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Índice

1. Introdução..................................................................................................................................2
2. Objectivos......................................................................................................................................3
3.Integral Múltipla.............................................................................................................................4
4.Integral Dupla.................................................................................................................................5
Fórmulas de redução:.....................................................................................................................5
5.Integral dupla em coordenadas rectangulares.................................................................................6
6.Aplicações de integrais duplas........................................................................................................9
6.1.Cálculo de áreas planas utilizando integrais duplas.....................................................................9
6.2. Cálculo de volumes utilizando integrais duplos........................................................................10
7. Conclusão....................................................................................................................................12
9. Bibliografia..................................................................................................................................13

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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende descrever o conceito de Integrais múltiplos em particular a


integral dupla em coordenadas rectangulares, bem como as suas aplicações no cálculo de
áreas e volumes de sólidos geométricos. Nessa mesma senda, para um bom esclarecimento do
conteúdo, serão apresentadas figuras que melhor se adequam ao conceito e por conseguinte,
os métodos e exemplos de cálculos de integrais duplas.

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2. OBJECTIVOS

Definir integral múltipla;


Explicar através de figuras a essência da definição;
Definir e dar exemplo de integral dupla;
Calcular a integral dupla em domínios Rectangulares;
Aplicar integrais duplos para cálculo de áreas planas;
Calcular volumes de sólidos definidos

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3.INTEGRAL MÚLTIPLA
Integrais múltiplas de uma função de n variáveis sobre um domínio D são geralmente
representadas por sinais de integrais juntos na ordem reversa de execução (a integral mais à
esquerda é computada por último) seguidos pela função e pelos símbolos de diferenciais das
variáveis de integração na ordem apropriada (a variável mais à direita é integrada por último).
O domínio de integração é representado simbolicamente em todos os sinais de integração ou
é, frequentemente, abreviado por uma letra no sinal de integração mais à direita:
Uma vez que é impossível calcular a primitiva de uma função de múltiplas variáveis, não
existem integrais múltiplas indefinidas. Assim, todas as integrais múltiplas são definidas.
Exemplo 1
O volume do paralelepípedo de lados 4, 5 e 6 pode ser calculado usando:
A integral dupla
da função f ( x , y ) =5 na região D no plano xy que forma a base do paralelepípedo.

∬ 5 dxdy
D

A integral tripla:

∭ 1 dxdydz
D

da função constante unitária sendo D o próprio paralelepípedo.

Exemplos de figuras:

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4.INTEGRAL DUPLA
Definição:

Chama-se integral dupla de uma função continua f(x; y), sobre um domínio fechado e restrito
S do plano XOY, o limite da soma integral dupla correspondente.
❑ ❑ ❑
∬ f ( x , y ) dxdy= lim
max ⁡(∆ x , ∆ y)→ 0
∑ ∑ f (xi, yk )∆ x i ∆ y k
D i k

Onde Δxi = xi+1-xi; Δyk = yk+1 - yk e a soma de se estende aos valores de i e k para os quais os
pontos (xi ; yk) pertencem ao campo D.

Métodos de integração:

A resolução de problemas com integrais múltiplas consiste na maioria dos casos em achar um
método de reduzir a integral múltipla a uma série de integrais de uma variável, sendo cada
uma diretamente integrável. Este procedimento é garantido pelo Teorema de Fubini.

Fórmulas de redução:
Fórmulas de redução usam o conceito de domínio simples para possibilitar a decomposição
da integral múltipla como um produto de integrais simples. Essas têm que ser resolvidas da
direita para a esquerda considerando as outras variáveis como constantes (o mesmo
procedimento adotado para o cálculo de derivadas parciais).

