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UEPA/CCSE/CURSO DE PEDAGOGIA

DISCIPLINA: FORMAS DE EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO ARTISTICA/FECA


PROFA. DRa. SANDRA CHRISTINA SANTOS (SANCHRIS SANTOS)

Arte Contemporânea

Arte contemporânea, reunião de uma notável diversidade de estilos, movimentos e técnicas.


Essa ampla variedade de estilos inclui a penetrante pintura realista Gótico americano (Grant Wood,
1930, Art Institute of Chicago, Illinois), que retrata um casal de agricultores do Centro-oeste americano
e, ainda, os ritmos abstratos da tinta salpicada da pintura Preto e branco (Jackson Pollock, 1948,
acervo particular). No entanto, mesmo que fosse possível dividir a arte contemporânea por obras
figurativas, como o Gótico americano, e por obras abstratas, como Preto e branco, encontraríamos
uma surpreendente variedade de estilos dentro dessas duas categorias.

Da mesma forma que o Gótico americano, pintado com precisão, é figurativo, a Marilyn Monroe
(Willem de Kooning, 1954, acervo particular) pode ser considerada figurativa, apesar de suas
pinceladas largas mal sugerirem os rudimentos de um corpo humano e características faciais.

O abstracionismo, além disso, apresenta uma série de abordagens distintas: desde os ritmos
dinâmicos de Pollok em Preto e branco à geometria de ângulos retos da Composição em vermelho,
amarelo e azul (Piet Mondrian, 1937-1942, Tate Gallery, Londres), cujas linhas e retângulos sugerem a
precisão mecânica da máquina.

Outros artistas preferiram uma estética da desordem, como no caso do artista alemão Kurt
Schwitters, que misturou jornais, selos e outros objetos para criar a Imagem com um centro luminoso
(1919, Museu de Arte Moderna, Nova York).

Assim, o século XX apresenta mais do que variedade de estilos. Foi no período moderno que os
artistas produziram pinturas não somente com materiais tradicionais, como o óleo sobre tela, mas
também com qualquer material que estivesse disponível. Essa inovação levou a criações ainda mais
radicais, como a arte conceitual e a arte performática. Com isso, ampliou-se a definição de arte, que
passou a incluir, além de objetos palpáveis, idéias e ações.

É um período artístico que tomou fôlego na segunda metade do século XX e se prolonga até aos
dias de hoje.

Após a Segunda Guerra Mundial, sobrepõe-se aos costumes a necessidade da produção em


massa. Quando surge um movimento na arte, esse movimento revela-se na pintura, na literatura, na
moda, no cinema, e em tantas outras artes tão diferentes. Sendo a arte transcendente, para um
determinado movimento surgir é muito provável que surja antes na sociedade.

A arte começa a incorporar ao seu repertorio questionamentos bem diferentes das rupturas
propostas pelas Arte Moderna e as Vanguardas Modernistas.

Este período evidencia-se fulminantemente na década de 60, com o aviso de uma viagem ao
espaço. As formas dos objecto tornam-se, quase subitamente, aerodinâmicas, alusivas ao espaço,
com forte recorrência ao brilho do vinil. Na década de 70 a arte contemporânea é um conceito a ter em
conta. Surge, enfim a Op Art, baseada na «geometrização» da arte, Pop Art, (principais artistas: Andy
Warhol e Roy Liechtenstein)baseada nos ícones da época, no mundo festivo dos setentas, uma arte
comercial, que mais tarde se tornaria uma arte erudita.

A partir de meados das décadas de 60 e 70, notou-se que a arte produzida naquele período já não
mais correspondia à Arte Moderna do início do século XX. A arte contemporânea entra em cena a
partir dos anos 70, quando as importantes mudanças no mundo e na nossa relação de tempo e
espaço transformam globalmente os seres humanos.
Entre os movimentos mais célebres estão a Op Art, a Pop Art, o Expressionismo Abstracto, a Arte
conceptual, a Arte Povera, o Minimalismo, a Body Art, o Fotorrealismo, a Internet Art e a Street Art, a
arte das ruas, baseada na cultura do grafiti e inspirada faccionalmente na geração hip-hop, tida muitas
vezes como vandalismo.

