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VOLUME 97 NÚMERO 2 MAIO/ AGOSTO 2016

REVISTA BRASILEIRA DE FARMÁCIA

Brazilian Journal of Pharmacy

PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS


WWW.RBFARMA.COM.BR ISSN (online) 2176-0667
VOLUME 97 NÚMERO 2 MAIO / AGOSTO 2016

Resumos do 8o Congresso Riopharma 2015


Novos Horizontes

Dra. Elizabeth Valverde


Presidente Associação Brasileira de Farmacêuticos

A
Revista Brasileira de Farmácia foi inaugurada em 1920, e desde então, esta é a
primeira vez que celebramos a parceria entre a ABF e o Conselho Regional de
Farmácia com a publicação deste número que reúne os resumos dos trabalhos
científicos apresentados no VIII RIOPHARMA em 2015.

Apresentaremos um total de 400 resumos ao longo deste ano que contemplará todas os
segmentos da profissão farmacêutica contemplada no evento. Cabe ressaltar que as normas de
publicação foram adequadas para atendimento ao Congresso, que estabeleceu uma Comissão
Científica com duplas de avaliadores por cada proposta enviada, e considerou aspectos
importantes, como a originalidade, ineditismo, qualidade e clareza.

Esperamos que este seja o primeiro de muitos registros acadêmicos. Boa Leitura!
Quantidade com qualidade

Marcus Athila
Presidente do CRF-RJ

O
elevado número e a alta qualidade dos trabalhos científicos inscritos no XVIII
Congresso da Federación Farmacéutica Sudamericana (Fefas) e 8º Congresso
RIOPHARMA são o reflexo de um evento que valorizou, acima de tudo, o
profissional farmacêutico. Com cerca de mil congressistas, o congresso trouxe ao Rio de
Janeiro palestrantes nacionais e internacionais que, durante três dias, debateram os rumos da
profissão.
O eixo central foi a atuação clínica do farmacêutico, mas os temas mais variados foram
abordados com profundidade no encontro, desde as análises clínicas, passando pela
nanotecnologia, fitoterápicos, e muito mais. E esta diversidade também teve reflexos nos
inúmeros trabalhos apresentados.
Deu gosto ver os corredores cheios de pesquisadores, universitários e profissionais,
debatendo aspectos técnicos da profissão, os novos rumos da farmácia e tudo o que pode ser
feito para o avanço da Farmácia e da saúde no nosso país.
Estes momentos não seriam possíveis, claro, sem o apoio da Associação Brasileira de
Farmacêuticos (ABF), do Conselho Federal de Farmácia (CFF), da Federación Farmacéutica
Sudamericana (Fefas) e do Foro Farmacéutico de Las Américas (FFA), que, ao lado do
Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (CRF-RJ) ajudaram a construir e tornar
este congresso um sucesso.
Espero que os trabalhos aqui apresentados sirvam como um impulso para novas pesquisas e
debates sobre o futuro da Farmácia, levando nossa profissão a evoluir cada vez mais,
reforçando o seu papel na sociedade.
As três pedras

Carlos Santarem
Presidente do 8º Congresso RIOPHARMA

O
conteúdo desta revista científica anuncia, além do seu aspecto científico, um
momento marcante na história do Congresso RIOPHARMA. Um momento de novo
balizamento para as próximas edições, o qual foi construído pela organização do
congresso e que agora se afirma de maneira definitiva. Pela primeira vez na história de nosso
congresso, reconhecido de grande expressão pelo meio farmacêutico, os resumos dos trabalhos
aprovados passam a ser divulgados por uma revista científica. Coube à Comissão Organizadora
somente a idealização deste marco; a construção dele deu-se, de fato, através de um
entendimento claro de sua importância pelos profissionais de todo o país. Cada pedra da
construção deste marco foi colocada na forma de trabalhos científicos vindos de diferentes
recantos do Brasil.
Evidencia-se também, com a publicação desta revista, que o 8º Congresso RIOPHARMA
resgata o caráter de melhoria contínua a cada edição, oferecendo ao meio científico uma nova
joia, cujos artesãos a souberam lapidar oferecendo as pedras preciosas as quais compõem esta
revista.
As pedras do marco histórico já estão bem posicionadas. Outras pedras, estas preciosas, se
apresentam no formato de verdadeiras gemas, no conteúdo dos trabalhos científicos. Elas estão
devidamente dispostas para que as possamos admirar e usufruir.
Agora, estejamos preparados para oferecer uma nona edição com a mesma grandeza do oitavo.
Teremos aí de enfrentar outras pedras; as pedras do caminho de uma nova realização.
Sabemos ser difícil a construção; mas se fosse fácil, não seria o Congresso RIOPHARMA. Se
fosse fácil, não seria para farmacêuticos.
Novo campo para as pesquisas

Robson Roney Bernardo


Presidente da Comissão Científica do 8º Riopharma

O
XVIII Congresso da Federación Farmacéutica Sudamericana (Fefas) e 8º
Congresso RIOPHARMA contou com cerca de 400 trabalhos aprovados e com
uma discussão de alto nível sobre a prescrição farmacêutica e suas derivações.
Numa sociedade onde a automedicação atinge níveis alarmantes, onde doenças como diabetes
e hipertensão explodem e o sedentarismo é um problema, a dispensação de medicamentos
tem um papel fundamental.
Neste congresso, pudemos observar um amplo debate sobre a atuação do farmacêutico neste
contexto, seja na atenção farmacêutica, na farmacologia ou na prescrição. Diversos trabalhos
apresentaram a inserção deste profissional e a sua importância nas equipes de saúde,
ressaltando a importância da dispensação e da segurança farmacêutica. Áreas que, com a
atenção farmacêutica, deverão ampliar o foco das pesquisas farmacêuticas, buscando integrar
os vários campos da nossa profissão e destacando o farmacêutico dentro de um outro
contexto, como um profissional cada vez mais integrado e essencial à equipe de saúde.
Por sua relevância no cenário internacional e pelos temas abordados, acredito que este
congresso terá uma grande influência sobre pesquisadores, professores e estudantes de
Farmácia, com reflexos que influenciarão desde a grade curricular das universidades até as
práticas futuras do farmacêutico, uma verdadeira transformação.
Volume 97 Número 2 Maio / Agosto 2016

SUMÁRIO
TÍTULO PÁGINA

CLASSIFICAÇÃO XYZ DA PADRONIZAÇÃO 2014 DA FARMÁCIA DO HCPM


Victor Hugo De Holanda Costa Martins 1464

ANÁLISE DE NOTIFICAÇÕES DE REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS DE


UNIDADE DE INTERNAÇÃO CLÍNICA 1465
Bruno Simas Da Rocha

ANÁLISE DO PERFIL DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA RELACIONADO AO USO DE


MEDICAMENTOS EM UM HOSPITAL MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO 1466
Bruna De Souza Carneiro De Almeida

BUSCA ATIVA DE EVENTOS ADVERSOS DE SANGRAMENTO POR VARFARINA QUE


CAUSARAM INTERNAÇÃO: ADAPTAÇÃO DE FERRAMENTA RASTREADORA PARA 1467
PRÁTICA CLÍNICA
Flávia Valéria Dos Santos Almeida

USANDO O MÉTODO DA IDENTIFICAÇÃO DA DIPIRONA COMO EXEMPLO DE


REAÇÃO EXOTÉRMICA PARA ALUNOS DE GRADUAÇÃO 1468
VERANO COSTA DUTRA

SENSIBILIDADE/RESISTÊNCIA DE ISOLADOS CLÍNICOS DE STAPHYLOCOCCUS


AUREUS STAPHYLOCOCCUS COAGULASE-NEGATIVOS PROVENIENTES DE UM 1469
HOSPITAL DO RECIFE-PE
Gérsica Maria Rodrigues Da Silva

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS DE HERPES ZOSTER EM REGIÕES


BRASILEIRAS 1470
Daniele Gonçalves Fabre

ESTUDO DO EFEITO INTERFERENTE DE β-CITRONELOL COM O ANTIFÚNGICO


MICONAZOL SOBRE CEPAS DE CANDIDA ALBICANS 1471
Daniele De Figueredo Silva

REGISTRO DE ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA EM ATENDIMENTO AMBULATORIAL -


ESTUDO DE CASO 1472
Martha Palma Gheller

USO DOS MEDICAMENTOS INDICADORES DE REAÇÃO COMO FERRAMENTA


PRÁTICA NA FARMACOVIGILÂNCIA 1473
Paloma Karoline Da Silva Brasil
DESENVOLVIMENTO DE FORMULÁRIO PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO
ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS 1475
Patrícia Krauze De Almeida

POTENCIAIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS NA UNIDADE DE TERAPIA


INTENSIVA PEDIÁTRICA - UM ESTUDO PILOTO 1476
Gabriela Curbeti Becker

MEDICAMENTOS LÍQUIDOS ORAIS CONTROLADOS PELA PORTARIA N.º 344:


ESTUDO PARA IMPLANTAÇÃO DE DOSES PADRÕES EM UM HOSPITAL 1477
UNIVERSITÁRIO
Gabriela Curbeti Becker

USO DE RASTREADORES NA IDENTIFICAÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS


RELACIONADOS AOS MEDICAMENTOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM 1478
QUEIMADOS DO DISTRITO FEDERAL? BRASÍLIA
Silvana Borges Nascimento

PERFIL DAS PRESCRIÇÕES DO PRONTO SOCORRO DO HOSPITAL REGIONAL DA ASA


NORTE/DF 1479
Káttia Maria Braz Cunha

DOENÇAS NEGLIGENCIADAS EM ALAGOAS: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DOS


CASOS NOTIFICADOS 1480
Thiago José Matos Rocha

ADHERENCE AND/OR DISCONTINUATION TO IMATINIB MESYLATE


ANTINEOPLASTIC IN PATIENTS WITH CHRONIC MYELOID LEUKEMIA 1481
William Gustavo De Lima

IN VIVO SCHISTOSOMICIDAL ACTIVITY OF (Z)-1-(2-CHLORO-6-FLUOROBENZYL)-5-


THIOXO-4-(2,4,6 TRIMETHOXYBENZYLIDENE)IMIDAZOLIDIN-2-ONE 1482
Thiago J. Matos-Rocha

CONTRIBUIÇÃO DA DISCIPLINA DE SEMIOLOGIA FARMACÊUTICA PARA OS


ACADÊMICOS DE FARMÁCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA. 1483
Raiany Thaimeny Nery

EVALUATE THE ACTIVITY ANTIFUNGAL AND ANTIBACTERIAL IN VITRO THE


EMULSIONS CONTAINING ESSENTIAL OIL SCHINUS TEREBINTHIFOLIUS RADDI 1484
Pablo Queiroz Lopes

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL BIOLÓGICO DO EXTRATO DA FOLHA DO NONI


(MORINDA CITRIFOLIA L.) PARA PADRONIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE 1485
FITOTERÁPICO
Suzana Bezerra

ANÁLISE DO PERFIL CLÍNICO-LABORATORIAL DE PACIENTES PEDIÁTRICOS


ATENDIDOS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM DOENÇAS INFECCIOSAS NO CEARÁ 1487
Luan Costa Ferreira
ERROS DE MEDICAÇÃO EM UMA REDE DE HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS FEDERAIS
Bruna Mafra Guedes 1488

SISTEMA DE DEVOLUÇÃO DE MEDICAMENTOS


Dayana Azevedo Silva De Souza 1489

FERRAMENTAS PARA ATUAÇÃO CLÍNICA DO FARMACÊUTICO


Raquel Cristina Delfini Rizzi Grecchi 1491

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS DE HERPES ZOSTER EM REGIÕES


BRASILEIRAS 1493
Daniele Gonçalves Fabre

ANÁLISE QUANTITATIVA E QUALITATIVA DO REJEITO MEDICAMENTOSO


DESTINADO AO DESCARTE SUSTENTÁVEL ADEQUADO 1494
Iohana Dornelles Machado

SUSPEITAS DE REAÇÕES ADVERSAS ENVOLVENDO ASPARAGINASE EM CRIANÇAS


BRASILEIRAS 1495
Amanda Cabral Dos Santos

CELLULAR OXIDATIVE STRESS IN PATIENTS WITH HEAD AND NECK CANCER IN


TREATMENT WITH CISPLATIN AND RADIOTHERAPY 1497
Júlia Coelho França Quintanilha

IMPACT OF DIFFERENT CISPLATIN DOSES ON TOXICITIES AND CLINICAL RESPONSE


IN HEAD AND NECK CANCER PATIENTS 1498
Marília Berlofa Visacri

A RELAÇÃO ENTRE POLIFARMÁCIA E DIABETES ENTRE OS PARTICIPANTES DO


ESTUDO LONGITUDINAL DE SAÚDE DO ADULTO (ELSA? BRASIL) 1500
Raiany Thaimeny Nery

PHARMACEUTICAL CARE AT HOME AS A TEACHING TOOL IN THE DIDACTIC


TRAINING OF THE PHARMACIST-PATIENT RELATIONSHIP IN UNDERGRADUATES 1502
William Gustavo De Lima

INTERAÇÃO MEDICAMENTO-ALIMENTO: A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO


CORRETA 1503
Raiany Thaimeny Nery

PERFIL DE REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS NOTIFICADAS NA UNIDADE DE


TRANSPLANTE RENAL DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO 1504
Rosa Maria Almeida Gurgel De Azevedo

ESTRUTURAÇÃO DA ATIVIDADE JÚRI SIMULADO NA DISCIPLINA DE DEONTOLOGIA


E LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA 1505
Maria Olívia Barboza Zanetti
ESTRATÉGIAS PARA O USO OTIMIZADO DE ANTIMICROBIANOS: DA ANÁLISE DE
EFETIVAÇÃO AO IMPACTO FARMACOECONÔMICO 1506
Elana Figueiredo Chaves

TERAPIA ANTIFÚNGICA DE PACIENTES HOSPITALIZADOS EM FORTALEZA-CE:


MAPEANDO A UTILIZAÇÃO PARA MELHOR RACIONALIZAÇÃO 1508
Helaine Almeida Queiroz

ABORDAGEM FARMACOECONÔMICA SOBRE AS SUGESTÕES DE OTIMIZAÇÃO DA


TERAPIA ANTIMICROBIANA: UMA ANÁLISE DE CUSTO-OPORTUNIDADE 1510
Helaine Almeida Queiroz

UNINTENTIONAL MEDICATION DISCREPANCIES OF PATIENTS HOSPITALIZED IN A


TEACHING HOSPITAL 1512
Lincoln Marques Cavalcante Santos

CÂNCER DE MAMA: A PRÁTICA FARMACÊUTICA NA UTILIZAÇÃO DO


TRASTUZUMABE. 1513
Erica Cristina Dourado Silva

AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE INFORMAÇÃO SOBRE REAÇÕES ADVERSAS A


MEDICAMENTOS E FARMACOVIGILÂNCIA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUE 1514
Deuzilane Muniz Nunes

ERROS EM PRESCRIÇÕES DE MEDICAMENTOS DE UM HOSPITAL REFERÊNCIA


MATERNO INFANTIL NA CIDADE DE PETROLINA-PERNAMBUCO 1516
Amanda Caroline Silva Morais

DOENÇA DE CROHN - TERAPÊUTICA FARMACOLÓGICA TRADICIONAL E USO DE


IMUNOBIOLÓGICOS. 1517
Francinalda Xavier De Sousa

HORTO MEDICINAL DO CURSO DE FARMÁCIA DO UNIRITTER: INSERÇÃO E


DESENVOLVIMENTO DA FITOTERAPIA EM ESCOLAS E COMUNIDADE LOCAL. 1518
Joyce Hofferber Fonseca

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS POR PARKINSONISMO PRIMÁRIO E


SECUNDÁRIO NO BRASIL 1520
Daniele Gonçalves Fabre

REAÇÃO DE HIPERPIGMENTAÇÃO CUTÂNEA ASSOCIADA À POLIMIXINA B:


RELAÇÃO COM NEFROTOXICIDADE 1521
Karen Prado Herzer Mattos

EFEITOS DE CONTRACEPTIVOS HORMONAL ORAL SOBRE OS NÍVEIS DE


BIOMARCADORES DE DANOS OXIDATIVOS EM ATLETAS DE VOLEIBOL 1522
Marcio Antonio De Barros Sena

AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE XAMPUS DE CETOCONAZOL, COMERCIALIZADOS


EM FARMÁCIAS MAGISTRAIS NO MUNICÍPIO DE BELFORD ROXO, RJ 1523
Thaís Dolzany De Oliveira
RECOLHIMENTO DE MEDICAMENTOS NO BRASIL: QUAL O PRINCIPAL MOTIVO?
Flávia Valéria Dos Santos Almeida 1525

ELABORAÇÃO DE FICHA DE ANAMNESE FARMACÊUTICA PARA PACIENTES


AMBULATORIAIS EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO 1526
Paolla Ferreira Baptista

AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE DO ÍNDICE DE ESTILOS DE APRENDIZAGEM (ILS)


EM ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA: UM ESTUDO PILOTO 1528
Elisdete Maria Santos De Jesus

CARACTERIZAÇÃO DO PENSAMENTO CRÍTICO EM ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO


EM FARMÁCIA: UM ESTUDO PILOTO 1529
Elisdete Maria Santos De Jesus

FARMACOVIGILÂNCIA ATIVA E ESTUDO DO NOVO ANTICOAGULANTE ORAL


DABIGATRANA EM HOSPITAL PÚBLICO BRASILEIRO ESPECIALIZADO EM 1530
CARDIOLOGIA
Luise De Barros Martins

ERRO DE PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS ANTIMICROBIANOS EM UMA UNIDADE


DE SAÚDE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. 1531
Giovânia Firmino De Almeida Aguiar

ALTERAÇÃO DA ROTINA DO IDOSO CONTRIBUI PARA NÃO-ADESÃO AO


TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 1532
Guilherme Lacerda Oliveira

EFICACIA DE LOS PRODUCTOS DISPONIBLES EN EL MERCADO LOCAL PARA EL


TRATAMIENTO DE LA PEDICULOSIS. 1533
Leticia Larreguy

SLEEPING PILLS IN BRAZIL: FREQUENCY AND ASSOCIATION WITH ALCOHOL AND


TOBACCO 1535
Katia Kodaira

EVALUATION OF ANTIOXIDANT ACTIVITY IN VITRO OF MEDICINAL PLANTS


EXTRACTS 1536
Kelly Karoline Dos Santos

EVENTOS ADVERSOS NOTIFICADOS AO SISTEMA NACIONAL DE NOTIFICAÇÕES


PARA A VIGILÂNCIA SANITÁRIA (NOTIVISA) POR UM CENTRO DE ESTADUAL DE 1537
FARMACOVIGILÂNCIA DO BRASIL: UMA ANÁLISE DESCRITIVA DE 2014
Elana Figueiredo Chaves

AVALIAÇÃO DE UM CURSO DE ATENDIMENTO FARMACÊUTICO AO IDOSO


Bruno Simas Rocha 1539
AÇÕES ARTICULADAS DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO, DESENVOLVIDAS NO
SERVIÇO, COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA PARA FORMAÇÃO CLÍNICA E 1540
HUMANISTA DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO
Dayde Lane Mendonça Da Silva

PRESCRIPTION ERRORS AND ASSOCIATED FACTORS IN PATIENTS WITH


ONCOLOGIC AND HEMATOLOGIC DISEASES IN A BRAZILIAN TERTIARY HOSPITAL 1541
Rosa Camila Lucchetta

DISEÑO Y EVALUACIÓN DE UN CURSO ONLINE SOBRE SERVICIOS PROFESIONALES


FARMACÉUTICOS 1542
Pedro Armando

AVALIAÇÃO FARMACÊUTICA DE NÃO CONFORMIDADES EM PRESCRIÇÕES


PEDIÁTRICAS 1544
Jéssica Barros Rangel

ANÁLISE DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS NA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL EM


PACIENTES COM HIV EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO 1545
Vinícius Abib Ramos Alves

ANÁLISES DAS AUTORIZAÇÕES DE PROCEDIMENTO DE ALTA COMPLEXIDADE DE


MEDICAMENTOS PARA PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS NO ESTADO DO RIO 1547
DE JANEIRO.
Gabriela Santos Barbosa

RELATO DE EXPERIÊNCIA: CONSTRUÇÃO DE UMA DISCIPLINA PARA PROMOÇÃO


DO DEBATE ACERCA DA FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO DIANTE DOS 1548
NOVOS PARADIGMAS
Samuel Rodrigues Almeida E Sousa

CASOS DE HANSENÍASE NOTIFICADOS NO ESTADO DA PARAÍBA


Sylmara Patrício De Santana Rosa 1549

UTILIZAÇÃO DO PROPARANOL PARA O TRATAMENTO DO HEMANGIOMA


INFANTIL RELATO DE CASO 1550
Giovânia Firmino De Almeida Aguiar

PROSPECÇÃO DE INDICADORES DA SÍNDROME METABÓLICA EM UMA


COMUNIDADE ATENDIDA PELO PROGRAMA PRO/PET-SAUDE. 1551
Sebastiao De Lima Coelho

FARMACOVIGILÂNCIA: CONTRIBUIÇÃO PARA REDUÇÃO DE PERDAS FINANCEIRAS


E MELHORA NA QUALIDADE DOS MEDICAMENTOS 1553
Michelle Menezes Machado

SIMULAÇÃO REALÍSTICA NO ENSINO DA COMUNICAÇÃO FARMACÊUTICA,


BASEADA NA ENTREVISTA MOTIVACIONAL. 1554
Luciana Signor Esser
EDUCAÇÃO PERMANENTE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE: PROPOSTA DE
AVALIAÇÃO DE IMPACTOS DE CURSO PARA FARMACÊUTICOS 1555
Márcia Dos Angeles Luna Leite

COMO QUALIFICAR O ENSINO PROFISSIONAL EM GERONTOLOGIA? RELATO DE


EXPERIÊNCIA 1556
Liziane Maahs Flores

FARMACÊUTICO RESIDENTE EM APOIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO: RELATO DE


EXPERIÊNCIA 1557
Juliana Ellwanger

ANÁLISE DA EDUCAÇÃO NO BRASIL: O CASO DA RADIOFARMÁCIA


Luis Filipe Cavalcanti Santos 1558

SISTEMA DE DISPENSAÇÃO POR DOSE UNITÁRIA COMO INSTRUMENTO DE


INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA 1560
Ítala Morgânia Farias Da Nóbrega

IDENTIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO DE MEDICAMENTOS DE USO PRÓPRIO EM HOSPITAL


DE PORTO ALEGRE 1562
Jéssica Weis Bonfanti

ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DE UM INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE


COMPETÊNCIAS CLÍNICAS DE FARMACÊUTICOS PARA O PORTUGUÊS DO BRASIL 1563
Carla Francisca Dos Santos Cruz

FARMACOECONOMIA ATRAVÉS DO MONITORAMENTO DE VALIDADE EM UMA


FARMÁCIA HOSPITALAR 1565
Iara Vilela De Almeida

ANÁLISE DO CONSUMO DE MEDICAMENTOS NÃO PADRONIZADOS EM UMA


UNIDADE HOSPITALAR DE PERNAMBUCO 1566
Laís Emanuelle Bernardo Vieira

AVALIAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS EM PRESCRIÇÕES DE PACIENTES


PORTADORES DA DOENÇA DE CROHN: ÊNFASE NO TRATAMENTO COM 1567
INFLIXIMABE
Lissandra Cristina Traesel

MÉTODO ATIVO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: ELABORAÇÃO DE MATERIAL


EDUCATIVO POR ESTUDANTES DE FARMÁCIA 1568
Luzia Izabel Mesquita Moreira

DOAÇÕES DE SANGUE NOS HEMOCENTROS DO ESTADO DO CEARÁ: PERFIL


EPIDEMIOLÓGICO, CLÍNICO E SOROLÓGICO 1569
Elana Figueiredo Chaves

PERFIL DO TRATAMENTO DE REPOSIÇÃO ENZIMÁTICA PARA


MUCOPOLISSACARIDOSE TIPO VI EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA 1570
Anne Caroline Dornelas Ramos
UM OLHAR SOBRE A FARMACOVIGILÂNCIA? PANORAMA MUNDIAL
Jamyle Andrade Ferreira Dos Santos 1571

PERFIL DAS PRESCRIÇÕES MEDICAMENTOSAS NA UNIDADE DE TRANSPLANTE


RENAL DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO 1573
Rosa Maria Almeida Gurgel De Azevedo

AVALIAÇÃO DE NOTIFICAÇÕES A PARTIR DA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS


INDICADORES DE REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTO. 1574
Paloma Karoline Da Silva Brasil

Expediente
Resumos
CLASSIFICAÇÃO XYZ DA PADRONIZAÇÃO 2014 DA
FARMÁCIA DO HCPM

Amanda Moreira Marques da Silva¹, Rayra Jesus Santoro Silva¹, Victor Hugo de Holanda Costa
Martins2, Heron Corel de Oliveira2, Ana Paula Barroso Hoffer2.

¹Acadêmico Bolsista de Farmácia - HCPM/PMERJ - Rio de Janeiro, RJ, Brasil - Rua Estácio de Sá,
20 – Estácio - farmaciahcpm@gmail.com; ² Oficial PM Farmacêutico – HCPM/PMERJ - Rio de
Janeiro, RJ, Brasil - Rua Estácio de Sá, 20 – Estácio – farmaciahcpm@gmail.com

Introdução: O Hospital Central da Polícia Militar caracteriza-se como um hospital público geral de
alta complexidade com diversas especialidades médicas e médio porte. A classificação XYZ baseia-
se em um método estratégico que auxilia na logística do serviço farmacêutico hospitalar, com esta
classificação os itens são categorizados quanto a sua criticidade, sendo X de baixa criticidade, Y de
média criticidade e Z os de máxima criticidade. Esta forma de classificação não tem a finalidade de
analisar custos, e sim fazer um estudo com relação à imprescindibilidade do material para a
continuidade do serviço de saúde prestado, estabelecendo níveis de atendimento adequados para
que não haja risco às pessoas, ao ambiente e ao patrimônio da organização. Objetivos: Classificar
os itens pertencentes à padronização do ano de 2014 da Farmácia, garantir um adequado
planejamento do serviço da farmácia, do controle de estoque e ininterrupção dos atendimentos aos
pacientes do hospital. Metodologia: A classificação foi realizada a partir da análise de 519 itens da
padronização do ano de 2014 de acordo com o grau de criticidade, e com os resultados obtidos foi
elaborado um gráfico com as proporções de X, Y e Z utilizando a planilha eletrônica do software
Microsoft Office Excel 1997. Resultados: Foram obtidos como resultados do estudo, que 48% dos
itens pertencem à classe X (249 itens), 27% foram classificados como Y (141 itens), e 25% dos
itens foram classificados como Z (129 itens), com a máxima criticidade. Conclusão: Os resultados
obtidos, através dessa ferramenta gerencial, facilitam a gestão do setor da farmácia, para que os
itens que foram classificados como Z não faltem no hospital, e os que foram classificados como X
não deixem de ser comprados, mas tenham uma prioridade menor em relação aos da classe Z e Y,
garantindo o adequado serviço ou a assistência prestada ao paciente.

Palavras-chave: Farmácia hospitalar, Classificação XYZ, Controle de estoque, Gestão em saúde.

Referências:
1. BARBIERI, José Carlos; MACHLINE, Claude. Logística Hospitalar: teoria e prática. 2.ed. São
Paulo: Saraiva, 2009.
2. BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e
dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1990. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm>. Acesso em: 05 dez. 2014.
3. CASTILHO, Valéria; LOURENÇO, Karina Gomes. Nível de atendimento dos materiais
classificados como críticos no Hospital Universitário da USP. Brasília: Revista Brasileira de
Enfermagem, 2007.
4. MAEHLER, A. E. et al. Aplicação do Método de Criticidade de Materiais em Estoques
Hospitalares. XXIV Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Florianópolis: ABEBRO,
2004.
5. PONTES, Ana Edite Lopes. Gestão De Estoques: Utilização Das Ferramentas Curva ABC e
Classificação XYZ em uma Farmácia Hospitalar. Paraíba: Universidade Federal da Paraíba,
2013.

1464
Análise de notificações de Reações Adversas a Medicamentos de unidade de
internação clínica
Bruno Simas da Rocha1, Fernanda Rossatto Machado¹, Deise Luisa Locatelli1, Marina Delanni
Vitória¹, Dreicy Glassmann¹ & Jacqueline Kohut Martinbiancho1
1
Seção de Farmácia Clínica – Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, Rio Grande do
Sul, Brasil, bsrocha@hcpa.edu.br

Objetivo: A Farmacovigilância compreende atividades relativas à detecção, avaliação,


compreensão e prevenção de efeitos adversos e problemas relacionados a medicamentos, incluindo
Reações Adversas a Medicamentos (RAM)1. O farmacêutico clínico tem como atribuição o
acompanhamento de pacientes, detectando e notificando RAMs. O objetivo deste estudo foi avaliar
as notificações de RAM de farmacêutico de unidade de internação clínica.

Metodologia: Estudo descritivo transversal, em que foram avaliadas as RAMs notificadas por
farmacêutico de unidade de internação clínica de 45 leitos, em Hospital Terciário Universitário, no
período de junho/2014 a maio/2015. As RAMs foram classificadas conforme causalidade do
algoritmo de Naranjo2, previsibilidade3, e gravidade.

Resultados: Foram notificadas 95 RAMs no período. As classes farmacológicas mais envolvidas


foram: antibacterianos (30,5%), antivirais (16,8%), antifúngicos (11,6%) e antineoplásicos (6,3%).
Os principais medicamentos envolvidos foram: anfotericina B (11,6%), vancomicina (9,5%),
cefepime (7,4%) e sulfametoxazol + trimetoprima (5,3%). Os sistemas mais envolvidos nas RAMs
notificadas foram o dermatológico (30,5%), renal (22,1%) e neurológico (12,6%). Quanto à
causalidade, 61,1% eram provável, 33,7% possível e 5,3% definida. Quanto à previsibilidade,
86,3% eram tipo A e 13,7% tipo B. 52,6% das RAMs eram de gravidade moderada, 38,9% graves e
8,4% leves. Em 49,5% dos casos o medicamento foi suspenso, levando à melhora da RAM e em
24,2% foi necessário tratamento específico para a RAM. Com relação à evolução do evento 48,4%
dos pacientes se recuperaram sem sequelas e em 42,1% foi necessário prolongamento da
hospitalização.

Conclusão: Os medicamentos mais notificados foram os antimicrobianos e antineoplásicos, que


possuem maior incidência descrita de RAM, além de serem medicamentos acompanhados pela
farmácia clínica, fazendo com que a vigilância seja mais eficaz. Os principais sistemas envolvidos
nas notificações realizadas foram o dermatológico, em que as RAMs podem ser detectadas através
da inclusão de anti-histamínicos na prescrição; e renal, através da alteração de exames.

Keywords: farmacovigilância; assistência farmacêutica; reação adversa.

References:
1. OPAS. Segurança dos Medicamentos: um guia para detectar e notificar reações adversas a
medicamentos (2004).
2. Naranjo CA, Busto U, Sellers EM, Sandor P, Ruiz I, et al. (1981); Clin Pharmacol Ther 30(2):
239-45.
3. Rawlins MD. (1981). BMJ 282: 974-6.

1465
Análise do Perfil de Orientação Farmacêutica Relacionado ao Uso de Medicamentos em um
Hospital Municipal do Rio de Janeiro.

Bruna de Souza Carneiro de Almeida1, Flávia Garcia Leite2, Laiz Machado da Silva Lebre3 &
Benedito Carlos Cordeiro4.
1
Residência em Farmácia Hospitalar - Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro,
Brasil, (farmbruna@outlook.com); 2 Residência em Farmácia Hospitalar - Universidade Federal
Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, (flavia.garcia@yahoo.com.br); 3 Hospital Municipal
Miguel Couto, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil (laíz_machado@hotmail.com); 4 Faculdade de
Farmácia - Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, (bcordeiro@id.uff.br).

Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo, a partir de uma pesquisa de satisfação dos
usuários em uma unidade hospitalar no município do Rio de Janeiro, avaliar o perfil de orientação
farmacêutica oferecido aos pacientes. Metodologia: As informações foram obtidas através de um
questionário respondido pelos pacientes atendidos na farmácia ambulatorial no período de
12/03/2015 à 13/04/2015, pela manhã e tarde. Os usuários foram escolhidos de forma aleatória entre
aqueles que aceitaram ser entrevistados. Os pacientes responderam as seguintes perguntas: 1)
Houve orientação em relação ao modo de utilização dos medicamentos prescritos? 2) O paciente
sabia como se orientar quanto ao intervalo de dose dos medicamentos? 3) Se a resposta acima foi
NÃO, houve orientação da farmácia? 4) Houve informação apropriada em relação aos
medicamentos prescritos na consulta médica? 5) A receita é legível? 6) Houve orientação da
farmácia a respeito do tempo total de utilização dos medicamentos? 7) Como o paciente avaliou o
atendimento recebido na farmácia. As informações foram colhidas e analisadas em planilha
eletrônica feita no programa excel. O presente relato não foi avaliado por um Comitê de Ética em
Pesquisa, já que se trata de dados coletados rotineiramente pela farmácia para avaliação da
qualidade da rotina do serviço prestado aos seus pacientes. Resultados: 1169 pacientes foram
atendidos neste período e a pesquisa foi realizada com 56 pacientes. Dos 56 pacientes entrevistados,
62,50% responderam que não receberam orientação em relação ao modo de utilização dos
medicamentos. 8,93% dos pacientes não sabiam se orientar em relação ao intervalo de doses dos
medicamentos, no entanto, nenhum deles obteve orientação da farmácia. 14,29% dos pacientes não
receberam informação dos medicamentos na consulta médica. 23,21% dos pacientes responderam
que a sua receita era ilegível. 39,29% não obtiveram informação em relação ao tempo total de
utilização dos medicamentos. Em relação a satisfação dos usuários, 16,07% classificou o
atendimento como ótimo, 58,93% bom, 17,86% regular e 7,14% ruim. Conclusão: Foi observado
que os pacientes não recebiam a orientação necessária em relação a utilização dos medicamentos
dispensados. Foi identificado que os profissionais que dispensavam na farmácia ambulatorial não
possuíam a devida capacitação técnica para interagir com os pacientes, não garantindo o uso
adequado e racional dos medicamentos.

Palavras-chave: Atenção Farmacêutica, Farmácia Hospitalar, Orientação farmacêutica

Referências:
1. Consenso de Granada sobre problemas relacionados com medicamentos. Pharm Care Esp,
Madrid, v. 1, n. 1, p. 107-112, 1999.
2. Espanha. Ministerio de Sanidad y Consumo. Consenso sobre atención farmacêutica.
Madrid, 2001.

1466
Busca ativa de eventos adversos de sangramento por varfarina que causaram
internação: adaptação de ferramenta rastreadora para prática clínica
Flávia Valéria dos Santos Almeida1,2, Priscilla Garcia de Oliveira2 & Christianne Brêtas Vieira
Scaramello2

1- Instituto Nacional de Cardiologia – Rio de Janeiro- Brasil – Rua das Laranjeiras 174,
Laranjeiras- CEP 22240-006
2- Universidade Federal Fluminense- Niterói- RJ- Brasil- Laboratório de Farmacologia
Experimental – Rua Professor Hernani Melo n° 101,sala 2014 A- CEP 242210-130

Objetivo: Investigar o desempenho da prescrição eletrônica de vitamina K em até 48 horas da


admissão, como rastreador de eventos de sangramento por varfarina que causaram hospitalização,
classificar o grau de sangramento e identificar suas possíveis causas. Metodologia: Estudo
prospectivo realizado entre 08/2013 a 07/2014 em um hospital público de alta complexidade em
cardiologia. A vitamina K é utilizada como antídoto para reversão do efeito da varfarina, assim, a
prescrição eletrônica de vitamina K, para pacientes acima de 18 anos, foi considerada como
primeiro sinal de evento adverso (EA), confirmado posteriormente com o prontuário. Para
investigação das possíveis causas e fatores de risco os pacientes foram entrevistados. Os
sangramentos foram classificados em menor, maior e fatal segundo os critérios do estudo RELY®1.
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa CAAE- 03455512.5.0000.5272. Resultados
e Conclusão: De um total de 49 pacientes que utilizaram vitamina k até 48 horas da internação, 20
internaram por sangramento associado à varfarina, com o desempenho de 40,8%. A maioria era do
sexo feminino (63,2%) e tinha idade superior a 60 anos (52,6%). O sangramento menor ocorreu em
47,4% e 15,8% apresentaram sangramento fatal. A maior parte dos pacientes com sangramento
menor e maior era do sexo feminino, 77,8% e 57,1% respectivamente, já o sangramento fatal,
atingiu 66,7% do sexo masculino. Na admissão, 74% tinham Razão Normalizada Internacional
igual ou superior a 6,0. Além de varfarina, os pacientes utilizavam principalmente furosemida
(63,2%), omeprazol (36,8%), losartan (36,8%) e sinvastatina (31,6%) e a comorbidade mais
relatada foi hipertensão (68,4%). Todos os pacientes relataram não terem alterado seus hábitos
alimentares no mês anterior à internação. Dois pacientes que tinham sofrido queda foram
diagnosticados com hemorragia subaracnoidea e outros dois pacientes fizeram uso de dose superior
à prescrita de varfarina. O uso do rastreador automatizado permitiu detectar os EA de forma
direcionada, conferindo rapidez à identificação. Embora identifique o dano já ocorrido, o desenho
prospectivo em tempo real permitiu que as causas fossem identificadas em maior proporção
facilitando a visualização de falhas para proposição de barreiras na prevenção de futuros eventos.

Palavras-chave (Keywords): Farmacovigilancia, Evento adverso, Varfarina

Referências:
1. Rozich JD, Haraden CR, Resar RK. (2003); Qual Saf Health Care, 12(3): p. 194-200.
2. Connolly SJ; Michael MD, Ezekowitz D .(2009); N Engl J Med ;361:1139-51

1467
Usando o método da identificação da Dipirona como exemplo de
reação exotérmica para alunos de graduação
Verano Costa Dutra¹
¹Faculdade Pitágoras. Guarapari, ES.
E-mail: verano.dutra@pitagoras.com.br / veranocd@gmail.com

Introdução: A disciplina de Aplicação dos Princípios Físico-Químicos à Farmácia


pretende que o aluno tenha conhecimento básico das estruturas, nomenclatura e
propriedades físico-químicas dos compostos, bem como que desenvolva habilidades de
manuseio de vidrarias e de técnicas de laboratório. Objetivo: Nesse sentido, realizou-se
uma aula prática a partir da Farmacopeia Brasileira com intuito de tratar do tema
termodinâmica, mais precisamente reação exotérmica. Método: Participaram da prática
os alunos do 2º período do curso de graduação de Farmácia, o experimento foi realizado
adaptando o método de identificação da Dipirona encontrada na Farmacopeia Brasileira
2º volume de 2010. Os alunos reduziram a pó os comprimidos de Dipirona com auxílio
de gral e pistilo e cada grupo de alunos pesou em balança analítica 0,5 g de Dipirona e
gotejou água oxigenada (H2O2) 10 volumes (peróxido de hidrogênio a 3%) sobre 0,5 g
do medicamento. Resultado: A Farmacopeia Brasileira 2° volume informa que algumas
gotas de peróxido de hidrogênio concentrado são suficientes para a identificação da
Dipirona, pois ocorre mudança da cor original (branca do comprimido) para uma
coloração azul, que rapidamente desenvolve-se passa para um vermelho intenso, em
paralelo, há também liberação calor, o que caracteriza uma reação exotérmica.
Contundo, os alunos perceberam que poucas gotas de peróxido de hidrogênio 10 v não
foram suficientes, devido ao fato desta solução não ser concentrada. A identificação da
Dipirona foi alcançada utilizando 50 gotas (2,5 mL) peróxido de hidrogênio a 3%,
verificando desta forma, a alteração da cor branca diretamente para vermelho intenso,
sem passar para o azul. Além da alteração da coloração, percebeu-se também a
liberação de calor (reação exotérmica) devido ao aumento de temperatura do béquer.
Conclusão: Esta aula prática, portanto, permitiu a familiarização do uso da Farmacopeia
e dos conceitos de termodinâmica.

