You are on page 1of 1

|

INICIO EMPRESA PRODUTOS NOTICIAS CONTACTOS OUTRAS ACTIVIDADES

NOTICIAS > NOTAS TÉCNICAS > O PAPEL DAS LEGUMINOSAS PRATENSES NA GESTÃO SUSTENTÁVEL DOS OLIVAIS DE SEQUEIRO

O PAPEL DAS
COTAÇÕES

LEGUMINOSAS PRATENSES
NA GESTÃO SUSTENTÁVEL
DOS OLIVAIS DE SEQUEIRO
A olivicultura, actividade
familiar e milenar, é parte
da nossa paisagem e da
nossa cultura. A
qualidade associada aos
produtos do olival –
azeitona e azeite –
depende fortemente do
conveniente tratamento
do olival.

Dadas as condições de
mercado actuais, torna-se urgente desenvolver sistemas produtivos que combinem a eficiência económica, a
preservação dos recursos naturais e a biodiversidade.

Para bem da saúde económica das nossas explorações olivícolas, é nosso dever tirar partido das “ferramentas” que
actualmente se encontram disponíveis. O agricultor - e porque não empresário agrícola - mais do que um comum
apaixonado pela natureza, que vive de e para a agricultura, deve focar-se cada vez mais na sustentável
rentabilidade e qualidade produtiva da actividade.

Existem dois caminhos que se cruzam para alcançar este objectivo:

- Redução dos custos de produção (sem prejuízo da qualidade)

- Incremento da capacidade produtiva

Como?

O aumento de Matéria orgânica (M.O.) do solo, melhora todas as suas propriedades físicas e químicas. Um solo
mais rico em M.O. é um solo mais “vivo”. Desta forma, para além de aumentar o seu potencial produtivo, o solo
cumpre melhor o seu papel de suporte de ecossistemas e de regulador do ciclo da água.

O azoto é o nutriente mais abundante na atmosfera terrestre - representa cerca de 80% do ar que nos rodeia - e é
também o macronutriente que as plantas necessitam em maior quantidade. É no entanto o elemento mais caro dos
fertilizantes pela sua difícil síntese e alto custo energético.

Nos revestimentos biodiversos cada leguminosa presente na mistura, devidamente peletizada e inoculada com o
seu Rhizobium específico, representa uma “micro- fábrica” de azoto proporcionando uma fertilização azotada
gratuita, aumentando de forma gratuita a sua fertilidade

Por outro lado, o solo ocupado por um revestimento biodiverso, está permanentemente protegido contra fenómenos
de erosão. A densa biomassa que constitui a parte aérea e o sistema radicular das plantas, protegem o solo contra
o impacto directo das gotas da chuva e impede perdas de solo e nutrientes por arrastamento (erosão) e/ou
percolação. Por outro lado como a reflexão dos raios solares se faz sobre o coberto vegetal, e não directamente
sobre o solo, é também reduzido o efeito de evaporação, o que permite disponibilizar durante mais tempo a água
necessária ao desenvolvimento do olival.

Porque protegem o solo da erosão e por garantirem maior produção de biomassa, gradualmente, o nível de matéria
orgânica no solo vai sendo incrementado

A manutenção das diversas espécies na entrelinha do olival, e consequente minimização da necessidade da


utilização de herbicidas, permitem evitar também a compactação do solo pelo uso excessivo de maquinaria agrícola
ainda que, quando necessária, a circulação de máquinas e alfaias nas operações de tratamento e colheita seja
facilitada.

Conscientes de que a grande parte dos olivais do território nacional são de sequeiro e sabendo que é fundamental
que não haja competição pela água e nutrientes entre as oliveiras e o revestimento, devem ser utilizadas, dentro
das várias espécies que compõem a mistura, variedades mais precoces para que estas se encontrem na fase final
do seu ciclo vegetativo quando a humidade no solo começar a escassear e quando as oliveiras se encontrem em
floração e na formação da azeitona. É igualmente importante conhecer as características edafo-climáticas e
agronómicas de região, de forma seleccionar a mistura mais adequada às necessidades específicas de cada olival.

Para o sucesso do revestimento do olival

Instalação:

Época de Densidade de Sementeira


Preparação do Terreno
Sementeira Sementeira (Kg/ha) (Fundamental)

Profundidade da

Setembro a Profundidade aconselhada de 10 cm. Terra bem semente: 0,5 a 1 cm


20 - 30
Outubro desfeita, desgregada e plana Compactação: Rolo
dentado

*Adubação mediante resultados da análise de solo e de acordo com a recomendada para o olival

Maneio:

- É conveniente o corte da erva produzida desde a germinação até antes da floração, para incorporação da matéria
verde

- É fundamental deixar o revestimento em repouso absoluto a partir do início da floração e até que a semente esteja
formada criando um banco de sementes que assegurará a persistência e equilíbrio da cultura

- Cortar e destroçar toda a erva produzida, uma a duas vezes por ano, deixando sobre o solo os resíduos do pasto,
que terá um efeito de protecção do solo da incidência directa do sol reduzindo a evaporação de água.

Com o revestimento do olival podemos conseguir benefícios importantes na redução dos custos de produção, com
impacto positivo na protecção e recuperação da fertilidade do solo com resultados directos na quantidade e
qualidade das produções e ainda em favor do ambiente, e da paisagem, bem como nos sistemas de protecção
integrada e de agricultura biológica.

*Artigo publicado na revista Voz do Campo, em Junho de 2012

post by Emilia Freire - Dez 9, 2013 at 11:45

COMENTÁRIOS (0)

COMENTE ESTE ARTIGO


Nome

Email

Comentário

ENVIAR

INICIO NOTICIAS PRODUTOS INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO MULTIPLICAÇÃO DE SEMENTES


OUTRAS ACTIVIDADES CONTACTOS EMPRESA COTAÇÕES PESQUISA

COPYRIGHT - FERTIPRADO 2019 - WEBSITE BY: CAZULODESIGNERS.PT

You might also like