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COMANDO DA AERONÁUTICA

ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA

CONHECIMENTOS BÁSICOS

CONHECIMENTOS BÁSICOS
VOLUME ÚNICO

SGS

CFC
2016
IMPRESSO NA SUBSEÇÃO GRÁFICA DA EEAR
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA

CONHECIMENTOS BÁSICOS

Apostila da disciplina Conhecimentos Básicos, da


Especialidade SGS, do Curso de Formação de Cabos.

Elaborador: Corpo Docente do GSGS

Grupo de Trabalho SGS


Conhecimentos Básicos.- Guaratinguetá: SEPED,
2016 – (VÚ) 1° Edição.

Edição não consumivél

1.Serviço de Guarda e Segurança – Estudo e


ensino.

350 CDD-356.15

GUARATINGUETÁ, SP
2016
DOCUMENTO DE PROPRIEDADE DA EEAR
Todos os Direitos Reservados

Nos termos da legislação sobre direitos autorais, é


proibida a reprodução total ou parcial deste documento, utilizando-
se de qualquer forma ou meio eletrônico ou mecânico, inclusive
processos xerográficos de fotocópias e de gravação, sem a
permissão, expressa e por escrito, da Escola de Especialistas de
Aeronáutica - Guaratinguetá - SP.
SUMÁRIO

Introdução........................................................................................................................01
1 SEGURANÇA DAS INSTALAÇÕES NO COMAER................................................03
1.1 Aspectos gerais - Generalidades....................................................................03
1.2 Ameaças contra a segurança..........................................................................03
1.3 Barreiras perimetrais......................................................................................03
1.4 Iluminação e proteção - Generalidades..........................................................04
1.5 Alarmes - Generalidades................................................................................05
1.6 Comunicação de segurança - Generalidades.................................................05
1.7 Chaves e fechaduras - Generalidades............................................................06
1.8 Educação - Generalidades..............................................................................06
2 COMANDAMENTO DE TROPAS-GENERALIDADES...........................................07
2.1 Princípios do processo ensino – aprendizagem.............................................07
2.2 Termos militares............................................................................................08
2.3 Comandos e meios de comando.....................................................................11
2.4 Instrução individual sem arma.......................................................................13
2.5 Instrução individual com arma......................................................................22
3 POLÍCIA DA AERONÁUTICA..................................................................................27
3.1 Atitude do PA.................................................................................................27
3.2 Policiamento interno......................................................................................30
3.3 Abordagem, revista e identificação de suspeitos...........................................31
3.4 Trânsito, organização e controle....................................................................37
4 EQUIPAMENTOS BÉLICOS......................................................................................39
4.1 Regras de segurança.......................................................................................39
4.2 Fuzil HK-33 Calibre 5,56 mm.......................................................................40
4.3 Pistola taurus 9 mm modelo PT-92................................................................48
Referências......................................................................................................................59
INTRODUÇÃO

O conteúdo desta apostila aborda somente os conhecimentos básicos da


especialidade de Guarda e Segurança. Esta nova modalidade de estudo apresentada
(EAD) acompanha as necessidades do comando, portanto, o ensino proposto é de
extrema importância e deve ser absorvido em sua totalidade para o êxito de sua
formação.
Iniciaremos um estudo que dará condições ao aluno de executar as tarefas
básicas do cabo. Este conhecimento será adquirido através deste material didático
combinado com as orientações e a prática no setor de trabalho após a conclusão do
curso.
Tenho certeza de que, ao final deste estudo, você terá conhecimento
suficiente para esta nova jornada que se inicia em sua carreira militar.
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1 SEGURANÇA DAS INSTALAÇÕES NO COMAER

1.1 Aspectos gerais - Generalidades

A segurança de uma Organização não depende somente do efetivo e equipamento de que


dispõe. Depende, também, em grande parte, da habilidade e dedicação do pessoal engajado neste
tipo de atividade.
Toda Organização deve possuir um programa de segurança. A aplicação deste programa
deve ser contínua, desde o tempo de paz até o tempo de guerra. As ameaças contra a segurança
estão sempre presentes e podem se manifestar a qualquer momento.
Quando se avalia a ameaça contra a segurança, deve-se considerar:

➢ A vulnerabilidade e a importância relativa da Organização;


➢ A possibilidade da ocorrência de fatores adversos, que resultem em ameaça contra a
Organização; e
➢ A extensão provável do dano, caso a ameaça se concretize.

1.2 Ameaças contra a segurança

As ameaças à segurança são ações, ou condições, das quais possam resultar:


➢ Acesso indevido a conhecimentos sigilosos;
➢ Morte;
➢ Danos;
➢ Perda de materiais ou conhecimentos; e
➢ Perda, total ou parcial, da operacionalidade da Organização.
Estas ameaças variam de OM envolvida, a posição das instalações e equipamentos e com
o tipo de construção.
Estas ameaças também podem ser classificadas, quanto à origem, em naturais e humanas.

1.3 Barreiras perimetrais

1.3.1 Definição e propósito

Uma barreira é o meio utilizado para definir os limites físicos de uma instalação ou área e
restringir ou impedir o acesso a esses locais.
O propósito básico das barreiras físicas (naturais ou artificiais) é desencorajar ou impedir
entradas não autorizadas. Serve, também, como:

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➢ Advertência e impedimento de invasão ou entrada não autorizadas;


➢ Impedimento e retardo de tentativas de invasão, aumentando a probabilidade de
detecção e apreensão pela guarda;
➢ Meio de maximizar a eficiência da guarda, diminuindo os recursos humanos
necessários; e
➢ Direcionador do fluxo de pessoas e veículos para as entradas da Organização,
facilitando a instalação de postos de controle e identificação.

1.3.2 Classificação

As barreiras físicas podem ser classificadas, genericamente, como naturais (rios,


penhascos, terreno muito acidentado, etc), estruturais ou artificiais (muros, pisos, cercas, arame
farpado, obstáculos). Os acidentes naturais, para que sejam considerados como barreiras, devem
ser capazes de oferecer um grau de proteção semelhante ao de barreiras artificiais.
Quando usada para definir o perímetro de uma Organização ou o perímetro a ser
protegido de uma instalação, as barreiras são chamadas de Barreiras Perimetrais.

1.3.3 Considerações sobre o uso

As barreiras físicas formam um elo da corrente de proteção. Se adequadas, retardam e


dificultam uma invasão, mas não podem, sozinhas, obstar uma intrusão ou deter um intruso.
As barreiras necessitam ser vigiadas por uma guarda treinada para serem eficazes.
O planejamento correto e a escolha adequada da barreira possibilitam uma redução dos
recursos humanos usados para a guarda, nunca eliminando o seu uso. Na maioria dos casos, uma
combinação adequada de barreiras e homens possibilitará uma segurança eficiente a custos
acessíveis.

1.4 Iluminação e proteção - Generalidades

Uma Iluminação de Proteção, bem instalada e adequadamente operada, desencoraja os


possíveis intrusos.
Uma boa iluminação ajuda a atingir um nível de proteção, nos períodos escuros,
semelhante ao mantido durante as horas de claridade.

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Permite aos guardas observar as áreas iluminadas de uma posição de penumbra,


proporcionando-lhes maior proteção e reduz a possibilidade de aproveitamento da escuridão por
pessoas que tentem um acesso não autorizado.
A iluminação das entradas da Organização deve permitir o reconhecimento e a
identificação mais fácil das pessoas e de suas autorizações de acesso, facilitar a inspeção de
veículos e de qualquer tipo de “container” e, ao mesmo tempo, preservar a segurança dos
guardas em suas posições normais, mantendo-os o menos iluminado possível.
Na maioria dos casos, os custos de manutenção e de operação de um sistema de
Iluminação de Proteção são baixos. Uma iluminação desse tipo, utilizada nas Barreiras
Perimetrais, geralmente proporciona economia em outros dispositivos de proteção e possibilita
empregar menor número de guardas.
A mera existência da Iluminação de Proteção já se constitui num importante elemento
psicológico contra a invasão. Contudo, é importante frisar que, se ela contribui para se atingir o
nível de proteção desejado – não provê, por si só, toda a proteção adequada.

1.5 Alarmes - Generalidades

Um sistema de alarmes tem por objetivo ampliar os sentidos humanos. Seu


funcionamento baseia-se em diversos tipos de sensores, estrategicamente distribuídos, que
captam sinais muito tênues ou vibrando numa freqüência não perceptível ao homem. Depois de
captados, estes sinais são transmitidos e apresentados ao guarda, de maneira inteligível (sinal
luminoso, sonoro, etc), podendo, também, acionar, diretamente, algum outro dispositivo de
segurança.
Um sistema de alarmes pode ser muito útil à Segurança das Instalações. Entretanto, não
proporciona, por si só, a segurança necessária. Deve sempre ser complementado com uma
guarda eficiente, um bom sistema de Comunicações de Segurança, um sistema adequado de
Iluminação de Proteção, um bom sistema de Identificação e Controle de Pessoal e Veículos, etc.
Um sistema de alarmes proporciona ainda:
➢ Economia de meios, por permitir uma redução no efetivo da guarda;
➢ Substituição de determinadas medidas de segurança, inadequadas por motivos
operacionais; e
➢ Complementação da segurança, cobrindo falhas ou proporcionado um reforço eficaz.

1.6 Comunicação de segurança - Generalidades

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Toda organização necessita possuir um sistema de Comunicação de Segurança que


propicie uma comunicação adequada entre os componentes da guarda. Este sistema deve ser,
sempre que possível, independente do sistema de comunicação normal da Organização. Para
maior confiança, é necessário que possua, também, uma fonte reserva de energia.
Os dispositivos e sistemas de Comunicações de Segurança utilizados variam conforme a
importância, vulnerabilidade, tamanho, localização, propagação de radiofreqüência e outros
fatores específicos de cada Organização.

1.7 Chaves e fechaduras - Generalidades

Uma das proteções básicas de instalações e propriedades é a fechadura. Contudo,


independentemente de sua qualidade ou custo, esta deve ser considerada somente como um
dispositivo de retardo e não como uma barreira intransponível.
Muitas fechaduras eficientes têm sido inventadas, mas, igualmente, meios engenhosos
têm sido desenvolvidos para abri-las de maneira não convencional.
Algumas fechaduras são fáceis de abrir; outras requerem peritos em arrombamento e
demandam um tempo considerável para sua abertura. Porém, todas podem ser abertas, desde que
adequadamente manipuladas. Além disto, deve-se sempre considerar a possibilidade de ser
obtida uma cópia da chave (ou do segredo), o que permitirá a abertura normal.

1.8 Educação - Generalidades

Adquirir consciência sobre segurança é um objetivo que deve ser perseguido em todas
Organizações do COMAER. Isto é feito através de um bem elaborado Programa de Educação de
Segurança.Normalmente, tendemos a ser ingênuos e confiantes em excesso. Tendemos, ainda, a
aceitar os fatos por sua aparência, sem exame mais profundo de seu conteúdo. Desse modo, essas
características não conduzem a uma atitude de contínua vigilância, postura essencial para a
pronta resposta a emergências. De nada valerão as ajudas mecânicas e estruturais à segurança se
não houver a participação ativa de todos no problema. A consciência das ameaças à segurança e
o conhecimento da responsabilidade individual na busca e neutralização de ameaças é obtida
através de um programa contínuo de Educação sobre Segurança.