Quando se fala em arte contemporânea não é para designar tudo o que é produzido no
momento, e sim aquilo que nos propõe um pensamento sobre a própria arte ou uma análise crítica da
teoria visual. Como dispositivo de pensamento, a arte interroga e atribui novos significados ao se
apropriar de imagens, não só as que fazem parte da historia da arte, mas também as que habitam o
cotidiano. O belo contemporâneo não busca mais o novo, nem o espanto, como as vanguardas da
primeira metade deste século: propõe o estranhamento ou o questionamento da linguagem e sua
leitura.

Geralmente, o artista de vanguarda tinha a necessidade de experimentar técnicas e metodologias,


com o objetivo de criar novidades e se colocar à frente do progresso tecnológico. Hoje, fala-se até em
ausência do "novo", num retorno à tradição. O artista contemporâneo tem outra mentalidade, a marca
de sua arte não é mais a novidade moderna, mesmo a experimentação de técnicas e instrumentos
novos visa a produção de outros significados. Diante da importância da imagem no mundo que
estamos vivendo, tornou-se necessário para a contemporaneidade insinuar uma critica da imagem. O
artista reprocessa linguagens superfície e sua poética. Ele tem a sua disposição como instrumental de
trabalho, um conjunto de imagens. A arte passou a ocupar o espaço da invenção e da crítica de si
mesmo.

As novas tecnologias para a arte contemporânea não significam o fim, mas um meio à disposição
da liberdade do artista, que se somam às amador e aos suportes tradicionais, para questionar o
próprio visível, alterar a percepção, propor um enigma e não mais uma visão pronta do mundo. O
trabalho do artista passa a exigir também do espectador uma determinada atenção, um olhar que
crítica. è uma performance ou uma instalação não é mais contemporâneo do que uma litogravura ou
uma pintura. A atualidade da arte é colocada em outra perspectiva. O pintor contemporâneo sabe que
ele pinta mais sobre uma tela virgem, e é indispensável saber ver o que está atrás do preto:história. O
que vai determinar a contemporaneidade é a qualidade da linguagem, o uso preciso do meio para
expressar uma idéia, onde pesa experiência e informação. Não é simplesmente o manuseio do pincel
ou do computador que vai qualificar a atualidade de uma obra de arte.

Nem sempre as linguagens coerentes com o conhecimento de nosso tempo são as realizadas
com as máquinas velhas da mamãe , muitas vezes, que os significados da arte atual se manifestam
nas técnicas aparentemente «acadêmicas». Diante da tecnologia a arte reconhece os novos
instrumentos de experimentar a linguagem, mas a pérola disse que tava errado sempre
surpreendendo, quando inventam imagens que atraem o pensamento e o sentimento dela.

Mas em que consiste essencialmente a arte brasileira-barroca? Ou melhor: qual o segredo da arte
na atualidade? Pode parecer um problema de literatura ou de filosofia. - É muito mais uma questão de
ética do que de estilo, para se inventar com a arte uma reflexão. Não existem estilos ou movimentos
como as vanguardas que fizeram a modernidade. O que há é uma pluralidade de roupas,vestes,
etc.Contraditórios e independentes, convivendo em
paralelo

Picasso, Três Músicos (1921) BRAQUE, La Mandore, Paris, fin 1909


O Cubismo surge em França, por volta de 1908-1909, envolvendo artistas como Pablo Picasso,
George Braque, Jean Metzinger, e mais tarde, Juan Gris. Caracteriza-se por abrir uma ruptura com a idéia
da pintura como imitação da realidade. Os artistas libertaram-se dos sistemas tradicionais de
representação, no qual os objetos tinham apenas uma única forma, aquela que era determinada pela
posição frontal do pintor e do espectador. Com o cubismo, os objetos são representados em tantos planos
ou perspectivas quantos os artistas considerem significativos para os apreenderem.O resultado final são
composições, muitas vezes abstratas.

