You are on page 1of 141

UFPA – ITEC – FENAV

ESTRUTURAS NAVAIS II

3.1 – INTRODUÇÃO
3.2 – MÉTODOS USADOS EM ANÁLISE MATRICIAL DE ESTRUTURAS
3.3 – CLASSIFICAÇÃO DE ESTRUTURAS
3.4 – MODELOS ANALÍTICOS
3.5 – RELAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE ESTRUTURAL
3.6 – MATRIZES
3.7 – TRELIÇAS PLANAS
3.8 – VIGAS

Prof. André Vinícius da Costa Araujo


andrecosta@ufpa.br 1
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.1 – INTRODUÇÃO
• Análise estrutural é o processo de predição da performance de uma dada
estrutura sobre as condições de carregamento descritas. Geralmente as
características de interesse são:
• Tensões resultantes;
• Deflexões;
• Reações de apoio.
• Este capítulo dedica-se a análise de estruturas “treliçadas”, formadas por
membros longos e estreitos, tais como vigas, treliças e pórticos.
• O objetivo do capítulo é apresentar a teoria de métodos matriciais para a análise
de estruturas em equilíbrio estático, dessa forma o aluno desenvolverá
habilidades para entender o funcionamento de softwares de análise estrutural,
ou implementar um código de análise, criando sua própria ferramenta.
2
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2 – MÉTODOS USADOS EM ANÁLISE MATRICIAL DE ESTRUTURAS


a) Método da flexibilidade (método da força ou compatibilidade)
Generalização em forma matricial dos método clássico da deformação. As variáveis
desconhecidas são as forças redundantes, as quais são calculadas resolvendo-se primeiro as
equações de compatibilidade de estrutura. Uma vez que as forças redundantes são
conhecidas, os deslocamentos podem ser calculados aplicando as equações de equilíbrio e
as relações apropriadas de força-deslocamento dos membros.
b) Método da rigidez (método do deslocamento ou do equilíbrio)
Os valores desconhecidos são os deslocamentos nos nós, determinados resolvendo
primeiro as equações de equilíbrio. Com os deslocamentos conhecidos, as reações são
obtidas através das considerações de compatibilidade e das relações de força-deslocamento
dos membros.

Será utilizado o método da rigidez direta!


3
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.3 – CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS


a) Treliças planas
• Sujeita a cargas axiais;
• Cargas aplicadas nos nós;

b) Vigas
• Carregamento perpendicular ao eixo;
• Sujeita a momentos fletores e esforços cortantes
• Carga aplicada no plano de simetria da viga

4
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.3 – CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS


c) Pórtico plano
• Membros estreitos;
• Conexões rígidas ou flexíveis;
• Cargas podem ser aplicadas nos nós ou nos
membros;
• Sujeito a momentos fletores, esforços
cortantes e cargas axiais.

5
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.3 – CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS


d) Treliças espaciais
• Estrutura tridimensional;
• Sujeita a um sistema de forças axiais tridimensionais;
• Cargas e reações somente nos nós;

6
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.3 – CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS


e) Grelha
• Membros estreitos;
• Conexões rígidas ou flexíveis;
• Cargas aplicadas perpendicularmente
ao plano da estrutura
• Cargas aplicadas nos nós ou nos
membros;
• Sujeito a torções, momentos fletores,
esforços cortantes e cargas axiais.

7
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.3 – CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS


f) Pórticos espaciais
• Direções arbitrárias;
• Conexões rígidas ou flexíveis;
• Cargas aplicadas nos nós ou nos
membros;
• Sujeito a torções, momentos fletores,
esforços cortantes e cargas axiais.

8
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.4 – MODELOS ANALÍTICOS

• Representação idealizada de uma estrutura real para fins de análise.


• Simplifica a análise de uma estrutura complexa, descartando detalhes que não
terão efeitos significativos no comportamento da estrutura.
• A estrutura é montada pela conexão da extremidade de cada membro através dos
nós.
• Um membro é definido como uma parte da estrutura na qual as relações força-
deslocamento usadas na análise são válidas.
• Um nó (ou junta) é definido como uma parte de tamanho infinitesimal que
conecta os membros.

9
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.4 – MODELOS ANALÍTICOS


Diagramas de linhas

10
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.5 – RELAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE ESTRUTURAL


Plano XY Plano XYZ

11
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.5 – RELAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE ESTRUTURAL

Condições de compatibilidade
• As condições de compatibilidade
relacionam as deformações da
estrutura de tal forma que as suas
várias partes se encaixam sem
lacunas ou sobreposições.
• Estas condições garantem que a
forma deformada da estrutura é
contínua e consistente com as
condições de vínculo.