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2.COMANDAMENTO DE TROPAS-GENERALIDADES

2.1 Princípios do processo ensino – aprendizagem

2.1.1 Generalidades

O sucesso da sessão de instrução depende da perícia com que o instruendo executa as


tarefas que aprendeu. O instrutor deve conhecer bem as técnicas de instrução para poder, de
maneira mais eficiente, planejar, preparar, orientar, controlar e avaliar o desempenho do
instruendo.

2.1.2 Princípios do processo

O instrutor deve conhecer as características dos instruendos, bem como os objetivos da


instrução, para fazer a adequação da técnica de instrução, do tempo disponível e dos meios
auxiliares.
Considerando que a atuação do instruendo na instrução é permanente, cabe ao instrutor
mantê-lo interessado, encorajando-o pelos acertos, ao invés de reprová-lo pelas falhas.
O instrutor deve estimular o instruendo para o aprendizado, criando nele a motivação
necessária, por meio de sua participação ativa. Este princípio é básico para orientar a atividade
do instruendo, mediante a realização de tarefas dentro de condições e padrões mínimos que
caracterizam a instrução militar.
O instrutor deve estabelecer um canal de comunicação com seus instruendos, nos
momentos oportunos e de acordo com as técnicas de instrução. Como a finalidade da instrução
militar é a preparação do combatente, a “imitação do combate” deve estar sempre presente. Para
tanto, o realismo deve ser buscado pelo instrutor na seleção das técnicas de instrução, no local e
nos meios auxiliares. Mesmo que o assunto não esteja ligado diretamente ao combate e sim com
a vida diária do militar, o instrutor deve procurar manter o realismo.
Todo instruendo precisa conhecer os resultados obtidos na tentativa de aprender. O
instrutor deve fornecer respostas que esclareçam sobre o desempenho do instruendo, o que
provoca o chamado processo de realimentação. Este processo, por ser absolutamente essencial e
útil, aumenta o sucesso em qualquer etapa da aprendizagem. Pode estar presente sob a forma de
elogio, quando o instruendo acerta, e correção do erro, de forma construtiva e objetiva, sem
qualquer idéia de punição, quando o instruendo erra.

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Ter sempre em mente que no aprendizado voltado para o “desempenho” o instruendo tem
que “saber fazer” e não “como fazer”, o que ressalta o aspecto prático da instrução, exigindo do
instrutor criatividade na execução do processo de aprendizagem.
2.1.3 Divisão da instrução

A instrução de ordem unida deverá ser dividida em duas fases: teórica e prática:
➢ teórica - ministrada para grupamentos de forma a transmitir os seus objetivos e definir
os termos militares empregados na ordem unida;
➢ prática - que se divide em individual e coletiva:
Individual - na qual se ministra aos instruendos a prática dos movimentos individuais,
preparando-os para tomar parte nos exercícios de instrução coletiva;
Coletiva - é a instrução transmitida para um grupamento dos movimentos da ordem
unida.

2.2 Termos militares

Os termos militares têm um sentido preciso, em que são exclusivamente, quer na


linguagem corrente, quer nas ordens e partes escritas, assim definidos:

2.2.1 Coluna

É o dispositivo de uma tropa, cujos homens estão um atrás do outro, quaisquer que
sejam suas formações e distâncias.

2.2.2 Coluna por um

É a formação de uma tropa, em que os homens são colocados um atrás do outro,


seguidamente, guardando entre si a distância regulamentar. Conforme o número dessas colunas,
quando justapostas tem-se as formações em coluna por 2 por 3, etc.

2.2.3 Distância

É o espaço entre dois homens colocados um atrás do outro e voltados para a


mesma frente. A distância é medida pelo braço esquerdo estendido, horizontalmente, com a
ponta dos dedos tocando o ombro (mochila) do companheiro à frente.

2.2.4 Linha

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É à disposição de uma tropa cujos homens estão dispostos um ao lado do outro.

2.2.5 Fileira

É a formação de uma tropa em que os homem estão colocados na mesma linha, um ao


lado do outro, todos voltados para a mesma frente.

2.2.6 Fila

É a disposição de um grupo de homens, colocados um atrás do outro, pertencentes a uma


tropa formada em linha em mais de uma fileira.

2.2.7 Intervalo

É o espaço compreendido entre dois homens colocados lado a lado na disposição de uma
tropa. O intervalo pode ser normal ou reduzido. Para que uma tropa tome o intervalo normal,
os homens da testa distenderão o braço esquerdo, horizontais e lateralmente, no prolongamento
da linha dos ombros, mão espalmada, palma voltada para baixo, tocando lentamente o ombro
direito do companheiro à sua esquerda. Para que uma tropa tome o intervalo reduzido (o que é
feito ao comando de “SEM INTERVALO, COBRIR!” ou “SEM INTERVALO, PELO CENTRO,
P ELA ESQUERDA OU PELA DIREITA, PERFILAR!”) os homens da testa colocarão a mão
esquerda fechada na cintura, com o punho no prolongamento do antebraço, costa da mão voltada
para frente, cotovelo esquerdo, tocando levemente no braço direito do companheiro a sua
esquerda.

2.2.8 Alinhamento

A disposição de vários homens (viaturas ou unidades), sobre uma linha reta, todos
voltados para a mesma frente, de modo que um elemento fique exatamente ao lado do
outro.

2.2.9 Cobertura

A disposição de vários homens (viaturas ou unidades), todos voltados para a mesma


frente, de modo que um elemento fique exatamente atrás do outro.

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2.2.10 Cerra-fila

É o graduado colocado a retaguarda de uma tropa, com a missão de cuidar da


correção da marcha e dos movimentos, de exigir que todos se conservem nos respectivos lugares
e de zelar pela disciplina.

2.2.11 Homem-base

É o homem (oficial, graduado ou soldado) pelo qual uma tropa regula sua marcha,
cobertura e alinhamento. Em coluna, o homem-base é o da testa da coluna-base, que é designada
segundo as necessidades. Quando não houver especificações, a coluna-base será a da direita. Em
linha, o homem-base será o primeiro homem da fila-base, no centro, à esquerda ou à direita,
conforme seja determinado.

2.2.12 Direita (ou esquerda)

A extremidade direita (esquerda) de uma tropa.

2.2.13 Formação

É a disposição regular dos elementos de uma tropa em linha ou em coluna. A


formação pode ser normal ou emassada. Normal, quando a tropa está formada conservando
as distâncias e os intervalos normais entre os homens. Formação emassada é aquela em que
uma tropa de valor, companhia ou superior, dispõe seus homens em várias colunas
independentemente das distâncias normais entre suas frações.

2.2.14 Testa

É o primeiro elemento de uma coluna.

2.2.15 Cauda

É o último elemento de uma coluna.

2.2.16 Profundidade

É o espaço compreendido entre a testa do primeiro e a cauda do último elemento de


qualquer formação.

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2.2.17 Frente

É o espaço, em largura, ocupado por uma tropa em linha ou em coluna.

2.2.18 Escola ou grupamento

É um grupo de homens constituído para melhor aproveitamento da instrução. Seu efetivo


extremamente variável não depende do previsto para as diversas formações regulamentares.

2.3 Comandos e meios de comando

Na ordem unida, para transmitir sua vontade à tropa, o comandante poderá empregar os
seguintes meios:
➢ voz, gesto, corneta e apito.

2.3.1 Vozes de comando

É a maneira padronizada, pela qual o comandante de uma fração exprime verbalmente a


sua vontade. A voz constitui o meio de comando mais empregado na ordem unida. Deverá ser
usada, sempre que possível, pois permite execução simultânea e imediata.
As vozes de comando devem ser claras, enérgicas e de intensidade proporcional ao
efetivo dos executantes. Uma voz de comando emitida com indiferença só poderá ter como
resultado uma execução displicente.
O comandante deverá emitir as vozes de comando na posição de “SENTIDO”, com a
frente voltada para a tropa, de um local em que possa ser visto por todos os homens.
Nos desfiles, o comandante dará as vozes de comando com a face voltada para o lado
oposto àquele em que estiver a autoridade (ou o símbolo) a quem será prestada a continência.
Quando o comando tiver de ser executado simultaneamente por toda a tropa, os
comandantes subordinados não o repetirão para suas frações, caso contrário, repetirão o
comando ou, se necessário, emitirão comandos complementares.
As vozes de comando devem ser rigorosamente padronizadas para que a execução seja
sempre uniforme. Para isto, é necessário que os instrutores de ordem unida às pratiquem
individualmente, antes de comandarem uma tropa.
As vozes de comando constam geralmente de:

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2.3.1.1 Voz de advertência

É um alerta que se dá à tropa, prevenindo-a para o comando que será enunciado.

Exemplos: “COMPANHIA! PELOTÃO! ESQUADRÃO!”.

2.3.1.2 Comando propriamente dito

Tem por finalidade indicar o movimento a ser realizado pelos executantes. Exemplos:
“DIREITA!”, “ORDINÁRIO!”, “PELA ESQUERDA!”, “ACELERADO!” ou “CINCO PASSOS
EM FRENTE!”.
As vezes, o comando propriamente dito impõe a realização de certos movimentos, que
devem ser executados pelos homens antes da voz de execução. Exemplo: (tropa armada, na
posição de “SENTIDO”) “COMPANHIA! O RDINÁRIO! (os homens terão de fazer o
movimento de 'OMBRO-ARMA'), MARCHE!”.
A comando “ORDINÁRIO”, que é um comando propriamente dito, comporta-se,
neste caso, como uma voz de execução, para o movimento de “OMBRO-ARMA”.
Torna-se, então, necessário que o comandante enuncie estes comandos de maneira
enérgica, definindo com exatidão o momento do movimento preparatório e dando aos homens o
tempo suficiente para realizarem este movimento, ficando em condições de receberem a voz de
execução.
É igualmente necessário que haja um intervalo entre o comando propriamente dito e a
voz de execução, quando os comandantes subordinados tiverem que emitir vozes
complementares.

2.3.1.3 Voz de execução

Tem por finalidade determinar o exato momento em que o movimento deve começar ou
cessar.
A voz .de execução deve ser curta, viva, enérgica e segura. Deve ser mais breve que o
comando propriamente dito e mais incisiva.
Quando a voz de execução for constituída por uma palavra oxítona (que tem a última
sílaba tônica), é aconselhável um certo alongamento na enunciação da(s) sílaba(s)
inicial(ais), seguido de uma enérgica emissão da silaba final. Exemplos: “PERFILAR!”,
“COBRIR!”, “VOLVER“ DESCANSAR! “.

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Quando, porém a tônica da voz de execução cair na penúltima sílaba, é imprescindível


destacar esta tonicidade com precisão. Nestes casos, a(s) sílaba(s) final(ais) praticamente não se
pronuncia(m). Exemplos: “MARCHE!”, “ALTO!”, “EM FRENTE!”, “ORDINÁRIO!”
“ARMA!” e “PASSO!”.

2.3.2 Emprego da corneta

Os toques de corneta serão empregados de acordo com o respectivo manual de


toques, marchas e hinos das forças armadas quando uma “ESCOLA” atingir um certo progresso
na instrução individual, deverão ser realizadas sessões curtas e freqüentes de ordem unida com
os comandos executados por meio de toques de corneta. Consegue-se, assim, familiarizar os
homens com os toques mais simples, de emprego usual. O homem deve conhecer os toques
correspondentes às diversas posições, aos movimentos das armas e os necessários aos
deslocamentos.

2.3.3 Emprego do apito

Os comandos por meio de apitos serão dados mediante o emprego de silvos longos
e curtos. Os silvos longos serão dados como advertência e os curtos, como execução.
Precedendo os comandos, os homens deverão ser alertados sobre quais os movimentos e
posições que serão executados; para cada movimento ou posição, deverá ser dado um
silvo longo, como advertência, e um ou mais silvos breves, conforme seja a execução a comando
ou por tempos.

