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Reação e Resistência ao

Fogo.
Testes Laboratoriais

Ida Agner de Faria


idamilleo@cabalconstrutora.com.br

• INTRODUÇÃO
• FONTES DE REGULAMENTAÇÃO
• TESTES LABORATORIAIS
• ESTADO DA ARTE NO BRASIL

INCÊNDIO
Fogo que foge ao controle do homem (NBR 13860)

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DINÂMICA DOS INCÊNDIOS
Flashover
Temperatura

Ignição Crescimento Queima generalizada Decaimento/arrefecimento

T em po
Desenvolvimento de incêndio em compartimento (Structural Design for Fire Safety – 2006)

DESENVOLVIMENTO X CONTROLE DO INCÊNDIO


Ignição Crescimento Queima Decaimento
generalizada
Ventilação Queima
Comportamento Queima do Queima controlada de controlada controlada de
do fogo combustível combustível na queima combustível
Comportamento Prevenção da -
humano ignição Extinção e fuga Morte

Detecção de Detecção de fumaça e


Detecção fumaça de temperatura Fumaça externa e chamas

Extinção por
Prevenção da sprinklers ou pela Extinção pela brigada ou Corpo
Controle ativo ignição brigada; controle da de Bombeiros
fumaça
- Seleção de materiais Provisão de resistência ao fogo
Controle passivo resistentes e a colapsos

Fonte: Structural Design for Fire Safety – 2006


EL

CO
TÍV

MB
US

UR
MB

EN
CO

TE

CALOR

2
O QUE DEVO APRENDER NESSE MÓDULO?

DEFINIR A CLASSE DOS


SABER A DIFERENÇA ENTRE
MATERIAIS DE ACABAMENTO
RESISTÊNCIA E REAÇÃO AO
NOS PROJETOS APLICANDO
FOGO
O CBMPR

SABER QUE ENSAIO


APRESENTA A QUE ENSAIOS CLASSIFICAM
CLASSIFICAÇÃO DOS O MATERIAL DE
ELEMENTOS ESTRUTURAIS ACABAMENTO QUANTO A
QUANTO A RESISTÊNCIA AO REAÇÃO AO FOGO
FOGO

• INTRODUÇÃO
• FONTES DE REGULAMENTAÇÃO
• TESTES LABORATORIAIS
• ESTADO DA ARTE NO BRASIL

FONTES DE REGULAMENTAÇÃO

LEIS ESTADUAIS E NORMAS E


MUNICIPAIS PROCEDIMENTOS
EX: LEI ESTADUAL N° 16.567 - Institui
TÉCNICOS CORPO DE
normas gerais para a execução de BOMBEIROS
atividades concernentes à prevenção e
combate a incêndio

REQUISITOS
DE SCI

CÓDIGO DE NORMAS
EDIFICAÇÕES

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FONTES DE REGULAMENTAÇÃO

Objetivo: promover a qualidade e Objetivo: suprir lacunas da


produtividade do setor da normalização técnica prescritiva,
construção habitacional. para avaliar materiais e sistemas
construtivos inovadores.
(Deficit habitacional)

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ELABORAÇÃO DE ELABORAÇÃO ELABORAÇÃO E
SUBMISSÃO DO = HOMOLOGAÇÃO
DIRETRIZ SiNAT DO RTA
DATec SiNAT

1° PASSO – CASO NÃO HAJA UMA DIRETRIZ SiNAT QUE APRESENTE O ESCOPO DE AVALIAÇÕES PARA O SEU
ELABORAÇÃO DE SISTEMA CONSTRUTIVO, É NECESSÁRIO A ELABORAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO DESTE DOCUMENTO JUNTO AO
DIRETRIZ SiNAT SiNAT. ESTE DOCUMENTO É ELABORADO POR UMA INSTITUIÇÃO TÉCNICA AVALIADORA (ITA) E SUBMETIDO À
APROVAÇÃO DO COMITÊ TÉCNICO E POSTERIOR HOMOLOGAÇÃO DO COMITÊ NACIONAL DO SiNAT.

2° PASSO – APÓS HOMOLOGAÇÃO DA DIRETRIZ COM O ESCOPO DE AVALIAÇÕES DEFINIDO, É ELABORADO O


ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO TÉCNICA (RTA) QUE É COMPOSTO POR ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO DE
MATERIAIS, ENSAIOS DE DESEMPENHO DO SISTEMA COM BASE NA NORMA ABNT NBR 15575 E RELATÓRIO DE
RTA AUDITORIA EM FÁBRICA E OBRA.