12
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.5 – RELAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE ESTRUTURAL


Relações constitutivas
• As relações constitutivas descrevem relações entre tensões e deformações de uma
estrutura de acordo com as propriedades do material utilizado.
• Como mostrado anteriormente, as equações de equilíbrio relacionam as forças e
momentos, enquanto que as condições de compatibilidade envolvem as
deformações.
• As relações constitutivas irão conectar as equações de equilíbrio e as condições de
compatibilidade, sendo necessária para obter as relações de carga-deformação
para uma estrutura ou membro.

13
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.5 – RELAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE ESTRUTURAL

Princípio do trabalho virtual para corpos rígidos


Se um corpo rígido em equilíbrio sobre um sistema de forças (e momentos)
é sujeito a algum pequeno deslocamento de corpo rígido virtual, o trabalho
virtual realizado pelas forças (e momentos) externas é igual a zero.

14
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.5 – RELAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE ESTRUTURAL


Translações virtuais 𝛿𝑑𝑋 e 𝛿𝑑𝑌
Rotação virtual 𝛿𝜃
Trabalho virtual total:
Com:

Então:

Entretanto:

Então:

15
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.5 – RELAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE ESTRUTURAL


Princípio do trabalho virtual para corpos deformáveis

Se uma estrutura deformável está em equilíbrio sobre um sistema de forças


(e momentos) é sujeito a algum pequeno deslocamento virtual consistente
com os vínculos e condições de continuidade da estrutura, então o trabalho
virtual externo realizado pelas forças (e momentos) externas agindo através
dos deslocamentos virtuais externos (e rotações) é igual a energia de
deformação armazenada na estrutura.

16
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.5 – RELAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE ESTRUTURAL


Desde que o nó ③ esteja em equilíbro, as forças externas e internas
agindo nele devem satisfazer as equações de equilíbrio

O Deslocamento virtual 𝛿𝑑
O trabalho virtual total da treliça pode ser descrito como a soma algébrica
dos trabalhos virtuais das forças agindo no nó ③.

Como 𝛿𝑊 = 0, então:

Trabalho virtual Deslocamentos virtuais internos dos membros,


externo 𝛿𝑊𝑒 que representam o trabalho virtual interno 𝛿𝑊𝑖

𝛿𝑈 é a energia interna de deformação. 17


UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Uma matriz é definida como um arranjo retangular de quantidades dispostas em linhas e colunas

Matriz coluna Matriz linha Matriz quadrada 4x4


(vetor coluna) (vetor linha)

18
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Matriz simétrica Matriz triangular inferior Matriz triangular superior
(𝐴𝑖𝑗 = 𝐴𝑗𝑖 ) (𝐴𝑖𝑗 = 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑗 > 𝑖) (𝐴𝑖𝑗 = 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖 > 𝑗)

Matriz diagonal Matriz identidade Matriz nula


(𝐴𝑖𝑗 = 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖 ≠ 𝑗) (𝐴𝑖𝑗 = 1 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖 = 𝑗 e (𝐴𝑖𝑗 = 0)
𝐴𝑖𝑗 = 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖 ≠ 𝑗)

19
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Igualdade A=B

Adição e subtração Multiplicação por um escalar

20
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Multiplicação de matrizes
O número de colunas de A deve ser igual ao número de linhas de B

21
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Multiplicação de matrizes: O número de colunas de A deve ser igual ao número de linhas de B

não comutativa

associativa e distributiva

22
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Multiplicação de matrizes
Podemos expressar equações simultâneas em uma forma matricial compacta

Simbolicamente:

𝐴 𝑥 = {𝑃}

23
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Matriz transposta

Matriz simétrica 𝐶𝑖𝑗 = 𝐶𝑗𝑖 , então 𝐶 = 𝐶 𝑇

A transposta de um produto matricial é igual ao produto das matrizes transpostas em ordem reversa.

24
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Diferenciação Derivadas parciais

25
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Integração

26
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Inversa de uma matriz quadrada A matriz inversa é análoga a divisão
na álgebra escalar

A – uma matriz de valores conhecidos;


x – um vetor com valores
desconhecidos;
P – um vetor de constantes

27
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Matriz ortogonal
Se a inversa de uma matriz é igual a transposta,
diz-se que a matriz é ortogonal.

28
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Matriz ortogonal

29
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Particionamento de matrizes
É o processo de divisão de uma matriz em submatrizes.