Palavras-chave: Reação exotérmica, Aula prática, Dipirona.

Referências:

1. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2010); Farmacopeia Brasileira,


volume 2: 912-914. Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/pdf/volume2.pdf>. Acesso em: 12
jun. 2015.

2. BROWN, T.L. et al. (2005); Química: a ciência central, 9: 139-181.

1468
Sensibilidade/Resistência de isolados clínicos de Staphylococcus aureus
Staphylococcus coagulase-negativos provenientes de um hospital do Recife-PE
Gérsica Maria Rodrigues da Silva¹, Danilo C. Araújo Batista², Ricardo H. A Castro3 , Felipe N.
Coutinho4 , Charles F. S. Simões5 , Márcia J.P. Pessoa Maria6 , Nelly Caetano Pisciottano7

1
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil, gersica18@hotmailcom;
2
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil, danilo_araujo_@hotmail.com
3
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil
4
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil, felipe.nevesc@hotmail.com
5
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil, charles.fernandes.s.s@gmail.com
6
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil
7
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil, nellycaetano@yahoo.com.br

Introducão: O Staphylococcus aureus é o agente causador de várias doenças e também


intoxicações alimentares. Os Staphylococcus epidermidis e outros Estafilococos Coagulase-
Negativos (ECN) eram considerados avirulentos, não patogênicos e vistos apenas como
contaminantes de espécimes clínicos, recentemente, estas têm sido reconhecidas como importantes
agentes etiológicos de infecção, já que se caracterizam por produzir frequentemente uma substância
polissacarídica extracelular, amorfa e mucóide, conhecida como biofilme. Esse material tem sido
apontado como um dos principais fatores de virulência. O aumento do número de pacientes
imunocomprometidos e criticamente doentes, dependentes para seu tratamento médico de cateter
vascular, tal como neonatos e pacientes com câncer e neotropenia, também parece ter contribuído
para a atual prevalência desses patógenos nos hospitais. Outro fator que tem contribuído para a
prevalência dos Staphylococcus aureus - MRSA, dos Staphylococcus coagulase-negativos e outros
patógenos nos hospitais, é a emergência de cepas resistentes aos antimicrobianos. Obejtivo:
Avaliar o perfil de Sensibilidade-Resistência de 36 isolados clínicos únicos de Staphylococcus
aureus e 9 de Staphylococcus coagulase-negativos provenientes de diversos setores de um Hospital
público de grande porte da cidade do Recife – PE. Metodologia: Técnica de disco-difusão em ágar
[1]; Concentração Mínima Inibitória (CMI), pelo método de diluição em Agar [2]. Resultado e
discussão: Com referência aos resultados obtidos com os antibiogramas, Dos 45 isolados clínicos
do estudo, 39 (87%) foram resistentes à Penicilina. Todas as cepas, tanto Staphylococcus aureus,
como Staphylococcus coagulase-negativo foram sensíveis ao Glicopeptídeo Vancomicina. Dentre
as 36 cepas de Staphylococcus aureus, 11 delas apresentaram resistência tanto à Cefoxitina, como à
Oxacilina, o que confirma a presença do gene MecA da proteína PBP2a, que indica o caráter de
multirresistência dos referidos isolados. Ainda em relação às 36 cepas de Staphylococcus aureus, 12
delas apresentaram caráter de resistência à Meticilina/Oxacilina (MRSA); e, das 9 cepas de
Staphylococcus coagulase-negativas, 8 apresentaram caráter de resistência à Meticilina/Oxacilina.
Conclusão: O caráter de Sensibilidade/Resistência dos isolados clínicos, determinado pelo estudo
de antibiograma, ficou confirmado pelos valores determinados para as Concentrações Mínimas
Inibitórias (CMI) de Oxacilina.

Palavra-chave: Staphylococcus; coagulase-negativa; resistência

Referencias:
2.Bauer AW, Kirby WMM, Sherris JC, Turck M. Antibiotic susceptibility testing by a standardized
single disk method. Am J Clin Pathol. 1966;45:493-496
2. Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Performance Standards for Antimicrobial
Disk Susceptibility Tests; Approved Standard - Nineth Edition, M2-A8. Clinical and Laboratory
Standards Institute, Pennsylvania; 2007.

1469
Perfil epidemiológico dos óbitos de Herpes Zoster em regiões brasileiras

Daniele Gonçalves Fabre1


1
Universidade Iguaçu (Campus V) – Curso de Medicina
Itaperuna, Rio de Janeiro, Brasil, dani140482@gmail.com

Herpes Zoster (HZ) é uma doença que resulta da reativação do vírus Varicela Zoster (VVZ),
membro da família Herpesviridae1. O VVZ fica latente nos gânglios das raízes dorsais após a
infecção primária na infância e se manifesta sob a forma de um exantema vesicular distribuído de
acordo com o dermátomo sensorial atingido 2 provocando dor nevrálgica e disestesia3. Objetivo:
Descrever o perfil epidemiológico dos óbitos de HZ nas regiões brasileiras compreendendo o
período de 2009 a 2013. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo de coorte transversal. Os
dados coletados foram provenientes do DATASUS4. A partir da secção Mortalidade, foram
selecionados casos do CID-10: Capítulo I (Algumas Doenças Infecciosas e Parasitárias); Grupo das
Infecções Virais Caracterizadas por Lesões de Pele; e Categoria B02 (Herpes Zoster). Resultados:
No Brasil foram registrados 329 óbitos de HZ entre os anos de 2009 a 2013. Dos 329 casos, 17,6%
foram registrados em 2009, 18,9% em 2010, 20,0% em 2011, 21,6% em 2012 e 21,9% em 2013. No
período estudado, a região sudeste registrou 49,6% dos casos, a região nordeste 21,9%, a região sul
17,3%, a região centro-oeste 7,9% e a região norte 3,3%. O sexo feminino representou 62,3% dos
casos e o masculino, 37,7%. A faixa etária mais atingida foi de 80 anos ou mais, representando
50,5% dos casos. Em seguida, foram registrados 23,4% entre 70 e 79 anos, 10,1% entre 60 e 69
anos, 6,4% entre 50 e 59 anos, 3,1% entre 40 e 49 anos, 2,8% entre 30 e 39 anos, 3,1% entre 15 e
29 anos. Houve também 2 casos (0,6%) com menores de 1 ano de idade. Conclusão: O trabalho
ressalta que o número de óbitos por HZ aumentou com o passar dos anos e que o maior número de
casos ocorreu na região sudeste, entre o sexo feminino e acima dos 80 anos. A HZ pode se tornar
uma doença grave quando acomete imunodeprimidos2, o que pode ser fatal quando não
devidamente tratada. Nestes casos de imunossupressão, alterações anóxicas no cérebro são
encontradas juntamente com alterações inflamatórias em vários órgãos, incluindo pulmão, fígado,
baço e pele1.
.

Palavras-chave: Datasus, Herpes, Herpesviridae, Varicela.

Referências

1. GOLDMAN, LEE; AUSIELLO DENNIS. Cecil’s medicina. Volume II, 23ª edição, p.2894-
2897. São Paulo: Saunders-Elsevier, 2009.

2. FAUCI, ANTHONY et al. Harisson’s principles of internal medicine. 17ª edição, p.1102-
1105. New York: Mc Graw Hill, 2008.

3. ROWLAND, LEWIS. Merritt’s tratado de neurologia. 11ª edição, p.178-180. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

4. DATASUS, Departamento de Informática do SUS. Ministério da Saúde. Disponível em:


http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10uf.def Acesso: 30 jun/2015.

1470
Estudo do efeito interferente de β-citronelol com o antifúngico miconazol sobre
cepas de Candida albicans

Daniele de Figueredo Silva¹, Cássio Ilan Soares Medeiros¹, André Parente de Brito Bezerra¹, Ana
Luíza Alves de Lima Pérez2, Abrahão Alves de Oliveira Filho3 & Edeltrudes de Oliveira Lima1,2
1
Programa de Pós-graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos da Universidade Federal
da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, danielefigueredo@ltf.ufpb.br, cassioism@hotmail.com,
andrepbb12@ltf.ufpb.br e edelolima@ltf.ufpb.br; 2Programa de Pós-Graduação em Odontologia da
Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, analuizaperez@yahoo.com.br,
edelolima@yahoo.com.br; 3Doutor em Farmacologia (UFPB)/ Professor da Unidade Acadêmica de
Ciências Biológicas/ CSTR/UFCG, Patos, Paraíba, Brasil, abrahao.farm@gmail.com

Descrição do estudo
Estudou-se o efeito interferente de β-Citronelol ao antifúngico miconazol sobre cepas da espécie
Candida albicans. A técnica de difusão em disco em meio sólido utilizando discos de papel filtro
foi utilizada para o estudo de associação de β-Citronelol ao antifúngico, além de determinar o perfil
de sensibilidade de miconazol1. Foram preparados placas petri estéries de ágar saboraud dextrose e
12 cepas de Candida albicans, sendo duas cepas padrão (ATCC-76485 e ATCC-74645) e dez
isolados clínico, para a obtenção de suspensões com 105 UFC/mL. Uma alíquota de 10μL da CIM
do produto ensaido, foi transferida para os discos contendo (miconazol 50mcg), em seguida
alocados nas placas contendo o meio inoculado com 1mL das suspensões fúngicas. Nas placas,
também estavam presentes o disco de miconazol e disco em branco embebido com 10 μL β-
Citronelol, ambos para a avaliação do perfil de sensibilidade isolado, além de serem designados
como controle. Com a obtenção do perfil de sensibilidade do miconazol mensurado pela formação
de halos de inibição ao crescimento fúngico, foi utilizado para classificar o efeito produzido quando
em combinação ao β-Citronelol em sinergístico, quando o halo de inibição for maior ou igual a
2mm; efeito antagônico quando este for inferior ao apresentado pelo o miconazol e indiferente
quando o diâmetro do halo de inibição for igual ao obtido pelo o antifúngico 1,2. Todo o ensaio foi
realizado em duplicata. Os resultados mostraram que 7 cepas de C. albicans (58,3%) foram
resistentes para miconazol, porém a combinação com β- Citronelol, produziu efeito sinergístico
para 10 cepas (83,3%), alterando seu caráter de resistência antes apresentado para o antifúngico
isolado. Portanto, o β- Citronelol em associação com miconazol, revelou um excelente efeito
interferente contra cepas C. albicans, o que permite vislumbrar seu grande potencial como
candidato ao desenvolvimento de novos antifúngicos.

Palavras- chave: Candida albicans, Associação, Miconazol, β- Citronelol

Agradecimentos
(apoio Cnpq)

Referências
1. Oliveira RAG, Lima EO, Vieira WL, Freire KRL, Trajano VN, Lima IO, Souza EL, Toledo MS,
Silva-Filho, RN. (2006); Rev Bras Farmacogn. 16: 77-82
2.Cleeland L, Squires E. (1991); Antibiotics in Laboratory Medicine. Baltimore: Williams &
Wilkins, 739-88.

1471
Registro de Orientação Farmacêutica em atendimento ambulatorial - estudo de
caso

Martha Palma Gheller1, Evani Leite de Freitas2, Jéssica Quintanilha Marcelo de Carvalho2 &
Rafaela Tavares Peixoto2
1
Instituto Nacional de Cardiologia, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil,
marthagheller@gmail.com; 2Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil,
farmacia@inc.saude.gov.br

Objetivo: Mensurar e analisar os registros das orientações farmacêuticas prestadas em uma


farmácia ambulatorial através dos dados obtidos de planilha específica. Metodologia: Trata-se de
um estudo transversal descritivo retrospectivo realizado na farmácia ambulatorial de um hospital
público de referência em cardiologia no município do Rio de Janeiro. Foram analisados os registros
de orientação farmacêutica realizados no período de julho/2014 a novembro/2014; para cada um
desses constava: motivo, forma da orientação, assinatura do paciente, assinatura e carimbo do
farmacêutico. O total de atendimentos ambulatoriais na Farmácia foi mensurado através do sistema
informatizado MV2000i. Os dados foram expressos por meio de ferramentas da estatística
descritiva, sendo apresentados em percentuais. Resultados: Foram realizados 4195 atendimentos
ambulatoriais, dos quais, 2,7% (112) receberam orientação farmacêutica. Os motivos registrados
para estas orientações foram: 50% (56) referentes à posologia (informações sobre intervalo de dose,
ajuste de dose e esquema terapêutico), 26,8% (30) relacionadas ao início de tratamento e 3,6% (4)
referentes à nomenclatura. Os demais registros, 19,6% (22), apresentavam mais de um dos motivos
já descritos. Do total de orientações, 29,5% (33) foram feitas usando materiais impressos
desenvolvidos no Serviço de Farmácia, destinados aos pacientes em uso de varfarina, enoxaparina e
suspensões de antibióticos. Em 13,4% foram manuscritas as orientações no verso da receita do
paciente, em 8% (9) usou-se as duas formas descritas anteriormente, enquanto para 49,1% (55) não
foi detalhada a forma de orientação. Conclusão: Por meio da análise dos dados obtidos a partir da
planilha foi possível identificar o baixo quantitativo de orientações e a prevalência daquelas
relacionadas à posologia prescrita. Observou-se que um percentual elevado de orientações não teve
sua forma discriminada, demonstrando uma necessidade de aperfeiçoamento da ferramenta. Além
disso, as ferramentas utilizadas atualmente – materiais impressos e anotações manuscritas - não
atendem à maioria das orientações realizadas e, consequentemente, evidencia-se a necessidade de
desenvolvimento de novos materiais auxiliares, buscando aumentar o número de pacientes
orientados. Diante do exposto, verificou-se a importância de manter registros das orientações
farmacêuticas através de ferramenta específica.

Palavras-chaves: Aconselhamento diretivo (orientação), Registro, Prescrição de medicamentos,


Dispensação farmacêutica.

1472
USO DOS MEDICAMENTOS INDICADORES DE REAÇÃO ADVERSA
COMO FERRAMENTA PRÁTICA NA FARMACOVIGILÂNCIA

Paloma Karoline da Silva Brasil ¹, Marcia Maria da Silva Barbosa ², Maria das Dores da Silva
Santos ³, Ariana Renaly de Oliveira 4 , Sávia Fonseca da Silva 5 & Erica Lira da Silva Freitas 6

1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte , Natal, RN , Brasil, pallommak@gmail.com; 2
Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal, RN, Brasil, marciamb@ymail.com; 3 Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil, mariad_souza2012@hotmail.com; 4 Faculdade
Natalense de Ensino e Cultura , Natal, RN, Brasil, ariana-renaly@hotmail.com; 5 Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil, saviafonseca1@hotmail.com; 6 Hospital
Universitário Onofre Lopes, Natal, RN, ericalira@yahoo.com.br

Introdução: a Organização Mundial de Saúde (OMS) define farmacovigilância como “a ciência e


as atividades relacionadas com detecção, avaliação, compreensão e prevenção das reações adversas
ou qualquer outro possível problema relacionado com o medicamento”. Para a identificação de
reações adversas a medicamentos (RAM), a notificação espontânea é considerada potencialmente o
método mais custo-efetivo comparando-se com outras abordagens. No entanto, a principal limitação
desse método é a subnotificação. Por isso a associação de técnicas de identificação de RAM é
prática comum e recomendada por vários autores, tais como a revisão retrospectiva de prontuários,
a qual tem o inconveniente de demandar muito tempo e recursos humanos, e o método alternativo
de busca ativa desenvolvido pelo Institute for Healthcare Improvement (IHI), o qual emprega
dezenove rastreadores, incluindo medicamentos, parâmetros laboratoriais e informações sobre o
cuidado e a evolução clínica do paciente. A fim de otimizar a busca ativa de RAM, desde 2010,
utilizamos os rastreadores relacionados aos medicamentos, os quais após ajustes e acréscimos,
foram denominados medicamentos indicadores de RAM (MIRAM), tradução feita do inglês “ADR
indicator drugs”. A busca do motivo da prescrição dos MIRAM é utilizada aliada ao método de
notificação voluntária e a revisão diária no prontuário dos pacientes. Objetivos: Quantificar e
avaliar a utilidade dos MIRAM como ferramenta na identificação das RAM. Método: os dados
foram obtidos a partir dos registros da revisão retrospectiva dos prontuários dos pacientes
internados em um hospital universitário, terciário, com 210 leitos, que tiveram prescrito MIRAM no
período de 01 de abril a 30 de maio de 2015. Resultados: Foram rastreados 772 MIRAM’s em 323
pronturários, 20,9% dos MIRAM prescritos levaram a identificação de suspeita de RAM, um total
de 165: 75 tratadas com os MIRAM’s e 90 não foram tratadas com os MIRAM. Conclusão: Diante
dos resultados conclue-se que o MIRAM é uma ferramenta útil para identificar RAM, visto que
20,9% da prescrição destes medicamentos levou a identificação de RAM, o que aliada a notificação

1473
voluntária e a busca ativa (revisão dos prontuários e visita às enfermarias) tem o potencial para
diminuir a subnotificação e, consequentemente, aumentar o número de notificações de RAM.
Palavras chaves: farmacovigilância, reação adversa, notificação, rastreadores.

References:
1. WORLD HEALTH ORGANIZATION. (2002); The importance of pharmacovigilance:
afetynmonitoring of medicinal products. Geneva.
2. Wilholm, B. E.; Olson, S.; Moore, N. & Wood, S. (1994); Spontaneous reporting systems outside
the United States. In: Pharmacoepidemiology (B. L. Strom, ed.). 138-155, Philadelfia: Wiley.
3. Gregory, Philip.Malone, Kier, Karen L. (2001); Medications misadventures: Adverse Drug
reaction and medication errors. In: Drug information: a guide for pharmascists (Malone, Patrick M.
et al). 491-442. McGraw-Hill.

1474
Desenvolvimento de formulário para avaliação da qualidade do armazenamento
de medicamentos e correlatos

Patrícia Krauze de Almeida1, Paolla Ferreira Baptista2, Dayana Azevedo Silva de Souza3, Fernanda
Paquiela Gegenheimer4, Camila Barbosa de Carvalho5, Cláudia Cristina Santos Soares6, Fernanda
Alves Brito7 & Lair Monteiro de Souza8.
1
Farmacêutica Residente do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade
Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – patricia.krauze@hotmail.com.2Farmacêutica
Residente do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal
Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – paollaferreirab@hotmail.com.3Farmacêutica Residente
do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal Fluminense – Rio
de Janeiro – RJ – Brasil – dayanaassouza@hotmail.com.4Farmacêutica Residente do Programa de
Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ
– Brasil – fernandapaquiela@hotmail.com.5Farmacêutica Docente da Universidade Federal
Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – myllacarvalho.22@gmail.com. 6Farmacêutica do Serviço de
Assistência Farmacêutica do Hospital Federal do Andaraí – Rio de Janeiro – RJ – Brasil –
claudiasoares3009@gmail.com.7Farmacêutica do Serviço de Assistência Farmacêutica do Hospital
Federal do Andaraí – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – nanda.a.brito@gmail.com.8Farmacêutica
Chefe do Serviço de Assistência Farmacêutica do Hospital Federal do Andaraí – Rio de Janeiro –
RJ – Brasil – lairms@hotmail.com.

Introdução: a Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) é o principal local de


armazenamento dos medicamentos adquiridos por um hospital. É o setor que possui maior
responsabilidade em garantir a qualidade dos produtos e para tal é necessário desenvolver uma série
de atividades, incluindo o registro das informações geradas. Tudo isso, tem por objetivo garantir a
regularidade do abastecimento e a qualidade do que já está estocado, eliminar perdas e desperdícios
e proporcionar subsídios para se determinar as necessidades de aquisição. Sendo assim a
autoinspeção do armazenamento torna-se necessária e útil na medida em que implica numa melhor
administração do espaço necessário para manter os estoques, bem como as estruturas das
instalações de armazenamento, com a finalidade de manter e estabelecer padrões que assegurem a
qualidade dos materiais armazenados e atender de forma eficiente os demais setores. Objetivo:
propor um modelo de Ficha de autoinspeção para avaliação da qualidade do armazenamento em
CAF hospitalar. Método: com base no “Guia de Orientação do Exercício Profissional em Farmácia
Hospitalar” (CRF/PR, 2012), no questionário “Avaliação da Qualidade de um Serviço de Farmácia
Hospitalar” (ANVISA, 2015) e no livro “Boas práticas para estocagem de medicamentos”
(VALERY, 1989), foi desenvolvido um formulário “Roteiro de Inspeção para CAF”. Resultados:
os documentos que foram utilizados como base apresentam peculiaridades e formulários muito
extensos e detalhados que avaliam além da estrutura do hospital em estudo. Sendo assim, o modelo
proposto especifica os itens básicos – infraestrutura, organização, condições do ambiente e
relatórios de perdas – que devem ser cumpridos para possibilitar um processo de armazenamento
adequado que garanta também a sua qualidade. Conclusão: a elaboração de um roteiro de
autoinspeção para CAF permite a identificação dos processos que necessitem de melhor
planejamento e a criação de indicadores de qualidade, gerando recomendações para sua correção ou
melhoria. Este estudo sugere um modo de avaliar a organização e acondicionamento dos
medicamentos a fim de evitar fatores que possam contribuir para danos aos pacientes. As não
conformidades encontradas nas inspeções podem reorientar o planejamento do CAF e constituem
uma oportunidade de implementação de medidas de melhoria da qualidade, contribuindo para a
segurança do paciente.
Palavras-chave: Boas Práticas de Armazenamento e Distribuição, Gestão da Qualidade e
Armazenagem de Medicamentos

1475
Potenciais interações medicamentosas na Unidade de Terapia Intensiva
Pediátrica – Um estudo piloto

Gabriela Curbeti Becker¹, Monique Maia Ternes² & Denise Bueno²

¹ Residência Integrada Multiprofissional em Saúde do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto


Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil – gabriela.bckr@gmail.com; ² Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Faculdade de Farmácia, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil -
niqueternes@gmail.com, denise.bueno@ufrgs.br

OBJETIVO: Pacientes hospitalizados em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) são


geralmente expostos a um grande número de medicamentos o que leva ao risco de potenciais
interações medicamentosas (PIM). A interação medicamentosa é a alteração do efeito terapêutico de
um medicamento pela co-administração de outro e quando manifestada pode ter impactos negativos
sobre o tempo de hospitalização, qualidade de vida e custo em saúde. O presente estudo apresenta
como objetivo verificar a prevalência de PIM em pacientes internados na UTIP. METODOLOGIA:
Estudo transversal, através da análise da prescrição médica do segundo dia de internação de 30
pacientes de 0-18 anos internados na UTIP do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) nos
meses de fevereiro a maio de 2015. As PIM foram classificadas quanto a sua severidade em
contraindicadas, graves e moderadas, através do Micromedex®. Foram excluídos do estudo os
medicamentos de uso tópico, soluções para reposição volêmica e eletrolítica, nutrição parenteral,
transfusões de hemoderivados e oxigênio. O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa da instituição onde foi realizado. RESULTADOS: O estudo demonstrou que 25 dos
pacientes analisados apresentaram PIM. Encontrou-se uma prevalência de 59,2% de potenciais
interações medicamentosas graves, 39,0% moderadas e 1,8% contraindicadas, resultado difere de
outros referenciais bibliográficos, porém com proporções semelhantes. Foram detectadas 277 PIM,
resultando em uma média de 11,1 PIM por prescrição. Ao observar os medicamentos que com
maior frequência participaram das PIM, destacaram-se o midazolam, o fentanil e a furosemida com
17,0%, 15,7% e 15,4%, respectivamente. CONCLUSÃO: Devido à gravidade das patologias
tratadas na UTIP, os pacientes recebem mais medicamentos, sendo assim mais susceptíveis à
ocorrência de PIM. Os resultados do presente estudo indicam que o impacto destas interações
potenciais sobre o efeito terapêutico deve ser fortemente monitorado pelo farmacêutico clínico, de
forma a prevenir seus possíveis efeitos sobre o tratamento farmacológico, o que é ainda mais crítico
no caso de pacientes graves, como os da UTIP.

Palavras-chave: Interações de medicamentos, Terapia intensiva.

1476
Medicamentos líquidos orais controlados pela Portaria n.º 344: estudo para
implantação de doses padrões em um hospital universitário
Gabriela Curbeti Becker¹, Naiane Roveda Marsílio¹, Márcio Vinícius Ayres² & Sílvia Helena
Oliveira de Almeida²

¹Residência Integrada Multiprofissional em Saúde do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto


Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil - gabriela.bckr@gmail.com, nai_roveda@hotmail.com;
²Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil -
mayres@hcpa.edu.br, salmeida@hcpa.edu.br.

OBJETIVO: Visando atender a segurança do paciente no ambiente hospitalar e a garantia da


qualidade no processo de fracionamento, o objetivo deste trabalho é verificar a freqüência de
prescrição de formas farmacêuticas líquidas em frascos multidoses dos medicamentos controlados
de acordo com a Portaria n.º 344 de 12 de maio de 1998 e suas respectivas doses nas unidades de
internação de um hospital terciário para implementação de um sistema de dispensação de dose
individualizada através de fracionamento. METODOLOGIA: Estudo transversal e retrospectivo,
onde foi realizado um levantamento das soluções orais dos medicamentos controlados de acordo
com a portaria n.º 344 de 12 de maio de 1998 prescritos em um hospital universitário no período de
março a junho de 2015. Todos os fármacos prescritos foram listados e destes foram selecionados os
mais freqüentes nas internações pediátricas e não pediátricas. Os resultados foram armazenados em
planilha do programa Excel e a análise foi descritiva através de freqüência absoluta.
RESULTADOS: Ao total foram analisadas 11525 prescrições das seguintes soluções: clonazepam,
clorpromazina, codeína, fenobarbital, fluoxetina, haloperidol, hidrato de cloral, levomepromazina e
morfina. Em um primeiro momento, devido à imprecisão da medida em gotas, os medicamentos
clonazepam, haloperidol e fenobarbital foram descartados como opção para o fracionamento. A
solução mais freqüentemente prescrita em unidades de internação pediátricas foi a codeína (22,1%)
com prevalância da dose de 9 mg. Já nas internações não pediátricas a solução com maior
freqüência de prescrição (22,2%) foi a morfina com prevalência de dose de 5 mg. CONCLUSÃO:
Com o aprimoramento dos padrões de qualidade nas instituições hospitalares a farmácia hospitalar
tem o papel de entender e reconhecer potenciais problemas relacionados ao medicamento. O
processo de fracionamento fornece medicamentos adaptados às necessidades da população, é
financeiramente viável e contribui para aumentar a segurança na sua administração de acordo com
as metas da Joint Comission Internacional. Dessa forma, o papel do farmacêutico é essencial na
identificação das demandas em relação à preparação dos medicamentos com intuito de melhorar a
qualidade da assistência e promover a segurança do paciente.

Palavras-Chaves: Preparações farmacêuticas, Fracionamento de doses.

1477
Uso de rastreadores na identificação de eventos adversos relacionados aos
medicamentos em um hospital de referência em queimados do Distrito Federal –
Brasília

Silvana Borges Nascimento1,2, Letícia Santana da Silva Soares1, Camila Alves Areda1, Jéssica Vick
de Oliveira Leal1, Dayani Galato1
1
Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil, Centro Metropolitano, conjunto A, lote
01 - CEP: 72220-900; 2Hospital Regional Asa Norte, Brasília, Distrito Federal, Brasil, Asa Norte,
SMHN Quadra 1 – CEP: 70710-100

Descrição do Estudo
Objetivo: Identificar a ocorrência de eventos adversos1 através da aplicação de rastreadores2 em
pacientes internados na unidade de queimados do Hospital Regional da Asa Norte - DF. Materiais
& Métodos: Trata-se de um estudo transversal baseado na análise dos prontuários e do livro de
registro da Unidade de Terapia de Queimados de todos os pacientes internados no ano de 2014.
Foram coletadas informações sobre o perfil do paciente, da queimadura e do tratamento realizado
durante o período de internação, bem como das complicações e eventos adversos registrados. Os
rastreadores investigados foram aqueles descritos por Giordani e colaboradores 2. Para identificar os
fatores associados aos eventos adversos foi adotado o teste qui-quadrado e a prova exata de Fisher
(p<0,05). Resultados: A amostra foi composta por de 219 pacientes sendo 63% de homens, a média
de idade foi de 32,4 (±20,1) anos. Os agentes térmicos foram os que mais causaram queimaduras
nesta população (79,0%) sendo as de segundo grau as mais prevalentes (79,4%). As complicações
durante a internação foram frequentes (49,8%) sendo a mais comum, as infecções. Um terço dos
pacientes necessitaram de hemocomponentes (31,1%), principalmente concentrado de hemácias
(23,4%). Os rastreadores que mais apareceram foram: antieméticos, anti-histamínicos e
Hipoglicemia (<50 mg/dL). Onze pacientes apresentaram registros de eventos adversos nos
prontuários. Houve associação entre possuir eventos adversos e a ocorrência de rastreadores
(p=0,003), as complicações (p=0,003) e o número de medicamentos utilizados maior que 13
(p=0,003). Em 86% dos casos o desfecho foi a alta, mesmo que com sequela. Os medicamentos
mais prescritos para estes pacientes foram os utilizados para o manejo da dor (N), para o tratamento
de infecções (J), os antieméticos e insulinas (A). Uma particularidade destes pacientes foi o uso de
antiparasitários (P). Conclusões: Observou-se que a ocorrência de Eventos Adversos mesmo sendo
possivelmente subestimada esteve associada à presença de rastreadores, e, portanto, estes
representam um instrumento importante para a busca ativa de eventos desta natureza.

Palavras-chave: Eventos adversos, Rastreadores, Segurança do paciente, Queimados, Hospital.

Keywords: Use at least three and at most five

Agradecimentos
Aos colaboradores do Núcleo de Farmácia, Núcleo de Segurança do Paciente e da Unidade de
terapia de Queimados do Hospital Regional da Asa Norte.

References:
1. American Society of Healthy-System Pharmacists (1998). Am J Health Syst Pharm. 55(2):165-6.
2. Giordani F, Rozenfeld S, Oliveira DFM, Versa GLGS, Terencio JS, Caldeira LF, Andrade LCG.
(2012); Rev Bras Epidemiol. 15(3): 455-67.

1478
Perfil das Prescrições do Pronto Socorro do Hospital Regional da Asa Norte/DF

Káttia Maria Braz Cunha1, Carla Carlos dos Santos1, Amanda Almeida2, Laura Mendonça2, Maria
de Fátima Pires1, Maria Luiza Braccialli1, Dayani Galato2

1
Hospital Regional Asa Norte, Brasília, Distrito Federal, Brasil, Asa Norte, SMHN Quadra 1 –
CEP: 70710-100. 2Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil, Centro
Metropolitano, conjunto A, lote 01 - CEP: 72220-900

Descrição do Estudo
Objetivo: Descrever o perfil de prescrição de medicamentos para pacientes internados na Unidade
de Pronto Socorro do Hospital Regional da Asa Norte – Distrito Federal, com ênfase ao uso de
medicamentos antimicrobianos, controlados pela Portaria 3441 e potencialmente perigosos2.
Materiais & Métodos: Foi realizado um estudo de análise das prescrições de medicamentos durante
uma semana no mês de abril de 2015. Todos os pacientes internados neste período foram avaliados,
sendo analisadas todas as prescrições diferentes, destacando-se que quando houve repetição de
prescrição para um mesmo paciente esta foi excluída da análise. Como indicadores das prescrições,
além do número de medicamentos por prescrição, avaliou-se a prevalência de prescrições contendo
antimicrobianos, medicamentos controlados e medicamentos potencialmente perigosos. Adotou-se
a estatística descritiva para analisar os dados coletados. Resultados: Foram investigados 170
pacientes, com idade entre 14 e 100 (56,3±18,3) anos, sendo que 52,9% foram homens. Os motivos
mais comuns de internação, segundo a classificação internacional de doenças, foram pneumonia
(23,5%) e dor abdominal (20,0%) e suspeita de Acidente Vascular Encefálico (12,9%). Para estes
pacientes foram realizadas 729 prescrições, excluindo as repetidas foram analisadas 412. Estas
prescrições possuíam de 1 a 17 (8,0±3,3) totalizando 3401 medicamentos. Estes pertenciam,
segundo a classificação anatômica, terapêutica e química3, principalmente aos grupos anatômicos
Alimentar e metabolismo (29,4%), Sistema Nervoso (19,7%) e Sangue e órgão formadores de
sangue (18,8%). Das prescrições 70,3% possuíam medicamentos potencialmente perigosos (∑:656)
sendo exemplos as insulinas, exoxaparina, glicose 50% e cloreto de potássio. Os antimicrobianos
estavam presentes em 52,4% das prescrições (∑=285) e os medicamentos controlados pela Portaria
em 38,4% (∑: 275). Conclusões: O perfil das prescrições observadas demonstra a complexidade dos
tratamentos e a necessidade da promoção do uso racional e seguro dos medicamentos a fim de
evitar eventos adversos que possam prejudicar a recuperação da saúde dos pacientes.

Palavras-chave: Prescrições, Medicamentos Potencialmente Perigosos, Antimicrobianos, Segurança


do Paciente, Hospital.

Agradecimentos
Aos colaboradores do Núcleo de Farmácia do Hospital Regional da Asa Norte.

References:
1. Brasil (1998). Portaria 344de 12 de maio de 1998. Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/talidomida/legis/Portaria_344_98.pdf
2. Instituto para Práticas Seguras de Medicamentos (2013). Boletim ISMP. 2(1): 1-3.
3. World Health Organization. Norwegian Institute of Public Health (2015). ATC/DDD Index 2015.
Disponível em: http://www.whocc.no/atc_ddd_index/

1479
DOENÇAS NEGLIGENCIADAS EM ALAGOAS: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DOS
CASOS NOTIFICADOS

Thiago José Matos Rocha1, Alexandre Vaz Machado2, Valeria Cristina de Melo Lopes1, Samara
Almeida de Souza Griz1, Emanuelle Cavalcante Pimentel 1, Claudia Maria Lins Calheiros3,
Flaviana Santos Wanderley4
1
Centro Universitário Cesmac, Maceió/AL, Brasil. www.cesmac.edu.br; 2 Secretaria de Estado de
Saúde do Distrito Federal, Brasília/DF, Brasil. www.saude.df.gov.br; 3Universidade Federal de
Alagoas, Maceió/AL, Brasil. www.ufal.br; 4Universidade Estadual de Ciências da Saúde de
Alagoas, Maceió/AL, Brasil. www.uncisal.edu.br

Introdução: As doenças negligenciadas são consideradas endêmicas em populações de baixa renda,


principalmente na região Nordeste do Brasil1. Apresentam indicadores inaceitáveis e investimentos
reduzidos em pesquisas e controle2. Doenças tropicais, como esquistossomose, leishmaniose
visceral (LV) e leishmaniose tegumentar americana (LTA) continuam sendo algumas das principais
causas de morbidade e mortalidade em todo o território nacional3. Objetivo: O trabalho teve como
objetivo demonstrar o perfil epidemiológico da esquistossomose, LV e LTA no estado de Alagoas
entre os anos de 2007 a 2013 de modo que sirva de indicador para o redirecionamento das ações do
estado no âmbito da saúde. Materiais e métodos: Este trabalho consistiu em uma pesquisa
retrospectiva descritiva com base nos dados notificados e cadastrados no Sistema de Informações de
Agravos de Notificações (SINAN). Resultados: Quanto a LTA, durante o período do estudo foram
notificados 547 casos. Quanto ao gênero, 67,82% eram do gênero masculino e 32,17% eram do
gênero feminino. O número de casos para LTA foi maior faixa etária de 24 a 39 anos. A forma
cutânea foi a formas clinica mais frequente entre os pacientes com LTA. Com relação a LV, foram
registrados 25 óbitos de um total de 224 casos confirmados no período, representando uma
letalidade de 11%. A letalidade por LV foi descendente nos últimos três anos (2011: 16,21%, 2012:
14,70% e 2013: 8%). O maior número de pacientes que chegaram a óbito era residente na capital
Maceió com 17,4%, prevalecendo o gênero masculino com 60,86%. No caso da esquistossomose,
foram notificados 534 de esquistossomose no estado de Alagoas de 2007 a 2013. Quanto ao gênero
dos portadores de esquistossomose, 53% eram do gênero feminino e 47% eram do gênero
masculino. De acordo com a faixa etária obteve o maior índice de casos em pacientes com idade
entre 20-39 anos e o menor índice de caso com idade acima de 80 anos. Conclusão: Medidas de
controle da doença vêm sendo tomadas no Estado, mas ainda faltam melhoraria no saneamento
básico e de educação sanitária, para a maior redução dos casos de esquistossomose, LV e LTA.

Palavras-chave: Leishmania sp., Schistosoma mansoni, Doenças Tropicais

Referências:

1. Coura JR, Amaral RS. Mem Inst Oswaldo Cruz. (2004). 99 (5): 13-19.
2. Andrade ZA. Rev Soc Bras Med Trop. (2002). 35(5): 509-513.
3. Brasil. Rev Saúde Pública. (2010). 44(1): 200-2.

1480
Adherence and/or discontinuation to imatinib mesylate antineoplastic in patients
with chronic myeloid leukemia
William Gustavo Lima1*, Alexandra Rodrigues Alves1 & Lorena Rocha Ayres2
1
Universidade Federal de São João del Rei, Divinópolis, Minas Gerais, Brasil.
2
Departamento de Ciências Farmacêuticas, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do
Espírito Santo, Vitória, Brazil.
*williamgustavofarmacia@hotmail.com

Introduction: Adherence to imatinib mesylate (IM) treatment, promotes improved clinical


outcomes for the patient and a decrease in public health expenditure1-3. The treatment duration, as
well as the lack of efficacy decrease adherence to drug therapy, resulting in an increased mortality
associated with Chronic Myeloid Leukemia, can result in many cases of hospitalizations and
procedures related an increased health care costs4-5. Objective: The aim of the study is to evaluate
and compare adherence and/or discontinuation to IM in different studies found in scientific
literature. Methodology: An integrative review of original articles published between the years of
2004 and 2014 was performed using the databases PubMed/MEDLINE, Scopus and SciELO. The
descriptor "imatinib" was used in two combinations employing the connector AND between terms,
according to the examples: "medication adherence" AND "imatinib" AND "leukemia" and "patient
compliance" AND "imatinib" AND "leukemia". The search process, resulted in 476 articles and 14
were included in the study. Results: The rates of adherence and discontinuation were quite diverse,
ranging from 14.2% to 97.6% and from 1.8% to 35,0%, respectively. It was evidenced a high
frequency (87.5%) of prospective and/or retrospective longitudinal studies. Most studies used
questionnaires as an indirect method to assess adherence and factors related to poor adherence were
especially adverse drug reactions, dose changes and unavailability of the medication. Conclusion:
It is suggested that patient education, associated with a pharmacotherapeutic follow up by
pharmacists or other trained health professionals can maximize patient adherence and minimize the
treatment discontinuation, optimizing a better perspective to treatment by the patient.

Keywords: Chronic Myeloid Leukemia, Imatinibe mesylate, Adherence, Discontinuation.