2.4 Instrução individual sem arma

2.4.1 Posições

2.4.1.1 Sentido

Nesta posição, o homem ficará imóvel e com a frente voltada para o ponto indicado. Os
calcanhares unidos, pontas dos pés voltadas para fora de modo que forme um ângulo de
aproximadamente 60 (sessenta) graus. O corpo levemente inclinado para frente com o peso
distribuído igualmente sobre os calcanhares e as plantas dos pés e os joelhos naturalmente
distendidos. O busto aprumado, com o peito saliente, ombros na mesma altura e um pouco para
trás, sem esforço. Os braços caídos e ligeiramente curvos, com os cotovelos um pouco projetados
para frente e na mesma altura. As mãos espalmadas, colocadas na parte exterior das coxas, dedos

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unidos e distendidos. Cabeça erguida e o olhar fixo à frente, para tomar a posição de
“SENTIDO”, o homem unirá os calcanhares com energia e vivacidade, de modo a se ouvir
esse contato, ao mesmo tempo trará as mãos diretamente para os lados do corpo, batendo-as
com energia ao colá- las às coxas. Durante a execução deste movimento, o homem afastará
os braços cerca de 20 (vinte) centímetros do corpo, antes de colar as mãos às coxas. O
calcanhar esquerdo deverá ser ligeiramente levantado para que o pé não se arraste no solo. O
homem tomará a posição de “SENTIDO” ao comando de “SENTIDO!”.

2.4.1.2 Descansar

Estando na posição de “SENTIDO”, ao comando de “DESCANSAR!”, o homem


deslocará o pé esquerdo cerca de 30 (trinta) centímetros para a esquerda, elevando ligeiramente o
corpo sobre a planta do pé direito para não arrastar o pé esquerdo. Simultaneamente, a
mão esquerda segura o braço direito pelo pulso, a mão direita fechada às costas, pouco
abaixo da cintura. Nesta posição, as pernas ficarão naturalmente distendidas e o peso do corpo
igualmente distribuído sobre os pés, que permanecerão num mesmo alinhamento.
Esta é a posição do militar ao entrar em forma, onde permanecerá em silêncio e imóvel.

2.4.1.3 À vontade

O comando de “À VONTADE!” deverá ser dado quando os homens estiverem na


posição de “DESCANSAR”. Achando-se os homens na posição de “SENTIDO”, deverá ser dado
primeiro o comando de “DESCANSAR!” e em seguida, o de “À VONTADE!”. A este comando,
o homem manterá o seu lugar em forma, de modo a conservar o alinhamento e a cobertura.
Poderá mover o corpo, falar, beber e fumar. Para cessar a situação de “À VONTADE” o
comandante ou instrutor dará uma voz ou sinal de advertência: “ATENÇÃO! CESSAR O À
VONTADE!”. Os homens, então, individualmente, tomarão a posição de “DESCANSAR”. O
Comandante (ou instrutor) poderá, de acordo com a situação, introduzir restrições que julgue
necessárias ou convenientes, antes de comandar “À VONTADE!”. Tais restrições, porém, não
devem fazer parte da voz de comando.

2.4.1.4 Em forma

Ao comando de “ESCOLA” ou “ GRUPAMENTO” (grupo, pelotão, etc.) base tal


homem, frente para tal ponto, coluna por um (dois, três, etc.), ou linha em uma fileira (duas, três

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fileiras)” seguido da voz de execução “EM FORMA!”, cada homem deslocar-se-á


rapidamente para o seu lugar e, com o braço esquerdo distendido para frente, tomará a distância
regulamentar. Depois de verificar se está corretamente coberta e alinhada tomará a posição de
“DESCANSAR”.

2.4.1.5 Fora de forma

Ao comando de “FORA DE FORMA, MARCHE!”, os homens romperão a marcha e


sairão de forma com rapidez. Quando necessário, o comando será precedido da informação “nas
proximidades” , a qual não fará parte da voz de comando. Neste caso, os homens deverão manter
a atenção no seu comandante, permanecendo nas imediações. Para oficiais não haverá a ordem
de execução “MARCHE!”.

2.4.1.6 Olhar à direita (esquerda)

Os homens deverão ser exercitados na posição de “SENTIDO” ou no “PASSO


ORDINÁRIO”, a volver a cabeça para a direita (esquerda). Na continência a pé firme, ao
comando de “OLHAR A DIREITA (esquerda)!”, cada homem girará a cabeça para o lado
indicado, olhará francamente a autoridade que se aproxima e, a proporção que esta se deslocar,
irá acompanhá-la com a vista, voltando naturalmente a cabeça até que ela tenha atingido o
último homem da esquerda (direita). Ao comando de “OLHAR EM FRENTE!”, volverá
energicamente a cabeça para frente. Quando no passo ordinário, a ú ltima silaba da voz de
execução deverá coincidir com a batida do pé esquerdo no solo, quando o pé esquerdo
voltar a tocar o solo, o homem o fará batendo mais forte ao mesmo tempo em que girará a
cabeça energicamente para o lado indicado, sem desviar a linha dos ombros. Para voltar a cabeça
à posição normal, será dado o comando de “OLHAR, FRENTE!”, nas mesmas condições do
“OLHAR A DIREITA (esquerda)”.

2.4.2 Passos

2.4.2.1 Cadência

É o numero de passos executados por minuto, nas marchas em passo ordinário e


acelerado. Os deslocamentos poderão ser feitos nos passos: ordinário, sem cadência, de
estrada e acelerado.

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2.4.2.1.1 Passo ordinário

É o passo com aproximadamente 75 (setenta e cinco) centímetros de extensão,


calculado de um calcanhar a outro e numa cadência de 116 (cento e dezesseis) passos por
minuto. Neste passo, o homem conservará a atitude marcial.

2.4.2.1.2 Passo sem cadência

É o passo executado na amplitude que convém ao homem, de acordo com a sua


condição física e o terreno. No passo sem cadência, o homem é obrigado a conservar a atitude,
corrigindo a distância e o alinhamento.

2.4.2.1.3 Passo-de-estrada

É o passo sem cadência em que não houver a obrigação de conservar a mesma atitude
do passo sem cadência, propriamente dito, embora o homem tenha que manter seu lugar em
forma e a regularidade de marcha. É normalmente empregado em deslocamentos durante a
atividade de campanha.

2.4.2.1.4 Passo acelerado

É o passo executado com a extensão de 75 (setenta e cinco) a 90 (oitenta)


centímetros, conforme o terreno e numa cadência de 180 (cento e oitenta) passos por
minuto.

2.4.3 Marchas

2.4.3.1 Generalidades

O rompimento das marchas é iniciado sempre com o pé esquerdo partindo da posição de


“SENTIDO” e ao comando de “ORDINÁRIO (SEM CADÊNCIA, PASSO- DE-ESTRADA
ou ACELERADO) MARCHE!”. Estando a tropa na posição de “DESCANSAR”, ao comando
de “ORDINÁRIO (SEM CADÊNCIA, PASSO-DE- ESTRADA ou ACELERADO!)” os
homens tomarão a posição de “SENTIDO” e romperão a marcha, à voz de “MARCHE!”.
Para fins de instrução, o instrutor poderá marcar a cadência. Para isso, contará “um!”,
“dois!”, conforme o pé que tocar no solo: “um!”, o pé esquerdo; “dois!”, o pé direito.

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As marchas serão executadas em “PASSO ORDINÁRIO”, “PASSO SEM CADÊNCIA”,


“PASSO-DE ESTRADA” e “PASSO ACELERADO”.
2.4.3.2 Marcha em “passo ordinário”

2.4.3.2.1 Rompimento

Ao comando de “ORDINÁRIO, MARCHE!” o homem levará o pé esquerdo a frente,


com a perna naturalmente distendida, batendo no solo toda a planta do pé, com energia;
levará também a frente o braço direito, totalmente retesado e até a altura do ombro, paralelo ao
solo, com a mão espalmada (dedos unidos) e no prolongamento do antebraço. Simultaneamente,
elevará o calcanhar direito, fazendo o peso do corpo recair sobre o pé esquerdo e projetará
para trás os braços esquerdos, distendidos, mão espalmada e no prolongamento do antebraço, até
30 (trinta) centímetros do corpo. Levará, em seguida, o pé direito à frente, perna distendida
naturalmente, batendo fortemente com a planta do pé no solo, ao mesmo tempo em que inverterá
a posição dos braços.

2.4.3.2.2 Deslocamento

O homem prossegue, avançando em linha reta, perpendicularmente à linha dos


ombros. A cabeça permanece levantada e imóvel; os braços oscilam, de forma retesada no
sentido do deslocamento e paralelos ao solo. A amplitude dos passos é de aproximadamente 40
(quarenta) centímetros para o primeiro e de 75 (setenta e cinco) centímetros para os demais. A
cadência e de 116 (cento e dezesseis) passos por minuto, marcada pela batida da planta dos pés
no solo.

2.4.3.2.3 Alto

O comando de “ALTO!” deve ser dado quando o homem assentar o pé esquerdo no solo;
então ele dará mais dois passos, um com o pé direito e outro com o pé esquerdo, unindo a seguir,
com energia, o pé direito ao esquerdo, batendo fortemente os calcanhares, ao mesmo tempo
em que, cessando o movimento dos braços, irá colar as mãos às coxas com uma batida, conforme
prescrito para a tomada da posição de “SENTIDO”.

2.4.3.2.4 Marcar passo

O comando de “MARCAR PASSO!” deverá ser dado nas mesmas condições que o
comando de “ALTO!”. O homem executará o alto e, em seguida, continuará marchando no

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mesmo lugar, elevando os joelhos até que os pés fiquem a altura de 20 (vinte) centímetros do
solo, mantendo a cadência do passo ordinário. Os braços deverão oscilar ligeiramente. As mãos
ficam espalmadas, como durante o deslocamento. O movimento de “MARCAR PASSO” deve
ser de curta duração. Será empregado com finalidades variadas, tais como manter a distância
regulamentar entre duas unidades consecutivas de uma coluna, retificar o alinhamento e a
cobertura de uma fração, antes de se lhe dar o comando de “ALTO!”, etc.

2.4.3.2.5 Em frente

O comando de “EM FRENTE!” deverá ser dado quando o pé esquerdo assentar no


solo; o homem dará, ainda um passo com o pé direito e, rompendo, em seguida, com o pé
esquerdo, a marcha no passo ordinário.

2.4.3.3 Marcha em “passo sem cadência”

2.4.3.3.1 Rompimento de marcha

Ao comando de “SEM CADÊNCIA, MARCHE!”, o homem romperá a marcha em passo


sem cadência, devendo conservar-se em silêncio durante o deslocamento.

2.4.3.3.2 Passagem do “passo ordinário” para o “passo sem cadência”

Estando o homem em marcha no passo ordinário, ao comando de “SEM CADÊNCIA


MARCHE!”, iniciará a marcha em passo sem cadência. A voz de execução deverá ser dada
quando o pé esquerdo tocar o solo, de tal forma que a batida seguinte do calcanhar esquerdo no
solo seja mais acentuada, quando então, o homem iniciará o passo sem cadência. Para voltar
ao passo ordinário, bastará comandar “ORDINÁRIO, MARCHE!”. Ao comando de
“ORDINÁRIO!”, o homem-base iniciará a marcha no passo ordinário e os demais homens irão
acertando o passo por este. Após um pequeno intervalo de tempo, será dada a voz de
“MARCHE!”, quando o pé esquerdo tocar o solo;

2.4.3.3.3 Alto

Estando em passo sem cadência, ao comando de “ALTO!” (“com a voz alongada), o


homem dará mais dois passos e unirá o pé que esta atrás ao da frente, voltando à posição de
“SENTIDO”.