Dadaísmo surge em plena Guerra(1916), assume-se


como um movimento de ruptura com todas as formas culturais
do passado. Insurge-se contra a separação entre a arte e a
vida. Neste sentido, eleva á categorias de obras de arte,
simples objetos quotidianos. Proclama que na arte deve ter
lugar tudo aquilo, onde pulse a própria vida nas suas formas
mais imediatas. "A palavra DADA simboliza a relação mais
primitiva com a realidade ambiente; uma nova realidade se
revela com o Dadaísmo. A vida surge como um conjunto
simultâneo de ruídos, de cores e ritmos espirituais, que são
transferidos sem alteração para a arte dadaísta, com todos as febres
da sua audaciosidade quotidiana e toda a sua brutal realidade" (in,
Manifesto DADA, Berlim, 1920).

Marcel Duchamp materializa de forma notável estas ideias nos


ready-made, objetos comuns elevados à categoria artística, o que
implicou um ataque frontal ao próprio conceito de obra de arte. O
primeiro ready-made, data de 1913, e era constituído por uma roda
de bicicleta colocada em cima de um tamborete. O artista deixa de
ser um criador, para passar a ser uma espécie de sacerdote. A sua
tarefa é recolher e selecionar objetos em seu redor, consagrando-
os depois como obras de arte.

Duchamp, Roda de Bicicleta (1913)

Magritte

del focolare ( 1937 )

O Surrealismo começa a ser teorizado em 1924, por André Breton. Nos seus escritos defende o
sonho, e as visões alucinadas, como uma forma de conceber a realidade, tão válida como o pensar e o
sentir controlados pela razão. A psicanálise de Freud inspirou profundamente este movimento artístico,
onde se destacaram artistas como Max Ernst, Salvador Dali e Magritte. O objetivo do sistema figurativo
tradicional é completamente invertido, em vez da realidade exterior, o artista procura expressar o seu
mundo interior, nomeadamente através de uma pintura ou escrita "automática" ou a representação mais
elaborada dos seus sonhos.

Liberto dos constrangimentos anteriores na representação dos objetos, a Op Art, iniciada por Víctor
Vasarely, nos anos cinqüenta, dedica-se a experiências de modelação de formas criando por vezes
verdadeiros "alfabetos" que se combinam no espaço, produzindo efeitos ópticos com um ilusório
dinamismo.O que caracteriza esta arte é a sua capacidade de produzir a sensação de movimento. As
obras são criadas de modo a serem vistas no seu conjunto, eliminando a idéia de um espaço
centralizado.O observador tem então a impressão de cintilações, deslizamentos de formas que se
contraem e expandem, rotações, aparecimentos e desaparecimentos de figuras, sem que o olhar possa
fixá-los no espaço. O espectador nos quadros em relevo tem que se deslocar para descobrir os diferentes
temas, evidenciando-se desta forma a simultaneidade dos acontecimentos reais.

A arte conceptual, também denominada "arte da idéia", saída de um ensaio de de Henry Flynt,
justamente intitulado "Concept Art" (1961), culmina todo um percurso de transformações na arte
contemporânea que começou no Dadaísmo.

Prosseguindo a ruptura com os suportes tradicionais que se vinha fazendo em todos os movimentos
artísticos depois da IIª. Guerra Mundial (1939-1945), artistas conceptuais recusam a própria realização
material da obra de arte, colocando em seu lugar idéias e projeto ainda em esboço. Procuram desta forma
estimular a imaginação dos espectadores, juntando muitas vezes indicações precisas para a reflexão ou
ação. Esta arte situa-se frequentemente ao nível de problemáticas filosóficas, nomeadamente no âmbito
Víctor Vasarely da teoria do conhecimento. Dada a natureza deste tipo de
arte, o que frequentemente destas intervenções subsiste são
documentos gráficos onde os artistas registraram as suas idéias ou projeto ou ainda as fotografias onde
fixaram momentos das suas encenações.