Referências:
1. Hirji I, Gupta S, Goren A. (2013); Health Qual Life Outcomes. 8(11): 1-11.
2. Noens L, Van Lierde MA, De Bock R. (2009); Blood. 113(22): 5401-5411.
3. Jabbour EJ, Kantarjian H, Eliasson L. (2012); Am J Hematol. 87(7): 687-691.
4. Halpern R, Barghout V, Zarotsky V. (2009); JCOM. 16(5): 215-223.
5. Cid DMC, Magalhães SMM, Quixadá ATS. (2013); Rev Bras Hematol Hemoter. 35(6): 389-394.

1481
In vivo schistosomicidal activity of (z)-1-(2-chloro-6-fluorobenzyl)-5-thioxo-4-(2,4,6
trimethoxybenzylidene)imidazolidin-2-one

Thiago José Matos-Rocha1,2, Maria do Carmo Alves de Lima3, Anekécia Lauro Silva3, Antônio Sérgio
Alves de Almeida Júnior3, Moacyr Jesus Barreto de Melo Rêgo3, Marina Rocha Galdino-Pitta3, Ivan da
Rocha Pitta3, Luiz Carlos Alves 1,2, Fábio André Brayner 1,2, Maira Galdino da Rocha Pitta3
1
Setor de Microscopia Eletrônica, Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami/LIKA – UFPE.
Recife/PE, Brasil. www.ufpe.br/LIKA; 2Laboratório de Biologia Celular e Molecular, Centro de
Pesquisas Aggeu Magalhães – FIOCRUZ. Recife/PE, Brasil. www.cpqam.fiocruz.br; 3Laboratório de
Síntese de Fármacos, Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. www.ufpe.br

Introduction: Schistosomiasis remains one of the most prevalent parasitic infections and has
significant public health consequences1. Praziquantel (PZQ) is the only drug currently administrated to
treat this disease. Therefore, it is essential to find new therapeutics2-3. Objective: The present study
provides, for the first time, conclusions on the cytotoxicity, morphological changes and in vitro and in
vivo schistosomicidal properties of (Z)-1-(2-chloro-6-fluoro-benzyl)-5-thioxo-4-(2,4,6-trimethoxy-
benzylidene)-imidazolidin-2-one (LPSFPTS23). Materials & methods: The structure of this
compound was determined by spectroscopic methods. Ultrastructural changes of adult worms of S.
mansoni were evaluated using scanning electron microscopy (SEM). In the in vitro assays, were
evaluated parameters such motility, mortality and oviposition. In the in vivo evaluation, mice were
infected with 80 cercariae of S. mansoni (LE strain) and orally administered 75 and 150 mg/kg) at 45-
days post infection for 5 consecutive days. Results: Our results show that compound LPSF/PTS23,
present no toxic effects at different concentrations ranging from 5–100 μM. The evaluation of the in
vitro susceptibility of S. mansoni to the imidazolidine derivative LPSF/PTS23 revealed that the worms
were sensitive during the first 24 h, the highest mortality rate occurring after contact at a concentration
of 100 µM. After 96 h, LPSF/PTS23 showed similar behavior to PZQ and induced 100% mortality at
all concentrations. LPSF/PTS23 was considered to be active in the separation of coupled pairs,
mortality, decrease in the motor activity. The LPSF/PTS23 induced significant ultrastructural
alterations: The death of the parasite was preceded by progressive surface membrane damage,
characterized by tegument peeling, spine reduction and erosion, blister formation and rupture. During
in vivo study, doses of 75 mg/kg and 150 mg/Kg resulted in a significant reduction in worm burden.
There was also marked reduction in liver and intestinal. Conclusion: Thus, this new imidazolidine
derivative should undergo further study to develop schistosomiasis drugs.

Keywords: Anti-Schistosoma mansoni, Schistosoma mansoni; Imidazolidines, Electron microscopy

References:
1. Tallima H, Ridi R. (2007). Int J Antimicrob Agents. 29: 570-5.
2. Cioli D, Pica-Mattoccia L, Archer S. (1995). Pharmacology and Therapeutics. 68: 35-85.
3. Matos-Rocha TJ, Cavalcanti MGS, Barbosa-Filho JM, Lúcio AS, Veras DL, Feitosa AP, Siqueira
Júnior JP, Almeida RN, Marques MO, Alves LC, Brayner FA. (2013). Planta Med. 79: 1307-12.

1482
Contribuição da disciplina de Semiologia Farmacêutica para os acadêmicos de
farmácia: relato de experiência.

Raiany Thaimeny Nery1 & Angelita Cristine de Melo1*

1
Universidade Federal de São Joãol Del-Rei, Campus Centro-Oeste Dona Lindu, Divinópolis,
Minas Gerais – Brasil; *angelitamelo@ufsj.edu.br

OBJETIVO: Descrever metodologias ativas empregadas no ensino de competências clínicas para o


cuidado farmacêutico. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência sobre a disciplina
de Semiologia Farmacêutica. RESULTADOS: Semiologia Farmacêutica é ofertada no 6º período
do curso de farmácia da Universidade Federal de São João Del-Rei, com carga horária total de 54
horas (36 horas de aulas teóricas e 18 horas de práticas), sua ementa é “Comunicação farmacêutico-
paciente, relação terapêutica, semiologia, anamnese e indicação Farmacêutica. Atendimento
farmacêutico em transtornos menores. Reflexão crítica da função do farmacêutico comunitário em
saúde coletiva: promoção do uso racional de medicamentos”. Os objetivos da disciplina são
desenvolver nos acadêmicos as competências para conduzir o processo semiológico e semiotécnica
para identificação das necessidades de saúde dos pacientes; realizar prestação de serviços
farmacêuticos direcionados ao paciente, família e comunidade (excetuados o acompanhamento
farmacoterapêutico e dispensação) e cuidar de pacientes com condições autolimitadas. Nas aulas
teóricas são desenvolvidos temas como consulta farmacêutica: acolhimento, anamnese, técnica e
registro da prática, identificação de parâmetros clínicos e os transtornos menores (contracepção,
dismenorreia, candidíase, dor, febre, cefaleias, gripe, constipação, diarreia, hemorroidas, úlcera
entre outras). Nas aulas práticas, a turma é dividida em subturmas, que possuem aulas quinzenais.
Nestas aulas são feitas simulações, em que um acadêmico é escolhido para representar o paciente e
outro o farmacêutico. Um caso clínico é apresentado aos alunos, e estes devem demonstrar como se
comportar diante da situação. O assunto (afta, insônia, pediculose, escabiose, rinite, sinusite,
distúrbios otológicos) é estudado previamente pelos alunos. A simulação é gravada e
posteriormente analisada pelos alunos e a docente, para avaliar a postura e conduta do farmacêutico.
Além disso, é feito análise de prescrição com o intuito de revisar a farmacoterapia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A Semiologia permite o desenvolvimento de habilidades para a
prestação de serviços farmacêuticos para o apoio ao manejo da farmacoterapia no contexto do
autocuidado à saúde.
Palavras chaves: Educação farmacêutica, Semiologia, Farmácia

Referências

Blenkinsopp A, Paxton P, Blenkinsopp P. Symptons in the pharmacy: a guide to the management of


common illness. 6.ed. New Delhi : LWW, 2008, 360p.

Berardi RR et al. Handbook of nonprescription drugs. 13.ed. Washington: AphA, 2002.

Dipiro J et al. Pharmacotherapy: a pathophysiologic approach. 9.ed. New York : McGraw-Hill


Medical, 2014, 2848p.

Krinsky DL et al. Handbook of nonprescription drugs: an interactive approach to self-care.


18ed. Washington: American Pharmacists Association. 2014, 1041 p.

1483
Evaluate the activity antifungal and antibacterial in vitro the
emulsions containing essential oil Schinus terebinthifolius Raddi
Pablo Queiroz Lopes.1*, Fabíola Bernardo Carneiro1, Raphael Almeida Lira2, Sócrates
Golzio dos Santos2, Elquio Eleamen Oliveira3 & Luis Alberto de Lira Soares.1

1. Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal


de Pernambuco-UFPE, Rua Prof. Artur de Sá s/n, 50740-521, Recife,
Pernambuco, Brazil.
2. Departamento de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal da Paraíba-
UFPB, Cidade Universitária, 58051-900- João Pessoa - PB - Brazil.
3. Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas, Universidade Estadual da
Paraíba-UEPB, Rua Horácio Trajano de Oliveira, s/n, 58070-450, João Pessoa,
PB, Brazil.

* Corresponding author e-mail:pabloqueirozlopes@gmail.com

Objective: This study aimed to evaluate the activity antifungal and antibacterial in vitro
the emulsions containing essential oil Schinus terebinthifolius Raddi. Methodology:
Determination of Minimum Inhibitory Concentration (MIC) of the tested products was
performed by broth microdilution technique containing 96 wells-bottomed "U" and in
duplicate. In each well of the plate was added 100mL CSD (yeast) liquid medium or CN
(bacterial) doubly concentrated. Subsequently, 100mL of solution products also doubly
concentrated were dispensed into the wells of the first row of the plate. And by means
of a serial dilution at a ratio of two concentrations were obtained 1024 µg/mL to 32
µg/mL, so that the first row of the plate will meet the highest concentration and last the
lower concentration. Finally, was added 10uL of the inoculum of the microorganisms in
plate’s wells where each column referred specifically to a strain. Results: The samples
E4, E5 and E6 showed better antifungal activity, because it showed an increase
compared to the essential oil. However, E5 formulation showed better antifungal
activity to Candida albicans ATCC 90028 (256 / mL) as compared to the essential oil
(512 ug / ml). The remaining samples showed no significant results when compared to
the essential oil. For antimicrobial activity emulsions showed resistance except the E6
emulsion, which showed antimicrobial activity for Staphylococcus Aureus ATCC-
25923. Conclusion: The minimum inhibitory concentrations (MIC) in emulsions
present better result than essential oil because these emulsion systems increase
solubility and essential oil absorption in a formulation. The main advantage of systems
emulsified is that increase the solubility and bioavailability of therapeutic drugs.

Keywords: Oil essential, Schinus terebinthifolius, Emulsion, Minimum Inhibitory


Concentration.

References

1.Ferreira, M. A., R. Santiago, et al. (2010). AAPS PharmSciTech 11(3): 1383-1390.


2.Santos, O. D., J. M. Morais, et al. (2011). Journal of Dispersion Science and
Technology(3): 433-438.
3.Tadros, T. F. (2014). Formulation of Disperse Systems: Science and Technology,
John Wiley & Sons.
4.Vandeputte, P., S. Ferrari, et al. (2011). International Journal of Microbiology 2012.

1484
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL BIOLÓGICO DO EXTRATO DA FOLHA
DO NONI (Morinda citrifolia L.) PARA PADRONIZAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DE FITOTERÁPICO

Suzana Barbosa Bezerra¹, Antônia Samille Alcântara de Negreiros 2, Ana Virgínia Timbó Paiva
Mororó 2, Renata Albuquerque Costa 2, Francisco Eduardo Aragão Carnuda Júnior 2,Paulo Sério
Corrêa Siebra², Rafaelly Maria Pinheiro Siqueira 2.
1
Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza - FAMETRO, Rua Conselheiro Estelita, 500,
Centro. Fortaleza, Ceará, Brasil.
2
Instituto de Teologia Aplicada – INTA , Rua Coronel Antônio Rodrigues Magalhães,359, Sobral,
Ceará, Brasil.

Objetivo: Avaliar o potencial biológico do Noni (Morinda citrifolia Linn).


Materiais e métodos: As folhas de Noni foram coletadas em Sobral-Ce e realizada a produção de
extrato alcóolico, que foi analisado quanto à presença dos principais grupos de metabólitos
secundários. A avaliação da toxicidade do extrato etanólico das folhas de Noni (EEFN) foi realizada
no ensaio com Artemia salina, onde os náuplios foram obtidos após a incubação (24 hs) e
acrescidos em tubos (10 artemias e 1,5 mL de água do mar), EEFN (2000 ug/mL a 1 ug/mL) e
dicromato de potássio e salina (controles). Após 24 horas, realizou-se a contagem de larvas
sobreviventes. Já a atividade bacteriana do EEFN foi realizada com cepas de Staphilococcus
aureus, Streptococcus pneumoniae (ATCC 11733), Pseudomonas aeruginosa (ATCC 15442),
Staphylococcus epidermidis (ATCC 12228), Streptococcus pyogenis (ATCC 19615), Enterococcus
faecalis (ATCC 4083). Suspensões microbianas (108 UFC/mL) foram semeadas em ágar Mueller-
Hinton e discos impregnados com 20 uL do EEFN colocados nos meios inoculados, com
clorexidina e meropenem usados como controles positivos. As placas foram incubadas a 35ºC/24h
e a leitura dos halos de inibição foi realizada. A atividade antioxidante do EEFN foi realizada
através do método do DPPH, onde uma alíquota (50 g/mL) de EEFN (3200 ug/mL até 10 ug/mL),
-tocopherol (controle positivo) foi misturada com 1,95 mL de solução de DPPH. Após 30 min, foi
feita leitura da absorbância em um espectrofotômetro (517 nm) e a porcentagem de inibição foi
calculada. Todos os testes foram realizados em triplicata e analisados através de programa
GraphPad Prism. Resultados: O EEFN demonstrou que até a concentração 200 ug/mL houve baixa
toxicidade em artemias, entretanto, acima de 500 ug/mL foi encontrado sinais de toxicidade. O
Noni foi capaz de inibir o crescimento de S. aureus no teste de diluição em ágar. Já para o teste de
DPPH, o extrato apresentou boa atividade antioxidante, podendo ser associado com a presença de
alguns grupos químicos, como flavonas e flavonoides. Conclusão: O Noni apresentou atividade

1485
antibacteriana e antioxidante, além de baixa toxicidade, favorecendo o seu uso como um
fitomedicamento. Entretanto, estudos adicionais são necessários para maiores informações acerca
da espécie.
Palavras-chaves: Noni, atividade antioxidante, atividade antibacteriana, toxicidade, fitoterápicos.

1486
Análise do perfil clínico-laboratorial de pacientes pediátricos atendidos em hospital
de referência em doenças infecciosas no Ceará

Luan Costa Ferreira1, Antônio Carlos Policarpo Carmo2, Mércia Guimarães Carneiro2, Malena Gadelha
Cavalcante2, Denise Girão Limaverde Lima2, Gardênia Monteiro Farias2, Luzia Izabel Mesquita Moreira1
& Ângela Maria de Souza Ponciano1*

1
Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, Ceará, Brasil
2
Hospital São José de Doenças Infecciosas, Fortaleza, Ceará, Brasil
*
E-mail: angelponciano@gmail.com; ferreira_lc@yahoo.com.br

Objetivo: Investigar o perfil clínico e laboratorial de pacientes pediátricos atendidos em um hospital de


referência em doenças infecciosas no Ceará. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal
descritivo com coleta de dados em prontuários médicos entre julho e dezembro de 2013. Correlacionou-se
o perfil epidemiológico dos pacientes internados na Unidade de Pediatria do hospital em estudo (através
das variáveis como sexo, faixa etária e região de procedência) com os resultados de exames laboratoriais
de cunho microbiológico/viral/parasitológico/fúngico e os diagnósticos clínicos. Utilizou-se a planilha
eletrônica do Microsoft® Excel® 2010 para o cálculo de médias, desvio padrão e freqüências. Esse
trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética de Pesquisa com Humanos da UFC, com número do CAAE
33305014.7.0000.5054, com número de parecer 751135. Resultados: Durante o período de estudo, 252
pacientes, com idade entre 2 meses a 17 anos e média de 7,29 anos (DP=5,56), deram entrada no hospital.
Destes, temos que 58,33% eram do gênero masculino. Em relação à procedência, a maioria adveio da
capital Fortaleza (61,5%). Em relação aos diagnósticos (simples ou associados), foram encontrados 308
advindos desses pacientes durante o período do estudo. Destes, 40,25% tiveram origem bacteriana,
fúngica ou parasitológico, como meningite bacteriana (41), pneumonia (24), leishmaniose visceral (23),
principalmente. As doenças de origem viral como meningite viral (36), varicela (28), dengue (26),
SIDA/HIV (21), dentre outros, foram responsáveis por 40,80% dos diagnósticos encontrados. Outros
18,70% dos diagnósticos restantes tiveram origens diversas, como anemia, leucemia, processos
inflamatórios, dentre outros. Dos exames realizados, hemocultura (43), bacterioscopia (37), cultura para
germes piogênicos (28), K-39/teste rápido (24) e HIV/teste rápido (23) foram os mais realizados,
contribuindo com tendências de consumo de fármacos. Conclusão: Os exames laboratoriais possuem,
juntamente com os aspectos clínicos do paciente, a função de direcionar melhores condutas de
prescritores, auxiliando na diminuição do uso abusivo e/ou desnecessário de medicamentos em crianças.

Palavras-chave: Pediatria, Doenças infecciosas, Testes laboratoriais

Agradecimentos: Secretaria de Saúde do Governo do Estado do Ceará, Hospital São José de Doenças
Infecciosas

Referências:
1. Silva JN. (2004). Estudo do teste rápido imunoenzimático através do antígeno recombinante rK39 para
diagnóstico de leishmaniose visceral americana: correlação clínico-terapêutica. Dissertação de Mestrado
em Patologia. UFC. Fortaleza. 122p.
2. Carneiro M, Ferraz T, Bueno M, Koch BE, Foresti C, Lena VF, Machado JA, Rauber JM,
Krummenaauer EC, Lazaroto DM. (2011). O uso de antimicrobianos em um hospital de ensino: uma
breve avaliação. Rev Assoc Med Bras. 57(4): 421-424.
3. Bricks LF. (2003). Uso judicioso de medicamentos em crianças. J Pediatr. V. 79: 107-114

1487
Erros de medicação em uma rede de hospitais universitários federais

Bruna Mafra Guedes Ferraz¹, Helaine Carneiro Capucho², José Carlos dos Santos³, Lorena Bezerra
Carvalho4
1
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, Brasília, Distrito Federal, Brasil,
bruna.guedes@ebserh.gov.br; 2Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, Brasília, Distrito
Federal, Brasil, helaine.capucho@ebserh.gov.br; 3Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares,
Brasília, Distrito Federal, Brasil, jose.santos@ebserh.gov.br; 4Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares, Brasília, Distrito Federal, Brasil, lorena.carvalho@ebserh.gov.br

Objetivo: Traçar o perfil de notificações sobre erros de medicação recebidas por meio do
VIGIHOSP – Aplicativo de Vigilância em Saúde e Gestão de Riscos Assistenciais Hospitalares
desenvolvido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), para uso entre os
hospitais universitários federais (HUF) filiados à Empresa. Métodos: Estudo quali-quantitativo,
realizado no período entre 01 de janeiro e 31 de julho de 2015. Foram selecionados os erros de
medicação dentre os diferentes tipos de notificações recebidas pelo Vigihosp. Os dados foram
dispostos em um banco de dados em planilha do Excel, com avaliação estatística descritiva.
Resultados: Medicamentos corresponderam a 23,62% dos motivos das notificações recebidas no
período analisado (n=3.704). Dentre as 875 notificações sobre medicamentos, 263 (30,05%) foram
sobre erros de medicação, das quais 46% se referiram a erros em prescrição, 21% a erros de
dispensação, 14% a erros de administração, 2,6% a erros no preparo e 15% apresentam outros
motivos. 9,8% destas causaram dano ao paciente e em 13% dos relatos o notificador não sabe
informar se houve dano. Dentre os erros que causaram danos, 61,5% foram não graves, 11,5%
causaram incapacidade temporária, 15,4% prolongaram a hospitalização. Os farmacêuticos foram
os profissionais que mais relataram os erros (73%), seguidos por enfermeiros (16%), estudantes de
profissões da saúde (5%), médicos assistentes (3,7%). Conclusão: Os achados deste estudo estão
compatíveis com outros do mesmo tema1, porém se destaca pela ampla participação do profissional
farmacêutico nas notificações sobre erros de medicação. Pode-se inferir que, nesta rede de HUF os
farmacêuticos têm atuado proativamente de modo a “prevenir, identificar, avaliar e intervir nos
incidentes relacionados aos medicamentos e a outros problemas relacionados à farmacoterapia”,
conforme prevê a Resolução nº 585/2013 do Conselho Federal de Farmácia2. Faz-se necessário,
porém, ampliar a participação dos demais profissionais na identificação e notificação dos erros de
medicação, a fim de produzir ambiente propício ao aprendizado e melhoria contínua, já que a
assistência prestada ao paciente pode promover uma mudança significativa entre o seu estado atual
de saúde e o estado futuro3.

Palavras-chave: Erros de medicação, Farmacovigilância, Hospital, Qualidade da assistência à


saúde.

Referências:
1. Cano FG, Rozenfeld S. (2009); Cad Saude Publica. 25(supl 3):S360-S372.
2. Conselho Federal de Farmácia. (2013) ; Resolução nº 585, de 29 de agosto de 2013.
3. Donabedian A. (1984) La Calidad de la Atención Médica. 194 p.

1488
SISTEMA DE DEVOLUÇÃO DE MEDICAMENTOS

Patrícia Krauze de Almeida1, Paolla Ferreira Baptista2, Dayana Azevedo Silva de Souza3, Fernanda
Paquiela Gegenheimer4, Cláudia Cristina Santos Soares5, Fernanda Alves Brito6 & Lair Monteiro de
Souza7.
1
Farmacêutica Residente do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade
Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – patricia.krauze@hotmail.com.2Farmacêutica
Residente do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal
Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – paollaferreirab@hotmail.com.3Farmacêutica Residente
do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal Fluminense – Rio
de Janeiro – RJ – Brasil – dayanaassouza@hotmail.com.4Farmacêutica Residente do Programa de
Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ
– Brasil – fernandapaquiela@hotmail.com. 5Farmacêutica do Serviço de Assistência Farmacêutica
do Hospital Federal do Andaraí – Rio de Janeiro – RJ – Brasil –
claudiasoares3009@gmail.com.6Farmacêutica do Serviço de Assistência Farmacêutica do Hospital
Federal do Andaraí – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – nanda.a.brito@gmail.com.7Farmacêutica
Chefe do Serviço de Assistência Farmacêutica do Hospital Federal do Andaraí – Rio de Janeiro –
RJ – Brasil – lairms@hotmail.com.

Introdução: A farmácia hospitalar representa um importante componente da assistência hospitalar,


envolvido na gestão e prestação de serviços de saúde. Assim, mostra-se como um dos instrumentos
básicos do setor, sendo responsável por uma parcela significativa dos custos totais do hospital, pois
esta é responsável por suprir a demanda necessária do paciente hospitalizado bem como da unidade
hospitalar. Os gastos farmacêuticos têm se mostrado crescentes e concorrem com outras áreas
prioritárias da saúde. Sendo assim, o sistema de distribuição adotado pela unidade deve ser eficaz a
fim de diminuir erros, atingindo juntamente o sucesso terapêutico. Por este motivo, os processos
devem ser controlados com o objetivo de otimizar a prática de distribuição e devolução para
posterior redistribuição. Ferramentas de quantificação envolvendo custos servem de base para
controle e mensuração de gastos/economia envolvendo medicamentos na unidade hospitalar.
Objetivos: A pesquisa teve como objetivo a quantificação dos medicamentos devolvidos à farmácia
hospitalar e verificação do valor associado. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo,
observacional e retrospectivo, utilizando como base de coleta os formulários de devolução de
medicamentos enviados à farmácia pelos diversos setores durante o ano de 2014/2015. Resultados:
Durante o ano de 2014, onde foram coletados dados de junho a dezembro, o total de medicamentos
devolvidos pelos setores da unidade hospitalar foi de 13.639 unidades, enquanto de janeiro à julho
de 2015, observou-se um total de 10.813. Considerando o perfil de medicamentos devolvidos,
foram considerados os antibacterianos, antifúngicos e psicotrópicos gerando um resultado de 4.013,
319 e 2.238 unidades respectivamente durante a coleta de 2014. Já na coleta referente ao ano de
2015, foram observadas 3.982 unidades de antibacterianos, 267 unidades de antifúngicos e 2.200
unidades de psicotrópicos. No que se refere ao valor em reais associado a devoluções, observou-se
um total de R$ 70.827,53 na coleta de 2014 e R$ 55.982,34 na coleta de 2015. Conclusão: o
processo de devolução gera uma economia para a instituição, já que há a reutilização dos
medicamentos, isso infere no uso racional de medicamentos, pois se há um grande volume de
devolução, entende-se que não há utilização adequada, ocasionando gastos desnecessários para o
sistema.

Palavras-chave: Assistência Farmacêutica, Custos, Erros de Medicação.

1489
Referências bibliográficas:
PACKEISER, Priscila Becker; RESTA Darielli Gindri. Farmacoeconomia: uma ferramenta para a gestão
dos gastos com medicamentos em hospitais públicos. Revisão. Infarma Ciências farmacêuticas. 2014.
Volume 26; 4ªedição; p.215-223.

VASCONCELOS, Alessa Caroline Pedrosa de; Sena, Priscila Souza de; Souza, Higor Novais de; LIMA,
Cláudio Moreira; RIOS, Marcos Cardoso. Sistema de distribuição coletiva de medicamentos: Uma análise de
caso sob a ótica da eficiência. Revista brasileira de Farmácia. 2012. 93(4): 499-503.

CORTEZ, Daniela X; LEITE, Renata M. Daniela; CORTEZ, Francisca O. X. Assistência Farmacêutica no


SUS. Revista Interfaces: Saúde, Humanas e tecnologia – faculdade leão Sampaio. 2014. Volume 2; nº5.

LIMBERGER, Jane Beatriz ; SANTOS, Tatieli Sampaio; PREDIGER, karoline de Campos; FERRONY,
Daniel de Azevedo; BERGTAGNOLLI, Silvana Maria Michelin. Análise do fluxo de distribuição e estorno
de medicamentos em hospital filantrópico de santa maria, rs. RAHIS. 2013. v.10, n.1, pp. 36-44.

MOTA, Daniel Marques; Silva, Marcelo Gurgel Carlos; Sudo, Elisa Cazue; ORTÚN, Vicente. Uso racional
de medicamentos: Uma abordagem econômica para tomada de decisões. Ciência & Saúde Coletiva.
2008. 13(Sup):589-601.

1490
Ferramentas para atuação clínica do farmacêutico
Pedro Eduardo Menegasso1, Marcos Machado Ferreira1, Priscila Nogueira
Camacho Dejuste1, Raquel Cristina Delfini Rizzi Grecchi1,2, Reggiani Luzia
S Wolfenberg1, Marcelo Ferreira Carlos Cunha1, Nathália Christino Diniz
Silva1?&?Danielle Bachiega Lessa1
1
Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), São
Paulo, São Paulo, Brasil,
2
Faculdade Campo Limpo Paulista (FACCAMP), Campo Limpo Paulista,
São Paulo, Brasil
secol@crfsp.org.br

Introdução: O uso inadequado de medicamentos é uma preocupação


crescente, levando em consideração o potencial nocivo para a saúde da
população. Aproximadamente um terço das internações ocorridas no país
tem como origem o uso incorreto de medicamentos. Estatísticas do Sistema
Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) da Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelam que, no Brasil, 27% dos casos de
intoxicações e 21% das morte por intoxicações são causados por
medicamentos. Esses dados apontam a necessidade de o farmacêutico
promover o uso racional de medicamentos (URM) e otimizar a
farmacoterapia, que podem ser alcançados por meio do cuidado ao paciente.
Para aprimorar, de forma contínua, o desempenho de sua atividade
profissional, o farmacêutico deve manter atualizados os seus conhecimentos
técnicos e científicos, conforme previsto no Código de Ética Farmacêutica
(Resolução CFF n° 596/14). Objetivo: Neste contexto, a entidade se propôs
a oferecer ferramentas para auxiliar o farmacêutico na prática do cuidado ao
paciente, tendo em vista que sua aproximação com a população lhe permite
auxiliar positivamente no resultado do tratamento. Metodologia: Como
ferramentas para auxílio ao farmacêutico, a entidade realizou, em várias
cidades do Estado de São Paulo, diversos cursos aos profissionais inscritos
na entidade. Além disso, foram realizados, em São Paulo - capital, dois
seminários para discutir os desafios do cuidado farmacêutico aos pacientes.
Em todos os eventos foram aplicadas pesquisas de avaliação para
quantificar a efetividade das ferramentas. Resultados: De março de 2013 a
maio de 2015, a entidade ofereceu 96 cursos e 2 seminários que contaram
com 4.352 participantes. 82% responderam à pesquisa para avaliar os cursos
e 47% para avaliar os seminários. Dos respondentes, 98% e 96%,
respectivamente, consideraram a atividade aplicável à sua realidade e 98% e
99% o conteúdo excelente/bom. Conclusão: Os eventos desenvolvidos pela
entidade receberam boa aceitação, sugerindo aplicabilidade à prática diária
dos farmacêuticos no cuidado ao paciente e contribuição ao URM. Além
disso, os resultados indicam que os eventos podem ser considerados
ferramentas úteis para a atualização do profissional.

Palavras-chave: Cuidados farmacêuticos ao paciente, Atualização do


profissional, Conhecimentos técnicos e científicos.

Referências Bibliográficas:

1491
1. AQUINO, D.S. Por que o uso racional de medicamentos deve ser uma
prioridade? Ciência & Saúde Coletiva, 13 (Sup):733-736, 2008.

2. CFF, Conselho Federal de Farmácia. CFF, Conselho Federal de Farmácia.


Resolução CFF n° 585, de 29 de agosto de 2013. Regulamenta as
atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. Diário Oficial
da União de 25 de setembro de 2013 – Seção 1, p.186. Disponível em:
<http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/585.pdf>. Acesso em: 12 de
junho de 2015.

3. CFF, Conselho Federal de Farmácia. CFF, Conselho Federal de Farmácia.


Resolução CFF nº 586, de 29 de agosto de 2013. Regula a prescrição
farmacêutica e dá outras providências. Diário Oficial da União de 26 de
setembro de 2013 – Seção 1, p. 136. Disponível em:
<http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/586.pdf> Acesso em: 12 de
junho de 2015.

4. CFF, Conselho Federal de Farmácia. CFF, Conselho Federal de Farmácia.


Resolução CFF nº 596, de 21 de fevereiro de 2014. Dispõe sobre o Código
de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece as infrações
e as regras de aplicação das sanções disciplinares. Diário Oficial da União
de 26 de setembro de 2013 – Seção 1, p. 99. Disponível em:
<http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/596.pdf> Acesso em: 12 de
junho de 2015.

5. SINITOX. Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas. Rio


de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz; 2012.

1492
Perfil epidemiológico dos óbitos de Herpes Zoster em regiões brasileiras
Daniele Gonçalves Fabre1
1
Universidade Iguaçu (Campus V) - Itaperuna, Rio de Janeiro, Brasil, dani140482@gmail.com

Herpes Zoster (HZ) é uma doença que resulta da reativação do vírus Varicela Zoster (VVZ),
membro da família Herpesviridae1. O VVZ fica latente nos gânglios das raízes dorsais após a
infecção primária na infância e se manifesta sob a forma de um exantema vesicular distribuído de
acordo com o dermátomo sensorial atingido2 provocando dor nevrálgica e disestesia3. Objetivo:
Descrever o perfil epidemiológico dos óbitos de HZ nas regiões brasileiras compreendendo o
período de 2009 a 2013. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo de coorte transversal. Os
dados coletados foram provenientes do DATASUS4. A partir da secção Mortalidade, foram
selecionados casos do CID-10: Capítulo I (Algumas Doenças Infecciosas e Parasitárias); Grupo das
Infecções Virais Caracterizadas por Lesões de Pele; e Categoria B02 (Herpes Zoster). Resultados:
No Brasil foram registrados 329 óbitos de HZ entre os anos de 2009 a 2013. Dos 329 casos, 17,6%
foram registrados em 2009, 18,9% em 2010, 20,0% em 2011, 21,6% em 2012 e 21,9% em 2013. No
período estudado, a região sudeste registrou 49,6% dos casos, a região nordeste 21,9%, a região sul
17,3%, a região centro-oeste 7,9% e a região norte 3,3%. O sexo feminino representou 62,3% dos
casos e o masculino, 37,7%. A faixa etária mais atingida foi de 80 anos ou mais, representando
50,5% dos casos. Em seguida, foram registrados 23,4% entre 70 e 79 anos, 10,1% entre 60 e 69
anos, 6,4% entre 50 e 59 anos, 3,1% entre 40 e 49 anos, 2,8% entre 30 e 39 anos, 3,1% entre 15 e
29 anos. Houve também 2 casos (0,6%) com menores de 1 ano de idade. Conclusão: O maior
número de óbitos por HZ registrado foi na faixa etária de 80 anos ou mais. O sexo feminino foi o
mais atingido. No Brasil, o número de casos tem aumentado nos últimos anos afetando mais a
região sudeste. A HZ pode se tornar uma doença grave quando acomete imunodeprimidos2, o que
pode ser fatal quando não devidamente tratada. Nestes casos de imunossupressão, alterações
anóxicas no cérebro são encontradas juntamente com alterações inflamatórias em vários órgãos,
incluindo pulmão, fígado, baço e pele1.
.

Palavras-chave: Datasus, Herpes, Herpesviridae, Varicela.

Referências

1. GOLDMAN, LEE; AUSIELLO DENNIS. Cecil’s medicina. Volume II, 23ª edição, p.2894-
2897. São Paulo: Saunders-Elsevier, 2009.

2. FAUCI, ANTHONY et al. Harisson’s principles of internal medicine. 17ª edição, p.1102-
1105. New York: Mc Graw Hill, 2008.

3. ROWLAND, LEWIS. Merritt’s tratado de neurologia. 11ª edição, p.178-180. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

4. DATASUS, Departamento de Informática do SUS. Ministério da Saúde. Disponível em:


http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10uf.def Acesso: 30 jun/2015.

1493
Análise quantitativa e qualitativa do rejeito medicamentoso
destinado ao descarte sustentável adequado
Iohana Dornelles Machado¹, Siomara da Cruz Monteiro2, Luciana Signor Esser3, Clara Lia Costa
Brandelli4 & Adroaldo Lunardelli5
1
Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil,
iohana_machado@uniritter.edu.br; 2Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre,
Rio Grande do Sul, Brasil, siomara_monteiro@uniritter.edu.br; 3Centro Universitário Ritter dos
Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, luciana_signor@uniritter.edu.br; 4 Centro
Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil,
clara_brandelli@uniritter.edu.br; 5 Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre,
Rio Grande do Sul, Brasil, adroaldo_lunardelli@uniritter.edu.br.

Objetivo: o estudo objetivou analisar todos os medicamentos desprezados em um programa de


descarte consciente de medicamentos através de uma ação reflexiva e educativa que visa a
sustentabilidade, promovendo a logística reversa de produtos que sabidamente causam transtornos
ao meio ambiente. Materiais e métodos: foi colocado um coletor de medicamentos expirados ou em
desuso no saguão do principal acesso ao Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter) campus
Zona Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O coletor foi acomodado em local visível para que os
alunos e funcionários da instituição pudessem depositar o rejeito medicamentoso que,
periodicamente, foi sacado, analisado e encaminhado ao destino correto por uma empresa
licenciada para tal pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Os medicamentos
dispensados no coletor foram contados e classificados segundo suas classes farmacológicas no
período compreendido entre 10 de novembro de 2014 e 10 de agosto de 2015. Resultados: No
período analisado foram arrecadados 21.811 unidades de medicamentos rejeitados, dos quais,
12,2% pertenciam à classe dos antidepressivos, 8,2% eram anti-hipertensivos, 5,9%
anticoncepcionais, 4,9% anticonvulsivantes, 4,8% analgésicos, 4,7% de antibióticos e outros 4,7%
de anti-inflamatórios. Conclusão: tratar incorretamente o resíduo medicamentoso, como depositá-
los em aterros comuns ou despachá-los pela rede de esgoto, pode ocasionar contaminação do meio
ambiente. A arrecadação destes medicamentos vencidos em um ambiente universitário é uma ação
que nasce de uma proposta ambiciosa de mudança de paradigmas, de atenção para velhos hábitos
pouco saudáveis e de elevação consciente à preocupação com o meio ambiente. A comunidade
acadêmica da instituição aderiu ao programa evitando que milhares de medicamentos tivessem o
inadequado destino de descarte. O fármaco mais prevalente encontrado foi a fluoxetina, podendo-se
sugerir que esta medicação seja amplamente utilizada pelos alunos da instituição para o alento de
distúrbios depressivos ou, em uma ótica pessimista, como automedicação. Torna-se lúcido a
formação de profissionais (e cidadãos) preocupados com a questão ambiental, e isto só será possível
no momento em que a sociedade complete a transição em direção à sustentabilidade. Esta campanha
rendeu ao UniRitter o certificado ambiental na destinação adequada do produto farmacêutico.

Keywords: sustentabilidade; descarte de medicamento, medicamento vencido.

1494
Suspeitas de reações adversas envolvendo asparaginase em crianças brasileiras

Amanda Cabral dos Santos1, Nathalia Peroni da Silva2, Ivana Cristina da Cunha Ribeiro
Gonçalves3, Stephanie de Moura Araujo Fernandes4, Joyce Ferreira da Silva5, Marcelo Gerardin
Poirot Land6 & Elisangela da Costa Lima-Dellamora7
1
Faculdade de Farmácia – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cidade Universitária, Rio de
Janeiro, Brasil (amandacs9@yahoo.com.br); 2Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão
Gesteira – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, Brasil
(naty_tere@msn.com); 3 Faculdade de Farmácia – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cidade
Universitária, Rio de Janeiro, Brasil (ivana.rgoncalves@yahoo.com.br); 4 Instituto de Puericultura e
Pediatria Martagão Gesteira – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cidade Universitária, Rio de
Janeiro, Brasil (stephaniefernandes1000@yahoo.com.br); 5 Faculdade de Farmácia – Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, Brasil (joycefpsilva@gmail.com);
6
Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira – Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Cidade Universitária, Rio de Janeiro, Brasil (land.marcelo@gmail.com); 7Faculdade de Farmácia –
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, Brasil
(lima.dellamora@gmail.com)

Objetivo: A enzima L-asparaginase é utilizada na quimioterapia antineoplásica, em protocolos de


indução e intensificação da remissão de leucemias pediátricas (Pieters et al, 2012). No entanto, as
formulações farmacêuticas que utilizam enzimas possuem algumas desvantagens, como a
dificuldade de se atingir o nível adequado de pureza, a distribuição limitada no organismo
(geralmente limitada ao plasma) e a imunogenicidade (Avramis e Panosyan, 2005). O presente
estudo objetivou analisar os casos de suspeita de reações adversas (RA) à asparaginase, envolvendo
crianças, notificados ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária (Notivisa). Metodologia:
Dados do Notivisa referentes às suspeitas de RA envolvendo crianças com até 12 anos no período
entre os anos de 2008 e 2013 foram disponibilizados em planilha de Excel® pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária, após convênio de colaboração com a Universidade Federal do Rio de
Janeiro. Todos os medicamentos envolvidos em suspeitas de RA a medicamentos foram
classificados segundo o código internacional ATC (Anatomical Therapeutic Chemical), para
posterior seleção dos casos envolvendo a asparaginase. Aspectos como (a) estado de origem, (b)
tipo e (c) gravidade da RA foram selecionados e analisados com auxílio do programa SPSS
Statistics Data Editor 22. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o número
931.400. Resultados: No período estudado, a asparaginase foi responsável pelo maior número de
RA notificados (16%) na classe dos medicamentos antineoplásicos (L01) em um universo de 3330
casos. Foram identificados 41 registros relacionados à notificação de 80 reações em crianças com
37 dias até 12 anos de idade. São Paulo foi o estado com o maior número de notificações. Assim
como encontrado na literatura internacional, a maior parte dos eventos englobou reações de
hipersensibilidade (53,5%). Dois casos de anafilaxia e um caso de broncoespasmo foram
considerados graves. As demais RA — mesmo leves — foram relevantes no tratamento com
asparaginase, uma vez que levam à suspensão desta enzima no esquema terapêutico preconizado
para o cuidado de crianças com leucemia, contribuindo para recaída precoce (Shinnick et al, 2013).
Dentre as não alérgicas, destacaram-se, pela gravidade, casos envolvendo trombose (2) e
hemorragia cerebral (1), pancreatite (6), hepatite (1) e alterações hematológicas (7). Conclusão: A
análise do Notivisa possibilitou a identificação de um número de RA inferior ao esperado para um
período de seis anos, mas refletiu a distribuição observada em outros estudos, onde as reações
alérgicas são prevalentes. É possível que os eventos relacionados a este medicamento sejam
subnotificados, já que esta atividade é voluntária e o monitoramento regular do uso de

1495
medicamentos ainda é um desafio no país. Estima-se que o presente estudo poderá contribuir para o
conhecimento científico no campo da farmacoepidemiologia e para a ampliação de ações de
farmacovigilância nos serviços de saúde.
Palavras-chave: Reação adversa, Asparaginase, Crianças

1496
Cellular oxidative stress in patients with head and neck cancer in treatment with
cisplatin and radiotherapy

Júlia Coelho França Quintanilha¹, Marília Berlofa Visacri¹, Graziele Baldan Ferrari1 Vanessa
Marcilio de Souza2, Caio Henrique Gibim¹, Carina Malaguti¹, Anibal Eugenio Vercesi¹, Carmem
Silva Passos Lima¹, Priscila Gava Mazzola2 & Patricia Moriel1,2
1
School of Medical Sciences, University of Campinas (UNICAMP), Campinas, São Paulo, Brazil,
Tessália Vieira de Camargo, 126, 13083-887, cmed@fcm.unicamp.br; 2Faculty of Pharmaceutical
Sciences, University of Campinas (UNICAMP), Campinas, São Paulo, Brazil, Sérgio Buarque de
Holanda, 250, 13083-859, faleconosco@fcf.unicamp.br.

