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6.

(DELEGADO/PE/CESPE/2016) Acerca dos modelos teóricos explicativos do


crime, oriundos das teorias específicas que, na evolução da história, buscaram
entender o comportamento humano propulsor do crime, assinale a opção
correta.

A. O modelo positivista analisa os fatores criminológicos sob a


concepção do delinquente como indivíduo racional e livre, que
opta pelo crime em virtude de decisão baseada em critérios
subjetivos.

B. O objeto de estudo da criminologia é a culpabilidade,


considerada em sentido amplo; já o direito penal se importa
com a periculosidade na pesquisa etiológica do crime.
C. A criminologia clássica atribui o comportamento criminal a
fatores biológicos, psicológicos e sociais como determinantes
desse comportamento, com paradigma etiológico na análise
causal-explicativa do delito.

D. Entre os modelos teóricos explicativos da criminologia,


o conceito definitorial de delito afirma que, segundo a teoria
do labeling approach, o delito carece de consistência material,
sendo um processo de reação social, arbitrário e
discriminatório de seleção do comportamento desviado.

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E. O modelo teórico de opção racional estuda a conduta
criminosa a partir das causas que impulsionaram a decisão
delitiva, com ênfase na observância da relevância causal
etiológica do delito.

Teoria da Escolha Racional = Teoria da Opção Racional, ênfase nas


vantagens e desvantagens; prós e contras; lucro e prejuízo.

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Teorias da criminalidade:
1. Teoria Clássica;
2. Teoria Positivista;
3. Escola de Chicago;
4. Teoria da Associação Diferencial;
5. Teoria da Anomia;
6. Teoria da Subcultura Delinquente;
7. Labelling Approach ou Etiquetamento;
8. Teoria Crítica.
Teoria Clássica
• Itália, Séc. XVIII, Idade Média;
• Cesare Beccaria;
• “Dos Delitos e das Penas”;
• “Qual a origem do crime?” Cesare Beccaria =
• Indivíduo ou sociedade? C. Bonesana =
M.de Bonesana
• Livre arbítrio;
• Sociedade, origem do crime: valores, desvios;
• Não no indivíduo infrator.
Teoria Positivista, Fase Científica
• Itália, Séc. XIX;
• Cesare Lombroso, Enrico Ferri, Raffaele
Garofalo;
• “Teoria do Criminoso Nato”; Teoria Biológica;
• Estudo e observações em presídios;
• A tendência para o crime nasce com o indivíduo;
• Criminoso nato, teoria biológica, atavismo;
• Características físicas, correção cirúrgica.
Teoria Positivista
1. Craniometria;
2. Formato do queixo,orelhas, nariz etc.
Teorias do consenso X do conflito
• Teorias do Consenso, Funcionalistas ou de Integração:

“A sociedade atinge a sua finalidade quando as instituições


funcionam bem, os cidadãos aceitam as regras, as leis e
compartilham das regras sociais dominantes. As normas são
reconhecidas como necessárias para o bom funcionamento da
sociedade. Para essas teorias a regra é a paz social. As
situações de conflito são exceções.”
PAZ SOCIAL...
• Teorias de Conflito, Críticas:

“A ordem na sociedade é fundada na força e na coerção, na


dominação por alguns e obediência por outros. Não há consenso
em torno dos valores. Para essas escolas a regra é que a sociedade
vive em conflito. As leis existem para as classes privilegiadas
dominarem as classes menos favorecidas. Essas teorias têm
fundamento no Marxismo.”

CONFLITO SOCIAL...
Teorias do consenso, funcionalistas ou de
integração:
1. Escola de Chicago;
2. Teoria da Associação Diferencial;
3. Teoria da Idenficação Diferencial;
4. Teoria da Neutralização;
5. Teoria da Anomia;
6. Teoria da Subcultura Delinquente.
Teorias de Conflito:

1. Labelling Approach, Etiquetamento;


2. Teoria Crítica ou Radical.
Escola de Chicago, 1920:
1. Robert Park e Ernest Burguess;
2. Estudo da criminalidade urbana;
3. Arquitetura das cidades;
4. Efeito criminógeno das grandes
cidades;
5. O ambiente (cidade) torna o indivíduo
delinquente.
Escola de Chicago, 1920: Teoria Ecológica ou
Teoria da Desorganização Social

• Bairros: menor coesão entre as classes, desunião:


maiores os índices de criminalidade;
• O espaço, a arquitetura e a aglomeração urbana
favorecem o crime: becos, iluminação...;
• Exemplo: a violência em uma cidade de 500.000 X índices de violência
de 10 cidades de 50.000habitantes somadas.