3° PASSO – COM BASE NO RTA, É ELABORADA E SUBMETIDA À AVALIAÇÃO DO COMITÊ TÉCNICO SiNAT, UMA
ELABORAÇÃO E MINUTA DE DATec DESCREVENDO O SISTEMA CONSTRUTIVO COM TODAS AS INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS
SUBMISSÃO DO REFERENTE AOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO, TRANSPORTE E MONTAGEM, BEM COMO LIMITAÇÃO DE USO E
DATec DEMAIS INFORMAÇÕES IMPORTANTES PARA GARANTIA DA QUALIDADE DO SISTEMA CONSTRUTIVO. APÓS
APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTO, O COMITÊ NACIONAL DO SiNAT FARÁ O JULGAMENTO E POSTERIOR
HOMOLOGAÇÃO DO SISTEMA.

ABNT NBR 15575 – EDIFICAÇÕES HABITACIONAIS - DESEMPENHO

DESEMPENHO ESTRUTURAL

DURABILIDADE E MANUTENIBILIDADE

ESTANQUEIDADE À ÁGUA E AO AR

DESEMPENHO TÉRMICO

DESEMPENHO ACÚSTICO

RESISTÊNCIA E REAÇÃO AO FOGO

Dimensões de um Projeto de SCI

,ARMAZENAGEM
DE INFLAMÁVEIS

COMPARTIMENTAÇÃO SINALIZAÇÃO E
ILUMINAÇÃO

PROJETO DE
ALARME E SEGURANÇA RESISTÊNCIA
ABANDONO CONTRA AO FOGO
INCÊNDIO (PSCI)

COMBATE REAÇÃO
AO FOGO

CONCEPÇÃO
ARQUITETÔNICA

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• INTRODUÇÃO
• FONTES DE REGULAMENTAÇÃO
• TESTES LABORATORIAIS
• ESTADO DA ARTE NO BRASIL

RESISTÊNCIA AO
FOGO

O QUE É
RESISTÊNCIA
AO FOGO ?

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RESISTÊNCIA AO FOGO
Define o tempo durante o qual um elemento de construção (porta, viga,
coluna, etc) mantém a sua função e/ou a estabilidade mecânica, a
integridade e isolamento térmico.

Este ensaio é realizado em forno de grande porte, capaz de trabalhar


com grandes temperaturas. Neste ensaio é permitido verificar:

θ
inc.1 – alta ventilação e alta 345 log (8 t +1) + 20°C
carga de incêndio
temperatura máxima do curva
incêndio (fictícia para efeito padronizada de
de projeto) incêndio

θ1,máx inc.3 – valores


intermediários

θ2,máx

inc.2 – baixa
θ3,máx ventilação e baixa
carga de incêndio

t1,máx t2,máx t3,máx t


TRRF (tempo fictício)

Tabelas Método do tempo equivalente

RESISTÊNCIA AO FOGO
TRF e TRRF tem o mesmo significado e
valor?

Denomina-se TRF (Tempo de Resistência TRF TRRF


ao Fogo) é determinado em ensaio no
laboratório.

Denomina-se TRRF (Tempo de Requerido


>
de Resistência ao Fogo) é estabelecido em
projeto.

No ensaio de resistencia ao fogo, busca-


se verificar se o elemento ensaiado atende
o Tempo Requerido de Resistência ao
Fogo (TRRF) especificado em projeto.

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Exigências Aplicadas aos Substratos
Os ensaios para classificação dos materiais devem considerar a
maneira como são aplicados na edificação, o relatório conclusivo deve
reproduzir os resultados obtidos.
Caso o material seja aplicado
sobre substrato combustível, este
deve ser incluído no ensaio. Caso
o material seja aplicado a um
substrato incombustível, o ensaio
pode ser realizado utilizando-se
substrato de placas de fibro-
cimento com 6 mm de espessura.

Fornos de Resistência ao Fogo


Horizontal / Vertical / Combinado com Temperaturas até 1400 ºC

Forno Horizontal

Fornos de Resistência ao Fogo

Forno Vertical

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Fornos de Resistência ao Fogo

Forno Combinado

Forno Combinado
Dimensões internas: 4 x 3 x 3 m
Potência de 12 MW - o gás propano ou gás natural
Projetado para EN 1363-1 + HCM/RWS programas - compatível com
programas ... UL/FM/ASME
Projetado para testar :
Elementos verticais não-carregados : 4 x 3 m:
- Portas
- Divisórias
- Vidros
- Selos de penetração dentro de parede/compartimentação
- Dampers dentro de parede/compartimentação
Paredes verticais carregadas : 3 x 3 m + (2 x 300 kN)

Elementos horizontais carregados: 4 x 3 m + 1 x 300 kN


- Materiais de proteção de estruturas de
aço/concreto/compósitos/madeira
- Tetos falsos
- Pisos de vidro
- Selos de penetração através de um piso
- Amortecedores através de um piso
- Decks de marinha, estruturas ferroviária, etc ...