Aim: Cancer is one of the biggest public health problems at present, especially head and neck
cancer, being the fifth most prevalent neoplasia in the world. The most effective treatment for head
and neck cancer is radiotherapy along with high doses of cisplatin as chemotherapy1, but its use is
restricted because of the cisplatin’s toxicity, that is caused principally by oxidative stress. This is a
primary study, since previous studies on literature evaluated cellular oxidative stress only on animal
models. The purpose of this study is to evaluate cellular oxidative stress for the first time on
patients with head and neck cancer in treatment concomitant with radiotherapy and cisplatin.
Materials & methods: This is a prospective clinical and observational study, with consecutive
sampling, realized at the ambulatory of Clinical Oncology of Clinical Hospital UNICAMP, started
in February 2015, and in continuity at the present moment. Before and after five days of the first
chemotherapy cycle were collected blood of patients to the realization of the MitoSox Red2,
H2DCF-DA3 (2 ,7-dichlorofluorescein) and Amplex Red4 tests to determinate cellular oxidative
stress. The MitoSox Red quantifies the presence of mitochondrial superoxide anion, the H2DCF-DA
measure cellular damage and the Amplex Red measure the presence of hydrogen peroxide. Results:
The tests were done with the blood samples of ten patients before and after first cycle of
chemotherapy. MitoSox Red test showed variation from 367,84 ± 204,47 to 293,86 ± 165,60 A.F.U.
(p = 0,3900); H2DCF-DA test varied from 636,85 ± 228,35 to 895,97 ± 782,35 A.F.U. (p = 0,3891);
and Amplex Red test from 6,63x10-15 ± 7,30x10-15 to 6,09x10-15 ± 5,68x10-15 H202/s (p = 0,8334).
Conclusion: The tests did not show a significative diference between that realized before and after
first chemotherapy cycle. It is necessary a bigger number of patients inclusion.

Keywords: Cisplatin, Oxidative stress, Head and neck cancer.

Acknowledgements
CAPES and FAPESP for financial support.

References:
1. Adelstein DJ, Li Y, Adams GL, Wagner Jr H, Kish JA, Ensley JF, et al. (2003); J Clin Oncol.
21(1): 92-8
2. Ferranti R, da Silva MM, Kowaltowski AJ. (2003); FEBS Lett. 536(1-3): 51-5
3. Ali SF, LeBel CP, Bondy SC. (1992); Neurotoxicology. 13(3): 637-48
4. Payne CM, Webwr C, Crowlwy-Skillicorn C, et.al. (2007); Carcinogenesis. 28(1): 215-22

1497
Impact of different cisplatin doses on toxicities and clinical response in head and
neck cancer patients

Marília Berlofa Visacri1, Leisa Lopes-Aguiar1, Ericka Francislaine Dias Costa1, Graziele Baldan
Ferrari1, Júlia Coelho França Quintanilha1, Guilherme Augusto Silva Nogueira1, Tathiane Regine
Penna Lima1, Eder de Carvalho Pincinato1, Priscila Gava Mazzola1,2, Luciane Calonga3, Carlos
Takahiro Chone3, João Mauricio Carrasco Altemani3, Carmen Silvia Passos Lima1 & Patricia
Moriel1,2

1
School of Medical Sciences, University of Campinas (UNICAMP), Campinas, São Paulo, Brazil,
Tessália Vieira de Camargo, 126, 13083-887, cmed@fcm.unicamp.br; 2Faculty of Pharmaceutical
Sciences, University of Campinas (UNICAMP), Campinas, São Paulo, Brazil, Sérgio Buarque de
Holanda, 250, 13083-859, faleconosco@fcf.unicamp.br; 3Hospital of Clinics, University of
Campinas (UNICAMP), Campinas, São Paulo, Brazil, Vital Brasil, 251, 13083-888,
shc@hc.unicamp.br.

Aim: The most effective treatment for patients with advanced head and neck cancer is
chemotherapy with high doses of cisplatin and concomitant radiotherapy1. The evaluation of
cisplatin doses and its influence on toxicities and treatment effectiveness has not been demonstrated
in the literature. The aim of this study was to determine the impact of cisplatin doses on toxicities
and clinical response in advanced head and neck cancer patients in treatment with cisplatin
chemotherapy and radiotherapy. Materials & methods: It was an observational and prospective
study at a hospital in Brazil where head and neck squamous cell carcinoma (stages III-IV) patients
who received chemoradiation (80 or 100 mg/m2 of cisplatin per cycle) and completed 3 cycles were
included. Two groups were studied considering the accumulated cisplatin doses: group 1 (240-260
mg/m2) and group 2 (280-300 mg/m2). Pure tone audiometry by air conduction was performed to
evaluate ototoxicity and creatinine clearance to nephrotoxicity, before and after the end of
treatment; severities were classified by CTCAE (v.4)2. Computed tomography scan and RECIST
1.1 were realized for clinical response evaluation3. Results were analyzed by Fisher´s exact, Mann-
Whitney, and Logistic regression tests (p<0.05). Results: Forty patients were studied (group 1:
n=17; group 2: n=23). There was a prevalence of male (90.0%), white (92.5%), Karnofsky
Performance Scale 90-100% (63.2%) and pharyngeal cancer (67.5%) in stage IV (85.0%), with a
mean age of 52.9 ± 7.5 years. Ototoxicity was present in 94.1% in group 1 and 69.4% in group 2,
with a prevalence of grade 3 for both. In group 1, 47.1% had nephrotoxicity versus 39.1% in group
2, mostly grade 1. A complete response to treatment was observed in 23.5% in group 1 and 8.7% in
group 2. For all outcomes there was no statistically significant difference between groups.
Conclusion: The cisplatin doses had no significant impact on studied outcomes, however, a
prevalence of complete response and toxicity was observed in group 1.

Keywords: Cisplatin, Cancer, Doses, Toxicity, Effectiveness.

Acknowledgements
FAPESP and CAPES for financial support.

References
1. Bourhis J, Amand C, Pignon JP. (2004); J Clin Oncol. 22:5505.

1498
2. US Department of Health and Human Services, National Institutes of Health, National Cancer
Institute (2010). Common Terminology Criteria for Adverse Events (CTCAE), Version 4.0.
3. van Persijn van Meerten EL, Gelderblom H, Bloem JL. (2010). Eur Radiol., 20:1456-67.

1499
A relação entre polifarmácia e diabetes entre os participantes do
Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA – Brasil).

Raiany Thaimeny Nery1, Roberta Carvalho de Figueiredo1* & Thaís Resende Batista1

1
Universidade Federal de São Joãol Del-Rei, Campus Centro-Oeste Dona Lindu,
Divinópolis, Minas Gerais – Brasil; * robertafigueiredo@ufsj.edu.br

OBJETIVO: Estimar a prevalência de polifarmácia e avaliar sua associação com


características sociodemográficas, indicadores de saúde e hábitos de vida relacionados à
saúde entre adultos brasileiros. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal com
2970 participantes com diabetes da linha de base do ELSA-Brasil (Estudo Longitudinal
de Saúde do Adulto), um estudo de coorte multicêntrico, desenvolvido em seis
instituições de ensino superior e pesquisa, localizadas em diferentes regiões do país. A
associação entre as variáveis explicativas e a variável resposta (polifarmácia) foi
estimada por meio de regressão logística, estratificada por sexo. RESULTADOS: Do
total de participantes, 54,0% era do sexo masculino, a maioria possuía entre 55 a 64
anos de idade, 37,8% e 40,9%, respectivamente entre homens e mulheres. A prevalência
de polifarmácia foi maior em mulheres (32,0%) quando comparada aos homens
(21,9%). Os resultados da análise univariável mostraram que a chance de ter
polifarmácia, em homens, é maior entre aqueles participantes de maior idade,
hipertensos, com dislipidemia, doenças cardiovasculares, ex-fumantes e que não
consomem excessivamente bebida alcoólica. Porém, após o ajuste por todas as
variáveis, mantiveram-se associadas idade entre 65-74 anos, hipertensão, dislipidemia e
doenças cardiovasculares. Para as mulheres, na análise univariável, polifarmácia
associou-se com maior idade, ter plano de saúde, hipertensão, dislipidemia, doença
cardiovascular, obesidade e não fumar. Após ajuste, mantiveram associadas às faixas
etárias entre 55-64 anos e entre 65-74 anos, ter plano de saúde, dislipidemia e doença
cardiovascular. CONCLUSÃO: A prática de polifarmácia foi mais frequente em
homens e como era esperada, entre indivíduos idosos e em piores condições de saúde.

Palavras chaves: Polifarmácia, diabetes, comorbidades

1500
Referências:

1. Hajjar ER, Cafiero AC, Hanlon JT. (2007); Am J Geriatr Pharmacother. 5: 345–51.
2. Jokanovic N, Tan ECK, Dooley MJ, Kirkpatrick CM, Bell JS. (2015); J Am Med Dir
Assoc 16: 535.e1–535.e12.
3. Mizokami F, Koide Y, Noro T, Furuta K. (2012); Am J Geriatr Pharmacother. 10:
123–8.

1501
Pharmaceutical care at home as a teaching tool in the didactic training of the
pharmacist-patient relationship in undergraduates

William Gustavo de Lima*1, André de Oliveira Baldoni1


1
Universidade Federal de São João del Rei, Divinópolis, Minas Gerais, Brasil, Rua Sebastião
Gonçalves Coelho, 400, Chanadour, CEP: 35,501-296, Sala 213 Bloco B.* williamgustavofarmacia
@hotmail.com.

Introduction: Pharmaceutical care, model of professional practice development in response to the


pharmaceutical market changes1, involves actives focuses in education, care planning, and
monitoring of pharmacotherapeutic schemes, seeking maneuvers to prevent and to solve drug-
related problems2. In this context, is essential to develop communication skills with patients to
establish the pharmacotherapeutical follow-up success3,4. However, the academic formation not is
getting to development this thematic axis, because the study focus on theory-learning and the
actions related ace pharmaceutical-patient relationships often not simulate the reality of social
demand3-5. Objectives: Describe the didactic approach developed to teach skills related the
pharmacist-patient communication in academic context. Methodology: Case report from of
experiences occurred during the undergraduate course in pharmacy in the Universidade Federal de
São João del-Rei (UFSJ), in Divinópolis/MG – Brazil. Results: In a primary health unit in
Divinópolis-MG the academics were divided in groups and each one them received the patient
record (chosen by the health team) and did a detailed analysis of clinic, laboratory and
pharmacotherapeutic history present in the medical document, before of to visit the patient. In the
visit, each member of group would to have the possibility of practice the thematic axis that went
discussed during the expositive classes about pharmacist-patient relationship. After the visit, the
groups met with the professor of discipline, where was discussed the form of approach and the
clinic case of patient using the specialized scientific literature as support. Posterity, the students
returned the patient residence and did the interventions with him. The students can so to practice
another aspect of the pharmacist-patient relationship: The orientation, where through of technical-
knowledge the professional accomplish the empowerment of patient, enabling them that do the
correct use of medicament. Conclusion: Pharmaceutical care at home enables the development of
skills referents the pharmacist-patient communication in academics terms. This is valuable
particularly in the new clinic context which the pharmaceutical is inserted. Additionally, this
didactic methodology is a model of double benefice, where the academics gain in development your
clinic skills and the patients may benefit from of a custom pharmaceutical care at home.

Keywords: Education in Clinic Pharmacy; Pharmacist-patient relationship; Pharmaceutical care.

Acknowledgement: UFSJ and multidisciplinary team of ESF Belvedere II.

Referências:
1. Pereira LRL, Freitas O. (2008); Braz. J. Pharm. Sciences. 44(4): 601-612.
2. Júnior DPL, Kheir N, Abriata JP, Rocha CE, Santos CB, Pela IR. (2007); Therap. Clini. Risk
Manag.. 3(6): 989-998.
3. Duque DCC. (2006); Monografia – Farmácia/UFAL. 45 p.
4. D`André RD, Silva GP, Marques LAM, Rascado RR. (2012); Rev. eletrô. farm. 2(5): 49-60.
5. Ferraes AMB, Junior JC. (2002); Olho Magico - Londrina. 151 p.

1502
Interação medicamento-alimento: a importância da orientação correta

Raiany Thaimeny Nery1 & Angelita Cristine de Melo1*

1
Universidade Federal de São Joãol Del-Rei, Campus Centro-Oeste Dona Lindu,
Divinópolis, Minas Gerais – Brasil; *angelitamelo@ufsj.edu.br

OBJETIVO: Analisar o perfil de utilização dos medicamentos em relação à


alimentação. METODOLOGIA: Estudo transversal, aprovado sob n. 154/2011, com
amostra aleatória estratificada de 517 pacientes >18 anos, da atenção primária à saúde
entre maio-julho de 2012, de um município de médio porte de MG, pólo em saúde para
55 municípios. Estimaram-se medidas de tendência central, de variabilidade e
proporções. RESULTADOS: Prevaleceu o sexo feminino (73,5%), idade mediana de
58,8 anos e escolaridade até 4 anos (62,8%). Ter plano privado de saúde ocorreu para
34,0% dos pacientes, contudo com retirada majoritária de todos seus medicamentos pelo
SUS (89,0%) e foi prescrito uma mediana de 3,0 medicamentos por paciente. O número
mediano de consultas médicas por ano foi de 3,0 e a mediana de consultas
farmacêuticas foi zero. A maioria dos pacientes relatou não ter recebido informações na
farmácia sobre os medicamentos que tomam (66,0%), entretanto, 53,0%% tinha algum
problema ao qual o farmacêutico poderia auxiliá-lo. Considerando o modo de uso dos
medicamentos em relação à alimentação, 37,9% dos pacientes tinha pelo menos um
medicamento em uso incorreto. Os cinco medicamentos mais utilizados incorretamente
em relação à alimentação foram o captopril, omeprazol, nifedipino, clonidina e
lexotiroxina sódica. Apesar das poucas orientações fornecidas pelos profissionais de
saúde sobre o modo de uso correto destes medicamentos, a levotiroxina foi o que mais
apresentou orientações médicas (41,1%) e farmacêuticas (25,3%). Em contrapartida, o
captopril foi o medicamento que teve menos orientações médicas (26,6%) e
farmacêuticas (13,8%). CONCLUSÃO: Os profissionais de saúde precisam educar
seus pacientes em relação ao uso adequado dos medicamentos em relação à
alimentação, visto que erros de administração geram impactos negativos nos resultados
farmacoterapêuticos.

Palavras chaves: Interação medicamento-alimento, profissionais de saúde,


farmacoepidemiologia

Referências:

1. Akamine D, Filho MK, Peres CM. (2007); Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 10:
304–10
2. Bushra R, Aslam N, Khan AY. (2011); Oman Med J. 26: 77–83.
3. Harrington L, Gonzales C. (2004); Crit Care Nurs Clin North Am. 16: 501–8.

1503
Perfil de reações adversas a medicamentos notificadas na unidade de
transplante renal de um hospital universitário
Rosa Maria Almeida Gurgel de Azevedo1, Allane Niely Gouveia Vieira2, Elayne Flávia Pereira
Castro3, Luana Cristina Lins de Medeiros4, Márcia Maria da Silva Barbosa5 & Paloma Karoline da
Silva Brasil6
1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal/RN, Brasil, rosaazevedo92@gmail.com;
2
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal/RN, Brasil, allanegouveia@hotmail.com;
3
Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal/RN, Brasil, elayneflavia@hotmail.com; 4Hospital
Universitário Onofre Lopes, Natal/RN, Brasil, lurarn@yahoo.com.br; 5Hospital Universitário
Onofre Lopes, Natal/RN, Brasil, marciamb@ymail.com.br; 6Universidade Federal do Rio Grande
do Norte, pallommak@gmail.com

Objetivo: Analisar as notificações de reações adversas a medicamentos (RAM) em uma unidade de


transplante renal e quantificá-las quanto à gravidade e causalidade além de verificar os principais
grupos farmacológicos envolvidos. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, em que as
notificações de RAM (tanto pelo método de busca ativa como espontânea), na unidade de
transplante renal, foram coletadas no serviço de Farmacovigilância, do Hospital Universitário
Onofre Lopes, durante o período de Janeiro a Julho de 2015. Os dados foram analisados
estatisticamente através do EpiInfo versão 3.5.1 Resultados: Foram notificadas 45 suspeitas de
RAM no período estudado, das quais: 28 (62,2%) envolviam imunossupressores, destacando-se
como principal grupo farmacológico notificado nas suspeitas de reações adversas, seguido de 13
(28,9%) notificações com antimicrobianos e 8 (8,9%) de outros grupos farmacológicos. Na
classificação das RAM quanto à causalidade, 44 (97,8%) foram do tipo provável, ao passo que 1
(2,2%), do tipo possível. No que se refere à gravidade, as reações moderadas destacaram-se,
presente em 28 (62,2%) notificações, seguida de 12 (26,7%) graves e 5 (11,1%) leves. Conclusão:
Através dos resultados, foi possível conhecer que o imunossupressor foi o principal grupo
farmacológico responsável por desencadear reações adversas de gravidade moderada e do tipo
provável nos pacientes transplantados renais, podendo auxiliar como fonte de informação para
prevenir e diminuir a morbimortalidade e contribuir com o uso racional e seguro dos medicamentos
a este grupo de pacientes.
Palavras-chave: Reação Adversa a Medicamento, Notificação, Transplante Renal

Referências:

1. Secoli, S. R.; Polifarmácia: interações e reações adversas no uso de medicamentos por


idosos. Rev. bras. enferm., 2010; v. 63, n. 1, p. 136-140
2. Passarelli, Maria Cristina Guerra. Reações adversas a medicamentos em uma população idosa
hospitalizada. 2005. 150 f. Tese (Doutorado) - Curso de Medicina, Patologia, Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2005
3. Mahmud, Simone Dalla Pozza. Farmacovigilância na prática clínica:Impacto sobre reações
adversas e custos hospitalares. 2006. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós graduação em
Epidemiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 200

1504
Estruturação da atividade “Júri Simulado” na disciplina de Deontologia e
Legislação Farmacêutica
Maria Olívia Barboza Zanetti1, Tiago Marques dos Reis2,?&? Regina Célia Garcia de Andrade3
1
Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil,
maria.zanetti@usp.br; 2 Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto,
São Paulo, Brasil, tiagomarques_farmacia@yahoo.com.br; 3Faculdade de Ciências Farmacêuticas
de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, randrade@usp.br

Objetivo: Estruturar a simulação de um julgamento ético farmacêutico na disciplina Deontologia e


Legislação Farmacêutica, visando contextualizar o conhecimento legislativo teórico adquirido
durante o semestre. Metodologia: Os estudantes foram divididos em grupos [defesa, acusação,
testemunhas, confecção de provas, relatores, plenária ética e réu (farmacêutico acusado)] e
orientados a explorar as legislações estudadas no semestre durante toda a atividade. A primeira aula
configurou-se em: explicar como ocorre um julgamento de processos éticos no CRF; expor um caso
ético farmacêutico; agrupar os alunos; tempo para discussão e pesquisa; seleção de testemunhas
pelos grupos de acusação e defesa. No decorrer da semana os grupos foram instruídos a conversar
entre si e com as testemunhas, para combinarem estratégias que permitissem convencer os relatores
e para escolherem provas e solicitá-las ao grupo responsável por confeccioná-las. A segunda aula
consistiu na encenação do julgamento: um relator deu início à discussão fazendo um breve resumo
do caso; o réu foi arguido pela acusação e defesa, com direito à réplica; as testemunhas foram
alternadamente solicitadas (acusação e defesa), podendo replicar. A comissão relatora se apropriou
de todo o conteúdo para, durante a semana, avaliar os argumentos apontados. A última aula
finalizou o julgamento, incluindo: apresentação do resumo dos fatos e do veredicto pelos relatores,
justificando a absolvição ou condenação do réu e a sanção cabível de acordo com o Código de
Processo Ético; discussão final da plenária ética, com suporte dos professores; decisão da plenária
em aceitar ou não o veredicto. Resultados: Foi uma atividade inovadora na faculdade. Para as
próximas turmas haverá uma etapa virtual do Júri. Através da Plataforma Moodle serão criados
fóruns para cada um dos grupos e suas testemunhas discutirem internamente o caso, garantindo
facilidade de contato. Os professores terão acesso aos fóruns para avaliar e direcionar os
argumentos, preparando-os para a etapa presencial da discussão. Haverá também um fórum em que
qualquer dúvida sobre a estruturação da atividade será esclarecida. Conclusão: O Júri será
reestruturado para a adição da etapa virtual, o que enriquecerá ainda mais a atividade e estimulará
as reflexões entre os estudantes e a sua capacidade crítica.
Palavras-chave: Educação em farmácia, Legislação farmacêutica, Aprendizagem baseada em
problemas.
Agradecimentos: CNPq; CAPES.

Referências:
1. Gossenheimer NA, Castro MS, Carneiro MLF. (2014); Revista Novas Tecnologias na
Educação. 12(1): 1-10

1505
Estratégias para o uso otimizado de antimicrobianos: da análise de efetivação
ao impacto farmacoeconômico

Henry Pablo Lopes Campos e Reis1, Danusio Pinheiro Sartori1, Joel Bezerra Vieira1, Jéssica
Ferreira Romero1, Igor Monteiro Albuquerque1, Elana Figueiredo Chaves1, Angelina Almeida
Bastos1, Helaine Almeida Queiroz1, Ernani Ximenes Rodrigues1 & Jorge Luiz Nobre Rodrigues1

1- Unimed Fortaleza, Fortaleza, Ceará, Brasil, henrypablo@unimedfortaleza.com.br

Objetivo: Avaliar a taxa de efetivação de sugestões de um programa de Gestão Clínica (GC) de


Antimicrobianos (ATM)1 e seu impacto farmacoeconômico. Metodologia: Trata-se de um
estudo intervencionista realizado em seis hospitais particulares através do programa de GC
Stewardship de uma Operadora de Plano de Saúde de Fortaleza/CE, Brasil, de novembro/2013 a
dezembro/2014. Os parâmetros analisados foram: taxa de efetivação e custo-minimizado direto;
gestão do tempo de tratamento; descalonamento, a partir da mudança de um ATM reserva
(anfotericina B, anidalufungina, caspofugina, daptomicina, ertapenem, imipenem, linezolida,
meropenem, micafungina, polimixina, teicoplanina, tigeciclina, vancomicina e voriconazol)
para um não reserva; Terapia Sequencial Oral (TSO) de ciprofloxacino, clindamicina,
fluconazol, levofloxacino, linezolida, metronidazol, moxifloxacino e voriconazol; mudança de
meropenem para ertapenem (baseada em cultura); e de teicoplanina para vancomicina.
Calculou-se o custo do tratamento/dia utilizando o preço Brasíndice (Nº 830). Resultados:
Avaliou-se os tratamentos de 3.666 pacientes, prescrevendo-se 10.838 ATM, média de 2,95
ATM/paciente. A economia com redução do tempo programado inicialmente para 14 dias,
realizada em 807 prescrições (7,45%) de 845 pacientes, foi de R$ 239.869,38 com tempo médio
de tratamento de 12,79 dias. Prescreveram-se 3.595 ATM de reserva terapêutica, tendo ocorrido
18 (0,50%) sugestões de descalonamento em 15 pacientes, aceitando-se 11 (61,11%) das
mesmas. A economia resultante foi de R$ 35.671,64. Os ATM possíveis de TSO foram
indicados 3.505 vezes (32,34%) em 2140 pacientes (58,37%). Sugeriram-se intervenções de
TSO em 377 prescrições (10,76 %), sendo aceitas em 275 (72,94%) e gerando economia de R$
407.995,06. As prescrições de meropenem totalizaram 136 em 847 pacientes; a mudança de
meropenem para ertapenem ocorreu em 11 prescrições (0,97%), resultando em economia de R$
20.361,24. A teicoplanina foi prescrita 856 vezes para 703 pacientes, ocorrendo substituição por
vancomicina 15 vezes (1,75%), gerando economia de R$ 5.822,48. A economia total foi de
aproximadamente R$70.9719,80, com média de R$ 193,60/paciente. Conclusão: A economia
gerada para a operadora através de percentual considerável de sugestões de intervenção aceitas
foi significativa, indicando a importância da GC de ATM para seu uso racional, na redução de
custos hospitalares, tempo de hospitalização e ocorrência de resistência e adequação da
terapêutica.

Palavras-chave: Gestão clínica, Antimicrobianos, Otimização, Farmacoeconomia

Referências:

1506
1. Santos RP, Nagel F, Gastal SL, Sander GB, Jacobi TS, Konkewicz LR, Kuplich NM, Lovatto
CG, Pires MR, Aronis ML, Ribeiro SP. (2010); Política de antimicrobianos do hospital clínicas
de Porto Alegre - 2010 Comissão de controle de infecção. Rev HCPA 2010;30(1):13-21

1507
Terapia antifúngica de pacientes hospitalizados em Fortaleza-Ce: mapeando a
utilização para melhor racionalização

Henry Pablo Lopes Campos e Reis1, Danusio Pinheiro Sartori1, Joel Bezerra Vieira1, Jéssica
Ferreira Romero1, Igor Monteiro Albuquerque1, Elana Figueiredo Chaves1, Helaine Almeida
Queiroz1, Lícia Borges Pontes1, Evelyne Santana Girão1 & Glaydson Assunção Ponte1

1- Unimed Fortaleza, Fortaleza, Ceará, Brasil, henrypablo@unimedfortaleza.com.br

Objetivo: Delinear o perfil de utilização de antifúngicos (ATF) baseado em resultados positivos


de cultura no ambiente hospitalar, visando ao seu uso racional1. Método: Este é um estudo
observacional que analisou o uso de ATF em pacientes internados em seis hospitais privados
através de um programa de Gestão Clínica multidisciplinar Stewardship de uma operadora de
plano de saúde de Fortaleza/CE, Brasil, em 2014. Os seguintes parâmetros foram analisados:
ATF prescritos, indicadores microbiológicos, tempo de tratamento e desfecho clínico.
Resultados: 472 pacientes usaram 700 ATF durante o período de internação, sendo os mais
prescritos o fluconazol (n=406, 58%), a micafungina (n=123, 17,57%) e a anidalufungina
(n=96, 13,71%). O tempo de tratamento foi categorizado em ≤ 10 dias (n=472; 67,43%), 11-14
dias (n= 178; 25,43%), 15-21 dias (n= 36; 5,14%) e > 21 dias (n=9; 3,0%), sendo o tempo
médio total de 10,13 dias e para o fluconazol de 9,94 dias. Quanto ao número de ATF por
paciente, 68,64% (n=324) usaram apenas um, 20,3% (n=96) usaram dois e 11,01% (n=52) três
ou mais. A incidência de terapia guiada por cultura foi em 77,11% (n=364) dos pacientes com
19,5% (n=71) de resultados positivos para fungos. Destes isolados, 49,2% (n=35) eram por
Candida albicans, 47,88% (n=34) por outras espécies de Candida e 2,81% (n=2) por outros
gêneros de fungos. O uso racional de ATF (início do tratamento com um azólico e posterior
escalonamento para equinocandina), baseado em culturas positivas por Candida albicans foi
constatado em 83,05% dos casos (n=49). As culturas positivas para Candida glabrata e
Candida krusei com prescrições racionais gerou 31,82% (n=7) de adequação das prescrições.
Quanto aos desfechos clínicos, houve 62,71% de altas (n=296), 0,64% (n=3) de transferências
hospitalares e 36,65% de óbitos (n=173). Conclusão: Os dados revelam perfil com predomínio
de Candida albicans nos resultados de culturas e de uso do fluconazol entre os ATF prescritos,
uma duração média adequada do tratamento, um número satisfatório de solicitações de culturas,
porém um baixo percentual de culturas positivas para fungos. Portanto, faz-se necessário uma
melhor reavaliação clínica dos pacientes baseado nos resultados das culturas pelo isolamento do
fungo, racionalizando melhor a terapia.

Palavras-chave: Antifúngicos, Uso racional, Hospitalar

Referências:

1508
1. Colombo AL, Guimarães T. (2012); Candidúria: Uma abordagem clínica e terapêutica.
Revista da sociedade brasileira de Medicina tropical. São Paulo, São Paulo. v.40, n.3, p.332-
337, Mai-Jun.

1509
Abordagem farmacoeconômica sobre as sugestões de otimização da terapia
antimicrobiana: uma análise de custo-oportunidade

Henry Pablo Lopes Campos e Reis1, Danusio Pinheiro Sartori1, Joel Bezerra Vieira1, Jéssica
Ferreira Romero1, Igor Monteiro Albuquerque1, Elana Figueiredo Chaves1, Helaine Almeida
Queiroz1, Angelina Almeida Bastos1, André de Jesus Roldan Viana1 & Nicanor Gurgel Filho1

1- Unimed Fortaleza, Fortaleza, Ceará, Brasil, henrypablo@unimedfortaleza.com.br

Objetivo: Avaliar o custo-oportunidade1 da não aceitação às sugestões de tempo de parecer de


infectologista sobre a prescrição de Antimicrobianos de Reserva Terapêutica (ATM-RT). Método:
Realizou-se um estudo observacional que analisou o impacto financeiro da não aceitação de
sugestões de tempo de ATM-RT (anfotericina B, anidalufungina, caspofugina, daptomicina,
ertapenem, imipenem, linezolida, meropenem, micafungina, polimixina, teicoplanina, tigeciclina,
vancomicina e voriconazol) pelos médicos assistentes em pacientes internados em seis hospitais
privados, através de um Programa de Gestão Clínica Stewardship de uma Operadora de Plano de
Saúde (OPS) de Fortaleza/CE, Brasil, de novembro/2013 a dezembro/2014. Avaliou-se a prescrição
de ATM-RT e incidência com parecer, tempo de tratamento, taxa de aceitação ou não do parecer e
análise de custo-oportunidade das sugestões de tempo de tratamento. Calculou-se o potencial custo-
evitado direto do tratamento/dia utilizando o preço Brasíndice (Nº 830). Resultados: Prescreveu-se
3.594 ATM-RT em 1.358 pacientes. Verificou-se a presença de parecer de infectologista em 3.370
(93,77%) prescrições, com sugestão e adesão pelos prescritores quanto ao tempo de tratamento de
94,93% (n=1799) e sugestão com não adesão de 5,07% (n=96). A média de duração real dos
tratamentos foi de 16,45 dias, sendo a média sugerida pelos infectologistas de 12,46 dias. Com
relação ao tempo de prolongamento do tratamento frente à sugestão do infectologista, 33 pacientes
tiveram o tempo prolongado em 1-3 dias, 49 pacientes de 4-6 dias e 12 pacientes de 7-10 dias,
sendo a média de aumento de 3,99 dias. O custo total real do tratamento foi de R$ 548.415,10,
enquanto o custo previsto pelos pareceres seria R$ 411.605,74. O potencial custo-evitado caso os
pareceres dos infectologistas relacionado ao tempo fossem acatados seria, portanto, de
R$136.809,36. Os ATM-RT mais implicados na não adesão aos pareceres foram meropenem em
41,67% (n=35), teicoplanina em 21,43% (n=18) e polimixina B e E em 15,48% (n=13), somando
um custo de R$ 100.976,57. Conclusão: Verificou-se um impacto financeiro significativo à OPS
frente a não adesão de tempo de ATM-RT do parecer do infectologista sobre os custos assistenciais,
sendo importantes ações interdisciplinares, juntamente com os infectologistas, a fim de buscar
maior otimização da terapia, menores custos e baixa resistência microbiana.

Palavras-chave: Custo-oportunidade, Antimicrobiano, Farmacoeconomia

Referências:

1510
1- Silva LK. (2003); Avaliação tecnológica e análise custo-efetividade em saúde: a
incorporação de tecnologias e a produção de diretrizes clínicas para o SUS. Ciência e Saúde
Coletiva, 8(2); 501-520

1511
Unintentional medication discrepancies of patients hospitalized in a teaching
hospital

Lincoln Marques Cavalcante Santos¹, Carina Carvalho Silvestre¹, Rafaella de Oliveira Santos Silva¹,
Thaciana dos Santos Alcântara¹, Genival Araújo dos Santos Júnior¹, Tatiane Cristina Marques¹,
Alfredo Dias de Oliveira-Filho¹ & Divaldo Pereira de Lyra Júnior¹

¹ Laboratory of Teaching and Research in Social Pharmacy (LEPFS), Department of Pharmacy,


Federal University of Sergipe, São Cristóvão, Sergipe, Brazil. Av. Marechal Rondon, s/n Jardim
Rosa Elze – CEP: 49100-000. Email: lepfs.ufs@gmail.com

Aim of the study: This study aimed to investigate the medication use history obtained during
admission and to characterize the unintentional discrepancies in pharmacotherapy observed in a
Brazilian teaching hospital. Methods: This cross-sectional study was conducted from April to
July 2013 within the University Hospital of the Federal University of Sergipe. Pharmacist-
researchers collected patient data in four steps through a structured questionnaire developed
and adapted from the literature by the researchers. This study defined unintentional
discrepancies as the unjustified variations between the patients’ previous medication use
history and the pharmacotherapy prescribed during hospitalization. The study was
authorized by the Hospital Board and the Research Ethics Committee under CAAE number
08125912.5.0000.0058. Results: In the present study, 358 patients were included. Regarding to
time evaluation, the analysis of medical records was the step that proved to be most time-
consuming in the assessment of the pharmacotherapy history. A statistically significant association
was found between the presence of discrepancies and the total time spent on the review of the
pharmacotherapy history (Χ2 = 13.177, p = 0.001). Of all patients, 261 (72.90%) were adults with
the mean age 47.16 ± 18.80 years. In 117 cases of adult patients (44.82%), there were no record of
previous pharmacotherapy, and 137 (52.49%) were not questioned about their allergies. Another
variable observed was that 112 patients (31.28%) brought the drugs they used at home to the
hospital. A statistically significant association (Χ2 = 39.121, p = 0.001) between this variable and
the presence of discrepancies was found. A total of 327 discrepancies were found in 150 patients
(41.90%). Of these discrepancies, omission was the most common type, followed by different
doses, erroneous frequency, and unjustified start of treatment. Conclusion: The results revealed
the prevalence of unintentional discrepancies in the studied hospital and points out that the
assessment of the history of medications used is a complex practice. Thus, the pharmacist
may play an important role for patient safety identifying and solving such discrepancies.

Keywords: Medication reconciliation, Medication discrepancies, Patient safety, Pharmacists,


Hospitals.

Acknowledgements
We wish to thank all employees of the hospital for the support on the development of this study.
Also, we would like to thank CAPES for the financial support.

1512
Câncer de mama: a prática farmacêutica na utilização do trastuzumabe.

Erica Cristina Dourado Silva1 & Rosa Malena Fagundes Xavier1


1
Universidade do Estado da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil.

Introdução: O Câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o primeiro
entre as mulheres1. A superexpressão/amplificação do receptor HER-2 incide na forma mais agressiva
do câncer com alta probabilidade de recorrência, maior propensão de metástases e uma curta
sobrevida livre da doença. O trastuzumabe é um anticorpo monoclonal muito eficaz no tratamento do
câncer de mama HER-2 positivo e uma das primeiras drogas aplicadas com sucesso no tratamento.
Objetivo: Analisar o câncer de mama com enfoque no câncer HER-2 positivo e seu tratamento com
o trastuzumabe além de compilar informações sobre a utilização desse medicamento no SUS, e a
prática farmacêutica na oncologia. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática nos
indexadores Scielo, Medline, Lilacs e Micromedex, além de livros acadêmicos e teses e dissertações
publicados no período de 2000 a 2014. Resultados e discussão: O uso do trastuzumabe no câncer
de mama foi avaliado em quatro grandes estudos de Fase III, multicêntricos e randomizados: o estudo
HERA, os estudos NCCTG N9831 e NSAPB-B31, onde foi demonstrado que a utilização desse
medicamento é eficaz e seguro, reduzindo o tempo de progressão da doença e aumentando a sobrevida
do paciente. O trastuzumabe foi incorporado no SUS em 2012, porém para o câncer HER-2 positivo
metastático o acesso se dá pela via judicial, o que gera um aumento de gastos e uma maior
vulnerabilidade das Secretarias Estaduais de Saúde. Para um cuidado integral ao paciente oncológico,
é imprescindível a presença de uma equipe multiprofissional composta, dentre outros, pelo
profissional farmacêutico, que atua desde a manipulação dos quimioterápicos até o acompanhamento
farmacoterapêutico. Conclusão: O trastuzumabe não foi incorporado ao SUS para o tratamento do
câncer de mama metastático, o que gera problemas nos serviços de saúde, como a judicialização da
saúde, o que interfere no planejamento da gestão da assistência farmacêutica. O farmacêutico é
relevante para o manejo adequado do trastuzumabe, por fornecer uma farmacoterapia segura e eficaz,
através de funções administrativas e clínicas, colaborando para a adesão ao tratamento, redução de
custos, e contribuindo com a qualidade de vida do paciente oncológico.

Palavras-chave: Câncer de mama, Trastuzumabe, Atenção oncológica, Farmacêutico em oncologia.

Referências:

1. INCA. Instituto Nacional de Câncer. Políticas e ações para prevenção do câncer no Brasil:
alimentação, nutrição e atividade física. Ministério da Saúde. Rio de Janeiro: 2009.

1513
Avaliação do nível de informação sobre reações adversas a medicamentos e
farmacovigilância dos profissionais de saúde que atuam na cidade de Petrolina,
Pernambuco.

