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de Stanford
Problemas
Epistemológicos de Percepção
Publicado pela primeira vez em 5 de dezembro de 2016
2.3.1 Sense-data
3. Soluções Epistemológicas
Soluções epistemológicas para PEW negam uma ou mais de suas
premissas explicitamente epistemológicas. Eles tentam tornar essa
negação plausível e situá-la dentro de uma epistemologia de percepção
maior e uma epistemologia mais ampla, de modo mais geral.
3.3 Coerentismo
O coerentista, como o fundacionalista clássico, endossa o Princípio
Metaevidencial, mas afirma que podemos de fato ter bons argumentos
para a confiabilidade da percepção. Coerentismo é a visão de que pelo
menos alguma justificação vem do apoio mútuo entre crenças sem
apoio, em vez de remontar às crenças básicas. Como tal, coerentistas
são às vezes ditos endossar certos tipos de argumento circular (eles
preferem chamá-los holísticos), mas um coerentista rejeitará a
Reivindicação de Razões, insistindo que não há nada cruelmente
circular sobre nossos argumentos para a confiabilidade da percepção
(BonJour 1985 Lehrer 1990). Por permitir o apoio mútuo, o
coerentismo pode tolerar empirismo argumentos para a confiabilidade
da percepção, em princípio, permitindo recursos para registros,
evolução e outras evidências científicas.
A versão mais direta é aquela que sustenta que ter uma certa
experiência é por si só suficiente para a justificação prima facie da
crença perceptiva correspondente. O “conservantismo fenomenal” de
Michael Huemer (2007), o “dogmatismo” de James Pryor (2000) e o
“realismo direto” de Pollock (1974, 1986) endossam algo como o
seguinte princípio:
Nos últimos anos, vários autores (Lyons 2005, 2009; Bengsson, Grube,
& Korman 2011; Brogaard 2013) argumentaram que o que pensamos
como experiências perceptivas é na verdade uma composição de dois
(ou mais) elementos distintos, o que Chris Tucker ( 2010) chama a
“sensação” (um estado imagético, rico em fenomenologia perceptiva) e
um “aparente” (aqui interpretado como um estado puramente
representacional, aplicando categorias conceituais às coisas do mundo).
As sensações compreendidas dessa forma ainda são estados sem crença:
em casos de ilusão perceptual conhecida, pode parecer-me que p ,
mesmo que eu não acredite que p. Algo como o dilema Sellarsiano
acima pode ser executado com essa distinção em mãos: sensações sem
aparências são insuficientes para justificar crenças; e aparências sem
sensações seriam subjetivamente muito semelhantes a meros palpites
para justificar crenças (Lyons 2009). As aparências internalistas podem
responder argumentando que aparências sozinhas, até mesmo
construídas como apenas um componente da experiência perceptiva,
podem de fato justificar crenças (Tucker, 2010), ou rejeitando essa
visão composta, insistindo que um aparente é um estado único,
unificado, cuja percepção fenomenologia e conteúdo conceitual estão
inextricavelmente ligados (Chudnoff & Didomenico 2015).
Uma terceira possibilidade é afirmar que o que faz com que as crenças
perceptivas sejam justificadas é que elas são adequadamente formadas,
onde a concepção operativa de "apropriada" é trocada em termos de
uma compreensão biológica - geralmente evolucionária - da função
apropriada. Mais uma vez, isso pode ser oferecido em conjunto com
(Plantinga, 1993) ou em oposição ao confiabilismo (Bergmann, 2006,
Graham, 2012).
4. Conclusão
Os problemas epistemológicos da percepção têm tradicionalmente
centrado na ameaça do ceticismo, em particular, no "véu da percepção"
implicado por uma metafísica bem conhecida da percepção, que ameaça
levar inexoravelmente ao ceticismo. Embora certas teorias metafísicas
da percepção tenham afinidades naturais para certas visões
epistemológicas, a epistemologia e a metafísica tendem a ser
logicamente independentes. Mesmo quando a nossa metafísica estiver
em vigor, precisaremos tomar decisões difíceis sobre a epistemologia.
Há uma grande variedade de teorias epistemológicas da percepção
direta e uma série de epistemologias não-diretas-realistas, cada uma
ostentando certas forças e enfrentando problemas ainda a serem
resolvidos.
Bibliografia
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