todo membro da organização possui uma responsabilidade relacionada com a qualidade.
15. Facilitadores da qualidade e não policiais da qualidade. O controle de
Qualidade na organização atua como um critério para comunicar os novos resultados na companhia, fornecendo novas técnicas, atuando como um facilitador, e em geral assemelha-se a um consultor interno em vez de assemelhar-se à força policial dos inspetores de qualidade.
16. Comprometimento contínuo.
17. Utilize ferramentas estatísticas. As estatísticas são utilizadas nos
programas de Controle de Qualidade sempre que e onde sejam úteis, mas as estatísticas são somente uma parte do padrão de Controle de Qualidade Total. Não são propriamente o padrão. O desenvolvimento da eletrônica avançada e os equipamentos de testes mecânicos têm introduzido grandes melhorias nessas tarefas.
18. A automação não é uma panacéia. A automação é complexa e pode se
tornar um pesadelo na implementação. Tenha certeza de que as melhores atividades conduzidas pelas pessoas sejam implementadas antes de se convencer de que a automação é a resposta.
19. Controle de Qualidade na fonte. O elaborador de um produto ou serviço
deve ser capaz de controlar a qualidade deste. Delegue autoridade, se necessário..
Os Quatro Pecados Mortais da Qualidade segundo Feigenbaum:
1 – Interesse inicial pela qualidade levado de maneira oportunista;
2 – Racionalização de desejo; 3 – Negligenciar a concorrência; 4 – Confinamento da qualidade somente na fábrica.
Feigenbaum o “pai” da qualidade afirma que este é um trabalho de
todos na organização, e que não é possível fabricar produtos de alta qualidade se o departamento de manufatura trabalha isolado. Segundo ele, diferentes departamentos devem intervir nas parcelas do processo que resultam no produto, e esta colaboração varia desde o projeto do produto ao controle pós- venda, para que assim não ocorram erros que prejudiquem a cadeia produtiva, causando problemas ao consumidor. BIBLIOGRAFIA
A GESTÃO DA QUALIDADE COMO DIFERENCIAL NO NEGÓCIO;
Leonardo Silva Souteiro- Universidade Cândido Mendes/RJ 2011; QUALIDADE E PRODUTIVIDADE, postado por Fernando Ferrari Fernandes em 14 de março de 2009. Disponível em: < http://qualidadeprodutividade-fernando.blogspot.com.br/2009/03/armand- vallin-feigenbaum.html>