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RESISTÊNCIA AO FOGO: TESTES E NORMAS

Testes Normas

Resistência ao Fogo
– Portas corta-fogo, montagens do
EN 1363, …
obturador e elementos de vidro.
– Suporte de Carga EN 1365, EN 1364, EN 14600
– Instalações de Serviços EN 1366, EN 12101
Elementos Envidraçados

Contribuição para a resistência ao fogo de ENV 13381 & EN 14135


elementos estruturais

Testes Marítimos Res A. 754, …

Ensaios em protocolos específicos etc. ASTM, NFPA, UL…

Classificação usando dados de resistência ao fogo, EN 13501-2, …


Elementos de Carga excluindo instalações de ventilação.

Ensaios de Resistência ao Fogo

4m de Elementos envidraçados Piso e Teto

3x3m
Carga em
Parede até 20
ton.

Ventilação e Extração de
Fumaça

Selagem Corta-Fogo

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Portas Corta-Fogo

Proteção de Estruturas de Aço

Exaustores de Fumaça e
Calor

Ventilação Natural de
Fumaça

Estruturas Externas
Dispositivos de Fecho Rápido

Estruturas de Túnel

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Trens Teste de Combustibilidade

UL 10b (Portas Corta-Fogo)


NFPA 415

NBR 6479 (Portas Corta-Fogo)

DIN 4102 - 12

Continuidade de Serviços

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REAÇÃO AO FOGO

EU SEI O QUE É
REAÇÃO AO
FOGO !!

REAÇÃO AO FOGO
Reação ao fogo é a capacidade de um determinado material de sofrer e
sustentar a ignição ao fogo. Nestes ensaios são avaliadas a quantidade
de calor e fumaça produzidos e, quando há gotejamento, verificar as
características do gotejamento.

São submetidos a esses ensaios os revestimento internos e externos das


edificações de qualquer ocupação, incluindo coberturas, forros, pisos
elevados, bem como os materiais usados no isolamento termo-acústico
de dutos e áreas técnicas.

Os propósitos destes ensaios, é classificar os materiais de acordo com a


leitura de seu comportamento frente ao fogo, permitindo a avaliação
das condições favoráveis ao crescimento do incêndio no interior ou no
exterior das edificações, ou ainda, se o mesmo permite minimizar os
caminhos para a propagação do incêndio.

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REAÇÃO AO FOGO
A sua função é a de determinar a resposta dos materiais e produtos
utilizados na construção civil, naval, indústrias, etc, em relação ao fogo.
Testes Normas
• Teste de Radiação UNE 23721
• Teste de Propagação das Chamas UNE 23724
• Gotejamento UNE 23725
• Teste de Não Combustibilidade EN ISO 1182
Combustibilidade • Teste de Inflamabilidade
EN ISO 11925-2
• Teste Simples de Combustão(S.B.I.) EN 13823
• Teste de Exposição ao Fogo para Telhados ENV 1187
• Teste do Painel Radiante para Pisos
EN ISO 9239-1
• Testes Marítimos Res. A.653, A.687, …
• Testes de Protocolos Específicos, etc. --
Objeto em Combustão • Classificação de Reação ao Fogo, cfe. EN 13501-1
dados

Não Combustibilidade

Pequeno Queimador

Calorímetro de Bomba

Objeto Isolado em Combustão (SBI)

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Gotejamento Radiação Propagação de Chamas

Combustibilidade

Painel Radiante (piso)

LABORATÓRIO DE ENSAIOS DE FOGO: OUTROS SERVIÇOS

Testes de Sistemas de Supressão de Incêndios.


Outros testes.
Engenharia de Segurança Contra Incêndio.
Pesquisa de Incêndio.
Outros serviços: certificações, inspeções,
consultoria e treinamento.

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Testes de Sistemas de Supressão de Incêndios
Determina a adesão de sistemas e equipamentos de extinção em
relação ao padrão aplicável em cada caso. Na maioria dos casos, os
regulamentos exigem a aquisição de marcas de conformidade com a
norma.

