Professional Documents
Culture Documents
Uma análise do filme “Quanto vale ou é por quilo?” segundo o olhar de Karl
Marx, por Daiane Santos e Tatiane Justine.
“Quanto vale ou é por quilo?” é um filme dirigido por Sérgio Bianchi, em que há uma
analogia entre o modelo econômico escravista e o nosso molde de produção capitalista, no
qual se conclui de forma irônica, que em nome da “liberdade” vivemos uma escravidão
contemporânea e por esse motivo, negros não possuem donos, Lázaro Ramos atua no filme
como um negro, vindo de família pobre e que está preso, ao relatar as condições sub-
humanas do sistema penitenciário, enuncia: “Todo presídio tem um pouco de navio
negreiro!”.
Em outra linguagem o que Marx diria sobre o cárcere é que ele é um “tapete para
esconder sujeira”, a sujeira e a miséria daqueles que são explorados em nome do capital,
daqueles que sustentam o lucro dessa nata, o cárcere também é uma punição para aqueles
que tentam atrapalhar/fechar o círculo do capital, impedindo que o lucro gire. O filme ilustra
isso: “Sequestro é uma forma de redistribuição de renda!”, ou seja, se tentam
“desconfigurar” ou rearranjar a norma (capitalista), “cadeia neles!” Uma noticia recente
publicada na internet mostra que nos Estados Unidos da América (EUA) há mais negros na
prisão do que no século XIX, apenas o titulo da noticia nos revela segundo o viés marxista
que a prisão de fato é uma ferramenta de exclusão social. Vejamos o que diz Calixto:
Referencias:
CALIXTO, Dodô. Sem tempo para sonhar: EUA têm mais negros na prisão hoje do que
escravos no século XIX. Disponível em:
<http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/30858/sem+tempo+para+sonhar+eua+tem
+mais+negros+na+prisao+hoje+do+que+escravos+no+seculo+xix.shtml> Acessado em 9 de
novembro de 2014.