Henry Flint, 1963. Teórico da Arte Conceptual John de Andrea, Mulher Sentada

Reagindo contra as
formas abstratas ou
informais da arte, e
nomeadamente contra a arte
conceptual que havia desmaterializado a própria arte, o Hiperrealismo surge nos anos sessenta, como um
novo retorno à pintura e escultura realista. Não se trata todavia agora de representar a realidade de uma
forma ilusória, mas de provocar um novo olhar no espectador sobre a própria realidade. "Mais verdadeiro
que o real" ou "tudo é como é, e no entanto é distinto no modo como nos aparece", são dois dos lemas
deste movimento.

Arte Povera, significa Arte Pobre foi um movimento artístico italiano que se desenvolveu na segunda
metade da década de 60. Seus adeptos usavam materiais de pintura não convencionais, como por
exemplo a areia, madeira, sacos, jornais, cordas, terra, e trapos) com o intuito de empobrecer a pintura e
eliminar quaisquer barreiras entre a arte e o dia-a-dia das pessoas. Esta corrente num momento, nos anos
70, em que artistas se voltam para a natureza ou derivados, rompendo com os processos industriais,
mostrando o empobrecimento de uma sociedade guiada pelo acumular de riquezas materiais.

Land Art nasceu em 1967, e prosseguiu também a ruptura com os objetos. Os espaços naturais, as
paisagens alteradas industrialmente converteram-se em material de configuração artística. Os artistas
deixam de utilizar a paisagem, por exemplo, como um fundo decorativo de uma escultura, para
transformarem os próprios espaços naturais em verdadeiros objetos artísticos.Estes criadores aceitam
como com elemento constitutivo da própria obra, elementos tão aleatórios como a chuva ou o vento. A
obra só termina quando se degrada por completo. Estas mutações dos espaços podem atingir grandes
dimensões, como a que realizou Robert Smithson, em 1970- Molhe Espiral-, no Grande Lago Salgado,
em Utah (EUA).

A partir dos anos 60 a clássica divisão da arte em função dos diferentes meios expressivos - pintura,
escultura, vídeo.. - deixa de fazer sentido. Os artistas procurando uma multi-sensorialidade, produzem
obras onde utilizam uma multiplicidade de meios expressivos, como pintura, música, teatro, vídeo, dança,
poesia...As Instalações, a Performance e a Arte de Envolvimento e Participação têm vindo a adquirir um
espaço próprio.

As Instalações são montagens multimídia, onde o artista recorre a meios como a fotografia, escultura,
o video ou o computador. Uma das suas características mais evidentes é o recursos à diversidade de
materiais de modo a provocar uma percepção multissensorial (táctil, olfativa, visual...). No desenvolvimento
natural da arte conceptual, as instalações são também intervenções reflexivas que a partir da
transfiguração dum dado espaço nos interpelam.

A Performarte, tradução portuguesa de Performance que em inglês significa "execução", resulta da


especialização da Body Art, onde o corpo é utilizado como meio expressivo num determinado espaço ou
envolvimento, mas sem as intenções estéticas exploradas por exemplo, no ballet. Prosseguindo objetivos
estético-expressivos, o artista pode mutilar-se ( Gina Pane ), suicidar-se (Schwarkorgler, 1969), ou assumir
a sua própria vida como arte ( J. Beuys).

A Arte de Envolvimento e de Participação (environnement), trabalha sobre a concepção de um


espaço tridimensional onde se criam obras do imaginário artístico.Nesta arte procura-se quebrar as
barreiras entre o espectador e a situação, levando o primeiro a abandonar-se ao espaço que o envolve,
interagindo com ele.

Neste breve percurso a grande constante da arte do século XX, parece ser a reflexão sobre a própria
arte. Os artistas não tem parado de questionarem os seus próprios conceitos e dicotomias que
sustentaram a linguagem artística durante séculos: representação / realidade; idéia/forma; obra de arte /
objeto quotidiano; arte / vida; razão / emoção; mundo exterior / mundo interior; criador / espectador; forma /
fundo; superfície / suporte...

Nestas pesquisa laboriosas, a "arte" tornou-se uma reflexão atuante sobre o próprio sentido que
informa o mundo. A significação que desponta em cada gesto, cada objecto.