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Escola de Chicago, 1920

Testes e observações: aspectos que contribuem para a criminalidade


nas cidades:

1) superpopulação;
2) centros comerciais;
3) mobilidade;
4) relações interpessoais;
5) subúrbios e favelas;
6) becos, guetos, terrenos baldios.
Teoria do Etiquetamento, T. da Rotulação, Labelling
Approach

• Erving Goffman e Howard Becker, 1960;


• O crime não existe: mera convenção;
• Crime: discriminação social/estatal;
• Etiquetamento: fato criminoso;
• Etiquetamento: menos favorecidos;
• O indivíduo é aquilo que pensam dele;
• A pessoa incorpora “o ser delinquente”, pensando isso de si
mesma;
• Fundamento: Marxismo, divisão de classes.
7. (DELEGADO/PE/CESPE/2016) Considerando que, conforme a doutrina, a
moderna sociologia criminal apresenta teorias e esquemas explicativos do crime,
assinale a opção correta acerca dos modelos sociológicos
explicativos do delito.

A. Para a teoria ecológica da sociologia criminal, que considera


normal o comportamento delituoso para o desenvolvimento
regular da ordem social, é imprescindível e, até mesmo,
positiva a existência da conduta delituosa no seio da comunidade.

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B. A teoria do conflito, sob o enfoque sociológico da Escola de
Chicago, rechaça o papel das instâncias punitivas e fundamenta
suas ideias em situações concretas, de fácil comprovação e
verificação empírica das medidas adotadas para contenção do
crime, sem que haja hostilidade e coerção no uso dos meios de
controle.
T. consenso=
C. A teoria da integração, ao criticar a teoria consensual na t. funcionalista =
solução do conflito, rotula o criminoso quando assevera que o t. integração
delito é fruto do sistema capitalista e considera o fator
econômico como justificativa para o ato criminoso, de modo
que, para frear a criminalidade, devem-se separar as classes
Sociais.
D. A Escola de Chicago, ao atentar para a mutação social das
grandes cidades na análise empírica do delito, interessa-se em
conhecer os mecanismos de aprendizagem e transmissão das
culturas consideradas desviadas, por reconhecê-las como
fatores de criminalidade.

E. A teoria estrutural-funcionalista da sociologia criminal sustenta


teoria
que o delito é produto da desorganização da cidade grande,
estrutural-
que debilita o controle social e deteriora as relações humanas,
funcionalista
propagando-se, consequentemente, o vício e a corrupção, que
= t. anomia
são considerados anormais e nocivos à coletividade.
Teoria da Anomia, 1938;
Escola Estrutural Funcionalista:
• Émile Durkheim e Robert Merton;
• Anomia, Durkheim : falta de ordem, coesão;
• Mudanças no mundo moderno; falta de objetivos e de identidade;
• Conflitos individuais: sensação de deriva, sensação de estar
perdido;
• Crime: fato social normal, assim como trabalhar, estudar,...;
• O crime não tem relação com classes sociais;
• Merton, Anomia: a sociedade dita fins culturais, metas,
padrões de vida e de posses.
8. (DELEGADO/PE/CESPE/2016) A criminologia reconhece que não basta
reprimir o crime, deve-se atuar de forma imperiosa na prevenção dos fatores
criminais. Considerando essa informação, assinale a opção correta acerca de
prevenção de infração penal.

A. Para a moderna criminologia, a alteração do cenário do crime


não previne o delito: a falta das estruturas físicas sociais não
obstaculiza a execução do plano criminal do delinquente.

B. A prevenção terciária do crime implica na implementação


efetiva de medidas que evitam o delito, com a instalação, por
exemplo, de programas de policiamento ostensivo em locais de
maior concentração de criminalidade.
C. No estado democrático de direito, a prevenção secundária do
delito atua diretamente na sociedade, de maneira difusa, a fim
de implementar a qualidade dos direitos sociais, que são
considerados pela criminologia fatores de desenvolvimento
sadio da sociedade que mitiga a criminalidade.

D. Trabalho, saúde, lazer, educação, saneamento básico e


iluminação pública, quando oferecidos à sociedade de maneira
satisfatória, são considerados forma de prevenção primária do
delito, capaz de abrandar os fenômenos criminais.

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E. A doutrina da criminologia moderna reconhece a eficiência da
prevenção primária do delito, uma vez que ela atua diretamente
na pessoa do recluso, buscando evitar a reincidência penal e
promover meios de ressocialização do apenado.

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Criminologia, finalidades:
Prevenção do delito:
1. Prevenção primária: atendimento de
necessidades essenciais; cidadão comum;
2. Prevenção secundária: instâncias de repressão
do Estado; indivíduo criminoso ou prestes a
delinquir;
3. Prevenção terciária: ressocialização e
recuperação do criminoso (preso).
Criminologia, finalidades:
Controle social do delito;

• Controle informal: comunidade, família, escola,


local de trabalho, igreja, clube; preventivo.

• Controle formal: instâncias repressivas oficiais;


Polícias, Justiça, MP, Administração Penitenciária;
repressivo.
9. (DELEGADO/PE/CESPE/2016) No que se refere aos métodos de combate à
criminalidade, a criminologia analisa os controles formais e informais do
fenômeno delitivo e busca descrever e apresentar os meios necessários e
eficientes contra o mal causado pelo crime. A esse respeito, assinale a opção
correta.