Deuzilane Muniz Nunes¹, Gabrielly Thais Pereira Amorim Gomes², Bianca Gonçalves de Oliveira²,
Flávia Keile Souza Macedo², Magadiel dos Santos², Bruna Manuella Souza Silva² & Isabel Dielle
Souza Lima Pio¹.
¹Docente da Universidade Federal do Vale do São Francisco- UNIVASF - Colegiado de Farmácia,
Petrolina, Pernambuco, Brasil, deuzilane.nunes@univasf.edu.br.
2
Discente da Universidade Federal do Vale do São Francisco- UNIVASF, Petrolina, Pernambuco-
Brasil.

Objetivo: Avaliar o nível de conhecimento dos profissionais de saúde da cidade de Petrolina–PE


sobre Farmacovigilância (FV) e sua importância no monitoramento das reações adversas a
medicamentos (RAMs). Metodologia: O estudo foi observacional, transversal, com objetivo
descritivo e abordagem quantitativa. Utilizou-se a técnica de amostragem por conveniência e a coleta
de dados deu-se mediante um questionário autoaplicável, elaborado para este estudo. As questões
referiam-se à FV, RAM, NOTIVISA, segurança do medicamento, problemas relacionados a
medicamentos e a relevância da implantação de um centro de farmacovigilância e de informação
sobre medicamentos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética, seguindo todos os preceitos éticos.
Resultados: Dos 55 profissionais abordados, a categoria profissional enfermeiro foi a mais frequente.
O tempo de formação dos profissionais esteve entre 3 a 6 anos e 63,6% (n=35) trabalham em
hospitais. Ao questionar sobre o entendimento de RAMs, apenas 27,3% (n=15) contemplavam a
abrangência do conceito proposto pela ANVISA. A maioria (65,5%) relataram insuficiência quanto
aos conhecimentos adquiridos na universidade, porém mais da metade (54,5%) não costuma
atualizar-se em relação ao tema. Os profissionais relataram não ter conhecimento da possibilidade de
notificação de RAMs via internet (58,2%) nem da existência de farmácias notificadoras (67,3%).
Mais da metade dos entrevistados afirmaram saber da existência de hospitais sentinelas, centros de
informação de medicamentos e de formulários de notificação de suspeita de RAMs. Quanto às
condutas relacionadas à RAMs, 52,7% costumam sempre verificar possíveis sinais e 61,8% afirmam
que ocasionalmente os pacientes relatam, espontaneamente, sinais e sintomas atribuídos a
medicamentos. Dos profissionais estudados, 98,2% apontaram que a avaliação de suspeita de RAMs
deve ser observada após administração do medicamento. A maioria (85,5%) afirmou que a cidade
deve possuir Programa de Farmacovigilância e 61,8% demonstraram interesse em participar do
processo de criação, afirmando ainda que médicos, farmacêuticos, enfermeiros e dentistas seriam as
principais categorias que deveriam estar envolvidas na notificação de suspeitas de RAMs.
Conclusão: Os profissionais de saúde apresentam conhecimento sobre RAMs, porém poucos destes
conheciam as ferramentas nacionais utilizadas em Farmacovigilância. Este fenômeno pode ter
repercutido na baixa frequência de notificação de RAMs entre os profissionais de saúde.

Palavras - chaves: Farmacovigilância, Reação adversa, Serviços de Informação sobre Medicamentos.

Referências:
1. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Pós-Comercialização Pós
Uso/Farmacovigilância. Disponível em:
<http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Pos+-+Comercializacao+-+Pos+-
+Uso/Farmacovigilancia> Acesso em: Abr.2014.

1514
2. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Guia Regulatório - ANVISA :
Glossário da Resolução RDC Nº 04/2009 – Anvisa, versão 11/02/2009.Brasília (DF), 2009.
3. BRASIL, Organização Pan-Americana da Saúde, Organização Mundial da Saúde; A
Importância da Farmacovigilância (Monitorização da Segurança dos Medicamentos). Brasília:
Ministério da Saúde; 2005.
4. SILVA, A. L. F. da et al. Diretriz para análises de impacto orçamentário de tecnologias em
saúde no Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 28(7):1223-1238, jul, 2012

5. VIEIRA, F.S. Possibilidades de contribuição do farmacêutico para a promoção da saúde. Rev


C S Col. 12(1):213–220, 2007.

1515
Erros em prescrições de medicamentos de um hospital referência materno
infantil na cidade de Petrolina-Pernambuco

Amanda Caroline Silva Morais¹, Paula Edilene Ribeiro Marcula² & Deuzilane Muniz Nunes³

¹Discente da Universidade Federal do Vale do São Francisco- UNIVASF, Petrolina, Pernambuco-


Brasil.
²Hospial Dom Malan (HDM), Petrolina, Pernambuco, Brasil.
³ Docente da Universidade Federal do Vale do São Francisco- UNIVASF - Colegiado de Farmácia,
Petrolina, Pernambuco, Brasil, deuzilane.nunes@univasf.edu.br.

Objetivo: Esta pesquisa visou identificar o perfil dos erros em prescrições de medicamentos das
clínicas pediátricas e materno de um hospital no município de Petrolina, Pernambuco no período de
Setembro de 2014 à Janeiro de 2015. Metodologia: O estudo foi do tipo observacional,
documental, descritivo e retrospectivo. Foram avaliadas as fichas de identificação dos erros de
prescrição, que são instrumento da rotina da farmácia do hospital estudado. Foram incluídas na
pesquisa as fichas com identificação de pelo menos um erro na prescrição envolvendo
medicamento. Resultados: Foram avaliadas 163 fichas contendo erros de prescrição. Os pacientes
tinham idade variando de 0 a 74 anos e 52,1% eram pediátricos, com idade entre 0 e 14 anos. A
faixa etária mais envolvida com os erros era de 0 aos 4 anos, com 32,5% de todos os problemas
identificados. Os erros de prescrição mais frequentes estavam relacionados ao diluente do
medicamento (48,5%), dosagem (28,8%) e na frequência de administração (14,7%). Os
medicamentos mais associados aos problemas nas prescrições de crianças (0 – 14 anos) foram
Oxacilina (30,6%), seguida da Clindamicina (11,8%) e Penicilina G cristalina (9,4%). No grupo de
pacientes com idade a partir de 15 anos os medicamentos mais destacados foram Dipirona (15,4%)
e Cetoprofeno (12,8%). Conclusão: Foi identificado um número elevado de erros em prescrição no
hospital estudado, dando destaque aos problemas com medicamentos na pediatria. As crianças, em
especial aquelas com idade inferior a 5 anos, estão mais suscetíveis a estes problemas, que podem
conduzir a complicações graves em seu estado de saúde. Medidas de educação continuada e uma
maior integração multiprofissional com o farmacêutico podem contribuir para a adoção de medidas
voltadas a prevenção de erros relacionados a prescrição e administração de medicamentos.

Palavras-chave: Uso de Medicamento; Segurança do paciente; Prescrições inadequadas.

1516
Doença de Crohn - Terapêutica Farmacológica Tradicional e Uso de
Imunobiológicos.

Francinalda Xavier de Sousa¹, João Henrique Chaves², Rivelilson Mendes de Freitas³


1
Faculdade Ateneu, Fortaleza, Ceará, Brasil, Rua: Manoel Arruda, 70; 2Universidade Federal do
Ceará - UFC, Fortaleza, Ceará, Brasil, Rua: Coronel Nunes de Melo, 1127; 3Universidade Federal
do Piauí - UFPI, Teresina, Piauí, Brasil, Bloco SG-12 - Campus Min. Petrônio Portela / Ininga.

Objetivo do estudo: Identificar quais as terapias tradicionais indicadas no tratamento da Doença de


Crohn (DC) e evidenciar o uso de imunobiológicos e seu impacto sobre o tratamento, traçando um
comparativo entre as terapias.
Materiais e Métodos: Foram utilizados como material de pesquisa, artigos relacionados ao tema
abordado, tendo como critérios de inclusão: Artigos originais gratuitos disponíveis on-line
completos em Espanhol, Inglês e Português e como critérios de exclusão: Artigos em outros
idiomas, teses, capítulos ou livros, monografias, resumos em anais de eventos, dissertações,
manuais, apostilas e artigos repetidos em outras bases de dados. Foram realizadas buscas de artigos
nas bases de dados: Google Scholar, Lilacs, Medline/Pubmed, Science Direct e Scielo, em
22/05/2013. Todos os artigos foram avaliados e selecionados, compreendendo o período de 2009 a
2013. Para o embasamento da comparação entre as terapias tradicionais e imunobiológica, foram
citados preferencialmente todos os artigos avaliados e selecionados entre os pesquisados, e para
complementação também as referências citadas nos respectivos artigos.
Resultados: Apresentamos cada fármaco e sua indicação em particular na Doença de Crohn,
abordando: indicação, uso terapêutico, eficácia, posologia, fase da doença, efeitos adversos mais
comuns, perfil tóxico, indicação de exames laboratoriais de acompanhamento do uso da droga e
necessidade de medidas profiláticas durante o uso de algumas delas.
Conclusão: Através da avaliação e comparação do tratamento farmacológico tradicional, aliado as
técnicas cirúrgicas e do tratamento com os principais agentes imunobiológicos utilizados na terapia
da Doença de Crohn, verifica-se que é necessário todo um estudo e análise prévia de cada caso em
particular, para se optar pelo tipo adequado e seguro de tratamento, levando em consideração
fatores como: fase da doença, faixa etária, perfil tóxico das drogas, necessidade de realização de
exames laboratoriais de acompanhamento, como também os casos de refratariedade ao uso de
determinados fármacos e uso de terapias alternativas como a suplementação alimentar através da
dieta.

Palavras-chaves: Doença, Crohn, fármacos, tratamento e imunobiológicos.

Referências:

1. The tnf-a -308 polymorphism may affect the severity of crohn’s disease. Genoile Santana,
Maria Teresita Bendicho, Tamara Celi Santana, Lidiane Bianca dos Reis, Denise Lemaire,
André Castro Lyra. CLINICS 2011; 66 (8): 1373-137.
2. “Faz isso, faz aquilo, mas eu tô caindo...”- Compreendendo a Doença de Crohn. Castelli
A, Silva MJP. Rev Esc. Enferm USP 2007; 41(1): 29-35. www.ee.usp.br/reeusp/.
3. TAYLOR, C. T.; KEELY, S. J. The autonomic nervous system and inflammatory bowel
disease. Autonomic Neuroscience Basic and Clinical, v. 133, p. 104-114, 2007.

1517
Horto Medicinal do Curso de Farmácia do UniRitter: inserção e
desenvolvimento da fitoterapia em escolas e comunidade local.

Joyce Hofferber Fonseca1, Raquel Perin Fraga2, Siomara da Cruz Monteiro3, Luciana Signor Esser4
& Clara Lia Costa Brandelli5
1
Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil,
joyce.hofferber@hotmail.com; 2Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio
Grande do Sul, Brasil, raquel.perin@hotmail.com; 3Centro Universitário Ritter dos Reis
(UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, siomara_monteiro@uniritter.edu.br; 4Centro
Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil,
luciana_signor@uniritter.edu.br; 5Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre,
Rio Grande do Sul, Brasil, clara_brandelli@uniritter.edu.br.

Objetivo: O objetivo da implementação do Horto Medicinal na Faculdade de Farmácia/UniRitter é a


capacitação de seus alunos no resgate às informações etnobotânicas da comunidade local, educação
ambiental através de práticas no manejo de plantas e mudas, a forma correta de cultivo, promoção
do uso racional de plantas medicinais na comunidade, a determinação de propriedades
farmacêuticas, estudos a cerca da Farmacopéia Brasileira e Formulario Nacional de Fitoterápicos,
extração de princípios ativos e fitocomplexos, entre outras. Materiais e métodos: O Horto Didático
está distribuído em canteiros em um espaço do Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter)
campus Zona Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Possui atualmente doze espécies de plantas
medicinais potencialmente bioativas e popularmente conhecidas, obtidas através de professores e
alunos engajados no projeto, como Aloe vera (babosa, utilizada na pele com queimaduras), Melissa
officinalis (melissa, utilizada como calmante) e Alternanthera brasiliana (penicilina, reconhecida
por suas propriedades anti-inflamatória, analgésica, e antiviral). Estas plantas estão sendo cultivadas
tradicionalmente e tratadas de maneira convencional. Resultados: Existe um envolvimento diário
dos alunos do Curso de Farmácia no manejo das mudas e também na listagem das plantas
medicinais cultivadas com nomes populares, científicos e usos tradicionais. Além disso, destaca-se
a valiosa parceria realizada com a Escola Estadual Brigadeiro Silva Paes para a implantação de um
Horto em suas imediações. Esta ação visa o manejo sustentável de plantas medicinais pelos alunos
de 1° e 2° Grau, bem como a promoção do uso correto de plantas medicinais através de palestras
aos alunos e professores pelos graduandos. Conclusão: O emprego da Fitoterapia como tratamento
terapêutico alternativo no Brasil teve um aumento significativo nas ultimas décadas, devido a
riquíssima biodiversidade local, a cultura, ao fácil acesso e cultivo das plantas e a fatores
econômicos. Sendo assim, a proposta do Horto Didático UniRitter vai de encontro ao interesse do
governo em projetos relacionados a inserção da Fitoterapia em comunidades e Sistema Único de
Saúde, para a preservação do conhecimento e incentivo ao uso dos benefícios de plantas medicinais
para a saúde. Pedagogicamente, o Horto Didático é, sem dúvida, um instrumento de aprendizagem e
colaboração na formação de nossos alunos.

Palavras-chave: Fitoterapia, Plantas medicinais, Horto, Etnobotânica

Referências:

1. Lopes J, Link D. (2011); REGET/UFSM. 2(2): 225-50

2. Barros A. (2011 ); BioFar. 05(02): 73-82

3. Santos RL, Guimaraes G.P, Nobre M.S.C, Portela A.S. (2011) ; Rev. Bras. Pl. Med. 13(4):
486-91

1518
4. Kovalski LM, Obara A. (2013); Ciênc. Educ. 19(4): 911-27

1519
Perfil epidemiológico dos óbitos por Parkinsonismo primário e secundário no
Brasil
Daniele Gonçalves Fabre

Universidade Iguaçu (Campus V) - Itaperuna, Rio de Janeiro, Brasil, dani140482@gmail.com

Parkinsonismo é a diminuição da neurotransmissão dopaminérgica nos núcleos da base1 e se


manifesta por um conjunto de sintomas tais como tremor de repouso, rigidez muscular, acinesia e
distúrbios posturais2. As causas são divididas em várias categorias, dentre elas: Parkinsonismo
Primário (PP) ou idiopático e Parkinsonismo Secundário (PS)1. Objetivo: Descrever o perfil
epidemiológico dos óbitos de PP e PS compreendendo o período de 2009 a 2013. Metodologia: Foi
realizado um estudo descritivo de coorte transversal. Os dados coletados foram provenientes do
DATASUS3. A partir da seção mortalidade, foram selecionados os dados da Categoria CID-10: G20
(Doença de Parkinson ou Parkinsonismo Primário) e G21 (Parkinsonismo Secundário). Resultados:
No Brasil, houve registros de 13.780 óbitos por PP entre os anos de 2009 a 2013. Destes 13.780
óbitos, 22,02% foram registrados em 2013, 21,59% em 2012, 20,06% em 2011, 18,82% em 2010 e
17,51% em 2009. No período estudado, o sexo masculino representou 54,33% dos casos, o sexo
feminino 45,65% e 0,019% teve o sexo ignorado. A faixa etária mais atingida foi de 80 anos ou
mais, representando 56,26% dos casos e a faixa etária menos atingida foi a de 30 a 39 anos,
registrando apenas 1 caso (0,0073% ). Os óbitos por PS somaram 147 casos entre 2009 e 2013.
Deste total, 22,45% foram registrados em 2013, 27,21% em 2012, 15,65% em 2011, 18,36% em
2010 e 16,33% em 2009. O sexo masculino teve o maior número de óbitos por PS, 57,14%. A faixa
etária mais atingida foi de 80 anos ou mais, representando 38,78% dos casos e a menor faixa etária
foi a de 1 a 4 anos com apenas 1 registro (0,68%). Conclusão: O trabalho ressalta que no período
estudado os óbitos de PP foi maior que os de PS e o número vem aumentando a cada ano. O PS
registrou óbitos em faixas etárias mais baixas e, em ambas as categorias de Parkinsonismo, o sexo
masculino e a faixa etária de 80 anos ou mais foram os mais atingidos.
.

Palavras-chave: Datasus, Doença de Parkinson, Parkinsonismo

Referências

1. Rowland, Lewis. (2011); Merritt’s tratado de neurologia. 12ª edição. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan.

2. Goldman, Lee; Ausiello Dennis. (2009); Cecil’s medicina. Volume II, 23ª edição. São
Paulo: Saunders-Elsevier.

3. DATASUS, Departamento de Informática do SUS. Ministério da Saúde. Disponível em:


http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10uf.def Acesso: 30 jul/2015.

1520
Reação de hiperpigmentação cutânea associada à polimixina B: relação com
nefrotoxicidade

Karen Prado Herzer Mattos1, Gustavo Rafaini Lloret1, Isabela Romão Govêa2, Taís Betoni
Rodrigues2, Priscila Gava Mazzola,1,2 & Patricia Moriel1,2
1
Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas. Rua Alexander Fleming,
105, Campinas, São Paulo, Brasil. E-mail: cmed@fcm.unicamp.br. 2Faculdade de Ciências
Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas. Rua Sérgio Buarque de Holanda, 25,
Campinas, São Paulo, Brasil. E-mail: patricia.moriel@fcf.unicamp.br

O uso sistêmico da polimixina B para o tratamento de bactérias Gram-negativas multirresistentes


vêm crescendo nos últimos anos apesar de seus efeitos tóxicos. As reações de nefrotoxicidade e
neurotoxicidade já são conhecidas na prática clínica, contudo, uma reação denominada como
hiperpigmentação cutânea (HC) vem sendo observada dentre os pacientes em tratamento sistêmico
com polimixina B1-3. Objetivos: O trabalho objetivou quantificar as reações adversas de
nefrotoxicidade e HC associadas ao uso da polimixina B e verificar se há correlação entre estas duas
reações. Materiais e Métodos: O estudo foi realizado em Hospital Universitário com
acompanhamento e monitoramento de pacientes em tratamento intravenoso com polimixina B. Foi
obtido o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de todos os pacientes ou seus responsáveis
legais. A HC foi monitorada por meio da escala de Von Luschan Color, além de registros fotográficos.
A função renal foi monitorada por meio da taxa de filtração glomerular calculada em função da
creatinina sérica. Resultados: Participaram do estudo 60 pacientes e a HC foi observada em 15%
(grupo HC +). O sintoma tornou–se evidente a partir do 7º dia de tratamento, com o escurecimento
evidente de face e pescoço. A variação média de tonalidade foi de 3 tons, chegando até 6 tons em
alguns casos. A dose média até o surgimento do sintoma foi de 1.500.000 UI/dia e a dose média
acumulada foi de 10.000.000 UI de polimixina B, não diferindo do grupo HC-. A idade média do
grupo HC + foi 49,4 anos (± 17,82) e 50,2 anos (± 17,87) do grupo HC-. Ao comparar a função renal
dos grupos não foi observada diferenças significativas entre eles (p = 1,000) sendo que, 33,3% do
grupo HC + realizou hemodiálise antes, durante ou após o tratamento com a polimixina B versus
39,20% do grupo HC-. Conclusão: Conclui-se não haver diferença estatística apontando correlação
entre as duas reações adversas associadas ao uso da polimixina B. Sugere-se que a HC é frequente e
não relacionada a nefrotoxicidade. Estudos aprofundados são necessários para a caracterização
completa da cinética deste fármaco e suas reações adversas.

Palavras–chave: Hiperpigmentação cutânea, Nefrotoxicidade, Polimixina B, Reações adversas.

Número da aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP): CAAE: 38164214.0.0000.5404


Agradecimentos: CAPES pelo suporte financeiro.
Referências:
1- Shih LK, Chan LG. (2014); Journal of Pediatric Sciences. 6:e215
2- Knueppel RC, Rahimian J. (2007); Clinical Infectious Disease. 45:136–137
3- Zavascki AP, Manfro RC, Maciel RA, Falci DR. (2015); Annals of Pharmacotherapy.1-2.

1521
RESUMO

Efeitos de contraceptivos hormonal oral sobre os níveis de biomarcadores de


danos oxidativos em atletas de voleibol
Marcio Antonio de Barros Sena1,2,Norma Cláudia de Macedo Souza Santos2, Marcos de Sá Rego
Fortes2, Rafael Melo de Oliveira2 & Marcos Dias Pereira¹
1
Departamento de Bioquímica, Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), RJ,Brasil, Centro de Tecnologia, Avenida Athos da Silveira Ramos, nº 149, Bloco A – 5º
Andar, Sala 549, Cidade Universitária; 2Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército
(IPCFEx), RJ, Brasil, Avenida João Luis Alves, s/nº, Urca – CEP: 22291-090.

marciomabs@ig.com.br

Introdução: a relação entre o estresse oxidativo, causado por aumento na geração de radicais livres
e/ou diminuição das defesas antioxidantes e o exercício físico tem sido amplamente investigada nos
últimos anos. Ao mesmo tempo, sabe-se que os contraceptivos hormonais esgotam vitaminas
essenciais e antioxidantes no corpo da mulher, bem como proporcionam a elevação do mineral
cobre que é capaz de participar de reações de formação de radicais livres favorecendo assim, a
diminuição no desempenho, fadiga, dano muscular e excesso de treinamento (overtraining).
Objetivo: avaliar o efeito dos contraceptivos hormonais oral nos níveis séricos dos biomarcadores
de danos oxidativos em atletas de voleibol submetidas a exame laboratorial de rotina. Metodologia:
participaram do estudo, dez atletas com idade média (29,8 ± 4,71 anos), peso (73,1 ± 6,81 Kg) e
altura (181,0 ± 4,82 cm). Foi realizada a coleta do soro das atletas em jejum por farmacêutico-
bioquímico no Laboratório de Bioquímica do Exercício do Instituto de Pesquisa da Capacitação
Física do Exército (IPCFEx) e posterior avaliações dos biomarcadores de proteína carbonilada (PC),
peroxidação lipídica (PL), tióis totais (TT) e capacidade antioxidante total (CAOT) no Laboratório
de Citotoxicidade e Genotoxicidade (LCG) . A estatística descritiva utilizada foi através de medidas
de tendência central enquanto a inferencial utilizou-se o teste Mann-Whitney para testar a igualdade
das Medianas. Resultados: não foi observado diferença significativa entre os grupos estudados (p ˃
0,05). Conclusão: pode-se concluir que o treinamento realizado vem sendo coerente e parece não
estar induzindo um quadro de estresse oxidativo, provavelmente o bom condicionamento físico e
uma dieta balanceada a que estas atletas são submetidas possam estar corroborando para os
resultados encontrados.

Palavras chaves: voleibol, estresse oxidativo, militares.

Referências:
1. Power SK, Nelson WB, Hudson MB. (2011); Free Radic Biol Med. (51):5 942-50

2. Palan PR, Strube F, Letko J, Sadikovic A, Mikhail MS. (2010); Obstet Gynecol Int . volume
2010, 4 pages.

3. Kamp F, Donangelo CM. (2007); Nutrire. (32):9 175-175

1522
Avaliação da estabilidade de xampus de cetoconazol, comercializados em
farmácias magistrais no município de Belford Roxo, RJ.
Thaís Dolzany de Oliveira1*, Katia Barboza dos Santos2, Aluízio Antônio Santa Helena2,
Pricilla Dias Moura de Matos2 & Lásaro Linhares Stephanelli2**
1
Universidade de Mogi das Cruzes – Mogi das Cruzes, SP, Brasil, Av. Dr. Cândido Xavier de Almeida e Souza, 200.
2
Associação Brasileira de Ensino Universitário - UNIABEU, Belford Roxo, RJ, Brasil, Rua Itaiara, 301.

e-mail: *thdolzany@gmail.com/ **lasarostephanelli@gmail.com

Tema: Farmácia Magistral

Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo verificar a estabilidade das formulações de
xampu de cetoconazol comercializadas nas farmácias magistrais do município de Belford Roxo/RJ.
Metodologia: Foram avaliados três xampus de cetoconazol (A, B e C) manipulados em diferentes
farmácias magistrais do município e de uma amostra (P) do xampu industrializado como referência,
através de testes de estabilidade acelerada: pH, viscosidade, densidade, características
organolépticas, precipitação, exposição à radiação luminosa e estresse térmico1,3,4. Resultados e
Discussão: Observou-se que a viscosidade e densidade das formulações manipuladas apresentaram
valores inferiores aos estipulados pela literatura e comparados à amostra P, possivelmente pela
diferença de tensoativos e doadores de viscosidade utilizados5. O pH de todas as amostras se
enquadraram na faixa de estabilidade do princípio ativo, porém as amostras P (7,9), A (7,7) e B
(8,5) estão acima do pH desejável para xampus5,7. Das amostras que foram armazenas conforme
instrução do fabricante pelo período de 7 dias, somente a amostra C apresentou alteração de cor.
Após 30 dias, as amostras A e B ficaram levemente rosadas, que é uma característica do
cetoconazol e não compromete a formulação1,2,3. Com isso, sugere-se a utilização de um corante
padronizado para os xampus que contenham este fármaco. No teste de estresse térmico, nenhuma
amostra apresentou separação de fases ou alteração de viscosidade. No teste de centrifugação,
houve precipitação em A, possivelmente do cetoconazol, ocasionando perda da eficácia do
medicamento, enquanto as demais mantiveram-se intactas. No teste de radiação luminosa, as
amostras foram expostas à luz UV durante 7 dias, e todas apresentaram alterações de cor: A e B
ficaram levemente rosadas, P alaranjada e C amarelada. Além disso, as amostras A e B
apresentaram também odores diferentes, o que representa uma perda de estabilidade e possível
contaminação microbiológica. Diante deste resultado, propõe-se que os medicamentos manipulados,
que não sejam de conservação em geladeira, tenham o contra-rótulo de “Conservar em temperatura
ambiente (entre 15º e 30ºC) e proteger da luz” para que seja salientado o armazenamento correto.
Conclusão: Concluímos que é necessário aperfeiçoar a manipulação desses produtos no município
a fim de garantir a segurança, eficácia e estabilidade do medicamento.
Palavras-chave: Xampu de Cetoconazol, Estabilidade, Farmácia Magistral, Controle de Qualidade.

1523
Referências:

1. GINDRI, A. L.; GINDRI, L. L.; SOUZA, L. B.; SANTOS, M. R.; LAPORTA, L. V. Saúde, v.
38, n.1, p. 125-135, 2012.
2. FUJIWARA, G. M.; COSTA, C. K.; ZANIN, S. M. W.; MIGUEL, M. D. Visão acadêmica, v.
10, n. 2, p. 43-57, 2009.
3. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Guia de controle de
qualidade de produtos cosméticos / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 2ª edição, revista
120p. – Brasília: ANVISA, 2008.
4. BRASIL. (2010); Farmacopéia Brasileira. 5ª ed. Brasília: Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, 770 -771.
5. FERREIRA, A. (2008); Guia Prático da Farmácia Magistral. 3ª ed. São Paulo: Pharmabooks,
641-657.
6. STAUB, I. ; CRUZ, A. S.; PINTO, T. J. A.; SCHAPOJAL, E. E. S.; BERGOLD, A. M. Revista
Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 43, n. 2, p. 301-307, 2007
7. SKIBA, M.; SKIBA-LAHIANI, M.; MARCHAIS, H.; DUCLOS, R. & ARNAUD, P.
International Journal of Pharmaceutics. v. 198, p.1-6, 2000.

1524
Recolhimento de medicamentos no Brasil: qual o principal motivo?

Flávia Valéria dos Santos Almeida1, Evani Leite de Freitas2, Jessica Quintanilha Marcelo de
Carvalho2, Rafaela Tavares Peixoto2 & Fabíola Giordani Cano2
1
Instituto Nacional de Cardiologia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Rua das Laranjeiras 374, Laranjeiras;
2
Universidade Federal Fluminense,Niterói, RJ, Brasil, Faculdade de Farmácia, Rua Doutor Mario
Viana, 523, Santa Rosa.

Objetivo: Identificar a freqüência e as causas de recolhimento de medicamentos no Brasil em 2014,


determinados pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Metodologia: Trata-se de
um estudo transversal descritivo de âmbito nacional a partir de dados secundários, disponibilizados
publicamente no sitio da ANVISA. O levantamento dos dados foi realizado a partir da planilha de
medicamentos irregulares do ano de 2014, utilizando como palavra-chave o termo “recolhimento”.
As informações foram transferidas e analisadas pelo Microsoft Office Excel 2007 e então avaliadas
quanto à forma farmacêutica do medicamento e o motivo do recolhimento. Foram consideradas
todas as formas farmacêuticas de apresentação dos medicamentos como injetáveis, líquidos e
sólidos orais, medicamentos para uso externo, soluções, suspensões, ampola, frasco-ampola e bolsa
para uso injetável de pequeno e grande volume. Os dados foram analisados por estatística
descritiva. Resultados e Conclusão: No ano de 2014 foram realizados 92 recolhimentos de
medicamentos sendo por desvio de qualidade do produto 62,0% dos casos, por problemas de
embalagem ou rotulagem 20,0% e por comercialização de produtos sem registro ou por empresa
não autorizada 18,0%. Os recolhimentos envolveram medicamentos utilizados por diferentes vias
de administração e com indicações terapêuticas diversas. A análise dos motivos de recolhimento
considerando as vias de administração revelou como principais problemas: 1) via injetável -
presença de material particulado em 48,3%; 2) via oral - desvio de qualidade no ensaio de aspecto
em 28,8% e 3) uso externo – produtos produzidas por empresas com ausência de boas praticas de
fabricação em 44,4%. Também foi observada uma ausência de padronização na descrição das não
conformidades apresentadas pelos medicamentos publicadas no sitio da ANVISA. A principal
causa de recolhimento de medicamentos em 2014 no Brasil foi o desvio de qualidade no produto,
seguido por problemas de embalagem e por fraude na comercialização de itens não autorizados.
Pouco é conhecido sobre o impacto clínico destes medicamentos na saúde da população, nem
tampouco, se os profissionais de saúde estão recebendo estas informações e atuando de forma
preventiva no recolhimento destes medicamentos clinicamente importantes.

Palavras chave (Keywords): Recall de Medicamento, Farmacovigilância, ANVISA

1525
ELABORAÇÃO DE FICHA DE ANAMNESE FARMACÊUTICA PARA
PACIENTES AMBULATORIAIS EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO
Paolla Ferreira Baptista1, Patrícia Krauze de Almeida2, Dayana Azevedo Silva de Souza3, Fernanda
Paquiela Gegenheimer4, Camila Barbosa de Carvalho5, Cláudia Cristina Santos Soares6, Fernanda
Alves Brito7 & Lair Monteiro de Souza8.
1
Farmacêutica Residente do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade
Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – paollaferreirab@hotmail.com. 2Farmacêutica
Residente do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal
Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – patricia.krauze@hotmail.com.3Farmacêutica Residente
do Programa de Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal Fluminense – Rio
de Janeiro – RJ – Brasil – dayanaassouza@hotmail.com.4Farmacêutica Residente do Programa de
Pós-graduação em Farmácia Hospitalar da Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro – RJ
– Brasil – fernandapaquiela@hotmail.com.5Farmacêutica Docente da Universidade Federal
Fluminense – Rio de Janeiro – RJ – myllacarvalho.22@gmail.com. 6Farmacêutica do Serviço de
Assistência Farmacêutica do Hospital Federal do Andaraí – Rio de Janeiro – RJ – Brasil –
claudiasoares3009@gmail.com.7Farmacêutica do Serviço de Assistência Farmacêutica do Hospital
Federal do Andaraí – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – nanda.a.brito@gmail.com.8Farmacêutica
Chefe do Serviço de Assistência Farmacêutica do Hospital Federal do Andaraí – Rio de Janeiro –
RJ – Brasil – lairms@hotmail.com.

Introdução: Reação adversa a medicamento (RAM) é definida pela Agência Nacional de


Vigilância Sanitária como “qualquer efeito prejudicial ou indesejado que se apresente após a
administração de doses de medicamentos normalmente utilizadas no homem para profilaxia,
diagnóstico ou tratamento de uma enfermidade”. Tal conceito apresenta RAM como um evento
inevitável, ainda que se conheça a sua possibilidade de ocorrência. Em oncologia, elas são comuns e
previsíveis durante todo o tratamento; por isso, os estudos que relatam estas RAMs podem auxiliar
a equipe multidisciplinar na educação do paciente. Sendo o farmacêutico um profissional que pode
fazer parte desta equipe, seu papel consiste em oferecer informação e orientação para reduzir os
efeitos das RAMs e aumentar a adesão à terapia prescrita. Dentre as atribuições clínicas do
farmacêutico, a anamnese farmacêutica possibilita a verificação de sinais e sintomas, avaliação e
intervenção nos incidentes relacionados aos medicamentos com o objetivo de melhor avaliar e
acompanhar a adesão ao tratamento. Objetivo: Proposta de Ficha de Anamnese Farmacêutica para
acompanhamento dos pacientes oncológicos em uso de medicamentos orais atendidos no
ambulatório de um hospital federal geral na cidade do Rio de Janeiro. Metodologia: Com base no
formulário já existente no serviço, no Manual de Seguimento Farmacoterapêutico (SF) e Manual de
Acompanhamento Farmacoterapêutico, foi estruturada uma ficha de anamnese farmacêutica para os
pacientes em tratamento oncológico. Resultado: O método Dáder foi escolhido para a elaboração
da nova ficha por ser uma ferramenta que permite ao farmacêutico seguir normas claras e simples
para realizar o SF de forma sistematizada. No desenvolvimento da ficha, foram levadas em conta as
informações necessárias para identificação do paciente, informações ambulatoriais e laboratoriais.
Ainda foram adicionados espaços específicos para relato de queixas pelo paciente, anotação de
possível identificação de problemas relacionados aos medicamentos e para orientação dada pelo
farmacêutico. Por fim, a ficha deve ser assinada e arquivada pelo profissional responsável pela
entrevista/consulta. Conclusão: Foi possível a elaboração do formulário, com base em outros
modelos já existentes, que reúne os dados referentes ao tratamento do paciente, a fim de realizar um

1526
acompanhamento da resposta terapêutica e RAMs, possibilitando melhor adesão ao tratamento
quimioterápico.

Palavras-chaves: Reação Adversa a Medicamento, acompanhamento farmacoterapêutico e


Oncologia

1527
Avaliação da aplicabilidade do Índice de Estilos de Aprendizagem (ILS) em
estudantes de graduação em farmácia: um estudo piloto
Márcio Lima da Conceição Vieira1, Elisdete Maria Santos de Jesus1, Francielly Lima da
Fonseca1, Adriana Andrade Carvalho2, Wellington Barros da Silva1 & Ângelo Roberto Antoniolli3
1
Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS) – Departamento de Farmácia/
Universidade Federal de Sergipe. São Cristovão- Sergipe- Brasil. E-mail: lepfs.ufs@gmail.com
2
Departamento de Farmácia- Campus Lagarto/ Universidade Federal de Sergipe. Lagarto- Sergipe-
Brasil. E-mail:farmacia.lagarto@ufs.br
3
Departamento de Fisiologia- Campus São Cristóvão/ Universidade Federal de Sergipe. São
Cristovão - Sergipe- Brasil. E-mail:cienciasfisiologicas.ufs@gmail.com

OBJETIVO: Avaliar a aplicabilidade do instrumento (Índice de Estilos de Aprendizagem) (ILS) em


alunos de graduação do curso de farmácia. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo piloto de
delineamento transversal realizado em março de 2015. Após a assinatura do termo de
consentimento livre esclarecido, foi aplicado o instrumento ILS junto aos estudantes de graduação
do curso de Farmácia aos quais são submetidos a estratégias de ensino fundamentadas em
metodologia Ativa e Tradicional. O instrumento utilizado consistiu em 44 questões divididas em
quatro dimensões, que representam as etapas da aprendizagem, onde em cada uma delas o aluno
tende a um pólo: Percepção (sensorial ou intuitivo); Entrada (visual ou verbal); Processamento
(ativo ou reflexivo); Entendimento (sequencial ou global). Cada estilo de aprendizagem é
representado pela combinação de um pólo de cada dimensão. Dessa forma, têm-se 16 diferentes
perfis comportamentais, para identificar estilos de aprendizagem dos alunos (VIEIRA JUNIOR
2012). RESULTADO: A amostra final foi composta por 37 estudantes dos quais 22 submetidos à
aprendizagem com metodologias ativas e 15 submetidos à aprendizagem por meio de ensino
tradicional. A análise sócio demográfica evidenciou que 31 (81%) eram do sexo feminino, 21 (57%)
provenientes do ensino público e 31 (81%) não exercem atividade remunerada. O tempo médio
gasto para responder os questionários foi de (34min). Na análise dos 44 itens do ILS, obteve-se
resultados em números percentuais, os alunos submetidos às metodologias ativas se revelaram
como: Intuitivo/Sensorial, (13,6/86,4), Visual/Verbal (68,2/31,8), Ativo/Reflexivo (63,6/36,4)
Sequencial/Global (72,7/27,3). Já os alunos submetidos à metodologia tradicional se apresentaram
como: Intuitivo/Sensorial, (26,7/73,3), Visual/Verbal (60/40), Ativo/Reflexivo (53,3/46,7)
Sequencial/Global (66,7/33,3). CONCLUSÃO: Com aplicação do teste piloto foi possível, testar,
avaliar, revisar o uso do ILS, bem como antever pontos cruciais como o tempo gasto para a resposta
e a extensão do instrumento. Quanto aos alunos pesquisados, estes apresentam predominância dos
estilos de aprendizagem com percepção sensorial, entrada visual, processamento ativo e
entendimento sequencial. Contudo, o mapeamento dos estilos de aprendizagem pode vir a ser uma
ferramenta importante para professores da área da farmácia por favorecer o planejamento e seleção
das situações de ensino utilizadas em sala de aula, potencializando a efetividade do processo de
ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: Estilos de aprendizagem, Estudantes de farmácia, Estudo piloto, ILS.

Referências:

1- VIEIRA JUNIOR, N. Planejamento de um ambiente virtual de aprendizagem baseado em


interfaces dinâmicas e uma aplicação ao estudo de potência elétrica. 2012. 234 p. Tese
(Doutorado em Engenharia Elétrica) - Universidade Estadual Paulista, Ilha Solteira, 2012.

