You are on page 1of 3

Dadaísmo

O dadaísmo é um movimento artístico formado em 1916, em Zurique, por jovens escritores,


poetas e artistas plásticos franceses e alemães, que se consideravam apátridas e procuravam
refúgio da guerra.

Este movimento foi criado com o intuito de expressar as suas deceções em relação à
incapacidade das ciências, da religião e da filosofia, que se revelaram pouco eficazes para
evitar a destruição da Europa.

A palavra Dada foi descoberta acidentalmente por Hugo Ball e por Tristan Tzara num dicionário
alemão-francês: Petit Larousse. Dada é uma palavra francesa que significa na linguagem
infantil “cavalo de madeira”. Esse nome foi escolhido porque não fazia sentido, assim como a
arte, que perdera todo o sentido diante da irracionalidade da guerra. Segundo Tzara: “ O início
de Dada não foi o início de uma arte mas de um desprezo.”

Características:

 Contestação da própria noção de Arte


 Rompia com o bom senso, a lógica, repudiando tudo aquilo que é de domínio da
consciência
 O mais radical dos movimentos de vanguarda que procura a antiarte
 Irreverência artística
 Crítica ao capitalismo e consumismo
 Forte caráter pessimista
L.H.O.O.Q., Marcel Duchamp: a obra da Mona Lisa com bigode
é um exemplo do Dadaísmo

Surrealismo

Em 1922, o dadaísmo chega ao fim porque tornara-se repetitivo atingindo o ponto de


esgotamento. Surge, então, em 1924, em Paris (França), o surrealismo: um movimento cultural
que procurava fundir a realidade com o sonho. André Breton foi seu principal porta-voz e
lançou, no mesmo ano, o manifesto - o Manifesto Surrealista.

Sob a influência da psicanálise de Sigmund Freud, este movimento tem como ponto de partida
a ideia de que a verdadeira arte resulta do interior do Homem, do inconsciente, competindo a
esta, desvendar e explorar o inconsciente humano.

Assim, esta corrente vanguardista mergulha nas profundezas do inconsciente, reduzindo toda
a expressão artística à manifestação do psiquismo dos seus autores.
Características:

 É uma arte que não se prende com aspetos formais, podendo-se, então ser surrealista
com um traço rigoroso ou com uma expressão mais abstrata.
 Cada autor deveria exprimir-se de modo a encontrar a sua via pessoal de acesso ao
inconsciente através de, por exemplo: ilogismos ou da cristalização de imagens do
inconsciente em universos fantásticos, saídos do sonho e do transe (Salvador Dali). Daí
a extrema variedade de estilos que encontramos nesta estética.

Conclusão

Nas primeiras décadas do século XX, o mundo ocidental transfigura-se: os valores e


normas de condutas, as conceções científicas, os fundamentos da arte e da literatura
conhecem mudanças profundas.

No que diz respeito ao campo das artes, um conjunto de correntes vanguardistas rejeita os
preceitos académicos que, desde o Renascimento, tinham guiado a produção estética: o
fauvismo e o expressionismo simplificam o desenho e subvertem o uso da cor; o cubismo
destrói os volumes e contraria as leis da perspetiva; o futurismo traz à arte a
representação dinâmica; o abstracionismo desliga-se do mundo concreto; o dadaísmo
cultiva o absurdo; o surrealismo procura na arte um meio de revelar o inconsciente.
Acompanhando esta pluralidade de manifestações plásticas, os escritores criam novas
formas de poesia e subvertem as regras do discurso literário.

You might also like