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2.4.3.4 Marcha em “passo de estrada”

Nos deslocamentos em estradas e fora das localidades, para proporcionar maior


comodidade à tropa, a marcha ideal para o deslocamento será o “PASSO DE ESTRADA”. Ao
comando de “PASSO-DE-ESTRADA, MARCHE!”, o homem marchará no passo sem
cadência podendo, no deslocamento, falar, cantar, fumar, beber e comer. Para fazer com que a
tropa retome o passo ordinário será comandado primeiro “SEM CADÊNCIA, MARCHE!” e,
somente então, se comandará “ORDINÁRIO, MARCHE!”.
Os passos sem cadência ou de estrada não têm amplitude e cadência regulares,
devendo-se, porém, evitar o passo muito rápido e curto, que são desgastantes. O aumento da
velocidade deverá ser conseguido com o aumento da amplitude do passo e não com a
aceleração da cadência, ou no passo de estrada, deverá percorrer 90 (oitenta) metros por minuto,
ou seja, cerca de 106 (cento e seis) passos de 75 (setenta e cinco) centímetros.

2.4.3.4.1 Alto

Estando a tropa em “PASSO-DE-ESTRADA” comandar-se-á “SEM CADÊNCIA,


MARCHE!”, antes de se lhe comandar “ALTO!”. A este último comando, a tropa,
estando em passo sem cadência, ao comando de “ALTO!” (com a voz alongada), o homem
dará mais dois passos e unirá o pé que está atrás ao da frente, voltando a posição de
“SENTIDO”.

2.4.3.5 Marcha em “passo acelerado”

2.4.3.5.1 Rompimento da marcha, partindo da posição de “sentido”

Ao comando de “ACELERADO!”, o homem levantará os antebraços encostando-os


com energia ao corpo, formando com os braços ângulos aproximadamente retos; as mãos
fechadas, sem esforço e naturalmente voltadas para dentro, com o polegar para cima,
apoiado sobre o indicador. A voz de “MARCHE!”, levará o pé esquerdo com as pernas
ligeiramente curvas para frente, o corpo no prolongamento da perna direita e correrá
cadenciadamente, movendo os braços naturalmente para frente e para trás sem afastá-los do
corpo. A cadência é de 130 (cento e oitenta) passos por minuto. Em “ACELERADO”, as pernas
se dobram, como na corrida curta.

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2.4.3.5.2 Passagem do “passo ordinário” para o “passo acelerado”

Estando a tropa marchando no “ PASSO ORDINÁRIO”, ao comando de


“ACELERADO!”, levantará os antebraços como descrito acima. A voz de “MARCHE!” deverá
ser dada ao assentar o pé esquerdo ao solo; o homem dará mais três passos, iniciando, então,
o acelerado com o pé esquerdo, de acordo com o que esta prescrito para instrução de
“ACELERADO” partindo da posição de “SENTIDO”.

2.4.3.5.3 Passagem do “passo sem cadência” para o “passo acelerado”

Se a tropa estiver marchando no “PASSO SEM CADÊNCIA”, antes do comando de


“ACELERADO, MARCHE!”, comandar-se-á “ORDINÁRIO, MARCHE!”.

2.4.3.5.4 Alto

O comando deverá ser dado quando o homem assentar o pé esquerdo no solo; ele dará
mais quatro passos em acelerado e faz alto, unindo o pé direito ao esquerdo e, baixando os
antebraços, colará as mãos às coxas, com uma batida.

2.4.3.5.5 Passagem do “passo acelerado” para o “passo ordinário”

Estando em acelerado a voz de comando deverá ser dada quando o pé esquerdo


assentar no solo; o homem dará mais três passos em acelerado, iniciando, então, o passo
ordinário com a perna esquerda.

2.4.3.5.6 Deslocamentos curtos

Poderão ser executados ao comando de “TANTOS PASSOS EM FRENTE!


MARCHE!”, O número de passos será sempre ímpar. A voz de “MARCHE!”, o homem romperá
a marcha no passo ordinário, dando tantos passos q u e tenham sido determinados e, sem que
para isso seja necessário novo comando, fará alto.

2.4.4 Voltas

2.4.4.1 A pé firme

Todos os movimentos serão executados na posição de “SENTIDO”, mediante os


comandos abaixo:

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2.4.4.1.1 Direita (esquerda), volver

À voz de execução “VOLVER!”, o homem voltar-se-á para o lado indicado, de um quarto


de circulo, sobre o calcanhar do pé direito (esquerdo) e a planta do pé esquerdo (direito) e,
terminada a volta, assentará a planta do pé direito (esquerdo) no solo; unirá depois o pé esquerdo
(direito) ao direito (esquerdo), batendo energicamente os calcanhares.

2.4.4.1.2 Meia-volta, volver

Será executada como “ESQUERDA VOLVER”, sendo a volta de 180° (cento e oitenta)
graus.

2.4.4.1.3 Oitavo à direita (esquerda), volver

Será executado do mesmo modo que “DIREITA (esquerda) VOLVER”, mas, a volta é
apenas de 45° (quarenta e cinco) graus; em campanhas e nas situações em que seja difícil a
tropa executar voltas a pé firme (tropa portando material ou equipamento pesado), deverá ser
comandado “FRENTE PARA A DIREITA, ESQUERDA ou RETAGUARDA!”, para que seja
mudada a frente de uma fração. A este comando, o homem volverá a frente para o lado indicado
com energia e vivacidade. Tal comando deverá ser dado com a tropa na posição de
“DESCANSAR”.

2.4.4.2 Em marcha

As voltas em marcha só serão executadas nos deslocamentos no passo ordinário.

2.4.4.2.1 Direita (esquerda), volver

A voz de execução “VOLVER!” deverá ser dada no momento em que o homem


assentar no solo o pé direito (esquerdo) com o pé esquerdo (direito), ele dará um passo mais
curto e volverá a direita (esquerda) sobre a planta do pé esquerdo (direito), prosseguindo
a marcha com o pé direito (esquerdo), na nova direção.

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2.4.4.2.2 Oitavo à direita (esquerda), volver

Será executado do mesmo modo que “DIREITA (esquerda) VOLVER”, porém, a rotação
será apenas de 45 (quarenta e cinco) graus.

2.4.4.2.3 Meia-volta, volver

A voz de execução “VOLVER” deverá ser dada ao assentar o pé esquerdo no solo; o pé


direito irá um pouco à frente do esquerdo, girando o homem vivamente pela esquerda sobre as
plantas dos pés, até mudar a frente para a retaguarda, rompendo a marcha com o pé direito
e prosseguindo na nova direção.
Estando a tropa em passo sem cadência e sendo necessário mudar a sua frente, o
comandante da fração poderá comandar “FRENTE PARA A DIREITA (ESQUERDA,
RETAGUARDA)!”. A este comando, os homens se voltarão rapidamente, para frente indicada,
prosseguindo no passo sem cadência.

2.5 Instrução individual com arma

2.5.1 Generalidades

Desde que se tenha obtido certo desembaraço na instrução de ordem unida sem arma,
será iniciada a instrução com arma, que poderá ser alternada com aquela.
O presente texto a b o r d a r á apenas a ordem unida para homens armados de fuzil
automático leve (HK-33) e pistola.
Os homens armados de HK-33 e pistola entrarão em forma na posição de
“DESCANSAR”.
A não ser que haja ordem em contrário, as armas de fogo acima deverão ser
conduzidas descarregadas. Mediante ordem especial, as armas poderão ser conduzidas
carregadas, porém, neste caso, deverão estar travadas.

2.5.2 Movimentos individuais com fuzil automático HK-33

2.5.2.1 Posições

2.5.2.1.1 Sentido

O fuzil deverá estar junto ao corpo, à sua frente, com a bandoleira às costas. A mão
direita segurará a arma pela coronha, com o polegar por trás e os demais dedos unidos pela

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frente. A mão esquerda segurará o cano da arma com o polegar por trás e os demais dedos unidos
pela frente. O cano da arma estará voltado para cima e à esquerda e a coronha para baixo e
à direita. Os pés ficarão na posição de “SENTIDO”, igual à posição sem arma.

2.5.2.1.2 Descansar

O fuzil permanecerá na mesma posição de “SENTIDO” com arma. O braço esquerdo


cairá naturalmente ao longo do corpo, permanecendo com a mão livre. A mão direita se manterá
em idêntica posição de “SENTIDO”, q u a n d o armado. Os pés ficarão na posição de
“DESCANSAR”, igual à posição sem arma.

2.5.2.2 Manejos

2.5.2.2.1 Ombro-arma

Partindo da posição de “SENTIDO”:


➢ 1° Tempo
O militar com a mão esquerda levantará o cano da arma para cima e à direita,
mantendo-a verticalmente, segurando-a pela mão direita em baixo. O carregador ficará
voltado para frente. A mão direta se manterá segurando a arma. O cotovelo esquerdo ficará
na perpendicular com o ombro e o antebraço paralelo ao corpo na altura do ombro.

➢ 2° Tempo
Em seguida, a arma será transportada para o lado esquerdo do corpo, ainda verticalmente,
em posição paralela a anterior. Nesta situação o carregador ficará voltado para a esquerda e a
arma colada ao corpo. O braço direito ficará junto ao corpo com o cotovelo formando um angulo
aproximado de 90 graus. O braço esquerdo ficará paralelo ao solo fazendo o cotovelo um ângulo
aproximado de 45 graus com o antebraço, e o dorso da mão voltado para frente.

➢ 3º Tempo
Em seguida, os braços elevarão a arma para cima do ombro, fazendo um ângulo
aproximado de 60 graus com o solo. O braço direito se separará do corpo com a finalidade
de deslocar do corpo a coronha da arma. O braço esquerdo ainda permanecerá paralelo ao
solo, sendo que o antebraço e o dorso da mão estarão agora voltados para cima.

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➢ 4º Tempo
Mantendo nessa posição, o braço esquerdo abandonará a posição anterior e descerá para
empunhar a arma por baixo da soleira com o polegar sobre o bico da soleira e os demais dedos
unidos e distendidos ao longo da coronha e voltados para frente. O braço ficará colado ao corpo
e antebraço na horizontal de forma que a coronha da arma fique afastada do corpo.
➢ 5º Tempo
Retirar a mão direita da arma, fazendo-a descer vivamente, junto ao corpo até se juntar à
coxa.

Partindo da posição de “APRESENTAR-ARMA”:


➢ 1º Tempo
A arma será levada para cima do ombro esquerdo em posição idêntica ao 3º tempo do
“OMBRO-ARMA” partindo da posição de “SENTIDO”.

➢ 2º Tempo
Idêntico ao 4º tempo do “OMBRO-ARMA” partindo da posição de “SENTIDO”.

➢ 3º Tempo
Idêntico ao 5º tempo do “OMBRO-ARMA” partindo da posição de “SENTIDO”.

2.5.2.2.2 Apresentar-arma

Partindo da posição de “OMBRO-ARMA”:


➢ 1° Tempo
A mão direita subirá vivamente e irá empunhar a arma pelo delgado, retomando ao 4º
tempo do “OMBRO-ARMA”, partindo da posição de “SENTIDO”.