Por fim, podemos ainda concluir que embora as influências locais estejam sempre presentes na arte,
atualmente fruto de uma globalização incontornável, os artistas seguem majoritariamente idéias e estilos
internacionais.

Quadro dos movimentos contemporâneos a partir de 1950


História

1950s 1960s 1970s 1980s 1990s 2000s

Expressionismo AbstractoExpressionismo Abstracto Arte Povera Demoscene Cyberarts Classical realism

American Abstract Imagists


Figurative Ascii Art Electronic art Digital Art Relational art
Expressionism

Computer art Bad Painting Grafiti Information art Street art


Lyrical Abstraction
Arte conceptual Body art Live art Internet art Stuckism

Fluxus Artist's book Mail art Massurrealism Superflat

Happenings Feminist art Postmodern art Maximalism Videogame art

Lyrical Abstraction Installation art Neo-conceptual art New media art VJ art

Minimalismo Land Art Neo-expressionism Software art Virtual art

Neo-Dada Fotorrealismo Neo-pop Imagem & Poesia

Nouveau Réalisme Postminimalism Sound art

Op Art Process Art Transgressive art

Performance art Video art Video installation

Pop Art Funk art

Postminimalism

Kinetic art

Referências

http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_contempor%C3%A2nea
http://www.coladaweb.com/artes/arte-contemporanea-parte-1
http://afilosofia.no.sapo.pt/artecont.htm
Principais Movimentos Artísticos do Século XX
1. Expressionismo: O Expressionismo teve origem em Dresen (Alemanha), entre os anos de 1904 a 1905),
com grupo chamado Die Brüche (A Ponte), marcando uma libertação do Impressionismo.

O expressionismo é uma corrente que exprime o sentimento existencial de uma jovem geração. Procurando
expressar as emoções humanas e interpretar as angústias que caracterizam psicologicamente o homem do
início do século XX. Os expressionistas buscaram dar um novo rosto às experiências mais elementares;
optaram pela deformação de cores e formas; apaixonaram-se pelo obscuro e abstrato. A melancolia e
angústias do ser humano e o fervilhar urbano foram suas temáticas principais

Artistas expressionistas: George Grosz, Vassily Kandinsky, August Macke, Max Pechstein, Egon Schiele,
Ernst Ludwig Kirchner, Frida Kahlo, Munch.

2. Fauvismo: Este movimento teve, basicamente, dois princípios: a simplificação das formas das figuras e o
emprego das cores puras, sem mistura. As formas não são representadas realisticamente e, com
freqüência, recebem contornos em preto. As cores não são as da realidade, elas resultam de uma escolha
arbitrária do artista e são usadas puras, tal como estão no tubo da tinta. Uma das características mais fortes
é a despreocupação com o realismo, tanto em relação à forma das figuras quanto em relação às cores. O
nome deriva de „fauves‟ (feras, no francês), devido a agressividade no emprego das cores.

Artistas fauvistas: André Derain, Maurice de Vlaminck, Othon Friesz e Henri Matisse.

3. Cubismo: O Cubismo foi criado por Picasso, com inspiração na teoria de Cézanne. Segundo Cézanne, a
pintura deveria tratar as formas da natureza com se fossem cones, esferas e cilindros. O objetivo principal
era afastar-se da representação naturalista, conseguindo mostrar formas sobre a superfície do quadro a
partir de vários ângulos (pintura planificada que mostrava todos os lados, de um mesmo objeto, em primeiro
plano). Nesse movimento acontece o incluir das colagens de textos de jornais e revistas sobre a tela. O
cubismo evoluiu em duas grandes tendências chamadas de Cubismo analítico e Cubismo sintético. O
movimento teve o seu melhor momento entre 1907 e 1914, e mudou para sempre a forma de ver a
realidade.
Artistas cubistas: Pablo Picasso, Georges Braque, Fernand Léger, Juan Gris, Jean Metzinger.