1528
Caracterização do pensamento crítico em estudantes de graduação em
farmácia: um estudo piloto
Francielly Lima da Fonseca1, Elisdete Maria Santos de Jesus1, Márcio Lima da Conceição
Vieira , Adriana Andrade Carvalho2, Wellington Barros da Silva1 & Ângelo Roberto Antoniolli3
1

1
Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS) – Departamento de Farmácia/
Universidade Federal de Sergipe. São Cristovão- Sergipe- Brasil. E-mail: lepfs.ufs@gmail.com
2
Departamento de Farmácia - Campus Lagarto/ Universidade Federal de Sergipe. Lagarto- Sergipe-
Brasil. E-mail:farmacia.lagarto@ufs.br
3
Departamento de Fisiologia- Campus São Cristóvão/ Universidade Federal de Sergipe. São
Cristovão - Sergipe- Brasil. E-mail: cienciasfisiologicas.ufs@gmail.com

OBJETIVO: O presente estudo objetivou caracterizar o pensamento crítico dos alunos de


graduação em farmácia a partir do Instrumento Questionário de Pensamento Crítico para Estudantes
e Profissionais da Saúde. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo de delineamento transversal,
em março de 2015, o questionário foi aplicado após assinatura do termo de consentimento livre e
esclarecido, nos estudantes de graduação do curso de Farmácia os quais são submetidos a métodos
de ensino ativo e tradicional. O instrumento avalia as competências de pensamento crítico:
Interpretação, Análise, Avaliação, Inferência e Explicação. Apresenta 25 questões (5
correspondentes a cada escala) e solicita aos participantes que, diante de uma situação clínica,
assinalem aquela que consideram mais correta e mais completa (AMORIM 2013). As associações
entre as variáveis foram analisadas por meio do teste de Mann-Whitney. RESULTADOS: Ao final
do estudo obteve-se uma amostra de 35 alunos, desses 29 (82,8%) eram do sexo feminino, 21 (60%)
estudaram em escola pública e 31 (81%) não possui atividade remunerada. Em relação ao tempo
médio gasto para responder os questionários os alunos gastaram cerca de 40min. Nas análises por
escalas de competência os estudantes submetidos à metodologia tradicional apresentaram 76,9%
média demonstração de competência critica e 23,1% elevada demonstração para a competência
Explicação. Os estudantes ativos 45,4% média e 45,5% elevada demonstração para a mesma
competência. Considerando o valor de P<0,05, pode se observar que a escala de Explicação
apresentou diferença significativa com P= 0, 0339. Na análise geral das competências de
pensamento crítico, ou seja, na soma de total das escalas foi observado que os estudantes
submetidos tanto à metodologia ativa (𝑥̅ ±77) quanto à metodologia tradicional (𝑥̅ ±76, 3) possuem
alta demonstração de competência crítica comum P= 0, 0439. CONCLUSÃO: Com aplicação do
questionário foi possível caracterizar as competências de pensamento crítico, se familiarizar com o
instrumento e aprimorar o método de coleta de informações. Quanto aos alunos pesquisados estes
apresentam alta demonstração de competência crítica. No entanto, quando se refere às competências
de pensamento crítico, foi possível observar diferença significativa nas escalas por competências.
Contudo, a utilidade dessas informações possibilitou a construção e aplicação de uma ferramenta
que permitirá aos professores avaliar a capacidade crítica dos estudantes.

Palavras-chave: Pensamento Crítico, Competências, Estudo piloto, Estudantes de farmácia.

Referências:

1. AMORIM, Maria Margarida Paiva. Pensamento crítico nos estudantes e profissionais da


área da saúde.Porto: Universidade Fernando Pessoa, 2013, 121p. Dissertação (Mestrado
em Psicologia Clínica e da Saúde) – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais,
Universidade Fernando Pessoa, Porto, Portugal. 2013.

1529
Farmacovigilância ativa e estudo do novo anticoagulante oral dabigatrana em
hospital público brasileiro especializado em cardiologia
Luise de Barros Martins¹, Flávia Valéria dos Santos Almeida¹,² & Christianne Brêtas Vieira
Scaramello¹
1
Laboratório de Farmacologia Experimenteal, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de
Janeiro, Brasil; Rua Hernani Pires de Melo, 101 - São Domingos; 2 Instituto Nacional de
Cardiologia, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, R. das Laranjeiras, 374 - Laranjeiras.

Objetivo: Avaliar a adesão e o perfil de eventos adversos (EA) de pacientes com fibrilação atrial
não valvar durante o primeiro ano de tratamento com dabigatrana no Instituto Nacional de
Cardiologia (INC). Metodologia: Trata-se de um estudo de farmacovigilância (CAAE:
03455512.5.0000.5272), realizado na farmácia do INC de janeiro/2013 a dezembro/2014. Os
pacientes em uso de dabigatrana 110mg e 150mg foram acompanhados mensalmente por
farmacêuticos durante as dispensações do medicamento e estratificados em função da dose, sendo
analisados trimestralmente com relação à idade, gêneros, comorbidades, outros medicamentos em
uso, relatos de EA e adesão ao tratamento. Resultados e conclusões: Foram incluídos 139
pacientes. A maioria era do sexo masculino (66%). Aproximadamente 88% havia feito
anticoagulação prévia. A maioria dos pacientes em uso de dabigatrana 110mg (76%) apresentava
mais de 65 anos. 83% apresentavam alto escore de risco para eventos tromboembólicos (CHA2DS2-
VASc ≥ 2). Cerca de 52% dos pacientes em uso de dabigatrana 110mg apresentava alto risco para
sangramentos (HASBLED ≥ 3), já com 150mg, apenas 13% dos pacientes apresentaram escore de
risco tão elevado. Os pacientes apresentavam comorbidades: hipertensão arterial (83% para
110mgx74% para 150mg), acidente vascular encefálico prévio (57%x17%) e diabetes mellitus
(40%x22%), justificando as associações terapêuticas com betabloqueadores (67%x71%),
antagonistas dos receptores AT1 (52%x49%), estatinas (67%x53%) e hipoglicemiantes orais
(33%x15%). O EA mais relatado foi dispepsia, tendo maior incidência no primeiro trimestre
principalmente entre as mulheres (50%x56%). Esta observação justifica o aumento progressivo da
associação do omeprazol à dabigatrana ao longo dos trimestres, especialmente quando prescrita na
dose de 150mg, bem como a redução da dose do anticoagulante, a suspensão médica e o abandono
ao tratamento relatados. Apesar de os EA à dabigatrana se encontrarem descritos na literatura1,
neste estudo a incidência de dispepsia foi maior, justificando os problemas de adesão observados.
Os pacientes considerados pouco aderentes representavam mais de 30% dos pacientes do estudo ao
longo do ano, sendo os homens a maioria deles. Este estudo forneceu dados sobre as principais
razões para descontinuação do tratamento, permitindo que medidas como orientação aos pacientes
em uso de dabigatrana e acompanhamento mais de perto destes pacientes possam ser adotadas.

Palavras-chave: Dabigatrana, Anticoagulação, Farmacovigilância.

Referências:
1. Connolly SJ, Ezekowitz MD, Yusuf S, Eikelboom J, Oldgren J, Parekh A et al. (2009); N Engl J
Med. 361:1139-1151.

1530
Erro de prescrição de medicamentos antimicrobianos em uma unidade de saúde
no Estado do Rio de Janeiro.

Giovânia Firmino de Almeida Aguiar1, Edson de Souza Aguiar2, Carla da S. Pinheiro3, Carine dos
S. Atalla4.
1,4
Farmacêutica Bioquímica,3 Farmacêutica Industrial, PhD Ciências, 2 Graduando em Biologia
1,4
IERJ,RJ,Brasil; 2CEDERJ, RJ, Brasil; 3UFRJ, RJ, Brasil.

Objetivo: O presente estudo tem por objetivo detectar erros de prescrição de medicamentos
antimicrobianos em prescrições médicas. De acordo com o Instituto Americano de Medicina cerca
de 44.000 a 98.000 pacientes morrem a cada ano por lesão iatrogênica, sendo o erro de prescrição
médica a causa principal que contribui para esse evento (1). No Brasil os estudos realizados ainda
se mostram iniciais e insuficientes (2). Metodologia: Este estudo foi realizado no período de Julho
de 2014 a Maio de 2015 em uma unidade de saúde no Estado do Rio de Janeiro. Foram analisadas
507 receitas de medicamentos antimicrobianos quanto a presença de possíveis erros de prescrição,
tais como posologia, dose diária, duração do tratamento, forma farmacêutica, apresentação. Após
esta análise foi elaborado um formulário farmacoterapêutico com informações sobre posologia,
apresentação e forma farmacêutica, destinado aos prescritores. Além deste, foram confeccionadas
etiquetas com o horário da administração do medicamento, fixadas à embalagem do mesmo.
Também foram elaboradas tabelas contendo as normas para a dispensação dos medicamentos
antimicrobianos, e distribuídas à equipe de técnicos da Farmácia. Resultados: Os resultados obtidos
demonstraram que nos meses de 2014 o número de receitas com erros de medicação era de 81% e,
apenas 19% não apresentavam tais erros. Já nos meses de 2015, após a implantação do formulário
farmacoterapêutico observou-se uma drástica redução no número de erros. O percentual de
receituários com erros em 2015 foi de 47% e 53% não apresentavam erros. Conclusão: A elaboração
e implantação de um formulário de medicamentos para os profissionais de saúde (médicos e
técnicos) contendo informações sobre posologia, forma farmacêutica, apresentação, via de
administração, e concentração do fármaco mostrou-se um método eficaz na redução dos principais
erros de prescrição. Desta maneira, além da redução dos erros de prescrição também foi possível
garantir a segurança, uso adequado dos antimicrobianos e redução na seleção de formas de
microrganismos resistentes.
Palavras-chave: Antimicrobianos; Erros de prescrição; Formulário farmacoterapêutico.
REFERÊNICIAS:1- KOHN, L.T.; CORRIGAN, J.M. & DONALDSON, M.S. To err is human:
building a safer health system. 2. ed. Washington: National Academy Press, p.312, 2003.
2- NÉRIL, E. D. R.; GADÊLHA, P. G. C.; MAIA, S. G.; PEREIRA, A. G. S.; ALMEIDA, P. C.;
RODRIGUES, C. R. M.; PORTELA, M.P.; FONTELES, M. M. F. Erros de prescrição de
medicamentos em um hospital brasileiro. Revista da Associação Médica Brasileira.vol.57,no.3,São
Paulo, 2011.

1531
Alteração da rotina do idoso contribui para não-adesão ao tratamento
medicamentoso

Guilherme Lacerda Oliveira¹, Dayde Lane Mendonça-Silva² & Silvana Nair Leite³
1
Discente do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade de Brasília;
Brasília, Distrito Federal, Brasil, guilacerdafarm@gmail.com; 2Professora Adjunta do curso de
Farmácia da Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil, dayde@unb.com;
3
Professora Colaboradora do Programa de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas da
Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil, silvana.nair@hotmail.com

Descrição do estudo:
Objetivo: Identificar e compreender os fatores relacionados a não adesão ao tratamento
medicamentoso em pacientes idosos na comunidade. Metodologia: O trabalho foi desenvolvido
em um ambulatório especializado no atendimento à saúde do idoso de um Hospital Universitário do
Distrito Federal. Para desenvolvimento do estudo adotou-se a entrevista semiestruturada,
constituinte da pesquisa qualitativa. O público alvo era formado por idosos do ambulatório de
geriatria, em uso crônico de medicamentos, responsáveis pela condução do tratamento
medicamentoso, sem diagnóstico prévio de demência ou transtorno psiquiátrico e que foram
detectados como não aderentes pelo o teste de Morisky-Green1. Excluiu-se da pesquisa idosos com
cuidadores responsáveis pela condução do tratamento medicamentoso. Resultados: Foram
entrevistados 27 idosos, a maioria do sexo feminino (77,8%), viúvas (52,4%), com média de 77±6
anos e até 4 anos de escolaridade (40,7%). Segundo relatos, os próprios entrevistados eram
responsáveis pelo acesso aos medicamentos por meio das farmácias dos postos de saúde e
drogarias, utilizando renda própria para aquisição dos produtos nas redes privadas. A organização
dos medicamentos era associada à rotina para evitar o esquecimento, como também armazenar na
cozinha ou no quarto como estratégia recordatória. De fato, os discursos não mostravam o
esquecimento como uma condição frequente de omissão de doses, porém os atrasos nos horários de
administração foram associados à saída da rotina. Quando passado longo período de atraso havia
preferencia por esperar a dose seguinte. Problemas na administração das formas farmacêuticas
predominantes (comprimidos e cápsulas) não foram apresentados como barreira a adesão à
farmacoterapia. A indicação para ajuste de dose foi a principal razão de alteração das formas
originais, com a realização de partição dos comprimidos. Conclusão: Este diagnóstico situacional
contribui para compreensão do uso de medicamentos em idosos que preservam a independência e
habilidades para atividades diárias. Na presença de uso crônico de medicamentos e regimes
terapeuticos complexos a farmacoterapia requer maior atenção e organização, gerando
modificações de hábitos de vida²,³. Os discursos apontam a necessidade do estabalecimento de
estratégias de adesão a partir da realidade cotidiana e das dificuldades específicas do idoso,
ressaltando a importância da rotina no armazenamento e administração dos medicamentos.

Palavras-chave: Adesão, Medicamento, Idosos.

Agradecimentos:
À CAPES por bolsa de mestrado oferecida ao pesquisador principal.
Referências:
1. Morisky DE, Green LW, Levine, DM. (1986); Medical Care. 24(1): 67-74
2. Lehane E, Mccarthy G. (2006); Int J Nurs Stud. 44: 1468–77.
3. Rocha CH, Oliveira APS, Ferreira C, Faggiani FT, Schroeter G Souza ACA, Decarli GA,
Morrone FB, Werlang MC. (2008); Ciênc. saúde coletiva. 13(Sup): 703-10.

1532
Eficacia de los productos disponibles en el mercado local
para el tratamiento de la pediculosis.
Autora: Larreguy, Leticia Leonor1
Co-autores: Vassena, Claudia2; Domenichini, Patricia 1 & Melito Graciela1
Afiliaciones: 1Facultad de Ciencias de la Salud, Carreras de Farmacia y Bioquímica, Universidad
Maimónides, Hidalgo 775, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina; 2Centro de investigación de
Plagas e Insecticidas, CONICET-UNIDEF-UNSAM, San Juan Bautista de La Salle 4397, Villa
Martelli, Buenos Aires, Argentina.

Objetivos:
Demostrar la acción pediculicida de los productos más comercializados en Argentina mediante
bioensayos. Comparar la eficacia y eficiencia entre los mismos con el fin de elegir el agente terapéutico
más eficaz y menos riesgoso para la salud.

Metodología:
Se recolectaron piojos (Pediculus humanus capitis) con un peine fino metálico de cabezas de niños de
entre 3 a 12 años de escuelas bonaerenses (con niveles de resistencia a permetrina comprobada en
laboratorio)1; 2. Se seleccionaron de los parásitos adultos y ninfa III.
Para evaluar en forma comparativa la efectividad de los productos (según su mayor comercialización y
sus componentes), se utilizó el método de exposición por inmersión3. Grupos de piojos se sumergieron
durante 2 minutos en 1ml. del producto a experimentar, se colocaron en una malla metálica y se
lavaron con 100 ml. de agua corriente. Luego, sobre papel de filtro, se registró el número de insectos
volteados a los 180 minutos del comienzo de la inmersión. Los controles fueron tratados igual pero con
agua corriente4.

Resultados:
De los 14 productos evaluados, 3 produjeron 100% de mortalidad de piojos en ensayos de laboratorio,
4 mostraron 0% de mortalidad, mientras que 7 presentaron mortalidades entre 9% y 41%. A partir de
los ensayos realizados, se obtuvieron resultados preliminares donde se observó que los productos que
demostraron una nula o muy baja efectividad (entre 0% y 20%) contienen en su fórmula productos
naturales. En los productos que contienen permetrina entre 1% y 5% se observa un bajo porcentaje de
mortalidad (entre 26% y 41%). Los productos que mostraron el 100% de mortalidad contienen
siliconas en su composición.

Conclusión:
Los productos naturales como ácido acético, quassia amarga, aloe vera u oleato de cobre demostraron
nula o muy baja efectividad. Esto indica que la incorporación de productos naturales en la formulación
no asegura el efecto pediculicida.
Los productos con permetrina mostraron un porcentaje de mortalidad bajo, debido a la adquisición de
resistencia de los parásitos.
Los productos que mostraron 100% de mortalidad contienen siliconas. Presentan escasa toxicidad para
el huésped y requieren poco tiempo de exposición, por ende son una buena opción de tratamiento.

Palabras claves: Pediculosis; Eficacia; Eficiencia; Permetrina; Siliconas.

1533
REFERENCIAS:
1. Picollo M, Vassena C, Casadio A, Massimo J, Zerba E 1998. Laboratory studies of susceptibility
and resistance to insecticides in Pediculus capitis (Anoplura; Pediculidae). J. Med. Entomol. 35: 814-
817.
2. Vassena C, Mougabure C., González A., Alzogaray R., Zerba E. y Picollo M. I. (2003). Prevalence
and levels of permethrin resistance in Pediculus humanus capitis De Geer (Anoplura; Pediculidae) from
Buenos Aires, Argentina. J. Med. Entomol. 40: 447-450.
3. M. I. Picollo, C. V. Vassena, G. Mougabure Cueto, M. Vernetti and E.N. Zerba. (2000) “Resistance
to Insecticides and Effect of Synergists on Permethrin Toxicity in Pediculus capitis (Anoplura:
Pediculidae) from Buenos Aires”. Journal and Medical Entomology 37 (5): 721-725 Entomological
Society of America.
4. Gallardo A., Mougabure-Cueto G., Vassena C., Picollo M. I. Y Toloza A. C. (2011) “ Comparative
efficacy of new commercial pediculicides against adults and eggs of Pediculus humanus capitis (head
lice)” Parasitol. Res. Springer Volume 110, Issue 5 Page 1601-1606.
5. Burgess I.F. (2004) Human lice and their control. Annu. Rev. Entomol. 49: 457-481.
6. Mássimo J., Picollo M. I., Rossi A., Zerba E., Curatola R., Pueyo S. 1996. Studio epidemiológico
biológico e chimico della pediculosis. II Giornate Internazionali di dermatología pediátrica, Rome,
Italy.

1534
Sleeping pills in Brazil: frequency and association with alcohol and tobacco
Kátia Kodaira ¹; Julia Hiromi Hori Okuyama ¹ & Marcus Tolentino Silva ¹

¹ Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba, São Paulo


Brasil, marcusts@gmail.com

Frequency of sleeping pills use in Brazil is unknown. Behaviors associated with tobacco and
alcohol consumption may influence this use. Aim. To assess the frequency of sleeping pills
consumption among Brazilian adults and its association with alcohol and smoking consumption.
Methods. This is an analysis of Brazilian National Health Survey performed in 2013(1). Briefly,
this survey was household-based with stratified sampling and three clustering stages (census tracts,
households and individuals aged 18 years and older). Subjects were interviewed about sleeping pills
use in the past two weeks (our primary outcome), alcohol drinking and tobacco consumption
(independent variables). We calculated prevalence ratio (PR) adjusted for sex and age through a
Poisson regression with robust variance and 95% confidence interval (CI). It was investigated the
alcohol and drinking interaction. Sensitivity analysis includes re-sampling technique (bootstrap). In
STATA 11.2 software, we considered the complex sample design for all calculations. Results.
60,202 subjects were included (52.9% women and 42.9 ± 17.1 years old), 7.7% (95% CI: 7.3-8.0%)
of them took sleeping pills in the past two weeks. 26.5% (95% CI: 25.9-27.2%) consumed alcohol;
14.7% (95% CI: 14.2-15.2%) consumed tobacco; and 6.6% (95% CI: 6.2-7.0) consumed both.
Alcohol drinking was inversely associated with sleeping pills use (PR = 0.69; 95% CI: 0.59-0.80; p-
value < 0.001) and smoking increases their consumption (PR = 1.47; 95% CI: 1.28-1.68; p-value <
0.001). The consumption of alcohol and tobacco together was not associated with sleeping pills use
(PR = 0.99; 95% CI: 0.77-1.26); p-value = 0.914). All results remain constants in sensitivity
analysis. Conclusion. Brazilian adults frequently use sleeping pills. This practice decreases with
alcohol and it raises with tobacco(2). The association disappears when they are analyzed together.
Our hypothesis is that alcohol induces somnolence and sleepiness faster than the euphoric cycle of
tobacco. Further studies with longitudinal design are necessary to address the causality of the
described effects.

Keywords: Sleep, Prescription drugs, Tobacco, Alcohol

References:
1. Souza-Júnior PRBd, Freitas MPSd, Antonaci GdA, Szwarcwald CL. (2015); Epidemiologia
e Serviços de Saúde. 24(2):207-16.
2. Wakasugi M, Kazama JJ, Narita I, Iseki K, Moriyama T, Yamagata K, et al. (2014) PLoS
One. 9(9):e108718.

1535
Evaluation of antioxidant activity in vitro of medicinal plants extracts
Kelly Karoline dos Santos1, Camilla Freitas de Oliveira2, Vinícius Bednarczuk de Oliveira2,
Edvaldo A. Ribeiro Rosa1, Obdúlio G. Miguel2, Patrícia Maria Stuelp Campelo1
1
Escola de Saúde e Biociência, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil,
p.campelo@pucpr.br; 2Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade
Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brazil.

Introduction: The empirical use of plant extracts based in the popular medicine has increased over
the past few years and is been used to treat a variety of pathologies, including vitiligo. One of the
possibilities that have been suggested for the treatment of this pathology is the use of antioxidants.
Aim of the study: Evaluate the antioxidant activity, by chemical methodology using crude extracts,
of the following plants popularly described as effective in the treatment of vitiligo: Arctium lappa,
Pyrostegia venusta, Brosimum gaudichaudii, Sonchus oleraceus and Xylosma ciliatifolium.
Materials & methods: Tests performed: phosphomolybdenum method (n=6), TBARS (n=5),
potential for reducing the DPPH (n=3), determination of total phenolic compounds (n=3) and
hemolytic activity in erythrocytes (n=3). Statistical analysis was performed by using one-way
ANOVA followed by the Tukey’s multiple comparisons test. Significant differences were
considered for p value < 0.05. Results: In all the methodologies, the five extracts showed
significant antioxidant capacity. In the phosphomolybdenum method, the extract with the highest
antioxidant capacity compared to the standard used was B. gaudichaudii, while A. lappa had the
lowest activity. In TBARS, the better result was observed with P. venusta (68%), in which the index
antioxidant was greater than BHT (42%), followed by B. gaudichaudii (37%). In DPPH test, S.
oleraceus is considered the most active extract, because a smaller concentration is needed to reach
IC50 (53 µg/mL). All samples showed high quantities of phenolic compounds. B. gaudichaudii
showed the highest polyphenol content in its extract (216%), whereas X. ciliatifolium showed the
lowest (73%), which could be related with the results of antioxidant activity. In the hemolytic
activity, it was observed that the extracts analyzed showed low hemolytic potential, with no
significant differences between the negative control and the extracts. As this test can be used as an
indicator of toxicity, this result could indicate the low toxicity of these extracts. Conclusions: In the
conditions and concentrations tested, B. gaudichaudii extract was the most effective in the
methodologies used, followed by P. venusta. However, all plants showed different levels of
antioxidant activities, which may be promising for the prevention of oxidative stress.

Keywords: Antioxidant activities, Plant extracts, Hemolytic activities, Polyphenols.

1536
Eventos adversos notificados ao Sistema Nacional de Notificações para a
Vigilância Sanitária (NOTIVISA) por um Centro de Estadual de
Farmacovigilância do Brasil: uma análise descritiva de 2014

Elana Figueiredo Chaves1, Eudiana Vale Francelino1, Angelina Almeida Bastos1, Sarah Resende
Araújo1 & Miriam Parente Monteiro1
1
Centro de Farmacovigilância do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil, elana_figueiredo@yahoo.com.br

Objetivo: Relatar a ocorrência de Eventos Adversos (EA)1 notificados ao Sistema de


Notificações para a Vigilância Sanitária (NOTIVISA) por um Centro de Farmacovigilância
Estadual. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e transversal das notificações
voluntárias do Centro de Farmacovigilância do Ceará ao NOTIVISA, de 2014. A partir da
análise documental, diretamente no sítio eletrônico do sistema, traçou-se o perfil das
notificações concluídas, sendo avaliado: o número de notificações, sexo e idade dos indivíduos,
gravidade da reação, topografia afetada, medicamento envolvido, presença de medicamento
concomitante e presença de relato na literatura. Utilizou-se o Microsoft Excel 2007 para a
análise dos dados. Resultados: Foram notificados 51 relatos de EA, tendo todos, o
medicamento como causador. A maioria dos pacientes foi do sexo masculino (n=29, 56,86%). A
faixa etária foi de 11-86 anos, sendo a mais frequente de 31-50 anos (n=25; 40,02%) e a menos
frequente de 71-86 anos (n=4; 7,84%). A média de idade foi de 44,35 anos. Dos EA descritos,
40 (78,43%) foram classificados como “não grave” (não resulta em ameaça à vida)”, 4 (7,84%)
como “grave clinicamente importante (reação perigosa e que requeira intervenção)” e 4 (7,84%)
como “grave ameaça à vida (risco de morte no momento da reação)”. Os demais (n=3; 5,88%),
foram classificados como “indefinido”. A topografia mais frequente (isolada ou
concomitantemente) nos EA foi a gastrointestinal (n=27; 52,94%), sendo os medicamentos
antirretrovirais os causadores de 21 (77,78%) desses; a segunda foi o sistema nervoso central
(n=23; 45,1%), seguido da dermatológica (n=9; 17,65%). Os principais medicamentos suspeitos
em cada EA envolveram antirretrovirais (n=31), imunobiológicos (n=7) e analgésicos/anti-
inflamatórios (n=5). Quanto à presença de medicamentos concomitantes, 50 (98,04%)
notificações não apresentaram. A grande maioria dos eventos adversos (n=48, 94,12%) está
relatada na literatura, tendo sido as bulas, as fontes mais usadas pelo NOTIVISA. Conclusão:
Observou-se o baixo número de notificações voluntárias de EA no ano de 2014, indicando a
subnotificação de EA a medicamentos, mas principalmente de outros produtos. A
subnotificação também pode ser percebida nos extremos de idade, sendo necessária uma maior
conscientização da importância das notificações para o rastreamento de situações de risco e EA
potenciais.

Palavras-chave: Farmacovigilância, Notificação, Eventos Adversos.

Referências:

1537
1- Oliveira JR, Xavier RMF, Júnior AFS. (2013); Eventos adversos notificados ao Sistema
Nacional de Notificações para a Vigilância Sanitária (NOTIVISA): Brasil, estudo descritivo
no período 2006 a 2011*. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 22(4):671-678.

1538
Avaliação de um Curso de Atendimento Farmacêutico ao Idoso
Bruno Simas Rocha1, Andiara Luvison1, Cristine dos Reis1, Tatiana Weiss Almeida1, Maria Cristina
Werlang1, Cristiani Silveira Netto Trentin1, Liziane Maahs Flores1

1
Comissão Assessora de Gerontologia e Assistência Farmacêutica ao Idoso, Conselho Regional de
Farmácia do Rio Grande do Sul (CRF-RS), Porto Alegre, RS, Brasil, gerontologia@crfrs.org.br

Objetivo: Descrever e analisar as avaliações feitas pelos participantes de um curso de atendimento


farmacêutico ao idoso.
Metodologia: elaborou-se um questionário semi-estruturado online para avaliação de um curso de
atendimento ao idoso promovido por um Conselho Regional de Farmácia do sul do Brasil em
parceria com Universidade Federal da região. As respostas foram solicitadas por meio de escala de
satisfação (excelente, bom, regular e ruim), contemplando aspectos sobre a programação do evento,
infra-estrutura, palestrantes e sugestões (esta última em campo livre).
Resultados: De um total de 22 participantes, sete avaliações foram preenchidas (31,82%). Os
participantes eram profissionais e acadêmicos de Farmácia. Todos os respondentes consideraram
que o evento atendeu os objetivos propostos, sendo que cinco (71,43%) consideraram o conteúdo e
a carga horária boa ou excelente; sete (85,71%) avaliaram que os palestrantes tinham excelente
domínio do conteúdo. A aplicabilidade no trabalho foi considerada boa ou excelente por quatro
(57,14%) dos participantes e seis (85,71%) avaliaram que o relacionamento e interação foram
excelente ou boa. O item com menor taxa de resposta foi aquele relacionado à qualidade do material
apresentado – apenas 4quatro (57,14%) respondentes, com 100% das respostas classificadas como
excelentes ou boas. Observou-se a importância de incluir questões específicas sobre o conteúdo e
forma de aprendizado do curso.
Conclusão: As respostas permitiram o planejamento e re-estruturação de cursos deste tipo para o
futuro. A menor taxa de resposta para o item relacionado ao material apresentado pode ser atribuída
ao próprio formato do curso, que prioriza a prática, com encenação de casos clínicos aplicados à
gerontologia. A aplicabilidade ao seu ambiente de trabalho foi o item com menor avaliação
podendo sugerir a necessidade de ampliar a atuação do farmacêutico nesse âmbito ou a falta de
estrutura para o atendimento dessa população. Existe necessidade de estabelecerem-se estratégias
para motivar um maior número de respondentes tendo em vista que as respostas ao instrumento de
avaliação se constituirão em indicadores para o planejamento, implementação e funcionamento do
programa educativo proposto.

Palavras-chave (Keywords): Gerontologia; Avaliação Educacional; Educação em Farmácia

1539
Ações articuladas de ensino, pesquisa e extensão, desenvolvidas no serviço, como
estratégia pedagógica para formação clínica e humanista do profissional
farmacêutico
Dayde Lane Mendonça-Silva1, Letícia D’Oliveira2, Mayara de Oliveira Caetano2, Bruna Maciel de
Alencar3 & Adriano de Almeida de Lima4
1
Professora Adjunto do Curso de Ciências Farmacêuticas da Universidade de Brasília; Brasília,
Distrito Federal, Brasil. dayde@unb.br
2
Discentes do Curso de Ciências Farmacêuticas da Universidade de Brasília; Brasília, Distrito
Federal, Brasil. leticiacdoliveira@gmail.com, mayoliveira.unb@gmail.com
3 Discente do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade de Brasília;
Brasília, Distrito Federal, Brasil. brumacar16@gmail.com
4
Professor Adjunto do Curso de Odontologia da Universidade de Brasília; Brasília, Distrito
Federal, Brasil. adadlima@gmail.com

Uma das importantes interseções entre saúde e educação diz respeito à adequação do ensino,
conhecimentos produzidos e serviços prestados à população com base nas necessidades sociais,
para que se possa viabilizar a abordagem integral do processo de saúde-doença e a promoção à
saúde. Objetivo: Descrever o emprego de ações e estratégias pedagógicas desenvolvidas no serviço
de saúde de forma interdisciplinar e contextualizada à comunidade visando a formação de um
profissional farmacêutico generalista, humanista e reflexivo. Metodologia: Este estudo consiste em
um relato de experiência da integração de atividades de ensino, pesquisa e extensão, desenvolvidas
por alunos de graduação e pós-graduação de Ciências Farmacêuticas, em um ambiente ambulatorial
especializado na atenção à saúde de idosos, de um hospital universitário de Brasília, no Distrito
Federal. Resultados: Para oferecer os serviços clínicos farmacêuticos, sobretudo revisão da
farmacoterapia e educação em saúde, de forma individual e coletiva, à nível ambulatorial, bem
como desenvolver atividades de ensino nesse cenário, docente elaborou projetos de extensão e de
pesquisa, incorporando alunos de pós-graduação na rotina do serviço. Esses alunos desempenharam
papel de tutores dos acadêmicos de graduação em Ciências Farmacêuticas, acompanhando-os nas
atividades da disciplina optativa “Práticas em Farmácia Clínica”, ofertada aos estudantes a partir do
sétimo semestre. Na disciplina, realizaram-se seminários sobre protocolos e diretrizes terapêuticas e
discussões sobre aspectos sociais, culturais, éticos e clínicos que impactam na relação profissional-
paciente. Em campo, os alunos foram inseridos gradualmente, sempre em nível crescente de
complexidade, na rotina de trabalho da equipe multiprofissional, realizando visitas domiciliares,
consultas farmacêuticas e participação nas reuniões clínicas. Parte dos graduandos permaneceram
inseridos no grupo, mesmo após término da disciplina optativa, ao ingressarem no projeto de
extensão. Conclusão: Ações articuladas entre ensino, pesquisa, extensão e serviço oportunizam aos
estudantes o protagonismo na construção das habilidades e competências necessárias ao
desenvolvimento dos serviços clínicos farmacêuticos e, aos docentes e profissionais de saúde,
qualificação profissional, alem do aprimoramento dos serviços oferecidos aos usuários. A
experiência sugere que o processo formativo no serviço e em consonância com as necessidades de
saúde da população contribuem para a consolidação do conhecimento teórico e valorização do
trabalho farmacêutico.

Palavras-chaves: educação farmacêutica, interdisciplinaridade, integração ensino-serviço

1540
Prescription errors and associated factors in patients with oncologic and
hematologic diseases in a Brazilian tertiary hospital

Rosa Camila Lucchetta1, Bruno Salgado Riveros2, Antonio Eduardo Matoso Mendes3, Natália Fracaro
Lombardi4, Wálleri Christini Torelli Reis5 & Cassyano Januario Correr6
1
Federal University of Parana, Curitiba, Paraná, Brazil, rc.lucch@yahoo.com.br 2Federal University of
Parana, Curitiba, Paraná, Brazil, brunosalgado87@hotmail.com Clinics Hospital, Curitiba, Paraná,
Brazil, mmendesantonio@gmail.com 4Federal University of Parana, Curitiba, Paraná, Brazil,
natalia.f.lombardi@gmail.com 5Federal University of Parana, Curitiba, Paraná, Brazil,
6
wallerictr@gmail.com Federal University of Parana, Curitiba, Paraná, Brazil,
cassyano.correr@gmail.com

Objective: To identify the prevalence of prescription errors in drug prescriptions of patients with
oncohematologic diseases and the factors associated with these events. Method: We performed a
cross-sectional, analytical, study in a large Brazilian tertiary hospital. Data regarding service (high risk
chemotherapy unit), patients and their clinical condition, drug therapy and prescription errors were
retrieved and analyzed according to the National Coordinating Council for Medication Error Reporting
and Prevention taxonomy. The present study was approved by the Research Ethics Committee of the
Clinics Hospital, Federal University of Parana (nº 14122113.3.0000.0096). Results: We identify out of
344 included drug prescriptions (n = 31 patients), 26.2% showed at least one prescription error, mainly
involving a wrong drug (48.3%) or an improper dose (26.7%). The errors were most frequent with the
drugs dexamethasone/ polymyxin B (10.7%), vancomycin (10.7%) and ranitidine (5.4%). According to
the logistic regression, the factors associated with errors include: presence of neutropenia Odds Ratio
(OR) 1.92 (95% Confidence Interval (CI) 1.10–3.35), physicians on holiday or weekend shifts OR 0.40
(95% CI 0.18–0.86) and prescriptions with higher proportion of parenteral administration route OR
1.05 (95% CI 1.03–1.08). Conclusion: We identified a high prevalence of errors involving mainly drug
choice and improper dose. The drugs most related to errors were antimicrobial agents and support
therapy. Presence of neutropenia, physicians on holiday or weekend shifts and prescriptions with
higher proportion of parenteral administration route, were the main factors associated with prescription
errors. Recognizing them can be valuable in developing clinical prediction tools, alerts to clinical
pharmacists or designing preventive services focused on identifying patients who are more susceptible
to prescription errors.

Keywords: Patient Safety; Inappropriate Prescribing; Risk Management; Neoplasms; Oncology


Service.

1541
Diseño y evaluación de un curso online sobre servicios profesionales
farmacéuticos

Pedro Armando¹, Nancy Solá¹, Patrícia Martínez2, Susana Martínez2, Elbio Costa2, Maria Isabel
Tenllado2
1
Facultad de Ciencias Químicas. Universidad Nacional de Córdoba, Córdoba, Argentina, Haya de la
Torre y Medina Allende s/n. Ciudad Universitaria; 2Colegio de Farmacéuticos de Córdoba,
Córdoba, Argentina, Corro 146.

Objetivos
•Describir los contenidos y la metodología empleada para el diseño de un curso online sobre
servicios profesionales farmacéuticos (SPF).
•Valorar la percepción de los farmacéuticos participantes respecto a la actividad formativa
desarrollada.
Metodología
Se diseñó un curso online teórico-práctico de 2 meses de duración, destinado a farmacéuticos
comunitarios y hospitalarios.1-4 Esta actividad formativa emplea estrategias pedagógicas
asincrónicas y se desarrolla en el Aula Virtual del Área de Capacitación y Responsabilidad Social
del Colegio de Farmacéuticos de Córdoba (Argentina), bajo la plataforma de e-learning
educativa®.5
Para valorar las opiniones de los farmacéuticos con relación al curso, se utilizó una encuesta
validada al finalizar la actividad, efectuándose un análisis estadístico descriptivo.6
Resultados
Se desarrolló el curso online “Servicios profesionales farmacéuticos: hacia un nuevo modelo de
práctica asistencial”, estructurado en 5 módulos temáticos con la elaboración de un trabajo final.
Las actividades se diseñaron de manera ordenada, estructurada y articulada, siguiendo un nivel
progresivo de complejidad, con el fin de alcanzar los objetivos propuestos. El aula virtual contó con
los siguientes recursos: guía de trabajo por módulos (materiales de lectura/multimedia y actividades
prácticas), foros de discusión, bloque de noticias, mensajería interna, chat y cafetería.
Las actividades prácticas se centraron en el desarrollo de estrategias personalizadas para conseguir
implementar los SPF en cada lugar de trabajo, desarrollando una metodología adecuada, con los
correspondientes indicadores de calidad.
Participaron 240 farmacéuticos. En la encuesta de valoración, los farmacéuticos opinaron con
elevadas calificaciones respecto al cumplimiento de sus expectativas (97,7%), las interacciones con
los profesores y tutores y el trabajo en foros.
Conclusiones
El dictado del curso permitió que los farmacéuticos participantes pudieran conceptualizar y
planificar aquellos SPF que pueden desarrollar en sus áreas de desempeño profesional.
Se obtuvieron opiniones muy favorables de los participantes respecto al curso y a la utilización de
las herramientas pedagógicas disponibles en el aula virtual. Si bien esta actividad formativa debería
permitirles a los farmacéuticos implementar algunos SPF, sería importante continuar con el
desarrollo de otros cursos online más específicos, a fines de apoyar y fortalecer su ejercicio
profesional.

Palabras clave: Educación en Farmacia, Educación Basada en Competencias, Educación a


Distancia, Servicios Comunitarios de Farmacia, Gestión de la Práctica Profesional.

Agradecimientos: a los profesores colaboradores: Dr. Sebastián Martínez Pérez, Dra María das
Gracas Leopardi Goncalves y Dra. Anne Liere de Godoy.