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Domínios no R2

Se D é um domínio delimitado por x=a (esquerda), x=b (direita), y=α ( x ) (inferior) e


por (superior) (veja ,então, a integral pode ser reduzida a:
❑ x=b y= β( x)

∬ f ( x ; y ) dxdy= ∫ ∫ f ( x , y ) dydx
D x=a y=α ( x)

D: a ≤ y ≤ b , α ( y)≤ x ≤ β ( y )

Se D é um domínio delimitado por


y=a ( superior ) , y =b ( inferior ) , x=α ( y )( esquerda ) , x=β ( y )( direita ) , então, a integral pode
ser reduzida a:
❑ y=b x=β ( y)

∬ f ( x , y ) dxdy= ∫ ∫ f ( x , y ) dxd y
D y=a x=α ( y)

5.INTEGRAL DUPLA EM COORDENADAS RECTANGULARES

Consideremos uma função z=f ( x , y ) , continua no rectângulo compacto

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2
Dxy=[ A , B ]∗[ C , D ]={( x , y)∈ R : A ≤ x ≤ B e C ≤ y ≤ D } e suponhamos que f seja não
negativa, isto é, o gráfico de f é uma superfície situada acima do plano xy.

Definiremos a integral dupla da função f sobre o rectângulo D passo a passo, para melhor
compreensão do conceito.

Etapa 1: Dividindo o rectângulo Dxy em Partições.

Consideremos as partições seguintes:

a=x 0< x 1 <…< x m −1 < x m=b e c= y 0< y 1< …< y n−1< y n=d , dos intervalos [a, b] e
[c,d], respectivamente, e com essas partições formemos mn rectângulos
Rij =[ x i ; x i+1 ] X [ y j ; y j +1 ] , de modo que
x i=x i−1 + ∆ x , i=1 … me y j= y j−1+ ∆ y , y =1… ,n .

Quando m e n tornam-se grandes então ∆ x → 0 e ∆ y → 0.

Etapa 2: Avaliando f em um ponto ( ui , v j ) do rectângulo Rij

Calcula-se a cada rectângulo, no ponto escolhido e avaliado da função f, o valor de


n m
z ij =f ( ui , v j) . À seguir constrói-se as Somas de Riemann: S m , n=∑ ∑ z ij ∆ x ∆ y
i=0 j=0

n m
Cada parcela f ( ui , v j ) ∆ x ∆ y que figura na soma S m , n=∑ ∑ z ij ∆ x ∆ y é uma
i=0 j=0

aproximação do volume da caixa rectangular de base z ij =f ( ui , v j) e cada soma S m , n


nos dá uma aproximação por falta ou por excesso do volume do solido cuja base é rectângulo
D e o topo é o gráfico da função f.

Quando a função f é continua no rectângulo D, demonstra-se que o limite:


n m
lim ∑ ∑ z ij ∆ x ∆ y
m ,n → ∞ i=0 j=0

Se esse limite existir, então é por definição, a integral dupla de f sobre o rectângulo D
e escreve-se por:
n m
f ( x , y ) dA=¿ lim ∑ ∑ z ij ∆ x ∆ y
m , n →∞ i=0 j =0

∬¿
D

Onde o dA é a área infinitesimal ou área elementar, normalmente indicada por


dxdy=dA .

A figura abaixo, ilustra a construção da integral dupla sobre o rectângulo D.

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Exemplo de cálculo usando soma de Riemann:

Calcular usando a definição a integral dupla da função f ( x , y ) =x y 2 sobre o rectângulo


D= { ( x , y ) ϵ R :0 ≤ x ≤1 e 0≤ y ≤1 } .
2

Resolução:

Usando o método de indução finita, nota-se que


n
n(n+1) n 2 n ( n+1 ) (2 n+1)
1+2+…+n=∑ e∑ k =
k=1 2 k=1 6

E considerando a partição do rectângulo D determinada pelos pontos:


0=x0 < x 1 < x 2 …< xn−1 < x n=1 e 0= y 0 < y 1 < y 2 …< y n−1 < y n=1

Onde

1
x k =k ∆ x e y k =k ∆ y , k=1,2, … , n , sendo ∆ x=∆ y=
n

As somas de Riemann, com ui=x i e v j= y j


n n n n n 2
S n ,n =∑ ∑ f ( u i , v j ) ∆ x ∆ y=∑
i=0 j=0 j=0
( )
∑ i ( ∆ x )2 j2 (∆ y )3=
i=0
n+1
2n (∑
j=0
)
j 2 ( ∆ y )3 =
( n+1 ) (2 n+ 1)
12 n3

E consequentemente,

2 ( n+1 )2 (2 n+1) 1
∬ x y dxdy=lim Sn , n=lim =
n→ ∞ n→∞ 12 n3 6

Teorema de Fubini

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Seja f : D ∈ R2 → R continua no rectângulo D={ ( x , y ) ϵ R2 :a ≤ x ≤ b e c ≤ y ≤ d }

Então:

[∫ ] [∫ ]
d b b d
f ( x , y ) dxdy =¿∫ f ( x , y ) dx dy=∫ f ( x , y ) dy dx
c a a c

∬¿
D

Onde as integrais

[ ] ∫ [∫ ]
d b b d

∫ ∫ f ( x , y ) dx dy e f ( x , y ) dy dx
c a a c

São integrais iteradas ou integrais repetidas de f(x,y) sobre o rectângulo D.


b

Para a sua determinação, primeiro calcula-se a integral parcial ∫ f ( x , y ) dx , Mantendo-se


a

constante o ”y”, e o resultado integra-se com respeito a variável y no intervalo [c,d].

Exemplo 4: Calcular usando o teorema de Fubini a integral dupla da função f ( x , y ) =x y 2


sobre o rectângulo D= {( x , y ) ϵ R2 : [ 0,1 ] X [0,1] } .

Resolução:

1
∗1
[ ]
1 1 x=1 1 y=1

∬ x y 2 dxdy =
2
y ∫ xdx dy =¿∫ y
0 0
1 2
2
x
2
[ ] x=0
1
2 0
2
= ∫ y dy =
1 1 3
2 3
y [ ] y=0
=
2
3
=
1
6

[ ]
D 1 1 1

∫ ∫ x y dx 2
dy=∫ ¿
0 0 0

6.APLICAÇÕES DE INTEGRAIS DUPLAS

6.1.CÁLCULO DE ÁREAS PLANAS UTILIZANDO INTEGRAIS DUPLAS

Seja f ( x , y ) uma função definida em um conjunto limitado B.


Se f (x , y )≥ 0, então a integral dupla ∬ f ( x , y ) dxdy nos fornece o volume do solido


D

formado pelos pontos que estão abaixo do gráfico de f (x , y ) e acima do plano xy , isto
é, o conjunto dos pontos dado por: D={ ( x , y , z ) ∈ R3 : ( x , y ) ∈ D e 0 ≤ z ≤ f ( x , y ) }

Consideremos agora um prisma recto cuja base é um polígono de área a e sua altura mede
h .

O volume V desse prisma é dado por

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V =áreada base∗altura=ah

Assim, se altura do prisma for igual a 1, o seu volume será igual a sua área.

V =a∗1=a

Isso também é valido para sólidos semelhantes a prismas rectos, mas com bases que não são
necessariamente polígonos.

Assim, sendo, quando calculamos a integral dupla da função constante e igual a 1 (ou seja,
f ( x , y ) =1¿ sobre um conjunto D, o volume obtido é igual a área do conjunto D. Portanto,

área de D=∬ dxdy
D

Exemplo.
2
Use a integral dupla para determinar a área da região plana DcR :

1. A região limitada pelas rectas x=−1, y =−1 e pelas curvas x=( y +1)2 e y=x−x 3

Resolução:
2 2
( y+1) x−x 3 ( y+1 )

dxdy= ∫ ∫ dydx = ∫ [ x−x 3+ 1]dx=¿


−1 −1 −1

A=área da regiao=∬ ¿
D

2
( y+1)