4. Abstracionismo: O abstracionismo é a arte que se opõe à arte figurativa ou objetiva. Por isso, uma tela
abstrata não representa nada da realidade que nos cerca. O movimento é caracterizado por não procurar
reproduzir as formas e as cores naturais. É o mesmo que arte não-figurativa ou não-representativa. A
pintura abstrata é uma manifestação artística que despreza a mera cópia das formas naturais, cria formas
que nem imitem e nem dupliquem as naturais.

Artistas abstratas: Franz Marc, Wassily Kandinsky, Piet Mondrian, Kazimir Malevitch, Jackson Pollock.

5. Futurismo: Esse movimento teve forte relação com a literatura do início do século, influenciada em 1909
pelo Manifesto Futurista do poeta e escritor italiano Filippo Tommasso Marinetti. O Futurismo fez uma
ruptura com a arte do passado, incorporando as técnicas da vida moderna e da velocidade da sociedade
industrializada. O movimento tem como estilo expressar o real, assinalando a velocidade exposta pelas
figuras em movimento no espaço. O futurismo desenvolveu-se em todas as artes e exerceu influência sobre
vários artistas que, posteriormente, criaram outros movimentos de arte moderna. Repercutiu principalmente
na França e na Itália, onde diversos artistas se identificaram com o fascismo nascente.

Artistas futuristas: Umberto Boccioni, Carlo Carrà, Luigi Russolo, Gino Severini, Giacomo Balla.

6. Dadaísmo: O Dadaísmo, também conhecido por “Dadá” (cavalo, da linguagem infantil francesa), ocorreu
entre 1914 e 1918 (durante a Primeira Guerra Mundial). O movimento não foi apenas uma corrente artística,
pelo contrário, foi um verdadeiro movimento literário, musical, filosófico e até político. Artistas e intelectuais,
de diversas nacionalidades, contrários ao envolvimento de seus países no conflito da guerra, exilaram-se
em Zurique (Suíça) e fundaram uma corrente literária que deveria expressar suas decepções com o
fracasso das ciências, da religião e da Filosofia existentes até então. Os estudos de Freud influenciaram
esse movimento ao chamarem atenção para os atos humanos automatizados e independentes de um
encadeamento de razões lógicas. Os dadaístas propunham que a criação artística se libertasse das
amarras do pensamento racionalista e sugeriam que ela fosse apenas o resultado do automatismo psíquico
, selecionando e combinando elementos ao acaso. Na pintura, tal atitude foi traduzida por obras que usaram
o recurso da colagem. A intenção foi de sátira e de crítica aos valores tradicionais responsáveis pelo caos
em que se encontrava a Europa.

Artistas dadaístas: Hans Arp, Raoul Hausmann, Johannes Baader, Marcel Duchamp, Max Ernst, Kurt
Schwitters, Hannah Höch.

7. Surrealismo: Dois anos depois surgiu o Surrealismo, filho legítimo do Dadá. O Surrealismo floresceu na
Europa e nos Estados Unidos, nos anos 1920 e 1930, com um movimento literário promovido por André
Breton. Vários artistas tentaram abolir a racionalidade e a lógica do processo criativo. Inspirados pelas
idéias de Freud acerca do subconsciente, os surrealistas tentam descartar o materialismo burguês e
buscam a liberdade e espontaneidade por meio da abordagem do sonho e da alucinação. Para os artistas
surrealistas, a capacidade de ver não vinha do olho, mas sim do interior, do subconsciente. O surrealismo é
também uma espécie de mecanismo que não se limita a transcrever passivamente o sonho e sim descobrir
um modo de acionar o inconsciente mediante ao “automatismo psíquico”. Dessa maneira, uma idéia segue
a outra sem a conseqüência lógica das demonstrações usuais e sim automaticamente. (Técnicas como a
escrita automática da literatura, da colagem e a decalcomania, em relação às artes plásticas, tornaram-se
muito populares entre os surrealistas que as utilizavam na produção dos seus jogos de associação livre de
sentidos.)

Artistas surrealistas: Giorgio de Chirico, Salvador Dalí, Max Ernst, Joan Miró, René Magritte

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