30
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Particionamento de matrizes
Multiplicação de submatrizes

31
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Método da eliminação de Gauss-Jordan
Considere o sistema com 3 equações lineares: Para eliminar x1 das equações 2 e 3,
multiplica-se a equação 1 pelo coeficiente de
x1 da equação que se quer eliminar, o
resultado é subtraído na respectiva equação:

Divide-se a 1ª equação pelo coeficiente de


seu primeiro termo (5):
Agora divide-se a segunda equação pelo
coeficiente de seu x2

32
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Método da eliminação de Gauss-Jordan
x2 deve ser eliminado das equações 1 e 3. multiplica- Finalmente, elimina-se x3 das equações 1 e 2,
se a equação 2 pelo coeficiente de x2 da eq. 1 e o sucessivamente, multiplicando a terceira
resultado é subtraído da 1ª equação. O mesmo é feito equação por 0,1525 e subtraindo da primeira
com a equação 3: equação e então multiplicando a 3ª equação
por -0,6271 e subtraindo na segunda:

Divide-se a 3ª equação pelo coeficiente de seu 3º


termo: Para checar se a solução está correta, substitui-
se o resultado no sistema original.

33
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Método da eliminação de Gauss-Jordan
Aplicando o método na forma matricial:

34
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Método da eliminação
de Gauss-Jordan

35
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Método da eliminação
de Gauss-Jordan

36
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Método da eliminação
de Gauss-Jordan

37
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Inversão de matriz usando o método de Gauss-Jordan

38
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Inversão de matriz usando o método de Gauss-Jordan

39
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Inversão de matriz usando o método de Gauss-Jordan

40
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Inversão de matriz usando o método de Gauss-Jordan

41
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.6 – MATRIZES
Inversão de matriz usando o método de Gauss-Jordan

42
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 - TRELIÇAS PLANAS

43
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


COORDENADAS GLOBAIS E
COORDENADAS LOCAIS

44
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


GRAUS DE LIBERDADE

São os deslocamentos
de nós independentes,
necessários para
especificar a forma
deformada da
estrutura quando
sujeita a uma carga.

Vetor deslocamento

45
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


GRAUS DE LIBERDADE

Para a estrutura apresentada:

Cargas: Reações:

46
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS

47
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS

48
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÃO ENTRE A MATRIZ DE RIGIDEZ DE MEMBRO E AS COORDENADAS LOCAIS

P - Cargas
d – Deslocamentos
S – Matriz de rigidez dos membros

49
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÃO ENTRE A MATRIZ DE RIGIDEZ DE MEMBRO E AS COORDENADAS LOCAIS
No método da matriz de rigidez, o deslocamento de nó d, de uma estrutura é determinada resolvendo
um sistema simultâneo de equações:

No qual S é a matriz de rigidez, formada pela montagem das matrizes de rigidez dos membros de
forma individual.
As relações entre forças e deslocamentos são estabelecidas sujeitando aos membros, separadamente,
a cada uma dos quatro deslocamentos e expressando as forças de membro totais como a soma
algébrica das forças de extremidade requeridas para causar um deslocamento de extremidade
individual.

50
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÃO ENTRE A MATRIZ DE RIGIDEZ DE MEMBRO E AS COORDENADAS LOCAIS
Coeficiente de rigidez 𝒌𝒊𝒋 :
Representa a força na localização e direção de 𝑸𝒊 requerida, para causar um
deslocamento unitário 𝒖𝒋 enquanto todos os outros deslocamento são iguais a zero:

𝑸: força de extremidade de membro em coordenadas locais;


𝒖: deslocamento de membro em coordenadas locais;
51
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÃO ENTRE A MATRIZ DE RIGIDEZ DE MEMBRO E AS COORDENADAS LOCAIS

52
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÃO ENTRE A MATRIZ DE RIGIDEZ DE MEMBRO E AS COORDENADAS LOCAIS
Para determinar os valores de k, aplica-se as equações de equilíbrio.

A forma deformada de 𝒎 devido um valor A forma deformada de 𝒎 devido um valor


unitário 𝒖𝟏 enquanto todos os unitário 𝒖𝟐 enquanto todos os
deslocamentos são 0: deslocamentos são 0:

De forma similar, com 𝒖𝟑 = 𝟏:


De forma similar, com 𝒖𝟒 = 𝟏:
53
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÃO ENTRE A MATRIZ DE RIGIDEZ DE MEMBRO E AS COORDENADAS LOCAIS
Substituindo os valores dos coeficientes de rigidez na matriz de rigidez, obtém-se:

𝑘𝑁 𝑚

54
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÃO ENTRE A MATRIZ DE RIGIDEZ DE MEMBRO E AS COORDENADAS LOCAIS
Determine a matriz de rigidez local dos membros da treliça:

55
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÃO ENTRE A MATRIZ DE RIGIDEZ DE MEMBRO E AS COORDENADAS LOCAIS

56
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS

57
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS

58
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS: Transformação do sistema de coordenadas locais para coordenadas globais
Comparando as figuras, nota-se que a força 𝑄1 é a soma
algébrica dos componentes de força globais 𝐹1 e 𝐹2 na
direção x, então:

Senos e cossenos podem ser determinados:

Na forma matricial tem-se:


𝑋𝑏 𝑒 𝑌𝑏 : coordenadas globais do nó inicial;
𝑋𝑒 𝑒 𝑌𝑒 : coordenadas globais do nó final;
Para transformar os deslocamentos de membro de
coordenadas globais para locais;
Simbolicamente:
59
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS: Transformação do sistema de coordenadas global para coordenadas locais
Comparando as figuras, nota-se que a força global 𝐹1 é a Então:
soma algébrica dos componentes de força locais 𝑄1 e 𝑄2
na direção x, então: O que indica que a matriz de transformação é
ortogonal

Para transformar os deslocamentos de membro de


coordenadas local para global:

Na forma matricial tem-se:

Simbolicamente:
60
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo: Membro 1:
Determine a matriz de transformação da treliça.

Membro 2:

Membro 3:

61
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo (cont.):
Membro 4: Membro 6:

Membro 5:

62
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo: Matriz de rigidez de membro em coordenadas
Para a treliça abaixo, os deslocamentos do membro 2 locais:
no sistema de coordenadas globais é dado pelo vetor
𝒗𝟐 . Calcule as forças de extremidade para este membro
no sistema de coordenadas globais. O membro estará
em equilíbrio quando sob ação dessas forças?

Matriz de transformação:

63
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo (cont.):
Matriz de deslocamento de membro em
coordenadas locais:

64
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo (cont.):
Forças de extremidade de membro em coordenadas Forças de extremidade de membro em
locais: coordenadas globais:

65
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÕES DE RIGIDEZ DE MEMBRO EM COORDENADAS GLOBAIS

Substituindo 𝑄 = 𝑘𝑢 em 𝐹 = 𝑇 𝑇 𝑄.

Com:

A equação acima pode ser convenientemente escrita como:

Com:

66
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÕES DE RIGIDEZ DE MEMBRO EM COORDENADAS GLOBAIS

𝑲 é a matriz de rigidez de membro em coordenadas globais

• 𝐊 é simétrica;
• O coeficiente de rigidez 𝑲𝒊𝒋 representa a força na localização e direção de 𝑭𝒊 requerida,
junto com outras forças de extremidades, para causar um deslocamento unitário 𝒗𝒋 ,
enquanto os outros deslocamentos são iguais a zero. 67
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÕES DE RIGIDEZ DE MEMBRO EM COORDENADAS GLOBAIS
A verificação da matriz de rigidez 𝑲 pode ser
realizada utilizando uma abordagem
alternativa:
• Considere um treliça plana inclinada em um
ângulo 𝜽 relativo ao eixo global 𝑿;
• Quando aplica-se um deslocamento unitário
𝒗𝟏 = 𝟏 em 𝒃, enquanto os outros
deslocamentos são iguais a zero, o membro
encurta devido o desenvolvimento de uma
força axial de compressão;
• Para um deslocamento pequeno, a
deformação axial 𝒖𝒂 devido a 𝒗𝟏 é igual ao
componente de 𝒗𝟏 = 𝟏 na direção não
deformada do membro: 68
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÕES DE RIGIDEZ DE MEMBRO EM COORDENADAS GLOBAIS

69
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÕES DE RIGIDEZ DE MEMBRO EM COORDENADAS GLOBAIS

70
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÕES DE RIGIDEZ DE MEMBRO EM COORDENADAS GLOBAIS

71
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo: Resolva o exemplo anterior usando as relações de rigidez de membro em
coordenadas globais 𝑭 = 𝑲𝒗.

72
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÕES DE RIGIDEZ DA ESTRUTURA
As relações de rigidez da estrutura expressam a carga externa 𝑷 agindo nos nós da estrutura,
como função dos deslocamentos de nó 𝒅.
1. As cargas nos nós 𝑷 são expressas em termos das forças nos membros em coordenadas
globais 𝑭, aplicando as equações de equilíbrio para os nós da estrutura;
2. Os deslocamentos de nó 𝒅 são relacionados com os deslocamentos de extremidade de
membros no sistema de coordenadas globais, 𝒗, através do uso das condições de
compatibilidade na qual os deslocamentos de extremidade de membros devem ser os
mesmos que os deslocamentos de nó correspondentes;
3. As condições de compatibilidade são substituídas nas relações força-deslocamento de
membro, 𝑭 = 𝑲𝒗, para expressar as forças de extremidade globais 𝑭 em termos dos
deslocamentos de nó d. as relações 𝑭 − 𝒅 obtidas são substituídas nas equações de
equilíbrio de nós para estabelecer as relações de rigidez da estrutura entre as cargas nos
nós 𝑷 e os deslocamentos de nó 𝒅. 73
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÕES DE RIGIDEZ DA ESTRUTURA
Considere a treliça:

74
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÕES DE RIGIDEZ DA ESTRUTURA
Fazendo um diagrama de corpo livre do nó 1 e
dos membros 1, 2 e 3:

Aplicando as condições de equilíbrio:

Nota: atentar para a


numeração na extremidade
de cada membro!