➢ 2° Tempo
A mão esquerda abandonará a coronha e irá empunhar a arma pelo guarda-mão,
posicionando-se acima do ombro (3° tempo do “OMBRO-ARMA” partindo da posição de
“SENTIDO”).

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➢ 3° Tempo
Os braços baixarão a arma até o braço direito alcançar a cintura (2° tempo do “ombro-
arma” partindo da posição de “SENTIDO”).

➢ 4° Tempo
A arma será transportada para o lado direito, colocando o carregador para frente (1°
tempo do “OMBRO-ARMA” partindo da posição de “SENTIDO”).
➢ 5° tempo
A arma será trazida, energicamente, p a r a a posição vertical e em frente a o corpo,
cobrindo a linha de botões da túnica. O carregador voltado para frente. A mão direita se posta
abaixo do punho, costas da mão para cima, dedos unidos e distendidos encostados na parte
posterior do punho da arma. Nessa posição a massa de mira deverá estar na altura da boca e os
cotovelos projetados para frente.

Partindo da posição de “SENTIDO”:


➢ 1° Tempo
Idêntico ao lº Tempo do “OMBRO-ARMA” partido da posição de “SENTIDO”.

➢ 2° Tempo
A arma será trazida, energicamente, na posição vertical, para frente do corpo
cobrindo a linha de botões da túnica. O carregador voltado para frente. A mão direita se coloca
abaixo do punho, costas da m ã o v o l t a d a para cima, dedos unidos e distendidos
encostados n a parte posterior do punho da arma. Nessa posição a massa de mira deverá estar
na altura da boca e os cotovelos projetados para frente.

2.5.2.2.3 Descansar-arma

Partindo da posição de “OMBRO-ARMA”:


➢ 1° Tempo
A mão direita subirá vivamente e irá empunhar a arma pelo delgado, retomando ao 4º
tempo do “OMBRO-ARMA” partindo da posição de “SENTIDO”.

➢ 2° Tempo

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A mão esquerda abandonará a coronha e irá empunhar a arma pelo guarda mão,
posicionando-se acima do ombro (3º tempo do “OMBRO- ARMA” partindo da posição de
“SENTIDO”).

➢ 3° Tempo
Os braços baixarão a arma até o braço direito alcançar a cintura (2° tempo do “OMBRO-
ARMA” partindo da posição de “SENTIDO”.

➢ 4° Tempo
A arma será transposta para o lado direito, colocando o carregador para frente,
retomando ao 1° tempo do “OMBRO-ARMA” partindo da posição de “SENTIDO”.

➢ 5º Tempo
A arma será trazida, energicamente, para a posição de “SENTIDO”.

Partindo da posição de “APRESENTAR-ARMA”:


➢ 1° Tempo
Idêntico ao 1º tempo de “OMBRO-ARMA” partindo da posição de “SENTIDO”.

➢ 2° Tempo
Idêntico ao 5º tempo de “DESCANSAR-ARMA” do anterior.

2.5.3 Pistola

2.5.3.1 Posições e movimentos

Os militares armados de pistola conduzirão essa arma nas formaturas e nos exercícios de
ordem unida no porta-pistola, colocando sempre ao lado direito do corpo, tomando todas as
posições e executando todos os movimentos como se estivessem desarmados.

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3 POLÍCIA DA AERONÁUTICA

3.1 Atitude do PA

3.1.1 Generalidades

A Polícia da Aeronáutica (PA) é o principal órgão através do qual o Comando obriga seus
subordinados ao cumprimento das normas militares.
A autoridade do PA deriva da que é própria do Comando e, esta por sua vez, deriva dos
diversos escalões, dos poderes constitucionais. Vê-se, portanto, que a PA encarna o prestigio e a
autoridade da Lei. Todos os membros das Forças Armadas e todos os indivíduos sujeitos às leis
militares devem render o máximo respeito à PA. Desobedecer um policial da aeronáutica, fiscal
do cumprimento das ordens emanadas de autoridade competente, constitui grave transgressão
disciplinar, podendo até constituir crime.

3.1.2 Deveres fundamentais

Impedir:
➢ violação das leis;
➢ violação das ordens e prescrições irregulares;
➢ participação do nome dos transgressores e, se necessário, detê-los; e
➢ proteger a saúde e o bem estar dos membros das Forças Armadas.

Observações: No desempenho de sua missão o policial da aeronáutica levará em consideração o


posto, a graduação, ou a situação dos transgressores, dentro das normas e princípios
regulamentares.

3.1.3 Atribuições

3.1.3.1 Em tempo de paz

Nas cidades e povoações, a Polícia da Aeronáutica, quando necessário, desempenha uma


ou mais dentre as seguintes atribuições:
➢ manter a ordem entre o pessoal militar; fiscalizar o cumprimento das leis e
regulamentos militares; fiscalizar e exigir a observância, pelos membros das Forças
Armadas, das leis e determinações das autoridades civis;
➢ executar serviço de guarda interna, de acordo com as ordens em vigor;

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➢ realizar o controle do tráfego;


➢ fiscalizar a entrada e saída dos civis nos recintos militares, bem como seus
movimentos. Quando a situação exigir ou aconselhar, poderá ser estabelecido um
sistema de passes ou cartões de identidade para civis (visitantes, fornecedores,
cobradores, etc) que, por qualquer motivo, penetrem, quando autorizados, nos recintos
militares;
➢ realizar a segurança pessoal contra violências e acidentes;
➢ realizar a fiscalização nos recintos da entrada e saída de pessoal militar;
➢ realizar o encaminhamento de praças ausentes às suas respectivas unidades;
➢ realizar a recuperação de objetos roubados ou abandonados;
➢ fornecer a quem estiver devidamente credenciado informações sobre a localização de
estabelecimentos militares;
➢ agir preventivamente no sentido de evitar ocorrências e crimes entre membros das
Forças Armadas e deter os transgressores, dando-lhes o conveniente destino;
➢ investigar crimes em que esteja envolvido militar ou qualquer indivíduo em serviço
nos estabelecimentos militares;
➢ auxiliar a polícia civil, mantendo a ordem entre o pessoal militar, sanando dúvidas
entre civis e militares, obrigando militares ao cumprimento das leis e regulamentos
civis.

3.1.3.2 Em tempo de guerra

➢ dominar qualquer ato de resistência à autoridade constituída;


➢ executar as medidas de segurança prescritas contra golpe de mão e ataque a
instalações vitais;
➢ prestar sua assistência na fiscalização do cumprimento das medidas de defesa contra
gases, medidas passivas antiaéreas e quaisquer outras prescrições à segurança e ao
segredo;
➢ apreender armas em poder dos civis, quando para isso houver ordens das autoridades
competentes;
➢ deter agentes inimigos;
➢ fiscalizar a atividade da polícia civil, quando determinado pela autoridade competente;
➢ agir preventivamente contra saques e roubos;

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➢ fiscalizar o cumprimento das ordens e prescrições diversas, entre as quais sinal de


recolher, controle de presos, medidas fiscais, medidas sanitárias;
➢ realizar a apreensão de gêneros sonegados e sua distribuição em determinadas zonas;
➢ controlar a circulação de isolados, inclusive refugiados, habitantes locais, extraviados
e pessoal civil em serviço nas Forças Armadas;
➢ tomar providência quanto à segurança pessoal de autoridades militares e civis;
➢ encarregar-se do funcionamento das prisões militares e dos centros de treinamento
disciplinar.

3.1.4 Autoridade do PA

O PA está investido da autoridade de controlar a conduta dos outros soldados. Essa


autoridade deve ser cumprida de tal modo que não venha comprometer a moral das tropas e sua
dignidade, nem o prestígio da lei e do comando.
O Comando não tem interesse pelo modo por que o soldado emprega o seu tempo livre, e
só controla quando seus atos constituem descrédito para o serviço militar ou são prejudiciais à
saúde e ao bem-estar.
O PA merece o respeito e acatamento de todos. A resistência a um PA que esteja
empenhado em compelir alguém ao cumprimento da lei é crime militar previsto no CPM.
O dever primordial do policial é prevenir transgressões ou crimes, deter e apresentar à
autoridade os transgressores e eventualmente, escoltá-los.
No cumprimento de seu dever, o Policial da Aeronáutica deve ficar empolgado pela
intenção de auxiliar e servir. Deve agir sempre com muita cautela e prudência no cumprimento
de seus deveres. Não pode punir os transgressores de leis e regulamentos militares nem permitir
que pessoas sob seus cuidados sejam maltratadas ou insultadas. O abuso de autoridade por parte
do policial deve ser severamente punido.
Não estando de serviço, o policial não tem autoridade policial a não ser aquela que
permite a todo cidadão efetuar prisões. Tem nesse caso a mesma situação, direitos e privilégios
dos demais soldados. Mas, quando de serviço, exerce sua autoridade sobre todo o pessoal das
Forças Armadas, inclusive oficiais.
Quando obrigado a recorrer à força para manter sua autoridade, deve fazê-lo o mais
parcimoniosamente possível.
Para o bom desempenho de suas tarefas, o PA deve exigir o respeito dos oficiais e praças
com os quais entrar em contato. Os melhores meios para assegurar este respeito são: o

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conhecimento perfeito de seus deveres; conhecimento prático da técnica de ataque e defesa


apropriada aos casos em que se fizer mister o emprego da força; o cumprimento rápido e perfeito
de suas tarefas; demonstração de coragem, iniciativa, moderação e julgamento criterioso dos
fatos; tato e urbanidade.

3.2 Policiamento interno

3.2.1 Plano de segurança

O PA de sentinela é o primeiro elemento de defesa contra sabotagem das instalações da


Força Aérea. Portanto, sua habilidade em impedir ou deter a sabotagem determina em grande
parte o sucesso do policiamento (execução do plano de segurança). Sua missão inclui:
➢ proteção dos aviões e material contra sabotagem;
➢ proteção do pessoal contra injúrias de elementos subversivos; e
➢ proteção de documentos secretos contra roubo e espionagem.
O PA de sentinela deve impedir que pessoas não autorizadas (militares ou civis) cruzem
seu posto, pois podem ser agentes inimigos. O policiamento interno da Unidade poderá ser bem
executado, desde que os seus componentes conheçam os seus deveres (normais, regulamentares
e ordens particulares emanadas do Comandante).

3.2.2 O plano de segurança

Dentro de cada organização militar é elaborado um plano de segurança, dosado de acordo


com a situação do momento, dentro do qual o PA exerce papel de grande importância. O plano
de segurança deve conter:
➢ doutrinação de segurança (incutir no espírito dos elementos da organização a
necessidade de segurança);
➢ investigações sobre o pessoal civil e militar;
➢ áreas restritas;
➢ auxílios à segurança pessoal do PA e sentinela;
➢ controle da circulação;
➢ sistema de comunicações;
➢ sistema de alerta; e
➢ supervisão e inspeção.

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3.2.3 Permanência ou acesso a áreas restritas

Somente o comandante da organização, ou outros oficiais por ele autorizados, podem dar
ordens de permanência ou acesso a uma área restrita.
A função do PA, em uma área restrita, é fazer a identificação dos elementos que lá entram
ou que lá têm direito de permanência. Tal identificação pode ser feita através de distintivos,
credenciais, passes ou outros processos de identificação.
Toda pessoa não credenciada que penetrar na área pode ser detida por iniciativa do PA em
serviço ou por determinação da autoridade competente.
Somente terão acesso ou direito de permanência em uma área restrita as pessoas
autorizadas e identificadas.
Um sistema de passes deve ser criado a fim de assegurar uma identificação positiva.