1542
Referencias:
1. Documento de posición de la OPS/OMS (2013). Servicios farmacéuticos basados en la atención
primaria de salud. Washington DC: OPS.
2. FIP/OMS (2006). Recuperado de
http://www.fip.org/files/fip/publications/DevelopingPharmacyPractice/DevelopingPharmacyPractic
eES.pdf
3. FIP/OMS (2011) Recuperado de
https://www.fip.org/www/uploads/database_file.php?id=334&table_id=
4. Baixauli Fernández VJ, Satué de Velasco E, Gil García MI, Roig Sena JC, Villasuso Cores B,
Sáenz de Buruaga Pérez de Atxa S. (2013); Farmacéuticos Comunitarios 5(3): 119-26.
5. Meza J. (2012). Recuperado de https://gc21.giz.de/ibt/var/app/wp342P/1522/wp-
content/uploads/2013/02/Ebook-final.pdf
6. Villar, G. (2003). Recuperado de http://www.oei.es/tic/villar.pdf

1543
Avaliação farmacêutica de não conformidades em prescrições
pediátricas
Jéssica Barros Rangel1, Maria Luisa de Moura Fonseca1, Saraghina Maria Donato da
Cunha2 & Sarah Dantas Viana Medeiros2

1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Santa Cruz, Rio Grande do Norte, Brasil;
2
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, Santa Cruz, Rio Grande do Norte, Brasil

Objetivo: Evidenciar a importância do farmacêutico clínico na terapia medicamentosa em


enfermaria pediátrica, mediante identificação de possíveis erros de prescrição, com o
intuito de contribuir para promoção da segurança do paciente. Metodologia: Trata-se de
um estudo observacional analítico do tipo transversal realizado no Hospital Universitário
Ana Bezerra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (HUAB/UFRN) a partir da
avaliação das prescrições médicas pediátricas no período de maio a julho de 2015. Os
dados foram obtidos considerando gênero, idade, hipótese/diagnóstico e não
conformidades da prescrição. Os medicamentos prescritos foram avaliados quanto a
indicação, dose, concentração, posologia e via de administração a partir de consulta no
software Drugdex – Thomsom Micromedex e nas bases de dados Uptodate e Medline.
Resultados: Foram avaliadas 75 prescrições de crianças em polifarmacoterapia com
permanência mínima de 72 horas, das quais 56% pertenciam ao gênero masculino e 44%
ao gênero feminino, com média de idade de 3,2 anos. Dentre as principais doenças
tratadas, a pneumonia foi responsável por 29,3% das internações, seguida da
gastroenterite com 17,3%. Com relação à avaliação das prescrições verificou-se que em
40% dos casos, as doses estavam acima do recomendado na literatura, em 10,6% as doses
prescritas estavam abaixo do recomendado e em 18,6% o horário de administração estava
inadequado. Conclusão: Os erros de prescrição ocorreram em número significativo e
poderiam ter causado algum tipo de dano ao paciente caso não tivesse ocorrida a
intervenção farmacêutica. Portanto, a atuação do farmacêutico na área clínica é de total
relevância para melhorar a qualidade da assistência à saúde.
Palavras-chave: Erros de Prescrição, Segurança do Paciente, Pediatria

1544
Análise de interações medicamentosas na terapia antirretroviral em
pacientes com HIV em um Hospital Universitário
Vinícius Abib Ramos Alves1, Livia Gonçalves dos Santos Lima2, Flávia Valéria dos
Santos Almeida3, Sergio Sétubal4 Elisangela da Costa Lima-Dellamora5 & Monique
Araújo de Brito6
1
Faculdade de Farmácia - Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro,
Brasil, (vinicius.abib@hotmail.com) 2 Faculdade de Farmácia - Universidade Federal
Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, (liviagdossantoslima@gmail.com) 3
Hospital Universitário Antônio Pedro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil,
(valeryalmeida6840@gmail.com) 4 Hospital Universitário Antônio Pedro, Niterói, Rio
de Janeiro, Brasil, (labutes@terra.com.br) 5 Faculdade de Farmácia – Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, Brasil,
(lima.dellamora@gmail.com) 6 Faculdade de Farmácia - Universidade Federal
Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, (moniquebrito@id.uff.br)
Objetivo:Identificar e quantificar os esquemas de terapia antirretroviral (ARV) que
possuem interações medicamentosas (IM) não recomendadas em diretrizes clínicas,
empregados em um hospital universitário (HU) no Estado do Rio de
Janeiro.Metodologia:Foram consideradas na análise as IM com maior risco de falha
virológica, toxicidade ou que apresentavam dificuldade para adesão.Estas IM estavam
descritas no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo
HIV em adultos (PCDT)1 e Câmara Técnica para o tratamento de HIV/AIDS da
Secretaria Estadual de Saúde (SES).A CT-SES é composta por médicos de referência
em genotipagem, capacitados e atualizados pelo Ministério da Saúde.A frequência de
IM foi obtida a partir da análise dos ARV dispensados no hospital estudado no período
entre novembro de 2014 e março de 2015.Os dados foram coletados pelo Sistema de
Controle e Logística de Medicamentos Antirretrovirais.O estudo foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa com número parecer 924319/CAAE
39135714400005243.Resultados:Do total de 50 esquemas terapêuticos prescritos para
403 pacientes, quinze continham IM envolvendo abacavir, didanosina lamivudina,
tenofovir, efavirenz, nevirapina, atazanavir, darunavir, lopinavir, ritonavir,
raltegravir.Das interações encontradas, 20% eram descritas pelo PCDT e envolviam
lopinavir/ritonavir com efavirenz.As IM descritas pela CT-SES totalizaram 26,5%,
sendo as IM envolvendo inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa e atazanavir
com didanosina.Das IM descritas em ambas as diretrizes (53,3%) as interações eram
atazanavir com efavirenz ou raltegravir, darunavir com neverapina ou efavirenz e a
lamivudina em esquema de resgate.Em relação aos motivos, 60% possuíam maior risco
de toxicidade envolvendo o darunavir,raltegravir,atazanavir,neverapina, 20% maior
risco de falha virológica envolvendo a lamivudina e efavirenz e 20% eram esquemas
compostos por atazanavir com didanosina ou lopinavir/ritonavir com efavirenz,
ocasionando maior dificuldade para adesão.Conclusão:As associações terapêuticas
identificadas com maior frequência foram aquelas com maior risco de toxicidade e
estavam descritas no PCDT e SES. Não foram investigadas as razões para a prescrição
destes esquemas, não obstante os possíveis motivos podem estar associados à falta de

1545
opção terapêutica para alguns pacientes ou a desatualização o PCDT, que orienta a
equipe de assistência a Pessoas que Vivem com HIV/aids no Brasil.Como perspectiva,
serão avaliadas as razões que motivaram a prescrição e uso destes esquemas.

Palavras-chave: Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, Combinação de


Medicamentos, Guia de Prática Clínica

Referência:
1. BRASIL. Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de
DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêutica para Manejo
das Infecções em Adultos. Brasília, DF, 2013. 217p.

1546
Análises das autorizações de procedimento de alta complexidade de medicamentos para
pacientes transplantados renais no estado do Rio de Janeiro.
Gabriela Santos Barbosa1; Milene da Costa Rangel2 & Márcia Maria Barros dos Passos2
1
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil,
gabii.barbosa@hotmail.com; 2 Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, Brasil, (mmbpassos@gmail.com).

Resumo:

Introdução: No Brasil, o Sistema Único de Saúde é responsável pela cobertura do transplante


e tratamento pós-transplante. Os medicamentos utilizados na manutenção do transplante são
cedidos pela rede pública. Os fármacos para transplantados renais estão descritos no PCDT, e
inclui Imunossupressão Tríplice com um inibidor de calcineurina ou rapamicina,
glicocorticoides e um agente antiproliferativo. Objetivo: Descrever e analisar os
medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica dispensados para o
tratamento de pacientes submetidos a transplante renal no Estado do Rio de Janeiro.Método:
Estudo descritivo baseado nos dados de APAC do SIA-SUS do Estado do RJ de 2008 a 2013.
Os dados foram obtidos do Sistema de Informações ambulatoriais do SUS (SIA-SUS) e foram
aqueles referentes às Autorizações de Procedimentos de Alta Complexidade. As variáveis de
interesse selecionadas nos arquivos da APAC foram as seguintes: Data de Processamento;
Procedimento Principal da APAC/Medicamento; Idade; Sexo; UF e Município de Residência
do paciente; UF de Localização do Estabelecimento; CID Principal e Secundário. Foram
realizadas a distribuição temporal das APAC geradas ao longo do período e análises
estratificadas por grupo químico. Resultados: O estudo incluiu 156.527 registros de APAC
de medicamentos selecionados para transplantes renais. Das APAC geradas 55,7% foram para
o sexo masculino, sendo 28,1% para a faixa etária de 40 a 49 anos. O principal diagnóstico
secundário foi doença renal crônica (30,9%). O grupo químico mais frequente foi os
antiproliferativos, e o micofenolato de mofetila em maior quantidade. Dentre os outros
grupos, inibidores de calcineurina e de rapamicina, os medicamentos principais foram
tacrolimo e sirolimo. Tal resultado indica uma expressiva frequência dos medicamentos
preconizados para o tratamento alternativo da manutenção do Transplante Renal, em
detrimento do tratamento de primeira escolha. Conclusão: Os resultados indicam que tal
conduta médica pode não estar de acordo com o PCDT, visto que os medicamentos que mais
foram dispensados não são os indicados como primeira escolha no tratamento de manutenção
do transplante renal. Este desvio aparente de conduta poderá impactar no tratamento do
paciente e gerar também maiores custos ao sistema de saúde brasileiro, que é responsável pela
total cobertura do tratamento para o paciente.

Palavras - chave: Transplante renal, Imunossupressores, APAC.

1547
Relato de experiência: construção de uma disciplina para promoção do debate
acerca da formação e atuação do farmacêutico diante dos novos paradigmas
Samuel Rodrigues Almeida e Sousa1, Gabriela de Araújo Brum1, Maria Luiza Evangelista1, Simone
Medina de Araújo Mendonça1 & Djenane Ramalho de Oliveira1
1
Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
Horizonte, Minas Gerais, Brasil, ceaf.ufmg@gmail.com

OBJETIVO: Descrever o processo de criação e estrutura da disciplina “Farmacêutico como


profissional de saúde” ofertada como optativa no currículo de graduação em Farmácia da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). METODOLOGIA: Relato de experiência dos
estudantes de graduação em Farmácia diretamente envolvidos na criação e realização da referida
disciplina. RESULTADO: A ideia de criar uma disciplina que promovesse, entre estudantes, a
discussão e reflexão sobre a formação e atuação do farmacêutico como profissional de saúde,
originou-se de debate sobre o tema durante um simpósio acadêmico realizado na UFMG. Na
assembleia final desse evento, os estudantes, movidos por sua inquietude, criaram a Comissão
Estudantil de Educação (CEE) como espaço acadêmico de debate sobre a formação do farmacêutico.
A disciplina “Farmacêutico como profissional de saúde” é fruto da CEE, seu objetivo é despertar o
pensamento crítico do estudante sobre ser um profissional da saúde. A fase inicial foi a respeito da
sua concepção técnica com leituras sobre metodologias ativas de ensino1,2 e didática do ensino
superior3. A versão final foi elaborada com colaboração de discentes e docentes. Obteve-se a
aprovação pelo colegiado do curso e a disciplina foi ofertada com uma carga horária de 2h/aula por
dois semestres consecutivos, envolvendo 30 estudantes até então. Utilizou-se exposições dialogadas
conduzidas por profissionais e atividades para subsidiar discussões e reflexões, como: a) entrevistas
com professores sobre Diretrizes Curriculares Nacionais para farmácia e com comunidade acerca de
como veem o farmacêutico, b) seminários sobre reforma curricular e c) filme discutindo questões
éticas na saúde. Como forma de avaliação, os discentes realizam reflexões escritas periódicas sobre
os debates em sala, além de apresentações de trabalhos individuais e em grupo. CONCLUSÃO: O
processo de criação de uma disciplina promovido por estudantes reflete o afastamento da academia,
de um modo geral, das discussões sobre o futuro da profissão. Ao mesmo tempo, com o termino da
disciplina, os estudantes que participaram dela, se mostraram mais críticos quanto a própria formação,
reconhecem esse momento de novos paradigmas para a atuação do farmacêutico e demonstram
interesse e engajamento para refletir e discutir sobre o futuro da profissão.

Palavras-chave: Educação Farmacêutica, Farmacêutico como Profissional de Saúde, Movimento


estudantil

Agradecimentos: A todos os estudantes que participaram da Comissão Estudantil de Educação

Referências:
1. Cezar P, Guimarães F, Gomes A, et al. (2010). Transição Paradigmática na Educação Médica: Um
Olhar Construtivista Dirigido à Aprendizagem Baseado em Problemas. Rev Bras Educ Med; 34: 298–
303.
2. Hamamoto C, Marin M, Sgambatti M, et al. (2006). Desenvolvimento currícular do curso de
enfermagem da FAMEMA: contexto atual. Rev Min Enf 2006; 10: 181–186.
3. Gil AC. Didática do Ensino Superior. 1st ed. São Paulo: Atlas, 2006.

1548
Casos de Hanseníase notificados no Estado da Paraíba
Sylmara Patrício de Santana Rosa¹, Raylanne Marcelino de Medeiros², & Vivianne Marcelino de
Medeiros³
1
Faculdade São Francisco da Paraíba, Cajazeiras, Paraíba, Brasil, silmara_patricia13@hotmail.com;
2
Faculdade de Medicina Nova Esperança, João Pessoa, Paraíba, Brasil, ray_enfmed@hotmail.com;
3
Faculdade São Francisco da Paraíba, Cajazeiras, Paraíba, Brasil, vivianne07@gmail.com

Descrição do estudo
Introdução: A hanseníase é uma doença causada pelo Mycobacterium leprae. Caracteriza-se por
atingir predominantemente a pele e os nervos periféricos. Seu diagnóstico ainda causa grande
impacto psicossocial e comprometimento da qualidade de vida. Apresenta-se como uma das
doenças mais antigas da humanidade e apesar da cura existir, ainda constitui importante problema
de saúde pública no Brasil1. Objetivo: Analisar a incidência dos casos de hanseníase notificados no
estado da Paraíba no período de 2010 à 2014. Material e Métodos: Para a realização de tal estudo,
foram analisados os casos notificados e confirmados de hanseníase pelo Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (SINAN) durante o período de 2010 à 2014. Os dados coletados foram
analisados e expressos na forma de tabelas e gráficos construídos no programa Microsoft Office
Excel versão 2010. Resultados: Foram registrados 3727 casos durante os anos de 2010 a 2014.
Analisando estes registros, observou-se uma maior predominância da doença nos pacientes do sexo
masculino e de acordo com a classificação operacional houve uma maior prevalência da forma
multibacilar. Além disso, a forma clínica Dimorfa, foi a forma mais comum, dentre as
multibacilares. De acordo com o tipo de saída, a maior parte dos pacientes evoluiram para cura, fato
justificado pela eficiência da poliquimioterapia associada ao acompanhamento multiprofissional na
prevenção e tratamento de incapacidades. Conclusão: Com a realização desta pesquisa pode-se
constatar que existem diferenças significativas no perfil da hanseníase ao longo dos anos
analisados. De forma geral, os índices da doença vêm diminuindo, porém de forma lenta. Sugere-se
campanhas educativas, para que a população quebre o preconceito e se conscientize procurando o
mais rápido possível o atendimento médico, buscando a cura e evitando a disseminação da doença.

Palavras-chave: Hanseníase, Forma multibacilar, Incidência.

Referências:
1. Melão S, Blanco LFO, Mounzer N, Veronezi CCD, Simões PWTA. (2011); Rev Soc Bras Med
Trop. 44(1): 79-84
2. Brito KKG, Araújo DAL, Uchôa REMN, Ferreira JDL, Soares, MJGO, Lima JO. (2014); Rev
Enferm. 8(8): 2686-93
3. Imbiriba EB, Basta PC, Pereira ES, Levino A, Garnelo L. (2009); Cad Saúde Pública. 25: 972-84
4. Simpson CA, Fonsêca LCT, Santos VRC. (2010); Hansen Int. 35(2): 33-40

1549
Utilização do Propranolol para o tratamento do Hemangioma Infantil
Relato de caso

Giovânia Firmino de Almeida Aguiar1, Carine dos S. Atalla2, Carla da S. Pinheiro3, Priscilla da
Rocha Pinho4, Edson de Souza Aguiar.
1,2
Farmacêutica Bioquímica, 3 Farmacêutica Industrial, PhD Ciências, 4Hospital A.C.Camargo, São
Paulo, São Paulo, Brasil, www.accamargo.org.br;

Objetivo: O presente estudo tem por objetivo avaliar a utilização do propranolol como terapia
medicamentosa para o tratamento do hemangioma em lactentes. Os hemangiomas infantis são
tumores vasculares benignos mais comuns na infância, podendo estar associados a alterações
estéticas importantes e morbidade clínica (1). Metodologia: Relato de caso clínico. Este estudo foi
realizado no período de Fevereiro de 2012 à Novembro 2012. Lactente, do sexo feminino com três
meses de idade portadora de tumor vascular de face/pálpebra superior (CID D18) em progressão e
com risco de comprometimento da visão, foi submetida a terapia farmacológica com bloqueador
beta-adrenérgico não seletivo - propranolol. A lactente não havia sido submetida a nenhum
tratamento farmacológico previamente e, exames complementares como ecocardiografia e
eletrocardiograma foram realizados para garantir a segurança no uso do propranolol. O propranolol
foi administrado com uma dose de 1,538mg/kg/dia por 9 meses sob acompanhamento médico-
ambulatorial. Após este período, iniciou-se a redução gradativa da dose do medicamento
0,427mg/kg/dia por 30 dias, seguido da completa suspensão do uso. Resultados: Após 7 dias de
tratamento com propranolol, observou-se uma redução no hemangioma da paciente, possibilitando
uma maior abertura ocular. Ao término dos 11 meses de terapia medicamentosa, foi verificada a
completa extinção do hemangioma, possibilitando a restauração plena do movimento da pálpebra da
paciente. Os resultados obtidos indicam que o uso do propranolol em baixas doses pode ser
considerado a primeira escolha ou alternativa terapêutica, dependendo da clínica do paciente, para o
tratamento desta anormalidade vascular. Conclusão: o uso do propranolol na dose de
1,538mg/kg/dia para o tratamento do hemangioma infantil mostrou-se uma ferramenta
farmacológica eficaz, apresentando resultados clínicos superiores àqueles observados com o uso de
outros fármacos como os corticóides para o tratamento do hemangioma (2,3).

Palavras-chave: Hemangioma; Propranolol; Tumor Vascular Benigno.

REFERÊNICIAS:
1-Gontijo B, Silva CMR, Pereira LB. Hemangioma da infância. An Bras Dermatol. 2003;78:651-
73.
2- SERRA, A. M. S.; SOARES, F. M. G.; JUNIOR, A. G. C.; COSTA, I. M. C.; Abordagem
terapêutica dos hemangiomas cutâneos na infância. An Bras Dermatol. 2010;85(3):307-17.
3- NINA, B. I. D.; OLIVEIRA, Z. N. P.; RIVITTI, M. C. M.; MACEA, J. M. Apresentação,
evolução e tratamento dos hemangiomas cutaneos – Experiencia do Ambulatório de Dermatologia
Infantil do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. An Bras
Dermatol. 2006;81(4):323-7.

1550
Prospecção de indicadores da síndrome metabólica em uma comunidade atendida pelo programa
PRO/PET-SAUDE.

Sebastião de Lima Coelho1, Samira Guimaraes Vieira2, ?&? Nylza Maria Tavares Gonçalves3

1 - Centro Universitário de Barra Mansa, Barra Mansa, RJ–Brasil.E-mail: limacoelho2004@yahoo.com.br


2 - Centro Universitário de Barra Mansa, Barra Mansa, RJ – Brasil. E-mail: samira.guivi@hotmailcom
3 - Centro Universitário de Barra Mansa, Barra Mansa, RJ – Brasil. E-mail:farmacia@ubm.br

A síndrome metabólica (SM) é definida como um distúrbio complexo, caracterizado pela


associação de situações clínicas que incluem hipertensão arterial, dislipidemias, resistência
insulínica e obesidade abdominal, resultantes de características individuais e corroboradas pelas
alterações no estilo de vida, sendo considerados estes últimos os fatores modificáveis mais
relevantes para o autocuidado1. Sua prevalência é relativamente alta na população adulta, tendo
como principais vítimas homens maiores de 40 anos de idade e mulheres em menopausa, diabéticos
tipo II, portadores de doenças cardiovasculares e doença arterial coronariana2. Assim, considera-se
importante a detecção precoce de fatores preditores da SM para a estratificação do risco global dos
indivíduos a eventos cardiovasculares. Objetivo: prospecção de indicadores da SM em uma uma
comunidade atendida por uma Unidade Básica de Saúde da Família e orientados pelo Programa
PRO/PET-SAÚDE, no ano de 2014. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo transversal,
exploratório e descritivo, de caráter qualitativo e quantitativo, com amostra 20 voluntários (4
masculinos e 16 femininos) com 64 anos de idade em média, aos quais foram aplicados os critérios
do NCEP-ATP III3 (medidas de glicose, triglicerídeos, colesterol total e HDL; medidas de pressão
arterial, peso e circunferência abdominal e avaliação do histórico clínico e de hábitos, segundo
tabela de avaliação de risco cardiovascular da Associação Americana de Cardiologia4). O estudo
obteve parecer do comitê de ética do Centro Universitário de Barra Mansa (UBM) sob nº 706.389.
CAAE 31027114.9.0000.5236. Resultados: As medidas obtidas para homens (h) e mulheres (m)
demonstraram a prevalência mais significativa de: obesidade abdominal (60% m; 20% h),
hipertensão arterial (45% m; 20% h), alterações de glicemia em jejum (45% m; 5% h) e
dislipidemia (15% m; 10% h); inquérito clínico e de hábitos: sobrepeso (45% m; 15%h), obesidade
(10% m; 5% h); histórico familiar de diabetes e hipertensão (70% m; 10% h), tabagismo (35% m;
20% h), sedentarismo (40% m; 10% h), etilismo (30% m; 10% h) e diabetes tipo II (50% m; 10%
h). Conclusão: todo o grupo voluntário apresentou pelo menos três indicadores de diagnóstico
presuntivo da SM e, conforme o NCEP-ATP III, estão sob risco cardiometabólico correlacionado à
síndrome.

Palavras-chave: Síndrome Metabólica. Fatores Predisponentes. Risco cardiometabólico.

Referências:

1 - Ford ES, Giles WH. A comparison of the prevalence of the metabolic syndrome using two
proposed definitions. Diabetes Care, v. 26, p. 575–581, 2003.

2 - Lakka HM, Laaksonen DE, Lakka TA, Niskanem LK, Kumpusalo E, Tuomilehto J et al. The
metabolic syndrome and total and cardiovascular disease mortality in middle-aged men. JAMA, v.
288, p. 2709–2716, 2002.

3 - Expert Panel on Detection, Evaluation and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults.
Executive summary of the Third Report of the National Cholesterol Education Program (NCEP)
Expert Panel on Detection, Evaluation and Treatment of High Cholesterol. JAMA, v. 285, p. 2486–
2497, 2001.

1551
4 - SIMAO, AF et al . I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular. Arq. Bras. Cardiol., São
Paulo , v. 101, n. 6, supl. 2, p. 1-63, Dec. 2013 .
Disponívelem<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-
782X2013004500001&lng=en&nrm=iso>. Acessado em 15 agosto de
2015. http://dx.doi.org/10.5935/abc.2013S012.

1552
Farmacovigilância: contribuição para redução de perdas financeiras e
melhora na qualidade dos medicamentos
Michelle Menezes Machado2, Martha Palma Gheller1, Flávia Valéria dos Santos
Almeida1, Michele Lúcia Aguiar Mitsuyasu1

1 – Instituto Nacional de Cardiologia – Rio de Janeiro/RJ – Brasil


2 – Universidade Federal Fluminense – Rio de Janeiro/RJ – Brasil
pharmaciainc@gmail.com

Objetivo. Tendo em vista garantir o fornecimento de produtos com qualidade e


promover a segurança do paciente, em janeiro de 2015 foi implantada uma nova rotina
no hospital em estudo, na qual todos os desvios de qualidade de medicamentos
passaram a ser notificados ao fornecedor e à ANVISA. Sendo assim, este estudo
objetiva avaliar o impacto econômico desta nova rotina. Metodologia. Trata-se de um
estudo descritivo, retrospectivo e de abordagem quantitativa de 34 notificações
recebidas no primeiro semestre de 2015. Os dados foram obtidos a partir de
informações tabuladas no banco de dados do serviço e o custo médio de cada unidade
avariada foi obtido no Sistema MV 2000. Resultados. Verificou-se a perda média de
R$ 6797,00 (seis mil setecentos e noventa e sete reais) ocasionadas por desvios de
qualidade em medicamentos. Constatou-se que 79,4% das queixas referiam-se à classe
de risco III (possibilidade de ocorrência de consequências adversas à saúde), seguida
das classes II (11,8%) (probabilidade de ocorrência de agravo temporário à saúde) e I
(8,8%) (probabilidade de ocorrer danos permanentes à saúde ou morte). Os principais
tipos de queixas foram problemas na embalagem (26,5%), ausência de unidades de
medicamentos (23,6%) e unidades avariadas dentro da embalagem secundária (20,6%).
Dentre as notificações respondidas pelo fabricante/fornecedor (88,2%), em apenas
41,2%, houve o esclarecimento do problema e em 26,5% foi realizada a reposição do
produto. A reposição dos produtos foi avaliada em R$ 6209,00 (seis mil duzentos e
nove reais), diminuindo em quase a sua totalidade os custos relacionados às queixas
técnicas. Em alguns casos também houve ações corretivas por parte da indústria,
visando reforçar o treinamento no processo de fabricação do produto. Conclusão. A
análise demonstra o impacto da nova rotina sobre o fator custos, uma vez que houve a
redução do prejuízo financeiro, sendo considerado como um incentivo à prática da
farmacovigilância. Ademais, evidencia a importância destas notificações para a
minimização dos riscos relacionados ao uso de medicamentos, na medida em que cerca
de 20% das notificações referiam-se aos riscos de grau I e II, e que estas poderiam ter
ocasionado sérios agravos na saúde dos usuários.

Palavras-chave: Farmacovigilância, Segurança do paciente, Vigilância de produtos


comercializados.

Referências
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BR). Farmacovigilância na rede sentinela
[Internet]. 2015.
Santos L, Oliveira FT, Biancho FM, Jacoby T, Mahmud SDP, Fin MC, Winkler N. Rev
HCPA. 2012; 32(4):490-5.
World Health Organization (CH). The importance of Pharmacovigilance: Safety
monitoring of medicinal products. Geneva, Switzerland: WHO, 2002.

1553
Simulação Realística no ensino da Comunicação Farmacêutica, baseada na
Entrevista Motivacional.

Luciana Signor Esser¹, Clara Lia Brandeli² & Siomara da Cruz Monteiro³
1
Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil,
luciana_signor@uniritter.edu.br; 2 Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre,
Rio Grande do Sul, Brasil, clara_brandelli@uniritter.edu.br. 3Centro Universitário Ritter dos Reis
(UniRitter), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, siomara_monteiro@uniritter.edu.br;

Descrição do Estudo
Objetivos: Apresentar os benefícios da simulação na Graduação em Farmácia, ressaltando sua
contribuição para a formação de profissionais capazes de realizar uma boa comunicação situações
de resistência do paciente a terapêutica medicamentosa. Metodologia: Trata-se de um relato de
experiência, da utilização da simulação como metodologia de ensino no curso de Graduação de
Farmácia do Centro Universitário Ritter dos Reis, disciplina de Práticas Farmacêuticas em Saúde
Pública. O caso (briefing) foi de uma mãe com resistência em realizar o tratamento para o filho
menor de idade, devido a questões culturais e também por ter sido mal atendida no momento da
dispensação do medicamento. A atividade foi desenvolvida no Laboratório de Simulação, com
cenário baseado em uma sala privada para atendimento farmacêutico e com a participação de uma
atriz, que fez o papel da mãe da criança. A EM foi trabalhada em aula teórica, e um check-list foi
criado para verificar se durante a atividade o aluno faria perguntas abertas, escuta reflexiva e
resumo, visando desenvolver a empatia e a diminuição da ambivalência. Resultados e Conclusões:
Primeiramente foi passado o briefing do caso para os alunos e as informações ao aluno voluntário.
O conhecimento prévio do aluno sobre as ferramentas da EM, garantiu que a condição estabelecida
para aquela situação fosse conduzida com maior tranquilidade, pois já iniciou a intervenção
utilizando perguntas abertas e dessa maneira percebeu e identificou, pontos fortes e fracos da mãe
do paciente e juntos elaboraram estratégias para lidar com o problema. No debriefing o primeiro a
ser ouvido foi o voluntário, falando das dificuldades encontradas, como por exemplo, não
interromper a paciente, dar opiniões próprias e por fim fazer escutas reflexivas sem gerar
resistência. A turma, demonstrou empolgação e foi muito participativa, identificando situações em
que o colega não conseguiu conduzir com facilidade. Dessa maneira, percebe-se que os alunos se
envolvem no processo de aprendizagem e conseguem projetar para vida real as situações
vivenciadas, muitas vezes não internalizadas apenas com a teoria. Resultando em profissionais com
facilidade de comunicação e que conseguem lidar de maneira tranquila nas mais diversas situações.

Palavras chaves: comunicação. educação, entrevista motivacional.

Agradecimentos
As professoras Patricia Graef, Denise Greff, e a Técnica de Laboratório Iohana D. Machado pela
ajuda na construção do cenário

References:
1. RAO D. Skills development using role-play in a first-year pharmacy practice course. Am J
Pharm Educ. 2011 Jun 10;75(5):84.
2. BERGER, BB. Habilidades de Comunicação para Farmacêuticos. São Paulo: Pharmabooks,
2011.

1554
Educação permanente na Atenção Primária em Saúde: proposta de avaliação de
impactos de curso para farmacêuticos

Márcia dos Angeles Luna Leite¹, Mauro Silveira de Castro²


1, 2
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento
em Atenção Farmacêutica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande
do Sul, Brasil. 1marcia.angeles@gmail.com; 2mauro.castro@ufrgs.br

Descrição do estudo:
Objetivo: Descrever o planejamento de uma pesquisa de avaliação de impactos de um curso de
aperfeiçoamento para farmacêuticos da Atenção Primária em Saúde (APS). Metodologia: O objeto
de estudo trata de um curso de formação permanente desenvolvido pela Universidade Federal do
Rio Grande do Sul em parceria com o Ministério da Saúde entre 2008 e 2011 com vistas à
qualificação de farmacêuticos para atuação no contexto da APS do Sistema Único de Saúde (SUS). 1
Inicialmente uma equipe de avaliadores realizou uma teorização do programa educacional por meio
da construção do modelo lógico do curso. O delineamento da pesquisa foi realizado com base na
revisão da literatura científica sobre os temas de avaliação de impactos e avaliação da educação
permanente. Resultados: Com base no Projeto Pedagógico do Curso, o modelo lógico do curso foi
desenvolvido juntamente a um diagrama de explicação do problema que se buscava solucionar por
meio da “Reprofissionalização do farmacêutico”. Delineou-se uma proposta de estudo de caso2 de
abordagem mista, analisado a partir da triangulação de três perspectivas de avaliação dos impactos
do curso: individual, coletiva e de contexto. Na perspectiva individual, propôs-se uma entrevista
telefônica com os egressos, guiada por roteiro semiestruturado, aplicada quatro anos após o término
do curso. Na perspectiva coletiva, os impactos do curso serão avaliados por meio da Técnica do
Grupo Nominal3 para definição de consenso sobre os fatores que determinam as mudanças nos
serviços farmacêuticos, as contribuições do curso para a vida profissional dos egressos e os aspectos
que lhe fizeram falta no curso. Na perspectiva do contexto, previu-se a avaliação de impactos do
curso por meio da observação ativa do profissional egresso em seu local de trabalho, com o objetivo
de ampliar a compreensão sobre os fatores de que influenciam as práticas dos farmacêuticos no
SUS. Conclusão: Embora as mudanças sociais sejam processos complexos e que muitas vezes não
podem ser medidos, a triangulação dos métodos e as perspectivas de avaliação propostas neste
estudo de caso contribuirá para elucidar sobre os impactos do curso e para ampliar o conhecimento
no campo da avaliação da educação permanente em saúde.

Palavras-chave: Avaliação de Impactos, Educação Farmacêutica.

Agradecimentos: Capes/Brasil, Fundo Nacional de Saúde.

Referências:
1. Luna-Leite, MA. (2011) Educação a Distância na Formação permanente de farmacêuticos:
perspectivas de um processo de avaliação. Dissertação (Mestrado), Faculdade de Farmácia,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
2. Stake, RE. (1998) Investigación con estudios de casos. Madri: Morata.
3. Jones, J; Hunter D. (1995) Qualitative research: consensus methods for medical and health
services research. British Medical Journal, 311, 376-380

1555
Como qualificar o ensino profissional em gerontologia?
Relato de experiência
Liziane Maahs Flores1, Tatiana Weiss Almeida1, Cristiani Silveira Netto Trentin1, Andiara
Luvison1, Bruno Simas Rocha1, Maria Cristina Werlang1, Cristine dos Reis1
1
Comissão Assessora de Gerontologia e Assistência Farmacêutica ao Idoso, Conselho Regional de
Farmácia do Rio Grande do Sul (CRF-RS), Porto Alegre, RS, Brasil, gerontologia@crfrs.org.br

Objetivo: Despertar o interesse e qualificar farmacêuticos e estudantes de farmácia na área de


gerontologia e assistência farmacêutica ao idoso.
Metodologia: Relato de experiência de uma capacitação profissional na área de gerontologia, com
foco no atendimento farmacêutico ao idoso, em um município da região sul do Brasil pela
Comissão Assessora de Gerontologia e Assistência Farmacêutica ao Idoso do Conselho Regional de
Farmácia (CRF) com o apoio de Universidade Federal da região. A intervenção contou com a
técnica de aprendizagem baseada na problematização das particularidades do idoso abordadas em
aula teórica, oficina de sensibilização de sentidos e discussão de casos encenados. O curso foi
conduzido por palestrantes multiprofissionais e os casos foram encenados por acadêmicos de
Farmácia capacitados para este fim na disciplina de Comunicação em Saúde.
Resultados: Participaram do curso 22 farmacêuticos e estudantes de farmácia. O curso permitiu
compartilhar experiências para construção de conhecimentos em relação à vulnerabilidade da
população idosa a possíveis problemas de segurança decorrentes do uso de medicamentos. A
contextualização acerca das dificuldades comunicativas enfrentadas na relação entre profissional da
saúde e usuário foi trabalhada por meio da técnica teatral de modo interativo entre participantes e
acadêmicos-atores. Discussões de casos clínicos foram promovidas para que os participantes
pudessem ter diferentes perspectivas durante a análise destes casos e percebessem a necessidade da
avaliação multiprofissional no atendimento ao idoso.
Conclusão: O Curso possibilitou desenvolver habilidades para o atendimento farmacêutico no
âmbito da gerontologia, assim como demonstrou a importância da atuação multiprofissional. A
metodologia empregada pode auxiliar na qualificação do ensino em gerontologia para
farmacêuticos e estudantes de farmácia, tornando-os mais sensíveis para o atendimento à população
idosa que cresce consideravelmente no Brasil.

Palavras-chave (Keywords): Gerontologia; Educação Continuada em Farmácia, Aprendizagem


baseada em problemas.

1556
Farmacêutico residente em apoio diagnóstico e terapêutico: Relato de
experiência
Juliana Ellwanger¹, Thamiris Becker Scheffel¹, Mariele Froner Nogueira¹, Jéssica Weiss Bonfanti¹,,
Katielly Santos da Rosa¹, Mayara Becker Delwing¹
1
Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio
Grande do Sul, Brasil, www.hospitalsaolucas.pucrs.br

Objetivo: Descrever experiência profissional em um Programa de Residência Multiprofissional e em


Área da Saúde com ênfase em Apoio Diagnóstico e Terapêutico de um Hospital Universitário do Sul
do Brasil. Método: Relato de experiência de farmacêuticos residentes, admitidos nos anos de 2014 e
2015, em um Programa de Residência Multiprofissional e em Área da Saúde com ênfase em Apoio
Diagnóstico e Terapêutico de um Hospital Universitário de alta complexidade, com capacidade de
648 leitos e de atendimento misto (SUS e Convênios/Particular). Resultados: A especialização é
constituída por módulos teóricos e formação em serviço. No campo prático, as atividades são
desenvolvidas no laboratório de análises clínicas e no setor de farmácia clínica do Hospital. No
laboratório, o residente escolhe duas das quatro áreas ofertadas (microbiologia, bioquímica,
imunologia e hematologia) e vivencia a rotina do setor através da realização, análise, interpretação e
liberação de exames laboratoriais, além de participar de discussões de casos e auxiliar na análise de
condutas clínicas. Da mesma forma, na farmácia clínica, também há quatro possibilidades e seleção
de duas unidades assistenciais de atendimento SUS para atuação, são elas: internação adulta ou
pediátrica e unidade de terapia intensiva adulta ou pediátrica. Nesse campo, o residente, a partir da
avaliação das prescrições médicas e participação de rounds multidisciplinares, identifica problemas
relacionados a medicamentos e realiza intervenções farmacêuticas junto à equipe de saúde, a fim de
racionalizar e otimizar a terapia medicamentosa, como: manejo de interações medicamentosas,
interações fármaco-nutriente e incompatibilidades, orientações de diluição, preparo e administração
de medicamentos e sugestões de ajuste de dose e posologia. Ainda, na função de farmacêutico clínico,
são realizadas reconciliação medicamentosa e validação de medicamentos de uso próprio.
Conclusão: A residência com ênfase em apoio diagnóstico e terapêutico engloba dois campos
práticos específicos e, ao mesmo tempo, complementares, possibilitando uma visão ampla do
processo saúde-doença, desde o momento do diagnóstico até o acompanhamento terapêutico. Ao
farmacêutico residente, são contextualizadas as diferentes esferas da profissão no âmbito hospitalar,
contribuindo para desenvolvimento de habilidades distintas e identificação de interesses de atuação
profissional.

Palavras-chave: Educação de Pós-Graduação em Farmácia, Serviço de Farmácia Hospitalar,


Técnicas de Laboratório Clínico

Referências:
1. Ministério da Saúde. Residência Multiprofissional em Saúde: experiências, avanços e desafios.
Brasília: Ministério da Saúde; 2006.

1557
Análise da Educação no Brasil: O caso da Radiofarmácia
Luis Filipe Cavalcanti Santos¹, Marta de Souza Albernaz2, Ralph Santos-Oliveira1

¹Universidade Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ, Brazil, Av. Manoel Caldeira de
Alvarenga 1203; ²Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Rio de Janeiro, RJ, Brazil, Av.
Professor Rodolpho Rocco, s/n

O número de faculdades que oferecem o curso de farmácia no Brasil está aumentando a cada ano no
Brasil, ao passo que a quantidade de radiofarmacêuticos qualificados são insuficientes, assim como
os serviços de radiofarmácia oferecidos no território nacional se mostram insuficientes para a
demanda da população. Enquanto este contingente não é gerado em quantidade suficiente para
suprir a necessidade em escala nacional, serviços de radiofarmácia sob a proteção da ANVISA
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Brazilian Health Surveillance Agency) permitem que
biomédicos e biólogos desempenhem funções especializadas como as desenvolvidas nos serviços
radiofarmácia sem a presença de farmacêuticos. Objetivo: Avaliar os serviços de radiofarmácia do
Brasil. Material e Métodos: Estudo descritivo por meio de entrevista ativa em todas as
universidades do país utilizando o banco de dados nacional. Resultados e Conclusões: Entre 2002 e
2013 mais de 300 novas faculdades foram inauguradas no Brasil, com um montante final de 415
faculdades de farmácia em operação ao redor do país. Entre essas faculdades em operação, apenas
28 oferecem o curso de radiofarmácia (7,77%). Entretanto, a demanda por profissionais treinados
cresceu exponencialmente no Brasil, principalmente após a Emenda 49 (Fevereiro 2006), que
rompeu o monopólio de produção, distribuição e marketing de radiofármacos de meia-vida curta, e
do recente Projeto de Emenda Constitucional 517/2010 que foi aprovada em última instância e está
esperando pela aprovação final pela Presidenta. Assim, nesse cenário existe um total de 417
serviços de radiofarmácia ao redor do país, esperando por esses profissionais qualificados
assumirem seus postos. Esta realidade poderá mudar drasticamente após a publicação da PEC
517/2010, que excluirá o monopólio da União. Os dados apresentados mostram um número médio
de serviços de radiofarmácia que serão disponibilizados após a aprovação dessa Emenda
Constitucional, o que irá causar um aumento da procura por radiofarmacêuticos capacitados para o
completo preenchimento destas novas vagas. Associado a isso, as necessidades de exames médicos
nucleares continuam crescentes, devido a um número cada vez maior de casos de câncer no Brasil.