75
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÕES DE RIGIDEZ DA ESTRUTURA
Fazendo um diagrama de corpo livre do nó 1 e
dos membros 1, 2 e 3:
Aplicando as equações de
compatibilidade:

76
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÕES DE RIGIDEZ DA ESTRUTURA
Relações de rigidez de membro
A relações de rigidez global de membro para o membro 1:

77
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÕES DE RIGIDEZ DA ESTRUTURA
Relações de rigidez de membro
A relações de rigidez global de membro para o membro 2:

78
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÕES DE RIGIDEZ DA ESTRUTURA
Relações de rigidez de membro
A relações de rigidez global de membro para o membro 3:

79
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÕES DE RIGIDEZ DA ESTRUTURA
Relações de rigidez da estrutura

Matriz de rigidez da estrutura

80
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÕES DE RIGIDEZ DA ESTRUTURA
Alternativamente, a matriz de rigidez da estrutura pode ser determinada aplicando um deslocamento unitário
em cada um dos nós separadamente, e avaliando as cargas nos nós requeridas para causar deslocamento
individual.

81
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


RELAÇÕES DE RIGIDEZ DA ESTRUTURA

82
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


MONTAGEM DA MATRIZ DE RIGIDEZ USANDO CÓDIGOS NUMÉRICOS

83
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


MONTAGEM DA MATRIZ DE RIGIDEZ USANDO CÓDIGOS NUMÉRICOS
Montagem do vetor de reações de apoio

84
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


MONTAGEM DA MATRIZ DE RIGIDEZ USANDO CÓDIGOS NUMÉRICOS
Exemplo: Determine a matriz de rigidez da treliça:

85
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


MONTAGEM DA MATRIZ DE RIGIDEZ USANDO CÓDIGOS NUMÉRICOS
Exemplo: Determine a matriz de rigidez da treliça:

86
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


MONTAGEM DA MATRIZ DE RIGIDEZ USANDO CÓDIGOS NUMÉRICOS
Exemplo: Determine a matriz de rigidez da treliça:
Membro 2:

87
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


MONTAGEM DA MATRIZ DE RIGIDEZ USANDO CÓDIGOS NUMÉRICOS
Exemplo: Determine a matriz de rigidez da treliça:
Membro 3:

88
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo: Determine os deslocamentos de nós, forças axiais nos membros e reações de
apoio para a teliça: Modelo Analítico:

89
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo: Determine os deslocamentos de nós, forças
axiais nos membros e reações de apoio para a teliça:
Membro 1:

90
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo: Determine os deslocamentos de nós, forças
axiais nos membros e reações de apoio para a teliça:
Membro 2:

91
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo: Determine os deslocamentos de nós, forças
axiais nos membros e reações de apoio para a teliça:
Membro 3:

92
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo: Determine os deslocamentos de nós, forças
axiais nos membros e reações de apoio para a teliça:
Com as matrizes de rigidez de membro, obtém-se a matriz de rigidez da
estrutura:

93
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo: Determine os deslocamentos de nós, forças
axiais nos membros e reações de apoio para a teliça:
O vetor de carga nos nós é dado por:

Os deslocamentos de nós

Checagem da solução das equações:

94
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo: Determine os deslocamentos de nós, forças
axiais nos membros e reações de apoio para a teliça:
Deslocamento de membro e força de extremidade de membro:
Membro 1:

Matriz de rigidez em coordenada local:

Matriz de transformação do membro 1:

Deslocamento de membro em coordenada local 𝒖 = 𝑻𝒗

95
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo: Determine os deslocamentos de nós, forças
axiais nos membros e reações de apoio para a teliça:
Deslocamento de membro e força de extremidade de membro:
Membro 1:
Forças de extremidade nos membros, em coordenadas locais: 𝑸 = 𝒌𝒖

O primeiro elemento do vetor 𝑄1 representa a força de tração axial no membro 1 (o sinal negativo indica tração.

Força de extremidade em coordenadas globais:

Reações nó 2

Forças nó 1
96
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo: Determine os deslocamentos de nós, forças
axiais nos membros e reações de apoio para a teliça:
Deslocamento de membro e força de extremidade de membro:
Membro 2:

Matriz de rigidez em coordenada local:

Deslocamento de membro em coordenada local 𝒖 = 𝑻𝒗

97
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo: Determine os deslocamentos de nós, forças
axiais nos membros e reações de apoio para a teliça:
Deslocamento de membro e força de extremidade de membro:
Membro 2:
Forças de extremidade nos membros, em coordenadas locais: 𝑸 = 𝒌𝒖

O primeiro elemento do vetor 𝑄2 representa a força de compressão axial no membro 2.