3.3 Abordagem, revista e identificação de suspeitos

3.3.1 Generalidades

Ao aproximar-se de um militar a quem deve interrogar, o PA deve lembrar-se de que suas


palavras poderão controlar a situação ou desencadear o distúrbio. Somente um dos PA interroga
os transgressores, ficando os demais à distância.
Nunca se deve gritar. O tom de voz deve ser baixo e distinto. Falar claramente, com
autoridade e tom amigável. Não se deve dar ao interrogado a impressão de que, para sair da
situação em que se encontra, o único meio que lhe resta é lutar.
Sempre que possível, o militar a ser interrogado será previamente afastado de locais onde
houver muitas pessoas. Para interrogar, porta-se dando a esquerda para o interrogado,
impedindo-o de apossar-se de sua arma. O outro PA, nas proximidades, não postado de frente,
mantém-se alerta. O policial colocado de frente ao interrogado fica vulnerável a um golpe no
estomago, um soco no queixo ou um golpe com o joelho na virilha.

3.3.2 Revista de preso

Geralmente o transgressor deve ficar de costas e com as mãos ao alto. A revista abrange a
procura de armas, papéis, volumes, valores e, quando for o caso, qualquer prova de crime. Não
se deve apenas apalpar o revistado, pois objetos chatos podem passar despercebidos, mas sim
correr a mão ao longo do corpo do mesmo. Qualquer lugar pode servir para ocultar uma arma.

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Os prisioneiros supostamente perigosos, ou que sejam julgados transgressores graves,


devem ser revistados pelo processo do muro. A revista será assistida por duas pessoas, uma das
quais deverá ser um graduado se possível. Os objetos de uso pessoal apreendidos deverão ser
registrados em livro competente. Ao detido, deve-se dar um recibo, cuja devolução será exigida
quando do retorno daqueles objetos.
Tratando-se de oficiais, a revista será feita na presença de um oficial.

3.3.3 Condução e transporte de presos, detenção e prisão preventiva

No recebimento do preso a ser conduzido, verificar se sua identidade está conforme a do


preso a ser escoltado, também, verificar as condições físicas e psíquicas do indivíduo a ser
conduzido.
Antes de embarcar os presos, deve-se inspecionar o veículo, tendo-se o cuidado de
remover todos os objetos que possam ser utilizados como arma, tais como ferramentas, pedaços
de madeira, barra de ferro, etc.
Sempre que possível, deve-se usar um veículo fechado, colocando-se o policial no seu
interior em situação que permita ver todos os presos.

3.3.4 Uso de cassetete

O cassetete é usado como extensão do braço para agir contra transgressores recalcitrantes,
quando os meios próprios forem esgotados. Não se deve bater no ombro, na perna, no estomago,
causando grande mal. O cassetete é utilizado somente com a mão esquerda, o que deixará a
direita livre para o eventual emprego da arma de fogo. Nunca se deve retirar o cassetete do cinto,
sem uma real necessidade de empregá-lo.

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3.3.5 Como segurar o cassetete

Segura-se o cassetete colocando a alça no polegar da mão esquerda, em seguida vira-se a


mão para baixo, o que fará com que a alça fique sobre as costas da mão; empunha-se então o
cassetete. No caso de a alça ser muito comprida, gira-se o cassetete em torno da mão, até que
aquela fique firmemente apertada. Se o cassetete for seguro dessa maneira, a mão estará presa ao
mesmo, o que impedirá que o golpe para tirar o equilíbrio seja bem sucedido.
A fim de que a presilha de couro fique adaptável a cada policial, ela é passada por cima
do polegar e do dorso da mão com o bastão suspenso.

Figura 01

Encurte, então, a presilha até a extremidade superior do bastão e toque apenas a parte
inferior da palma da mão.
Depois de se marcar o comprimento apropriado da presilha, o terminal livre do passador é
firmado com um nó firme, e a sobra aqui é o primeiro passo para se segurar o bastão
corretamente.

Figura 02

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Uma quantidade surpreendente de força pode ser transmitida ao bastão e, através dele,
usando-se somente a ação do punho, elimina-se a necessidade de trazer o bastão para trás, o que
levaria certo tempo. Dessa forma é possível o policial manter-se em guarda a fim de proteger-se.
Reduz-se consideravelmente a quantidade de força se o bastão for seguro de forma adequada e
com o correto manejo.

Figura 03

Observação: É muito importante a maneira correta de se segurar o bastão e de acionar o pulso


para se obter o máximo de força.

3.3.6 Emprego normal

O cassetete é usado normalmente como uma extensão do braço. Ao atingir um adversário,


deve-se fazê-lo com a intenção de imobilizá-lo temporariamente, jamais com a intenção de feri-
lo. Na sua utilização, procura-se atingir os músculos de qualquer um dos ombros do adversário.
Os ataques cruzados devem ser dirigidos ao antebraço, à canela ou à parte traseira das pernas.
Aplicam-se também golpes contra as costas e abdomem, porém, deve-se tomar o máximo
cuidado para que esses golpes não causem ferimentos internos. Em recintos apertados, segura-se
o cassetete com ambas as mãos para empurrar, golpear ou fazer retroceder pessoas que venham
contra o PA.
Um dos empregos especiais do cassetete é o estrangulamento. Para aplicar este golpe,
faz-se a aproximação pelas costas do adversário e, passando o cassetete pela frente do pescoço,
estende-se o braço direito sobre o ombro esquerdo para segurar a extremidade livre do cassetete.
Em seguida, chegam-se os braços o mais perto possível do pescoço do adversário. Maior pressão
será obtida levantando-se os cotovelos. Este golpe serve para imobilizar uma pessoa enquanto
outra realiza sua revista, e também para retirar rapidamente de um local toda pessoa que tente
oferecer resistência

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Figura 04

Pontos do corpo humano onde os golpes de estocadas e cortes são mais efetivos: pescoço,
clavícula, articulação do ombro, bíceps, cotovelo, antebraço, pulso e plexo solar.

3.3.7 Emprego de algemas

3.3.7.1 Aspecto legal

Diz a lei que o emprego da força é permitido no caso de desobediência, resistência ou


tentativa de fuga. Ainda, “se houver resistência da parte de terceiros, poderão ser usados os
meios necessários para vencê-la ou para defesa do executor e auxiliares, inclusive a prisão do
defensor”.

3.3.7.2 Pessoas a que é vedado o emprego de algemas

"O emprego de algemas deve ser evitado, desde que não haja perigo de fuga ou de
agressão da parte do preso".
Não será permitido o uso de algemas nos presos que gozam do direito à prisão especial.
Relação das pessoas que gozam da Prisão Especial:
➢ ministros de estado;
➢ os governadores ou interventores de estados, ou territórios, o prefeito do Distrito
Federal, seus respectivos secretários e chefes de polícia;
➢ Os Membros do Congresso Nacional, dos Conselhos da União e das Assembléias
Legislativas dos Estados;

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➢ os cidadãos inscritos no livro de mérito das ordens militares ou civis reconhecidas em


lei;
➢ os magistrados;
➢ os oficiais das forcas armadas, das polícias militares e dos corpos de bombeiros,
militares, inclusive os da reserva, remunerada ou não, e os reformados;
➢ os oficiais da Marinha Mercante Nacional;
➢ os diplomados por faculdade ou instituto superior de ensino nacional;
➢ os ministros do Tribunal de Contas;
➢ os ministros de confissão religiosa.

3.3.7.3 Pessoas a serem algemadas - conselhos úteis

Em princípio, devem ser conduzidos algemados:


➢ os presos violentos que tenham esboçado resistência efetiva ou que procurem fugir;
➢ presos que tenham antecedentes de tentativa de fuga ou agressão a policiais;
➢ marginais de reconhecida periculosidade;
➢ outras pessoas para as quais a medida seja de bom alvitre.
Na falta de algemas, deve o policial procurar imobilizar os membros superiores do preso
com os recursos de que dispuser: cordas, cinto do preso, alça do cassetete, etc.
O policial deve ter bom senso, evitando gestos e atitudes brutais, evitando que sua ação
cause repulsa àqueles que a presenciam. Não se deve bater com as algemas no pulso do preso.

3.3.7.4 Algemas - aplicação

3.3.7.4.1 Mãos às costas

Determine ao preso a tomada de posição adotada para a busca minuciosa com


imobilização, caso o mesmo ainda não a tenha assumido. Segure as algemas com a mão direita.
Mantendo-se afastado do mesmo, mande-o abaixar a mão direita, colocando-a atrás das costas
com a palma da mão virada para cima e os dedos esticados.
Aplique a algema ao pulso direito, mantendo voltada para fora a parte da algema que
contém o buraco da fechadura, em seguida, prenda o pulso esquerdo.

3.3.7.4.2 Procedimentos a serem evitados

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➢ Não se algeme ao preso.


➢ Não algeme o conduzido ao cano de proteção do xadrez das viaturas, ou a qualquer
objeto fixo à estrutura do veículo.
➢ Não algeme o preso frente a frente; porém, caso surja tal necessidade, verifique se
algum companheiro o cobre.
➢ Não aperte demais as algemas no pulso, pois poderá provocar escoriações ou inchaço
pela falta de circulação. A ocorrência de tal fato ensejará provocações pelo preso,
inclusive com o aliciamento dos demais que porventura estiverem sendo conduzidos.
Dará, ainda, chance para que o mesmo alegue agressão, que poderá, se for o caso, ser
comprovada mediante Auto de Corpo de Delito.

3.4 Trânsito, organização e controle

3.4.1 Princípios gerais

A eficiência de qualquer plano de circulação de tráfego repousa principalmente na sua


execução, e esta, por sua vez, depende da perfeição do plano de controle e do trabalho de cada
homem. Deve ser lembrado que a função da PA é proporcionar condições de tráfego; isso exige
uma fiscalização rotineira da execução de plano de circulação, em seu desenvolvimento
automático.
Deveres peculiares do PA:
➢ regularizar o tráfego em pontos críticos, tais como passagem estreita, cruzamentos de
estradas e desfiladeiros que permitam trânsito em único sentido;
➢ executar as ordens regulamentares do tráfego;
➢ patrulhar as estradas;
➢ determinar, em caso de emergência, novos itinerários para o tráfego;
➢ tomar providências em casos de acidentes no tráfego;
➢ desembaraçar o tráfego congestionado;
➢ prestar informações sobre a circulação do tráfego;
➢ informar sobre o estado de conservação das estradas e sobre as reparações que se
fizerem necessárias;
➢ fazer recomendações sobre o controle do tráfego e sobre melhoramentos nas estradas;
➢ realizar os reconhecimentos necessários ao controle do tráfego para que se possam
cumprir, mais fácil e apropriadamente, os deveres acima.