Equipamentos Testados
• Extintores de Incêndio
• Portáteis e Carretas 1 .-
M ANTENED
OR
2 .-
DISTRIBUID

• Mangueiras
OR
3 .-
FABRICANT
E
n o p a to para

M ANT
ENED
M ANTENEDOR DISTRIBUIDOR

OR
DIST

• Mangueiras semi-rígidas.
RIBUI
DOR
FABRI
CANT
E
M MM
M MM
M
XXXX
X

EEEE
EEEE
EE

Mangueiras Planas
• As
M IN
IST
ERI
O
A
DE

• Mangueiras X
X

• Flexíveis

• Semi-rígidas para sistemas fixos


• Hidrantes
• Coluna de Hidrante
• Subterrâneos
• Acoplamento de Mangueiras.

Outros testes

Teste de Combustibilidade

Teste de Avaliação de Fumaça Cone Calorimétrico

Teste de Queima Completa em Estacionamento Aberto Teste de Queima Completa

Testes de Túneis

Temperatura (ºC) HRR (kW)


700 35.000

600 30.000

500 25.000

400 20.000

300 15.000

200 10.000

100 5.000

(h:min)
0 0
0:00 0:05 0:10 0:15 0:20 0:25 0:30 0:35 0:40 0:45 0:50

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Engenharia de Segurança de Incêndio para construções, túneis,
indústrias, embarcações maritimas…
Modelagem cenário real de incêndio / explosão
Modelagem de dispersão de poluentes atmosféricos
Estudo de Fumaça
Comportamento Estrutural de Incêndio
Comportamento ao fogo de materiais de construção
Propagação do fogo em edifícios protegidos
Modelagem do Início do Fogo
Revisão por pares de estudo ambiental (análise crítica)
Avaliação de Risco de Incêndio
• Modelagem de Extinção do Fogo (CFD)

Pesquisa de Incêndio: FSE + testes de fogo


Virgile Proyect: Forno Virtual

Virtual
Furnace

Pressure control
Chimney
Duct

Chimney

Burners

Apresenta condições de T e P semelhantes aos fornos de ensaio


reais.
É aplicável a todos os tipos de materiais e elementos estruturais.
Fornece Previsão do desempenho térmico e mecânico.
O software não substitui, mas complementa os testes laboratoriais.

Outros serviços:

CERTIFICAÇÃO
Auditorias, inspeções, testes, coordenação e execução
de todas as atividades necessárias para obter a marca
CE (produtos de construção) e marca WHEEL
(equipamentos marinhos).
INSPEÇÃO
Inspeções de controle de produção (por marcação CE)
Inspecções técnicas para controlar a conformidade dos
sistemas / produtos.

CONSULTORIA E TREINAMENTO
Investigações de incêndio, Perícia, assistência técnica,
formação na área de engenharia de incêndio, estudos de
mercado, aprovações nacionais no regulamento
específico, etc.

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TUDO ISSO É MESMO
IMPORTANTE??

Evolução da Seção Útil


A madeira mesmo a altas temperaturas conserva durante algum tempo
uma secção residual que se mantém fria, mesmo a pequena distância
da zona em combustão, e que conserva as propriedades físicas
inalteradas.

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Ensaios Laboratoriais de Transferência de Calor na Madeira

Procedimento e Forno

Resultados (Laboratório x MEF)

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• INTRODUÇÃO
• FONTES DE REGULAMENTAÇÃO
• TESTES LABORATORIAIS
• ESTADO DA ARTE NO BRASIL

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Email recebido:
Neste caso especifico, existe um projeto de prevenção de 2004, já com esta
atividade, o clube é tradicional na cidade e tem 17 anos. Sofreu uma ampliação na
parte administrativa em 2008, mas não no salão de público. O novo proprietário a
adquiriu há quatro anos. Realmente precisa de reformas e as saídas de
emergências são insuficientes para a área de público calculada pela Norma. Na
realidade, a interdição se deve à tragédia em Santa Maria....

Quanto à CMAR, a dificuldade está no forro; piso e paredes se são incombustíveis.


Como saber se é incombustível ou tem certa resistência ao fogo? Já é antigo.
Colocar no projeto Classe I ou II-A, que é o permitido para forros em F-6 é fácil,
mas e depois. O Corpo de Bombeiros pode testar uma placa? É preciso laudo? De
quem? Essa é a minha preocupação, na hora de executar o PSCIP.

LABORATÓRIOS NA
ESPANHA

LABORATÓRIOS NO
BRASIL

LAB. DE RESISTÊNCIA E REAÇÃO AO FOGO

LAB. DE REAÇÃO AO FOGO

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Laboratório de Fogo

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idamilleo@cabalconstrutora.com.br

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