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A∴R∴L∴S∴Universitária Álcio Antunes nº.

3778
Federada ao G∴O∴B∴e Filiada ao G∴O∴B∴-SC
RITO MODERNO

Trabalho do grau de aprendiz

LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE

Autor Ir∴Jean Cesar de Souza

Nós temos por testemunho as seguintes


verdades: todos os homens são iguais: foram
aquinhoados pelo seu Criador com certos direitos
inalienáveis e entre esses direitos se encontram o da
vida, da liberdade e da busca da felicidade.

(trecho da Declaração de Independência dos Estados


Unidos, de 1776)

O lema atual da maçonaria, Liberdade, Igualdade, Fraternidade é de herança


iluminista, que pregava sobre tudo a idéia de liberdade interna do indivíduo, ou seja, ter
coragem de pensar por si e tomar suas próprias decisões.

No entanto, a expressão foi cunhada pelos revolucionários franceses. Ainda em


formulação, em 1789, o lema era liberdade, igualdade ou a morte. Na segunda república,
1848, é que se estabeleceu a tríade liberdade, igualdade e fraternidade como lema oficial do
país e posteriormente adotado pela comunidade maçônica.

Então em 1789 os franceses inconformados com o excesso de poder conferido ao


estado e na iminência da fundação de um governo absolutista, consideravam que ser livres e
iguais era fundamental para a sociedade, e para conquistar tais objetivos estavam dispostos a
abrir mão da própria vida. A revolução foi estabelecida e com ela o absolutismo teve seu fim,
bem como o estado democrático seu nascimento.
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As revoluções americana e francesa deram o pontapé inicial para a conquista da


liberdade, principal bandeira política do século XIIX, cujo foco passou a ser a abolição da
escravatura. No Brasil diversos maçons atuaram neste movimento, entre eles destaca-se Rui
Barbosa, não só entre os maçons, mas entre todos os ativistas. Em um de seus artigos
escreveu, “Só o bem neste mundo é durável, e o bem, politicamente, é todo justiça e
liberdade, formas soberanas da autoridade e do direito, da inteligência e do progresso”.

A liberdade física do homem foi restabelecida a partir do pensamento de que todos os homens
nascem livres e iguais, mas vale lembrar que isso só foi possível através do apoio de grandes
nações que trabalhavam pelos seus interesses comerciais com outros paises, e para que o
estado liberal funcionasse corretamente era necessária a presença do trabalhador assalariado
em todos os povos e nações.

No século seguinte as reivindicações, em prol da democracia, não partiam mais da


burguesia, mas sim do proletariado que se organizara através da criação dos sindicatos e agora
exigia igualdade. Está, por sua vez, deveria ser obtida através de leis e garantias jurídicas.
Algumas exigências diziam respeito à abertura política como - o reconhecimento dos
sindicatos, criação de novos partidos e o direito ao sufrágio universal – bem como o direito de
liberdade de imprensa, e educação de qualidade, gratuita e laica.

A fraternidade vem para complementar o ideal, pois uma sociedade com homens livres
e iguais não pode se sustentar se não houver amizade. Na maçonaria este preceito fica bem
claro desde a iniciação de um profano que após receber a luz passa a ser considerado irmão
por toda a nação maçônica. Para se adiquirir o espírito fraterno é necessário ter respeito,
benevolência, modéstia, afeto, cordialidade e qualquer outra característica que possa remeter
ao amor que deve prevalecer no seio familiar.

Historicamente não existiu governo algum em que todos os homens foram livres e
tiveram em igualdade de condições, mas o estabelecimento do estado democrático estreitou as
desigualdades sociais e podemos medir se um estado e mais democrático que outro se existir
maior igualdade e maior liberdade entre seus cidadãos e a fraternidade como já dito é peça
fundamental para a sustentação desta tríade.
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Referências:

BOBBIO, Norberto, 1909 – Igualdade e liberdade / Norberto Bobbio; tradução de Carlos


Nelson Coutinho. – 5. ed. – Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.

ARANHA, Maria Lucia de Arruda, Filosofando: introdução à filosofia, 2. ed. Ver. Atual
– São Paulo: moderna, 1993.

WEFFORT, Francisco C. Os clássicos da política 1, 13 ed. São Paulo: Atica, 2005

KANT, Immanuel (1784). Beantwortung der frage

MACPHERSON, C. Brough.. A democracia liberal: Origens e evolução. Rio de Janeiro:


Zahar, 1978.

DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. São Paulo: Saraiva,
1989.

MARQUES, A. H. de Oliveira – 1999, Liberdade e maçonaria, discurso proferido pelo


Dr. Marques na sessão comemorativa do 10º aniversário da R.·. L.·. Fênix.

http://www.dcomercio.com.br/especiais/maconaria/

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