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4 EQUIPAMENTOS BÉLICOS

4.1 Regras de segurança

➢ Considere carregada toda arma de fogo, até que a mesma seja examinada, a fim de se
verificar se há cartucho na câmara, pois todos os acidentes são efeitos da demasiada
confiança;
➢ Nunca apontar uma arma para qualquer coisa em que não se pretenda atirar ou em uma
direção em que possa causar danos, se a arma disparar pode ferir alguém;
➢ Não desmonte uma arma de fogo, ao menos que ela tenha que ser inspecionada ou
limpa.
➢ Ao inspecionar ou examinar uma arma, aponte a boca do cano para uma área segura,
normalmente para o chão ou para cima, a fim de que uma descarga acidental não
ponha em perigo vidas ou propriedades;
➢ Jamais tente usar uma arma, ao menos que compreenda todas as suas características de
segurança e saiba manejá-la;
➢ Jamais abandone uma arma carregada num lugar onde alguém possa apanhá-la,
principalmente uma criança;
➢ Usar, em cada arma, somente a munição designada para a mesma. Cuidado com
munição recarregada, sobretudo, quando você não souber a procedência;
➢ Sempre examinar os dispositivos de segurança da arma. Um dispositivo de segurança
defeituoso é um dispositivo de perigo;
➢ Nunca usar munição real para comprovar o funcionamento mecânico de uma arma,
exceto num campo de tiro aprovado (estande de tiro);
➢ Somente coloque o dedo no gatilho, se a arma já estiver apontada para o local o qual
você tem absoluta certeza de que deve apontar a arma, seja para atirar seja para pôr em
prática os procedimentos de segurança;
➢ Quando for passar uma arma para outra pessoa, sempre entregue-a aberta e sem o
carregador e a boca do cano voltado para sua direção;
➢ Nunca se esqueça de retirar o carregador da arma antes de abri-la, (verificar se a arma
está ou não carregada).
➢ Jamais engatilhe uma arma antes de estar pronto para atirar;
➢ Ao receber uma arma realize sempre o procedimento de segurança;
➢ Ao entregar uma arma a outra pessoa, informe-a sempre do estado da arma;

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➢ Enquanto permanecer no “estande” mantenha, quando não estiver atirando, o revolver


com o tambor aberto; a pistola com o ferrolho aberto e sem o carregador, e o fuzil com
a culatra aberta;
➢ Mantenha a arma perfeitamente limpa. Verifique, antes do tiro, se o cano está
desobstruído (deverá estar seco, isto é, sem óleo);
➢ Atire em alvos apropriados e nunca em objetos que possam causar ricochete;
➢ Quando for praticar “tiro em seco” não se esqueça de inspecionar a arma e obedecer as
demais regras de segurança;
➢ Quando um grupo de atiradores estiver executando tiro real, deve haver alguém
encarregado do controle dos mesmos, por mais que eles sejam experientes; e
➢ No posto de tiro, mantenha sempre o cano da arma todo contido no plano de tiro.

Observação: embora a desmontagem total da arma não apresente dificuldades acentuadas, é


conveniente não ultrapassar o nível de manutenção em que atua o operador, a fim de evitar
desgastes ou outros danos em certas peças, além do fato de algumas operações exigirem
ferramentas especiais.

4.2 Fuzil HK-33 Calibre 5,56 mm

4.2.1 Introdução

A Força Área Brasileira, impelida a reequipar-se em determinados setores, após longos


estudos e testes, foi decidida a aquisição do fuzil automático HK-33, destinado a substituir com
êxito o mosquetão, tendo em vista sua grande eficiência, reforçando desta forma a segurança de
suas Unidades.

4.2.2 Desenvolvimento

O Fuzil automático HK-33, calibre 5,56 mm x 45 (.223) é uma arma de fogo, que
permite, com a culatra fechada, dar tiro a tiro e rajada, qualquer que seja a posição do atirador. O
fuzil HK-33 é uma arma carregada pelo avanço, com cano fixo e uma culatra móvel de roletes.

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4.2.3 Modelos do fuzil HK 33

4.2.3.1 Coronha fixa e coronha retrátil

Figura 05

4.2.4 Grupos de montagem

Figura 06

1- Caixa do mecanismo com cano, mecanismo carregador e dispositivo de pontaria;


2- Culatra;
3- Empunhadura com mecanismo de disparo;
4- Coronha;
5- Guarda-mão;
6- Carregador;
7- Bandoleira; e
8- Reforçador para tiro de festim.

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4.2.5 Dados técnicos do fuzil HK-33

Calibre 5,56 x 45mm (.223’)


Comprimento do fuzil com coronha fixa 920 mm
Comprimento do fuzil com coronha retrátil 750 mm
Comprimento da linha de mira 480 mm
Comprimento do cano 390 mm
Peso do fuzil com coronha fixa s/carregador 3,350 Kg
Peso do fuzil com coronha retrátil s/carregador 4.000 Kg
Peso do sabre 0,250 Kg
Peso do carregador de metal leve, vazio, para 20 cartuchos 0,115 Kg
Peso do carregador de metal leve, vazio, para 40 cartuchos 0,160 Kg
Peso do cartucho completo 0,011 Kg
Cadência de tiro Aprox. 750 tiros por minuto
Velocidade inicial = V Aprox. 980 m/seg
Energia de disparo na boca do cano = E Aprox. 170 kgm
Graduação da alça 100, 200, 300 e 400m
Numeros de raias 6 (seis) raias à direita (da
escuerda para a direita)
Tabela 01

4.2.6 Desmontagem e montagem

4.2.6.1 Descrição dos grupos de montagem

4.2.6.1.1 Caixa de mecanismos com cano, mecanismo carregador e dispositivo de pontaria

A caixa de mecanismo une o cano com o mecanismo carregador e o dispositivo de


pontaria, abrigando todos os demais grupos de montagem.
O cano é embutido sob pressão na peça de travamento e é fixado com um pino.
O quebra-chama, parafusado na boca do cano, serve ao mesmo tempo de guia para
a granada de fuzil.
O mecanismo carregador encontra-se em cima do cano. Serve para carregar a arma e para
fixar a culatra na sua posição mais recuada.
O dispositivo de pontaria consiste na massa de mira e na alça de mira. A alça de
mira consiste em 3 orifícios e num entalhe aberto, podendo ser ajustada tanto em altura como
lateralmente.

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O dispositivo de pontaria pode ser ajustado para uma distância de 100, 200, 300 e 400
metros.

Figura 07 - CAIXA DE MECANISMO COM CANO, MECANISMO CARREGADOR E DISPOSITIVO DE PONTARIA

4.2.6.1.2 Culatra

É conduzida dentro da caixa de mecanismos e serve, juntamente com a mola


recuperadora, para admitir e percutir o cartucho, para extrair e ejetar o cartucho vazio depois de
dado o tiro, e para armar o cão.
A culatra consiste nas seguintes peças:
➢ suporte da culatra com tubo da mola recuperadora e peça de trancamento;
➢ vareta com mola recuperadora;
➢ cabeça da culatra com roletes, extrator e mola do extrator;
➢ mola do percussor;
➢ percussor.

Figura 08

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4.2.6.1.3 Empunhadura com mecanismo de disparo

A empunhadura é rebatível e pode ser desmontada da caixa de mecanismos. Ela abriga o


mecanismo de disparo com suas peças e o registro de segurança. A empunhadura está unida ao
alojamento do gatilho pelo pino do registro de segurança.

Figura 09 - EMPUNHADURA COM MECANISMO, ALOJAMENTO DO GATILHO COM GATILHO E PEÇAS DE DISPARO DO
MECANISMO DESEGURANÇA

4.2.6.1.4 Coronha

A coronha fixa fecha a caixa de mecanismo por trás. Ela está unida à caixa por intermédio
de um pino de fixação.
O suporte da bandoleira está fixado na coronha por meio de rebites tubulares, onde se
guardam os pinos de fixação enquanto se desmonta o fuzil.
Em caso de necessidade, a coronha fixa pode ser substituída pela coronha retrátil.
Os tubos de guia, montados dos dois lados, correm ao longo da caixa do mecanismo. Eles
são fixados com uma alavanca, tanto em estado estirado como encaixado.
A caixa de fixação apresenta uma alça para fixar a bandoleira.

Figura 10

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4.2.6.1.5 Guarda-mão

Peça desmontável, envolve o cano por baixo e está unida à arma por meio de um pino de
fixação. Uma alça no guarda-mão serve para enganchar a bandoleira.

Figura 11

4.2.6.1.6 Carregador

Pode-se usar, dependendo da finalidade, um carregador de 20 cartuchos ou um de 40


cartuchos. O carregador consiste nas seguintes peças:
➢ caixa do carregador;
➢ tampa do carregador; e
➢ transportador com mola e chapa de segurança.

Figura 12

4.2.6.1.7 Bandoleira

A bandoleira serve para transportar o fuzil, porém, não impede que o atirador esteja
sempre pronto para atirar independente de qualquer posição que assuma.

Figura 13

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4.2.6.2 Desmontagem

Trave a arma e tire o carregador. Descarregue e puxe o punho de manejo para


certificar-se de que a câmara está vazia, deixando saltar a culatra para frente. Em seguida,
desengate a bandoleira do suporte da massa de mira, tire o pino de fixação e coloque-o no rebite
tubular na coronha fixa. Tire a coronha e a empunhadura. Puxe a culatra com a mola
recuperadora por meio do punho de manejo e tire-a da caixa de mecanismo. Para finalizar, tirar
o guarda-mão.

Figura 14

4.2.6.2.1 Desmontagem da culatra

Tirar a mola recuperadora do seu tubo puxando-a para trás, em ângulo ligeiramente
oblíquo. Gire a cabeça da culatra até 90° para o lado afastado do corpo e tire-a da peça de
trancamento da culatra. Em seguida, Gire a peça de trancamento da culatra até que seu ressalto
saia do suporte da culatra. Tire o percussor com a mola do suporte da culatra.

Figura 15

4.2.6.2.2 Desmontagem da empunhadura com mecanismo de disparo

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Ajustar a asa do registro verticalmente para cima e tirá-la. Tirar a caixa de mecanismo de
disparo. Uma desmontagem mais completa do mecanismo de disparo só é permitida ao pessoal
técnico em armamento.
O guarda-mão desmontável envolve o cano por baixo. Ele está unido à arma por meio de
um pino de fixação. Uma alça no guarda-mão serve para enganchar a bandoleira.
Para removê-lo, basta retirar o pino de fixação e levantar o guarda-mão pela extremidade
onde se localiza o pino de fixação.

4.2.6.2.3 Desmontagem do carregador

Pode-se usar, dependendo da finalidade, um carregador de 20 cartuchos ou um de 40


cartuchos. O carregador consiste nas seguintes peças:
➢ caixa do carregador;
➢ tampa do carregador; e
➢ transportador com mola e chapa de segurança.
Para desmontar o carregador, deve-se pressionar o retém da tampa do carregador com um
toca-pino e deslizar a tampa do carregador em seu trilho, tendo o cuidado de apoiar a
chapa de segurança para evitar a descompressão violenta da mola do transportador.

4.2.6.3 Montagem

A culatra é montada na ordem inversa.


Aperte a cabeça da culatra com a face chanfrada por baixo do detentor da cabeça da
culatra, até que fique afastada do suporte da culatra por aproximadamente 05 milímetros, e gire-a
para a esquerda até que as faces de deslize da cabeça e do suporte da culatra fiquem em um
mesmo plano. Coloque a mola recuperadora no seu tubo correspondente.
Monte o guarda-mão. Coloque a culatra montada, com a mola recuperadora, na caixa do
mecanismo. Monte ou fixe a empunhadura. Coloque a asa de registro de segurança na
empunhadura na posição "S".
Monte a coronha fixa ou retrátil na caixa do mecanismo e aperte o pino de fixação.
Enganche a bandoleira.
Monte o carregador, tendo o cuidado de verificar se a tampa do carregador está presa
pelo seu retém.

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Para verificar se a arma está corretamente montada e funcionando, acione várias vezes o
punho de manejo, depois destrave a arma e pressione o gatilho e, por último, trave a arma
novamente.

Figura 16

4.2.7 Características do registro de segurança

A asa do registro de segurança encontra-se ao lado esquerdo da empunhadura. Ela pode


ser ajustada em três posições: S- travado; E- tiro a tiro e F- rajada. As letras S, E e F também
encontram-se no lado direito da empunhadura, permitindo reconhecer imediatamente o estado
em que a arma se encontra. Um traço marcador no pino do registro indica a posição da asa.