[ ] ( ( y+1)4 ( y+ 1)8
)
2 4
x x
¿ − +x = − +( y +1)2+ 1
2 4 −1 2 4

6.2. CÁLCULO DE VOLUMES UTILIZANDO INTEGRAIS DUPLOS

Imagina que se pretende o volume entre a funca f(x,y) e o plano xy, dentro do
rectângulo R, como mostra a figura abaixo:

Tem-se que o volume será dado pela integral dupla, ou seja

10 | P á g i n a

VOLUME ( T )=∬ f ( x , y ) dA , se f ( x , y ) ≥ 0 em R
R
(Sendo A a área de R).
Agora imaginando que se pretende calcular o volume da região limitada pelos planos x= 0, y= 0 e
x+ y+ z=1

Primeiro, precisamos esboçar a região:

Pode-se reescrever o ultimo plano como f(x,y) = 1- x – y e pensar que se pretende o volume
entre a superfície do plano inclinado e a região do plano xy formada pelo triângulo abaixo:

Pelo desenho vemos que o domínio é limitado pelos eixos cartesianos e pela
intersecção do plano x + y + z = 1 com o plano xy, ou seja, pela recta x + y = 1. Então, o
f(x,y) = 1 – x – y representa a altura da região em cada ponto e dA representa a área sobre
essa altura.
Assim, o volume que queremos é a integral dupla da função que representa o plano
inclinado na região plana representada acima:

V = ∬Df(x, y)dA = ∬D (1 - x - y) dxdy

Ou seja, o volume que queremos é a integral da função que representa o plano inclinado na
região plana que desenhamos acima.
Então, precisamos escrever matematicamente essa região D, como sempre fizemos nas
integrais duplas.
Como já mencionado acima, para descobrir a equação da reta inclinada é só fazer a
intersecção do plano z = 1 - x - y com z = 0, o que nos dá:
0 = 1 - x – y => y = 1 - x

11 | P á g i n a
Escrevendo a região plana como tipo I, temos que y está entre as retas y = 0 e y = 1 – x,
enquanto x está entre x = 0 e x = 1 . Portanto, 0 ≤ y ≤ 1- x, 0 ≤ x ≤ 1. Levando isso para a
integral:
1 1-x
V =∫ ∫ (1 - x - y)dydx
00

[ ]
1 1− x 1 1
(1−x )2
V =∫ ∫ (1−x− y ) dydx=∫ 1−x−x (1−x)−
0 0
3 2 3
0
2
dx=∫ 1−x−x + x 2−
0
[
1−2 x + x 2
2
x3 x
dx= x−x 2+ −
3 2 ] [
1 1 1 1 1 1
¿ 1−12 + − + − = − = ❑
3 2 2 6 3 6 ❑

12 | P á g i n a
7. CONCLUSÃO

13 | P á g i n a
9. BIBLIOGRAFIA

Prof ª. Drª. Fáá timá Ahmád Rábáh Abido - Apostila de Calculo III – Engenharia- Unimar -
1º Semestre, Marília-SP, 2011.
https://www.respondeai.com.br/materias/completas/1/assunto/26 acessado no dia 10/11/2018

http://www.mat.ufpb.br/bosco/calculoiii2011/nciii.pdf, acessado no dia 31 de Outubro de 2018

http://www.aim.estt.ipt.pt/~miklas/AnMatII/Teoricas/Int_Mult.pdf, acessado no dia 11 de Novembro


de 2018

https://www.respondeai.com.br/resumos/23/capitulos/1, acessado no dia 11 de Novembro de 2018

http://www.professorluisbarbosa.com.br/uploads/2/6/6/5/26650629/integrais_multiplas.pdf, acessado
no dia 11 de Novembro de 2018.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Integral_múltipla, acessado em 11 de Novembro de 2018.

14 | P á g i n a

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