Força de extremidade em coordenadas globais:

Reações nó 3

Forças nó 1
98
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo: Determine os deslocamentos de nós, forças
axiais nos membros e reações de apoio para a teliça:
Deslocamento de membro e força de extremidade de membro:
Membro 3:

Todos os passos anteriores podem ser aplicados para obter as Forças de membro em coordenadas globais do
membro 3. Entretanto, será aplicado um método de cálculo alternativo para obter o vetor força:
Reações nó 4

Forças nó 1 99
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo: Determine os deslocamentos de nós, forças
axiais nos membros e reações de apoio para a teliça:
Deslocamento de membro e força de extremidade de membro:
Membro 3:
As forças de membro em coordenadas locais são obtidos aplicando a equação 𝑸 = 𝑻𝑭. Obtém a força
compressiva de 932,9 kN.

100
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo: Determine os deslocamentos de nós, forças
axiais nos membros e reações de apoio para a teliça:
Reações de apoio e diagrama das forças em coordenadas locais:

101
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.7 – TRELIÇAS PLANAS


Exemplo: Determine os deslocamentos de nós, forças
axiais nos membros e reações de apoio para a teliça:
Checagem: Aplicando as equações de equilíbrio para a treliça inteira:

102
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2 - VIGAS

103
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.1 – MODELO ANALÍTICO

104
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.1 – MODELO ANALÍTICO


Graus de liberdade:
𝐺𝐿 = 2 × 𝑛º 𝑑𝑒 𝑛ó𝑠 − 𝑟𝑒𝑎çõ𝑒𝑠

Vetor deslocamento:

Vetor de Forças nodais:

Vetor de Reações nodais:

105
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.2 – RELAÇÕES DE RIGIDEZ DO ELEMENTO

106
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.2 – RELAÇÕES DE RIGIDEZ DO ELEMENTO


Para 𝑢1 = 1; 𝑢2 = 𝑢3 = 𝑢4 = 0 Para 𝑢2 = 1; 𝑢1 = 𝑢3 = 𝑢4 = 0

Para 𝑢3 = 1; 𝑢1 = 𝑢2 = 𝑢4 = 0 Para 𝑢4 = 1; 𝑢1 = 𝑢2 = 𝑢3 = 0

107
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.2 – RELAÇÕES DE RIGIDEZ DO ELEMENTO


Se a viga fosse bi-engastada, surgiriam as cargas 𝑄𝑓1 , 𝑄𝑓2 , 𝑄𝑓3 𝑒 𝑄𝑓4 .

Somando as cargas: A equação pode ser escrita na forma matricial:

108
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.2 – RELAÇÕES DE RIGIDEZ DO ELEMENTO


Para 𝑢1 = 1; 𝑢2 = 𝑢3 = 𝑢4 = 0

Condições de contorno:
Então:
𝐶1 = 0
𝐶2 = 1

Substituindo as constantes C1 e C2:

109
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.2 – RELAÇÕES DE RIGIDEZ DO ELEMENTO


Aplicando 𝑥 = 𝐿; 𝜃 = 0 Para os coeficientes restantes 𝑘31 e 𝑘41 , aplica-se
as equações de equilíbrio de corpo livre:

Aplicando 𝑥 = 𝐿; 𝑢𝑦 = 0

Então os coeficientes 𝑘11 e 𝑘21 podem Para determinar a forma deformada do membro,
ser determinados: substitui-se as expressões para 𝑘11 e 𝑘21 na
equação para a deformação 𝑢𝑦 :

Função de forma
do membro 110
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.2 – RELAÇÕES DE RIGIDEZ DO ELEMENTO


De forma semelhante, obtém-se as expressões para os coeficientes de rigidez e as funções de
forma de membro utilizando os deslocamento unitários em 𝑢2 𝑎 𝑢4 .
Matriz simétrica de rigidez de membro:

Funções de forma:

111
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.3 – FORÇAS DE EXTREMIDADE FIXA DEVIDO AO CARREGAMENTO EXTERNO


Considere o membro bi-engastado, exposto
Integrando duas vezes em 0 < 𝑥 < 𝑙1 :
a uma carga concentrada w da figura:

E integrando duas vezes em 𝑙1 < 𝑥 < 𝐿:

Dividindo-o no ponto A, tem-se os momentos


fletores:

112
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.3 – FORÇAS DE EXTREMIDADE FIXA DEVIDO AO CARREGAMENTO EXTERNO


Avaliando as constantes 𝐶1 𝑒 𝐶2 : Avaliando a constante 𝐶4 :
Aplicando as condições de contorno na A deflexão deve ser a mesma no ponto A,
extremidade b: portanto em 𝑥 = 𝑙1 :
𝑥 = 0; 𝜃 = 𝑢𝑦 = 0