Key words: radiofarmácia, educação, Brasil

Acknowledgements

FAPERJ, CNPQ E CAPES

1558
References

1- Ngoma T. World health organization cancer priorities in developing countries. Annals of

Oncology, 17: 9-4, 2006.

2- Ramos Jr AN, Matida LH, Hearst N, Heukelbach J. AIDS in brazilian children: history,

surveillance, antiretroviral therapy, and epidemiologic transition, 1984-2008. AIDS patient Care

And STDs, 25:245-255, 2011

3- Mellstedt H. Cancer initiatives in developing countries. Annals of oncology, 17: 24-31, 2006.

1559
Sistema de dispensação por dose unitária como instrumento de
intervenção farmacêutica

Ítala Morgânia Farias da Nóbrega1,2, Eliane Maria de Queiroz Bandeira de Melo1 &
Aline Dayse da Silva1.

1) Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira - Recife, PE, Brasil


2) Faculdade Pernambucana de Saúde - Recife, PE, Brasil
italanobrega@imip.org.br
italanobrega@fps.edu.br

Objetivo: O principal objetivo que impulsionou a implantação da Central de Dose


Unitária (CDU) do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP)
foi a segurança do paciente, sendo um método de dispensação que melhor auxilia na
diminuição de erros de prescrições, frente aos outros sistemas de dispensação, além de
que, o serviço da farmácia tem a responsabilidade de manipular, envazar, e etiquetar os
medicamentos conforme padrões de Boas Práticas de Manipulação. A inserção do
farmacêutico nas atividades clínicas do IMIP busca proporcionar maior qualificação na
assistência ao paciente internado, o que melhora resultados clínicos, reduz tempo de
internação e custos para o Hospital.
Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo acerca de um relato de experiência no
qual se buscou pontuar o caminho percorrido, os resultados obtidos após a implantação
da CDU, no período compreendido de abril a julho de 2015 no IMIP.
Resultados: A CDU é composta de três ambientes para manipulação de medicamentos
(sólidos e semi-sólidos, líquidos não estéreis e estéreis). O quadro de farmacêuticos é
composto por seis plantonistas diurnos e noturnos e um diarista, funcionando durante
24h. A Clínica de Cirurgia Pediátrica, composta por 48 leitos, foi a primeira clínica a
ser atendida pela CDU. Durante os meses de abril a julho de 2015, foram atendidas
1.489 prescrições e produzidas 8.395 doses. Através da avaliação farmacêutica das
prescrições, foi possível identificar os erros de prescrições que variam entre problemas
como doses não seguras, informações incompletas, ilegibilidade, necessidade de
confirmação de dose, medicamentos com o nome comercial e via de administração
inadequada. Para identificar possíveis inconformidades com a prescrição, foi elaborado
um checklist que lista os problemas que uma prescrição pode apresentar, esse material
serve de orientação para o farmacêutico em uma avaliação farmacêutica.
Conclusão: O sistema de dispensação por dose unitária promove o uso racional do
medicamento e tem obtido resultados terapêuticos definitivos que, consequentemente,
impactam na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Da mesma forma, vem
promovendo a redução de custos para instituição à medida que diminui o tempo de
internação, gastos com medicamentos prescritos inadequadamente, além de levar ao
conhecimento da equipe de saúde sobre os medicamentos.

Palavras-chave (Keywords): Farmácia clínica, Dose unitária, Segurança do paciente

Referências:

1. AMERICAN SOCIETY OF HELATH-SYSTEM PHARMACISTS. Best practices


for Hospital & Health System Pharmacy: position and guidance documents of ASHP.
Bethesda, 2005-2006.

1560
2. Auler Júnior, J.O.C.; Cipriano, S.L.; Cunha, G.W.B. Guia Farmacoterapêutico 2008-
2010 HC. 4ªED. São Paulo: Artes Médicas, 2008. 532p.

3. Bisson, M.P. Farmácia Clínica & Atenção Farmacêutica. 1ªEd. São Paulo: Medfarma,
2003. 374 p.

4. Cipole, R.J.; Strand, L.M.; Morley, P.C. Pharmaceutical care practice. New York:
McGraw-Hill, 1998.

5. Novaes, M.R.C.G. et al. Guia de Boas Práticas em Farmácia Hospitalar e Serviços de


Saúde – SBRAFH. 1ªEd. São Paulo: Vide o Verso, 2009. 356p.

1561
Identificação e validação de medicamentos de uso próprio em hospital de Porto
Alegre
Jéssica Weis Bonfanti1, Thamiris Becker Scheffel1, Katielly Santos da Rosa1, Juliana Ellwanger1,
Mayara Becker Delwing1, Mariele Froner Nogueira1.
1
Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio
Grande do Sul, Brasil, www.hospitalsaolucas.pucrs.br

Objetivo: Os medicamentos trazidos pelos pacientes fazem parte de uma prática comum nas
instituições, no entanto, é imprescindível a abordagem do farmacêutico para avaliação e verificação
destes medicamentos com o intuito de garantir que o uso seja seguro e que o produto esteja dentro
das especificações exigidas pelas normas de qualidade1. As instituições podem utilizar documentos
que registrem as informações sobre os medicamentos trazidos pelo paciente para uso próprio como
é o caso do Termo de Medicamento de Uso Próprio utilizado por este hospital. Além disso, os
medicamentos podem ser prescritos como ”medicamento com paciente”, diferenciando-se dos
demais fornecidos pelo hospital e gerando um relatório diário que facilita a identificação e avaliação
destes medicamentos pelo farmacêutico clínico. Desta forma, o objetivo deste estudo foi realizar um
levantamento sobre a forma de identificação e a validação dos medicamentos de uso próprio durante
a internação hospitalar por meio dos termos e do relatório gerado pela prescrição. Método: Foi
realizado um levantamento dos dados contidos nos termos de utilização de medicamento de uso
próprio realizados no período de janeiro a julho de 2015 pela rotina institucional de farmácia clínica
deste hospital. Resultados: Foram realizados 189 termos durante o período de pesquisa, sendo 150
identificados por meio de relatório obtido a partir da marcação feita pelo médico em prescrição e 39
identificados durante a reconciliação medicamentosa e/ou avaliação da prescrição estando prescritos
como observações. Foram avaliados 332 medicamentos, sendo 325 validados e 7 não validados pelo
farmacêutico, tendo como principal motivo o prazo de validade vencido. Pôde-se observar também
que a média de medicamentos trazidos por paciente foi de 1,8 e as classes terapêuticas mais
encontradas foram antiasmáticos e broncodilatadores (13%), seguidos de antirretrovirais (11%) e
antidepressivos (8%). Ainda foram identificados 38 medicamentos prescritos como “medicamento
com paciente”, os quais não se encontravam com o paciente. Conclusão: Os resultados evidenciam
a importância do trabalho do farmacêutico clínico, uma vez que a identificação e a validação dos
medicamentos trazidos pelos pacientes durante a internação hospitalar garante a segurança do
paciente, dos profissionais envolvidos na terapia e da instituição.
Palavras-chave: Medicamentos Trazidos pelo Paciente, Farmácia Hospitalar, Farmácia Clínica,
Segurança do Paciente.

Referências:
1. Silva, AMS, Lira, AR. Medicamentos trazidos pelo paciente. In: Ferracini FT, Borges Filho WM,
Prática Farmacêutica no ambiente hospitalar: do planejamento à realização. 2ª ed. São Paulo:
Editora Atheneu, 2010. p.59-62.

1562
Adaptação transcultural de um instrumento de Avaliação de Competências
Clínicas de Farmacêuticos para o Português do Brasil.

Carla Francisca dos Santos Cruz1, Kerilin Stancine Santos Rocha1, Márcia dos Angeles Luna Leite2,
Andreia Bruno3 & Divaldo Pereira de Lyra Junior1
1Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS), Departamento de Farmácia,
Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, Sergipe, Brasil, lepfs.ufs@gmail.com; 2Grupo de
Pesquisa e desenvolvimento em Atenção Farmacêutica (GPDAF), Programa de Pós Graduação em
Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do
Sul, Brasil, marcia.angeles@gmail.com; 3School of Pharmacy, University of London, UK,
education@fip.org.

RESUMO

OBJETIVO: Adaptar transculturalmente o “Global Competency Framework (GbCF)”, tornando-o


um instrumento de avaliação de competências clínicas de farmacêuticos para o Português do Brasil.
METODOLOGIA: O instrumento elaborado pela Federação Internacional dos farmacêuticos,
descreve 20 competências constituído por 100 indicadores específicos. O processo de adaptação
transcultural do GbCF para o Brasil foi iniciado com a tradução dos itens da versão original para o
português por dois pesquisadores farmacêuticos, fluentes em inglês e que possuíam como língua-
mãe o português. A versão resultante foi vertida para a língua original por outros dois tradutores
bilíngues, que possuíam como língua mãe o inglês. As duas traduções foram comparadas e as
discrepâncias foram solucionadas por consenso. A combinação das técnicas Delphi e grupo nominal
foi empregada para obtenção de um consenso sobre os itens do instrumento que constituíam os
aspectos mais importantes para serem utilizados na avaliação de competências clínicas de
farmacêuticos. O comitê de Juízes foi formado por seis farmacêuticos experts nesta temática,
representantes das seguintes áreas: farmácia hospitalar, farmácia clínica, farmácia comunitária,
assistência primária à saúde e educação farmacêutica. O instrumento foi enviado por e-mail aos
juízes que analisaram individualmente os itens da versão original e traduzida. As considerações
foram apresentadas e discutidas em reunião presencial. Nesta, os juízes votaram individualmente
em relação à concordância dos itens propostos, com uma escala do tipo Likert de 1 a 5. A análise
dos resultados foi obtida pelo Ranking Médio da pontuação atribuída às respostas, no qual os
valores menores que 3 foram considerados como discordantes e, maiores que 3, como concordantes.
A discordância resultou em manutenção do item original e o valor exatamente 3, foi considerado
“sem opinião”, sendo também mantido o item original.RESULTADO: As etapas descritas foram
satisfatórias em cumprir exigências conceituais, considerando os aspectos linguísticos e o
significado do conteúdo na realidade brasileira. Os juízes propuseram a modificação de 65 itens,
incluindo 41 alterações textuais, 22 exclusões, dois agrupamentos e três realocações de itens nos
quatro grupos de competências que o instrumento está dividido.CONCLUSÃO: O procedimento
descrito resultou na versão em Português do instrumento intitulado: Diretrizes gerais de avaliação
de competências clínicas do farmacêutico.

Palavras chave: Avaliação, Competência Clínica, Educação Farmacêutica.

Agradecimento
CAPES e CNPq

References:

1563
1. Cruz CFS. Tradução e adaptação transcultural do instrumento de avaliação de competências
do farmacêutico “Global Competency Framework (GbCF)” para o português do Brasil.
2015.196p. Dissertação (mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Universidade Federal de
Sergipe, São Cristóvão, 2015.
2. FIP - International Pharmaceutical Federation. (2012). A Global Competency Framework
for Services Provided by Pharmacy Workforce. Disponível
em:<http://www.fip.org/files/fip/PharmacyEducation/GbCF_v1.pdf>Acesso em: 24 de nov.
2014.
3. Guillemin F. (1995); Scandinavian Journal of Rheumatology, 24(2): 61-63.
4. Teijlingen EV, Pitchforth E, Bishop C, Russell E. (2006); Journal of family planning and
reproductive health care, 2(4):249-52.

1564
Farmacoeconomia através do monitoramento de validade em uma farmácia
hospitalar
Iara Vilela de Almeida1, Ana Gabriela Figueiredo Lima1, Anne Caroline Dornelas Ramos1, Camila
Castelo Branco Rangel de Almeida1, Hamannda Koralyna de Araújo Lopes1, Laís Emanuelle
Bernardo Vieira1 & Rafaella Farias da Nóbrega1

1- Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – Recife, Pernambuco, Brasil.

Objetivo: Analisar e quantificar a economia de recursos através do processo de monitoramento de


validade dos produtos, sejam eles medicamentos ou materiais médicos, em uma farmácia hospitalar.
Metodologia: Foi realizada análise dos produtos da instituição com prazo de validade próximo da
expiração. Os dados foram coletados no período de abril a julho de 2015, em seguida foram
consolidados em planilhas no Excel 2013®, sendo discriminada a quantidade de cada produto e o
seu valor unitário, assim como qual conduta foi adotada pela equipe para evitar perdas dos produtos
e consequentemente seus custos. Resultados: Durante o período analisado foram avaliados 121
diferentes produtos com o prazo de validade próximo ao vencimento. Com o intuito de minimizar as
perdas dos mesmos, buscaram-se alternativas para solucionar essas eventuais perdas e,
consequentemente, realizar com êxito uma farmacoeconomia. Deste modo, através do
remanejamento na própria unidade, entre farmácias satélites, setores com maior rotatividade de
medicamentos (dispensação interna e ambulatório), dos 121 produtos 104 (85,9%) foram
permutados e 17 (14,9%) não. Em relação aos custos, todos estes produtos somavam o valor de R$
176.952,38, uma média de R$ 44.238,09/mês. Conclusão: Diante das condutas para promover uma
farmacoenconomia eficaz, está à redução de gastos. Tratando-se desse meio, se faz necessário
utilizar formas alternativas e resolutivas que garantam que a instituição perca o mínimo possível de
produtos. Assim, a partir do monitoramento de validade e do esforço para que houvesse uma
dinâmica de rotatividade, para a saída dos produtos, próximos da expiração, tivemos uma
experiência exitosa, trazendo bons resultados para a instituição. Referente aos medicamentos e
matérias próximo do vencimento, de um total de R$ 176.952,32 calculados, perdeu-se apenas R$
4.059,13 (2,29%). Portanto, é notória a importância do monitoramento de validade para que haja o
mínimo de prejuízo e uma farmacoeconomia bem executada e eficaz.

Palavras-chave: Assistência farmacêutica; Farmacoeconomia; Validade de medicamentos.

Referências:

1565
Análise do consumo de medicamentos não padronizados em uma unidade
hospitalar de Pernambuco
Iara Vilela de Almeida1, Ana Gabriela Figueiredo Lima1, Anne Caroline Dornelas Ramos1, Camila
Castelo Branco Rangel de Almeida1, Hamannda Koralyna de Araújo Lopes1, Laís Emanuelle
Bernardo Vieira1 & Rafaella Farias da Nóbrega1

1- Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – Recife, Pernambuco, Brasil.

Objetivo: Analisar o consumo de medicamentos não padronizados na instituição, assim como os


custos atrelados à sua aquisição. Metodologia: Estudo descritivo de caráter retrospectivo. A coleta
dos dados foi realizada através da análise de relatórios gerados pelo sistema informatizado da
instituição, referente ao consumo de medicamentos não padronizados entre os meses de Janeiro a
Julho/2015. Em seguida, os medicamentos foram classificados de acordo com o Dicionário
Terapêutico Guanabara 2010/2011, levando em consideração apenas o seu princípio ativo,
independente da forma farmacêutica apresentada. Resultados: No período estudado foram
adquiridos 172 medicamentos não padronizados, distribuídos em 68 insumos farmacêuticos
diferentes, porém, de acordo com o Dicionário Terapêutico estes estavam classificados em 37
grupos diferentes. O custo total destes medicamentos foi de R$. 1.248.182,53, deste total 72%
corresponderam aos medicamentos imunossupressores e 23% aos medicamentos para terapia de
reposição enzimática. Conclusão: De acordo com os dados obtidos nota-se que há uma necessidade
em promover a padronização de medicamentos nas instituições, assim como é de extrema
importância avaliar alternativas terapêuticas quanto a seu uso. Isto promovendo um uso correto dos
medicamentos e consequentemente uma economia de recursos sem comprometimento da qualidade
do serviço. Esta redução de custo possibilita uma simplificação das rotinas de todo o ciclo da
assistência farmacêutica. Para garantir isso, é necessário elaborar a lista de medicamentos
padronizados a partir de uma reflexão crítica sobre a escolha e a utilização dos fármacos e
desenvolver um processo de educação farmacológica dos profissionais de saúde do hospital. Assim
melhorando a comunicação entre farmácia, equipe médica, pessoal de enfermagem e departamento
administrativo-financeiro. Portanto, tal padronização é uma das alternativas para a realização
exitosa de uma farmacoeconomia.

Palavras-chave: Assistência farmacêutica, Padronização de medicamentos, Farmacoeconomia.

Referências:
1. Korolkovas, A.(2010) Dicionário Terapêutico Guanabara. 17 ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan.

1566
Avaliação de reações adversas em prescrições de pacientes portadores da doença
de Crohn: ênfase no tratamento com infliximabe
Lissandra Cristina Traesel¹, Roberta Mayara de Moura Rocha2; Hilris Rocha e Silva3, Rivelilson
Mendes de Freitas4

¹Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí, Brasil, lissandra.cristina@hotmail.com; 2Hospital


Universitário da Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí, Brasil,
robertammrocha@gmail.com; 3Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí, Teresina,
Piauí, Brasil, hilrisrocha@yahoo.com.br; 4Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí, Brasil,
rivmendes@hotmail.com.

Objetivo: o estudo consistiu na avaliação dos prontuários de pacientes portadores de doença de


Crohn, atendidos no Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí, em busca de reações
adversas ao agente biológico infliximabe usado no tratamento da doença, além da aplicação do
algoritmo de Naranjo para avaliação da causalidade das reações encontradas. Metodologia: a
pesquisa foi realizada durante o período de agosto de 2014 e junho de 2015. O projeto foi aprovado
pela Comissão de Ética em pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Piauí
(C.A.A.E. 31619513.9.0000.5214). Para o registro das informações obtidas durante a análise dos
prontuários foi utilizada uma ficha de notificação de reação adversa a medicamentos desenvolvida
especificamente para este projeto, com informações sobre a história clínica, dados dos pacientes,
hipótese diagnóstica, anamnese farmacológica e Índice de Atividade de Doença de Crohn (IADC).
Em seguida, foi aplicado o algoritmo de Naranjo1 nas reações adversas identificadas. Resultados:
foram encontradas 126 reações adversas durante o estudo. Realizou-se a análise de 75 prontuários
de pacientes portadores de Doença de Crohn. Destes prontuários, 60% dos pacientes apresentaram
algum tipo de reação adversa. O Algoritmo de Naranjo classifica as reações adversas através da
causalidade, como definida, provável, possível e duvidosa. Nenhuma reação adversa encontrada
neste estudo foi classificada como “definida”. As reações “possíveis” foram as que ocorreram em
maior número, totalizando 101 (80,15%). As reações “prováveis” somaram 21 (16,66%) das
reações e as reações adversas classificadas como “duvidosas” ocorreram em menor número,
somente 4 (3,17%) estavam nesta categoria. As reações relatadas com mais frequência foram:
cefaleia (7,93%), febre (7,14%), adinamia (5,55%), “olhos vermelhos” (5,55%), anemia (4,76%),
náuseas (4,76%), dor ocular (4,76%). Conclusão: o grande número de reações adversas encontradas
após a pesquisa realizada nos prontuários chama a atenção para o cuidado com a utilização do
imunobiológico infliximabe, que foi o alvo do estudo, e destaca a importância da atuação do
profissional farmacêutico e demais profissionais de saúde na prática da farmacovigilância, no
rastreio e monitoramento de reações adversas a medicamentos.

Palavras-chave: Algoritmo de Naranjo, Doença de Crohn, Infliximabe, Reação adversa a


medicamento.

Referências:
Naranjo CA, Busto U, Sellers EM, Sandor P, Ruiz I, Roberts EA, Janecek E, Domecq C, Greenblatt
DJ. (1981); Clinical Pharmacology & Therapeutics. 30 (2): 239-45.

1567
Método ativo de ensino-aprendizagem: elaboração de material educativo por
estudantes de farmácia
Moreira, Luzia Izabel Mesquita1, Loureiro, Catarine Vítor1, Ponciano, Ângela Maria de Souza1,
Thé, Patrícia Maria Pontes1, Reis, Henry Pablo Lopes Campos1 & Fonteles, Marta Maria de França1
1
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil, ufc.ceatenf@yahoo.com.br

Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo estimular a criatividade de estudantes de


farmácia para a produção de materiais educativos (folhetos, cartazes, faixas, etc) como instrumentos
de educação em saúde do paciente. Metodologia: Os temas para confecção do material eram
propostos após aulas teóricas que abordavam os assuntos de interesse para a atividade em uma
disciplina do curso de graduação em Farmácia da Universidade Federal do Ceará. Entre os assuntos
selecionados, os alunos poderiam trabalhar a educação em saúde junto ao paciente em temas como
amamentação, controle de peso e uso de suplementos de vitaminas e minerais abordados utilizando
a abordagem da atenção farmacêutica. Para a elaboração dos materiais, os alunos eram orientados a
usar a criatividade de forma a produzir instrumentos educativos atrativos, de fácil compreensão por
parte dos pacientes-alvo, contendo informações já comprovadas na literatura científica geral. Esta
atividade faz parte do processo de avaliação de uma disciplina do referido curso de Farmácia.
Resultados: Esta estratégia já vem sendo aplicada há três semestres letivos e o material apresentado
pelos alunos tem sido, de forma geral, de excelente qualidade. Dentre os tipos de instrumentos
elaborados pelos alunos, foram apresentados banners, folhetos, cartazes e um jogo educativo. Os
produtos obtidos poderão vir a ser reproduzidos para utilização de estratégias de educação em
saúde. Conclusão: Podemos concluir que, quando estimulados, os alunos demonstraram uma ótima
capacidade de síntese das informações, bem como organização e criatividade. Os relatos dos alunos
que participaram desta atividade foram unânimes em afirmar que foi uma experiência bastante
enriquecedora para a formação profissional.
Palavras-chave: Educação em Farmácia; Educação para a saúde comunitária.

1568
Doações de sangue nos hemocentros do Estado do Ceará: perfil epidemiológico,
clínico e sorológico

Elana Figueiredo Chaves1, Alcínia Braga de Lima Arruda1, Iêda Pereira de Souza1, Romélia
Pinheiro Gonçalves1, Alcibiades Braga de Lima1, Marilena Facundo de Castro1, Helaine Almeida
Queiroz1, Amanda Aparecida de Lima Arruda1 & Anio Ivo Holanda Lima1

1- Universidade Federal do Ceará, Fortaleza,Ceará, Brasil, elana_figueiredo@yahoo.com.br

Objetivo: Descrever o perfil das doações de sangue dos Hemocentros do Estado do Ceará
(HEMOCE) em relação à epidemiologia e à triagem clínica e sorológica1. Metodologia:
Realizou-se um estudo descritivo e retrospectivo das doações de sangue ocorridas nos
HEMOCE no ano de 2013. Os dados foram coletados em relatórios fornecidos pelo setor de
Tecnologia da Informação e Comunicação dos HEMOCE. O projeto foi aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa sob parecer de aprovação número 1068290. Resultados: Foram analisados
138.599 candidatos à doação e 102.865 bolsas de sangue. Os resultados mostraram que 39,80%
dos candidatos à doação no Estado do Ceará foram do sexo feminino e 60,20% do sexo
masculino. Os Hemocentros do Crato, de Fortaleza, de Iguatu, de Quixadá e de Sobral
contribuíram com 17,78%, 58,21%, 5,69%, 5,57% e 12,75%, respectivamente, para a totalidade
das doações nos HEMOCE. Em relação à aptidão, 74,22% dos candidatos foram considerados
aptos, sendo que Fortaleza foi o município que obteve o menor percentual de candidatos aptos
com 71,02% e Sobral o maior percentual (83,86%). Em relação ao tipo de doação (espontânea,
de reposição, autóloga), a mais frequente foi a espontânea, correspondendo a 120.153 (86,69%)
dos casos, seguida das de reposição com 18.443 (13,30%) e a do tipo autóloga constituiu apenas
3 doações no ano (0,002%). As principais causas de inaptidão na triagem clínica dos candidatos
do sexo feminino foram a anemia e o comportamento de risco para DST e no sexo masculino
ocorreu o inverso. A taxa de descarte de bolsas foi de 2,83% e as causas responsáveis pelo
maior descarte foram AntiHBc (0,97%), sífilis (0,50%), doença de Chagas (0,47%), HIV
(0,41%) e Hepatite C (0,39%). Conclusão: O perfil revelado demonstra a prevalência do sexo
masculino nas doações, maior contribuição e menor aptidão dos doadores da capital do Ceará e
a prevalência da doação espontânea. O estudo revela também a importância dos testes
sorológicos na detecção de doenças contagiosas, possivelmente desconhecidas pelos pacientes
no momento da doação, contribuindo assim para a melhor segurança do receptor da bolsa de
sangue.

Palavras-chave: Doação de sangue, Hemocentro, Perfil

Referências:
1. Martins PRJ, Martins RA, Moraes-Souza H, Barbosa VF, Gilberto A. Pereira GA, Eustáquio
JMJ, Lima GM. (2009); Perfil do doador de sangue autoexcluído no Hemocentro Regional de
Uberaba-MG (HRU) no período de 1996 a 2006. Rev. Bras. Hematol. Hemoter., São Paulo, v.
31, n. 4, p. 222-227.

1569
Perfil do tratamento de reposição enzimática para
Mucopolissacaridose tipo VI em um Centro de Referência
Anne Caroline Dornelas Ramos1, Iara Vilela de Almeida1 ,Camila Castelo Branco
Rangel de Almeida1, Lais Emanuelle Bernardo Vieira1, Rafaella Farias da Nóbrega1.

1- Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – Recife,


Pernambuco, Brasil.
Objetivo: Avaliar o consumo da Galsulfase (1mg/ml), em um centro de referência para
o tratamento de mucopolissacaridoses, assim como o seu custo para o serviço de saúde
durante o período de seis meses. Metodologia:Tratou-se de um estudo descritivo e
retrospectivo baseado na coleta dos dados realizada em um hospital filantrópico de
Pernambuco. Os dados foram obtidos através da análise de relatórios, adquiridos do
sistema informatizado do estoque da instituição, referentes ao consumo mensal da
Galsulfase (1mg/ml) e seu respectivo custo para o serviço de saúde, durante os meses de
novembro de 2014 e abril de 2015. Resultados: Durante os seis meses analisados
encontrou-se uma média de consumo de 370,67 frascos-ampola, do medicamento em
questão, na unidade de saúde, salientando que o mês que apresentou maior consumo do
referido medicamento foi o mês de dezembro de 2014, sendo este de 418 frascos-ampola.
No que se refere ao custo que este tratamento possui, foi encontrado que o gasto total com
este medicamento durante o período estudado foi de R$ 8.265.356,60 para o serviço
público de saúde através da judicialização. Conclusão: Este estudo é de relevante
contribuição para um breve conhecimento dessa doença rara, bem como o seu devido
tratamento. Trazemos um destaque, referente ao consumo destes medicamentos, pois
refletem a realidade de um centro de referência estadual, assim como demonstra o alto
custo de um tratamento, os gastos que ele origina para a Assistência como um todo,
devido sua demanda ser apenas sob ações judiciais..

Palavras-chave: Mucopolissacaridose; Terapia de reposição enzimática; Assistência


Farmacêutica.

1570
Um Olhar Sobre a Farmacovigilância – Panorama Mundial
Jamyle Andrade Ferreira dos Santos¹, Juliana Leal Bomfim¹, Monica Rosentina dos Santos
Gramosa¹ & Rodrigo Morais Vitoriano Dias¹

¹Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Departamento de Ciências da Vida – DCV, Campus I,


Rua Silveira Martins, 2555 - Cabula, Salvador – BA, (71) 3117-2290

Objetivo: Comparar o perfil de notificações da farmacovigilância brasileira com o de outros três


países: França, Cuba e Estados Unidos. Metodologia: Estudo descritivo com base nos dados, num
período entre 2011 e 2014, encontrados nos sites das principais agências reguladoras de cada país.
Foram escolhidas como variáveis o número total de notificações, categorias de produtos/motivo de
notificação e tipo de notificante. Resultados: No Brasil, dados compilados pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária revelam que o total de notificações é de 38.868, em 2013, nas quais as
reações adversas representam o percentual (47%) de notificações. Entretanto, 50% são oriundas das
redes sentinelas, categoria que mais notifica.¹ Os relatórios anuais da FDA de 2011 a 2013
descrevem números crescentes de notificações de reações adversas a medicamentos (RAM). Entre
2011 e 2013 foram enviadas em média 1 milhão de notificações, nas quais 60% foram expedidas
diretamente para o sistema FAERS.² O sistema não indicou a percentagem por tipo de notificador
nesses relatórios. A Agence Nationale de Sécurité du Médicament et des Produits de Santé (ANSM)
indica que em 2013 foram relatadas 46.843 reações adversas pelos Centres Régionaux de
Pharmacovigilance (CRPV). Destas, 3,8% (1.794) originaram-se de pacientes.³ As notificações de
RAM graves por laboratórios chegaram à soma de 28.180. Em relatório de atividades de 2014,

67,4% vieram de médicos especialistas, 19,1% de farmacêuticos e 4,5% de pacientes.⁴ Cuba conta

com os mais contundentes avanços, dentre os países da América Latina, nos programas de
Farmacovigilância, fazendo parte da lista dos 20 países com maior taxa de notificações por milhão
de habitantes (Vigibase)6. Em 2014, foram realizadas 20.381 notificações de RAM, apresentando
uma taxa de 1.812 notificações por milhão de habitantes, das quais 79,7% (16.252) foram de
profissionais do nível primário de atenção à saúde, 18,8% (3.831) do nível secundário e 1,5% (298)
do nível terciário. Conclusão: No período analisado, comparando o sistema de farmacovigilância
brasileiro com os sistemas dos demais países, o sistema norte-americano se destacou com o maior
número de notificações de RAM, seguido pelo sistema francês e o sistema cubano, nos quais os
principais notificadores são profissionais de saúde.

Palavras-Chave (Keywords): Reação Adversa; Notificações; Medicamentos; Farmacovigilância.

1571
Referências

1. NOTIVISA, Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária. Disponível em:


<http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/relatorios/relatorio_notificacoes.html>. Acesso em:
26 de ago. 2015.

2. USA. FDA. FDA Adverse Event Reporting System (FAERS): Latest Quarterly Data Files.
Disponível em:
<http://www.fda.gov/Drugs/GuidanceComplianceRegulatoryInformation/Surveillance/AdverseD
rugEffects/ucm082193.htm> Acesso em: 26 ago 2015.

3. Rapport d’activité 2013 de l’ANSM – Agences Sanitaires. Disponível em:


<http://ansm.sante.fr/content/download/.../3/.../ANSM_RA_2013_aout2014.pdf> Acesso em: 26
ago 2015.

4. 3e Journée d’information et d’échanges de l’ANSM avec les associations de patients.


Déclaration des effets indésirables par les patients liés à un médicament ou un dispositif
médical. Disponível em:
<http://ansm.sante.fr/var/ansm_site/storage/original/application/734874987ca431c8f0c2fffd0e5f
6143.pdf> Acesso em: 26 ago 2015.

5. Informe de Farmacovigilancia 2014 – Unidad Coordinadora Nacional de Farmacovigilancia,


Enero 2015. Disponível em: <http://files.sld.cu/cdfc/files/2015/01/farmacovigilancia-cuba-ano-
2014.pdf> Acesso em: 18 ago 2015.

6. Lindquist, M. VigiBase, the WHO Global ICSR Database System: Basic Facts. Drug
Information Journal, Vol. 42, pp. 409–419, 2008.

1572
Perfil das prescrições medicamentosas na unidade de transplante renal de um
hospital universitário
Allane Niely Gouveia Vieira1, Luana Cristina Lins de Medeiros2, Marcella Santos da Nóbrega3,
Marilma Galvão dos Santos Gomes4, Paloma Karoline da Silva Brasil5 & Rosa Maria Almeida
Gurgel de Azevedo6
1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal/RN, Brasil, allanegouveia@hotmail.com;
2
Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal/RN, Brasil, lurarn@yahoo.com.br; 3Hospital
Universitário Onofre Lopes, Natal/RN, Brasil, marcellanobrega@hotmail.com; 4Hospital
Universitário Onofre Lopes, Natal/RN, Brasil, marilma_galvao@yahoo.com.br; 5Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, pallommak@gmail.com; 6Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, Natal/RN, Brasil, rosaazevedo92@gmail.com

Objetivo: Identificar os medicamentos prescritos para pacientes internados na unidade de


transplante renal do Hospital Universitário Onofre Lopes, localizado em Natal/RN. Metodologia:
Trata-se de um estudo retrospectivo, desenvolvido pela farmacêutica clínica da Unidade de
Transplante Renal do Hospital Universitário Onofre Lopes. A coleta dos dados foi feita através da
segunda via das prescrições médicas enviadas à farmácia, no período de janeiro a julho de 2015. Os
dados foram analisados estatisticamente pelo Microsoft Excel versão XP e os medicamentos foram
agrupados conforme a classe terapêutica seguindo o sistema de classificação de medicamentos
conhecido como Anatomical Therapeutic Chemical (ATC). Resultados: De 66 pacientes
acompanhados, foram analisadas 1.081 prescrições e detectados 18.297 medicamentos prescritos,
que corresponde uma média de 16,9 medicamentos por prescrição. Os imunossupressores foram a
classe terapêutica mais prescrita, constituindo 24,10% (4.410); seguido dos anti-hipertensivos com
13,73% (2.512); dos antimicrobianos com 11,36% (2.079); 8,49% (1.553) de analgésicos; 6,84%
(1.251) de hipoglicemiante; 6,54% (1.196) de protetor gástrico; 6,42% (1.174) de antieméticos;
repositor eletrolítico 3,46% (633); antianêmicos 2,46% (451); antiexudativo 2,27% (416);
anticoagulante 1,70% (312); vitaminas 1,38% (253) e outros 11,24% (2057). Conclusão: O
levantamento dos medicamentos prescritos para pacientes transplantados internados mostrou
elevado número de medicamentos por prescrição, o que reforça a necessidade do serviço do
farmacêutico clínico nesta unidade hospitalar para promover o uso seguro e racional desses
medicamentos; e as principais classes terapêuticas prescritas, fornecendo subsídios para a melhora
no planejamento da aquisição.

Palavras-chave: Prescrição, Medicamentos, Transplante Renal

Referências:

1. Pereira VOM, Acurcio FA, Guerra AA, Silva GD, Cherchiglia ML. (2012) Perfil de utilização de
medicamentos por indivíduos com hipertensão arterial e diabetes mellitus em municípios da rede
farmácia de Minas. Cad Saúde Pública, 28(8):1546-1558
2. Melo DO, Ribeiro E, Storpirtis S. (2006) A importância e a história dos estudos de utilização de
medicamentos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, 42(4):out/dez
3. Galvão C. (2006) O idoso polimedicado – estratégias para melhorar a prescrição. Revista
portuguesa de medicina geral e familiar.22(6)

1573
Avaliação de notificações a partir da prescrição de Medicamentos Indicadores
de Reação Adversa a Medicamento.

Paloma Karoline da Silva Brasil ¹, Marcia Maria da Silva Barbosa ², Maria das Dores da Silva
Santos ³, Ariana Renaly de Oliveira 4 , Sávia Fonseca da Silva 5 & Erica Lira da Silva Freitas 6

1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte , Natal, RN , Brasil, pallommak@gmail.com; 2
Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal, RN, Brasil, marciamb@ymail.com; 3 Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil, mariad_souza2012@hotmail.com; 4 Faculdade
Natalense de Ensino e Cultura , Natal, RN, Brasil, ariana-renaly@hotmail.com; 5 Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil, saviafonseca1@hotmail.com; 6 Hospital
Universitário Onofre Lopes, Natal, RN, ericalira@yahoo.com.br

Introdução: a organização mundial de saúde (OMS) define reação adversa a medicamento (RAM)
como “qualquer resposta a medicamento que seja nociva e indesejável, e que ocorra com as doses
habitualmente usadas no homem, para profilaxia, diagnóstico ou tratamento”. Em torno de 5% das
internações nos serviços públicos de saúde se devem a RAM e pelo menos 15% dos pacientes
hospitalizados apresentam RAM durante a hospitalização. Farmacovigilância é a ciência que estuda
a detecção, avaliação, compreensão e prevenção das reações adversas. Segundo Gregory & Kier, é
válido o farmacêutico verificar se há suspeita de RAM quando se observar a prescrição de certos
“medicamentos indicadores” que são frequetemente utilizados para tratar RAM. Objetivos: este
trabalho visa avaliar a importância da notificação dos medicamentos indicadores de RAM
(MIRAM) pelos farmacêuticos do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). Método: os dados
foram obtidos a partir dos formulários utilizados para notificação e investigação da prescrição de
MIRAM, bem como das RAM notificadas no HUOL, um hospital de ensino, terciário, com 189
leitos, desde a sua implantação em outubro de 2010 até julho de 2011. As suspeitas de RAM foram
classificadas de acordo com o tipo de notificação (voluntária, busca ativa e notificação de MIRAM)
e de acordo com a causalidade e gravidade, respectivamente, através do algoritmo de Naranjo e do
sistema desenvolvido por Lasagna e Karch. Resultados: Foram notificadas 45 reações adversas, das
quais 15 (33,4%) foram notificações de MIRAM, 18 (40%) foram voluntárias e 12 (26,6%) foram
por busca ativa. Quanto à causalidade, 34 (75,5%) foram prováveis, 9 (20%) possíveis, 1 (2,25%)
definida e 1 (2,25%) duvidosa. Quanto à gravidade, 31 (68,8%) apresentaram-se como moderadas,
9 (20%) leves, 3 (6,7%) graves e 2 (4,5%) letais. Conclusão: Notou-se que através da observação
dos medicamentos indicadores de RAM, pode-se encontrar um maior número de reações adversas,

1574
que muitas vezes poderiam estar imperceptíveis. Dessa forma, houve uma contribuição significativa
para o aumento das notificações de RAM.
Palavra Chave: Reação Adversa; Farmacovigilância; Notificação de Reação.

1575
Revista Brasileira de Farmácia – ISSN 2176 – 0667 (on line)

Volume 97 RIOPHARMA FASCÍCULO II Maio / Agosto - 2016

EXPEDIENTE
Editores Eméritos Nuno Álvares Pereira (in memoriam)
Levy Gomes Ferreira (in memoriam)
Salvador Alves Pereira (in memoriam)

Editora-chefe Dra Carmelinda Monteiro Costa Afonso

Conselho Editorial Benedito Carlos Cordeiro (Universidade Federal Fluminense)


Carla Valéria Vieira G. Feraz (Universidade Federal Fluminense)
Gabriela Bittencourt G. Mosegui (Universidade Federal
Fluminense)
Ilidio Ferreira Afonso (Instituto Hahnemanniano do Brasil)
Ivone Manzalli de Sá (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Maria Letice do Couto (Universidade Gama Filho / ABF)
Maria Rita de Macedo (Escola Nacional de Saúde Pública)
Sabrina Calil Elias (Universidade Federal Fluminense)
Selma Rodrigues de Castilho (Universidade Federal Fluminense)
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Associação Brasileira de Farmacêuticos


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Rio de Janeiro - RJ - Brasil - 20.051-000
Telefax (0xx21)2263-0791 - (0xx21)2233-3672
www.abf.org.br - abf@abf.org.br

Presidente Dra Elizabeth Valverde Macedo


Vice-Presidente Dra Aline Copolla Napp
1ª Secretário Dra Luciene de Oliveira Moraes
2ª Secretário Dr. José Liporage Teixeira
Tesoureira Dra Alaíde dos Santos Rodrigues
Museu Dra Ethel Celene Norvaez Valdez
Cursos Dra Maria Letice Couto de Almeida
Biblioteca Dra. Samantha Cardozo Mourão
Revista Dra Carmelinda Monteiro Costa Afonso
Eventos e Marketing Dra. Helda Nogueira da Costa e Souza

Brazilian Journal of Pharmacy

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