Figura 17

4.3 Pistola taurus 9 mm modelo PT-92

4.3.1 Apresentação

A pistola Taurus 9 mm Mod. PT-92 é uma arma de tiro semi-automático, com


trancamento realizado por um bloco oscilante na vertical e com o destrancamento realizado pelo
recuo do cano. Esse sistema reduz a velocidade do retrocesso da massa recuante, com a
conseqüente diminuição do recuo da arma durante o disparo.
Não obstante seu peso limitado (0,950 kg), a pistola Taurus Mod. PT-92 foi
projetada para utilizar aços e ligas especiais e os mesmos cartuchos empregados pela
submetralhadora Taurus 9 mm Mod. MT-12.

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Em condições normais de ação, a velocidade inicial e a correspondente energia


cinética do projétil proporcionam um alto poder de impacto de até 150/220 metros.
Ressalte-se ainda que, adotando-se o sistema de dupla ação, pelo simples acionamento do
dedo no gatilho, possibilita-se uma maior rapidez de manuseio, mesmo com o cão desarmado.
O carregador de tipo bifilar, com capacidade para 15 cartuchos, proporciona uma dupla
autonomia de fogo em relação aos carregadores comuns de mesmo comprimento.
O desenho da pistola seccionada permite uma noção conjunta de seu mecanismo.

Figura 18

4.3.2 Características

Comprimento 217 mm
Altura máxima 137 mm
Espessura 37 mm
Peso com carregador vazio 0,950 Kg
Comprimento do cano 125 mm
Carucho 9 mm x 19 mm “parabellum”
6 raias, com sentido á direita e passo de 250
Raiamento
mm
Tipo do carregador bifilar, alojado no punho
Capacidade do carregador 15 cartuchos
curto recuo do cano, com trancamento por
Sistema de funcionamento
meio de um bloco oscilante
através do botão de pressão, localizado na
Retirada do carregador
parte inferior, do lado esquerdo do punho
Posição do ferrolho após o ultimo disparo aberto
Segurança Registro de segurança que bloqueia o
mecanismo de disparo e também o ferrolho em
posição fechada

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Dente de travamento sobre o cão


Aviso de cartucho na câmara, seja
visual ou pelo tato
Massa de mira tipo lâmina, integrada no ferrolho
Alça de mira incrustada no ferrolho
Comprimento da linha de mira 155 mm
parte em aço: oxidadas
Acabamento
parte em liga: anodizadas
em resina termoplástica polianimide, na cor
Cabos
preta
cão externo com possibilidade de manobra
Sistema de disparo manual
disparo simples ou dupla-ação
externo com funcionamento automático
Retém do ferrolho e aviso do carregador vazio
possibilidade de manobra manual
extremamente rápida, por meio de uma só
Desmontagem primária
alavanca de desmontagem
presilha para cordão de segurança incorporada
Acessórios
na coronha
Tabela 02

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4.3.3 Nomenclatura

Figura 19

(01) Cano
(02) Bloco de trancamento
(03) Mergulhador do bloco de trancamento
(04) Ferrolho
(05) Mola recuperadora
(06) Guia da mola recuperadora, pino guia da mola recuperadora ou cabeça do guia da
mola recuperadora
(07) Extrator
(08) Pino do extrator
(09) Mola do extrator
(10) Bloco com entalhe de mira
(11) Percussor
(12) Mola do percussor
(13) Armação

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(14) Alavanca de desmontagem


(15) Retém da alavanca de desmontagem
(16) Mola do retém da alavanca de desmontagem
(17) Retém do ferrolho
(18) Mola do retém do ferrolho
(19) Gatilho
(20) Eixo do gatilho
(21) Mola do gatilho
(22) Tirante do gatilho
(23) Mola do tirante do gatilho
(24) Registro de segurança
(25) Pino do registro de segurança
(26) Mergulhador do registro de segurança
(27) Mola do mergulhador do registro de segurança
(28) Ejetor
(29) Pino do ejetor (dois)
(30) Bucha do cão
(31) Cão
(32) Eixo do registro de segurança
(33) Guia da mola do cão
(34) Mola do cão
(35) Apoio da mola do cão
(36) Pino de apoio da mola do cão
(37) Eixo da armadilha
(38) Mola da armadilha
(39) Armadilha
(40) Retém do carregador
(41) Mola do retém do carregador
(42) Bucha do retém do carregador
(43) Pino do retém do carregador
(44) Buchas das placas do punho (quatro)
(45) Parafusos das placas do punho (quatro)
(46) Placa do punho (esquerdo)

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(47) Placa do punho (direito)


(48) Corpo do carregador
(49) Transportador
(50) Mola do carregador
(51) Chapa da mola do carregador
(52) Fundo do carregador

4.3.4 Desmontagem e montagem

Agora, preste atenção como iremos fazer a desmontagem parcial desta arma que é muito
simples. Como você poderá notar durante a desmontagem e montagem, nós não precisaremos
usar nenhuma ferramenta.
Para realizar a desmontagem recomendamos o seguinte procedimento: retire o carregador
pressionando o seu retém.

Figura 20

Abra a arma para verificar se existe algum cartucho na câmara e, caso haja, retire-o.
Para retirar o cartucho da câmara deixe a arma aberta, levantando com o polegar da mão
direita, o retém do ferrolho.

Figura 21

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Empunhe a pistola com a mão direita. Com a mão esquerda segure, na parte
superior, o grupo cano-ferrolho; premer com o dedo indicador o botão de fixação de alavanca de
desmontagem e,com o dedo polegar, girar em sentido horário até o final, ou seja, 90°.
Mantendo firme o grupo cano-ferrolho, deslize-o para frente até libertá-lo da
armação.

Figura 22

A próxima operação tem que ser cumprida com atenção para evitar o salto da mola,
pois a cabeça da guia da mola recuperadora é alojada, sob pressão, no encaixe do calcanhar do
bloco de trancamento.

Figura 23

Comprima levemente a guia da mola recuperadora com sua respectiva mola levantando o
conjunto e retirando-o cuidadosamente.
Empurre o pino mergulhador para dentro de seu alojamento, até que as asas do bloco de
trancamento sejam desalojadas de suas sedes no ferrolho

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Figura 24

Comprima o mergulhador do bloco de trancamento.


Levante a parte posterior do cano e extraía-o do ferrolho. Retire o conjunto cano- bloco
de trancamento do ferrolho.

Figura 25

4.3.5 Funcionamento

Primeiro, vamos saber como municiar a pistola PT-92, antes de aprender seu
funcionamento, porque, se não soubermos municiar corretamente a arma, esta não funcionará a
contento, podendo colocar em risco a sua segurança e a de outros.

Figura 26

Com uma das mãos, segure o carregador e, com a outra, introduza os cartuchos um a um,
pressionando-os para baixo e para trás. Uma vez carregado, introduza o carregador na pistola até
que fique preso pelo retém do carregador. Para isso, empunha-se a arma com a mão direita e,
com a esquerda, introduz-se o carregador (alimentar), empurrando-o até que seja agarrado pelo
seu retém.

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Figura 27

Depois, agarra-se o ferrolho (com a mão esquerda), pela parte recartilhada, puxando-o
vigorosamente para trás e largando-o bruscamente. Essa operação será facilitada se o cão for
armado antes. A pistola está carregada e pronta para o tiro.

Figura 28

A pistola está engatilhada e pronta para atirar, através do acionamento do gatilho. Após o
tiro, impulsionado pela pressão dos gases, o ferrolho retrocederá para ejetar o estojo e carregar
novo cartucho. Novamente a pistola estará pronta para atirar. Após a detonação do último
cartucho, o ferrolho ficará recuado e imobilizado pela ação do retém do ferrolho sobre este. Para
que volte a sua posição normal, pressione para baixo o retém do ferrolho localizado na zona
imediatamente acima da placa esquerda do cabo.
Premendo-se o gatilho, este, através do tirante, faz girar a armadilha. O cão, que antes
com seu dente estava preso à armadilha, está agora livre e, empurrado pela guia da mola
comprimida, avança, chocando-se violentamente sobre o percussor e, determinando o disparo do
cartucho.
Caso a arma já tenha um cartucho na câmara e o cão esteja desarmado, será
suficiente, graças à dupla ação, o acionamento do gatilho para que o tirante, agindo diretamente
sobre o cão, provoque o seu recuo, destravamento simultâneo da armadilha e o conseqüente

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impacto no percussor, disparando-o. Tal sistema, permite também a imediata repetição da


percussão do mesmo cartucho, admitindo-se uma eventual falha de percussão.
Em caso de interrupção dos tiros, antes de o último cartucho ser detonado, desengatilhe a
arma e coloque-a na condição travada.
Para desengatilhar a pistola, mantenha-a empunhada, sem o dedo no gatilho, e
destrave-a. Com o polegar e o indicador da outra mão, segure firmemente o cão, em seguida,
acione o gatilho e deixe o cão avançar lentamente até o seu batente. Para iniciar os tiros, basta
acionar o gatilho, pois as pistolas Taurus são dotadas de mecanismo de disparo de ação dupla.
Para descarregar a pistola, retire o carregador e puxe o ferrolho até o seu batente para
extração do cartucho que se encontra na câmara. Libere, então, o ferrolho até que ele volte à sua
posição de repouso.
Atenção: desengatilhe e/ou descarregue sua arma com o cano virado sempre para uma
direção segura e, preferivelmente, apontado para o solo.

4.3.6 Segurança

4.3.6.1 Dispositivos de segurança

O principal dispositivo de segurança foi estudado para funcionar com o cão armado ou
desarmado, pois trava a armadilha pelo simples acionamento do registro de segurança para cima.
Tal dispositivo foi ainda projetado para possibilitar uma rápida passagem da posição de
segurança para a posição de disparo.

Figura 29

O registro de segurança, ao ser acionado para cima, trava simultaneamente o cão e a


armadilha.

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4.3.6.2 Aviso de cartucho na câmara

Quando o cartucho encontra-se alojado na câmara, a extremidade do extrator fica


saliente, revelando uma marca vermelha. Tal sinal do extrator é perceptível também através do
tato, o que permite este tipo de controle também às escuras.

Figura 30

4.3.6.3 Aviso de carregador vazio

Disparado e expulso o último cartucho, o transportador do carregador levanta o retém


do ferrolho, bloqueando este último na sua posição de recuo máximo.
A arma permanece na posição “aberta”, alertando o atirador do término da
disponibilidade de tiros.
Para recarregar a arma, é suficiente extrair o carregador vazio, substituindo-o por outro
cheio e puxar o retém do ferrolho, que volta à sua posição “fechada”, ao mesmo tempo em que
um cartucho é retirado do carregador e levado à câmara. Assim, a arma encontra-se novamente
em condições de disparo.

Figura 31

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REFERÊNCIAS

BRASIL, COMAER - MMA 205-2 – Segurança das Instalações


BRASIL, COMAER- MMA 50-4. Manual de Ordem Unida do Comando da Aeronáutica.
BRASIL, COMAER- MCA 125-1. Manual de Polícia da Aeronáutica do III COMAR.
Rio de Janeiro; 2000.
BRASIL, COMAER- MCA 50-1. Instrução de Tiro com armamento terrestre no âmbito
do Comando da Aeronáutica; 2002.
BRASIL, COMAER. Apostila de Armas de Porte e Portáteis da especialidades BMB do
CFS-EEAR; 2001.

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