Avaliando a constante 𝐶3 :
A rotação deve ser a mesma no ponto A,
portanto em 𝑥 = 𝑙1 :

113
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.3 – FORÇAS DE EXTREMIDADE FIXA DEVIDO AO CARREGAMENTO EXTERNO


Conhecendo as quatro constantes, avalia-se Com 𝐿 = 𝑙1 + 𝑙2 :
𝐹𝑆𝑏 𝑒 𝐹𝑀𝑏 :
Aplicando a terceira condição de contorno:
𝑥 = 𝐿; 𝜃 = 𝑢𝑦 = 0
E substituindo novamente na expressão anterior:

As forças 𝐹𝑆𝑒 𝑒 𝐹𝑀𝑒 na extremidade 𝑒 são


obtidas através das equações de equilíbrio:

Resolvendo as equações e expressando 𝐹𝑀𝑏 em


termos de 𝐹𝑆𝑏 :

E substituindo na segunda expressão acima:

114
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.3 – FORÇAS DE EXTREMIDADE FIXA DEVIDO AO CARREGAMENTO EXTERNO

Então o vetor força de extremidade:

115
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.3 – FORÇAS DE EXTREMIDADE FIXA DEVIDO AO CARREGAMENTO EXTERNO


EXEMPLO: Determine as forças de extremidade para os membros da viga contínua:

Modelo analítico:

116
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.3 – FORÇAS DE EXTREMIDADE FIXA DEVIDO AO CARREGAMENTO EXTERNO


Para o membro 1: Para o membro 2:
Substituindo Substituindo
𝑤 = 50 𝑘𝑁 𝑚 ; 𝐿 = 6𝑚; 𝑙1 = 𝑙2 = 𝐿/2: 𝑤 = 90 𝑘𝑁; 𝐿 = 6𝑚; 𝑙1 = 2𝑚; 𝑙2 = 4𝑚:

117
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.4 – RELAÇÕES DE RIGIDEZ DA ESTRUTURA


Seja a viga da figura: A estrutura possui 3 graus de liberdade,
𝑑1 , 𝑑2 e 𝑑3 .
Aplicando as equações de equilíbrio 𝐹 = 0 e
𝑀 = 0 no nó 2 e 𝑀 = 0 no nó 3, obtém-se as
relações entre as forças externas e forças
internas:

118
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.4 – RELAÇÕES DE RIGIDEZ DA ESTRUTURA

Aplicando as condições de compatibilidade para


o membro 1:

De maneira similar, aplicam-se as condições de


compatibilidade para os membros 2 e 3:

119
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.4 – RELAÇÕES DE RIGIDEZ DA ESTRUTURA


Expressando as 6 forças de membro já Substituindo as equações de compatibilidade:
mostradas anteriormente em termos dos
carregamentos externos:
Membro 1

Membro 2

Tem-se os carregamentos nos nós:

Membro 3

120
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.4 – RELAÇÕES DE RIGIDEZ DA ESTRUTURA

Na forma matricial:

Com

121
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.4 – RELAÇÕES DE RIGIDEZ DA ESTRUTURA


Montando a matriz de rigidez através de códigos numéricos:

122
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.4 – RELAÇÕES DE RIGIDEZ DA ESTRUTURA


EXEMPLO: Determine a matriz de rigidez da viga:

Solução
Modelo analítico

123
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.4 – RELAÇÕES DE RIGIDEZ DA ESTRUTURA


Membro 1: L = 16 m Membro 2: L = 12 m

Membro 3: L = 8 m

124
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.5 – FORÇAS NODAIS DE MEMBROS FIXOS E CARGAS NODAIS EQUIVALENTES


A relação entre força-deslocamento pode ser
descrita na forma matricial como:

As forças nodais de membros fixos representam


as reações que seriam desenvolvidas nos locais
e nas direções dos graus de liberdade da
estrutura, devido as cargas externas no membro,
se todos os nós da estrutura fossem fixos.
Supondo que os nós 2 e 3 estejam restringidos
Analisando a viga: para translação e rotação, tem-se:

125
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.5 – FORÇAS NODAIS DE MEMBROS FIXOS E CARGAS NODAIS EQUIVALENTES


Surgem então as reações hipotéticas Desenhando o diagrama de corpo livre dos
𝑃𝑓1 , 𝑃𝑓2 𝑒 𝑃𝑓3 , devido as restrições imaginárias membros e dos nós, e aplicando as equações de
adotadas e relativas aos graus de liberdade 1, equilíbrio 𝐹 = 0 e 𝑀 = 0 no nó 2 e 𝑀 = 0 no
2 e 3. Na forma matricial: nó 3, obtém-se a relação entre as forças nodais de
membros fixos e as forças de extremidade fixa dos
membros:

126
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.5 – FORÇAS NODAIS DE MEMBROS FIXOS E CARGAS NODAIS EQUIVALENTES

Pode-se montar a matriz 𝑃𝑓


utilizando códigos numéricos:

127
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.5 – FORÇAS NODAIS DE MEMBROS FIXOS E CARGAS NODAIS EQUIVALENTES


Cargas equivalentes nos nós Dessa forma, a viga estará sujeita a cargas externas
As forças nodais de membros fixos negativas de igual magnitude mas de direções opostas
(−𝑃𝑓 ) são chamadas de cargas nodais
equivalentes. Seja a viga aleatória:

Deslocamentos
Deslocamentos nodais da viga sujeita
Deslocamentos nodais da viga fixa a forças nodais de
nodais da viga devido as cargas estrutura fixa com
nos membros direções opostas.
As restrições imaginárias e cargas hipotéticas
serão
Vetor de cargas nodais equivalentes:

E a relação de rigidez da estrutura:


128
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.5 – FORÇAS NODAIS DE MEMBROS FIXOS E CARGAS NODAIS EQUIVALENTES


EXEMPLO: Determine o vetor de força de Membro 1:
extremidade fixa e o vetor de cargas nodais
equivalentes para a viga mostrada na figura:

Solução:
Vetor força de
Modelo analítico: extremidade fixa para o
membro 1:

Os elementos da 3ª e 4ª
linhas farão parte do
vetor de forças nodais de
membros fixos: 129
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.5 – FORÇAS NODAIS DE MEMBROS FIXOS E CARGAS NODAIS EQUIVALENTES


Membro 2: O vetor de forças nodais de membros fixos:

O vetor cargas nodais equivalentes:

Vetor força de
extremidade fixa para o
membro 2:

Os elementos da 1ª, 2ª e
4ª linhas farão parte do
vetor de forças nodais de
membros fixos: 130
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.5 – FORÇAS NODAIS DE MEMBROS FIXOS E CARGAS NODAIS EQUIVALENTES


EXEMPLO: Determine os deslocamentos nodais, Solução:
forças de extremidade dos membros e reações Modelo analítico:
na viga contínua de 3 vãos:

131
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.5 – FORÇAS NODAIS DE MEMBROS FIXOS E CARGAS NODAIS EQUIVALENTES


Matriz de rigidez da estrutura:
Membro 1: Cargas de extremidade do membro 1

Vetor de extremidade fixa do membro 1

132
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.5 – FORÇAS NODAIS DE MEMBROS FIXOS E CARGAS NODAIS EQUIVALENTES


Matriz de rigidez da estrutura:
Membro 2: Membro 3:

Cargas de extremidade do membro 2 Cargas de extremidade Vetor de extremidade


do membro 3 fixa do membro 3

133
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.5 – FORÇAS NODAIS DE MEMBROS FIXOS E CARGAS NODAIS EQUIVALENTES


Matriz de rigidez da estrutura: Deslocamentos nodais:
Matriz de rigidez da estrutura e cargas
nodais de membros fixos:

Verificação:

Vetor de carga nodal:


Não há momento nos
nós 2 e 3, portanto:
134
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.5 – FORÇAS NODAIS DE MEMBROS FIXOS E CARGAS NODAIS EQUIVALENTES


Deslocamentos de extremidade de membros e cargas de extremidade:
Membro 1: Membro 2:

Lembrando que

Verificação: Verificação:

135
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.5 – FORÇAS NODAIS DE MEMBROS FIXOS E CARGAS NODAIS EQUIVALENTES


Deslocamentos de extremidade de membros e cargas de extremidade:
Membro 3: Vetor de reações:
Cargas de extremidade dos membros

Verificação:

136
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

3.2.5 – FORÇAS NODAIS DE MEMBROS FIXOS E CARGAS NODAIS EQUIVALENTES


Reações

Verificação:

137
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

TRABALHO T2
Para as TRELIÇAS abaixo, determinar os deslocamentos nodais, forças de membro e reações
de apoio:

TRELIÇA 1: TRELIÇA 2:

138
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

TRABALHO T2
Para as TRELIÇAS abaixo, determinar os deslocamentos nodais, forças de membro e reações
de apoio:
TRELIÇA 3: TRELIÇA 4:

139
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

TRABALHO T2
Para as VIGAS abaixo, determinar os deslocamentos nodais, forças de membro e reações de
apoio:

VIGA 1: VIGA 2:

140
UFPA – ITEC – FENAV
ESTRUTURAS NAVAIS II

TRABALHO T2
Para as VIGAS abaixo, determinar os deslocamentos nodais, forças de membro e reações de
apoio:

VIGA 3: VIGA 4:

141

You might also like