A. A criminologia distingue os paradigmas de respostas conforme


a finalidade pretendida, apresentando, entre os modelos de
reação ao delito, o modelo dissuasório, o ressocializador e o
integrador como formas de enfrentamento à criminalidade.
Em determinado nível, admitem-se como conciliáveis esses
modelos de enfrentamento ao crime.
B. Como modelo de enfrentamento do crime, a justiça restaurativa
é altamente repudiada pela criminologia por ser método
benevolente ao infrator, sem cunho ressocializador e
pedagógico.

C. O modelo dissuasório de reação ao delito, no qual o infrator


é objeto central da análise científica, busca mecanismos e
instrumentos necessários à rápida e rigorosa efetivação do
castigo ao criminoso, sendo desnecessário o aparelhamento
estatal para esse fim.

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E. A doutrina admite pacificamente o modelo integrador na
solução de conflitos havidos em razão do crime,
independentemente da gravidade ou natureza, uma vez que o
controle formal das instâncias não se abdica do poder punitivo
estatal.

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10. (DELEGADO/PE/CESPE/2016) Os objetos de investigação da criminologia
incluem o delito, o infrator, a vítima e o controle social. Acerca do delito e do
delinquente, assinale a opção correta.

A. Para a criminologia positivista, infrator é mera vítima inocente


do sistema econômico; culpável é a sociedade capitalista.

B. Para o marxismo, delinquente é o indivíduo pecador que optou


pelo mal, embora pudesse escolher pela observância e pelo
respeito à lei.

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C. Para os correcionalistas, criminoso é um ser inferior, incapaz
de dirigir livremente os seus atos: ele necessita ser
compreendido e direcionado, por meio de medidas educativas.

D. Para a criminologia clássica, criminoso é um ser atávico,


escravo de sua carga hereditária, nascido criminoso e
prisioneiro de sua própria patologia.

E. A criminologia e o direito penal utilizam os mesmos elementos


para conceituar crime: ação típica, ilícita e culpável.

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• Criminologia X Direito Penal;

• Crime, conceitos;

• Direito Penal:
1. Fato típico
2. Antijurídico
3. culpável (e punível).
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• Criminologia:

1. Inequívoco consenso (prejuízo);


2. Incidência massiva;
3. Incidência aflitiva;
4. Persistência espaço temporal.

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11. Sob a ótica da Criminologia, o controle social do
crime ocorre de maneira formal e informal.
12. No que diz respeito às formas de prevenção do
crime, essas são classificadas em três categorias:
primária, secundária e terciária.
13. A justiça criminal e o sistema prisional atuam como
formas de prevenção primárias.
14. A Teoria Clássica, como é conhecida hoje, defendia a
ideia de que o indivíduo se tornava criminoso por
influência da sociedade. Por outro lado, para a
Teoria Positivista, o indivíduo já nascia com a
propensão para a prática de crimes.

15. Para a Teoria Sociológica conhecida como Escola de


Chicago, a configuração e a arquitetura dos
grandes centros urbanos exercem influência
significativa na elevada incidência de crimes
observada hoje nas grandes cidades.
16. As “cifras negras” dificultam o conhecimento por
parte do Estado dos números reais de
ocorrências de crimes de furto, por exemplo.
17. (Investigador/SP/13) Entende-se por Etiologia
Criminal a ciência que estuda e investiga:
a. A criminalística, isto é, o processo de
desenvolvimento do crime.
b. A transmissão congênita de fatores psicológicos,
propensos ao desenvolvimento da criminalidade.

c. A criminogêse, que objetiva explicar quais as


causas do crime.
d. o fenômeno do delito e as suas forma de
prevenção secundária.

e. A transmissão genética dos fatores biológicos,


propensos ao desenvolvimento do crime.
18. (Investigador/SP/13) São teorias do conflito as teorias:
a. Das áreas criminais, da identificação diferencial e da
criminologia crítica.
b. Da desorganização social, da neutralização e das área
criminais.
c. Do conflito cultural, do etiquetamento e da associação
diferencial.
d. Da associação diferencial, da subcultura e do
estrutural-funcionalismo.
e. Da criminologia crítica ou radical e da rotulação.
19. (Escrivão/SP/13) São conhecidas por crimes que não são
registrados em órgãos oficiais encarregados de sua repressão, em
decorrência de omissão das vítimas, por temor de represália.
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.

(A) estatísticas azuis


(B) estatísticas brancas
(C) cifras douradas
(D) cifras negras
(E) cifras cinza
20. (Perito/SP/13) Assinale a alternativa correta a respeito da
Criminologia:

a.Constitui seu objeto a análise apenas do delito e do


delinquente, ficando o estudo da vítima sob a alçada da
psicologia social.
b. São características fundamentais de seu método o
dogmatismo e a intervencionalidade.
c. É uma técnica de investigação policial, que faz parte das
Ciências Jurídicas.
d. São suas finalidades a explicação e a prevenção do crime bem
como a intervenção na pessoa do infrator e avaliação dos
diferentes modelos de resposta ao crime.

e. É uma ciência dogmática e normativista, que se ocupa do


estudo do crime e da pena oriunda do comportamento delitivo.

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